Aula 00. Direito Tributário. Professor Alberto Macedo
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- Mateus Peixoto Sintra
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1 Aula 00 Direito Tributário Professor: Alberto Macedo 1
2 Caro(a) futuro(a) TÉCNICO(A) JUDICIÁRIO do TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO (TRF2), SAIU O EDITAL!!! É um imenso prazer ministrar este Curso de Teoria e Exercícios de Direito Tributário para Técnico Judiciário - Área Administrativa do TRF2 para você!! Deixe-me fazer uma breve apresentação. Meu primeiro concurso público foi quando tinha 14 anos de idade, quando passei para o Colégio Naval (antigo 2º grau, hoje nível médio). Servi, então, à Marinha do Brasil (onde me graduei em Ciências Navais, ênfase em Mecânica, na Escola Naval, como Oficial), por 13 anos. Sou Auditor-Fiscal Tributário do Município de São Paulo há 18 anos. Fui Conselheiro Julgador do Conselho Municipal de Tributos de São Paulo (CMT), instância máxima do julgamento administrativo tributário municipal, de 2006 a 2013, do qual exerci a Presidência por dois anos e meio; fui Subsecretário da Receita Municipal de São Paulo em , e atualmente sou Assessor Especial da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico do Município de São Paulo. Bacharel, Mestre e Doutor em Direito Tributário pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), MBA em Gestão Pública Tributária pela Fundação Dom Cabral (FDC), Especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), também sou Professor de Especialização em Direito Tributário na Faculdade de Direito da USP, na Fundação Getúlio Vargas SP (FGV-SP), no Insper (antigo IBMEC-SP) e no IBET. Vamos ao que interessa. Como será o curso? Nesse curso, ensinarei a TEORIA de Direito Tributário passando por todo o programa do edital recém publicado (nov.2016) de Técnico Judiciário Área Administrativa do TRF2, com questões resolvidas da banca CONSULPLAN, apesar de não haver um repertório muito grande de questões dessa banca disponível em fontes externas. Complementarei com algumas questões de outras bancas, principalmente FCC. 2
3 Serei objetivo, não sendo muito extenso, porém procurando enfatizar todos os aspectos do ponto que entendo serem importantes para que você, na hora da prova, saiba marcar a alternativa certa em uma questão sobre o mesmo tema. Direito Tributário é uma disciplina que o candidato tem que ir para o concurso pensando em gabaritar! O índice de acertos é alto! E por isso mesmo, um aspecto que não vou esquecer no meu curso é considerar a jurisprudência mais importante (e somente a mais importante), em Direito Tributário, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segue, abaixo, o conteúdo programático do curso. A tabela mostra a correlação de cada aula com os pontos do programa do edital recém publicado para o Concurso Público de Técnico Judiciário do TRF2, publicado em Nov.2016, pela CONSULPLAN. Como o programa do edital recém publicado acrescentou em relação ao curso que eu já estava ministrando mais duas matérias (I - Impostos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - Administração tributária: órgãos da administração tributária federal, fiscalização, inscrição em dívida ativa, certidões negativas de débito), e suprimiu uma (I - Garantias e privilégios do crédito tributário), haverá 2 aulas extras. Aula Conteúdo Edital Técnico Judiciário TRF2 nº1/ Competência Tributária Sistema tributário nacional 01 Espécies de tributo. Repartição das receitas tributárias Conceito e Classificação de Tributos Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar; Imunidades; Princípios Constitucionais Tributários Impostos de Competência da União Obrigação Tributária Principal e Acessória; Sistema tributário nacional: dos princípios gerais, das limitações ao poder de tributar. Impostos da União. Sujeito ativo. Sujeito passivo: contribuintes, substitutos e 3
4 Fato Gerador da Obrigação Tributária; Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária; Domicílio Tributário 05 Responsabilidade Tributária (1) Aula Extra 01 (2) Aula Extra 02 (2) Crédito Tributário e Lançamento Tributário; Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito Tributário Garantias e Privilégios do Crédito Tributário Impostos de Competência dos Estados e DF, e dos Municípios Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões Negativas Curso Direito Tributário Teoria e Exercícios responsáveis tributários. Sujeito passivo: contribuintes, substitutos e responsáveis tributários. Constituição do crédito tributário. Existência, exigibilidade e exequibilidade do crédito tributário. Suspensão do crédito tributário. Extinção do crédito tributário. Exclusão do crédito tributário. Garantias e privilégios do crédito tributário. Impostos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Administração tributária: órgãos da administração tributária federal, fiscalização, inscrição em dívida ativa, certidões negativas de débito. (1) Fez parte deste curso antes da abertura do edital de Nov.2016, mas não cairá na prova. (2) Não constavam como matéria no edital utilizado como base para o curso, mas o edital de Nov.2016 previu que cairão na prova. As dúvidas serão sanadas SOMENTE por meio do fórum do curso, a que todos os matriculados terão acesso. Minha missão nesse curso, para o candidato que está começando, é encurtar seu caminho de forma a conseguir fazer frente com seus concorrentes que já estão na estrada há algum tempo; e para o candidato que não é marinheiro de 4
