Teoria e filosofia da História em Nietzsche Frederick Gomes Alves. O ambiente

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Teoria e filosofia da História em Nietzsche Frederick Gomes Alves. O ambiente"

Transcrição

1 Teoria e filosofia da História em Nietzsche Frederick Gomes Alves frederick_ga@hotmail.com O ambiente Poderia aqui ser feita uma aproximação ao pensamento de Nietzsche a partir de sua relação com o historicismo, um relacionamento deveras complexo e incerto, pois o filósofo de Zaratustra censura a filosofia pela sua falta de sentido histórico e, ao mesmo tempo, repreende a história pelo seu excesso de objetividade científica (FOUCAULT, 2007: 26). De modo que esta relação permanece inconclusa. Fica a indicação de que o esforço de Nietzsche é introduzir a história no agir filosófico. Falta de sentido histórico é o defeito hereditário de todos os filósofos. (...) Mas tudo veio a ser; não há fatos eternos: assim como não há verdades absolutas. Portanto, o filosofar histórico é necessário de agora em diante e, com ele, a virtude da modéstia. (NIETZSCHE v.1, 1991: 48). Outra via possível de acesso ao pensamento nietzschiano seria através da constituição de sua filosofia da vida. Inicialmente pareceu um caminho válido para articular sua reflexão com o romantismo alemão, mas com o avanço das pesquisas ficou claro que esta é outra questão. Tal filosofia da vida constitui-se a partir do debate que Nietzsche vinha acompanhando dentro da biologia, entre duas correntes particulares, os pró-darwinistas e aqueles que eram contra o pensamento darwinista, encabeçado por Rolph e Rütimeyer este último reencontrando Lamarck para criticar Darwin (MARTON, 1990: 61). Assim, não creio ser possível aproximar Nietzsche ao romantismo pela constituição de sua filosofia da vida, o caminho seguido deverá então ser outro. O romantismo surge na Alemanha como uma reação ao projeto iluminista e à revolução francesa, cujas conseqüências desta última foram as invasões das tropas napoleônicas em terras alemãs. Esta reação se deu em todos os âmbitos: social, existencial, político, religioso e cultural. É marcado por um pensamento nostálgico de volta dos Faculdade de História UFG, graduando, bolsista PIBIC- CNPq. 1

2 elementos culturais e religiosos da Idade Média, e pela visão de mundo irracionalista em clara oposição ao racionalismo iluminista 1. Contudo, sua fundamentação filosófica dá-se por intermédio de uma contínua articulação com a filosofia kantiana, no sentido de uma apropriação da metafísica de Kant, e em conformidade com as ferramentas teóricas do idealismo, pela reflexão de importantes pensadores, dos quais se destacam: Schelling, os irmãos Schelegel, Novalis e também Schiller. São pelo menos três os elementos os quais possibilitam uma articulação entre o romantismo alemão e Nietzsche, quais sejam, a preeminência da arte sobre a filosofia, a oposição entre Apolo e Dioniso, e os desdobramentos concernentes à filosofia do sujeito ou seja, a questão a respeito do gênio (ARALDI, 2004:1). A notoriedade do romantismo é a preeminência da arte sobre a filosofia. A função ontológica da arte é para Novalis a única via de acesso ao absoluto, entendido aqui como a unidade das aporias. Para os românticos, a filosofia e o pensamento racional em geral, apenas trabalhavam com a dualidade dos conceitos, com a relação entre dois elementos opostos, a arte em contrapartida possuía a capacidade, garantida pelas suas especificidades criativas, de acessar o absoluto em sua unidade completa, a unidade primordial. Schelling afirmava que somente a arte possuía a capacidade, apenas hipotética e inconcebível para Kant, da intuição intelectual, a capacidade de acessar a coisa-em-si. Heidegger (HEIDEGGER, 2007: ) percebeu esta preeminência da arte sobre a filosofia no pensamento nietzschiano, sua intenção é asseverar que a vontade de poder é o acabamento da metafísica. Nietzsche é um Pensador por ter o pensamento único da vontade de poder, é visto como o último metafísico. A vontade de poder é o elemento fundamental para Nietzsche, segundo Heidegger, assim sendo, a afirmação heideggeriana de que a arte é a figura mais transparente da vontade de poder e de que a arte tem mais valor que a verdade está em conformidade dentro do pensamento nietzschiano de que a arte é superior à filosofia. A oposição apolíneo-dionisíaca é talvez um dos traços mais marcantes na filosofia de Nietzsche, todavia não fora ele o iniciador desta discussão, alguns dos pensadores românticos já haviam apontado o elemento dionisíaco em seus estudos sobre Grécia, entre os quais se destacam F. Schlegel, F. Hölderlin ou F. Creuzer (ARALDI, 2004). A 1 Este irracionalismo não significa, no entanto, irrazão ou anti-razão, mas oposição a uma forma específica de racionalidade. 2

3 originalidade de Nietzsche fora explicitar a relação e não-oposição entre Apolo e Dioniso, e também em entendê-los enquanto impulsos estéticos do mundo. A respeito deste último ponto Hayden White exibe de forma clara em seu texto sobre Nietzsche (WHITE, 1995:). Não obstante, o ponto principal de aproximação entre Nietzsche e o romantismo é a partir da filosofia do sujeito. O tema da subjetividade é central para se pensar a filosofia da história de Nietzsche, ela auxilia na configuração dos cinco conceitos fundamentais para a compreensão desta. A subjetividade em Nietzsche: o si, traduz, de certa forma, a crítica nietzschiana à modernidade, ao tipo conservativo de vida, ao niilismo sobre o qual esta se assenta utilizo aqui a noção de niilismo de Heidegger, uma verdade que se instaura como valor supremo e se esquece que é apenas uma criação, é o declínio de valor de uma verdade para a vida, uma ilusão esquecida como tal, e tomada como verdade o sujeito nietzschiano se sabe dinâmico, reconhece a mudança constante da vida e encara a contingencialidade desta. Ele é afirmativo do instante, do devir (DELEUZE, 1976). O si nietzschiano incorre em uma atualização da noção de gênio do romantismo alemão. Ambos são críticos da filosofia do sujeito da modernidade, calcada em seus dois membros emblemáticos, Descartes e Kant. Em sua tarefa de desmontagem da noção de sujeito, metafisicamente fundamentado, Nietzsche critica a saída que a modernidade deu para a morte de Deus, afirmando que esta elegeu a ciência como nova forma de conduta, o pensamento racional, mas que é garantido pelo sujeito que, assim como as outras saídas pré-modernas, novamente é fixo, eterno e imutável, coadunante à idéia de uma divindade absoluta A diferenciação entre eu e si, ambas noções de sujeito, assim como sua conseqüente problematização em Nietzsche segue as indicações de Onate (ONATE, 2003). Sucede que a subjetividade nietzschiana e romântica incide na consideração da gravidade do sujeito para a constituição do mundo, não apenas na importância dele mas na supremacia do sujeito sobre as forças externas a ele. Entretanto, isso não significa que haja elementos místicos nesta afirmação, considerar o sujeito enquanto elemento basilar, imprescindível, para a constituição do mundo ao invés de atribuir esta função para as forças externas ao homem, à natureza ou o que quer que seja não é nenhum problema insolúvel. Estamos aqui falando do mundo humano, demasiado humano e não do mundo das sensações, A nós seres orgânicos nada interessa originariamente em cada coisa, a não ser sua relação conosco tal como diz Nietzsche em um texto de 1873, Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral. 3

