A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO MORAL; CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM KANT

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO MORAL; CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM KANT"

Transcrição

1 A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO MORAL; CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM KANT Sergio Ricardo Pereira Cardoso 1 Resumo: Meu propósito neste escrito é apresentar algumas considerações sobre o pensamento pedagógico de Kant (presente de forma sistemática na referida obra Immanuel Kant über Pädagogik Sobre a Pedagogia), principalmente no que se refere à formação do Sujeito Moral. Analisando os princípios da consciência moral, Kant conclui que apenas o ser humano é moral, por ser capaz de atos de vontade. O valor moral está em transformar o imperativo hipotético (o móbil da vontade é uma inclinação) em um imperativo categórico (o motivo da ação é dado pela razão). Cabe à educação, ao desenvolver a faculdade da razão, formar o caráter moral; ou seja, conferindo à educação um papel estruturante na constituição da natureza humana, Kant considera que o sistema educacional compreende os cuidados e a formação do ser humano (infante, educando ou discípulo). Aponto, no decorrer do trabalho, o caráter ideológico do processo pedagógico de Kant; sua concepção educacional incorpora a idéia de humanidade e seu destino. Termino este escrito concluindo que, para Kant, o ser humano, por natureza, não é bom nem mau; torna-se bom quando se eleva à idéia do dever e da lei, ou seja, agir moralmente é agir pelo dever, e nesse processo a educação tem papel fundamental. Palavras-chave: Kant. Educação. Sujeito Moral. Considerações iniciais Immanuel Kant ( ), filósofo alemão, construiu um dos mais importantes sistemas filosóficos no século XVIII. Dedicou praticamente toda sua vida aos estudos filosóficos; nunca se casou, nunca teve filhos, nunca saiu da cidade onde nasceu, Königsberg, na Prússia Oriental. O filósofo de Königsberg estudou primeiramente no Collegium Fridericianum, instituto pietista da cidade e, depois na Faculdade de Filosofia do mesmo local. Após ter sido 1 Mestre em Educação, professor-substituto da UFPel e membro do FEPRÁXIS/UFPel. serricardoso@yahoo.com.br

2 durante alguns anos preceptor privado em casas senhoriais, tornou-se professor na mesma Universidade onde havia se formado. Francisco Cock Fontanella (Kant, 1996, p.05) considera que era uma prática comum o revezamento dos professores da Universidade de Königsberg para proferir classes de Pedagogia aos discentes. Prática ou não, Kant ministrou lições sobre pedagogia aos estudantes da referida Universidade no inverno de 1776/77, no verão de 1780, e os invernos de 1783/84 e 1786/87 (Crampe-Casnabet, 1994, p.108). As anotações sobre estas aulas foram então coletadas e organizadas por seu discípulo e depois amigo Friederich Theodor Rink, sendo publicado em 1803 com o título Immanuel Kant über Pädagogik (Kant, 1996). Diante disso, meu propósito neste escrito é apresentar algumas considerações sobre o pensamento pedagógico de Kant (presente de forma sistemática na referida obra Immanuel Kant über Pädagogik ), principalmente no que se refere à formação do Sujeito Moral. Moral, autonomia e liberdade em Kant Na Crítica da Razão Pura, Kant desenvolve sua investigação sobre o conhecimento, retomando o debate entre os racionalistas (representados por Descartes) e os empiristas (tendo como expoentes Bacon e Locke); ao examinar a insuficiência das duas posições, elabora uma teoria que analisa o valor de nossos conhecimentos a partir da crítica das possibilidades e limites da razão. Ele condena os empiristas, segundo os quais tudo o que conhecemos vem dos sentidos, mas também não concorda com os racionalistas, para os quais tudo o que pensamos vem de nós; Kant admite que...nosso conhecimento empírico seja um composto do que recebemos através das impressões sensíveis e daquilo que a nossa própria capacidade de conhecer (apenas posta em acção por impressões sensíveis) produz por si mesma. (Kant, 1985, p.36) O conhecimento humano, então, é a síntese dos conteúdos particulares dados pela experiência e da estrutura universal da razão (a priori) comum a todos os seres humanos. O criticismo de Kant é, em verdade, o resultado dialético das exigências opostas do empirismo (Inglaterra) e do racionalismo (França). Para Kant, no entanto, a razão não é capaz de conhecer as realidades que não se oferecem a nossa experiência sensível como, por exemplo, Deus, a liberdade, a imortalidade da alma e a infinitude do universo. Em suas palavras:

