MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO BOMBEAMENTO. BEBEDOURO / SP 03 e 04 de Outubro 2007
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- Martim Pais Tavares
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2 MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO BOMBEAMENTO BEBEDOURO / SP 03 e 04 de Outubro 2007 Edson Roberto Zanon MsC. Eng. Agrícola engenharia@naandan.com.br
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4 MANUTENÇÃO é o conhecimento técnico e prático aplicado metodicamente, visando manter e prolongar a vida dos equipamentos, com o objetivo de minimizar os custos e melhorar continuamente os processos. A manutenção está dividida em três tipos: PREDITIVA PREVENTIVA CORRETIVA cada um tem o seu valor e dependem de parâmetros específicos.
5 MANUTENÇÃO PREDITIVA MANUTENÇÃO PREDITIVA é aquela que controla o estado de funcionamento das máquinas em operação, através de instrumentos de medição, para prever falhas ou detectar alterações nas condições físicas que requeiram a manutenção. A manutenção preditiva é feita através da medição de vibração com aparelhos portáteis, podendo identificar defeitos como: desbalanceamento do rotor; desalinhamento de acoplamento ou mancal; empenamento do eixo; rolamentos danificados; peças frouxas; roçamento entre as partes rotativas e fixas; forças hidráulicas desequilibradas; ressonância. Sua implantação requer investimentos com equipamentos e no treinamento para qualificação de pessoal de manutenção.
6 MANUTENÇÃO PREVENTIVA MANUTENÇÃO PREVENTIVA é aquela que concentra todo o esforço para evitar que um equipamento sofra uma parada imprevista, que poderia acarretar sérios transtornos à produção. analisar a importância do equipamento na produção, providenciar a disponibilidade de peças sobressalentes; estabelecer um controle sistemático de manutenção. Isto facilita a execução, cresce a eficiência e obtém-se dados como: custo, eficiência individual, etc; montar uma equipe especializada para o cumprimento dessas tarefas.
7 MANUTENÇÃO CORRETIVA MANUTENÇÃO CORRETIVA é aquela que se corrigem os defeitos e falhas já ocorridos, procurando, sempre, evitar que os mesmos se repitam, podendo ser realizada em carater de emergência ou não. alterações das características hidráulicas (baixo rendimento), prejudicando o sistema de bombeamento; altas temperaturas nos mancais; ruídos excessivos; corrente do motor elevada; vibrações excessivas; necessidade de manutenção preventiva. Sugeri-se que os equipamentos possuam registro individual, onde serão anotados todos os dados e ocorrências com os mesmos, e mantidos em arquivos.
8 MOTOBOMBA VAZÃO TOTAL x ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL ALTURA DE SUCÇÃO: nível estático, nível dinâmico CAVITAÇÃO ( NPSHdisponível < NPSHrequerido)
9 H MOTOBOMBA CURVA CARACTERÍSTICA CONDIÇÕES IDEAIS DE OPERAÇÃO Zona ideal De operação Zona A Zona B Zona C 50% 80% 110% Q
10 MOTOBOMBA CURVA CARACTERÍSTICA Redução da vida de mancais e selos Recirculação na Descarga Recirculação na Sucção Redução da vida de mancais e selos Cavitação de baixo fluxo Redução na vida do rotor Elevação da Temperatura H Q proj proj cavitação OPERAÇÃO FORA DA CONDIÇÃO DE RENDIMENTO MÁXIMO Zona Ideal de Operação Q
11 MOTOBOMBA = CURVA DE UM MODELO , Rend.: Rend.: 77% 77% Rotor: Rotor: 390mm 60 ø417 ø400 ø380 ø Q = 300m 300m 3 3 /h /h H = 70mca 74,5 ø345 ø Q m 3 /h
12 MOTOBOMBA ALTURA DE SUCÇÃO NPSH m 10 0 NPSHr: 3,5mca ø
13 TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO (AFOGADA OU NEGATIVA) AFOGADA Critérios: - Limite de velocidade de 1,5m/s -Evitar perda excessiva - Inclinação de 1% (mínimo) -Evitar formação de bolhas NEGATIVA
14 MOTOBOMBA ALTURA DE SUCÇÃO CAVITAÇÃO ( NPSH disponível < NPSH requerido ) NPSH disp = P atm γ P v ± A s Hf s Patm = Pressão atmosférica Pv = Pressão de vapor As = Altura de sucção Hfs = Perda de carga na sucção γ = Densidade
15 CAVITAÇÃO ( NPSH disponível < NPSH requerido )
16 SINTOMAS DA CAVITAÇÃO Ruído Característico: A cavitação produz um ruído semelhante de grãos de areia ou bolas de gude. Vibração Característica: O colapso produz excitações denominadas aleatórias, que se caracterizam por excitar freqüências naturais (ressonâncias). Alterações na performance: Dependendo da intensidade pode-se observar variações na pressão de descarga, visto pela oscilação do Manômetro, perdendo até mesmo a vazão. Oscilações nas Indicações da Corrente: É uma conseqüência direta das alterações na performance, tendo em vista que a potência consumida é função da Pressão (AMT) e da Vazão, que variam em uma condição de cavitação.
