Recursos Hídricos para a Geração de Energia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Recursos Hídricos para a Geração de Energia"

Transcrição

1 Recursos Hídricos para a Geração de Energia

2 RECURSOS HÍDRICOS PARA A GERAÇÃO DE ENERGIA Qual é o papel das Centrais Hidroeléctricas na geração de energia? Equipa ELE319 Bernardo Manuel Aguiar Silva Teixeira Cardoso Edgar Manuel Moreira Alves Velasco Costa Filipe Manuel Xavier Matos Miguel Eduardo Naia Ferreira Pinto Guedes Miguel José Cavadas Santos Nelson Ricardo Viana Oliveira Relatório submetido em para Avaliação da Unidade Curricular Projecto Feup Supervisor: José Nuno Fidalgo Monitor (a): Cristiana Ramos MIEEC Coordenador: José Magalhães Cruz

3 RESUMO O presente relatório expõe o tema Recursos hídricos para a geração de energia tentando responder correctamente ao problema proposto: Qual é o papel das Centrais Hidroeléctricas na geração de energia?. De forma a obter um correcto tratamento do tema, dividiu-se o relatório em duas partes distintas. Na primeira parte, começa-se por explicar e caracterizar claramente uma Central Hidroeléctrica, o seu funcionamento e as suas principais vantagens e desvantagens. Após a compreensão destes conceitos base, enquadrou-se a posição deste tipo de centrais no conjunto dos vários tipos de centrais geradoras de energia, nomeadamente as térmicas e eólicas. Outro ponto focado neste relatório foi a importânciadas Centrais Hidroeléctricas em termos ambientais, sociais e financeiros. Na segunda parte, estuda-se o panorama actual de recursos hidroeléctricos em Portugal. Recolheram-se dados relativos à produção actual de energia hidroeléctrica, à evolução da produção nos últimos anos e à produção anual de vários tipos de energia nos últimos anos. Utilizando estes dados, construiu-se gráficos que através da sua interpretação permitiram chegar a conclusões acerca do problema proposto. Após este estudo e tendo como base as conclusões atingidas, elaborou-se uma previsão para a tendência futura da produção de energia hidroeléctrica em Portugal. As principais conclusões atingidas com este relatório foram que as centrais hidroeléctricas são de elevada importância no panorama energético nacional e que, embora a sua produção não tenha variado linearmente nos últimos anos, prevê-se um aumento desta nos próximos anos. Equipa ELE319 3

4 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 5 2. CENTRAIS HIDROELÉCTRICAS Descrição e métodos de funcionamento Barragens Outros tipos de centrais produtoras de energia Vantagens e desvantagens 9 3. IMPORTÂNCIA DAS CENTRAIS HIDROELÉCTRICAS EM TERMOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E FINANCEIROS PANORAMA DOS RECURSOS HIDROELÉCTRICOS EM PORTUGAL Panorama actual Estudos relativos à produção de energia hidroeléctrica e de outros tipos de energia em diferentes períodos nos últimos anos Estudo da produção diária de energia hidroeléctrica ao longo do mês de setembro de 2010 e sua comparação com o período homólogo de Estudo da produção mensal de energia hidroeléctrica no período de Janeiro de 2007 a Setembro de Estudo da produção anual de vários tipos de energia no período de 2006 a 2010 (até Setembro) Tendência futura CONCLUSÃO 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Equipa ELE319 4

5 1. INTRODUÇAO No âmbito da Unidade Curricular Projecto Feup, foi proposto ao grupo ELE319, a realização do trabalho integrado no tema Recursos hídricos para a geração de energia. O problema abordado prende-se com o papel das centrais hidroeléctricas na produção de energia. Tem-se como objectivo a sintetização do cenário de recursos hidroeléctricos em Portugal, não sem antes existir uma descrição de uma central hidroeléctrica e da sua posição face a outras centrais capazes de gerar energia e face ao panorama ambiental, social e financeiro em Portugal. A clarificação de conceitos fundamentais à compreensão deste relatório será feita ao longo do mesmo, ou seja, os termos técnicos utilizados durante este relatório serão explicados à medida a que são referidos. Equipa ELE319 5

6 2. CENTRAIS HIDROELÉCTRICAS 2.1. Descrição e métodos de funcionamento Uma central hidroeléctrica é uma estrutura que tem como objectivo explorar a energia potencial da água de um rio ou canal para produzir energia eléctrica. Existem 3 métodos semelhantes para efectuar esta conversão de energia: Hidroeléctrica convencional (barragens); Bombagem hidroeléctrica; Corrente do rio. Estes métodos são semelhantes pois todos utilizam a energia potencial da água em queda ou em movimento para produzir energia eléctrica. A conversão de energia é feita por um gerador ligado a uma turbina, que é posta em movimento pela passagem da água pelas suas pás.assim, todas as centrais hidroeléctricas que utilizam um destes métodos têm que possuir tubagens para levar a água ás pás da turbina. O método da hidroeléctrica convencional consiste na construção de uma barragem, que cria um reservatório de água numa cota mais elevada do que o leito do rio. Quando o reservatório se encontra cheio, abrem-se as comportas, conduzindo a água através de tubagens que levam às pás da turbina, produzindo energia eléctrica, voltando a água ao leito do rio. As barragens têm também outras utilizações que serão abordadas no ponto seguinte. Figura 1. Esquema de uma central hidroeléctrica convencional (Wikimedia 2010) Equipa ELE319 6