3 Podem e devem-se pois considerar sem efeito todas as tentativas empreendidas até hoje para constituir, dogmaticamente, uma metafísica, porque o que numa ou noutra há de analítico, ou seja, mera decomposição de conceitos, que residem a priori na razão, não é ainda a finalidade, é apenas um preliminar à autêntica metafísica, que deve alarga sinteticamente o conhecimento a priori. (Kant, 1985, p.52) Sendo assim, para o referido autor, nosso conhecimento é limitado aos fenômenos, pois as formas transcendentais são válidas apenas como unificadoras dos dados sensoriais. Logo, não é possível encarar a metafísica como ciência com efeito, seus objetos transcendem a experiência, embora seja preciso reconhecê-la como exigência natural e insuprimível do ser humano, ou seja, apesar da metafísica não se constituir como ciência, não pode ser negada a legitimidade da existência da alma humana, bem como, de uma tendência natural do ser humano para o supra-sensível. Kant, no entanto, supera o impasse mostrando que, além do ato de conhecimento, nós, seres humanos, somos capazes de outra atividade espiritual: a consciência moral. É por meio desta que regemos a vida prática conforme determinados princípios estabelecidos pela razão prática, que orienta a ação humana (a vida prática e moral), e não a razão especulativa (voltada para o conhecimento científico). Mas não pode pedir-se a razão pura prática que se subordine à razão especulativa, e portanto que inverta a ordem, porque todo o interesse é finalmente prático e mesmo o da razão especulativa só é condicionado e completo no uso prático. (Kant, 1984, p.140) Analisando os princípios da consciência moral, Kant conclui que apenas o ser humano é moral, por ser capaz de atos de vontade. Para ele existe em toda pessoa uma única coisa boa em si mesma, a boa vontade, que está presente em todos os seres humanos, reconhecida pelo próprio senso comum. A boa vontade é a disposição 2 de todo ser racional de desejar agir, conforme o dever, embora nem sempre ou nunca o consiga totalmente; esta é a capacidade de todo sujeito, distintamente de seu temperamento, de determinar sua ação não por inclinação, mas pela razão. A vontade é verdadeiramente moral se regida por imperativos categóricos, ou seja, por imposição incondicionada, absoluta, como acontece quando a ação realizada visa ao dever 2 Para Dalbosco (2004, p.1353), o conceito de disposição natural (Naturanlage), embora central tanto para a antropologia como para a pedagogia de Kant, não deixa de reunir dificuldades. Tal conceito não deve ser entendido, ao meu ver, simplesmente num sentido biológico ou psicológico, como se fosse meramente um reflexo inconsciente do comportamento ou só como uma necessidade social. Ao contrário disso, ele precisa ser conectado com a capacidade racional e, mais especificamente, com o conceito de razão prática, uma vez que, para Kant, a principal disposição humana é a racionalidade.

4 pelo dever, e não ao dever em troca de um benefício e/ou para evitar uma punição, pois estes são imperativos hipotéticos, nos quais o agir é condicionado a uma vantagem desejada ou a uma punição a ser evitada. Agir moralmente, portanto é agir pelo dever. O valor moral está em transformar o imperativo hipotético (o móbil da vontade é uma inclinação) em um imperativo categórico (o motivo da ação é dado pela razão). Ou seja, o objeto da ética kantiana não é o ser, mas o dever ser. Uma acção praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; não depende portanto da realidade do objecto da acção, mas somente do princípio do querer segundo o qual a acção, abstraindo de todos os objectos da faculdade de desejar, foi praticada. (Kant, 1988, p.30) Ademais, a ação tem uma validade objetiva e universal que se estende para todo ser racional; daí a afirmação de Kant: Age como se a máxima da tua acção se devesse tornar, pela tua vontade, em lei universal (Kant, 1988, p.59). Decorre desse raciocínio que o ser humano não realiza espontaneamente a lei moral, mas a moralidade resulta da luta interior entre a lei universal e as inclinações individuais; assim, a verdadeira ação moral, como resultado de um ato de vontade, tem por fundamento a autonomia e a liberdade. Para Kant, a autonomia da vontade é indispensável à moralidade da ação e a vontade é autônoma quando é determinada pela lei moral que ela dá a si mesma; se a vontade é determinada por qualquer outro motivo externo a ela, é heterônoma e, como tal, deixa de ser vontade moral. A heteronomia e autonomia da vontade fizeram Kant refletir se a razão basta a si mesma para determinar a vontade ou se ela pode ser um princípio de determinação apenas enquanto empiricamente condicionada (Kant, 1984, p.23). Ele responde então que a ação moral é autônoma porque o ser humano é o único capaz de se determinar segundo leis que a própria razão estabelece, e não conforme leis dadas externamente como na heteronomia. Mas, para que seja possível a vida moral autônoma, é necessário partir do pressuposto da liberdade da vontade. Kant desenvolve, na Crítica da Razão Pura, a idéia transcendental pura de liberdade: entendo por liberdade, em sentido cosmológico, a faculdade de iniciar por si um estado, cuja causalidade não esteja, por sua vez, subordinada, segundo a lei natural, a outra causa que a determine quanto ao tempo (Kant, 1985, p.463). A expressão por si aqui é um

5 elemento determinante do sentido transcendental da liberdade totalmente isento da experiência. Pois bem, a concepção prática da liberdade toma por base esta idéia transcendental: A liberdade no sentido prático é a independência do arbítrio frente à coacção dos impulsos da sensibilidade (Kant, 1985, p.463). Kant esclarece melhor o termo arbítrio: Na verdade, um arbítrio é sensível, na medida em que é patologicamente afetado (pelos móbiles da sensibilidade); e chamase animal (arbitrium brutum) quando pode ser patologicamente necessitado. O arbítrio humano é, sem dúvida, um arbitrium sensitivum, mas não arbitrium brutum; é um arbitrium liberum porque a sensibilidade não torna necessária a sua acção e o homem possui a capacidade de determinar-se por si, independentemente da coacção dos impulsos sensíveis. (Kant, 1985, p.463) A teoria do arbitrium liberium, então, permite a Kant desenvolver uma ética calcada na responsabilidade do sujeito, na medida em que obrigue-se racional e livremente a agir de acordo com a lei moral e que seja imputado pela sua decisão. (Dalbosco, 2004, p.1337). As qualidades de caráter, contudo, não garantem o comportamento moral do ser humano para que a vontade seja boa, é preciso que lhe seja retirada qualquer inclinação (ação egoísta particular, isto é, aquela que movida tendo em vista um determinado fim) como fonte de sua determinação ; é necessário, portanto, que este submeta sua vontade a princípios que somente podem ser oferecidos pela razão. A pedagogia kantiana Trabalhados os conceitos fundamentais para a inserção da importância da educação em Kant, espero sermos capaz de perceber o elo entre os pressupostos da filosofia kantiana e sua concepção pedagógica no momento em que o formalismo moral, autônomo e livre, demanda a aprendizagem do controle do desejo pela educação disciplinar, tendo como fim o governo próprio e a autodeterminação. É notório que, no pensamento kantiano, o direito está intimamente ligado à liberdade, mas à liberdade limitada pela presença da liberdade dos outros. Sendo a liberdade limitada e sendo eu um sujeito livre, pode acontecer que alguém transgrida os meus limites de direito. Como deduz Kant: Se minha ação, portanto, ou em geral meu estado, pode coexistir com a liberdade de qualquer um segundo uma lei universal, então aquele

