Gestão Governamental para Especialista da ANAC (itens 4 e 5)

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1 Planejamento e Orçamento na Constituição de 1988: Objetivos, Planos Setoriais (I) Professor Graciano Rocha

2 Saudações, caros alunos! Este é nosso curso de Gestão Governamental para Especialista da ANAC (itens 4 e 5), com vistas à preparação para o concurso recém-lançado da agência. Inicialmente, vamos às apresentações: eu me chamo Graciano Rocha Mendes, sou Consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados; professor de Orçamento Público e de matérias correlatas, em Brasília e na internet; especialista em Orçamento Público pelo Instituto Serzedello Corrêa (ISC/TCU). Vamos falar de nosso curso. Costumo dizer que uma grande vantagem desse curso online está na agregação da matéria em uma só publicação. Se você tentar reunir, por conta própria, todas as referências necessárias para cobrir o edital, vai amontoar uma dezena de normativos que não vai utilizar completamente, além de livros e materiais esparsos. Com nossas aulas, além de ter acesso a todo o conteúdo, bem mastigado, você ainda verá os comentários e ênfases conforme o comportamento das bancas nos últimos anos. Como nem sempre a ESAF dispõe de questões anteriores que abordem os conteúdos do edital, recorreremos diversas vezes a outras organizadoras. Algumas questões serão comentadas durante a própria aula, ilustrando a forma de cobrança recente do assunto. Outras serão propostas ao final, para resolução individual. Para quem quiser se exercitar antes da resolução, as questões comentadas durante as aulas estarão reproduzidas ao final dos arquivos, sem gabarito visível, para quem quiser enfrentá-las em estado puro, juntamente com as não comentadas. O gabarito de todas ficará na última página. Vamos lá então. Boa aula! GRACIANO ROCHA Página 2 de 63

3 SUMÁRIO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO... 4 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO... 6 CICLO ORÇAMENTÁRIO NA CF/ PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO EMENDAS AOS PROJETOS DE MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA PRAZOS DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS CONTROLE E AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA O CARÁTER AUTORIZATIVO DO ORÇAMENTO E O REGIME DE EXECUÇÃO DAS PROGRAMAÇÕES INCLUÍDAS OU ACRESCIDAS POR EMENDAS INDIVIDUAIS INTRODUÇÃO EXECUÇÃO OBRIGATÓRIA DE EMENDAS FLEXIBILIZAÇÃO DA EXECUÇÃO OBRIGATÓRIA OUTRAS DISPOSIÇÕES RESUMO DA AULA QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA QUESTÕES ADICIONAIS GABARITO Página 3 de 63

4 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO Gestão Governamental para Especialista da ANAC (itens 4 e 5) Os comentários seguintes decorrem das disposições constitucionais a respeito da elaboração do orçamento, válidas para todos os entes federados, com alguns itens concernentes à regulamentação no âmbito da União. Detalhando as etapas que compõem o processo orçamentário do governo federal, encontraremos as seguintes (mais ou menos distribuídas por critério temporal): previsão da receita; fixação dos valores para as despesas obrigatórias; elaboração das propostas setoriais com a sua consolidação; processo legislativo; sanção da lei; execução orçamentária; acompanhamento e controle; avaliação. Temos aí nessa sequência uma abordagem detalhista das fases que compõem o ciclo orçamentário. A previsão da receita diz respeito à arrecadação de recursos estimada para o exercício, com base em metodologia específica instituída para tanto. Essa informação é complementada pelo cálculo das necessidades de financiamento do governo central, que indicam quanto de recursos emprestados deverá ser tomado pelo governo junto ao mercado financeiro. A fixação das despesas obrigatórias é necessária para que, diante da situação de contingenciamento de despesas, não haja afetação de todas as ações governamentais. As despesas obrigatórias e as ressalvadas pela LDO não serão atingidas pela limitação de empenho, garantindo-se um mínimo de desempenho em áreas consideradas mais sensíveis pelo governo. Tem-se, então, a elaboração das propostas setoriais pelos órgãos e entidades, compatibilizadas com as condições da LDO. Página 4 de 63

5 Depois de todo esse desenho, que desemboca no projeto de lei orçamentária anual, vêm o processo legislativo, que já estudaremos, a execução do orçamento em si, o acompanhamento e o controle orçamentários e a avaliação. Em seguida, detalharemos as fases do ciclo orçamentário, à exceção da execução da receita e da despesa, que será vista em aula posterior. 1. (FCC/ANALISTA/TJ-PE/2012) No ciclo orçamentário, as audiências públicas, emissão de parecer preliminar, proposição de emendas, emissão de relatório setoriais, de relatórios da comissão mista e relatório geral do congresso são etapas do processo de A) controle. B) tomada de contas. C) elaboração. D) execução. E) aprovação. As audiências, proposições de emendas, pareceres, relatórios no âmbito do Congresso etc. dizem respeito à fase de aprovação do projeto de LOA, sob responsabilidade do Legislativo. Gabarito: E. 2. (CESPE/AGENTE ADM./MDIC/2014) A duração do ciclo orçamentário é superior a um exercício financeiro, ou seja, o ciclo orçamentário não coincide com o ano civil. Questão CERTA. As fases do ciclo orçamentário estendem-se por um período bem maior que um exercício financeiro; caso a elaboração ocorra no exercício Página 5 de 63

6 X1, a execução dá-se no X2, e a avaliação estende-se pelo X3, ou mais que isso. Elaboração do orçamento A elaboração do orçamento, segundo o MTO, envolve um conjunto articulado de tarefas complexas, compreendendo a participação dos órgãos central, setoriais e das unidades orçamentárias do sistema, o que pressupõe a constante necessidade de tomada de decisões nos seus vários níveis. Na esfera federal, a SOF, como órgão central do sistema de planejamento e orçamento, cumpre as seguintes atribuições: definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais; coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias Anuais PLDO e do orçamento anual da União; orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de orçamento; fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação das propostas orçamentárias setoriais; análise e validação das propostas setoriais; consolidação e formalização da proposta orçamentária da União. Assim, o orçamento é preparado, na verdade, por uma rede de unidades e órgãos, segundo suas incumbências e com os limites traçados pela LDO e pela SOF. Depois de receber todas as propostas orçamentárias setoriais, a SOF condensa todo o emaranhado numa só peça: o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), encaminhado ao Presidente da República para posterior remessa ao Congresso Nacional. Página 6 de 63

7 Pergunta incômoda: e se algum órgão deixar de enviar a tempo sua proposta setorial, ou enviar com erros que exijam correções? A resposta é dada pelo art. 99 da CF/88 e seus desdobramentos. Apesar de tratar diretamente do Poder Judiciário, podemos ampliar o entendimento a seguir exposto às demais unidades. Confira: Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. 3º Se os órgãos referidos no 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do 1º deste artigo. 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Relativamente ao Ministério Público, são trazidas pela CF/88 disposições bastante assemelhadas a essas: Página 7 de 63

8 Art. 127, 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendoos por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do 3º. 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Na elaboração do orçamento, os órgãos setoriais funcionam como articuladores no seu âmbito de ação. Normalmente, confundem-se com os órgãos superiores (tribunais, ministérios, casas legislativas). Da mesma forma que a SOF agrega as propostas setoriais recebidas dos órgãos setoriais, o órgão setorial atua verticalmente no processo decisório, conforme o MTO, agrupando as propostas subsetoriais, provenientes de suas unidades orçamentárias. As atribuições dos órgãos setoriais, portanto, são: estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta orçamentária; avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias; Página 8 de 63

9 fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades orçamentárias; definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta orçamentária; coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no âmbito do órgão setorial; análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias; consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. Por fim, a unidade orçamentária desempenha o papel de coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades administrativas componentes. As funções por ela cumpridas, relativamente às unidades administrativas, correspondem, em escala menor, às exercidas pelos órgãos setoriais. Além dos papéis desempenhados pelos diferentes integrantes do Sistema de Planejamento e Orçamento, o MTO também estabelece premissas da elaboração orçamentária. Podemos destacar as seguintes premissas: ênfase na análise pela finalidade do gasto da Administração, transformando o orçamento em instrumento efetivo de programação de modo a possibilitar a implantação da avaliação dos programas e ações; aprimoramento das metodologias de cálculo das despesas obrigatórias, quais sejam, aquelas que constituem obrigações constitucionais e legais da União; administração do processo por meio de cronograma gerencial e operacional com etapas claramente especificadas, produtos definidos e configurados, participação organizada e responsável dos agentes envolvidos e divulgação de informações, garantindo o crescimento da confiança e da credibilidade nos diversos níveis da Administração; ciclo orçamentário desenvolvido como processo contínuo de análise e decisão ao longo de todo o exercício; Página 9 de 63

10 elaboração do projeto, aprovação e execução da lei orçamentária realizada de modo a evidenciar a transparência da gestão fiscal, observando o princípio da publicidade e permitindo o amplo acesso da sociedade às informações relativas a cada uma das etapas do processo. 3. (FCC/ANALISTA/TRT-11/2012) Os órgãos do Poder Judiciário, por terem assegurada a sua autonomia administrativa e financeira pela Constituição Federal, não precisam elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites fixados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. A autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário não lhe confere a discricionariedade quanto à obediência aos limites fixados pela LDO para elaboração de sua proposta orçamentária. A observação a tais regras e limites é obrigatória, conforme indica o art. 99, 1º, da CF/88. Questão ERRADA. 4. (ESAF/ANALISTA/MIN. TURISMO/2014) Estão descritas abaixo diversas etapas do processo de elaboração orçamentária. A partir do Manual Técnico de Orçamento 2014, identifique o ator responsável por cada uma das etapas descritas utilizando-se do seguinte código: S Secretaria de Orçamento Federal - SOF OS Órgão Setorial UO Unidade Orçamentária ( ) Define diretrizes estratégicas e parâmetros quantitativos. ( ) Elabora proposta. ( ) Consolida e valida a proposta. ( ) Compara limites e programações. a) S, S, UO, OS Página 10 de 63