5 primeira viagem, dotá-lo de um material ao mesmo tempo enxuto e completo, para uma rápida revisão. As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: alberto@pontodosconcursos.com.br. Finalmente, não posso deixar de lembrá-lo de que você, concursando, deve lutar e acreditar no seu objetivo, por isso, será fundamental sua perseverança, foco nos estudos e dedicação! Mãos à obra!! 5
6 Conteúdo Direito Tributário 0. O TEMA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA NOS ÚLTIMOS 11 ANOS NA CONSULPLAN, EM GERAL COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Facultatividade Indelegabilidade COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Privativa Comum Residual ou Remanescente Cumulativa Concorrente Supletiva ou Suplementar Extraordinária BITRIBUTAÇÃO E BIS IN IDEM Bitributação Bis In Idem
7 0. O TEMA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA NOS ÚLTIMOS 11 ANOS NA CONSULPLAN, EM GERAL Levantei 23 (vinte e três) concursos da CONSULPLAN em que caiu a disciplina Direito Tributário de 2005 a 2016 (quase todos). Infelizmente, não há um repertório extenso dessa banca disponível nas fontes externas. Nesses, o tema da aula 00 Competência Tributária foi demandado em aproximadamente 11% do total de questões desses concursos, sendo o quinto mais demandado, das 09 aulas deste curso. 1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA Prevê o art. 6º do Código Tributário Nacional (CTN): Art.6º. A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Por que competência legislativa plena? 1º) Porque o ente federado pode editar leis sobre a instituição (= criação), fiscalização, cobrança e arrecadação de tributos; e 2º) Porque se um ente federado é competente para instituir tributo, também é competente para conceder qualquer isenção ou benefício fiscal relativos a esse mesmo tributo (quem pode criar tributo, pode majorar ou reduzir tributo); 7
8 2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - DEFINIÇÃO Daí, extraímos a definição de competência tributária competência tributária é o poder outorgado (= atribuído) pela Constituição à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (U, E, DF, M) para editar leis sobre a instituição (= criação), fiscalização, cobrança e arrecadação de tributos. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Poder outorgado pela Constituição a União Estados DF Municípios para editar leis sobre Instituição Fiscalização Cobrança Arrecadação de tributos 01- (AGENTE FISCAL DO TESOURO DO ESTADO ICMS-RS 2009 FUNDATEC) No sistema tributário brasileiro a delimitação das regras de competência, inclusive em relação à disciplina das normas gerais em matéria de legislação tributária, bem como o estabelecimento dos limites ao poder de tributar, são atribuições: (A) Da Constituição Federal. (B) Da lei complementar. (C) Da lei ordinária. (D) Das normas complementares. (E) Da lei delegada. Resolução REGRAS DE COMPETÊNCIA IMPOSTOS (ART.145, 153, 155, 156, CF88), TAXAS (ART.145, II, CF88) E CONTRIBUIÇÕES (ART.149, 195, CF88), BEM COMO PREVENDO COMO SERÃO TRATADOS AS NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA E OS LIMITES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR (ART.146, CF88). GABARITO: A 8
9 3. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 3.1. Facultatividade Os entes políticos (U, E, DF, M) exercem essa competência tributária se quiserem. Eles não são obrigados a instituir os tributos de sua competência. Atenção: a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei Complementar 101/2000, diz que se o ente político não instituir e efetivamente arrecadar todos os tributos de sua competência, são vedadas transferências voluntárias para este ente. A ideia é simples: se o ente não institui e cobra os tributos de sua competência, como quer receber recursos da União por transferências voluntárias? Mas a LRF fala de transferências voluntárias, e não de repartição constitucional de receitas. Se os Estados, Distrito Federal ou os Municípios não instituírem e efetivamente cobrarem algum tributo de sua competência, apesar de não poderem receber transferências voluntárias, continuam participando da repartição constitucional de receitas, recebendo parte do produto da arrecadação de alguns impostos e da CIDE-Combustíveis. [A repartição constitucional de receitas será abordada quando falarmos de Impostos, dentro do ponto Classificação de Tributos, na aula 01]. Transferências Voluntárias Repartição Constitucional de Receitas Vamos distinguir então transferências voluntárias de repartição constitucional de receitas. Transferências Voluntárias é a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde (art.25, LRF). Repartição Constitucional de Receitas é a previsão, na Constituição, de repartição de parte do produto da arrecadação de alguns impostos federais e estaduais (arts.153, 5º, 157, 158 e 159, I e II, CF/88) e da CIDE- Combustíveis (art.159, III, CF/88). 9
