EMPREGO TEMPORÁRIO NA AGRICULTURA BRASILEIRA: PANORAMA DO PERÍODO

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1 EMPREGO TEMPORÁRIO NA AGRICULTURA BRASILEIRA: PANORAMA DO PERÍODO Apresentação Oral-Evolução e estrutura da agropecuária no Brasil OTAVIO VALENTIM BALSADI. EMBRAPA, BRASILIA - DF - BRUNEI. EMPREGO TEMPORÁRIO NA AGRICULTURA BRASILEIRA: PANORAMA DO PERÍODO Grupo de Pesquisa: Evolução e Estrutura da Agropecuária no Brasil Resumo: Com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o texto analisou a evolução da categoria dos empregados temporários na agricultura brasileira no período Especificamente, foram selecionados e construídos indicadores socioeconômicos para abordagem dos seguintes temas: principais características pessoais e do trabalho dos empregados temporários; localização desses trabalhadores em termos regionais e estaduais; distribuição dos empregados temporários nas atividades de agricultura, pecuária, silvicultura e aqüicultura e pesca; qualidade do trabalho desses empregados nas atividades selecionadas. Palavras-chave: empregado temporário, mercado de trabalho assalariado, agricultura, Brasil. Abstract: Based on the micro data of the National Household Sample Survey (Pnad), the text analyzed the evolution of temporary employees in the Brazilian agriculture over the period For the analysis were selected and built socioeconomic indicators in some themes: main personal features and main job features of the temporary employees; localization of the temporary employees in terms of regions and states; distribution of the temporary employees in the activities of agriculture, livestock, acquaculture, silviculture and fishing; employment quality in the selected activities. Key-words: temporary employee, salaried labor market, agriculture, Brazil. 1. INTRODUÇÃO A dinâmica da agricultura brasileira, no tocante às relações sociais de produção, evidencia forte expansão do trabalho assalariado. Tanto é assim que, desde 2001, os 1 O Autor agradece o importante auxílio de Alan Ricardo da Silva na tabulação especial dos microdados da Pnad utilizados no presente texto. 1

2 empregados são a principal categoria de ocupados nas atividades agropecuárias (BALSADI, 2008). As composições da área cultivada com as principais culturas e da produção pecuária mostram clara predominância de atividades classificadas como commodities, cujas produções voltam-se, em boa parte, para o mercado externo. Nessas atividades, que tiveram forte expansão no período recente, há predomínio do mercado de trabalho assalariado: algodão, café, cana-de-açúcar, milho, reflorestamento e soja, além da criação de bovinos, são exemplos de atividades econômicas em que predominam as relações de assalariamento. No período , o total de empregados na agricultura brasileira variou de um mínimo de 4,7 até um máximo de 4,9 milhões de pessoas, o que representou entre 27,6% e 28,6% do total de ocupados (incluindo-se as demais categorias: empregador; conta própria; não remunerados; e trabalhadores na produção para o próprio consumo). Especificamente dentro da categoria dos empregados, 50,2% do total eram classificados como empregados temporários, em Essa participação sofreu as seguintes alterações no anos seguintes: 49,9% em 2005, 51,4% em 2006 e 51,7% em Ou seja, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca da metade dos empregados na agricultura brasileira são temporários. Em função da grande importância que ainda tem a mão-de-obra temporária nas atividades agropecuárias em muitas atividades ela é superior à mão-de-obra permanente o objetivo central do presente estudo é apresentar uma visão panorâmica sobre a evolução dessa categoria no período De forma mais detalhada, serão abordados os seguintes temas: quais as principais características dos empregados temporários? (quem são? quais aspectos do trabalho?); onde estão esses trabalhadores em termos regionais e estaduais? em quais atividades? quais os indicadores de qualidade do trabalho desses empregados? Com isso, espera-se trazer à tona um conjunto importante de informações mais recentes, que podem ser bastante úteis para os formuladores de políticas de geração de emprego e renda e, também, para as organizações dos produtores e dos trabalhadores rurais no sentido de se avançar na elaboração de contratos de trabalho mais dignos para esse importante segmento do mercado de trabalho assalariado brasileiro. 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A fonte dos dados primários utilizada para o estudo do emprego temporário na agricultura brasileira é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para as atividades selecionadas, os dados referem-se ao trabalho único ou principal que as pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham na semana de referência da pesquisa, normalmente a última ou a penúltima do mês de setembro. Por População Economicamente Ativa (PEA) ocupada entende-se o conjunto de pessoas que tinham trabalho durante todo ou parte do período da semana de referência. Também fazem parte da PEA ocupada as pessoas que não exerceram o trabalho remunerado que tinham no período especificado por motivo de férias, licenças, greves, entre outros. Nas Pnads, considera-se trabalho em atividade econômica o exercício de: a) ocupação remunerada em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas etc) na produção de bens e serviços; b) ocupação sem remuneração na produção de bens e serviços, desenvolvida durante pelo menos uma hora na semana (em ajuda a membro da 2