7 O método da bombagem hidroeléctrica consiste na construção de dois reservatórios a diferentes cotas ligados por uma tubagem que passa pela turbina. Tem como principal característica o facto de aproveitar a energia excedente produzida em dias de pouco consumo para bombear água do reservatório mais baixo para o mais elevado. Depois, quando a procura de energia aumenta, abrem-se as comportas, fazendo com que a água passe pelas pás da turbina, produzindo energia eléctrica, voltando a água ao reservatório inferior. O método da corrente do rio é semelhante ao método da hidroeléctrica convencional, no entanto como não é possível construir um reservatório, aproveita-se directamentea força da corrente do rio para mover as pás da turbina e produzir energia Barragens As barragens são estruturas artificiais construídas no leito de um rio ou canal para acumular água para diversas funções. Para além de possibilitarem a produção de energia eléctrica utilizando uma fonte renovável, são também utilizadas para o abastecimento de água nas zonas residenciais, agrícolas e industriais, e na prevenção de cheias Outros tipos de centrais produtoras de energia Para além das centrais hidroeléctricas existem outras centrais, quer de recursos renováveis, como o vento ou o sol, quer de recursos não renováveis, como o carvão e o petróleo (na produção de diesel). Exemplo destas centrais renováveis são as centrais geotérmicas que aproveitam o calor geotérmico para accionar as turbinas da central. Outro tipo de centrais renováveis são as centrais fotovoltaicas que, recebendo a energia do sol, transformamna em energia eléctrica (acumulando esta energia em baterias). Por fim, outra das centrais renováveis mais utilizadas, são as centrais eólicas que aproveitam a energia potencial do vento para fazer rodar as lâminas da turbina (transformando a energia potencial em energia mecânica, que por sua vez é transformada no gerador em energia eléctrica). Equipa ELE319 7

8 Em todo o mundo, as centrais hidroeléctricas representam uma fatia considerável na produção de energia eléctrica tendo em conta as outras fontes de geração. Deste modo, as centrais hidroeléctricas têm vindo a tornar-se a maior fonte de energia renovável existente, tal como se pode verificar na tabela seguinte: Potência instalada referente às Energias Renováveis (GW) Potência Hidroeléctrica instalada (GW) Percentagem relativa à potência hidroeléctrica instalada (%) 84,8 82,6 79,7 Tabela 1.Evolução da potência instalada mundialmente em energias renováveis e em energia hidroeléctrica no período de 2007 a 2009 Esta tabela ilustra a importância da energia hidroeléctrica em relação às outras energias renováveis. Como se pode verificar, nos últimos anos a potência instalada em centrais hidroeléctricas representava cerca de 80% da potência instalada em todas as energias renováveis. Apesar disso nota-se que a sua importância percentual tem vindo a diminuir ligeiramente ao longo destes três anos, pois o aumento da potência instalada nos outros tipos de energias renováveis (principalmente eólica e solar) foi maior do que o aumento da potência instalada em centrais hidroeléctricas. Equipa ELE319 8

9 2.4. Vantagens e desvantagens As centrais hidroeléctricas apresentam a maior taxa de rendimento dos sistemas de produção de energia (90%) e como são quase na totalidade automáticas tem custos operacionais relativamente baixos. Além desta vantagem, as centrais hidroeléctricas desempenham um papel muito importante no planeamento dos recursos hídricos, na prevenção de cheias, na navegabilidade dos rios, na irrigação dos campos agrícolas e na criação de áreas de lazer. As centrais hidroeléctricas apresentam ainda vantagens significativas em termos de poluição ambiental (não contribuem para o efeito de estufa e formação de chuvas ácidas) e sustentabilidade por se tratar de uma fonte de energia renovável e limpa. Nenhuma outra fonte de energia renovável atinge valores de potência tão elevados quanto os oferecidos por uma central hidroeléctrica. O facto de utilizar a força da água para produzir energia eléctrica traz algumas vantagens como o baixo custo de operação, uma vez que a central depende somente da quantidade de chuva para garantir o nível do reservatório. No entanto a construção de barragens tem algumas desvantagens. Ao longo do tempo vão-se acumulando, no fundo, os sedimentos transportados pelo rio. Esta situação diminui a capacidade de armazenamento de água da barragem e reduz a quantidade de detritos debitados no mar, funcionando como barreiras artificiais ao trânsito de sedimentos. Têm também um impacte negativo nos ecossistemas aquáticos, por exemplo na migração de algumas espécies aquáticas. O enchimento das albufeiras, por exemplo, leva à emersão de muitos ecossistemas terrestres incluindo mesmo povoações habitadas. Podemos recordar o caso da barragem do Alqueva, no Alentejo, que é um bom exemplo de tudo isto. Equipa ELE319 9