4 Acreditamos saber algo das coisas mesmas, se falamos de árvores, cores, neve e flores, e no entanto não possuímos nada mais do que metáforas das coisas, que de nenhum modo correspondem às entidades de origem. (NIETZSCHE v.1, 1991: 33) Assim, acredito ser válido reiterar o que Casa Nova diz em um seu artigo sobre a constituição do mundo em Nietzsche. O que resulta daí pode ser acompanhado plenamente através de uma formulação paradigmática de Hegel em uma passagem da introdução à sua Fenomenologia do Espírito : se investigarmos agora a verdade do saber, parece que estamos investigando o que o saber é em si. Somente nesta investigação ele é nosso objeto: é para nós. O em-si do saber resultante dessa investigação seria antes seu ser para nós: o que afirmássemos como sua essência não seria sua verdade, mas sim nosso saber sobre ele. A essência ou o padrão da medida estaria em nós, e o (objeto) a ser comparado com ele não teria necessariamente de reconhecer sua validade (Hegel 3, introdução, p.76). (CASA NOVA, 2001: 30). Com tudo isto, fica claro também algumas diferenciações do pensamento nietzschiano para com a filosofia romântica. Estas assertivas de/e sobre Nietzsche deixam claro sua posição, na segunda etapa de seu pensamento, claramente anti-metafísica. Entretanto, sua posição com relação a esta não gera grandes problemas na sua concepção sobre o sujeito ser criador do mundo em que vive, antropomorficamente por ele criado, aproximando-o da noção de sujeito romântica. Compreender a filosofia da história de Nietzsche desde o ponto de vista de seu diálogo com o romantismo justifica-se pelo fato de sua filosofia da história constituir-se como uma crítica das anteriores, de matriz kantiana e hegeliana. Ora, muitos são os autores que aproximam Hegel ao romantismo, entendendo-o como uma peça chave no debate a respeito da formatação filosófica deste movimento, sobretudo no primeiro romantismo de Jena (HABERMAS, 1990; MACHADO, 2006). O mesmo é verdadeiro para Kant, sua influência filosófica para o romantismo, como já vimos, é inconteste. Passo agora para a caracterização e exame da filosofia da história de Nietzsche tendo como base as considerações feitas neste primeiro momento. Com um quadro formado a respeito do filósofo em articulação com o romantismo acredito ser possível partir para esta nova etapa do trabalho. 4

5 A problemática A filosofia da história de Nietzsche constrói-se em uma constante crítica dos modelos anteriores, de matriz kantiana e hegeliana. Suas asseverações sobre a impossibilidade de uma finalidade para o conjunto global da história humana pode ser visto em Humano, demasiado humano: [O homem] (...) se conseguisse captar em si a consciência total da humanidade e senti-la, ele sucumbiria, amaldiçoando a existência pois a humanidade como um todo não tem nenhum alvo e, conseqüentemente, o homem, ao considerar o decurso inteiro, não pode encontrar nele seu consolo e trégua, mas seu desespero. (NIETZSCHE v.1, 1991: 53). Não é apenas à finalidade para a humanidade como um todo que Nietzsche critica, mas também a idéia de causalidade, inerente nos modelos de filosofia da história precedentes. Isto fica claro em dois fragmentos póstumos um de 1883 e outro de O aspecto mais importante: chegar à inocência do devir excluindo os objetivos. Necessidade, causalidade nada mais! E designar como mentira tudo aquilo que fala de objetivos e onde há sempre um resultado necessário! A história nunca pode provar os objetivos, pois a única coisa clara é que aquilo que os povos e os indivíduos quiseram era sempre essencialmente diferente daquilo que era alcançado. Em poucas palavras, tudo o que se alcançava era absolutamente incongruente com o que se queria. (NIETZSCHE, 2005: 138). Considero todos os modos metafísicos e religiosos de pensar como resultado de uma insatisfação no homem de um impulso para um futuro superior e sobrehumano. Só que os homens quiseram refugiar-se no além em vez de construir o futuro. (NIETZSCHE, 2005: 194). Ficam claros aqui ao menos dois apontamentos de Nietzsche sobre a consciência história, e sobre sua filosofia da história de um modo geral. Primeiro que a consciência histórica constrói-se mediante a experiência da contingência na vida, que muda e quebra suas intenções de agir no tempo. Segundo que não há nenhum objetivo pré-determinado ou necessário na história; a indicação de Nietzsche parece sugerir que este objetivo, não sendo dado a priori deve então ser construído artisticamente, criado mesmo, pelo homem que 5

6 deve construir o futuro. Sigo aqui as recomendações de Hayden White sobre a consciência história em Nietzsche. O problema se acha posto: como pensar uma filosofia da história se a humanidade como um todo não possui nenhum sentido, causa ou finalidade? Como reorientar a consciência histórica para uma forma de ação significativa na vida humana? Note-se que a pergunta não é sobre o que fazer, sobre a possibilidade de tal empresa ser levada a cabo; a questão dirige-se para o como, pois que esta possibilidade já está de certo modo intuída. Para solucionar tal problema pautar-me-ei em cinco conceitos fundamentais para o encaminhamento da questão: vida; vontade de poder; eterno retorno; transvaloração de todos os valores e além do homem. Dados os limites da exposição, não será possível aqui problematizar cada um deles, nem aprofundá-los de um modo que seja plenamente satisfatório. Todavia, isso não significa que eles podem ser apresentados sem um devido controle conceitual. O que será feito na medida em que os mesmos serão aqui trabalhados sempre referenciando-se aos autores que melhor explicitação dos mesmos fizeram. Ou seja, aos pensadores que apresentaram uma leitura mais clara dos conceitos de Nietzsche, são eles: Martin Heidegger, Gilles Deleuze e Hayden White. Meu escopo é apresentar suas leituras sobre os conceitos nietzschianos com o intuito de perceber de que modo alguns de seus elementos podem ser pensados tangencialmente, em uma rearticulação para a construção de um quadro que permita compreender a filosofia da história de Nietzsche. É no esforço de elucidar os conceitos nietzschianos à luz destas leituras que me oriento. A vontade de poder, segundo Heidegger é o princípio de uma nova instauração de valores. É o que orienta a transvaloração de todos os valores. A vida designa todo o ente, contudo ela possui a significação acentuada de vida como o ser do homem. A essência da vida não está na auto-conservação, mas sim na superação de si. O valor positivo afirma a vida, o negativo conserva-a. A vida depende do valor que lhe é atribuído, todavia a essência do valor é determinada pela essência da vida. Esta essência é vontade de poder. Vida e vontade de poder estão deste modo, em intensa relação, a vontade de poder serviria para afirmar a vida mediante a superação de si, que é constante intensificação da vida. O terceiro conceito é o eterno retorno, utilizo aqui a definição de Deleuze, que o entende como a afirmação do instante, da necessidade do acaso, o eterno retorno é o ser 6