17 ALINHAMENTO A vida útil do conjunto girante e o funcionamento do equipamento depende do correto alinhamento; O alinhamento executado no fabricante deve ser verificado, uma vez que pode ser afetado durante o transporte e o manuseio do conjunto; Somente após a cura da argamassa deve ser executado o alinhamento e com as tubulações de sucção e recalque desconectadas;
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19 MÉTODO PRÁTICO PARA CONFERÊNCIA DE ALINHAMENTO Pode-se fazer o alinhamento utilizando-se de uma régua metálica e o calibre de lâminas: Apoiar a régua no sentido longitudinal em uma das partes do acoplamento, efetuando o controle no plano horizontal e vertical em relação a outra; Utilizar o calibre para o controle do alinhamento no sentido axial; Observar a folga recomendada pelo fabricante do acoplamento.
20 SUPERVISÃO DURANTE A OPERAÇÃO Para manter as motobombas com maior disponibilidade para operação, recomendamos as seguintes supervisões: SEMANAL MENSAL SEMESTRAL ANUAL
21 SUPERVISÃO SEMANAL ponto de operação (pressão e vazão); corrente consumida para motor e tensão da rede; vibrações e ruídos anormais; nível do óleo; vazamento das gaxetas; pressão de sucção; pressão do sistema de compensação do empuxo axial; pressão do sistema de lubrificação forçada;
22 SUPERVISÃO MENSAL intervalo de lubrificação dos mancais; temperatura dos mancais; o estado do filtro ou crivo na sucção quanto a entupimento.
23 SUPERVISÃO SEMESTRAL parafusos de fixação da bomba, do acionador e da base; alinhamento do conjunto bomba-acionador; lubrificação do acoplamento (quando aplicável) e estado do elemento elástico; substituir o engaxetamento, se necessário; tubulações e conexões auxiliares, visores e registros quando a inscrustrações externas; aferir os instrumentos de medição e proteção.
24 SUPERVISÃO ANUAL desmontar a bomba para verificação do estado interno da mesma. Após a limpeza, inspecionar todas as peças; se a bomba foi desmontada, substituir o óleo lubrificante dos mancais.
25 MANUTENÇÃO DE MANCAIS A ÓLEO Bomba em operação: controle da temperatura dos rolamentos nível de óleo do suporte. Antes de colocar o óleo: livre de sujeira e umidade completar com óleo até o nível recomendado utilizar somente óleo recomendado pelo fabricante EXCESSO OU FALTA = PREJUÍZOS
26 INTERVALO DE LUBRIFICAÇÃO As propriedades deterioram-se: -pelo envelhecimento (TEMPO) -pelo trabalho mecânico (ESFORÇO) -contaminação em serviço PRIMEIRA TROCA SEGUNDA TROCA DEMAIS TROCAS 200 ou 300 horas ou horas horas ou 1 vez por ano. Observação: VERIFICAR SEMPRE O MANUAL DE INSTRUÇÕES DA MOTOBOMBA
27 MANUTENÇÃO DE MANCAIS A GRAXA GRAXA: -evitar o contato metálico entre a pista e as esferas -proteger contra a corrosão e o desgaste. COLOCAÇÃO DE GRAXA Para isso devemos: 1. parar a bomba 2. afastar a tampa do mancal (caso não haja graxeira) 3. eliminar o excesso de graxa velha 4. proceder à lubrificação 5. recolocar a tampa do mancal.
28 GAXETA: CORTE E MONTAGEM Corte oblíquo da gaxeta Dispositivo para cortar Posição dos anel Montagem Posição do último Anel
29 FUNCIONAMENTO DO ENGAXETAMENTO Antes de colocar a bomba em funcionamento, as porcas do aperta gaxeta devem ser apertadas somente com a mão. encher a bomba; deve existir fuga de líquido pela gaxeta; ligar a bomba e observar a fuga do líquido pela gaxeta; após 5 minutos de funcionamento da bomba, apertar as porcas 1/6 de volta e observar a fuga do líquido por mais 5 minutos. Enquanto a fuga estiver excessiva, repetir o processo descrito aqui; quando a fuga de líquido aumentar com o tempo de operação da bomba e ultrapassar o ponto máximo de fuga, apertar as porcas mais 1/6 de volta.