10 3.2. Indelegabilidade Prevêem os arts.8º e 7º, CTN: Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...]. Um ente federado não pode delegar a sua competência tributária a outro ente, mesmo que por lei. Por exemplo, não pode a União, caso não esteja mais interessada em instituir leis sobre o Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), delegar essa competência tributária aos Municípios. Atenção: em relação ao ITR, a Emenda à Constituição (EC) nº 42/2003 não extrapolou a regra da indelegabilidade da competência tributária ao incluir inciso III do 4º do art.153, CF88, que diz: III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. Como se vê, a possibilidade é de os Municípios fiscalizarem e cobrarem, e não de legislarem sobre o ITR. Uma questão a respeito. 02- (PROCURADOR LEGISLATIVO CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO FCC 2014) O exercício da competência constitucional tributária (A) é atribuído constitucionalmente para os entes federados, suas autarquias e fundações. (B) é atribuído constitucionalmente para os entes federados, que podem delegá-la às suas autarquias e fundações, para os fatos geradores relacionados com suas funções. 10
11 (C) se manifesta através da criação de leis instituidoras e modificadoras de tributos, bem assim de leis que disciplinam as causas de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário. (D) somente se delega através de lei específica do ente federado que é competente para a instituição do tributo. (E) pode ser renunciado pelo ente federado, bem assim delegado por lei a outro ente, desde que por meio de lei complementar. Resolução (A) ERRADO. é atribuído constitucionalmente para os entes federados, MAS NÃO ÀS suas autarquias e fundações. (B) ERRADO. é atribuído constitucionalmente para os entes federados, que NÃO podem delegá-la às suas autarquias e fundações, para os fatos geradores relacionados com suas funções. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL. (C) CERTO. se manifesta através da criação de leis instituidoras e modificadoras de tributos, bem assim de leis que disciplinam as causas de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário. (D) ERRADO. somente NUNCA se delega, NEM através de lei específica do ente federado que é competente para a instituição do tributo. (E) ERRADO. NÃO pode ser renunciado pelo ente federado, bem assim NÃO PODE SER delegado NEM por lei a outro ente, desde que por meio de lei complementar. GABARITO: C 03- (AFTM MUNICÍPIO SÃO PAULO FCC 2012) Município Deixa pra Lá, não conseguindo, hipoteticamente, exercer sua competência constitucional tributária para instituir o ITBI no seu território, celebrou acordo com o Estado federado em que se localiza, para que esse Estado passasse a exercer, em seu lugar, a competência constitucional para instituir o referido imposto em seu território municipal e, ainda, para que exercesse as funções de fiscalizar e arrecadar esse tributo, recebendo, em contrapartida, um pagamento fixo anual, a título de "retribuição compensatória". Relativamente a essa situação, o Município Deixa pra Lá (A) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer 11
12 outra pessoa jurídica de direito público, mas pode delegar as funções de arrecadação às instituições bancárias públicas e privadas. (B) pode delegar sua competência tributária e suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos a outra pessoa jurídica de direito público. (C) não pode delegar sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora possa delegar as funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária. (D) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de fiscalizar tributos a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora possa delegar suas funções de arrecadar tributos de sua competência tributária. (E) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público. Resolução (A) ERRADA. não pode delegar sua competência tributária, nem MAS PODE DELEGAR suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, mas E pode delegar as funções de arrecadação às instituições bancárias públicas e privadas. (ARTS.7º E 8º, CTN). (B) ERRADA. NÃO PODE pode delegar sua competência tributária e MAS PODE DELEGAR suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos a outra pessoa jurídica de direito público. (ARTS.7º E 8º, CTN). (C) CORRETA. não pode delegar sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora possa delegar as funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária. (ARTS.7º E 8º, CTN). (ARTS.7º E 8º, CTN). (D) ERRADA. não pode delegar sua competência tributária, nem MAS PODE DELEGAR suas funções de fiscalizar tributos a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora possa E PODE delegar suas funções de arrecadar tributos de sua competência tributária. (ARTS.7º E 8º, CTN). (E) ERRADA. não pode delegar sua competência tributária, nem MAS PODE DELEGAR suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público. (ARTS.7º E 8º, CTN). GABARITO: C 12
13 4. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA De novo, o art.7º, CTN: Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...]. 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Aquele salvo do art.7º, CTN, na verdade, não é uma exceção à indelegabilidade da competência tributária, mas é sim a capacidade tributária ativa. Capacidade tributária ativa é ter as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. Essa capacidade tributária ativa pode se manter no ente que detém a competência tributária, ou pode ele delegá-la a outra pessoa jurídica de direito público. Competência Tributária INDELEGÁVEL LEGISLAR Capacidade Tributária ativa DELEGÁVEL FISCALIZAR, ARRECADAR E EXECUTAR Assim, sobre o Atenção acima, em relação ao ITR, o que a Emenda à Constituição (EC) nº 42/2003 fez, ao incluir o inciso III do 4º do art.153, CF88, foi dar a possibilidade aos Municípios de assumirem, nos termos de lei (federal), a capacidade tributária ativa do ITR. 13