3 unidade domiciliar que tivesse trabalho como conta própria, empregador ou empregado na produção de bens primários, que compreende as atividades da agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal ou mineral, caça, pesca e piscicultura; como aprendiz ou estagiário ou em ajuda a instituição religiosa, beneficente ou de cooperativismo); c) ocupação desenvolvida, durante pelo menos uma hora na semana, na produção de bens do ramo que compreende as atividades da agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal, pesca e piscicultura, para a própria alimentação de pelo menos um membro da unidade domiciliar (IBGE, 2004). Quanto à posição na ocupação, a categoria que interessa no presente estudo é a dos empregados temporários. Segundo o IBGE, empregado é a pessoa que trabalha para um empregador (pessoa física ou jurídica), geralmente obrigando-se ao cumprimento de uma jornada de trabalho e recebendo em contrapartida remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, etc.). Em função da inserção no mercado de trabalho, os empregados são classificados em temporários e permanentes. O empregado é considerado temporário quando a duração do contrato ou acordo (verbal ou escrito) de trabalho tem um término estabelecido, que pode ser, ou não, renovado. Ou seja, o empregado que foi contratado por tempo determinado ou para executar um trabalho específico que, ao ser concluído, o contrato ou acordo de trabalho estaria encerrado. O trabalhador temporário pode, de acordo com a região, receber uma das seguintes denominações: bóia-fria, volante, calunga, turmeiro, peão de trecho, clandestino, etc. Em contraposição, o empregado é considerado permanente quando a duração do contrato ou acordo (verbal ou escrito) de trabalho não tem um término estabelecido. Para a análise das principais características pessoais e do trabalho dos empregados temporários foram selecionados indicadores relativos aos seguintes aspectos: gênero; raça; idade; escolaridade; localização do domicílio; número de trabalhos na semana; forma de contratação; registro em carteira; contribuição para a Previdência Social; rendimento médio mensal; remuneração em salários mínimos; e jornada semanal de trabalho. A distribuição dos empregados temporários pelas cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e pelos 27 Estados segue a divisão geopolítica oficial. Já a distribuição dos empregados temporários por atividade obedece a classificação das atividades econômicas feitas pelo IBGE para fins de pesquisas domiciliares. Nesse caso específico, as atividades estão subdivididas nos setores de agricultura, pecuária, silvicultura e aqüicultura e pesca. Finalmente, para a análise da qualidade do emprego nas atividades selecionadas foram escolhidos os seguintes indicadores: porcentagem de pessoas empregadas não analfabetas ou com mais de um ano de estudo (Indalf); porcentagem de pessoas empregadas com oito ou mais anos de estudo (Indesc); porcentagem de empregados com idade acima de 15 anos (Ninf), o que representa a proporção de trabalhadores não infantis empregada; porcentagem de empregados com jornada semanal de até 44 horas (Jorn), o que corresponde à participação dos empregados sem sobretrabalho; porcentagem de empregados com carteira de trabalho assinada (Cart); porcentagem de empregados com remuneração mensal acima de um salário mínimo (Npob); rendimento médio mensal (Rend) no trabalho principal; e rendimento médio familiar (Rendfam). 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 3

4 3.1. Características Pessoais e do Trabalho dos Empregados Temporários No período o total de empregados temporários na agricultura brasileira variou de 2,4 milhões para 2,2 milhões, com taxa de crescimento anual de 3,5% (Tabela 1). Desse total, a grande maioria eram homens: 86,2%, em 2007, contra apenas 13,8% de mulheres. No período analisado houve pouca alteração desse quadro, pois, em 2004, 84,5% eram homens e 15,5% eram mulheres. No tocante à raça, vale dizer que o predomínio era dos pardos (64,4% do total, em 2007, contra 61,5%, em 2004), seguido dos brancos (participações de 30,0% e 25,8%, respectivamente, em 2007 e em 2004). Juntas, as duas raças concentraram cerca de 90,0% do total de empregados temporários. Ainda nesse tema, vale ressaltar o crescimento relativamente elevado das raças amarela e indígena nas atividades da agricultura brasileira, embora só representassem 0,5% dos temporários em Os dados relativos à idade dos empregados temporários revelam que as faixas etárias menos representativas eram as de 10 a 15 anos e a de 60 anos e mais. A primeira evidencia que, apesar da tendência declinante, ainda havia uma pequena participação de mão-de-obra infantil nos trabalhos da categoria, que variou de 3,9% para 2,6% no período em questão. A segunda revela um pequeno crescimento do trabalho dos idosos, cuja participação no total de empregados temporários variou de 3,7% para 4,5% entre 2004 e Tabela 1 Principais características pessoais e do trabalho dos empregados temporários ocupados na agricultura Brasil, Em pessoas Principais características Tx Cresc.(1) Total de Temporários ,5 Gênero Masculino ,9 Feminino ,2 Raça Amarela ,0 Branca ,2 Indígena ,0 Parda ,0 Preta ,2 Idade 10 a 15 anos ,4 16 a 19 anos ,0 20 a 29 anos ,0 30 a 39 anos ,5 40 a 49 anos ,9 50 a 59 anos ,5 60 anos e mais ,8 Escolaridade Sem instrução e menos de 1 ano de ,6 estudo 1 a 3 anos de estudo ,0 4 a 7 anos de estudo ,1 4

5 8 a 10 anos de estudo ,1 11 a 14 anos de estudo ,1 15 anos e mais de estudo Sem declaração ,6 Situação do domicílio Urbano ,6 Rural ,9 Continua 5