11 b) S, UO, OS, S c) OS, UO, S, S d) S, OS, OS, OS e) OS, UO, S, S Na sequência de atribuições listadas, a definição de diretrizes estratégicas do processo de elaboração orçamentária cabe à SOF; a elaboração em si da proposta cabe a cada unidade orçamentária, conforme sua parcela; a consolidação e validação cabem ao órgão setorial (em relação às propostas das unidades subordinadas) e à SOF (em relação ao conjunto total das propostas); a comparação de limites e programações é feita no âmbito do órgão setorial. Gabarito: B. 5. (FCC/ANALISTA/TRT-11/2012) O projeto da lei orçamentária anual deve ser elaborado pelos órgãos técnicos do Poder Legislativo, a partir das propostas que lhe forem encaminhadas pelas unidades orçamentárias do Poder Executivo e do Poder Judiciário. O projeto de lei orçamentária em si é elaborado no âmbito da SOF, encaminhado posteriormente à Casa Civil para que o Presidente o apresente ao Congresso Nacional. Assim, a questão está ERRADA. 6. (CESPE/ANALISTA/CÂMARA/2012) Compete integralmente à Secretaria de Orçamento Federal (SOF) a elaboração dos orçamentos fiscal, da seguridade social e dos investimentos das empresas estatais não dependentes. Questão ERRADA: como visto, o orçamento de investimento não é elaborado pela SOF e órgãos relacionados, mas pelas próprias empresas estatais e pela unidade responsável por sua coordenação, o Dest/MPOG. 7. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) No ciclo orçamentário, uma das atividades realizadas durante o processo de elaboração do orçamento é Página 11 de 63

12 (A) a proposição pelo poder legislativo de emendas ao projeto de lei do orçamento. (B) a aprovação de um quadro de cotas trimestrais de despesa que cada unidade fica autorizada a utilizar. (C) a apresentação das premissas, metodologia e memórias de cálculos de previsões de receita pelo poder executivo. (D) o estabelecimento da programação financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso. (E) a publicação resumida do relatório de execução orçamentária. Até pela terminologia, percebe-se que a maior parte das assertivas diz respeito à execução do orçamento (B, D e E). A letra A trata do processo legislativo orçamentário, que é posterior à elaboração do orçamento (fase tipicamente administrativa). Por sua vez, os dados e informações sobre a estimativa de arrecadação fazem parte da elaboração do orçamento, consistindo, na verdade, na primeira atividade desse processo, a partir da qual se define o montante de recursos em potencial que poderá ser empregado nas despesas públicas. Gabarito: C. Ciclo orçamentário na CF/88 Vamos iniciar o estudo desse tópico com o seguinte dispositivo constitucional: Art. 165, 9º - Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; Como se vê, a Constituição reservou à lei complementar o tratamento sobre as matérias referidas, mas, até hoje, o Congresso não aprovou essa lei (embora um dos projetos com essa pretensão, o mais adiantado nas discussões, já esteja há quase 14 anos em pauta). Página 12 de 63

13 Outro ponto interessante é que essas matérias discriminadas na questão encontram-se, em parte, na Lei 4.320/64, como é o caso de exercício financeiro e elaboração e organização da lei orçamentária anual. É por situações como esta que se considera a Lei 4.320/64 uma lei materialmente complementar. Apesar de ter sido aprovada como lei ordinária, em 1964, a atual Carta Política indica assuntos nela tratados como próprios de uma lei complementar. Por enquanto, não havendo a lei relativa ao disposto no art. 165, 9º, são seguidas regras transitórias sobre prazos das leis de matéria orçamentária. Essas regras estão no art. 35, 2º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da CF/88: ADCT, Art. 35, 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Em momento posterior, falaremos mais a respeito do calendário que surge desse texto acima. Página 13 de 63

14 8. (CESPE/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCE-ES/2012) A proposta de alteração de procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução do orçamento público no Brasil deve ser apresentada por meio de projeto de lei complementar. Questão CERTA: conforme o art. 165, 9º, da CF/88, a disciplina geral da matéria orçamentária deve dar-se mediante a edição de lei complementar. Processo legislativo orçamentário Examinemos mais um trecho da CF/88: Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. Vale assinalar que o vocábulo leis, sem maior detalhamento, significa leis ordinárias. Em matéria orçamentária, as leis ordinárias são o lugar comum. Há poucas exceções, das quais vimos uma acima: a conformação das regras mais amplas de organização orçamentária se dá por lei complementar. Mas o PPA, a LDO e a LOA, assim como os créditos adicionais (exceto os extraordinários, como veremos) são viabilizados por leis ordinárias. Além disso, esses projetos são de iniciativa exclusiva do chefe do Executivo. Vamos fazer uma pequena abordagem do ciclo orçamentário no contexto do Poder Legislativo. É que, apesar de serem instituídos por leis ordinárias, os instrumentos orçamentários têm um rito legislativo diferenciado. Os projetos de lei ordinária normais, enviados ao Congresso pelo Presidente da República, dão entrada na Câmara dos Deputados (CF, art. 64, caput) e lá passam por discussões e votações em diversas comissões temáticas, antes de ir à apreciação do Plenário da Câmara (às vezes, essa subida ao Plenário não ocorre, conforme dispuser o Regimento da Casa). Página 14 de 63

15 A partir daí, são enviados ao Senado, onde passam de novo por comissões temáticas, e depois pelo Plenário (se for o caso). Então, os projetos vão à sanção presidencial, se não houver alteração considerável, pelo Senado, do texto aprovado na Câmara. Caso contrário, se a redação for significativamente mudada pelo Senado, os projetos voltam à Câmara, para apreciação das modificações. Nessa última hipótese, a Câmara é que encaminha o projeto para sanção do Presidente da República. Diferentemente disso, os projetos de matéria orçamentária não passam por uma série de comissões temáticas antes de ir a Plenário, um passo por vez, e em ambas as Casas. Nesse âmbito, o projeto é instruído apenas na Comissão Mista de Orçamento, que recebe simultaneamente pareceres das comissões temáticas de ambas as Casas e emendas parlamentares, e emite seu próprio parecer, encaminhando-o juntamente com o projeto, para votação pelo Plenário do Congresso Nacional (trata-se das duas Casas em sessão conjunta). A previsão constitucional para esse rito está nos seguintes dispositivos: Art Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. Assim, no Plenário do Congresso, pela votação da maioria simples dos parlamentares, o projeto é aprovado. Detalhe: apesar de se tratar de uma sessão conjunta, a maioria é considerada apenas entre pares (tomam-se separadamente, na votação, a maioria dos deputados e a maioria dos senadores). Página 15 de 63

16 A CF/88 destaca que, apesar do rito legislativo especial das leis de natureza orçamentária, as demais regras são aplicáveis, no que for compatível: Art. 166, 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo. 9. (ESAF/AFT/MTE/2010) Sobre o ciclo de gestão do governo federal, é correto afirmar: a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de despesa incompatível com o Plano Plurianual. b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos Poderes. c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República, presume-se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano Plurianual. d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização. e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis ordinárias. Analisando as alternativas: A: a Constituição não permite que qualquer lei orçamentária, dispositivo, emenda ou despesa seja incompatível com o PPA. B: a iniciativa de apresentação do projeto de lei orçamentária é exclusiva do chefe do Executivo. C: a reeleição não afeta o calendário do PPA. D: no âmbito orçamentário, não há caráter impositivo de despesas específicas. Página 16 de 63

17 E: as leis de natureza orçamentária, quanto ao rito e à maioria necessária para aprovação, são classificadas como ordinárias. Gabarito: E. 10. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2012) Para que um projeto de lei relativo ao orçamento anual seja aprovado, é suficiente que seja apreciado pela Câmara dos Deputados. A apreciação dos projetos de matéria orçamentária é feita pelo Congresso Nacional, atuando como casa única. Assim, a comissão que instrui os processos é uma comissão mista, e a votação se dá no Plenário das duas Casas Legislativas em conjunto. Questão ERRADA. 11. (FCC/AGENTE/TCE-SP/2012) A iniciativa da proposta de lei orçamentária é do titular do Poder. Assim, o projeto de lei orçamentária anual do Poder Executivo do Estado é de competência do Governador e o projeto de lei orçamentária anual do Poder Judiciário é do Presidente do Tribunal de Justiça. Questão ERRADA: cada ente federado (União, estados, municípios e DF) tem apenas uma lei orçamentária anual, cuja iniciativa de proposição é do chefe do Executivo. 12. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) Em relação ao orçamento público, é correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 estabelece que o PPA, a LDO e a LOA, todos instrumentos de planejamento orçamentário, são leis de iniciativa conjunta dos Poderes Executivo e Legislativo. Na questão, temos outro caso de redação próxima do original da Constituição de 1988, mas, no caso, afastando erroneamente a iniciativa privativa do Executivo quanto à matéria orçamentária. O trecho que a fundamenta é do art. 165, reproduzido mais acima. Questão ERRADA. Página 17 de 63