14 Segue, novamente, o dispositivo: Art.153, 4º, III [O ITR] será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. Como se vê, a possibilidade é de os Municípios fiscalizarem e cobrarem, e não de legislarem sobre o ITR. 04- (TITULAR DE SERVICOS DE NOTAS E DE REGISTROS PROVIMENTO MG 2016 CONSULPLAN) A Constituição Federal estabelece regras de competência tributária. São características da competência tributária, EXCETO: (A) Exclusividade. (B) Indelegabilidade. (C) Cadubilidade. (D) Inalterabilidade. Resolução (A) ERRADO. Exclusividade. ESSA CARACTERÍSTICA É DISCUTÍVEL, JÁ QUE HÁ, NA CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS, A COMPETÊNCIA CONCORRENTE, POR EXEMPLO, QUE VAI DE ENCONTRO À EXCLUSIVIDADE. (B) ERRADO. Indelegabilidade. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL. (C) CERTO. Cadubilidade. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA NÃO CADUCA. (D) ERRADO. Inalterabilidade. ESSA CARACTERÍSTICA É DISCUTÍVEL, JÁ QUE A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PODE SIM SER ALTERADA PELO PODER CONSTITUINTE DERIVADO. ALIÁS ISSO JÁ ACONTECEU, POR EXEMPLO, COM O ICMS IMPORTAÇÃO, CUJA COMPETÊNCIA FOI ALARGADA COM A EC 33/2001. (ART.155, 2º, IX, a, CF88). GABARITO: C 05- (TITULAR DE SERVICOS DE NOTAS E DE REGISTROS REMOÇÃO MG 2015 CONSULPLAN) Acerca da competência tributária e da capacidade tributária, é correto dizer que (A) a atribuição de instituir tributos pode ser delegada, desde que mediante lei e apenas para entidades de direito público. (B) de acordo com o Código Tributário Nacional, a capacidade tributária ativa pode ser delegada a entidades privadas. 14
15 (C) caso tenha sido regularmente delegada a atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas, tal delegação compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. (D) a competência tributária residual é conferida à União, para que, por meio de lei ordinária, possa instituir impostos não-cumulativos e que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já previstos na Constituição Federal. Resolução (A) INCORRETO. a atribuição de instituir tributos NÃO pode ser delegada, desde AINDA que mediante lei e apenas para entidades de direito público. CTN, Art.7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...]. (B) INCORRETO. de acordo com o Código Tributário Nacional, a capacidade tributária ativa NÃO pode ser delegada a entidades privadas. CTN, Art.7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...]. (C) CORRETO. caso tenha sido regularmente delegada a atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas, tal delegação compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. CTN, Art.7º, 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. (D) INCORRETO. a competência tributária residual é conferida à União, para que, por meio de lei ordinária COMPLEMENTAR, possa instituir impostos nãocumulativos e que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já previstos na Constituição Federal. (ART.154, I, CF88). GABARITO: C 15
16 5. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 5.1. Privativa Curso Direito Tributário Teoria e Exercícios Quando aquele tributo só pode ser instituído por uma pessoa política União - Impostos federais (art.153, CF88): - II Imposto de Importação de produtos estrangeiros - IE Imposto de Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados - IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza - IPI Imposto sobre produtos industrializados - IOF Imposto operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários - ITR - Imposto sobre propriedade territorial rural - IGF - Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei complementar - Empréstimos compulsórios (art.148, CF88) A União pode instituir Empréstimos Compulsórios por dois fundamentos distintos: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ou II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 16
17 Calamidade Pública Despesas Extraordinárias NÃO SE APLICAM as Anterioridades Empréstimo Compulsório Guerra Externa ou sua Iminência Investimento Público de Caráter Urgente e de Relevante Interesse Nacional - Contribuições especiais (art.149, CF88): - Contribuições Sociais: - Contribuições para a Seguridade Social (art.195, CF88) - Contribuições Sociais Gerais (por exemplo, Contribuições para os Serviços Sociais Autônomos SENAI, SESI, SESC etc [art.240, CF88]; Contribuição Social do Salário-Educação [art.212, 5º, CF88]) - Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico CIDE - Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas CRM, CREA, CRC, CREFITO, OAB Estados e Distrito Federal - Impostos Estaduais (art.155, CF88): - ITCMD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de quaisquer bens ou direitos - ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior - IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - Contribuições para Seguridade Social de Seus Servidores (art.149, 1º, CF88) Municípios e Distrito Federal 17
18 - Impostos municipais (art.156, CF88) e do DF (art.147, in fine, CF88): - IPTU- Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - ITBI - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição - ISS - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar - Contribuições para Seguridade Social de Seus Servidores (art.149, 1º, CF88) - Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (art.149-a, CF88) 18