6 Em pessoas Principais características Tx Cresc.(1) Total de Temporários ,5 Trabalhos na semana Um ,7 Dois ,2 Três ou mais ,6 Forma de Contratação Somente pelo produtor ,1 Somente pelo intermediário ,4 Pelo produtor e pelo intermediário ,1 Carteira assinada Sim ,7 Não ,6 Contribuição para a previdência Sim ,0 Não ,9 Rendimento médio mensal (2) No trabalho principal 255,76 265,15 286,91 304,23 6,0 Em todos os trabalhos 258,99 269,92 290,03 309,57 6,1 Remuneração em salário mínimo Até 1/2 salário ,7 De 1/2 até ,1 De 1 até ,8 De 2 até ,0 De 3 até ,3 De 5 até ,0 Mais de ,8 Horas trabalhadas por semana Até 14 horas ,3 De 15 até ,5 De 40 a ,7 De 45 a ,5 49 horas e mais ,9 Sem declaração Fonte: IBGE/PNAD. Conclusão Notas: (1) Taxa geométrica de crescimento, em % a.a no período (2) Em valores reais de setembro de 2007, corrigidos pelo INPC do IBGE. As faixas etárias mais expressivas eram as de 20 a 29 anos e a de 30 a 39 anos, que concentraram 52,8% do total dos temporários em 2007 (contra 52,9%, em 2004). Como o uso do trabalho temporário na agricultura brasileira está bastante relacionado com as atividades de colheita das grandes culturas (cana-de-açúcar, café e laranja, por exemplo) é comum que se recorra à contratação de mão-de-obra jovem em função dos seus maiores níveis de produtividade, que estão ligados fortemente aos atributos de força física 2. 2 Para o caso específico da cana-de-açúcar, ver os trabalhos de Baccarin (2009) e Fredo et al (2008). 6

7 Quanto ao nível de escolaridade dos empregados temporários, é preocupante notar que, em 2007, 53,0% estavam concentrados nas faixas sem instrução e menos de um ano de estudo (26,9%) e de um a três anos de estudo (26,1%). Ou seja, esses dados permitem inferir que, de cada quatro empregados temporários ocupados na agricultura brasileira, em 2007, um era analfabeto e outro tinha no máximo três anos de estudo. Em tempos de profundas mudanças nos sistemas de produção das principais culturas e das atividades pecuárias, esse público deve merecer atenção especial em termos de qualificação e requalificação profissional, visando sua inserção (ou reinserção) futura no mercado de trabalho 3. Um fato positivo, no entanto, é que aumentou de 9,8%, em 2004, para 14,6%, em 2007, a participação dos empregados temporários com oitos anos ou mais de estudo, o que vai ao encontro do movimento mais geral observado no mercado de trabalho assalariado no Brasil nessa primeira década do século XXI. Como reflexo dos processos de forte urbanização que a sociedade brasileira experimentou nos últimos anos e, também, da modernização conservadora e dolorosa que a agricultura registrou a partir da década de 1970, é possível observar que parte muito significativa dos empregados temporários tem residência urbana, apesar de ainda haver predominância dos residentes rurais. Segundo dados da Pnad, 57,4% dos temporários moravam em áreas rurais no ano de 2007, contra 42,6% que residiam em áreas urbanas. Em 2004, os valores eram, respectivamente, 53,0% e 47,0%. Passando, agora, para a análise de algumas das características do trabalho dos empregados temporários, é possível notar que a esmagadora maioria tinha apenas um trabalho na semana de referência da Pnad (95,3%, em 2007, e 95,8%, em 2004). Como será visto adiante, a jornada semanal de trabalho dos empregados temporários é bastante intensa, o que, por si só, torna-se um empecilho para a dedicação a mais de uma atividade. Um resultado que, à primeira vista parece surpreendente, diz respeito à forma de contratação dos empregados temporários na agricultura brasileira: segundo a Pnad, 90,7% do total foram contratados somente pelo empregador (produtor ou responsável pelo estabelecimento agropecuário), em 2007 (contra 92,5%, em 2004). A contratação somente pelos intermediários (empreiteiras, gatos, empresas de mão-de-obra, cooperativas de trabalhadores, etc) foi de apenas 6,2%, em 2007, e 5,8%, em Totalizando esse item, havia um contingente de empregados temporários que declararam terem sido contratados parte do tempo pelo empregador e parte do tempo por intermediários (1,7%, em 2004, e 3,1%, em 2007). Mas, independentemente da forma de contratação, uma coisa é certa: o baixo nível de formalidade no trabalho dos empregados temporários. Basta ver que, em 2007, somente 16,8% dos empregados tinham carteira de trabalho assinada (contra 13,9%, em 2004) e apenas 18,0% eram contribuintes da Previdência Social (contra 14,4%, em 2004). Esse baixo nível de formalidade nas relações de trabalho tem reflexos diretos no rendimento mensal dos empregados temporários. Apesar da participação declinante no 3 No período pós-1995, a agricultura brasileira registrou fortemente a introdução de modernas tecnologias, especialmente aquelas destinadas para a colheita e a pós-colheita de grandes culturas: cana-de-açúcar, café e algodão são os principais exemplos. Juntamente com as colheitadeiras mecânicas, ampliou-se o uso das novas máquinas agrícolas inteligentes, controladas por programação eletrônica e transmissão via satélite, naquilo que se convencionou chamar de agricultura de precisão. Além de provocar a redução da demanda de mão-de-obra, a introdução dessas tecnologias trouxe consigo a exigência de um novo perfil de trabalhador rural, com novas habilidades para processos produtivos mais automatizados (BALSADI, 2009:1). 7