18 13. (FCC/AUDITOR/TCE-RO/2010) A apreciação e a votação do projeto de lei orçamentária anual da União deverão ser efetuadas separadamente pelas duas Casas do Congresso Nacional, sendo mandatório que a aprovação seja feita por maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Questão ERRADA: a apreciação do projeto de LOA, bem como os demais projetos orçamentários, é feita na Comissão Mista, que representa ambas as Casas Legislativas. Além disso, para aprovação do projeto, basta o voto da maioria simples dos parlamentares. Emendas aos projetos de matéria orçamentária Este assunto, apesar de também pertencer ao processo legislativo orçamentário, é tão importante que será tratado assim, em separado. Primeira observação: é possível ao Legislativo emendar quaisquer projetos de matéria orçamentária. Entretanto, assim como fez a Constituição, vamos nos concentrar nas emendas ao projeto de LOA. Como já dito, a iniciativa em matéria orçamentária é exclusiva do chefe do Executivo. Entretanto, permite-se que a peça originária do Executivo receba interferências dos representantes eleitos do povo, para, teoricamente, deixar as propostas orçamentárias mais adequadas aos interesses da população. Assim, os parlamentares, individualmente ou em grupo, podem apresentar emendas ao projeto de LOA, que serão apresentadas perante a Comissão Mista de Orçamento. A CMO, no término das discussões, emitirá parecer sobre tais emendas, para posterior apreciação pelo Plenário do Congresso. Quanto à incidência sobre o projeto de LOA, existem três tipos de emendas: emendas de receita, de despesa e de texto. Vamos ver o dispositivo constitucional que trata delas ( 3º do art. 166): Art. 166, 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; Página 18 de 63

19 II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. Inicialmente, note que a primeira condição (compatibilidade com o PPA e a LDO, no inciso I) vale para qualquer emenda. Isso fortalece o caráter de submissão que a LOA deve ter em relação às outras leis citadas, de alcance mais amplo. Assim, por exemplo, uma emenda parlamentar ao projeto de LOA não pode criar um programa, porque isso desrespeitaria a prevalência do PPA nesse ponto. O inciso II trata das emendas de despesa. Para que novas despesas sejam propostas por meio de emenda, deverão ser anuladas despesas inicialmente selecionadas pelo Executivo, a fim de liberar recursos suficientes. Ainda assim, não é toda despesa selecionada inicialmente pelo Executivo que pode ser anulada em favor de emendas parlamentares; as dotações indicadas nas alíneas do inciso II (pessoal e encargos, serviço da dívida e transferências constitucionais para os entes federados) são despesas obrigatórias, que não podem ter seus montantes e destinação alterados. Por fim, o inciso III aborda as emendas de receita (alínea a ) e de texto (alínea b ). O montante da receita previsto pelo Executivo só pode ser modificado no Legislativo a partir de uma perspectiva técnica. Não se pode alterar a expectativa de arrecadação com base em critérios políticos ou assemelhados. Por isso, um erro ou uma omissão, por parte da equipe técnica do Executivo, Página 19 de 63

20 devem ser detectados e comprovados, para que seja aprovada uma emenda de receita. As emendas de redação dizem respeito a ajustes de forma (ortografia, concordância etc.), para tornar o texto da lei orçamentária mais inteligível. Muito bem, o Poder Legislativo pode alterar, por meio de emendas, o texto inicial encaminhado pelo Poder Executivo. E o Poder Executivo, pode alterar seu próprio texto original? A resposta é afirmativa. Essa importante disposição encontra-se no art. 166, 5º, da CF/88: Art. 166, 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. Portanto, depois de ter enviado o projeto de LOA, o chefe do Poder Executivo tem um prazo para propor alterações a suas intenções iniciais. Esse prazo corre enquanto não se inicia a votação, na Comissão Mista de Orçamento, da parte a se alterar. Evita-se, dessa forma, que o chefe do Executivo modifique, a seu belprazer, partes do projeto que já tenham sido alteradas pelo Legislativo, contra suas pretensões. Esse trecho talvez seja o mais frequentemente cobrado pelas bancas quando se trata de ciclo orçamentário. Por isso, preste atenção! Não perca um ponto fácil. Já houve questões, por exemplo, dizendo que a modificação pode ser proposta enquanto não finalizada a votação da parte a se alterar. Cuidado! Página 20 de 63

21 14. (FCC/TÉCNICO/TRF-02/2012) O Poder Legislativo pode apresentar emendas ao projeto de lei orçamentária que somente podem ser aprovadas desde que compatíveis com o Plano Plurianual e indiquem os recursos necessários para o seu financiamento. Questão CERTA. O enunciado reproduz o entendimento exposto nos trechos constitucionais examinados mais acima. A compatibilidade das emendas com o PPA (também com a LDO) é condição necessária para que possam ser analisadas. 15. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) O Congresso pode apresentar emendas ao projeto de lei orçamentária que, caso aprovadas, deverão constar da peça orçamentária, cabendo ao Poder Executivo indicar os recursos para o seu financiamento. Na questão acima, encontra-se uma imprecisão: no âmbito do Legislativo, os próprios propositores de emendas ao projeto de LOA deverão indicar quais despesas serão substituídas para dar lugar às indicadas nessas emendas. Essa é a lição do art. 166, 3º, inc. II, acima transcrito. Questão ERRADA. 16. (CESPE/ANALISTA/TJ-AL/2012) As emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual somente serão avaliadas para aprovação quando apresentadas pelos membros da comissão mista de orçamento. Questão ERRADA. A CF/88 não limita a apresentação de emendas ao PLOA apenas aos integrantes da CMO. Nesse sentido, inclusive, há previsão regimental para proposição de emendas por outras comissões das Casas Legislativas e pelos demais parlamentares. 17. (ESAF/AFC/CGU/2008) Os recursos para emendas parlamentares não podem ter como fonte o cancelamento de despesas com pessoal, benefícios Página 21 de 63

22 previdenciários, juros, transferências constitucionais e amortização de dívida. Questão CERTA. Como visto, a Constituição veda o cancelamento de dotações relativas a pessoal e encargos, juros e encargos da dívida e transferências tributárias em favor de emendas parlamentares. 18. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) Ao Poder Executivo é permitido propor modificações no projeto de lei orçamentária, enquanto não iniciada a votação, pela comissão mista de senadores e deputados a que se refere o art. 166 da Constituição Federal, da parte cuja alteração é proposta. Questão CERTA. Enquanto a votação da parte a ser modificada não for iniciada na CMO, o Presidente da República pode encaminhar proposta de alteração do projeto de LOA. Prazos das leis orçamentárias Muito bem, voltemos ao calendário orçamentário que introduzimos anteriormente, simplificando os prazos dispostos no ADCT: os projetos de PPA e de LOA devem ser encaminhados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, 31 de agosto; o Congresso deve devolver os projetos de PPA e de LOA, para sanção, até o encerramento da sessão legislativa atualmente, 22 de dezembro; o projeto de LDO deve ser enviado pelo Presidente ao Congresso até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, 15 de abril; o Congresso deve devolver o projeto de LDO para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa atualmente, 17 de julho. Ressalto que, nos primeiros prazos referidos acima, o envio e a devolução do projeto de PPA não ocorrem anualmente, já que este é uma lei aprovada para quatro anos. Página 22 de 63

23 Uma observação importante, e constantemente cobrada em provas, diz respeito justamente aos prazos do PPA. O plano plurianual é a mais importante lei de matéria orçamentária. A partir dele é que todas as outras se organizarão. As leis orçamentárias anuais não passam muito de parcelas do PPA, aplicadas a cada ano de sua vigência plurianual. No PPA é que o governo recém-assumido expõe suas intenções, objetivos, metas, para o prazo de quatro anos. É uma demonstração de grandes diretrizes, um projeto de governo. Pois bem, já vimos que o Executivo deve enviar o projeto de PPA para o Legislativo até 31 de agosto (do primeiro ano do mandato do Presidente). Assim, a equipe que assume o comando do país tem oito meses para apresentar um plano para os quatro anos seguintes. Agora você pode notar que há um descompasso aí. Se o PPA é preparado durante o primeiro ano do governo, e deve valer para os próximos quatro anos, ele não acaba invadindo o próximo mandato presidencial? A resposta é sim. No primeiro ano do mandato, o Presidente governa com base no PPA, na LDO e na LOA aprovados por seu antecessor. Os projetos que esse novo chefe do Executivo apresenta quando assume só valerão para seu segundo ano de mandato. No caso do PPA, o último ano de vigência do plano será o primeiro do mandato seguinte. Esse calendário é positivo por duas razões associadas. Primeiro, evita-se um atropelo no início do mandato, com a preparação nas coxas de projetos de grande importância para o país o governo não pode agir sem planos de ação aprovados. Em segundo lugar, ao invés dessa hipótese de correria no início do mandato, dá-se ao novo governante a possibilidade de conhecer, por alguns meses, e aproveitar parte dos programas instituídos pelo antecessor, conforme sejam compatíveis com sua orientação de governo (ou conforme sejam de interrupção impossível, rsrsrs). Página 23 de 63

24 Agora, uma curiosidade sobre a LDO. Trata-se da suspensão do recesso parlamentar, enquanto não aprovado o projeto de LDO. Apenas esse projeto, entre todas as hipóteses trazidas pela CF/88, é hábil para tanto. Caso o projeto de LDO não esteja aprovado em 17 de julho, os parlamentares não entrarão em recesso. É uma forma de acelerar os prazos, já que o ideal é que o orçamento esteja aprovado quando se iniciar o ano de sua execução. E, para existir lei orçamentária, deve haver antes a LDO, que estabelece, a partir dos programas do PPA, as prioridades para o ano seguinte, e orienta a elaboração da LOA. Curiosamente, a não aprovação da LOA no período indicado pela CF/88 não tem impacto semelhante sobre a rotina dos parlamentares. Nesse caso, sendo iniciado o exercício financeiro sem LOA aprovada, as LDOs têm disciplinado que o projeto de LOA em discussão no Legislativo deve ser executado provisoriamente, à parcela de 1/12 da despesa prevista para cada mês de atraso. Além disso, não são todas as despesas que podem entrar nesse regime especial de execução; a LDO indica quais itens poderão ser selecionados para esse efeito. Por fim, vale assinalar uma disposição constante da Lei 4.320/64 (art. 32), mas não reproduzida pela Constituição. Trata-se do procedimento a se adotar no caso de o Executivo não encaminhar a proposta orçamentária no prazo fixado. Conforme a Lei, o Legislativo deve considerar como proposta a lei orçamentária vigente. Adicionalmente, essa omissão não deve passar em branco: o não encaminhamento do PLOA configura crime contra a lei orçamentária, considerado crime de responsabilidade. No entanto, pelo fato de a Constituição não ter tratado do tema, há correntes doutrinárias que advogam a não recepção desse dispositivo da Lei 4.320/64. Para fins de concurso, entretanto, é importante lembrar da existência desse artigo. Página 24 de 63