6 que me impede nisto é injusto para comigo, pois este impedimento (esta resistência) não pode coexistir com a liberdade segundo leis universais (2005, Ak 231). Da mesma maneira, uma vez que eu transgrida os limites, invadindo com minha liberdade a esfera de liberdade do outro, torno-me um impedimento para a liberdade deste outro. Em ambos os casos, sendo a coação justa, ou seja, o impedimento de um impedimento da liberdade (...), está ligado ao direito ao mesmo tempo uma faculdade de coagir aquele que lhe causa prejuízo (Kant, 2005, Ak 231). Bobbio (1984, p.78) complementa, dizendo que pelo fato que não pode repeli-lo a não ser por meio da coação, esta apresenta-se como um ato de não-liberdade do outro, e portanto, uma vez que duas negações se afirmam, como um ato restaurador da liberdade. O direito, como elemento disciplinador das liberdades, consegue implantar a civilização, mas não a moralidade; ele, em verdade, é um grande passo rumo a moralidade, embora ainda não tenha um caráter moral. Como disse Kant, levando em consideração seu tempo e espaço: vivemos em uma época de disciplina, de cultura e de civilização, mas ela ainda não é a da verdadeira moralidade (Kant, 1996, p.28), ou seja, a humanidade alcançou uma comunidade política, mas ainda persegue a comunidade ética. Sem a legalidade, oriunda da imposição do direito, no entanto, é impossível vislumbrar o passo seguinte, ou seja, a moralidade. O Estado controla a legalidade, mas sozinho não consegue preparar os cidadãos; para Kant, é da educação pública esta tarefa: A educação pública tem aqui manifestamente as maiores vantagens: aí se aprende a conhecer a medida das próprias forças e os limites que o direito dos demais nos impõe. Aí não se tem nenhum privilégio, pois que sentimos por toda parte resistência, e nos elevamos acima dos demais unicamente por mérito próprio. Esta educação pública é a melhor imagem do futuro cidadão. (Kant, 1996, p.36) Deve haver uma educação formal capaz de preparar o indivíduo para a cidadania; ela deve ensinar-lhe a convivência pacífica com os outros, isto é, com a liberdade dos demais. O educando deve ser preparado para agir conforme a lei e tornar-se membro efetivo da sociedade civil. Os instrumentos de acesso à cultura escrita e os demais componentes de uma formação cívica, são, pelo estatuto público, os primeiros sinais de igualdade e de reconhecimento na esfera social. O fato de todos poderem entrar, da mesma forma, em contato com os meios para melhor utilizar sua habilidade, antecipa a educação moral e, por conseguinte, o grande trunfo do ideal da autonomia, pois a formação moral lhe dá um valor que diz respeito à inteira

7 espécie humana (Kant, 1996, p.37); ele passa a não ser apenas cidadão, mas toma consciência do seu estado de ser livre. Cabe à educação, ao desenvolver a faculdade da razão, formar o caráter moral, pois o homem não pode tornar-se um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz (Kant, 1996, p.15). Neste sentido, Dalbosco (2004, p.1334) contribui, sustentando:... a hipótese de que Kant atribui papel fundamental à educação e o faz não só por razões, digamos assim, de ordem histórico-políticas, no sentido de que a educação seria indispensável à sociabilidade humana e à construção de uma cidadania universal com base num Estado mais justo, senão também, e fundamentalmente, por razões de ordem sistemática, conectadas com exigências internas de esclarecimento de sua própria filosofia prática. Educar não significa, entretanto, limitar o trabalho pedagógico a uma técnica, esta até seria capaz de mecanizar o indivíduo, mas não seria suficiente para prepará-lo ao exercício da cidadania, como pedia a época das luzes: os conhecimentos dependem da educação e esta, por sua vez, depende daqueles (Kant, 1996, p.20). O ser humano pode ser simplesmente adestrado, dirigido ou instruído de forma mecânica. Tudo isto pode ser feito dentro de um processo educativo, mas não é suficiente treinar as crianças, urge que aprendam a pensar (KANT, 1996, p.28). Conferindo à educação papel estruturante na constituição da natureza humana, Kant considera que o sistema educacional compreende os cuidados e a formação do ser humano (infante, educando ou discípulo). Por cuidados entende-se as precauções que os pais tomam para impedir que as crianças façam uso nocivo de suas forças (Kant, 1996, p.11). Já a formação é constituída de disciplina e instrução; primeiro trabalha-se a disciplina, que é essencialmente negativa, pois tira do homem a sua selvageria (Kant, 1996, p.12), e depois, sob um aspecto puramente positivo, dá-se instrução, a formação escolástica, que tem como função preencher o ser humano de cultura, para estar habilitado a conseguir todos os seus fins (Kant, 1996, p.37). À semelhança de Rousseau, do qual sofreu forte influência, Kant destaca os aspectos disciplinares sobre os intelectuais na formação dos jovens: A falta de disciplina é um mal pior que a falta de cultura, pois esta pode ser remediada mais tarde, ao passo que não se pode abolir um estado selvagem e corrigir um defeito de disciplina (Kant, 1996, p.16). O que não significa adestrar a criança à obediência passiva, mas ensiná-la a agir com planos e submeterse a uma disciplina.