19 Em relação a IMPOSTOS, podemos esquematizar a competência tributária da União, Estados, Distrito Federal e Municípios: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF (art.153) União (arts.153 e 154) Novos Impostos (art.154, I) Impostos Extraordinários de Guerra (art.154, II) 1. Impostos (arts.145, I, 153, 154, 155 e 156) Estados (art.155) ITCMD, ICMS, IPVA (art.155) Distrito Federal (arts.147 e 155) IPTU, ITBI, ISS (art.156) Municípios (art.156) 06- (PROCURADOR AUTÁRQUICO PREFEITURA DE MANAUS - MANAUSPREV 2015 FCC) De acordo com a Constituição Federal, os Municípios têm competência tributária para instituir (A) o ITBI sobre as transmissões de bens imóveis, por compra e venda ou por doação. (B) o ISSQN sobre a prestação de serviço de transporte intermunicipal de carga. (C) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública e a contribuição de melhoria. (D) o ITR, observadas as cláusulas de convênio específico com a União para esse fim. 19
20 (E) o IR sobre os rendimentos auferidos pelos funcionários estatutários dos órgãos que compõem sua administração direta. Resolução (A) ERRADO. o ITBI sobre as transmissões de bens imóveis, por compra e venda ou por doação. CF88, Art Compete aos Municípios instituir impostos sobre: ( ) II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; ( ) (B) ERRADO. o ISSQN sobre a prestação de serviço de transporte intermunicipal de carga. CF88, Art.155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior [ICMS]; CF88, Art.156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: ( ) III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (C) CERTO. a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública e a contribuição de melhoria. CF88, Art.149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. CF88, Art.145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: ( ) III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. ( ) (D) ERRADO. o ITR, observadas as cláusulas de convênio específico com a União para esse fim. A POSSIBILIDADE DE OS MUNICÍPIOS FISCALIZAREM E 20
21 COBRAREM O ITR SE TRATA DE CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA, E NÃO DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (LEGISLAR SOBRE), POIS ESSA É INDELEGÁVEL. (E) ERRADO. o IR sobre os rendimentos auferidos pelos funcionários estatutários dos órgãos que compõem sua administração direta. ESSE IR OS MUNICÍPIOS RETÉM NA FONTE, MAS ISSO É RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA, E NÃO TEM A VER COM COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (LEGISLAR SOBRE), QUE É INDELEGÁVEL. GABARITO: C 07- (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA JURÍDICA TCE-GO MUNICÍPIOS 2015 FCC) A Constituição Federal atribui competência à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Essas pessoas jurídicas de direito público também têm competência para instituir contribuições. De acordo com a Constituição Federal, os Municípios podem instituir contribuições (A) 1. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e 2. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis. (B) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, 2. sociais e 3. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário. (C) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, 2. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário esta- tutário e 3. de intervenção no domínio econômico. (D) 1. de intervenção no domínio econômico e 2. de interesse das categorias profissionais ou eco- nômicas. (E) 1. de intervenção no domínio econômico, 2. sociais e 3. de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Resolução CF88, Art.149, 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. 21
22 CF88, Art.149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. ( ) GABARITO: A 08- (PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ FCC 2014) Procurador do município de Cuiabá consultado sobre possibilidades legislativas de iniciativa do executivo municipal que propiciassem um aumento da arrecadação, elaborou parecer indicando quais seriam as espécies tributárias de competência do município passíveis de serem alteradas. São tributos de competência da União, dos Estados e dos Municípios, respectivamente: (A) Imposto sobre a propriedade territorial rural; Imposto sobre a prestação de Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei ordinária federal; Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias. (B) Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por acessão física; Imposto sobre a propriedade de veículos automotores. (C) Impostos extraordinários, no caso de iminência de guerra externa ou interna; Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; Imposto sobre a prestação de serviços de comunicação. (D) Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar; Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei ordinária federal; Imposto sobre a prestação de serviços de transporte interestadual. (E) Imposto sobre operações relativas a valores mobiliários; Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias; Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza. Resolução (A) CORRETO. Imposto sobre a propriedade territorial rural (União art.153, VI, CF88); Imposto sobre a prestação de Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei ordinária federal (Municípios - art.156, III, CF88); Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias (Estados e DF - art.155, II, CF88). 22