25 19. (ESAF/AFC/STN/2008) A Constituição brasileira atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo planejamento e orçamento por meio de três instrumentos principais o PPA (Plano Plurianual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual); em relação a essa estrutura é correto afirmar: A) O PPA deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo no primeiro ano de mandato apenas para seu conhecimento e tem duração até o final do mandato. B) O Executivo envia conjuntamente os projetos da LDO e da LOA para o Poder Legislativo, os quais devem ser votados em conjunto antes do término do ano a fim de serem executados no ano seguinte. C) Enquanto o PPA é um planejamento para os quatro anos seguintes, incluindo o primeiro ano do mandato subsequente, a LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte. D) O Poder Executivo envia para o Legislativo inicialmente a LOA, depois de a LOA aprovada e com base nela, o executivo envia ao legislativo a LDO, que estabelece a programação financeira e o cronograma mensal de desembolso. E) O Legislativo só deve aprovar a LDO, pois o PPA é um indicativo das metas do executivo e a LOA é apenas um cronograma de despesas. O projeto de PPA é encaminhado ao Legislativo para discussão e votação; os projetos de LDO e de LOA têm calendários distintos, sendo aquele primeiro apreciado antes do segundo. Gabarito: C. 20. (ESAF/ANALISTA/SUSEP/2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da lei que institui o Plano Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, é correto afirmar: Página 25 de 63

26 a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término do exercício. b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles. d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do executivo. e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Das opções acima, a única informação correta diz respeito aos prazos de encaminhamento do projeto de LOA (até 4 meses antes do fim do exercício financeiro) e de devolução do PLDO (até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa). Gabarito: B. 21. (FCC/ANALISTA/TRF-01/2011) O Plano Plurianual é um instrumento que expressa o planejamento para quatro anos. Assim, no âmbito federal, o projeto do Plano Plurianual será encaminhado até (A) quatro meses antes do encerramento do segundo exercício financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. (B) três meses antes do encerramento do segundo exercício financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até trinta dias do encerramento da sessão legislativa. Página 26 de 63

27 (C) quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. (D) cento e oito dias antes do encerramento do primeiro exercício financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até trinta dias do encerramento da sessão legislativa. (E) quatro meses antes do encerramento do último ano de mandato presidencial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. O prazo correto para encaminhamento do projeto do PPA ao Congresso é de até quatro meses antes do encerramento do primeiro ano do mandato presidencial, com devolução até o final da sessão legislativa. Gabarito: C. 22. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o projeto de lei orçamentária anual da União deverá ser encaminhado ao legislativo para apreciação e aprovação até oito meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. O problema da questão é referente a datas. O projeto de LOA deve ser encaminhado ao Congresso até quatro meses antes do encerramento do exercício. Questão ERRADA. 23. (CESPE/ANALISTA/ANS/2005) O plano plurianual apresenta a ideia de continuidade, pois um governo pode dar continuidade a um plano que se iniciou em outro governo. Dessa forma, tem tempo para conhecer as ações realizadas no passado, antes de apresentar um novo plano. A questão refletiu uma das razões para a invasão dos PPA s nos mandatos dos governantes posteriores: a continuidade das ações do poder público. Questão CERTA. 24. (FCC/AGENTE/TCE-SP/2012) A sessão legislativa não será encerrada enquanto não for aprovada a lei de diretrizes orçamentárias, o mesmo não Página 27 de 63

28 acontecendo em relação à lei orçamentária anual que, caso não seja aprovada até o final do exercício financeiro, terá os recursos sem despesas vinculadas aplicados mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legal. Questão CERTA: ao passo que a não aprovação do projeto de LDO impede o recesso dos parlamentares, a não apreciação do projeto de LOA no prazo indicado pela CF/88 não tem qualquer impacto sobre a rotina dos parlamentares. Controle e avaliação da execução orçamentária A fiscalização da execução orçamentária trata da legalidade dos atos relativos à utilização dos recursos públicos, do alcance dos objetivos atribuídos às despesas públicas e das cautelas que o governo deve ter em relação ao equilíbrio entre as receitas e as despesas, para evitar situações de inadimplência ou insolvência. Nesse último aspecto, a Lei nº 4.320/64 já buscava o fiel cumprimento do equilíbrio entre receitas e despesas no orçamento, permitindo a prevenção das oscilações no decorrer do exercício financeiro. Para isso, tinha-se a fixação de cotas trimestrais para a execução da despesa pelos órgãos e unidades, evitando-se gastar o montante autorizado de forma temerária. Quanto ao controle da execução orçamentária, a Lei 4.320/64 trouxe algumas disposições cobradas em provas até hoje: Art. 75. O contrôle da execução orçamentária compreenderá: I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos; III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em têrmos monetários e em têrmos de realização de obras e prestação de serviços. (...) Página 28 de 63

29 Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente. Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos. Na Constituição, a Seção IX do capítulo referente ao Poder Legislativo retrata os temas do controle e da fiscalização sobre a Administração Pública. De início, o art. 70 prevê a ocorrência de dois tipos de controle: o externo, que é de titularidade do Congresso Nacional (ou, nos entes subnacionais, as respectivas casas legislativas), e o interno, que deve ser organizado sob a forma de sistema, no âmbito de cada Poder. Além disso, esse mesmo artigo elege os critérios sob os quais será realizada a fiscalização (nas formas contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial): a legalidade, a legitimidade e a economicidade. Adicionalmente, o art. 70 indica, como objetos do controle, a aplicação das subvenções e a renúncia de receitas. Dessa leitura, podemos concluir que essas formas de fiscalização constituem instrumentos de atuação dos órgãos de controle, em relação aos atos da Administração, a aplicação de subvenções e a renúncia de receitas. O parágrafo único do art. 70 estabelece o universo das pessoas sujeitas à prestação de contas junto aos órgãos de controle: Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Para utilizarmos uma expressão que represente esse universo de pessoas, devem prestar contas os gestores de recursos públicos pela descrição do parágrafo, trata-se de recursos financeiros e não financeiros. E, no caso dos recursos financeiros, são considerados gestores os que os obtêm os arrecadadores e os que despendem recursos os ordenadores de despesa. O sistema de controle interno deve ser instituído e mantido por todos os Poderes e pelo Ministério Público, segundo o mandamento do art. 74 da Página 29 de 63

30 CF/88. Duas atribuições do controle interno, presentes nesse dispositivo, podem ser destacadas nesse momento: avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. Por sua vez, o controle externo, que faz pensar numa estrutura de controle distinta daquela que executa as ações, recebeu, pela CF/88, a titularidade do Congresso Nacional, que conta com o auxílio técnico do Tribunal de Contas da União para essa tarefa. No art. 166, 1º, inc. II, da CF/88, indicam-se a Comissão Mista de Orçamento e as demais comissões técnicas das Casas Legislativas como responsáveis pelo acompanhamento e pela fiscalização orçamentária. O principal dispositivo constitucional sobre a fiscalização orçamentária é o caput do art. 70 da CF/88, como segue: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Na Lei 4.320/64, os dispositivos sobre o controle externo apontavam uma atuação mais restrita dos órgãos responsáveis, em relação à indicada na CF/88. Àquela época, a ação do controle externo era fundamentada basicamente na fiscalização contábil e financeira das unidades administrativas: Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento. Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios. Página 30 de 63

31 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente. 2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara de Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sobre elas emitirem parecer. Atualmente, a função de controle externo encontra-se ampliada pela CF/88, que atribuiu ao Tribunal de Contas da União, entre outras, as seguintes competências: apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial; fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. Página 31 de 63

32 Especificamente sobre o julgamento de contas, os primeiros incisos do art. 71 da CF/88 estabelecem a competência do TCU para apreciar a gestão dos responsáveis, na esfera federal, a cada exercício financeiro: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; Como se vê, apenas as chamadas Contas do Governo da República não são julgadas diretamente pelo Tribunal. Nesse caso, o TCU apenas oferece um documento ( parecer prévio ) como subsídio ao Congresso Nacional, para que este se pronuncie quanto à regularidade das contas do Presidente. Os demais responsáveis têm suas contas julgadas diretamente pelo TCU. Vale considerar que o inciso II aborda dois tipos de contas: as ordinárias, que refletem os atos de gestão tomados durante o exercício, e as especiais, que se destinam a apurar eventuais danos ao erário, em decorrência de gestão temerária. O julgamento das contas ordinárias alcança apenas os gestores assim considerados pelo TCU, conforme as naturezas de responsabilidade que desempenhem; as tomadas de contas especiais podem alcançar outros responsáveis além desses primeiros. 25. (FCC/ANALISTA/DPE-RS/2013) Acerca das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, sua apreciação é de competência Página 32 de 63

33 A. da Controladoria Geral da União, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em noventa dias a contar de seu recebimento. B. do Senado Federal, mediante parecer prévio elaborado pelo Tribunal de Contas da União. C. da Câmara dos Deputados até o encerramento da sessão legislativa. D. do Congresso Nacional, mediante parecer prévio elaborado pelo Tribunal de Contas da União. E. do Tribunal de Contas da União, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. As contas do Presidente da República são examinadas inicialmente pelo TCU, cujo parecer prévio serve de base para o julgamento pelo Congresso Nacional. Gabarito: D. 26. (CESPE/CONTADOR/MIN. ESPORTE/2008) O controle da execução orçamentária deve compreender, simultaneamente, a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; a fidelidade funcional dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; e o cumprimento do programa de trabalho, expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. A questão reproduz trechos da Lei 4.320/64, que destacamos acima (art. 75 e incisos). Questão CERTA. 27. (ESAF/APO/MPOG/2010) Assinale a opção falsa a respeito do ciclo orçamentário no Brasil. A) É um processo integrado de planejamento das ações e compreende a elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, bem como a execução e avaliação desses instrumentos. Página 33 de 63