8 Em verdade, Kant quer atingir a obediência voluntária, capaz de reconhecer que as exigências são razoáveis e superiores aos caprichos momentâneos. A disciplina é o que impede ao homem de desviar-se do seu destino, de desviar-se da humanidade, através de suas inclinações animais (Kant, 1996, p.12). Sob esta perspectiva, mesmo quando existe a coerção, ela deve ter por finalidade propiciar a liberdade do sujeito moral; em última análise, cabe a cada um proceder a sua própria formação; o mesmo princípio da conduta moral vale para o saber, que também deve ser um ato de liberdade. Mas Kant chama a atenção para o seguinte: A cultura moral deve-se fundar sobre máximas, não sobre a disciplina. Esta impede os defeitos; aquelas formam a maneira de pensar (Kant, 1996, p.80). Máxima, no entanto, é o princípio subjetivo da ação que o próprio sujeito adota como regra sua (a saber, como ele quer agir). Ao contrário, o princípio do dever é... a razão... pura e simplesmente, portanto objetivamente (como ele deve agir) (Kant, 2005, Ak 225) A questão da ação humana é central em Kant; considera-se pois a necessidade de construir uma auto-regulação para o homem que viabilize o convívio social. O sujeito moral é a obsessão de sua pedagogia; o saber é uma construção no pleno sentido da palavra, não sendo jamais, apenas recepção de dados sensíveis. Para Kant, o que o homem é ou deve vir a ser moralmente, bom ou mau, deve fazêlo ou sê-lo feito por si mesmo. Ambos devem ser um efeito de seu livre arbítrio (1974, p.384). Daí a importância da educação: o homem é resultado desse processo, é uma construção. Para ele, o progresso da sociedade depende do progresso do ser humano, principalmente no que se refere à sua ação reguladora. Convém, diante das circunstâncias, apontar o caráter ideológico do processo pedagógico de Kant. O fim da educação em Kant incorpora a idéia de humanidade e seu destino. O conteúdo utópico dessa afirmação apóia-se na idéia de construção do ser humano e confere à educação papel estruturante na sua relação com a sociedade. educativo: Uma Idéia não é outra coisa senão o conceito de uma perfeição que ainda não se encontra na experiência. (...) Em primeiro lugar, basta que nossa Idéia seja autêntica; em segundo lugar, que os obstáculos para efetuá-la não sejam absolutamente impossíveis de superar. (...) AIdéia de uma educação que desenvolva no homem todas as suas disposições naturais é verdadeira absolutamente. (Kant, 1996, p.17) De acordo com Kant, então, o sujeito moral atravessará o seguinte processo

9 Disciplinamento procurar impedir que a animalidade prejudique o caráter humano, tanto no indivíduo como na sociedade. Portanto, a disciplina consiste em domar a selvageria (Kant, 1996, p.26); Desenvolvimento da cultura abrange a instrução e vários conhecimentos. A cultura é a criação da habilidade e esta é a posse de uma capacidade condizente com todos os fins que almejemos (Kant, 1996, p.26); Incremento da prudência cuidar que o homem se torne prudente, que ele permaneça em seu lugar na sociedade [...] A esta espécie de cultura pertence a que se chama propriamente civilidade (Kant, 1996, p.27); Moralização do sujeito não basta que o homem seja capaz de toda sorte de fins; convém também que ele consiga a disposição de escolher apenas os bons fins (Kant, 1996, p.27). Palavras finais, mas não definitivas O pensamento pedagógico de Kant encontra-se em seus princípios filosóficos e morais. Os conceitos de síntese à priori e autonomia da vontade contêm implicitamente uma pedagogia como formação da autonomia da personalidade; aprofundando especulativamente a exigência do Emílio de Rousseau. O preceito do desinteresse absoluto, sobre o qual Kant funda sua moral, deve estruturar também o ensino, precisamente em nome da autonomia da pessoa, a qual se realiza na rígida e consciente subordinação à lei do dever, que coincide com a liberdade. Para Kant, a moralidade depende da forma pura (universal) e não do conteúdo (ação particular), por isso muitos o acusam de formalismo; contudo, a coisa não é bem assim: tanto o conteúdo quanto a forma são indispensáveis à ação moral, Kant não diz que se deva agir sem inclinação, mas sim pelo dever. Portanto pode-se também agir com inclinação, contanto que o objetivo da ação permaneça unicamente a lei; do contrário, a ação não será moral, pois o móbil será a inclinação e não a lei. Pois bem, o ser humano, por natureza, não é bom nem mau; torna-se bom quando se eleva à idéia do dever e da lei. O objetivo da educação deve ser precisamente possibilitar ao ser humano construir-se moralmente O homem deve, antes de tudo, desenvolver as disposições para o bem; [...] Tornar-se melhor, educar-se e, se se é mau, produzir em si a moralidade: eis o dever do homem. (Kant, 1996, p.20), em outras palavras, dar-lhe a posse