23 (B) ERRADO. Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (Estados e DF art.155, I, CF88); Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por acessão física (Municípios art.156, II, CF88); Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (Estados e DF art.155, III, CF88). (C) ERRADO. Impostos extraordinários, no caso de iminência de guerra externa ou interna (União art.154, II, CF88); Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (Municípios art.156, I, CF88); Imposto sobre a prestação de serviços de comunicação (Estados e DF art.155, II, CF88). (D) ERRADO. Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar (Municípios art.156, III, CF88); Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei ordinária federal (União art.153, VII, CF88); Imposto sobre a prestação de serviços de transporte interestadual (Estados e DF art.155, II, CF88). (E) ERRADO. Imposto sobre operações relativas a valores mobiliários (União art.153, V, CF88); Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias (Estados e DF art.155, II, CF88); Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza (Municípios art.156, II, CF88). GABARITO: E 09- (TITULAR DE SERVICOS DE NOTAS E DE REGISTROS PROVIMENTO MG 2016 CONSULPLAN) Nos termos da Constituição Federal, é de competência da União, em não existindo Território Federal, instituir impostos sobre (A) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. (B) propriedade de veículos automotores. (C) propriedade predial e territorial urbana. (D) grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Resolução O EM NÃO EXISTINDO TERRITÓRIO FEDERAL FOI PARA DEIXAR CLARO QUE NÃO HÁ HIPÓTESE DE IMPOSTOS ESTADUAIS (E MUNICIPAIS, SE TERRITÓRIO NÃO DIVIDIDO EM MUNICIPIOS) ESTAREM SOB A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA FEDERAL (ART.147, CF88). (A) ERRADO. transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DF (ART.155, I, CF88). 23
24 (B) ERRADO. propriedade de veículos automotores. COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DF (ART.155, III, CF88). (C) ERRADO. propriedade predial e territorial urbana. COMPETÊNCIA DOS MUNICIPIOS E DF (ART.156, I; ART.147, CF88). (D) CERTO. grandes fortunas, nos termos de lei complementar. (ART.153, VII, CF88). GABARITO: D 10- (TITULAR DE SERVICOS DE NOTAS E DE REGISTROS REMOÇÃO TJ- MG 2016 CONSULPLAN) Nos termos da Constituição Federal, o Distrito Federal NÃO pode instituir impostos sobre (A) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. (B) propriedade predial e territorial urbana. (C) propriedade de veículos automotores. (D) propriedade territorial rural. Resolução (A) ERRADO. transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. (ART.155, I, CF88). (B) ERRADO. propriedade predial e territorial urbana. (ART.156, I; ART.147, CF88). (C) ERRADO. propriedade de veículos automotores. (ART.155, III, CF88). (D) CERTO. propriedade territorial rural. (UNIÃO ART.153, VI, CF88). GABARITO: D 11- (FISCAL DE TRIBUTOS FERVEDOURO MG 2006 CONSULPLAN) É considerado um tributo de Competência Municipal: (A) ICMS (B) ITBI (C) IR (D) COFINS (E) N.R.A. Resposta (A) ICMS (ESTADUAL - ART.155, II, CF88). 24
25 (B) ITBI (MUNICIPAL - ART.156, II, CF88). (C) IR (FEDERAL - ART.153, III, CF88). (D) COFINS (FEDERAL - ART.149; ART.195, I, b, CF88). (E) N.R.A. GABARITO: B 12- (FISCAL DE TRIBUTOS NOSSA SENHORA DO SOCORRO SE 2005 CONSULPLAN) São considerados tributos municipais: (A) ISS e ICMS; (B) Cofins e Contribuição Social; (C) Imposto de Renda e IPI; (D) ITBI e ISS; (E) IPTU e ICMS. Resposta (A) ISS e ICMS; (ART.156, III, CF88; ART.155, II, CF88) (B) Cofins e Contribuição Social; (ART.195, I, b, CF88; ART.195, CF88) (C) Imposto de Renda e IPI; (ART.153, III, CF88; ART.153, IV, CF88) (D) ITBI e ISS; (ART.156, II, CF88; ART.156, III, CF88) (E) IPTU e ICMS. (ART.156, I, CF88; ART.155, II, CF88) GABARITO: D 5.2. Comum Quando a espécie de tributo é de competência de todas as pessoas políticas. - Taxas É competente para cobrar taxa o ente federativo a que a Constituição de 1988 conferiu competência para prestar o respectivo serviço público específico e divisível ou para exercer o respectivo poder de polícia. Isso fica claro com a leitura do art.77, CTN, que diz taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. 25
26 Exercício regular do poder de polícia Taxas ou pela Utilização Efetiva ou Potencial de serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição - Contribuições de Melhoria o ente que realizar a obra pública da qual decorra valorização imobiliária é competente para instituir a respectiva contribuição de melhoria. Isso é límpido com a leitura do art.81, CTN, que diz contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. 13- (ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA TRF3 FCC 2014) A Constituição Federal veda expressamente a bitributação e o bis in idem. Sobre este tema, (A) não existe vedação de incidência sobre um mesmo fato gerador de dois tributos de espécies diferentes, como taxa e imposto, tendo em vista que a taxa é tributo vinculado a uma prévia atividade estatal, enquanto o imposto é tributo não vinculado. (B) a vedação se restringe apenas às taxas entre si, tendo em vista que sobre um mesmo serviço não podem incidir duas ou mais taxas diferentes. (C) a vedação não alcança os impostos residuais, de competência da União, que poderão ter, por disposição expressa, base de cálculo ou fato gerador próprio dos impostos já discriminados na Constituição Federal. (D) a vedação alcança os impostos extraordinários, que não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprio de impostos já discriminados na Constituição Federal, ainda que de competência de outro ente federado, diferente daquele que o esteja instituindo. 26