8 período analisado, 51,1% do total de temporários recebiam até um salário mínimo por mês, em setembro de 2007, sendo que 17,7% recebiam até meio salário mínimo e 33,4% recebiam de meio até um salário mínimo. Somando-se os empregados temporários que recebiam de um a dois salários mínimos (38,9%), tem-se que 90,0% do total de temporários recebiam até dois salários mínimos mensalmente. De positivo, vale destacar que todas as faixas salariais acima de um salário mínimo tiveram importante taxa de crescimento anual no período e que a participação dos empregados temporários que recebiam mais de um salário mínimo por mês passou de 26,0%, em 2004, para 49,2%, em O baixo nível de remuneração dos empregados temporários também é constatado pelo valor do rendimento médio mensal, tanto no trabalho principal quanto na soma de todos os trabalhos. Apesar do crescimento real de 6,0% ao ano no período analisado, as médias obtidas estavam sistematicamente abaixo do valor corrente do salário mínimo vigente em setembro de cada ano 4. Como salientado anteriormente, há significativa presença de sobretrabalho nas atividades desenvolvidas pelos empregados temporários. Em 2007, 35,9% dos empregados tinham jornada semanal de trabalho superior a 44 horas (ou seja, um em cada três empregados). Em 2004, o valor registrado foi de 42,1%, ou seja, houve pequeno recuo no período em questão. Como os níveis de rendimento monetário são baixos para a categoria, constata-se uma característica bastante perversa, com um nível de desgaste físico bastante elevado para os trabalhadores e um pagamento muito baixo pelas horas de trabalho e pelos produtos gerados O Trabalho Temporário segundo as Regiões e Estados Brasileiros A distribuição dos empregados pelas cinco regiões brasileiras evidencia que o Nordeste era o principal demandador da mão-de-obra temporária, tendo sido responsável por 50,1% do total em 2007 (contra 45,8%, em 2004) 5. Na seqüência aparece a região Sudeste, com participações de 29,4% e 31,6%, respectivamente, em 2007 e em Ou seja, as duas regiões, conjuntamente, responderam por 79,5% do total de empregados temporários em 2007 (contra 77,4%, em 2004). A presença, nessas regiões, de atividades como a cana-de-açúcar, o café, as frutas cítricas, o milho, a mandioca e a criação de bovinos, que utilizam muita mãode-obra temporária, ajudam a explicar o comportamento observado. Para as demais regiões, a participação dos empregados temporários era bem menos expressiva. Em 2007, as regiões Sul, Norte e Centro-Oeste foram responsáveis por, respectivamente, 8,2%, 7,0% e 5,3% do total de empregados (Tabela 2). Com relação à importância dos Estados na ocupação dos temporários, chama a atenção que apenas quatro deles responderam por 53,1% do total de empregados em 2007: Bahia (18,1%), na região Nordeste; Minas Gerais (15,9%) e São Paulo (11,2%), na região Sudeste; e Pernambuco (7,9%), também na região Nordeste. 4 Os valores correntes do salário mínimo oficial vigente nos meses de setembro de 2004, de 2005, de 2006 e de 2007 eram, respectivamente: R$260,00; R$300,00; R$350,00; e R$380,00. 5 A região Nordeste também era a principal responsável pelo total de ocupados na agricultura brasileira, incluindo-se todas as categorias (empregado, empregador, conta própria, não remunerados da família e trabalhadores na produção para o próprio consumo). Em 2007, respondeu por 46,3% do total de ocupados (ou 7,7 milhões de pessoas). 8

9 Um segundo bloco de importância dos Estados poderia ser formado por aqueles que registraram participações que variaram entre 3,2% e 5,7% do total de temporários em São eles: Pará, na região Norte; Alagoas, Ceará, Maranhão e Piauí, na região Nordeste; Goiás, na região Centro-Oeste; e Paraná, na região Sul. Os demais Estados eram pouco empregadores da mão-de-obra temporária na agricultura brasileira no período em questão. Tabela 2 Empregados temporários ocupados na agricultura brasileira Brasil, Regiões e Estados, Em pessoas e porcentagem 2004 % 2005 % 2006 % 2007 % Tx Cresc.(1) Brasil, Regiões e Estados Brasil , , , ,0-3,5 Norte , , , ,0-8,2 Acre , , , ,2-10,7 Amapá , , , ,1 1,3 Amazonas , , , ,5-3,7 Pará , , , ,9-9,3 Rondônia , , , ,8-6,3 Roraima , , , ,1 8,3 Tocantins , , , ,4-8,7 Nordeste , , , ,1-0,6 Alagoas , , , ,6 5,6 Bahia , , , ,1-2,3 Ceará , , , ,7-2,8 Maranhão , , , ,2 12,7 Paraíba , , , ,8-10,1 Pernambuco , , , ,9-1,9 Piauí , , , ,8 13,5 Rio Grande do Norte , , , ,5-0,7 Sergipe , , , ,6-13,2 Centro-Oeste , , , ,3-5,8 Distrito Federal 411 0, , , ,0 28,5 Goiás , , , ,2-4,3 Mato Grosso , , , ,0-20,6 Mato Grosso do Sul , , , ,1 15,5 Sudeste , , , ,4-5,8 Espírito Santo , , , ,7-13,4 Minas Gerais , , , ,9-5,8 Rio de Janeiro , , , ,6 24,2 São Paulo , , , ,2-5,5 Sul , , , ,2-5,5 Paraná , , , ,4-8,5 Rio Grande do Sul , , , ,3 2,6 Santa Catarina , , , ,5-6,8 Fonte: IBGE/PNAD. Nota: (1) Taxa geométrica de crescimento, em % a.a no período O Trabalho Temporário segundo as Atividades da Agricultura 6 6 Vale dizer que o termo agricultura está sendo utilizado em seu sentido mais latu, que engloba as atividades agrícolas, propriamente ditas, as atividades pecuárias, as atividades da silvicultura e as atividades ligadas à aqüicultura e pesca. 9