10 da ser virtude, que é o domínio de si mesmo, autonomia e liberdade de sua pessoa para a ação benigna. Referências bibliográficas BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no Pensamento de Emanuel Kant. Trad. Alfredo Fait. Brasília: UNB, 1984, p. 78. CRAMPE-CASNABET. M. Kant uma revolução filosófica. Trad. Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994, p.108, nota 7. DALBOSCO, Cláudio Almir. Da pressão disciplinada à obrigação moral: esboço sobre o significado e o papel da pedagogia no pensamento de Kant. In Educ. Soc., Campinas, vol. 25, n. 89, p , Set./Dez. 2004, p.1353 / KANT, Immanuel. A religião dentro dos limites da simples razão. São Paulo: Abril Cultural, (Coleção Os Pensadores, v. XXV).. Crítica da Razão Prática. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, Crítica da Razão Pura. Trad. Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão [Introdução e Notas de Alexandre Fradique Morujão]. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, Sobre a Pedagogia. Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba: UNIMEP, Princípios metafísicos da doutrina do direito. Trad. Joãosinho Beckenkamp Professor Pós - Doutor do Programa de Pós-graduação em Filosofia Moral e Política da UFPel, (mimeógrafo)

A DISCIPLINA NA PEDAGOGIA DE KANT

A DISCIPLINA NA PEDAGOGIA DE KANT A DISCIPLINA NA PEDAGOGIA DE KANT Celso de Moraes Pinheiro* Resumo: Através de uma análise das principais idéias de Kant sobre o conceito de disciplina, sobretudo os apresentados em seu texto, intitulado

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

CATHIANI MARA BELLÉ EM KANT, É POSSÍVEL O HOMEM RACIONAL SER FELIZ?

CATHIANI MARA BELLÉ EM KANT, É POSSÍVEL O HOMEM RACIONAL SER FELIZ? CATHIANI MARA BELLÉ EM KANT, É POSSÍVEL O HOMEM RACIONAL SER FELIZ? CURITIBA 2011 CATHIANI MARA BELLÉ EM KANT, É POSSÍVEL O HOMEM RACIONAL SER FELIZ? Projeto de pesquisa apresentado à Universidade Federal

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE

HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE Prof. Pablo Antonio Lago Hegel é um dos filósofos mais difíceis de estudar, sendo conhecido pela complexidade de seu pensamento

Leia mais

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo 2010 Parece, a muitos de nós, que apenas, ou principalmente, o construtivismo seja a ideia dominante na Educação Básica, hoje. Penso, ao contrário, que, sempre

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault Eixo temático 2: Formação de Professores e Cultura Digital Vicentina Oliveira Santos Lima 1 A grande importância do pensamento de Rousseau na

Leia mais

Kant Uma Filosofia de Educação Atual?

Kant Uma Filosofia de Educação Atual? juliana_bel@hotmail.com O presente trabalho retoma as principais ideias sobre a pedagogia do filósofo Immanuel Kant dentro de sua Filosofia da Educação, através dos olhos de Robert B. Louden, professor

Leia mais

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+ I - A filosofia no currículo escolar FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1 Daniel+Durante+Pereira+Alves+ Introdução O+ ensino+ médio+ não+ profissionalizante,+

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva 1 Conteúdo: Concepções Pedagógicas Conceitos de Educação; Pedagogia; Abordagens Pedagógicas: psicomotora, construtivista,

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

O Desenvolvimento Moral na Educação Infantil

O Desenvolvimento Moral na Educação Infantil Andressa Ranzani Nora Mello Keila Maria Ramazotti O Desenvolvimento Moral na Educação Infantil Primeira Edição São Paulo 2013 Agradecimentos A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram

Leia mais

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750 John Locke (1632-1704) Biografia Estudou na Westminster School; Na Universidade de Oxford obteve o diploma de médico; Entre 1675 e 1679 esteve na França onde estudou Descartes (1596-1650); Na Holanda escreveu

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA

CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA JÉSSICA LUIZA S. PONTES ZARANZA 1 WELLINGTON ZARANZA ARRUDA 2 1 Mestranda em Filosofia pela Universidade

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana.

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana. 99 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Idália de Oliveira Ricardo de Assis Oliveira Talúbia Maiara Carvalho Oliveira Graduandos pela Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti. Palavras

Leia mais

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS Kely-Anee de Oliveira Nascimento Universidade Federal do Piauí kelyoliveira_@hotmail.com INTRODUÇÃO Diante

Leia mais

O DEVER MORAL NA PRIMEIRA SEÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES DE KANT

O DEVER MORAL NA PRIMEIRA SEÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES DE KANT O DEVER MORAL NA PRIMEIRA SEÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES DE KANT Fernanda Martins de Oliveira Bueno Prof. Dr. Arlei de Espíndola (Coordenador) RESUMO Nesta comunicação ocupar-me-ei do

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia A Teoria de Ação Social de Max Weber 1 Ação Social 2 Forma de dominação Legítimas 3 Desencantamento

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

Roteiro 31. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Programa Filosofia e Ciência Espíritas

Roteiro 31. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Programa Filosofia e Ciência Espíritas Roteiro 31 FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Programa Filosofia e Ciência Espíritas Objetivos Explicar a abrangência da Teoria dos valores e sua evolução histórica Analisar

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é:

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: a capacidade individual ou social para manter uma orientação constante, imutável, qualquer que seja a complexidade de uma situação

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com 2. Direito como objeto de conhecimento. Conforme pudemos observar nas aulas iniciais

Leia mais

A Criança e os Mimos. "Se competir é o único caminho que nos conduz à felicidade, então, viver em paz será impossível..."