34 B) É o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual, que se inicia no envio da proposta de orçamento ao Congresso Nacional e se encerra na sanção da lei. C) Na elaboração dos instrumentos que compõem o ciclo orçamentário, o Congresso Nacional tem competência para realizar modificações nas propostas a ele encaminhadas. D) É um processo contínuo, dinâmico e flexível para a elaboração, aprovação, execução, controle e avaliação dos programas do setor público. E) A Comissão Mista de Orçamento tem papel importante nas etapas de elaboração e fiscalização. O problema na questão está na indicação de que o ciclo orçamentário se encerra com a sanção da lei orçamentária. Gabarito: B. O CARÁTER AUTORIZATIVO DO ORÇAMENTO E O REGIME DE EXECUÇÃO DAS PROGRAMAÇÕES INCLUÍDAS OU ACRESCIDAS POR EMENDAS INDIVIDUAIS Introdução É antiga, e ainda não resolvida, a polêmica na doutrina sobre o caráter do orçamento público no Brasil, se impositivo ou autorizativo. O professor James Giacomoni assinala que, com a retomada de prerrogativas do Poder Legislativo quanto ao orçamento, com a Constituição de 1988, essa discussão se reacendeu principalmente em virtude da não execução das dotações indicadas pelos parlamentares em suas emendas. Antes de prosseguir no tema, faz-se necessário distinguir os tipos de despesas veiculadas no orçamento: despesas obrigatórias: são aquelas cuja execução o governo não pode negar, por resultarem de imposições legais ou constitucionais; despesas prioritárias: conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, a LDO pode indicar despesas como ressalvadas do contingenciamento, cuja execução é imune a limitações de empenho e movimentação financeira; Página 34 de 63

35 despesas discricionárias: as demais despesas, que não contam com suporte constitucional ou legal que obrigue ou favoreça sua execução. Nos dois primeiros casos, não há que se falar em polêmica sobre o caráter impositivo ou autorizativo do orçamento. O cerne da discussão é: uma despesa discricionária, cuja execução encontra-se prevista apenas no orçamento, deve ou não ser executada? Se na doutrina a questão não está decidida, na prática se encontra bem estabelecida: no Brasil, o orçamento é autorizativo, quanto às despesas discricionárias. Despesas fixadas no orçamento, sem outro suporte legal/constitucional, podem deixar de ser executadas pelos gestores públicos, sem qualquer sanção e sem necessidade de justificativa. Na União, esse aspecto acomete especialmente as despesas veiculadas mediante emendas parlamentares, que se tornam as candidatas principais à não execução quando implementado o contingenciamento. Adicionalmente, um fator que gera bastante incômodo na classe política é o tratamento diferenciado entre parlamentares: alguns, mais prestigiados junto ao governo, contam com boa vontade para execução das despesas por eles indicadas, em detrimento da maioria não favorecida. Esse era o pano de fundo para proposições que buscavam conferir maior efetividade à execução das despesas autorizadas por emendas parlamentares. Nesse ano de 2015, sobreveio a positivação desse intento, com a promulgação da Emenda Constitucional nº 86. Como efeito dessa emenda, o art. 166 recebeu diversos parágrafos, que tratam do regime de execução das programações incluídas ou acrescidas por emendas parlamentares. Vale destacar que o regime se aplica unicamente às emendas individuais, apresentadas por deputados e senadores (há também emendas parlamentares coletivas, apresentadas por bancadas e comissões). Nos itens seguintes, vamos pontuando os diversos aspectos que surgem dos dispositivos da Emenda 86/2015. Execução obrigatória de emendas Começaremos a leitura pelos seguintes dispositivos: Art (...) Página 35 de 63

36 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. (...) 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no 9º do art Já vimos que a Constituição exige dos parlamentares que indiquem quais dotações serão anuladas, liberando a aplicação de recursos nas despesas veiculadas nas emendas, e que estão imunes desse cancelamento as dotações referentes a pessoal e encargos, serviço da dívida e transferências constitucionais tributárias. Entretanto, nos últimos anos, os parlamentares não têm passado pelo constrangimento de cancelar despesas de determinada área de atuação governamental, ficando mal vistos junto a determinados setores, em favor de outra. Na LOA, as dotações canceladas para promoção das emendas individuais são oriundas da reserva de contingência, que não representa uma despesa em si. Como indica seu nome, a reserva de contingência é uma dotação genérica, cuja utilização se dá justamente mediante seu cancelamento, em favor de uma despesa real pretendida. O PLOA deverá assegurar, assim, a folga orçamentária suficiente para acomodar as emendas individuais. O valor para tanto deve corresponder a 1,2% da receita corrente líquida prevista também no PLOA. A receita corrente líquida (RCL), conforme a LRF, é calculada mensalmente, a partir da arrecadação verificada no mês de referência e nos onze anteriores. Grosso modo, a RCL é composta do total de receitas correntes, deduzidas, no caso da União, as transferências constitucionais ou legais aos demais entes federados, as contribuições previdenciárias e a complementação ao FUNDEB. Página 36 de 63

37 Portanto, normalmente, a RCL é calculada como um fluxo financeiro já arrecadado e deduzido, mas, como visto, o PLOA deve apresentar uma previsão da RCL para o exercício financeiro subsequente. Isso posto, o PLOA deve ir à sanção contemplando programações incluídas ou acrescidas por emendas individuais no valor de 1,2% da RCL prevista no projeto, e metade dessas emendas deverá se referir a despesas com ações e serviços públicos de saúde. Agora vem o detalhe: não é esse volume de emendas individuais aprovadas na LOA que está submetido ao regime de execução obrigatória. A execução obrigatória alcança outro montante: o correspondente a 1,2% da RCL arrecadada no exercício anterior. Por exemplo, o PLOA 2016, apreciado nos últimos meses de 2015, trará uma previsão da RCL para 2016, que será a base para aprovação das emendas. Entretanto, em 2016, a execução obrigatória alcançará o valor de 1,2% da RCL arrecadada em Portanto, para aprovar emendas, utiliza-se a RCL prevista; mas, para executar emendas, utiliza-se a RCL arrecadada. Note também que a obrigatoriedade tem duas faces: a execução orçamentária e a execução financeira. Portanto, se o valor obrigatório for, por exemplo, de R$ 10 bilhões, é necessário empenhar R$ 10 bilhões e pagar R$ 10 bilhões. Como é bastante comum que as despesas empenhadas tenham sua conclusão postergada para outros exercícios, principalmente no caso de obras públicas, certamente haveria problemas com o cumprimento da execução financeira obrigatória dentro do exercício, a partir da regra do 11. Tendo isso em vista, a EC 86/2015 previu o seguinte dispositivo, de modo a facilitar o alcance da obrigatoriedade financeira: 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira prevista no 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. Assim, metade dos pagamentos obrigatórios relativos a emendas individuais pode ser de restos a pagar (estes também decorrentes de emendas individuais). Além disso, a execução das programações decorrentes de emendas deve ser equitativa, nos termos da EC 86/2015. Segundo o 18 do art. 167, Página 37 de 63

38 considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. A lei complementar prevista no art. 165, 9º, da CF/88 deverá dispor sobre critérios para a execução equitativa, mas a interpretação imediata dos dispositivos aqui expostos é de que o montante obrigatório deve ser dividido em partes iguais pelo número de parlamentares autores de emendas, e que a execução não poderá diferenciar parlamentares da base do governo daqueles da oposição, ou considerar qualquer outra forma de distinção. Flexibilização da execução obrigatória Apesar da ordem explícita do 11 quanto à obrigatoriedade de execução das programações decorrentes de emendas, há duas situações que levam à redução do montante de execução obrigatória, correspondente a 1,2% da RCL do exercício anterior. O primeiro tem alcance mais geral, e está previsto no 17 do art. 167: 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. Portanto, caso o governo federal promova contingenciamento de despesa para garantir o alcance das metas fiscais estabelecidas na LDO, o montante de execução obrigatória pode ser reduzido. Essa redução, entretanto, não pode ultrapassar o contingenciamento médio imposto ao conjunto das despesas discricionárias; assim, se o contingenciamento das despesas discricionárias for de 30%, o contingenciamento das emendas só pode ser inferior ou igual a essa proporção. Outro fator que leva à redução do montante obrigatório ocorre de forma fragmentada. Trata-se da verificação de impedimento técnico na execução da despesa, como se vê no seguinte parágrafo: 12. As programações orçamentárias previstas no 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. Página 38 de 63

39 As unidades responsáveis pela execução da despesa, ao detectar a existência de impedimento técnico, deverão fazer o registro apropriado das pendências. Isso porque, conforme o 14 do art. 167, tais informações deverão ser apresentadas ao Congresso, para uma nova rodada de aprovação de programações: 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na forma do 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento; De posse das informações apresentadas pelos órgãos e unidades executoras de despesas, o Congresso pode decidir de duas formas: manter algumas programações conforme aprovadas na LOA, para que aguardem eventual superação administrativa dos impedimentos, ou selecionar despesas substitutas para aquelas cujo impedimento é tido como insuperável: II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; As informações sobre as despesas substitutas são encaminhadas ao Executivo, para que este exerça a atribuição constitucional da iniciativa quanto aos projetos de lei de natureza orçamentária. Assim, será submetido ao Parlamento um projeto de lei de crédito adicional, para remanejamento das despesas definitivamente impedidas: III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; Aprovado o projeto de lei de crédito adicional, este será levado à sanção; entretanto, isso deve ocorrer dentro de prazo determinado, sob pena de o Poder Executivo promover as alterações por ato próprio (leia-se decreto ): IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o Página 39 de 63