27 (E) a vedação não alcança, via de regra, as contribuições sociais, que podem ter mesmo fato gerador de imposto, tendo em vista que as contribuições sociais têm destinação necessária do produto da arrecadação, o que importa em distinção na materialidade relativamente ao imposto. Resolução (A) ERRADO. não existe vedação de incidência sobre um mesmo fato gerador de dois tributos de espécies diferentes (É O CASO DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E DOS IMPOSTOS. AQUELAS SE DIFERENCIAM DESTES POR TEREM DESTINAÇÃO ESPECÍFICA), MAS HÁ PARA como taxa e imposto, tendo em vista que a taxa é tributo vinculado a uma prévia atividade estatal, enquanto o imposto é tributo não vinculado. (B) ERRADO. a vedação NÃO se restringe apenas às taxas entre si, tendo em vista que (sobre um mesmo serviço não podem incidir duas ou mais taxas diferentes), MAS TAMBÉM HÁ A LIMITAÇÃO ENTRE TAXA E IMPOSTO, POR NÃO PODEREM INCIDIR SOBRE O MESMO FATO. (C) ERRADO. a vedação não alcança os impostos residuais, de competência da União, que NÃO poderão ter, por disposição expressa, base de cálculo ou fato gerador próprio dos impostos já discriminados na Constituição Federal (ART154, I, CF88). (D) ERRADO. a vedação NÃO alcança os impostos extraordinários, que não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprio de impostos já discriminados na Constituição Federal, ainda que de competência de outro ente federado, diferente daquele que o esteja instituindo (ART.154, II, CF88). (E) CERTO. a vedação não alcança, via de regra, as contribuições sociais, que podem ter mesmo fato gerador de imposto, tendo em vista que as contribuições sociais têm destinação necessária do produto da arrecadação, o que importa em distinção na materialidade relativamente ao imposto. (RE RS). GABARITO: E 14- (ADVOGADO SAPUCAIA DO SUL-RS 2012 FUNDATEC) Não está entre as competências tributárias do Município de Sapucaia do Sul instituir (A) impostos. (B) empréstimos compulsórios. (C) taxas. (D) contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. 27
28 (E) contribuição de melhoria decorrente de obras públicas. Resolução (A) SIM. impostos. (ART.156, CF88). (B) NÃO. empréstimos compulsórios. (COMPETÊNCIA DA UNIÃO - ART.148, CF88). (C) SIM. taxas. (ART.145, II, CF88). (D) SIM. contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. (ART.149-A, CF88). (E) SIM. contribuição de melhoria decorrente de obras públicas. (ART.145, III, CF88). GABARITO: B 5.3. Residual ou Remanescente Além dos tributos já previstos na CF88, esta confere poder à União de, atendidas determinadas condições, criar novos impostos e novas contribuições para a seguridade social União: - Novos Impostos (art.154, I, CF/88), desde que: - por Lei complementar - sejam não-cumulativos - não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já previstos na CF/88 CF88, Art A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; ( ) - Novas Contribuições para a Seguridade Social (art.195, 4º, CF/88), desde que: - por Lei complementar - sejam não-cumulativos 28
29 - não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios das contribuições sociais já previstas na CF/88 CF88, Art.195, 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 15- (JUIZ SUBSTITUTO TJPE FCC 2011) Em nosso sistema tributário, os impostos designados residuais (A) podem ser instituídos por lei ordinária federal, desde que não sejam cumulativos e tenham fato gerador e base de cálculo inéditos. (B) podem ser instituídos pela União, Estados ou Municípios, desde que não sejam cumulativos e tenham fato gerador e base de cálculo inéditos. (C) podem ser instituídos por lei ordinária federal, desde que tenham fato gerador e base de cálculo inéditos. (D) são de competência privativa da União e só podem ser instituídos mediante lei complementar. (E) são instituídos para cobertura das despesas residuais orçamentárias. Resolução Para tal, basta a leitura do art.154 I, CF88: Art A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; (A) ERRADA. podem ser instituídos por lei ordinária federal LEI COMPLEMENTAR, desde que não sejam cumulativos e tenham fato gerador e base de cálculo inéditos. (B) ERRADA. podem ser instituídos pela União, Estados ou Municípios, desde que não sejam cumulativos e tenham fato gerador e base de cálculo inéditos. (C) ERRADA. podem ser instituídos por lei ordinária federal LEI COMPLEMENTAR, desde que tenham fato gerador e base de cálculo inéditos. (D) CORRETA. são de competência privativa da União e só podem ser instituídos mediante lei complementar. 29
30 (E) ERRADA. são instituídos para cobertura das despesas residuais orçamentárias. NÃO HÁ UMA CAUSA ESPECÍFICA PARA SUA CRIAÇÃO. GABARITO: D Estados: Veja o art.25, 1º, CF/88: Art.25, 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Como os Estados possuem competência residual na divisão das competências para realizar obras e serviços (os serviços cuja competência não foi expressamente conferida à União, ao Distrito Federal ou aos Municípios), então podemos dizer que a competência deles, quanto à instituição de taxas e contribuições de melhoria também é residual. ATENÇÃO: ESSE RACIOCÍNIO SÓ VALE PARA A ESAF, CONFORME CONCURSO FISCAL DO PARÁ PARA A FCC, ESTADOS NÃO POSSUEM COMPETÊNCIA RESIDUAL, CONFORME CONCURSO AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS TCE PB 2006 FCC!! 5.4. Cumulativa União - Em Território Federal (art.147, CF/88) - Impostos Estaduais ITCMD, ICMS, IPVA - Impostos Municipais (IPTU, ITBI, ISS), se o Território não for dividido em Municípios, além dos impostos estaduais Distrito Federal - Impostos Estaduais e Municipais (art.32, c/c arts.155 e 156, CF/88) 16- (AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS TCE PB 2006 FCC) A competência residual tributária é exercida (A) pela União e Estados, que podem instituir impostos e taxas, que não sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal (B) pelos Municípios, que podem criar tributos de seu peculiar interesse, observando os princípios constitucionais da anterioridade e da irretroatividade 30