10 Em função da classificação das atividades econômicas feita pelo IBGE para fins de pesquisas domiciliares, é possível fazer a distribuição e análise dos empregados temporários pelos seguintes setores: agricultura, no sentido das atividades agrícolas; pecuária; silvicultura; e aqüicultura e pesca. Uma primeira observação é que no período analisado as participações desses setores na ocupação dos empregados temporários pouco se alterou (Tabela 3). Assim, em 2007, o setor de agricultura (atividades agrícolas) empregou 78,1% do total de temporários (ou 1,7 milhão de pessoas), sendo, de longe, o mais relevante. A seguir, aparece o setor de pecuária, que respondeu por 18,1% do total da mão-de-obra temporária (ou 398,4 mil pessoas). Juntos, agricultura e pecuária, ocuparam 96,2% do total de temporários. Os setores de silvicultura (3,3%) e de aqüicultura e pesca (0,5%) foram responsáveis pelos 3,8% restantes de empregados temporários no ano de Descendo para o nível de atividades econômicas, dentro de cada setor, pode-se perceber que os cultivos de cana-de-açúcar (empregou 11,4% do total de empregados temporários, em 2007), de outros produtos da lavoura temporária (10,1%), de milho (8,9%), de café (7,8%), de hortaliças, legumes e outros produtos da horticultura (6,0%) e de mandioca (5,6%), juntamente com as atividades de serviços relacionados com a agricultura (10,9%), foram as atividades mais relevantes na demanda por mão-de-obra temporária no setor de agricultura (atividades agrícolas). No setor da pecuária, a maior empregadora de trabalho temporário era a atividade de criação de bovinos, que, em 2007, foi responsável por 14,2% do total de empregados no Brasil. Vale dizer que, isoladamente, era a principal atividade em termos de trabalho temporário. Como será visto adiante, os indicadores de qualidade do emprego nessa atividade não eram muito bons. Ainda no setor da pecuária, a atividade de produção mista (lavoura e pecuária) foi a segunda mais relevante (empregou 2,3% do total de empregados temporários, em 2007). Finalmente, as atividades de silvicultura e exploração florestal e de pesca e serviços relacionados foram as mais importantes nos setores de silvicultura e aqüicultura e pesca, com participações de 3,3% e 0,4%, respectivamente, no total de empregados temporários no Brasil, em Qualidade do Trabalho dos Empregados Temporários A análise da qualidade do trabalho dos empregados temporários nas atividades componentes dos setores de agricultura (atividades agrícolas), pecuária, silvicultura e aqüicultura e pesca será feita por meio da seleção e construção de um conjunto de oito indicadores socioeconômicos, tendo como referência o ano de Iniciando pela participação dos empregados temporários que eram alfabetizados ou tinham mais de um ano de estudo, pode-se perceber que há várias atividades que estavam com o valor desse indicador abaixo da média nacional, que foi de 73,1%. São elas: cultivo de cacau; cultivo de mandioca; cultivo de outros cereais para grãos; cultivo de outros produtos da lavoura permanente; cultivo de outros produtos da lavoura temporária; criação de bovinos; produção mista: lavoura e pecuária; e aqüicultura e serviços relacionados (Tabela 4). 10

11 Tabela 3 Empregados temporários ocupados na agricultura brasileira, segundo as principais atividades Brasil, Em pessoas e porcentagem Principais atividades 2004 % 2005 % 2006 % 2007 % Tx Cresc.(1) Total das atividades , , , ,0-3,5 Agricultura , , , ,1-3,5 Cultivo de algodão herbáceo , , , ,1-49,1 Cultivo de arroz , , , ,6-9,5 Cultivo de banana , , , ,5-6,6 Cultivo de cacau , , , ,6 2,4 Cultivo de café , , , ,8-12,9 Cultivo de cana-de-açúcar , , , ,4 1,3 Cultivo de flores, plantas ornamentais e produtos de viveiro , , , ,5 28,9 Cultivo de frutas cítricas , , , ,9-0,5 Cultivo de fumo , , , ,5 1,5 Cultivo de hortaliças, legumes e outros produtos da horticultura , , , ,0-6,4 Cultivo de mandioca , , , ,6-13,8 Cultivo de milho , , , ,9-0,7 Cultivo de outros cereais para grãos , , , ,2 50,1 Cultivo de outros produtos de lavoura permanente , , , ,3-13,8 Cultivo de outros produtos de lavoura temporária , , , ,1 0,1 Cultivo de soja , , , ,3-15,7 Cultivo de uva , , , ,6 17,7 Cultivos agrícolas mal especificados , , , ,4 43,7 Atividades de serviços relacionados com a agricultura , , , ,9 12,4 Continua 11