40 remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária. Por fim, decorridos esses prazos, os impedimentos técnicos ainda pendentes levarão à retirada do caráter obrigatório das programações: 15. Após o prazo previsto no inciso IV do 14, as programações orçamentárias previstas no 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do 14. Vale ressaltar que, no caso da redução do montante obrigatório em virtude do contingenciamento, deve-se manter o critério da execução equitativa, ou seja, o valor disponível deverá ser dividido igualmente pelo número de parlamentares autores de emendas. Por outro lado, no caso de impedimentos, a execução perfeitamente equitativa não se faz possível, visto que tais circunstâncias afetam programações específicas, caso a caso, sem estender seus efeitos às demais. Outras disposições Como visto anteriormente, o 9º do art. 166 da CF/88 prevê que metade do valor das emendas individuais propostas à LOA será destinada a ações e serviços públicos de saúde. Esse valor das emendas destinadas à saúde, conforme o 10, será contabilizado para fins de atendimento do montante mínimo que a União deve aplicar anualmente em ações e serviços públicos de saúde, nos termos do art. 198, 2º, inciso I. Assim, mesmo que os recursos decorrentes das emendas sejam destinados a estados e municípios, por meio de transferências, o valor será apropriado em favor da União. Por outro lado, as programações decorrentes de emendas individuais não podem se destinar ao pagamento de pessoal e encargos sociais, apesar de poderem atender despesas de custeio (outras despesas correntes). Além de não poderem atender diretamente despesas com pessoal e encargos, as emendas individuais não são contabilizadas na receita corrente líquida para fins de ampliação do limite da despesa total com pessoal, no caso de transferências. Ou seja, o município ou estado favorecido por emenda Página 40 de 63

41 individual contabiliza normalmente os respectivos valores em sua RCL, exceto para calcular os limites da despesa total com pessoal. A ideia é que os entes subnacionais não ampliem seus limites de pessoal com base nas receitas ocasionais decorrentes das emendas. Por fim, as transferências decorrentes de emendas deixam de ser consideradas voluntárias, classificando-se como obrigatórias, consoante o 13 do art Esse dispositivo acrescenta que, para receber tais transferências, não será necessário que o ente favorecido comprove adimplência junto à União (exigência aplicável às transferências voluntárias, nos termos do art. 25 da LRF). 28. (FCC/ANALISTA/TCE-CE/2015) Em março de 2015, as mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal promulgaram a Emenda Constitucional n 86/15, que trata do chamado ORÇAMENTO IMPOSITIVO. Essa emenda, que acrescentou vários dispositivos ao texto constitucional, inseriu, no art. 166 da Constituição Federal, nove parágrafos novos. O 9 desse artigo estabelece que as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. Afastada a possibilidade de não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a execução orçamentária e financeira das programações referidas no 9, acima transcrito, é a) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos em Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República. b) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante correspondente a 0,6% da média da receita corrente líquida realizada Página 41 de 63

42 nos três exercícios imediatamente anteriores conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos em lei ordinária federal. c) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da programação, sendo considerada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. d) voluntária, em montante correspondente a 0,6% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da programação, sendo considerada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal a todas as unidades federadas, independentemente de critérios quantitativos populacionais e da representação política parlamentar do proponente da emenda. e) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante correspondente a 0,6% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no 9º do art. 165 da Constituição Federal, sendo considerada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma proporcional a todas as unidades federadas, tendo em conta critérios quantitativos populacionais e de representação política parlamentar do proponente da emenda. As informações corretas depreendidas da leitura da Emenda 86/2015 assinalam os seguintes pontos: a execução das emendas individuais é obrigatória; os impedimentos de ordem técnica, caso não superados, afastam a obrigatoriedade de execução; os critérios para execução equitativa devem ser estabelecidos em lei complementar; o montante das emendas impositivas corresponde a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior; a execução é considerada equitativa caso atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente de autoria. Gabarito: C. Página 42 de 63

43 29. (CESPE/JUIZ/TRF-01/2015) Conforme recente emenda constitucional, o limite das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária é calculado com base na a) receita corrente líquida definida pelo Congresso Nacional para o exercício a que se destine a proposta. b) receita corrente líquida prevista para o ano em que esteja sendo encaminhada a proposta. c) receita corrente líquida realizada no exercício anterior. d) média das receitas correntes líquidas realizadas nos dois exercícios anteriores à proposta. e) receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo. As emendas individuais devem ser aprovadas na LOA no limite de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Executivo. Gabarito: E. Bom, caro aluno, finalizamos aqui nossa aula inaugural. Espero você na Aula 01. Para qualquer dúvida, utilize o fórum na parte interna do site. Até a próxima, bons estudos! GRACIANO ROCHA Página 43 de 63

44 RESUMO DA AULA 1. Detalhando as etapas que compõem o processo orçamentário do governo federal, encontraremos as seguintes: previsão da receita; fixação dos valores para as despesas obrigatórias; elaboração das propostas setoriais com a sua consolidação; processo legislativo; sanção da lei; execução orçamentária; acompanhamento e controle; avaliação. 2. Conforme o Manual Técnico de Orçamento (MTO), o processo de elaboração do projeto de lei orçamentária anual se desenvolve no âmbito do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. 3. A elaboração do orçamento envolve um conjunto articulado de tarefas complexas, compreendendo a participação dos órgãos central, setoriais e das unidades orçamentárias do sistema, o que pressupõe a constante necessidade de tomada de decisões nos seus vários níveis. 4. A Constituição reservou à lei complementar o tratamento sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, da LDO e da lei orçamentária anual, mas essa lei ainda não foi editada. 5. Considera-se a Lei 4.320/64 uma lei materialmente complementar: apesar de ter sido aprovada como lei ordinária, a atual Carta Política indica assuntos que ela trata como próprios de uma lei complementar. 6. Não havendo a lei relativa ao disposto no art. 165, 9º, são seguidas regras transitórias sobre prazos das leis de matéria orçamentária, dispostas no art. 35, 2º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da CF/ Apesar de serem instituídos por leis ordinárias, os instrumentos orçamentários têm um rito legislativo diferenciado. Os respectivos projetos são discutidos apenas na Comissão Mista de Orçamento (CMO), onde recebem parecer, e são encaminhados para votação pelo Plenário do Congresso Nacional. 8. Quanto à incidência sobre o projeto de LOA, existem três tipos de emendas: emendas de receita, de despesa e de texto. 9. O Chefe do Executivo pode enviar ao Poder Legislativo modificações do projeto de lei orçamentária a qualquer tempo, desde que não tenha sido iniciada a votação da parte a se alterar. 10. Os projetos de PPA e de LOA devem ser encaminhados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, 31 de agosto. Página 44 de 63

45 11. O Congresso deve devolver os projetos de PPA e de LOA, para sanção, até o encerramento da sessão legislativa atualmente, 22 de dezembro. 12. O projeto de LDO deve ser enviado pelo Presidente ao Congresso até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, 15 de abril. 13. O Congresso deve devolver o projeto de LDO para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa atualmente, 17 de julho. 14. No primeiro ano do mandato, o Presidente governa com base no PPA, na LDO e na LOA aprovados por seu antecessor; os projetos que esse novo chefe do Executivo apresentar só valerão para seu segundo ano de mandato. 15. Caso o projeto de LDO não esteja aprovado em 17 de julho, os congressistas não entrarão em recesso parlamentar. 16. Os programas que o governo executa para atingir seus objetivos são instituídos no PPA. Assim, para extinguir, alterar ou acrescentar um programa na agenda governamental, é necessário modificar a lei do plano plurianual, a partir de um projeto de lei de revisão do PPA. 17. A fiscalização da execução orçamentária trata das cautelas que o governo deve ter em relação ao equilíbrio entre as receitas e as despesas (que são apenas estimadas), para evitar situações de inadimplência ou insolvência. 18. O sistema de controle interno deve ser instituído e mantido por todos os Poderes e pelo Ministério Público, segundo o mandamento do art. 74 da CF/ O controle externo, que faz pensar numa estrutura de controle distinta daquela que executa as ações, recebeu, pela CF/88, a titularidade do Congresso Nacional, que conta com o auxílio técnico do Tribunal de Contas da União para essa tarefa. Página 45 de 63

46 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA Gestão Governamental para Especialista da ANAC (itens 4 e 5) 1. (FCC/ANALISTA/TJ-PE/2012) No ciclo orçamentário, as audiências públicas, emissão de parecer preliminar, proposição de emendas, emissão de relatório setoriais, de relatórios da comissão mista e relatório geral do congresso são etapas do processo de A) controle. B) tomada de contas. C) elaboração. D) execução. E) aprovação. 2. (CESPE/AGENTE ADM./MDIC/2014) A duração do ciclo orçamentário é superior a um exercício financeiro, ou seja, o ciclo orçamentário não coincide com o ano civil. 3. (FCC/ANALISTA/TRT-11/2012) Os órgãos do Poder Judiciário, por terem assegurada a sua autonomia administrativa e financeira pela Constituição Federal, não precisam elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites fixados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. 4. (ESAF/ANALISTA/MIN. TURISMO/2014) Estão descritas abaixo diversas etapas do processo de elaboração orçamentária. A partir do Manual Técnico de Orçamento 2014, identifique o ator responsável por cada uma das etapas descritas utilizando-se do seguinte código: S Secretaria de Orçamento Federal - SOF OS Órgão Setorial UO Unidade Orçamentária ( ) Define diretrizes estratégicas e parâmetros quantitativos. ( ) Elabora proposta. ( ) Consolida e valida a proposta. ( ) Compara limites e programações. Página 46 de 63