10 3. IMPORTÂNCIA DAS CENTRAIS HIDROELÉCTRICAS EM TERMOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E FINANCEIROS No caso de Portugal, um país que está dependente de recursos energéticos importados, como por exemplo o gás natural, carvão e petróleo, e é forçado a comprálos ao mercado estrangeiro pois não possui esses recursos dentro do país, é essencial o desenvolvimento de recursos energéticos endógenos pois estes reduzem a dependência face aos combustíveis fosseis e à situação financeira internacional. É, então, essencial ter uma diversidade de fontes de produção de energia para reduzir a dependência energética face ao exterior e para aumentar a independência do país. As centrais hidroeléctricas e as centrais eólicas são os meios mais usados para ajudar à independência energética de Portugal. No caso especifico das centrais hidroeléctricas, existem vários impactos ambientais, sociais e financeiros, tanto positivos como negativos, que devem ser avaliados antes da construção da central. É por essa razão que antes da construção se faz um estudo sobre os potenciais impactos que a barragem pode vir a ter. A construção destas centrais tem um conjunto de benefícios sociais que potencia o uso da água das albufeiras. Através das barragens podemos amortecer e regular o efeito das cheias nos tempos com muita precipitação. Podemos também ajudar ao combate de incêndios florestais e criar melhores condições para a captação de água para abastecimento do meio urbano e rural. Existe também uma melhoria de oportunidades para a navegação do rio, tanto a nível de turismo como a nível comercial. A construção destas centrais hidroeléctricas conduz a um aumento de criação de emprego e das vias de comunicação, pois trata-se de uma zona remota e de difícil acesso e contribui, logicamente, para a melhoria das condições de vida. Equipa ELE319 10

11 Ao nível do ambiente, a construção destas centrais tem vários impactos negativos mas, com o avançar da tecnologia ao longo do tempo, muitos deles conseguem ser minimizados através de, por exemplo, dispositivos para a passagem dos peixes (eclusas), da criação de caudais para impedir o desaparecimento de habitats e a recuperação da paisagem que rodeia a barragem. É óbvio que uma infra-estrutura com esta magnitude pode levar à deslocação de pessoas e à inundação de terrenos. Para evitar essas consequências ao máximo é preciso um bom estudo sobre os impactos socioeconómicos e ambientais que a construção da central hidroeléctrica pode causar. Figura 2 Vista aérea da barragem do Alqueva, uma das barragens portuguesas que causou impactos sociais e ambientais negativos. (O Centro do Sul 2010) Equipa ELE319 11

12 4. PANORAMA DOS RECURSOS HIDROELÉCTRICOS EM PORTUGAL 4.1. Panorama Actual Em Portugal, existem actualmente em funcionamento 48 centrais com potência superior a 10 MW e 138 com potência inferior ou igual a 10 MW (Mini-hídricas) Em Maio de 2010 a potência hidroeléctrica instalada totalizava 5168 MW, distribuída da seguinte forma: Tipo de Aproveitamento Potência [MW] Grande Hídrica (> 30MW) 4578 Pequena Hídrica (>10 e <= a 30 MW) 263 Mini-hídrica(<= 10 MW) 327 Tabela 2. Distribuição da potência hidroeléctrica instalada em Portugal aquando Maio de 2010 Em termos gerais, Portugal é um dos países da União Europeia com maior potencial hídrico por explorar. Actualmente apenas cerca de 46% do potencial tecnicamente viável é explorado. Nos últimos 15 anos, o crescimento da potência hídrica em Portugal foi inferior aode outros países de referência europeus. O potencial de aproveitamento de energia hídrica está distribuído por todo o território nacional, com maior concentração no Norte e Centro do país. Em 2008 foi lançado o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), que pretende aumentar significativamente os aproveitamentos do potencial hidroeléctrico nacional. Equipa ELE319 12

13 4.2. Estudos relativos à produção de energia hidroeléctrica e de outros tipos de energia em diferentes períodos nos últimos anos Estudo da produção diária de energia hidroeléctrica ao longo do mês de Setembro de 2010 e sua comparação com o período homólogo de 2009.Apresentação também dos valores de potência máxima atingida em cada um dos dias. Di a Potência Máxima [MW] Produção Diária (2010) [GWh] Produção Diária (2009) [GWh] Variação [%] ,4 8,1 102, , ,6 14,8 52, ,4 14,3 21, ,5 11,4-7, ,5 19,1-29, ,9 14,1-22, ,4 20,4-29, ,3 17,6 26, ,7 1, ,7 18,1-2, ,1 9,6 78, ,3 13,6 71, ,5 11,9 139, ,8 20,4 11, ,5 25,3-30, ,3 16,6-19, , ,7 12, ,8 10,7 66, ,9 12,5 19, ,8 14,8 6, ,1 14,7 23, ,3 12,5 30, ,6 9,7 40, ,3 11,6 23, ,9 17,5 2, ,2 15,3-33, ,8 13,1-32, ,9 10,4 14,4 Média: 1707 Média: 16,34 Média: 14,29 Total Mensal: 490,2 428,9 14,3 Tabela 3. Dados recolhidos acerca da produção diária de energia hidroeléctricaao longo do mês de Setembro de 2010 e sua comparação com o período homólogo de (REN 2010) Equipa ELE319 13