12 Em pessoas e porcentagem Principais atividades 2004 % 2005 % 2006 % 2007 % Tx Cresc.(1) Total das atividades , , , ,0-3,5 Pecuária , , , ,1-4,0 Apicultura 579 0, , ,0-3,4 Atividades de serviços relacionados com a , , , ,1-20,3 pecuária - exceto atividades veterinárias Caça, repovoamento e serviços relacionados Criação de animais mal especificados , , , ,6 21,6 Criação de aves , , , ,2-3,1 Criação de bovinos , , , ,2-8,7 Criação de outros animais , , , ,2 31,6 Criação de outros animais de grande porte , , , ,1 11,1 Criação de ovinos , , , ,2-16,3 Criação de suínos , , , ,1-14,8 Produção mista: lavoura e pecuária , , , ,3 112,1 Sericicultura Silvicultura , , , ,3 1,6 Silvicultura e exploração florestal , , , ,3 1,6 Atividades de serviços relacionados com a silvicultura e a exploração florestal Pesca e Aqüicultura , , , ,5-9,8 Pesca e serviços relacionados , , , ,4-11,5 Aquicultura e serviços relacionados , , , ,1 3,8 Fonte: IBGE/PNAD. Conclusão Nota: (1) Taxa geométrica de crescimento, em % a.a no período

13 Para as demais atividades, havia algumas em que a Pnad captou 100,0% de alfabetizados (algodão herbáceo, apicultura, criação de aves, criação de outros animais de grande porte e criação de suínos). As atividades restantes estavam num patamar entre a média nacional e este padrão de todos os empregados temporários com alfabetização ou mais de um ano de estudo. Ou seja, ainda que esse indicador tenha apresentado melhorias (em termos agregados para o Brasil), não se pode deixar de registrar que são necessários investimentos em educação para esse público beneficiário, pois não é difícil encontrar atividades nas quais de cada quatro empregados temporários, um era analfabeto. Ainda no tocante ao nível de escolaridade dos temporários, é importante ressaltar que várias atividades registraram uma participação dos empregados com oito anos ou mais de estudo bem acima da média nacional (14,6%): cultivo de arroz; cultivo de cacau; cultivo de cana-de-açúcar; cultivo de flores, plantas ornamentais e produtos de viveiro; cultivo de frutas cítricas; cultivo de fumo; cultivo de outros produtos da lavoura permanente; cultivo de soja; cultivo de uva; cultivos agrícolas mal especificados; atividades de serviços relacionados com a agricultura; criação de animais mal especificados; criação de aves; criação de ovinos; criação de suínos; silvicultura e exploração florestal; e pesca e serviços relacionados. Com relação ao uso de mão-de-obra infantil, foi visto anteriormente que, em 2007, a média brasileira foi de 2,6% de empregados temporários com idade entre 10 e 15 anos. Analisando-se as atividades, a Pnad captou situação preocupante em duas delas: cultivo de algodão herbáceo, com 50,0% de mão-de-obra infantil; e criação de outros animais de grande porte, com 33,9% de mão-de-obra infantil. Vale dizer, no entanto, que há um conjunto importante de atividades nas quais captouse a inexistência de trabalho infantil: cultivo de flores, plantas ornamentais e produtos de viveiro; cultivo de outros cereais para grãos; cultivo de soja; cultivo de uva; cultivos agrícolas mal especificados; apicultura; atividades de serviços relacionados com a pecuária; criação de animais mal especificados; criação de aves; criação de outros animais; criação de ovinos; criação de suínos; pesca e serviços relacionados; e aqüicultura e serviços relacionados. Para as atividades restantes os valores estavam relativamente próximos da média nacional. No entanto, nunca é demais lembrar que o não uso de mão-de-obra infantil deveria ser uma constatação para todas as atividades da agricultura brasileira. Ou seja, ainda há necessidade de políticas, programas e ações de erradicação do trabalho infantil entre os empregados temporários. Quanto à jornada semanal de trabalho, uma primeira observação é que, em todas as atividades, a participação dos empregados temporários que trabalharam mais de 44 horas foi superior a 50,0%. A segunda observação é que esse indicador talvez seja o que mais aproxime as atividades, no sentido de que a amplitude de variação não foi tão grande (entre 33,0% e 48,1%), constatando-se sobretrabalho de uma forma bastante generalizada na agricultura brasileira. Os dados relativos à participação dos empregados temporários com carteira de trabalho assinada evidencia o elevado nível de informalidade que predomina na grande maioria das atividades. As exceções, com valores próximos ou bem acima da média nacional (16,8%, em 2007) ficaram por conta dos cultivos de: café; cana-de-açúcar; flores, plantas ornamentais e produtos de viveiro; frutas cítricas; soja; e uva; além das atividades de serviços relacionados com a agricultura; da criação de suínos; e da aqüicultura e serviços relacionados. 13

