Ressonância Magnética Prática, Catherine Westbrook e Carolyn Kaut. TR, TE, Flip Angle
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- Felipe Palha Cordeiro
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1 Ressonância Magnética Prática, Catherine Westbrook e Carolyn Kaut TR, TE, Flip Angle Além de proporcionar o contraste nas IRM, ambos os parâmetros de TR, TE e ângulo de inclinação, também influenciam a RSR e consequentemente a qualidade da imagem; Sequencias SE, possui mais spins que sequencias GRE, devido a magnetização longitudinal que é convertida em magnetização transversal pelo ângulo de 90 o ; O ângulo de inclinação controla o grau de magnetização transversa criado que induz um sinal na bobina; Quanto menor o ângulo de inclinação, menor será a RSR; O TR controla o grau de magnetização longitudinal que pode ser recuperado antes de ser aplicado o próximo pulso de excitação; TR longo recuperação total da magnetização longitudinal; TR curto não permite a recuperação total da magnetização longitudinal, de modo a ser menos disponível para a inclinação. TR longo aumenta a RSR; TR curto reduz a RSR; O TE controla a magnetização transversa que pode declinar antes de colher o eco; TE longo possibilita um declínio considerável da magnetização transversa antes do eco ser colhido, o que não ocorre com o TE curto; TE longo diminui a RSR; TE curto aumenta a RSR. NÚMERO DE EXCITAÇÃO NEX médias NEX são as vezes em que são colhidos dados com a mesma amplitude de inclinação de codificação de fase; O NEX controla a quantidade de dados que é armazenado em cada linha do espaço K; Aumentar o dobro do NEX implica no aumento do dobro da quantidade de dados armazenados no espaço K, o inverso é válido; Aumentar o NEX, aumenta em 1,4 vezes a quantidade de dados adquiridos, então aumentar o NEX não necessariamente aumenta a RSR. FAIXA DE RECEPÇÃO Faixa de frequencia são amostras durante a aplicação do gradiente de leitura; Reduzir a largura da faixa de recepção faz com que menos ruído seja amostrado relativamente ao sinal;
2 Como é amostrado menos ruído em proporção ao sinal, a RSR aumenta ao diminuir a largura da faixa de recepção; Diminuir à metade a largura da faixa aumenta 40% a RSR, mas aumenta o tempo de amostragem; TIPO DE BOBINA Cada tipo de bobina, linear, quadratura ou de arranjo defase, afeta o sinal recebido e portanto a RSR; Bobinas utilizadas em paralelo aumentam a RSR, devido o uso de duas bobinas para coleta de sinal; Bobinas lineares, superfície, também aumentam a RSR devido a proximidade do local de exame; Portanto, aplicar o uso correto de cada bobina, otimiza a RSR; O tamanho da bobina está diretamente ligado ao tamanho da estrutura a ser examinada, bobinas grandes, proporcionam um aumento do efeito espelhamento (aliasing); AUMENTANDO A RSR Para se obter imagens de qualidade, a RSR deve ser mais alta possível, como segue: Uso de sequencia SE sempre que possível; Optar em TR s longos e TE curtos; Uso de bobina correta para cada região; Aplicar matrizes grosseiras; Aplicar grandes FOV; Seleção de corte mais espesso; Utilizar maior quantidade de NEX. RAZÃO CONTRASTE RUÍDO RCR Muito similar a RSR mas segue a premissa de diferenciar tecidos de acordo com a ponderação, por exemplo em T2 as imagens podem apresentar menor RSR em relação a ponderação T1 (devido TE longo), a capacidade de diferenciar tumores de tecidos normais se dá ao sinal intenso do tumor em comparação ao sinal fraco da anatomia adjacente, ou seja, a RCR é maior; O uso e a aplicabilidade de meios de contraste é aumentar a RCR entre as patologias da anatomia; O contraste de imagem depende: TR; TE; TI (tempo de inversão); Ângulo de inclinação; Fluxo sanguíneo; Fatores turbo (fast); T1;