31 (C) pelos Estados, que podem instituir contribuições que não tenham fato gerador e base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal (D) pela União, que através de lei complementar, pode instituir impostos que não sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal (E) pelos Estados e Distrito Federal, que podem instituir impostos e contribuições sociais, que não sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal. Resolução Art. 154, CF88. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; [...] (A) ERRADA. Estados não possuem competência residual (art.154, I, CF88), e a competência residual da União é só para novos impostos e novas contribuições para a Seguridade Social, e não para taxas (art.154, I, e art.195, 4º, CF88). (B) ERRADA. Municípios não possuem competência residual (art.154, I, CF88). (C) ERRADA. Estados não possuem competência residual (art.154, I, CF88). (D) CORRETA (art.154, I, CF88). (E) ERRADA. Estados e Distrito Federal não possuem competência residual (art.154, I, CF88). GABARITO: D 17- (PROCURADOR DO MUNICÍPIO PGM TERESINA 2010 FCC) NÃO é competência municipal a instituição de (A) imposto sobre a transmissão de bens imóveis por ato inter vivos a título oneroso. (B) imposto sobre a propriedade territorial urbana. (C) contribuição social dos servidores municipais para custeio de regime previdenciário próprio. (D) contribuição de melhoria. (E) contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas. Resolução 31
32 (A) É. Imposto sobre a transmissão de bens imóveis por ato inter vivos a título oneroso (art.156, II, CF88). (B) É. Imposto sobre a propriedade territorial urbana (art.156, I, CF88). (C) É. Contribuição social dos servidores municipais para custeio de regime previdenciário próprio (art.149, 1º, CF88). (D) É. Contribuição de melhoria (COMPETÊNCIA COMUM). (E) NÃO É. Contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas (UNIÃO Art.149, CF88). GABARITO: E 18- (PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE SALVADOR 2006 FCC) Na forma das respectivas leis, poderão instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública: (A) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no art.150, I e III, da Constituição Federal. (B) a União e os Estados, observado o disposto no art.150, III, b e c da Constituição Federal. (C) os Estados e o Distrito Federal, observado o disposto no art.150, I e III, da Constituição Federal. (D) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no art.150, I e III, da Constituição Federal. (E) a União e os Municípios, observado o disposto no art.150, III, b, da Constituição Federal. Resolução Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) GABARITO: D 32
33 19- (AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS TCE PB 2006 FCC) O Distrito Federal é competente para instituir impostos sobre (A) circulação de mercadorias e serviços, transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, propriedade territorial rural e operações financeiras. (B) produtos industrializados, transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, propriedade de veículos automotores e propriedade territorial rural. (C) propriedade territorial rural, circulação de mercadorias e serviços, transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, propriedade de veículos automotores e produtos industrializados. (D) circulação de mercadorias e serviços, transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, propriedade de veículos automotores, serviços de qualquer natureza, propriedade predial e territorial urbana e transmissão de bens imóveis inter vivos. (E) propriedade predial e territorial urbana, operações financeiras, produtos industrializados, transmissão causa mortis e doação, propriedade de veículos automotores, transmissão de bens imóveis inter vivos e circulação de mercadorias e serviços. Resolução Art Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. (A) ERRADA. circulação de mercadorias e serviços (art.155, II, CF88), transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (art.155, I, CF88), propriedade territorial rural (União art.153, VI, CF88) e operações financeiras (União art.153, V, CF88). (B) ERRADA. produtos industrializados (União art.153, IV, CF88), transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (art.155, I, CF88), propriedade de veículos automotores (art.155, III, CF88) e propriedade territorial rural (União art.153, VI, CF88). (C) ERRADA. propriedade territorial rural (União art.153, VI, CF88), circulação de mercadorias e serviços (art.155, II, CF88), transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (art.155, I, CF88), propriedade de veículos automotores (art.155, III, CF88) e produtos industrializados (União art.153, IV, CF88). 33
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