30 MANUTENÇÃO DO ENGAXETAMENTO Quando o engaxetamento já foi apertado na profundidade equivalente a espessura de um anel ou estar apertada no limite do ajuste e mesmo assim apresentar vazamento excessivo, devemos efetuar a seguinte manutenção: parar a bomba; soltar as porcas do aperta gaxeta e extrair o mesmo; extrair, com auxílio de uma haste flexível, todos os anéis de gaxeta e o anel de selagem; (Observar o posicionamento em que estavam todas as peças) limpar a câmara; verificar a superfície da luva protetora. Caso apresente rugosidade ou sulcos, usinar a mesma no diâmetro de, no máximo, 1 mm. Após essa medida, substituí-la; cortar novos anéis de gaxeta, de preferência com a extermidade oblíqua; colocar graxa no diâmetro interno de cada anel de gaxeta; nos diâmetros externos do anel de selagem, bucha de fundo e anel de fundo, passar Molykote pasta G; proceder a montagem na sequência inversa; montar os anéis de gaxeta com os cortes defasados de 90 o.
31 INSPEÇÃO E REPARO DOS COMPONENTES ITENS DE TROCA OBRIGATÓRIA: Anel de vedação Junta plana O ring Anel de segurança Retentor Devem ser trocados a cada manutenção.
32 CASAS DE BOMBAS
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35 VÁLVULA PARTIDA DE BOMBA / REGULADORA DE PRESSÃO FUNÇÃO - ACELERAÇÃO DA BOMBA SEM VAZÃO ABERTURA LENTA REGULAR A PRESSÃO FECHAMENTO LENTO (MINIMIZAR GOLPE) MANUTENÇÃO - FILTRO DO PONTO DE PRESSÃO (P1) CHECAR TEMPO DE ABERTURA E FECHAMENTO (registro de agulha) CONTATOS ELÉTRICOS DO SOLENÓIDE VAZAMENTOS PILOTO REGULADOR CHECAR PRESSÃO
36 VALVULA ANTECIPADORA DE ONDA E ALÍVIO FUNÇÃO - PROTEGER A REDE HIDRÁULICA DE GOLPES MANUTENÇÃO - FILTRO DO PONTO DE PRESSÃO (P1) VERIFICAR POSIÇÃO DOS PARAFUSOS DOS PILOTOS (ALTERAÇÕES) VAZAMENTOS REGISTROS DEVEM ESTAR ABERTOS PARA CHECAR FUNCIONAMENTO CONSULTAR EMPRESA
37 CHAVES DE PARTIDA DE MOTORES Melhor tipo de partida de um motor trifásico tipo gaiola DIFICULDADE DIRETA (a plena tensão) exige da rede elétrica uma corrente muito elevada.
38 CHAVES DE PARTIDA DE MOTORES INSPEÇÕES ROTINEIRAS 1. Medição / verificação de tensão e corrente na chave 2. Verificação visual da condições de condutores, terminais, etc, 3. Mendição da corrente do motor 4. Limpeza geral.
39 PROGRAMAÇÃO DE MANUTENÇÃ0 PARA PAINEIS CHAVES DE PARTIDA Item ESPECIFICAÇÃO D S Q M B T ST A 1 Inspecionar câmaras de extinção de disjuntores e X chaves. 2 Polir contato dos disjuntores e chaves. X 3 Reapertar terminais de ligação dos disjuntores, chaves e X demais componentes. 4 Verificar excesso de arco por ocasião de manobras. X 5 Checar operações dos relês de tempo, sobrecarga, falta X de fase, e sensor de tensão. 6 Medir e registrar aterramento do painel e grupo, testando X continuidade. 7 Aferir instrumentos de painel. X 8 Desfazer todas as conexões, poli-las e reconectá-las X 9 Efetuar reaperto geral. X 10 Medir e registrar resistência de isolamento dos cabos e X disjuntores. 11 Limpar barramentos. X 12 Efetuar limpeza geral com sopro de ar comprimido. X 13 Fazer aplicações de produto químico. X 14 Combater corrosão e retocar pintura do quadro. X D = Diário S = Semanal Q = Quinzenal M = Mensal B = Bimestral T = Trimestral ST = Semestral A = Anual
40 MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO Edson Roberto Zanon MsC. Eng. Agrícola
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