7 do devir enquanto tal, o um do múltiplo (Deleuze, 1976: 26). A afirmação do instante que deve ser desejado mil vezes está de acordo com as determinações de Heidegger, assim podemos pensar com estes dois autores o eterno retorno como o elemento que possibilita a afirmação da vida através da vontade de poder, entendendo o eterno retorno como um elemento auxiliar da vontade de poder, o que está indicado nos trabalhos de Heidegger e Deleuze. A Transvaloração de todos os valores e o Além do homem são de certo modo os dois elementos utópicos da filosofia da história de Nietzsche. Segundo Hayden White e Heidegger para Nietzsche houve uma vez no passado uma transvaloração de todos os valores, a vitória da moral do escravo diante da moral do senhor, e ainda haveria uma segunda transvaloração de todos os valores, a que possibilitaria o advento do além do homem e superaria o niilismo da cultura ocidental. O além do homem é identificado por H. White com um dos personagens mais famosos de Nietzsche, ou seja, Zaratustra. Com Deleuze podemos perceber que o além do homem é o que poderia suportar a idéia do eterno retorno, a afirmação do instante. Como já vimos, a afirmação do instante leva à intensificação da vida pela vontade de poder, logo, tudo converge para o além do homem. A partir da importância da afirmação da vida e da vontade de poder é que podemos ter algumas sugestões para a filosofia da história de Nietzsche, seguindo uma indicação oferecida por H. White, em seu texto pode-se inferir que a vida serve de ponto de orientação para a história, sua afirmação ou negação determinaria o sentido da filosofia da história em Nietzsche. Essa linha de reflexão forneceu as bases para a história subterrânea do homem ocidental concebida por Nietzsche. Desde o tempo dos gregos, afirmava Nietzsche, a história do homem ocidental tem sido a história de enfermidades auto-induzidas. Desde aquela época, o homem, outrora uma ponte entre o caos e a forma, assumiu o aspecto de um touro abatido suspenso entre os dois postes de sua auto-ilusão. Num poste está o cristianismo com sua negação dos direitos da vida sobre o homem e sua insistência em que o homem encontra suas metas em outro mundo, que só lhe será revelado no fim dos tempos; no outro poste está a ciência positivista, que sente prazer em desumanizar o homem reduzindo-o à condição de um animal, concebendo-o como simples instrumento de forças mecânicas sobre as quais ele não pode exercer nenhum controle e das quais não pode libertar-se. E a 7

8 história do homem ocidental desde o declínio do espírito trágico descreve uma alternância dessas duas tendências negadoras da vida; primeiro uma, depois a outra, se revezam na tarefa de degradar o homem. (WHITE, 1995: ). Com estes elementos podemos arriscar uma resposta para as indagações feitas logo acima: pensar uma filosofia da história para a humanidade como um todo não parece ser o que pretende Nietzsche, seguindo H. White, fica claro que sua preocupação é com o sentido da história do Ocidente, suas indagações sobre a tragédia grega, sobre o niilismo, sempre convergem para sua época e a falta de sentido histórico da mesma. Seu escopo é o de criar, a partir dos cinco conceitos aqui apresentados, um novo sentido histórico tendo como modelo a cultura da Grécia arcaica. O método genealógico, apóio-me aqui em Foucault, implica em uma preocupação com o sentido da história ocidental e produz algumas indicações de como é possível reorientar a consciência histórica para a formulação de uma cultura de tipo afirmativo de vida, uma cultura trágicoartística, produtora de sentido e criadora de seu próprio futuro. Uma cultura que possibilite o advento do além-do-homem. Se em alguns textos Nietzsche preocupa-se com a origem da linguagem, da moral e mesmo da verdade, que ele logo deixa claro não ser a Grécia arcaica a fonte de tudo, isso não quer dizer que o mesmo esteja buscando um sentido para a história universal. São antes questões antropológicas que podem ajudar na compreensão do que é humano e na precisão das singularidades do homem ocidental e de sua forma de agir histórico. Em um texto de 1873 A filosofia na época trágica dos gregos, Nietzsche deixa claro que estes não foram os precursores da história do mundo, mas os elege como a proveniência do ocidente, pela sua originalidade em, a partir de outras culturas produzirem algo novo e original, construindo assim seu próprio sentido histórico. Nada é mais tolo do que atribuir aos gregos uma cultura autóctone: pelo contrário, eles sorveram toda a cultura viva de outros povos e, se foram tão longe, é precisamente porque sabiam retomar a lança onde um outro povo a abandonou, para arremessá-la mais longe. (NIETZSCHE v.2, 1991:5). A partir de outras culturas produzir uma cultura autêntica, eis a originalidade pretendida por Nietzsche para a cultura ocidental, tal é o ponto que permite ao mesmo criticar o excesso de sentido histórico que impede a ação criativa do homem moderno. Esta 8

9 é a limitação, niilista vale dizer, da consciência histórica. Nietzsche, assim como Marx, fora um crítico da modernidade, e tal qual este, possuía um projeto para sua época. Sua saída é o agir criativo diante da história, o agir do artista trágico. Conclusões Assim, debater a filosofia da história de Nietzsche é buscar respostas e apontamentos para pensar a consciência histórica da cultura ocidental, em uma tentativa de elucidar as formas e princípios que orientam nosso agir histórico. Claro está que não é possível responder a todas as perguntas e nem deixar claro todos os caminhos que são propostos. Este trabalho teve como princípio norteador a intenção de contribuir para o debate sobre filosofia da história, assim como pensar tal temática a partir de um filósofo que refletiu profundamente sobre seu tempo, algo que acredito ser de importância fundamental para o trabalho histórico. Ficam aqui indicações para futuras pesquisas que tentarão melhor elaborar pontos inconclusos do presente trabalho. 9

10 Referências NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Obras incompletas. Seleção de textos de Gérard Lebrun; Tradução e notas de Rubens Rodrigues Torres Filho; posfácio de Antônio Cândido. 5 Edição: 2 volumes. São Paulo: Nova Cultural, (Os Pensadores) NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Sabedoria para depois de amanhã. Seleção dos fragmentos póstumos por Heinz Friedrich; Tradução Karina Jannini. São Paulo: Martins Fontes, (Tópicos) ARALDI, Clademir Luís. Nietzsche e o romantismo alemão. Revista Dissertatio, Pelotas, edição comemorativa (19-20), 2007, p CASA NOVA, Marco Antônio. Interpretação enquanto princípio de constituição do mundo. Cadernos Nietzsche 10, 2001, p DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. 1ª edição brasileira. Rio de Janeiro: Editora Rio, FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 25. ed. Rio de Janeiro: Graal, HABERMAS, Jurgen. O discurso filosófico da modernidade. Lisboa: Dom Quixote, HEIDEGGER, Martin. Nietzsche. 2 volumes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, MACHADO, Roberto. O nascimento do trágico: de Schiller a Nietzsche. Rio de Janeiro: J. Zahar, Nietzsche e a verdade. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, MARTON, Scarlett. Nietzsche: das forças cósmicas aos valores humanos. São Paulo: Brasiliense, ONATE, Alberto Marcos. Entre eu e si, ou a questão do humano na filosofia de Nietzsche. Rio de Janeiro: 7 Letras, RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história, fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília,

11 . Reconstrução do passado: teoria da historia II : os princípios da pesquisa histórica. Brasília: UnB, WALSH, William Henry. Introdução à filosofia da história. Rio de Janeiro: Zahar, WHITE, Hayden. Nietzsche: a defesa poética da história no modo metafórico. In: Meta- História: a Imaginação Histórica do Século XIX. São Paulo: Edusp.1995, p

ASPECTOS ROMÂNTICOS NA FILOSOFIA DO JOVEM NIETZSCHE: DA ARTE TRÁGICA AO GÊNIO FILOSÓFICO. GARCIA, Naillê de Moraes¹; ARALDI, Clademir Luís².