14 Produção (GWh) Produção Diária (2010) [GWh] Produção Diária (2009) [GWh] Gráfico 1. Comparação entre a produção diária de energia hidroeléctrica no mês de Setembro de 2010 e período homólogo de 2009 Dia Atentando neste gráfico e neste conjunto de dados, é possível verificar que a produção diária de energia hidroeléctrica no mês de Setembro de 2010 cifra-se, em média, nos 16,34GWh. É também verificável que no mesmo mês do ano transacto a produção diária do mesmo tipo de energia foi ligeiramente menor, em média, dado que esta é de aproximadamente 14,30GWh. Outra conclusão que se pode obter a partir deste conjunto de dados é que a potência máxima diária neste mês de Setembro de 2010 foi, em média, 1707 MW, o que representa apenas 37% do total de 4578 MW actualmente instalados em Portugal. Isto significa que se forem feitos esforços para aumentar a eficiência das centrais, de maneira a serem obtidos maiores valores de potência máxima diária, a produção de energia hidroeléctrica pode beneficiar de grandes aumentos em Portugal. Equipa ELE319 14

15 Estudo da produção mensal de energia hidroeléctrica no período de Janeiro de 2007 a Setembro de Mês-Ano Produção Hidroeléctrica (GWh) Mês-Ano Produção Hidroeléctrica (GWh) Jan Dez Fev Jan Mar Fev Abr Mar Mai Abr Jun Mai Jul Jun Ago Jul Set Ago Out Set Nov Out Dez Nov Jan Dez Fev Jan Mar Fev Abr Mar Mai Abr Jun Mai Jul Jun Ago Jul Set Ago Out Set Nov Tabela 4.Dados recolhidos acerca da produção mensal de energia hidroeléctrica no período de Janeiro de 2007 a Setembro de (REN 2010) Equipa ELE319 15

16 Jan-07 Fev-07 Mar-07 Abr-07 Mai-07 Jun-07 Jul-07 Ago-07 Set-07 Out-07 Nov-07 Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08 Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Projecto Feup - Recursos Hídricos para a Geração de Energia Produção de Energia (GWh) Gráfico 2. Produção mensal de energia hidroeléctrica no período de Janeiro de 2007 a Setembro de 2010 Considerando o gráfico acima representado que mostra a produção de energia hidroeléctrica (em GWh) de cada mês desde Janeiro de 2007 até Setembro de 2010, apura-se que os primeiros quatro meses de 2010 tiveram uma produção anormalmente elevada deste tipo de energia. Essa produção elevada face aos mesmos meses de anos transactos não está relacionada com um aumento da potência instalada em todo o país, dado que esta se manteve constante ao longo dos anos. Vejamos os três mapas de precipitação (IM, I. P. 2008) dos três primeiros meses do ano de 2010: Gráfico 3. Mapas de precipitação referentes aos meses de Janeiro, Fevereiro e Março de (IM, I. P. 2008) Equipa ELE319 16

17 Fevereiro foi um mês com elevada pluviosidade e os meses de Janeiro e Março também contaram com altos índices de precipitação, um pouco por todo o país. Vejamos agora os mapas de precipitação (IM, I. P. 2008) dos três primeiros meses dos anosde 2009 e Gráfico 4.Mapas de precipitação referentes aos meses de Janeiro, Fevereiro e Março de (IM, I. P. 2008) Gráfico 5. Mapas de precipitação referentes aos meses de Janeiro, Fevereiro e Março de (IM, I. P. 2008) Como podemos ver, a pluviosidade nos três primeiros meses de 2010 foi superior à dos três primeiros meses dos dois anos transactos. Como tal, a anormal produção de energia patente no gráfico não é sinal de que, no futuro, haja maior produção de energia hidroeléctrica, dado que a quantidade de água nos reservatórios dascentrais hidroeléctricas, potenciada, claro, pela precipitação, neste ano, era superior à dos anos transactos. Equipa ELE319 17