3 T2; DP. Outra técnica aplicada que afeta diretamente a RCR entre tecidos, é a Transferência de Magnetização Coerente (TMC); A faixa de saturação da TMC é aplicada antes do pulso de excitação, a uma largura de faixa que destrói seletivamente os componentes transversos da magnetização dos prótons ligados a proteínas, membranas e macromoléculas; A aplicação desta técnica aumenta a RCR entre tecidos patológicos e normais e é útil em áreas como a angiografia e articulações. RESOLUÇÃO ESPACIAL RE É a capacidade de distinguir dois pontos, separados e distintos, está diretamente relacionado com o tamanho do voxel sendo, voxels pequenos melhores resoluções devido ao detalhamento de pequenas estruturas enquanto voxels maiores ocasionam em baixa resolução espacial devido a não diferenciação de pequenas estruturas; Estes voxels grandes levam consigo uma grande quantidade de informações somadas e não representados separadamente, este efeito se dá o nome de volume parcial; O tamanho do voxel é afetado por: Espessura dos cortes; FOV; Número pixels e matriz; Quanto mais fino for o corte, maior será a resolução de pequenas estruturas na secção do corte; Reduzir a espessura do corte, aumenta a RE; Aumentar a espessura do corte, aumenta o efeito volume parcial e diminui a RE; A matriz determina o número de pixels no FOV; Pixels pequenos, aumentam RE; Matrizes grandes também aumentam a RE; O tamanho do FOV determina as dimensões do pixel, grandes FOV ocasiona grandes pixels; Aumentar o FOV diminui a RE. RESOLUÇÃO ESPACIAL e tamanho do PIXELPixels menores proporcionam melhores resoluções que pixels maiores (matriz alta e matriz baixa);
4 Pixels quadrados proporcionam melhores resoluções que pixels retangulares (iso e anisotrópicos); Alguns sistemas, mantêm os pixels automaticamente quadrados, independentemente da matriz selecionada; Isto é obtido sem aumentar o número de codificações de fase (tempo de exame), pois os pixels assumem automaticamente a forma quadrada na direção de fase; O FOV sempre deverá cobrir a área estudada, para aumentar o FOV na direção da fase, aumenta também o número de codificações de fase e consequentemente o tempo do exame; A RE dos pixels menores é mais baixa que pixel retangulares, a opção de selecionar pixels retangulares é de manter automaticamente o FOV quadrado; Isso se dá sem aumentar o número de codificações de fase (tempo de exame), embora a RE diminua, a RSR aumenta por cada pixel se tornar maior; Portanto: Pixel quadrado mantém a RSR independentemente da matriz escolhida. A Matriz determina o tempo de exame e o FOV;
5 Pixel retangular mantém o FOV quadrado qualquer que seja a matriz escolhida. A matriz determina o tempo de exame e a resolução. FOV RETANGULAR Quando não se pode aplicar um FOV quadrado, pode-se aplicar um FOV retangular; A aquisição de IRM de alta resolução em FOV quadrado é demorado, opção (sistema)* uso de FOV retangular; FOV retangular mantém a resolução com a metade do tempo de aquisição, devido a quantidade de codificações de fase; FOV retangular e preenchimento do espaço K No FOV retangular, deve-se obter a resolução de 256 codificações de fase e assim as inclinações mais agudas do gradiente codificador de fase de +128 e -128 ainda têm de ser efetuadas.
6 AUMENTANDO A RESOLUÇÃO ESPACIAL Para manter a RE de qualidade, deve-se: Selecionar cortes mais finos possíveis; Selecionar matriz fina; Selecionar FOV pequeno; Selecionar FOV retangular sempre que possível; TEMPO DE EXAME Lembrando que as aquisições das IRM, se dão digitalmente em 2 e 3D onde a movimentação do paciente implicará em má qualidade de todo o volume de uma sequencia de imagens; Quanto maior o tempo de exame, maior a possibilidade do paciente se mexer; Seguem fatores que afetam o tempo de exame: TR (número de repetições); Número de codificação de fase (nº linhas esp. K); NEX (coleta de dados no mesmo flip angle); Portanto: Quanto mais se busca dobrar valores, lembe-se que dobrará também o tempo de exame.
7 REDUÇÃO DE TEMPO DE EXAME Afins de evitar a movimentação do paciente durante as sequencias de exame, deve-se: Usar TR mais curto possível*; Selecionar matrizes grosseiras; Reduzir o NEX ao mínimo possível;
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