ASPECTOS ROMÂNTICOS NA FILOSOFIA DO JOVEM NIETZSCHE: DA ARTE TRÁGICA AO GÊNIO FILOSÓFICO. GARCIA, Naillê de Moraes¹; ARALDI, Clademir Luís². ASPECTOS ROMÂNTICOS NA FILOSOFIA DO JOVEM NIETZSCHE: DA ARTE TRÁGICA AO GÊNIO FILOSÓFICO GARCIA, Naillê de Moraes¹; ARALDI, Clademir Luís². 1,2 Deptº de Filosofia ISP/UFPel Rua Alberto Rosa, 154 - CEP

Leia mais

gênio na antiguidade, mostrando como os gregos consideraram o tema, e como o romantismo se apropriou da idéia, com forte inspiração kantiana.

gênio na antiguidade, mostrando como os gregos consideraram o tema, e como o romantismo se apropriou da idéia, com forte inspiração kantiana. Conclusão Levando em conta as discussões sobre o tema na tradição filosófica, Nietzsche escapa de um procedimento metafísico e coloca a idéia de gênio para além de um simples ideal. Por ideal, Nietzsche

Leia mais

Revista Pandora Brasil Número 57, Agosto de 2013 ISSN Alisson Flores Caires VIDA ENQUANTO VONTADE DE POTÊNCIA

Revista Pandora Brasil Número 57, Agosto de 2013 ISSN Alisson Flores Caires VIDA ENQUANTO VONTADE DE POTÊNCIA VIDA ENQUANTO VONTADE DE POTÊNCIA RESUMO: O presente artigo pretende investigar a concepção Nietzscheana de Vida e natureza, buscando esclarecer a relação que há entre essas duas forças contrárias e únicas.

Leia mais

Roberto Machado NIETZSCHE E A VERDADE. 3ª edição Edição revista

Roberto Machado NIETZSCHE E A VERDADE. 3ª edição Edição revista Roberto Machado NIETZSCHE E A VERDADE 3ª edição Edição revista São Paulo / Rio de Janeiro 2017 Sumário Introdução 7 Esclarecimento 19 I Arte e ciência 1 A arte trágica e a apologia da aparência 23 2 Metafísica

Leia mais

Aula 21. Boa Tarde! Filosofia Moderna Nietzsche

Aula 21. Boa Tarde! Filosofia Moderna Nietzsche Aula 21 Boa Tarde! Filosofia Moderna Nietzsche Friedrich Nietzsche 1844-1900 Não sou Homem, sou Dinamite Uma Filosofia para Espíritos Livres A FILOSOFIA A GOLPES DE MARTELO A Filosofia Aforismos: Estilo

Leia mais

Turma: Turno: Noturno Quadrimestre: 3º Ano: 2016 turma: Docente(s) responsável(is): Aléxia Cruz Bretas

Turma: Turno: Noturno Quadrimestre: 3º Ano: 2016 turma: Docente(s) responsável(is): Aléxia Cruz Bretas Caracterização da disciplina Código da disciplina: BH1307 Nome da disciplina: História da filosofia contemporânea: o século XIX Créditos (T-P-I): (4-0-4) Carga horária: 48 horas Aula prática: 0 Campus:

Leia mais

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2401N - Relações Públicas. Ênfase. Disciplina RP00007A - Filosofia e Comunicação.

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2401N - Relações Públicas. Ênfase. Disciplina RP00007A - Filosofia e Comunicação. Curso 2401N - Relações Públicas Ênfase Identificação Disciplina RP00007A - Filosofia e Comunicação Docente(s) Unidade Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação Departamento Departamento de Ciências

Leia mais

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. G. W. F. HEGEL (1770-1831) Século XIX Revolução Industrial (meados do século XVIII) Capitalismo; Inovações

Leia mais

Plano de Ensino. Seriação ideal 1

Plano de Ensino. Seriação ideal 1 Curso 1903N - Comunicação Social: Relações Públicas Ênfase Identificação Disciplina 0003208 - Filosofia Unidade Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação Departamento Departamento de Ciências Humanas

Leia mais

Shakespeare. o gênio original

Shakespeare. o gênio original Shakespeare o gênio original Coleção ESTÉTICAS direção: Roberto Machado Kallias ou Sobre a Beleza Friedrich Schiller Ensaio sobre o Trágico Peter Szondi Nietzsche e a Polêmica sobre O Nascimento da Tragédia

Leia mais

O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel

O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel 1 O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel ELINE LUQUE TEIXEIRA 1 eline.lt@hotmail.com Sumário:Introdução; 1. A dialética hegeliana; 2. A concepção

Leia mais

NIETZSCHE E A HISTÓRIA: A RELAÇÃO COM O PASSADO

NIETZSCHE E A HISTÓRIA: A RELAÇÃO COM O PASSADO NIETZSCHE E A HISTÓRIA: A RELAÇÃO COM O PASSADO Dagmar Manieri Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); professor Adjunto de História (Teoria da História) da Universidade

Leia mais

Pensamento do século XIX

Pensamento do século XIX Pensamento do século XIX SÉCULO XIX Expansão do capitalismo e novos ideais De acordo com a periodização tradicional, considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época contemporânea. Esse movimento

Leia mais

ROMANTISMO E IDEALISMO (Século XIX)

ROMANTISMO E IDEALISMO (Século XIX) ROMANTISMO E IDEALISMO O Idealismo alemão sofreu forte influência, na sua fase inicial, do Romantismo, movimento cultural que se manifestou na Arte, na Literatura e na Filosofia. No seu ponto culminante,

Leia mais

As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea

As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea A concepção do ser humano no Idealismo alemão Pré Romantismo - séc. XVIII Resistência à Ilustração: mecanicismo de newtoniamo e empirismo de Locke

Leia mais

AULA FILOSOFIA. O realismo aristotélico

AULA FILOSOFIA. O realismo aristotélico AULA FILOSOFIA O realismo aristotélico DEFINIÇÃO O realismo aristotélico representa, na Grécia antiga, ao lado das filosofias de Sócrates e Platão, uma reação ao discurso dos sofistas e uma tentativa de

Leia mais

II. Metodologia: 2.1. Desenvolvimento das seções. a) Explanação inicial do conteúdo pelo professor

II. Metodologia: 2.1. Desenvolvimento das seções. a) Explanação inicial do conteúdo pelo professor UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política Disciplina: SPO 7007 Sociologia do Racionalismo - 04 créditos Semestre: 2008.2

Leia mais

Introdução à Estética

Introdução à Estética Profa. Consuelo Holanda @consueloholanda consueloholanda2010@hotmail.com Introdução à Estética Professora: Consuelo Holanda Estética cotidiana O uso comum da palavra estética se dá no sentido de beleza

Leia mais

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura

O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura Jean Carlos Demboski * A questão moral em Immanuel Kant é referência para compreender as mudanças ocorridas

Leia mais

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor).