18 Estudo da produção anual de vários tipos de energia no período de 2006 a 2010 (até Setembro). Ano Produção Hidroeléctrica (GWh) Produção Térmica (GWh) Produção Regime Especial (PRE) s\ Renovável (GWh) 2010 (Até Setembro) PRE Renovável (GWh) Produção Total (GWh) Tabela 5. Dados recolhidos acerca da produção anual de energia hidroeléctrica e de outros tipos de energia no períodode 2006 a 2010 (até Setembro). (REN 2010) Produção de Energia(GWh) (Até Setembro) Gráfico 6. Evolução da produção de energia nos últimos 5 anos Produção Hidroeléctrica (GWh) Produção Térmica (GWh) Produção Regime Especial (PRE) s\ Renovável (GWh) PRE Renovável (GWh) Produção Total (GWh) Este gráfico mostra que a produção de energia hidroeléctrica não é equiparável à produção de energia térmica, que foi, de 2006 a 2009, mais de metade de toda a produção de energia eléctrica. No entanto, a importância da produção de energia hidroeléctrica é elevada, já que a soma da produção de todas as energias renováveis perfaz um total de produção muito similar à da energia hidroeléctrica, de 2007 a Em 2010, a energia hidroeléctrica é também o segundo tipo de energia mais produzido em Portugal, com um valor já bastante próximo da produção de energia térmica, mas a sua importância é claramente superior em relação aos anos anteriores, já que o seu total deste ano apenas até ao mês de Setembro é já superior ao total de cada um dosanos passados, de 2006 a Equipa ELE319 18

19 4.3. Tendência futura Na vertente da mini-hídrica, apesar de ser difícil estimar o potencial de exploração existente, é possível apontar para valores perto dos MW, dos quais entre 500 e 600 MW podem ser concretizados até final do presente ano, com uma produção média que poderá oscilar entre os e GWh/ano. No sector da grande hídrica, tal como já foi referido, surgiu em 2008 o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH). Este programa tem como meta atingir uma capacidade instalada hidroeléctrica nacional superior a 7000 MW em 2020, atingindo cerca de 67% do potencial hidroeléctrico, em que os novos grandes aproveitamentos hidroeléctricos a implementar deverão assegurar valores de potência instalada adicional da ordem de 2000 MW. Por isso, e em conformação com este aumento da potência instalada, é previsível um aumento da produção de energia hidroeléctrica em Portugal nos próximos anos. Neste plano foram inicialmente propostos 25 locais potenciais, que após análise foram reduzidos para 10, apresentados na seguinte figura (PER 2009): Figura 3. Tabela explicativa das condições dos 10 locais propostos para o PNBEPH. (PER 2009) Destes dez, os de Almourol e Pinhosão foram cancelados após reanálise. Equipa ELE319 19

20 A maior parte destes novos empreendimentos têm como objectivo, para além de atingir uma maior potência instalada, aumentar a capacidade de armazenamento e ser multiusos, no sentido de fornecer outras valências como abastecimento de água, turismo, controlo de cheias e combate a incêndios. Apesar de vantajosos, estes novos empreendimentos do PNBEPH, pela sua dimensão, terão sempre impactes negativos no ambiente, os quais foram avaliados nos estudos de Impacte Ambiental. Estes deverão ser minimizados através de medidas de mitigação, que se esperam que sejam compensatórias e efectivas. Para além do PNBEPH, estão a ser implementados projectos de reforço de potência nas centrais do Alqueva (260 MW), Picote (321 MW) e Bemposta (178 MW), assim como a construção das novas centrais do Baixo Sabor (170 MW) e de Ribeiradio (70MW). O impulso significativo de que a grande hídrica beneficiou nestes últimos dois anos não se fará sem custos ambientais obviamente, mas espera-se que o balanço seja positivo e que a parte positiva do impulso seja transmitida para o desenvolvimento de projectos de mini-hídricas num futuro próximo. Equipa ELE319 20

21 5. CONCLUSÃO O trabalho teve como intuito o aprofundamento do conhecimento da geração de energia, através da utilização de recursos hídricos e, mais especificamente, do papel das centrais hidroeléctricas na produção de energia eléctrica. Para que assim acontecesse, seguimos um conjunto de objectivos atribuídos previamente, objectivosesses que foram focados no decorrer do relatório. Com uma estrutura de objectivos bem definida, foi-nos fácil encontrar a informação necessária à realização do trabalho. Além disso, tanto o tema como o próprio problema eram do agrado de todo o grupo, o que também facilitou o bom entendimento e potenciou o trabalho de cada unidade do mesmo. A maior dificuldade foi a apresentação de dados, visto que o grupo teve dificuldade em escolher os períodos de comparação para cada um dos estudos realizados. Relativamente ao problema em si, conclui-se que as centrais hidroeléctricas têm, de facto, um papel muito relevante na geração de energia e, por conseguinte, têm também um papel fulcral em aspectos sociais e financeiros em Portugal. A percentagem média de produção hidroeléctrica face aos outros tipos de energia, nos últimos 5 anos, foi de 21,97%, variando entre um mínimo de 15,41%,atingido em 2008, e um máximo de 32,23%, atingido até Setembro do presente ano. Com o PNBEPH prevê-se a instalação de 2000 MW adicionais até 2020, contribuindo assim para um esperado aumento da produção de energia hidroeléctrica. Equipa ELE319 21