14 Tabela 4 Indicadores de qualidade do emprego dos empregados temporários ocupados na agricultura brasileira, segundo as principais atividades Brasil, 2007 Principais atividades Indicadores selecionados Indalf Indesc Ninf Jorn Cart Npob Rend (1) Rendfam (2) Agricultura Cultivo de algodão herbáceo 100,0 0,0 50,0 48,0 0,0 100,0 450, ,00 Cultivo de arroz 73,2 16,3 93,6 35,7 3,7 9,6 197,86 593,55 Cultivo de banana 79,3 6,6 97,1 37,3 0,0 14,4 281,54 701,13 Cultivo de cacau 63,8 18,4 98,5 45,3 9,0 17,7 315,90 820,04 Cultivo de café 78,2 10,8 96,9 42,2 16,2 32,3 350,83 951,10 Cultivo de cana-de-açúcar 76,9 21,7 99,1 44,7 73,3 55,7 493, ,51 Cultivo de flores, plantas ornamentais e 90,9 28,6 100,0 42,1 33,0 55,5 380,42 999,87 produtos de viveiro Cultivo de frutas cítricas 81,2 16,2 99,2 42,5 54,9 64,6 426, ,99 Cultivo de fumo 81,0 21,6 96,3 40,9 1,5 20,9 277,85 901,24 Cultivo de hortaliças, legumes e outros 75,6 14,3 94,3 39,1 1,9 13,6 221,88 668,68 produtos da horticultura Cultivo de mandioca 62,4 8,7 98,9 36,1 0,0 8,0 205,37 598,62 Cultivo de milho 71,8 13,9 96,7 38,0 2,5 8,3 216,03 653,59 Cultivo de outros cereais para grãos 61,0 12,1 100,0 41,8 0,0 29,1 237,97 479,54 Cultivo de outros produtos de lavoura 72,0 17,1 94,8 37,8 2,4 16,9 250,12 736,90 permanente Cultivo de outros produtos de lavoura 71,3 10,9 96,2 37,6 1,7 7,4 217,60 633,33 temporária Cultivo de soja 77,8 24,0 100,0 48,1 18,4 57,8 470,57 902,72 Cultivo de uva 95,8 42,8 100,0 43,3 41,0 38,7 507,19 960,78 Cultivos agrícolas mal especificados 73,1 17,8 100,0 38,2 7,7 10,8 234,91 582,39 Atividades de serviços relacionados com a agricultura 76,2 17,9 99,1 43,6 32,3 41,4 374,66 871,49 Continua 14

15 Principais atividades Em porcentagem Indicadores selecionados Indalf Indesc Ninf Jorn Cart Npob Rend (1) Rendfam (2) Pecuária Apicultura 100,0 0,0 100,0 33,0 0,0 0,0 180,00 486,00 Atividades de serviços relacionados com a 95,3 13,1 100,0 38,5 0,0 18,4 235,48 658,53 pecuária - exceto atividades veterinárias Caça, repovoamento e serviços relacionados Criação de animais mal especificados 84,9 26,9 100,0 38,3 0,0 12,9 300,70 892,36 Criação de aves 100,0 28,3 100,0 47,5 9,6 39,8 445,34 916,49 Criação de bovinos 66,0 9,4 98,0 41,3 1,8 15,0 277,54 762,67 Criação de outros animais 77,6 11,1 100,0 36,7 0,0 11,3 246,97 646,69 Criação de outros animais de grande porte 100,0 0,0 66,1 42,7 0,0 0,0 297,43 584,29 Criação de ovinos 80,9 19,1 100,0 36,5 6,6 17,2 253,03 990,42 Criação de suínos 100,0 45,8 100,0 42,2 54,3 0,0 261,04 461,44 Produção mista: lavoura e pecuária 63,3 7,6 98,5 37,5 1,3 12,3 221,74 630,58 Sericicultura Silvicultura Silvicultura e exploração florestal 73,6 17,3 94,8 38,2 5,2 21,1 261,41 712,90 Atividades de serviços relacionados com a silvicultura e a exploração florestal Pesca e Aqüicultura Pesca e serviços relacionados 84,9 23,1 100,0 44,0 6,4 20,9 315,74 832,26 Aquicultura e serviços relacionados 70,8 14,1 100,0 42,4 29,2 14,1 361,53 996,41 Fonte: IBGE/PNAD. Conclusão (1) Rendimento médio mensal, em Reais de setembro de (2) Rendimento médio familiar, em Reais de setembro de