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). Exercícios sobre Hegel e a dialética EXERCÍCIOS 1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). b) é incapaz de explicar

Leia mais

Unesp PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PARA A CIÊNCIA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS. Plano de Ensino

Unesp PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PARA A CIÊNCIA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS. Plano de Ensino Unesp PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PARA A CIÊNCIA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS Plano de Ensino Designação da Disciplina: Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência Domínio Específico ( X )

Leia mais

Sócrates: após destruir o saber meramente opinativo, em diálogo com seu interlocutor, dava início ã procura da definição do conceito, de modo que, o

Sócrates: após destruir o saber meramente opinativo, em diálogo com seu interlocutor, dava início ã procura da definição do conceito, de modo que, o A busca da verdade Os filósofos pré-socráticos investigavam a natureza, sua origem de maneira racional. Para eles, o princípio é teórico, fundamento de todas as coisas. Destaca-se Heráclito e Parmênides.

Leia mais

FILOSOFIA. Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo

FILOSOFIA. Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo FILOSOFIA Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo Finalidade da vida política para Platão: Os seres humanos e a pólis têm a mesma estrutura: alma concupiscente ou desejante; alma irascível ou colérica;

Leia mais

MESTRADO EM ESTÉTICA E FILOSOFIA DA ARTE

MESTRADO EM ESTÉTICA E FILOSOFIA DA ARTE MESTRADO EM ESTÉTICA E FILOSOFIA DA ARTE Deleuze e as Artes Prof. ª Cíntia Vieira da Silva Terça-feira: 14:00às 18:00 O curso pretende mostrar como a filosofia deleuziana pode ser vista como um dos momentos

Leia mais

6. Conclusão. Contingência da Linguagem em Richard Rorty, seção 1.2).

6. Conclusão. Contingência da Linguagem em Richard Rorty, seção 1.2). 6. Conclusão A escolha de tratar neste trabalho da concepção de Rorty sobre a contingência está relacionada ao fato de que o tema perpassa importantes questões da reflexão filosófica, e nos permite termos

Leia mais

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO SOFISTAS Acreditavam num relativismo moral. O ceticismo dos sofistas os levava a afirmar que, não existindo verdade absoluta, não poderiam existir valores que fossem validos universalmente. A moral variaria

Leia mais

Beckenkamp, Joãosinho. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: Edipucrs, 2004, 288 p.

Beckenkamp, Joãosinho. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: Edipucrs, 2004, 288 p. Beckenkamp, Joãosinho. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: Edipucrs, 2004, 288 p. Pedro Geraldo Aparecido Novelli 1 Entre Kant e Hegel tem por objetivo mostrar a filosofia que vai além de Kant e Hegel, mas

Leia mais

Encontro 6a. Pós-estruturalismo

Encontro 6a. Pós-estruturalismo Encontro 6a Pós-estruturalismo Plano da aula Pós-estruturalismo, pósmodernismo Foucault Deleuze Outros pós-modernistas Crítica de Habermas Fontes Postmodernism Stanford Encyclopedia on Critical Theory

Leia mais

FILOSOFIA. DISCIPLINA: História da Filosofia Antiga

FILOSOFIA. DISCIPLINA: História da Filosofia Antiga EMENTA FILOSOFIA DISCIPLINA: Iniciação filosófica EMENTA: Este curso pretende iniciar o aluno nos principais temas da filosofia, a partir da reflexão de seu núcleo histórico-sistemático, considerando seus

Leia mais

Historismo é revolução cultural e epistemológica produzida por. Guillermo Dilthey dentro da Escola Histórica Alemã por ele

Historismo é revolução cultural e epistemológica produzida por. Guillermo Dilthey dentro da Escola Histórica Alemã por ele Historismo é revolução cultural e epistemológica produzida por Guillermo Dilthey dentro da Escola Histórica Alemã por ele fundada com o lançamento em 1883 e na Alemanha de sua obra Einleitung in die Geisteswissenschaften

Leia mais

Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015

Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 Aula Véspera UFU 2015 Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 NORTE DA AVALIAÇÃO O papel da Filosofia é estimular o espírito crítico, portanto, ela não pode

Leia mais

INTRODUÇÃO 12.º ANO ENSINO SECUNDÁRIO FILOSOFIA A APRENDIZAGENS ESSENCIAIS ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS

INTRODUÇÃO 12.º ANO ENSINO SECUNDÁRIO FILOSOFIA A APRENDIZAGENS ESSENCIAIS ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 12.º ANO ENSINO SECUNDÁRIO FILOSOFIA A INTRODUÇÃO A disciplina de Filosofia A, que se constitui como uma opção da formação específica dos cursos

Leia mais

ROMANTISMO KIERKEGAAR PROF. ANDERSON W.

ROMANTISMO KIERKEGAAR PROF. ANDERSON W. FILOSOFIA ROMANTISMO KIERKEGAAR PROF. ANDERSON W. (1813 1855) SUAS PRINCIPAIS OBRAS: Migalhas Filosóficas (1884), Ou isso/ou aquilo (1843), Temor e Tremor (1843) O conceito de angústia (1844). SUBJETIVISMO:

Leia mais

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA Greyce Kelly de Souza greycehp@gmail.com Jéferson Luís de Azeredo jeferson@unesc.net Resumo: Neste artigo pretende-se analisar a relação ontológica entre

Leia mais

Dos românticos a Nietzsche. Oito estudos sobre a Filosofia do século XIX.

Dos românticos a Nietzsche. Oito estudos sobre a Filosofia do século XIX. http://dx.doi.org/10.1590/2316-82422018v3903tmm Resenha Dos românticos a Nietzsche. Oito estudos sobre a Filosofia do século XIX. ARALDI; Clademir Luís. Do Romantismo a Nietzsche: Rupturas e Transformações

Leia mais

1) O problema da crítica do conhecimento: a distinção acrítica de sujeito-objeto

1) O problema da crítica do conhecimento: a distinção acrítica de sujeito-objeto TEORIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS II 2º Semestre de 2014 Disciplina Optativa Destinada: alunos de filosofia Código: FLF0279 Pré-requisito: FLF0278 Prof. Dr. Luiz Repa Carga horária: 120h Créditos: 06 Número

Leia mais

APOLINÁRIO, J. A. F. Nietzsche e Kant: sobre a crítica e a fundamentação da moral. Recife: Ed. da UFPE, 2012.