A Criança e os Mimos. Se competir é o único caminho que nos conduz à felicidade, então, viver em paz será impossível... A Criança e os Mimos "Se competir é o único caminho que nos conduz à felicidade, então, viver em paz será impossível..." Autora: Anne M. Lucille[1] "Respeito é quando ensinamos, não quando corrigimos..."

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

Considerações acerca da Fundamentação da Metafísica dos Costumes de I. Kant Liberdade, Dever e Moralidade

Considerações acerca da Fundamentação da Metafísica dos Costumes de I. Kant Liberdade, Dever e Moralidade Notandum 14 http://www.hottopos.com CEMOrOC Feusp / IJI Univ. do Porto 2007 Considerações acerca da Fundamentação da Metafísica dos Costumes de I. Kant Liberdade, Dever e Moralidade Marcos Sidnei Pagotto

Leia mais

Immanuel Kant (1724 1804) A Ética de Kant

Immanuel Kant (1724 1804) A Ética de Kant Immanuel Kant (1724 1804) A Ética de Kant Nota Biográfica Immanuel Kant nasceu em 1724 Na cidade de Konisberg na Prússia. A sua palavra de ordem: tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento!

Leia mais

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Cipriano Carlos Luckesi 1 Artigo publicado na Revista ABC EDUCATIO nº 46, junho de 2005, páginas 28 e 29. Recentemente, tenho acompanhado crianças que saíram de

Leia mais

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling DILMA MARIA DE ANDRADE Título: A Família, seus valores e Counseling Projeto de pesquisa apresentado como Requisito Para obtenção de nota parcial no módulo de Metodologia científica do Curso Cousenling.

Leia mais

Súmula Teoria Energética. Paulo Gontijo

Súmula Teoria Energética. Paulo Gontijo Súmula Teoria Energética Paulo Gontijo O Universo Chama-se Universo ao conjunto de todas as coisas. Sua existência pressupõe a necessidade de dois conceitos anteriores a ele, que se denominam existência

Leia mais

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem.

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem. ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati Paranavaí / / "Quanto mais Deus lhe dá, mais responsável ele espera que seja." (Rick Warren) LÍDER:

Leia mais

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural CONHECIMENTO DA LEI NATURAL Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural O que é a Lei Natural? Conceito de Lei Natural A Lei Natural informa a doutrina espírita é a

Leia mais

CLUBE DE PROGRAMAÇÃO NAS ESCOLAS: NOVAS ERSPECTIVAS PARA O ENSINO DA COMPUTAÇÃO. IF Farroupilha Campus Santo Augusto; e-mail: joaowinck@hotmail.

CLUBE DE PROGRAMAÇÃO NAS ESCOLAS: NOVAS ERSPECTIVAS PARA O ENSINO DA COMPUTAÇÃO. IF Farroupilha Campus Santo Augusto; e-mail: joaowinck@hotmail. CLUBE DE PROGRAMAÇÃO NAS ESCOLAS: NOVAS ERSPECTIVAS PARA O ENSINO DA COMPUTAÇÃO WINCK, João Aloísio 1 RISKE, Marcelo Augusto 2 AVOZANI, Mariel 3 CAMBRAIA, Adão Caron 4 FINK, Marcia 5 1 IF Farroupilha Campus

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

CONSIDERAÇÃO SOBRE O CONCEITO DE POSSE NA DOUTRINA DO DIREITO DE KANT

CONSIDERAÇÃO SOBRE O CONCEITO DE POSSE NA DOUTRINA DO DIREITO DE KANT CONSIDERAÇÃO SOBRE O CONCEITO DE POSSE NA DOUTRINA DO DIREITO DE KANT Jéssica de Farias Mesquita 1 RESUMO: O seguinte trabalho trata de fazer uma abordagem sobre o que se pode considerar uma filosofia

Leia mais

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula INTRODUÇÃO Josiane Faxina Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus Bauru e-mail: josi_unesp@hotmail.com

Leia mais

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início.

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 08 Professora: Ana Paula Vieira de Carvalho Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 08 CONTEÚDO DA AULA: Teorias da (cont). Teoria social

Leia mais

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os fundamentos propostos para a nova organização social, a desconcentração e a cooperação, devem inspirar mecanismos e instrumentos que conduzam

Leia mais

Os fundamentos do juízo: a faculdade do juízo e a conformidade a fins

Os fundamentos do juízo: a faculdade do juízo e a conformidade a fins 2. Os fundamentos do juízo: a faculdade do juízo e a conformidade a fins As considerações iniciais deste capítulo dizem respeito à faculdade do juízo, elemento sem o qual não é possível entender o fundamento

Leia mais

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR.