22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEINFRA (Departamento Estadual de Infraestrutura) O que são Barragens - DEINFRA - Departamento Estadual de Infraestrutura. October 4, 2010) IM, I.P. (Instituto de Meteorologia, I. P.) Instituto de Meteorologia, IP Portugal. (accessedoctober 6, 2010) NewsBlog O Centro do Sul Alqueva quase no máximo, mas não se prevêem descargas. (accessed October 6, 2010) PER (Portal das Energias Renováveis) Portal das Energias Renováveis. (accessed October 3, 2010) REN21 (Renewable Energy Policy Network for the 21st Century) REN21 - (Renewable Energy Policy Network for the 21st Century). (accessed October 6, 2010) REN (Redes Energéticas Nacionais, SGPS).2010.Centro de Informação REN. October 3, 2010) Wikimedia Foundation Hydroelectricity - Wikipedia, the free encyclopedia. (accessed October 6, 2010) Equipa ELE319 22

A Produção Hidroeléctrica em Portugal

A Produção Hidroeléctrica em Portugal A Produção Hidroeléctrica em Portugal Como se desenvolverá o sistema hidroeléctrico futuro em Portugal? Turma: 11MC03_03 Carlos Alexandre Silva Cardoso Dinis de Sá Branco dos Santos Ivan Oliveira de Almeida

Leia mais

10º ANO FÍSICA - Módulo Inicial Situação energética Mundial e degradação de energia

10º ANO FÍSICA - Módulo Inicial Situação energética Mundial e degradação de energia 10º ANO FÍSICA - Módulo Inicial Situação energética Mundial e degradação de energia PROBLEMAS ENERGÉTICOS DA ACTUALIDADE O avanço científico e tecnológico da nossa sociedade provocou o aumento acelerado

Leia mais

Renováveis- Grande e Pequena Hídrica. Carlos Matias Ramos

Renováveis- Grande e Pequena Hídrica. Carlos Matias Ramos Renováveis- Grande e Pequena Hídrica Carlos Matias Ramos Lisboa, 3 de Março de 2009 Ilusão da Abundância Existe o sentimento de que os bens essenciais - água e energia eléctrica -são recursos disponíveis

Leia mais

rotulagem de energia eléctrica

rotulagem de energia eléctrica rotulagem de energia eléctrica ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA A rotulagem de energia eléctrica tem como principal objectivo informar os cidadãos sobre as fontes energéticas primárias utilizadas na produção

Leia mais

Política Energética e Indústria. Cláudio Monteiro

Política Energética e Indústria. Cláudio Monteiro Política Energética e Indústria Cláudio Monteiro FEUP / INESC Porto Previsão, Eficiência Energética, Energética Energias Renováveis Energia, situação actual Produção Mensal (GWh) PRE Eólico Fio Água SEP

Leia mais

PROTOCOLO DE QUIOTO, UM DESAFIO NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

PROTOCOLO DE QUIOTO, UM DESAFIO NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS PROTOCOLO DE QUIOTO, UM DESAFIO NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Índice Compromissos ambientais Compromissos ambientais Protocolo de Quioto Objectivos da Directiva FER 2001/77 CE Metas Indicativas

Leia mais

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico António Sá da Costa APREN Associação Portuguesa de Energias Renováveis 22-03-2012 Desafio geracional Aproveitamento da energia hídrica desde

Leia mais

QUI606: Ana Leitão, Ana Morgado, Ana Raquel Costa, Bárbara Silva, Helena Barranha e Marta Santos.

QUI606: Ana Leitão, Ana Morgado, Ana Raquel Costa, Bárbara Silva, Helena Barranha e Marta Santos. QUI606: Ana Leitão, Ana Morgado, Ana Raquel Costa, Bárbara Silva, Helena Barranha e Marta Santos. 29/10/2010 Supervisora: Doutora Alexandra Pinto Monitora: Vânia Oliveira 1 - Objectivos - Introdução -

Leia mais

ENERGIA. Em busca da sustentabilidade

ENERGIA. Em busca da sustentabilidade ENERGIA Em busca da sustentabilidade Características de uma boa fonte de combustível i) Fornecer grande quantidade de energia por unidade de massa ou volume (Rendimento); ii) Facilmente disponível; iii)

Leia mais

O que é uma Energia Renovável?

O que é uma Energia Renovável? Energias Renováveis O que é uma Energia Renovável? São as energias que provêm dos recursos naturais, tais como o sol, o vento, as marés e o calor e que nunca se esgotam ao contrário dos recursos fósseis

Leia mais

Energias Renováveis: Eólica e Hídrica

Energias Renováveis: Eólica e Hídrica Energias Renováveis: Eólica e Hídrica Orientadora: Teresa Duarte Monitor: Daniel Almeida Equipa 2: Luis Freitas João Santos Júlio Pancracio Eduardo Nunes Francisco Amaro 1 Índice: 1. Objetivos 2. Constituição

Leia mais

Energia Solar MIEEC03_1

Energia Solar MIEEC03_1 Energia Solar MIEEC03_1 Carlos Pinto - up201404204 Joana Catarino - up201406455 Manuel Correia - up201403773 Pedro Leite - up201405865 Sara Costa - up201402938 Supervisor: Nuno Fidalgo Monitor: Elsa Moura

Leia mais

Hidroeletricidade em Portugal. Como se desenvolverá a energia hidroelétrica em Portugal?