APOLINÁRIO, J. A. F. Nietzsche e Kant: sobre a crítica e a fundamentação da moral. Recife: Ed. da UFPE, 2012. ISSN 2179-3441 Licenciado sob uma Licença Creative Commons [T] APOLINÁRIO, J. A. F. Nietzsche e Kant: sobre a crítica e a fundamentação da moral. Recife: Ed. da UFPE, 2012. [I] (A) [A] Rodrigo Barbosa

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A Dúvida Metódica Em Descartes Antonio Wardison Canabrava da Silva* A busca pelo conhecimento é um atributo essencial do pensar filosófico. Desde o surgimento das investigações mitológicas,

Leia mais

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Filosofia Moral e Ética CARGA HORÁRIA 36 h/a MATUTINO CURSO Sociologia e Política SEMESTRE

Leia mais

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Filosofia Moral e Ética CARGA HORÁRIA 36 h/a MATUTINO CURSO Sociologia e Política SEMESTRE 2 o /2018

Leia mais

Filosofia Moderna. Antecedentes e pensamento cartesiano (epistemologia racionalista)

Filosofia Moderna. Antecedentes e pensamento cartesiano (epistemologia racionalista) Filosofia Moderna Antecedentes e pensamento cartesiano (epistemologia racionalista) O projeto moderno se define, em linhas gerais, pela busca da fundamentação da possibilidade de conhecimento e das teorias

Leia mais

Pró-Reitoria de Graduação. Plano de Ensino 2º Quadrimestre de 2017

Pró-Reitoria de Graduação. Plano de Ensino 2º Quadrimestre de 2017 Caracterização da disciplina NH5118 Nome da disciplina: PENSAMENTO NIETZSCHEANO E SEUS DESDOBRAMENTOS Código da disciplina: CONTEMPORÂNEOS Créditos (T-P-I): ( - - ) Carga horária: 48 horas horas Aula prática:

Leia mais

PIBID FILOSOFIA. Bolsista: Rafaela Salles. Supervisor: Dinael Alves Ramos

PIBID FILOSOFIA. Bolsista: Rafaela Salles. Supervisor: Dinael Alves Ramos PIBID FILOSOFIA Bolsista: Rafaela Salles Supervisor: Dinael Alves Ramos A filosofia presente na Animação Rick and Morty Rick and Morty Em dezembro de 2014, o Adult Swim (Cartoon Network), lançou Rick and

Leia mais

COLÉGIO CEC 24/08/2015. Conceito de Dialética. Professor: Carlos Eduardo Foganholo DIALÉTICA. Originalmente, é a arte do diálogo, da contraposição de

COLÉGIO CEC 24/08/2015. Conceito de Dialética. Professor: Carlos Eduardo Foganholo DIALÉTICA. Originalmente, é a arte do diálogo, da contraposição de COLÉGIO CEC Professor: Carlos Eduardo Foganholo Conceito de Dialética DIALÉTICA Originalmente, é a arte do diálogo, da contraposição de ideias que leva a outras ideias. O conceito de dialética, porém,

Leia mais

Ar infinito: indeterminado, não tem uma forma clara.

Ar infinito: indeterminado, não tem uma forma clara. FILOSOFIA ANTIGA Ar infinito: indeterminado, não tem uma forma clara. Está presente na água de Tales: H20. Essencial para a vida dos seres vivos. É a causa do movimento da natureza: vento move nuvens,

Leia mais

O DIÁLOGO ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA NA FICÇÃO BRASILEIRA DO SÉCULO XX

O DIÁLOGO ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA NA FICÇÃO BRASILEIRA DO SÉCULO XX PROJETO DE PESQUISA O DIÁLOGO ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA NA FICÇÃO BRASILEIRA DO SÉCULO XX Profª. Ms. Patrícia Chanely da Silva Ricarte Coordenadora Prof. Paulo Alberto da Silva Sales Colaborador Acadêmica:

Leia mais

PLANO DE ENSINO ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA. DEPARTAMENTO: Departamento de Filosofia e Métodos. Semestre Letivo: ( X ) Primeiro ( ) Segundo

PLANO DE ENSINO ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA. DEPARTAMENTO: Departamento de Filosofia e Métodos. Semestre Letivo: ( X ) Primeiro ( ) Segundo PLANO DE ENSINO I IDENTIFICAÇÃO CURSO: Teatro MODALIDADE: Graduação DISCIPLINA: Estética ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA DEPARTAMENTO: Departamento de Filosofia e Métodos DOCENTE RESPONSÁVEL: Semestre Letivo:

Leia mais

Plano de Ensino. Seção 1. Caracterização complementar da turma/disciplina. Turma/Disciplina: História da Filosofia Moderna /2

Plano de Ensino. Seção 1. Caracterização complementar da turma/disciplina. Turma/Disciplina: História da Filosofia Moderna /2 Plano de Ensino Seção 1. Caracterização complementar da turma/disciplina Turma/Disciplina: História da Filosofia Moderna 3 2018/2 Professor Responsável: Francisco Prata Gaspar Objetivos Gerais da Disciplina.

Leia mais

NIETZSCHE NÃO SOU HOMEM, SOU DINAMITE

NIETZSCHE NÃO SOU HOMEM, SOU DINAMITE NIETZSCHE NÃO SOU HOMEM, SOU DINAMITE Uma filosofia para espíritos livres A filosofia a golpes de martelo a palavra "martelo" deve ser entendida como marreta, para destroçar os ídolos, e também como diapasão,

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO REITORIA. Avenida Rio Branco, 50 Santa Lúcia Vitória ES

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO REITORIA. Avenida Rio Branco, 50 Santa Lúcia Vitória ES MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO REITORIA Avenida Rio Branco, 50 Santa Lúcia 29056-255 Vitória ES 27 3357-7500 CONCURSO PÚBLICO - EDITAL Nº. 03 2013 ÁREA/SUBÁREA/ESPECIALIDADE:

Leia mais

ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2

ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 Índice 1. Ética Geral...3 1.1 Conceito de ética... 3 1.2 O conceito de ética e sua relação com a moral... 4 2 1. ÉTICA GERAL 1.1 CONCEITO DE ÉTICA Etimologicamente,

Leia mais

A Modernidade e o Direito

A Modernidade e o Direito A Modernidade e o Direito A Modernidade e o Direito 1. A proposta ética de Habermas não comporta conteúdos. Ela é formal. Ela apresenta um procedimento, fundamentado na racionalidade comunicativa, de resolução

Leia mais

Filosofia (aula 13) Dimmy Chaar Prof. de Filosofia. SAE

Filosofia (aula 13) Dimmy Chaar Prof. de Filosofia. SAE Filosofia (aula 13) Prof. de Filosofia SAE leodcc@hotmail.com (...) embora todo conhecimento comece com a experiência, nem por isso ele se origina justamente da experiência. Pois poderia bem acontecer

Leia mais

Teorias éticas. Capítulo 20. GRÉCIA, SÉC. V a.c. PLATÃO ARISTÓTELES

Teorias éticas. Capítulo 20. GRÉCIA, SÉC. V a.c. PLATÃO ARISTÓTELES GRÉCIA, SÉC. V a.c. Reflexões éticas, com um viés político (da pólis) _ > como deve agir o cidadão? Nem todas as pessoas eram consideradas como cidadãos Reflexão metafísica: o que é a virtude? O que é

Leia mais

IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari

IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 PSICOLOGIA: O ESPÍRITO 440 ( ) O Espírito começa, pois, só a partir do seu

Leia mais

FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas. Fernanda Henriques Capela do Rato 2018

FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas. Fernanda Henriques Capela do Rato 2018 FILOSOFIA e LITERATURA um tema e duas perspetivas Fernanda Henriques Capela do Rato 2018 O TEMA A relação entre Filosofia e Literatura é uma velha história com traços de conflitualidade e de ambiguidade.