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. 1 ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. Rute Regina Ferreira Machado de Morais Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG Este texto visa refletir sobre o papel

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão.

dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão. dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão. Senso comum... aranha caranguejeira ou aranha-marrom? Epistemologia Moderna e Contemporânea EPISTEMOLOGIA investiga o conhecimento. limites. possibilidades.

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Resumo Gisele Gomes Avelar Bernardes- UEG 1 Compreendendo que a educação é o ponto chave

Leia mais

ÉTICA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA

ÉTICA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA ÉTICA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA Marconi Pequeno * * Pós-doutor em Filosofia pela Universidade de Montreal. Docente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e membro do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos

Leia mais

KANT E A FORMAÇÃO HUMANA

KANT E A FORMAÇÃO HUMANA KANT E A FORMAÇÃO HUMANA Silvério Becker Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis, SC RESUMO: O texto procura uma aproximação ao conceito de formação conforme a visão de Immanuel Kant. Apresenta

Leia mais

TUDO O QUE APRENDEMOS É BOM

TUDO O QUE APRENDEMOS É BOM VERDADEIRO? FALSO? TUDO O QUE APRENDEMOS É BOM VERDADEIRO? FALSO? A EDUCAÇÃO PODE ME PREJUDICAR VERDADEIRO? FALSO? APRENDO SEMPRE DE FORMA CONSCIENTE ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM Podemos concordar que aprendemos

Leia mais

O CONCEITO DE MATÉRIA NA FILOSOFIA KANTIANA DA NATUREZA

O CONCEITO DE MATÉRIA NA FILOSOFIA KANTIANA DA NATUREZA O CONCEITO DE MATÉRIA NA FILOSOFIA KANTIANA DA NATUREZA Gilberto do Nascimento Lima Brito* 1. INTRODUÇÃO Nossa pesquisa consistirá em analisar o conceito de matéria na filosofia da natureza de Immanuel

Leia mais

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS RESUMO Juliana Candido QUEROZ (Bolsista) 1 ; Natália SILVA (Bolsista) 2, Leila BRUNO (Supervisora) 3 ; Sinval Martins S. FILHO (Coordenador)

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA

LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA Casou-se em 1924. Pesquisou profundamente sobre o comportamento e desenvolvimento humanos. Dizia que o conhecimento é decorrente da interação da história social e pessoal. Escreveu

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010

VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Fundamentos metodológicos da teoria piagetiana: uma psicologia em função de uma epistemologia Rafael dos Reis Ferreira Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Programa de Pós-Graduação em Filosofia FAPESP

Leia mais

Filosofia da natureza, Teoria social e Ambiente Ideia de criação na natureza, Percepção de crise do capitalismo e a Ideologia de sociedade de risco.

Filosofia da natureza, Teoria social e Ambiente Ideia de criação na natureza, Percepção de crise do capitalismo e a Ideologia de sociedade de risco. VI Encontro Nacional da Anppas 18 a 21 de setembro de 2012 Belém - PA Brasil Filosofia da natureza, Teoria social e Ambiente Ideia de criação na natureza, Percepção de crise do capitalismo e a Ideologia

Leia mais

A PRESENÇA DA ARTE NO PROJETO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO

A PRESENÇA DA ARTE NO PROJETO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO A PRESENÇA DA ARTE NO PROJETO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO Sandra Maria Zanello de Aguiar, e-mail:szaguiar@gmail.com. Universidade Estadual do Centro-Oeste/Setor de Ciências Sociais Aplicadas.

Leia mais

Faculdade Sagrada Família

Faculdade Sagrada Família Faculdade Sagrada Família DISCIPLINA: Gestão Escolar 4º período de Pedagogia Prof Ms. Marislei Zaremba Martins Texto: Equipe da Área de Educação Formal - Instituto Ayrton Senna A gestão da educação precisa

Leia mais

A PESQUISA NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS: RELAÇÃO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA DOCENTE DE ENSINO

A PESQUISA NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS: RELAÇÃO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA DOCENTE DE ENSINO A PESQUISA NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS: RELAÇÃO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA DOCENTE DE ENSINO Silvana Sousa Andrade - UESC 1 GT15 - O Professor e a Pesquisa RESUMO: Este estudo aborda a relação entre

Leia mais

Papo com a Especialista

Papo com a Especialista Papo com a Especialista Silvie Cristina (Facebook) - Que expectativas posso ter com relação à inclusão da minha filha portadora da Síndrome de Down na Educação Infantil em escola pública? Quando colocamos

Leia mais

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar Colégio La Salle São João Professora Kelen Costa Educação Infantil Educação Infantil- Brincar também é Educar A importância do lúdico na formação docente e nas práticas de sala de aula. A educação lúdica

Leia mais

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA O que é o Projeto de Intervenção Pedagógica? O significado de projeto encontrado comumente nos dicionários da Língua Portuguesa está associado a plano de realizar,

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Desenvolvimento moral da criança: semelhanças e distinções entre o pensamento de Kant e Piaget. Pôster

Desenvolvimento moral da criança: semelhanças e distinções entre o pensamento de Kant e Piaget. Pôster Desenvolvimento moral da criança: semelhanças e distinções entre o pensamento de Kant e Piaget Camila Costa Soufen Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP e-mail: camilasoufen@gmail.com Cleiton José Senem

Leia mais

PROPOSTA PEDAGOGICA CENETEC Educação Profissional. Índice Sistemático. Capitulo I Da apresentação...02. Capitulo II