Hidroeletricidade em Portugal. Como se desenvolverá a energia hidroelétrica em Portugal? Hidroeletricidade em Portugal Como se desenvolverá a energia hidroelétrica em Portugal? Introdução Dois terços do nosso planeta é composto por ela mesma. O Homem construiu cisternas, sistemas de diques,

Leia mais

O Alentejo e a Produção Energética a Partir de Fontes Renováveis

O Alentejo e a Produção Energética a Partir de Fontes Renováveis O Alentejo e a Produção Energética a Partir de Fontes Renováveis 0 O Alentejo e a Produção Energética a Partir de Fontes Renováveis No Alentejo, a energia corresponde a um dos setores mais importantes,

Leia mais

Seminário Internacional Portugal Brasil

Seminário Internacional Portugal Brasil Seminário Internacional Portugal Brasil Diversidades e Estratégias do Sector Eléctrico A Energia Hidroeléctrica no Actual Contexto do Mercado Ana Cristina Nunes Universidade do Minho Guimarães, 17 de Fevereiro

Leia mais

A importância das Energias Renováveis para São Tomé e Príncipe

A importância das Energias Renováveis para São Tomé e Príncipe Workshop de validação do Relatório Nacional de Ponto de Situação das Energias Renováveis em São Tomé e Príncipe A importância das Energias Renováveis para São Tomé e Príncipe CENTRO DE FORMAÇÃO BRASIL-

Leia mais

ENERGIA HIDROELÉCTRICA. António Gonçalves Henriques 1

ENERGIA HIDROELÉCTRICA. António Gonçalves Henriques 1 ENERGIA HÍDRICA ANTÓNIO GONÇALVES HENRIQUES António Gonçalves Henriques 1 DIAGRAMA DE CARGAS António Gonçalves Henriques 2 DIAGRAMA DE CARGAS António Gonçalves Henriques 3 APROVEITAMENTOS HIDRO-ELÉCTRICOS

Leia mais

As barragens e a gestão de recursos hídricos

As barragens e a gestão de recursos hídricos As barragens e a gestão de recursos hídricos João Joanaz de Melo João Joanaz de Melo FCT-UNL / GEOTA Contexto: alterações climáticas e indicadores energéticos Impactes das barragens: sociais, ecológicos,

Leia mais

BOLETIM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

BOLETIM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS BOLETIM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS Agosto 215 Eletricidade de origem renovável em Portugal Portugal Continental A caminho do fim do Verão, Portugal continental contínua com valores de quantidade de precipitação

Leia mais

Plan de Desarrollo de la Energía Hidroeléctrica

Plan de Desarrollo de la Energía Hidroeléctrica Agua, energía y sostenibilidad AGUA, ENERGÍA Y DESARROLLO Plan de Desarrollo de la Energía Hidroeléctrica Ana Seixas Zaragoza, 1 Setembro de 2008 Enquadramento Estratégico do PNBEPH Dependência energética

Leia mais

variável: 10 a 30%, dependendo da chuva

variável: 10 a 30%, dependendo da chuva Sistema hidroeléctrico 67 centrais em 170 grandes barragens 5 800 MW instalados 1200 MW a instalar reforços de potência média de 20% da produção eléctrica variável: 10 a 30%, dependendo da chuva 2 Objectivos

Leia mais

Energias renováveis e o PNBEPH. João Joanaz de Melo

Energias renováveis e o PNBEPH. João Joanaz de Melo Energias renováveis e o PNBEPH João Joanaz de Melo Impactes da produção de energia Forma de energia Petróleo, gás natural e carvão Nuclear Hídrica Eólica Solar Biomassa Geotérmica Impactes Emissão de GEE

Leia mais

Fontes de energia - Usinas PROF.: JAQUELINE PIRES

Fontes de energia - Usinas PROF.: JAQUELINE PIRES Fontes de energia - Usinas PROF.: JAQUELINE PIRES Usinas termoelétricas ( U = 0) Convertem energia térmica em energia elétrica Vantagens de uma usina termoelétrica A curto prazo, pode fornecer energia

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico da Guarda. Figueiredo Ramos. (ESTG - Instituto Politécnico da Guarda)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico da Guarda. Figueiredo Ramos. (ESTG - Instituto Politécnico da Guarda) Figueiredo Ramos (ESTG - ) 17.05.2011 CONTEÚDO 1. Introdução. Perspectiva energética: história e futuro 2. Temperatura vs concentração de CO2 3. Tecnologias de conversão 4. Preocupações internacionais

Leia mais

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 61 CONCEITOS SOBRE RECURSOS ENERGÉTICOS

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 61 CONCEITOS SOBRE RECURSOS ENERGÉTICOS GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 61 CONCEITOS SOBRE RECURSOS ENERGÉTICOS Como pode cair no enem? (ENEM) Empresa vai fornecer 230 turbinas para o segundo complexo de energia à base de ventos, no sudeste da Bahia.