Leia mais

INSTITUTO DE TREINAMENTO E PESQUISA EM GESTALT TERAPIA DE GOIÂNIA-ITGT TEORIA DO CONHECIMENTO

INSTITUTO DE TREINAMENTO E PESQUISA EM GESTALT TERAPIA DE GOIÂNIA-ITGT TEORIA DO CONHECIMENTO TEORIA DO CONHECIMENTO - Embora os filósofos da Antiguidade e da Idade Média tratassem de questões referentes ao conhecimento, não se pode dizer que a teoria do conhecimento existisse enquanto disciplina

Leia mais

Preocupações do pensamento. kantiano

Preocupações do pensamento. kantiano Kant Preocupações do pensamento Correntes filosóficas Racionalismo cartesiano Empirismo humeano kantiano Como é possível conhecer? Crítica da Razão Pura Como o Homem deve agir? Problema ético Crítica da

Leia mais

A Estética é uma especialidade filosófica que visa investigar a essência da beleza e as bases da arte. Ela procura compreender as emoções, idéias e

A Estética é uma especialidade filosófica que visa investigar a essência da beleza e as bases da arte. Ela procura compreender as emoções, idéias e A Estética A Estética é uma especialidade filosófica que visa investigar a essência da beleza e as bases da arte. Ela procura compreender as emoções, idéias e juízos que são despertados ao observar uma

Leia mais

PERSPECTIVAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO.

PERSPECTIVAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO. UNIVERSIDADE DO CONTESTADO CANOINHAS I FÓRUM DE PROFESSORES DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA DO PLANALTO NORTE CATARINENSE - 2007 PERSPECTIVAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO. Sandro Luiz Bazzanella sandroba@terra.com.br

Leia mais

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Filosofia Moral e Ética- CARGA HORÁRIA 36 h/a NOTURNO CURSO Sociologia e Política SEMESTRE 2 o /2018

Leia mais

4ª ETAPA. Componente Curricular: Exclusivo de curso ( ) Eixo Comum ( X ) Eixo Universal ( ) Curso: Licenciatura em Filosofia.

4ª ETAPA. Componente Curricular: Exclusivo de curso ( ) Eixo Comum ( X ) Eixo Universal ( ) Curso: Licenciatura em Filosofia. ETAPA Componente Exclusivo de curso ( ) Eixo Comum ( X ) Eixo Universal ( ) Avaliação da Aprendizagem Estuda a avaliação escolar, com identificação dos alicerces teóricos da avaliação classificatória e

Leia mais

Introdução: O legado da modernidade 1. Polêmica em torno do conhecimento no século XX 1.1 Debate em torno do positivismo: Adorno e Popper.

Introdução: O legado da modernidade 1. Polêmica em torno do conhecimento no século XX 1.1 Debate em torno do positivismo: Adorno e Popper. PROGRAMA DE CURSO Disciplina: Epistemologia/Teoria do conhecimento Prof: Priscila Rossinetti Rufinoni Período: diurno Ementa: Apresentar as questões e problemas epistemológicos impostos pela modernidade.

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais Anos atrás, passei muito e muito tempo pensando em Palomar e suas relações com o pensamento filosófico. Naquele momento, queria descobrir como as teorias filosóficas estavam escondidas

Leia mais

contextualização com a intenção de provocar um melhor entendimento acerca do assunto. HEGEL E O ESPÍRITO ABSOLUTO

contextualização com a intenção de provocar um melhor entendimento acerca do assunto. HEGEL E O ESPÍRITO ABSOLUTO AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos. Todo exemplo citado em aula é, meramente,

Leia mais

Introdução ao pensamento de Marx 1

Introdução ao pensamento de Marx 1 Introdução ao pensamento de Marx 1 I. Nenhum pensador teve mais influência que Marx, e nenhum foi tão mal compreendido. Ele é um filósofo desconhecido. Muitos motivos fizeram com que seu pensamento filosófico

Leia mais

Georg Wilhelm Friedrich HEGEL ( )

Georg Wilhelm Friedrich HEGEL ( ) Georg Wilhelm Friedrich HEGEL (1770-1831) Hegel ocupou durante muitas décadas uma posição dominante na história da filosofia. É considerado até hoje um dos maiores filósofos alemães. Ele concebia que a

Leia mais

Referências bibliográficas

Referências bibliográficas Referências bibliográficas NIETZSCHE, Friedrich W. A filosofia na idade trágica dos gregos. Tradução: Maria Inês Madeira de Andrade. Lisboa: Edições 70, 1995. (Versão em PDF).. A Gaia Ciência. Tradução:

Leia mais

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 12 Daniel José Crocoli * A obra Sobre ética apresenta as diferentes formas de se pensar a dimensão ética, fazendo

Leia mais

Mario Farina, Critica, símbolo e storia in Hegel. La determinazione hegeliana dell estetica

Mario Farina, Critica, símbolo e storia in Hegel. La determinazione hegeliana dell estetica Revista de Estud(i)os sobre Fichte 11 2016 Verano/Verão 2015 Mario Farina, Critica, símbolo e storia in Hegel. La determinazione hegeliana dell estetica Giorgia Cecchinato Edição electrónica URL: http://journals.openedition.org/ref/653

Leia mais

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PROGRAMA DE DISCIPLINA I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Filosofia Moral e Ética- CARGA HORÁRIA 36 h/a NOTURNO CURSO Sociologia e Política SEMESTRE

Leia mais

COLÉGIO MAGNUM BURITIS

COLÉGIO MAGNUM BURITIS COLÉGIO MAGNUM BURITIS PROGRAMAÇÃO DE 1ª ETAPA 2ª SÉRIE PROFESSOR (A): Alair Matilde Naves DISCIPLINA: Filosofia TEMA TRANSVERSAL: A ESCOLA E AS HABILIDADES PARA A VIDA NO SÉCULO XXI DIMENSÕES E DESENVOLVIMENTO

Leia mais

PLATÃO E O MUNDO IDEAL

PLATÃO E O MUNDO IDEAL Introdução: PLATÃO E O MUNDO IDEAL - A importância do pensamento de Platão se deve justamente por conseguir conciliar os mundos: dos Pré-Socráticos, com suas indagações sobre o surgimento do Cosmo (lê-se:

Leia mais

Ética e política da subjetividade: hermenêutica do sujeito e parrhesía em Michel Foucault.

Ética e política da subjetividade: hermenêutica do sujeito e parrhesía em Michel Foucault. Ética e política da subjetividade: hermenêutica do sujeito e parrhesía em Michel Foucault. André Pereira Almeida Os últimos cursos e trabalhos de Foucault acerca da constituição do sujeito ético e político

Leia mais

"O verdadeiro é o todo." Georg Hegel

O verdadeiro é o todo. Georg Hegel "O verdadeiro é o todo." Georg Hegel Hegel: o evangelista do absoluto By zéck Biografia Georg Wilhelm F. Hegel (1770-1831) 1831) Nasceu em Stuttgart. Foi colega de Schelling. Influências Spinoza, Kant

Leia mais

Universidade Federal de São Carlos

Universidade Federal de São Carlos Código e nome da disciplina: 18047-5 Estudos dirigidos de Filosofia 2 Professor responsável: Francisco Prata Gaspar Objetivos gerais: Orientar o estudante no exercićio de uma pra tica de leitura meto dica

Leia mais

Quais são as quatro perguntas?