47 a) S, S, UO, OS b) S, UO, OS, S c) OS, UO, S, S d) S, OS, OS, OS e) OS, UO, S, S 5. (FCC/ANALISTA/TRT-11/2012) O projeto da lei orçamentária anual deve ser elaborado pelos órgãos técnicos do Poder Legislativo, a partir das propostas que lhe forem encaminhadas pelas unidades orçamentárias do Poder Executivo e do Poder Judiciário. 6. (CESPE/ANALISTA/CÂMARA/2012) Compete integralmente à Secretaria de Orçamento Federal (SOF) a elaboração dos orçamentos fiscal, da seguridade social e dos investimentos das empresas estatais não dependentes. 7. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) No ciclo orçamentário, uma das atividades realizadas durante o processo de elaboração do orçamento é (A) a proposição pelo poder legislativo de emendas ao projeto de lei do orçamento. (B) a aprovação de um quadro de cotas trimestrais de despesa que cada unidade fica autorizada a utilizar. (C) a apresentação das premissas, metodologia e memórias de cálculos de previsões de receita pelo poder executivo. (D) o estabelecimento da programação financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso. (E) a publicação resumida do relatório de execução orçamentária. 8. (CESPE/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCE-ES/2012) A proposta de alteração de procedimento de elaboração, discussão, aprovação e execução do orçamento público no Brasil deve ser apresentada por meio de projeto de lei complementar. Página 47 de 63

48 9. (ESAF/AFT/MTE/2010) Sobre o ciclo de gestão do governo federal, é correto afirmar: a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de despesa incompatível com o Plano Plurianual. b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos Poderes. c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República, presume-se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano Plurianual. d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização. e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis ordinárias. 10. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2012) Para que um projeto de lei relativo ao orçamento anual seja aprovado, é suficiente que seja apreciado pela Câmara dos Deputados. 11. (FCC/AGENTE/TCE-SP/2012) A iniciativa da proposta de lei orçamentária é do titular do Poder. Assim, o projeto de lei orçamentária anual do Poder Executivo do Estado é de competência do Governador e o projeto de lei orçamentária anual do Poder Judiciário é do Presidente do Tribunal de Justiça. 12. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) Em relação ao orçamento público, é correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 estabelece que o PPA, a LDO e a LOA, todos instrumentos de planejamento orçamentário, são leis de iniciativa conjunta dos Poderes Executivo e Legislativo. 13. (FCC/AUDITOR/TCE-RO/2010) A apreciação e a votação do projeto de lei orçamentária anual da União deverão ser efetuadas separadamente pelas duas Casas do Congresso Nacional, sendo mandatório que a aprovação seja feita por maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Página 48 de 63

49 14. (FCC/TÉCNICO/TRF-02/2012) O Poder Legislativo pode apresentar emendas ao projeto de lei orçamentária que somente podem ser aprovadas desde que compatíveis com o Plano Plurianual e indiquem os recursos necessários para o seu financiamento. 15. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) O Congresso pode apresentar emendas ao projeto de lei orçamentária que, caso aprovadas, deverão constar da peça orçamentária, cabendo ao Poder Executivo indicar os recursos para o seu financiamento. 16. (CESPE/ANALISTA/TJ-AL/2012) As emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual somente serão avaliadas para aprovação quando apresentadas pelos membros da comissão mista de orçamento. 17. (ESAF/AFC/CGU/2008) Os recursos para emendas parlamentares não podem ter como fonte o cancelamento de despesas com pessoal, benefícios previdenciários, juros, transferências constitucionais e amortização de dívida. 18. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) Ao Poder Executivo é permitido propor modificações no projeto de lei orçamentária, enquanto não iniciada a votação, pela comissão mista de senadores e deputados a que se refere o art. 166 da Constituição Federal, da parte cuja alteração é proposta. 19. (ESAF/AFC/STN/2008) A Constituição brasileira atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo planejamento e orçamento por meio de três instrumentos principais o PPA (Plano Plurianual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual); em relação a essa estrutura é correto afirmar: A) O PPA deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo no primeiro ano de mandato apenas para seu conhecimento e tem duração até o final do mandato. B) O Executivo envia conjuntamente os projetos da LDO e da LOA para o Poder Legislativo, os quais devem ser votados em conjunto antes do término do ano a fim de serem executados no ano seguinte. C) Enquanto o PPA é um planejamento para os quatro anos seguintes, incluindo o primeiro ano do mandato subsequente, a LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte. Página 49 de 63

50 D) O Poder Executivo envia para o Legislativo inicialmente a LOA, depois de a LOA aprovada e com base nela, o executivo envia ao legislativo a LDO, que estabelece a programação financeira e o cronograma mensal de desembolso. E) O Legislativo só deve aprovar a LDO, pois o PPA é um indicativo das metas do executivo e a LOA é apenas um cronograma de despesas. 20. (ESAF/ANALISTA/SUSEP/2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da lei que institui o Plano Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, é correto afirmar: a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término do exercício. b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles. d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do executivo. e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 21. (FCC/ANALISTA/TRF-01/2011) O Plano Plurianual é um instrumento que expressa o planejamento para quatro anos. Assim, no âmbito federal, o projeto do Plano Plurianual será encaminhado até (A) quatro meses antes do encerramento do segundo exercício financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Página 50 de 63

51 (B) três meses antes do encerramento do segundo exercício financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até trinta dias do encerramento da sessão legislativa. (C) quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. (D) cento e oito dias antes do encerramento do primeiro exercício financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até trinta dias do encerramento da sessão legislativa. (E) quatro meses antes do encerramento do último ano de mandato presidencial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 22. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o projeto de lei orçamentária anual da União deverá ser encaminhado ao legislativo para apreciação e aprovação até oito meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 23. (CESPE/ANALISTA/ANS/2005) O plano plurianual apresenta a ideia de continuidade, pois um governo pode dar continuidade a um plano que se iniciou em outro governo. Dessa forma, tem tempo para conhecer as ações realizadas no passado, antes de apresentar um novo plano. 24. (FCC/AGENTE/TCE-SP/2012) A sessão legislativa não será encerrada enquanto não for aprovada a lei de diretrizes orçamentárias, o mesmo não acontecendo em relação à lei orçamentária anual que, caso não seja aprovada até o final do exercício financeiro, terá os recursos sem despesas vinculadas aplicados mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legal. 25. (FCC/ANALISTA/DPE-RS/2013) Acerca das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, sua apreciação é de competência A. da Controladoria Geral da União, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em noventa dias a contar de seu recebimento. B. do Senado Federal, mediante parecer prévio elaborado pelo Tribunal de Contas da União. Página 51 de 63

52 C. da Câmara dos Deputados até o encerramento da sessão legislativa. D. do Congresso Nacional, mediante parecer prévio elaborado pelo Tribunal de Contas da União. E. do Tribunal de Contas da União, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. 26. (CESPE/CONTADOR/MIN. ESPORTE/2008) O controle da execução orçamentária deve compreender, simultaneamente, a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; a fidelidade funcional dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; e o cumprimento do programa de trabalho, expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. 27. (ESAF/APO/MPOG/2010) Assinale a opção falsa a respeito do ciclo orçamentário no Brasil. A) É um processo integrado de planejamento das ações e compreende a elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, bem como a execução e avaliação desses instrumentos. B) É o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual, que se inicia no envio da proposta de orçamento ao Congresso Nacional e se encerra na sanção da lei. C) Na elaboração dos instrumentos que compõem o ciclo orçamentário, o Congresso Nacional tem competência para realizar modificações nas propostas a ele encaminhadas. D) É um processo contínuo, dinâmico e flexível para a elaboração, aprovação, execução, controle e avaliação dos programas do setor público. E) A Comissão Mista de Orçamento tem papel importante nas etapas de elaboração e fiscalização. 28. (FCC/ANALISTA/TCE-CE/2015) Em março de 2015, as mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal promulgaram a Emenda Constitucional n 86/15, que trata do chamado ORÇAMENTO IMPOSITIVO. Essa emenda, que acrescentou vários dispositivos ao texto constitucional, inseriu, no art. 166 da Constituição Federal, nove parágrafos novos. O 9 desse artigo estabelece que as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão Página 52 de 63

53 aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. Afastada a possibilidade de não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a execução orçamentária e financeira das programações referidas no 9, acima transcrito, é a) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos em Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República. b) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante correspondente a 0,6% da média da receita corrente líquida realizada nos três exercícios imediatamente anteriores conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos em lei ordinária federal. c) obrigatória, exceto nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante correspondente a 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da programação, sendo considerada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. d) voluntária, em montante correspondente a 0,6% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da programação, sendo considerada equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal a todas as unidades federadas, independentemente de critérios quantitativos populacionais e da representação política parlamentar do proponente da emenda. e) obrigatória, inclusive nos casos de impedimento de ordem técnica, em montante correspondente a 0,6% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no 9º do art. 165 da Constituição Federal, sendo considerada equitativa a execução das Página 53 de 63

54 programações de caráter obrigatório que atenda de forma proporcional a todas as unidades federadas, tendo em conta critérios quantitativos populacionais e de representação política parlamentar do proponente da emenda. 29. (CESPE/JUIZ/TRF-01/2015) Conforme recente emenda constitucional, o limite das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária é calculado com base na a) receita corrente líquida definida pelo Congresso Nacional para o exercício a que se destine a proposta. b) receita corrente líquida prevista para o ano em que esteja sendo encaminhada a proposta. c) receita corrente líquida realizada no exercício anterior. d) média das receitas correntes líquidas realizadas nos dois exercícios anteriores à proposta. e) receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo. Página 54 de 63