PROPOSTA PEDAGOGICA CENETEC Educação Profissional. Índice Sistemático. Capitulo I Da apresentação...02. Capitulo II Índice Sistemático Capitulo I Da apresentação...02 Capitulo II Dos objetivos da proposta pedagógica...02 Capitulo III Dos fundamentos da proposta pedagógica...02 Capitulo IV Da sinopse histórica...03 Capitulo

Leia mais

ESPIRITUALIDADE: Como um valor imprescindível para a educação

ESPIRITUALIDADE: Como um valor imprescindível para a educação ESPIRITUALIDADE: Como um valor imprescindível para a educação Janaina Guimarães 1 Paulo Sergio Machado 2 Resumo: Este trabalho tem por objetivo fazer uma reflexão acerca da espiritualidade do educador

Leia mais

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos 2015 Resolução de Exercícios Orientações aos alunos Área de Concentração: EXATAS Disciplina de Concentração: FÍSICA Professores: Gustavo Castro de Oliveira, Reine Agostinho Ribeiro. UBERABA 2015 Colégio

Leia mais

Uma globalização consciente

Uma globalização consciente Uma globalização consciente O apelo a uma globalização mais ética tornou se uma necessidade. Actores da globalização como as escolas, devem inspirar por estes valores às responsabilidades que lhes são

Leia mais

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar

Leia mais

INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL

INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL ZANDONATO, Zilda Lopes - UNESP GT: Educação Fundamental/nº 13 Agência Financiadora: não contou com financiamento

Leia mais

A PRÁTICA DE FORMAÇÃO DE DOCENTES: DIFERENTE DE ESTÁGIO Maria de Fátima Targino Cruz Pedagoga e professora da Rede Estadual do Paraná.

A PRÁTICA DE FORMAÇÃO DE DOCENTES: DIFERENTE DE ESTÁGIO Maria de Fátima Targino Cruz Pedagoga e professora da Rede Estadual do Paraná. A PRÁTICA DE FORMAÇÃO DE DOCENTES: DIFERENTE DE ESTÁGIO Maria de Fátima Targino Cruz Pedagoga e professora da Rede Estadual do Paraná. O Curso de Formação de Docentes Normal, em nível médio, está amparado

Leia mais

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS Mônica Abranches 1 No Brasil, no final da década de 70, a reflexão e o debate sobre a Assistência Social reaparecem e surge

Leia mais

O SUJEITO DOS DIREITOS HUMANOS

O SUJEITO DOS DIREITOS HUMANOS O SUJEITO DOS DIREITOS HUMANOS Marconi Pequeno * * Pós-doutor em Filosofia pela Universidade de Montreal. Docente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e membro do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos

Leia mais

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização Juliana Ferreira Universidade Estadual Paulista UNESP- Araraquara E-mail: juliana.ferreiraae@gmail.com Silvio Henrique

Leia mais

A FILOSOFIA HELENÍSTICA A FILOSOFIA APÓS A CONQUISTA DA GRÉCIA PELA MACEDÔNIA

A FILOSOFIA HELENÍSTICA A FILOSOFIA APÓS A CONQUISTA DA GRÉCIA PELA MACEDÔNIA A FILOSOFIA HELENÍSTICA A FILOSOFIA APÓS A CONQUISTA DA GRÉCIA PELA MACEDÔNIA O IMPÉRIO ALEXANDRINO A FILOSOFIA ESTOICA PARTE DA SEGUINTE PERGUNTA: COMO DEVO AGIR PARA VIVER BEM? COMO POSSO VIVER BEM E,

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

3º Bimestre Pátria amada AULA: 127 Conteúdos:

3º Bimestre Pátria amada AULA: 127 Conteúdos: CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA I 3º Bimestre Pátria amada AULA: 127 Conteúdos: Elaboração de cenas e improvisação teatral de textos jornalísticos.

Leia mais

A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE

A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE Maria Aristé dos Santos 1, Danielli Almeida Moreira 2, Janaina Rufina da Silva 3, Adauto Lopes da Silva Filho 4 ¹ Alunas do Curso de Licenciatura em Filosofia da

Leia mais

Motivação. Robert B. Dilts

Motivação. Robert B. Dilts Motivação Robert B. Dilts A motivação é geralmente definida como a "força, estímulo ou influência" que move uma pessoa ou organismo para agir ou reagir. De acordo com o dicionário Webster, motivação é

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

O Indivíduo em Sociedade

O Indivíduo em Sociedade O Indivíduo em Sociedade A Sociologia não trata o indivíduo como um dado da natureza isolado, livre e absoluto, mas como produto social. A individualidade é construída historicamente. Os indivíduos são

Leia mais

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO Bernardo Goytacazes de Araújo Professor Docente de Filosofia da Universidade Castelo Branco Especialista em Filosofia Moderna e Contemporânea

Leia mais

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS 1 1. CONCEITO BÁSICO DE DIREITO Somente podemos compreender o Direito, em função da sociedade. Se fosse possível ao indivíduo

Leia mais

Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5.

Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5. Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5.1-2 E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha

Leia mais

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG). ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO FÍSICA PRESENTES EM UMA INSTITUIÇÃO FILÁNTROPICA E MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE GOIÂNIA/GO CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de

Leia mais

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN Prof. Helder Salvador 3 - A ANTROPOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA PEDAGOGIA. Para Edith Stein existe uma profunda relação entre os termos metafísica, antropologia e pedagogia

Leia mais

Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas

Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas Introdução A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional afirma que cabe aos estabelecimentos de ensino definir

Leia mais