Quais são as quatro perguntas? Quais são as quatro perguntas? O que é? Ao que se refere? Como é? Como se refere? Por que é? Por que deste e não de outro modo? Para que é? Em que ajuda e em que implica? Das respostas às perguntas O quê

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 2, Ano BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO 30 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 31 BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA DO PERÍODO CLÁSSICO

Leia mais

Pensamento do século XIX

Pensamento do século XIX Pensamento do século XIX Século XIX Expansão do capitalismo e os novos ideais Considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época contemporânea. Junto com ela, propagaram-se os ideais de liberdade,

Leia mais

Filosofia tensa: o conceito: fragmentos, aforismos, frases curtas, insight

Filosofia tensa: o conceito: fragmentos, aforismos, frases curtas, insight Filosofia tensa: o conceito: fragmentos, aforismos, frases curtas, insight Antigo sistema de escrita usado em Creta (por volta do século IV A.C.) Abraão Carvalho 1 O conceito do que se convencionou pela

Leia mais

Fundamentação ética em Kant versus posição ética de Nietzsche

Fundamentação ética em Kant versus posição ética de Nietzsche Fundamentação ética em Kant versus posição ética de Nietzsche Leandro José Kotz * Na tradição filosófica há um mosaico de posições e fundamentações éticas e morais. Entre elas retomamos e confrontamos

Leia mais

RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA

RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA RESOLUÇÃO FILOSOFIA SEGUNDA FASE UFU SEGUNDO DIA 1) Para Parmênides o devir ou movimento é uma mera aparência provocada pelos enganos de nossos sentidos. A realidade é constituída pelo Ser que é identificado

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS EMENTAS DO CURSO DE FILOSOFIA Currículo Novo (a partir de 2010/1) NÍVEL I HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA Reflexão acerca da transição do pensamento mítico ao filosófico. Estudo de problemas, conceitos e

Leia mais

KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA. Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense

KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA. Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense marcos_giusti@uol.com.br Resumo: A crítica kantiana à metafísica, diferentemente do que exprimem

Leia mais

FATORES HISTÓRICOS DO SURGIMENTO: Agentes motivadores:

FATORES HISTÓRICOS DO SURGIMENTO: Agentes motivadores: FATORES HISTÓRICOS DO SURGIMENTO: Agentes motivadores: Segunda Revolução Industrial (meados do século XIX ); Novas concepções filosóficas e ideológicas (positivismo científico, psicologia, o liberalismo

Leia mais

Kant e a Razão Crítica

Kant e a Razão Crítica Kant e a Razão Crítica Kant e a Razão Crítica 1. Autonomia da vontade é aquela sua propriedade graças à qual ela é para si mesma a sua lei (independentemente da natureza dos objetos do querer). O princípio

Leia mais

A Modernidade e o Direito

A Modernidade e o Direito A Modernidade e o Direito A Modernidade e o Direito 1. que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de Fonte: Habermas, J. Consciência moral e agir comunicativo.

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA 1º PERÍODO FIL02457 - FILOSOFIA POLÍTICA I (60 h, OBR) O homem e sua ação política. A noção de polis no pensamento grego antigo e seus desdobramentos

Leia mais

Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média:

Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média: EXERCÍCIOS ON LINE 3º BIMESTRE DISCIPLINA: Filosofia PROFESSOR(A): Julio Guedes Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média: NOME: Nº.: Exercício On Line (1) A filosofia atingiu

Leia mais

O. 8. BITTÇ~R EDU~RDO. Curso de Etica Jurídica. É ti c a geral e profissional. 12ª edição, revista, atualizada e modificada ..

O. 8. BITTÇ~R EDU~RDO. Curso de Etica Jurídica. É ti c a geral e profissional. 12ª edição, revista, atualizada e modificada .. EDU~RDO O. 8. BITTÇ~R "" Curso de Etica Jurídica É ti c a geral e profissional 12ª edição, revista, atualizada e modificada.. ~ o asaraiva SUMÁRIO Prefácio... 15 Apresentação... 19 PARTE I-Ética Geral

Leia mais

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA EMENTÁRIO DE DISCIPLINAS ATIVAS

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA EMENTÁRIO DE DISCIPLINAS ATIVAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA EMENTÁRIO DE DISCIPLINAS ATIVAS Obrigatórias GFL00027 HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I Questões básicas de filosofia antiga. Discussões de autores e temas de filosofia antiga, tais

Leia mais

1 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

1 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL EVERARDO BACKHEUSER DISCIPLINA: FILOSOFIA PROFESSOR: CARLOS WEINMAN TURMA: 1ª, 2ª E 3ª SÉRIE ANO LETIVO: 2014 1 OBJETIVO GERAL

Leia mais

Capitulo 16 - Filosofia -

Capitulo 16 - Filosofia - Capitulo 16 - Filosofia - Pensamento do século XIX Século XIX: Expansão do capitalismo e os novos ideais De acordo com a periodização tradicional considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época

Leia mais

FORMULÁRIO PARA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS / COMPONENTES FORMULÁRIO PARA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS / COMPONENTES

FORMULÁRIO PARA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS / COMPONENTES FORMULÁRIO PARA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS / COMPONENTES 1 FIL001 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 8 h FIL063 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 68 h O que é Filosofia; problemas gerais: conhecimento, ciência, política, moral, estética, antropologia filosófica, lógica, correntes

Leia mais

DOUTRINAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS PROFA. ME. ÉRICA RIOS

DOUTRINAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS PROFA. ME. ÉRICA RIOS DOUTRINAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS PROFA. ME. ÉRICA RIOS ERICA.CARVALHO@UCSAL.BR Ética e História Como a Ética estuda a moral, ou seja, o comportamento humano, ela varia de acordo com seu objeto ao longo do

Leia mais

NIETZSCHE E A LINGUAGEM

NIETZSCHE E A LINGUAGEM 89 NIETZSCHE E A LINGUAGEM Ivanaldo Santos Resumo: O objetivo desse artigo é apresentar de forma introdutória a discussão realizada por Nietzsche sobre a linguagem. Para isso será apresentada de forma

Leia mais

Friedrich Nietzsche. Não sou Homem, sou Dinamite Uma Filosofia para Espíritos Livres. Professor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio

Friedrich Nietzsche. Não sou Homem, sou Dinamite Uma Filosofia para Espíritos Livres. Professor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio Professor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio Friedrich Nietzsche Não sou Homem, sou Dinamite Uma Filosofia para Espíritos Livres A FILOSOFIA A GOLPES DE MARTELO 1 "Conheço a minha sorte. Alguma

Leia mais

Estudaremos o papel da razão e do conhecimento na filosofia de Immanuel Kant; Hegel e o idealismo alemão.

Estudaremos o papel da razão e do conhecimento na filosofia de Immanuel Kant; Hegel e o idealismo alemão. Estudaremos o papel da razão e do conhecimento na filosofia de Immanuel Kant; Hegel e o idealismo alemão. Kant e a crítica da razão Nós s e as coisas Se todo ser humano nascesse com a mesma visão que você

Leia mais

A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã

A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã Resumo: Lincoln Menezes de França 1 A razão, segundo Hegel, rege o mundo. Essa razão, ao mesmo tempo em que caracteriza o homem enquanto tal, em suas

Leia mais

PROGRAMA DA PÓS-GRADUAÇÃO. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Franca. Foucault, a história e os modos de subjetivação no Ocidente

PROGRAMA DA PÓS-GRADUAÇÃO. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Franca. Foucault, a história e os modos de subjetivação no Ocidente PROGRAMA DA PÓS-GRADUAÇÃO INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Franca DISCIPLINA: Foucault, a história e os modos de subjetivação no Ocidente PROFESSOR: Dr. Jean Marcel Carvalho

Leia mais