55 QUESTÕES ADICIONAIS Gestão Governamental para Especialista da ANAC (itens 4 e 5) 30. (ESAF/ANALISTA/CVM/2010) O ciclo orçamentário, por corresponder ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, excede o exercício financeiro. 31. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) Assinale a opção correta a respeito do ciclo orçamentário no âmbito da Administração Federal brasileira. a) Em razão das vedações constitucionais, não é possível fazer ajustes no orçamento sem trâmite pelo Poder Legislativo. b) A elaboração das propostas orçamentárias é de responsabilidade exclusiva da Secretaria de Orçamento Federal. c) Na fase de aprovação, as Comissões de Finanças e Tributação das duas casas do Congresso Nacional têm a palavra final. d) Na fase de preparação do orçamento para a execução, a alocação dos créditos nos elementos de despesa é atribuição da setorial orçamentária. e) A abertura de créditos extraordinários, em razão da sua especificidade, somente pode ser feita por lei complementar. 32. (ESAF/AUDITOR/RFB/2009) A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica saber que: a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano plurianual subsequente. b) a função controle precede à execução orçamentária. c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso parlamentar. d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar. e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual. Página 55 de 63

56 33. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado (A) plano de diretrizes orçamentárias. (B) plano plurianual. (C) ciclo orçamentário. (D) plano de orçamentos anuais. (E) sistema de planejamento integrado. 34. (CESPE/ANALISTA/TRE-BA/2010) O processo orçamentário é autossuficiente: cada etapa do ciclo orçamentário envolve elaboração e aprovação de leis independentes umas das outras. 35. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) As diretrizes setoriais para a elaboração da proposta de lei orçamentária anual devem ser definidas no âmbito da Secretaria de Orçamento Federal. 36. (FCC/ANALISTA/TRT-03/2009) A iniciativa de apresentação da proposta de lei orçamentária é privativa do chefe de cada um dos três poderes, a qual será consolidada durante o processo de discussão no Poder Legislativo. 37. (ESAF/AFC/CGU/2006) Sobre Finanças Públicas, assinale a única opção correta. a) O projeto de lei relativo às diretrizes orçamentárias será apreciado por Comissão Mista Temporária do Congresso Nacional, criada especificamente para esse fim, que deverá elaborar o seu parecer antes do encerramento do primeiro período da sessão legislativa. b) É constitucionalmente vedado constar da lei orçamentária anual dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, incluindo-se na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares. c) Na lei que instituir o plano plurianual, serão estabelecidas, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal relativas aos programas de duração continuada. Página 56 de 63

57 d) Emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias só poderão ser aprovadas caso indiquem os recursos necessários para a sua execução, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa. e) Para o cumprimento dos limites estabelecidos em lei complementar para despesa com pessoal ativo e inativo da Administração Direta, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão, de acordo com a conveniência administrativa, uma das seguintes medidas: redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; exoneração dos servidores não-estáveis ou exoneração dos servidores estáveis. 38. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) Nenhum órgão do Poder Judiciário tem assegurada autonomia administrativa e financeira para elaborar suas próprias propostas orçamentárias. 39. (ESAF/ANALISTA/MF/2013) Quanto ao orçamento público, assinale a opção correta. a) A Lei Orçamentária Anual é peça que contém a previsão de receitas e a fixação das despesas públicas para um exercício financeiro, além de dispor acerca de alterações na legislação tributária. b) De acordo com o princípio da universalidade, todas as despesas e receitas da Administração Pública devem estar previstas na lei orçamentária anual, com exceção dos tributos criados posteriormente à aprovação dessa peça orçamentária. c) O plano plurianual deve espelhar o planejamento das atividades governamentais, estabelecendo, de forma nacional, as diretrizes, objetivos e metas da Administração. d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve conter o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que a União detém maioria do capital social e o orçamento da seguridade social. e) O princípio da exclusividade impede que a Lei de Diretrizes Orçamentárias contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, excetuando-se a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito. Página 57 de 63

58 40. (ESAF/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2012) Sobre a disciplina constitucional das finanças públicas e do controle externo concernente à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, é incorreto afirmar que a) nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão. b) incumbem às leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. c) a lei orçamentária anual da União compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. d) os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, aos orçamentos anuais e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, sendo-o inicialmente por uma comissão mista de deputados e senadores. e) no contexto do controle concernente à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, naquilo em que exercido pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União, não compete a este fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, quando tal repasse decorra de previsão contida em emenda parlamentar ao projeto de lei orçamentária anual. 41. (FCC/ANALISTA/TRT-03/2009) Uma das condições para a aprovação das emendas propostas pelo Poder Legislativo ao projeto de lei orçamentária é que elas sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 42. (ESAF/AFC/CGU/2004) Na questão abaixo, relativa às finanças públicas, marque a única opção correta. a) Segundo a CF/88, as disponibilidades de caixa dos municípios poderão ser depositadas em instituições financeiras oficiais ou privadas, a critério do município. Página 58 de 63

59 b) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta, unicameral. c) Segundo a CF/88, é possível o uso de Medida Provisória com a finalidade de abertura de crédito extraordinário para atender a despesas decorrentes de comoção interna. d) A CF/88 autoriza, em caráter excepcional, a concessão de empréstimos, pelo Governo Federal, a municípios, inclusive por antecipação de receita, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista. e) A vedação de vinculação de receita de impostos a despesas, prevista na CF/88, impede a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos municipais para a prestação de garantia à União. 43. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) O projeto do plano plurianual deverá ter vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente. 44. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) O projeto da Lei das Diretrizes Orçamentárias será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro ao Poder Legislativo, para respectiva aprovação. 45. (FCC/ANALISTA/TRE-TO/2011) Em relação ao ciclo orçamentário, (A) o Poder Judiciário goza de autonomia administrativa e financeira e suas propostas orçamentárias não estão sujeitas a qualquer limite para preservar a independência desse poder em relação ao Executivo. (B) a consolidação de todas as propostas orçamentárias, no âmbito da União, é efetuada pela Secretaria do Tesouro Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. (C) o projeto de Lei Orçamentária Anual da União será apreciado pelas duas Casas do Congresso Nacional em sessão conjunta. (D) as emendas ao projeto de lei do orçamento anual podem ser aprovadas independentemente da existência de recursos necessários à sua execução. Página 59 de 63

60 (E) não há prazos para que o Poder Judiciário e o Ministério Público encaminhem suas propostas orçamentárias para consolidação pelo Poder Executivo. 46. (FCC/ANALISTA/TRT-24/2011) A maior precisão na elaboração dos orçamentos e, consequentemente, melhores condições para obtenção de redução dos custos em razão de facilidade para a identificação de duplicação de funções, é uma vantagem da técnica orçamentária denominada Orçamento (A) de Desempenho. (B) de Planejamento e Gestão. (C) Programa. (D) Base Zero. (E) por Estratégia. 47. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2011) Em relação ao ciclo orçamentário, é correto afirmar que (A) a iniciativa de apresentação do projeto da Lei Orçamentária Anual cabe ao Congresso Nacional. (B) é assegurada ao Poder Judiciário autonomia administrativa e financeira. (C) não é possível fazer-se emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual. (D) o órgão responsável pela consolidação do projeto da Lei Orçamentária Anual é o Ministério da Fazenda, através da Secretaria do Tesouro Nacional. (E) a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos entes públicos será executada pelo Poder Judiciário, através do Tribunal de Contas respectivo. 48. (FCC/TÉCNICO/TRF-02/2012) O projeto da lei das diretrizes orçamentárias, que é o elo entre o Plano Plurianual e a proposta de lei orçamentária, será encaminhado ao Poder Legislativo até dois meses antes do encerramento do exercício financeiro. Página 60 de 63

61 49. (FCC/ANALISTA/TRT-11/2012) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei das diretrizes orçamentárias e indiquem os recursos necessários para a implementação da despesa correspondente. 50. (CESPE/PROCURADOR/AL-ES/2011) Será constitucional lei estadual de iniciativa parlamentar que estabeleça restrições relativas à execução orçamentária do Poder Judiciário local, já que a CF atribuiu a autonomia financeira ao referido Poder apenas para a elaboração da proposta orçamentária, não para a execução. 51. (CESPE/ANALISTA/TJ-AL/2012) Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 52. (CESPE/ANALISTA/TJ-AL/2012) A definição das diretrizes gerais para o processo orçamentário federal é responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional. 53. (CESPE/ANALISTA/MPE-PI/2012) Constitui objetivo da LRF regulamentar o dispositivo constitucional que reserva à legislação complementar as normas sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. 54. (CESPE/ANALISTA/TJ-AL/2012) A sessão legislativa não será interrompida enquanto o projeto do Plano Plurianual não for votado. 55. (CESPE/PROMOTOR/MPE-RR/2012) Antes de ser apreciado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, o projeto de lei relativo ao orçamento anual, entre outros projetos, será objeto de exame por uma comissão mista permanente de senadores e deputados, à qual caberá a emissão de parecer. 56. (CESPE/ANALISTA/INMETRO/2010) Para a aprovação de emenda a um projeto de lei que modifique o orçamento, não pode o proponente da emenda indicar os recursos da fonte referente à anulação de despesa que estava prevista originalmente para o serviço da dívida. 57. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) Durante o processo de apreciação do plano plurianual (PPA), devem ser observadas as mesmas regras de alteração do Página 61 de 63

62 projeto pelo Poder Executivo válidas para a Lei Orçamentária Anual (LOA), que somente permitem modificação por meio de mensagem presidencial enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista de Orçamento, da parte cuja alteração é proposta. 58. (CESPE/TÉCNICO/BASA/2012) Dada a autonomia financeira e administrativa conferida ao Banco da Amazônia, o presidente dessa instituição poderá encaminhar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificações no orçamento de investimento do banco enquanto não for iniciada a votação da proposta de lei orçamentária na Comissão Mista do Orçamento. Página 62 de 63

63 GABARITO E C E B E E C C E E E E E C E E C C C A C E C C D C B C E C D C C E E E C E B E C C C E C C B E C E C E E E C C C E Página 63 de 63

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