16 No tocante à participação dos empregados temporários que recebiam mais de um salário mínimo por mês, os maiores destaques foram para as atividades de: cultivo de algodão herbáceo; cultivo de café; cultivo de cana-de-açúcar; cultivo de flores, plantas ornamentais e produtos de viveiro; cultivo de frutas cítricas; cultivo de soja; cultivo de uva; serviços relacionados com a agricultura; e criação de aves. Pode-se notar que várias dessas atividades com melhores indicadores são, também, as que apresentaram os maiores níveis de formalidade do trabalho e, também, as que melhor remuneraram seus trabalhadores, como será visto a seguir. Com relação ao rendimento médio mensal, pode-se notar uma variação considerável nos valores recebidos pelos empregados temporários. Mas, o que é importante chamar a atenção aqui é o baixo número de atividades cujas médias foram superiores ao salário mínimo vigente em setembro de 2007, que foi de R$380,00. São elas: cultivo de algodão herbáceo; cultivo de cana-de-açúcar; cultivo de flores, plantas ornamentais e produtos de viveiro; cultivo de frutas cítricas; cultivo de soja; cultivo de uva; e criação de aves. Para as demais atividades, nota-se que poucas registraram valores relativamente próximos ao salário mínimo vigente e que a maioria apresentou valores bem abaixo, com destaque para os cultivos de arroz, de mandioca e de milho, além da apicultura, que foram as atividades com os menores rendimentos médios mensais: R$197,86; R$205,37; R$216,03; e R$180,00; respectivamente. Finalmente, o rendimento médio familiar obtido em setembro de 2007 para as famílias dos empregados temporários permite, também, que se faça uma distribuição dos valores em relação ao salário mínimo. Dessa forma, pode-se notar que, em todas as 32 atividades, o rendimento médio familiar superou o valor do salário mínimo. Em 50,0% das atividades (ou 16 atividades), o rendimento médio familiar situou-se até dois salários mínimos (R$760,00). Em 46,9% das atividades (ou 15 atividades), o rendimento ficou entre dois e três salários mínimos (R$760,00 a R$1.140,00). Em apenas uma atividade (cultivo de algodão herbáceo) o rendimento médio familiar foi superior a quatro salários mínimos (R$1.520,00). Ou seja, os dados mostram que há outras importantes fontes de rendimento para as famílias dos empregados temporários, fazendo com que o rendimento médio familiar eleve-se de forma considerável em relação ao rendimento no trabalho principal. Os três maiores rendimentos foram observados para as famílias dos empregados temporários ocupados nos cultivos de algodão herbáceo, de cana-de-açúcar e de frutas cítricas, todos superiores a mil Reais. Por outro lado, os três menores rendimentos foram registrados para as atividades de cultivo de outros cereais para grãos, de apicultura e de criação de suínos, todos abaixo dos quinhentos Reais. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O texto analisou a evolução da categoria dos empregados temporários na agricultura brasileira, buscando compor-se um panorama, ou uma visão geral, para o período Com isso, espera-se contribuir com informações relevantes para o desenho de políticas públicas que tenham esse público como beneficiários e também para subsidiar iniciativas do setor produtivo e das organizações dos trabalhadores, tendo como 16

17 objetivos as melhorias nas condições de trabalho e a negociação de contratos de trabalho mais dignos para esse importante segmento do mercado de trabalho assalariado no Brasil. A partir da seleção e construção de indicadores socioeconômicos derivados dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foi possível a obtenção de um conjunto bem razoável de informações sobre essa categoria de trabalhadores. Entre os principais resultados, podem ser destacados: A maioria dos empregados temporários eram homens, pardos e brancos. Havia pequena participação do trabalho infantil entre os temporários (2,6%, em 2007). Havia predomínio das faixas etárias entre 20 e 39 anos, no tocante a idade dos empregados temporários. Com relação à escolaridade dos empregados temporários, constatou-se que uma taxa elevada (26,9%) ainda estava sem instrução ou com menos de um ano de estudo em Por outro lado, houve aumento da participação dos temporários com oito anos ou mais de estudo (de 9,8% para 14,6% no período analisado). Constatou-se um predomínio dos empregados temporários com residência rural, mas ainda era muito importante a participação dos residentes urbanos. A grande maioria dos temporários tinha somente um trabalho na semana de referência da Pnad e havia forte predomínio da contração diretamente pelo produtor (em detrimento dos intermediários). Registrou-se baixo nível de formalidade nas relações de trabalho (apenas 16,8% dos temporários com carteira de trabalho assinada) e de contribuição para a Previdência Social (18,0%, em 2007). Associadas ao alto nível de informalidade, também observou-se baixos níveis de remuneração e longas jornadas semanais de trabalho. As regiões Nordeste e Sudeste concentraram os empregados temporários, sendo que apenas quatro Estados (Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco) responderam por 53,1% do total de pessoas, em O setor de agricultura (atividades agrícolas propriamente ditas) empregou 78,0% dos temporários, em 2007, seguido pelo setor da pecuária, que empregou 18,1%. As principais atividades demandadoras da mão-de-obra temporária foram: café; canade-açúcar; hortaliças, legumes e outros produtos da horticultura; mandioca; milho; outras lavouras temporárias; serviços para a agricultura; e criação de bovinos. Constatou-se um grupo de atividades mais dinâmicas que, em termos gerais, apresentaram os melhores indicadores de qualidade do emprego: cultivo de algodão herbáceo; cultivo de café; cultivo de cana-de-açúcar; cultivo de flores, plantas ornamentais e produtos de viveiro; cultivo de frutas cítricas; cultivo de soja; cultivo de uva; serviços relacionados com a agricultura; criação de aves; e criação de suínos. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACCARIN, J. G. Etanol da cana-de-açúcar, sustentável e com inclusão social. Brasília, UNB, Cadernos do Ceam, 2009 (no prelo). BALSADI, O. V. Evolução das ocupações e do emprego na agricultura brasileira no período Brasília, Embrapa, 36p., 2009 (mimeo). 17

18 BALSADI, O. V. O mercado de trabalho assalariado na agricultura brasileira. São Paulo, Hucitec, 291 p FREDO, C. E.; BAPTISTELLA, C. da S. L.; VEIGA, J. E. R.; VICENTE, M. C. M.; SILVA, V. da. Recursos humanos no setor sucroalcooleiro do Estado de São Paulo, Rio Branco, Anais do XLVI Congresso Brasileiro de Economia, Administração e Sociologia Rural, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, v.25, Rio de Janeiro,

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