Leia mais

Sector Recursos Hídricos Equipa: Rodrigo Proença de Oliveira; Luis Ribeiro; Maria Paula Mendes; João Nascimento.

Sector Recursos Hídricos Equipa: Rodrigo Proença de Oliveira; Luis Ribeiro; Maria Paula Mendes; João Nascimento. Sector Recursos Hídricos Equipa: Rodrigo Proença de Oliveira; Luis Ribeiro; Maria Paula Mendes; João Nascimento Instituto Superior Técnico http://siam.fc.ul.pt/siam-cascais Alterações climáticas e recursos

Leia mais

Como se desenvolverá o sistema hidroelétrico em Portugal?

Como se desenvolverá o sistema hidroelétrico em Portugal? Projeto FEUP - 2016/2017 Mestrado Integrado em Engenharia Civil Como se desenvolverá o sistema hidroelétrico em Portugal? Equipa 11MC05_04: Supervisor: Prof. Francisco Piqueiro Monitora: Ana Machado Ana

Leia mais

Energias Renováveis Eólica e Hídrica

Energias Renováveis Eólica e Hídrica Energias Renováveis Eólica e Hídrica Equipa 1M01_04 Supervisor: Teresa Pereira Duarte Monitor: Daniel Almeida A obtenção de energia a partir das ondas e correntes marítimas Ana Mafalda Duarte Silveira

Leia mais

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS. Abril 2016

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS. Abril 2016 BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS Abril 2016 ELETRICIDADE DE ORIGEM RENOVÁVEL EM PORTUGAL CONTINENTAL Em abril de 2016 as fontes de energias renováveis (FER) mantiveram-se como a principal origem de abastecimento

Leia mais

A exploração e distribuição dos recursos energéticos

A exploração e distribuição dos recursos energéticos A exploração e distribuição dos recursos energéticos Não renováveis carvão petróleo gás natural Combustí veis fósseis Recursos energéticos urânio solar eólica Renováveis hídrica ondas e marés geotérmica

Leia mais

DESAFIOS PARA A ENERGIA HIDROELÉCTRICA EM ANGOLA

DESAFIOS PARA A ENERGIA HIDROELÉCTRICA EM ANGOLA DESAFIOS PARA A ENERGIA HIDROELÉCTRICA EM ANGOLA António Machado e Moura Professor Catedrático, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Portugal Luanda, 24 a 27 de Setembro de 2013 CONFERÊNCIA

Leia mais

O Autoconsumo e a sua Envolvente

O Autoconsumo e a sua Envolvente O Autoconsumo e a sua Envolvente Tendências e Tecnologias para o Autoconsumo Lisboa, 29 de Janeiro de 2015 Energia: É um denominador comum transversal a toda a sociedade, com impacto direto

Leia mais

A INTEGRAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO

A INTEGRAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO A INTEGRAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL Seminário "A Energia Solar - o novo motor de crescimento das renováveis" Lisboa, 17 de Março de 2016 José Medeiros Pinto ÍNDICE 1. Quem somos

Leia mais

Energia e Ambiente. Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética;

Energia e Ambiente. Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética; Energia e Ambiente Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética; Investigação de formas novas e renováveis de energia; Potenciar as

Leia mais

ALGUNS NÚMEROS SOBRE O PROBLEMA ENERGÉTICO DE PORTUGAL

ALGUNS NÚMEROS SOBRE O PROBLEMA ENERGÉTICO DE PORTUGAL 1 ALGUNS NÚMEROS SOBRE O PROBLEMA ENERGÉTICO DE PORTUGAL Pretende-se que o leitor interessado nesta matéria, venha a ter uma visão simples e integrada da questão energética do país, num passado recente

Leia mais

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2 2º semestre de 2017 Prof. Alceu Ferreira Alves http://www4.feb.unesp.br/dee/docentes/alceu/2379teo.htm Energia O que é Energia? Energia se cria? sistema físico isolado?

Leia mais

Políticas e Experiências em. Eficiência Energética

Políticas e Experiências em. Eficiência Energética Políticas e Experiências em Eficiência Energética Seminário Internacional Portugal-Brasil ISABEL SOARES Coimbra, 8-9 Setembro 2011 Agosto 2011 1 ÍNDICE Mix Energético Português Metas Europeias e Nacionais

Leia mais

Energia. Fontes e formas de energia

Energia. Fontes e formas de energia Energia Fontes e formas de energia 2 Fontes de energia As fontes de energia podem classificar-se em: Fontes de energia primárias quando ocorrem livremente na Natureza. Ex.: Sol, água, vento, gás natural,

Leia mais

Tecnologia com elevada eficiência (70% a 90%)

Tecnologia com elevada eficiência (70% a 90%) Mini-hídrica Cláudio Monteiro Motivações e vantagens Tecnologia com elevada eficiência (70% a 90%) Elevado factor de capacidade (P/P max ), mais de 50% o que é elevado comparado com solar (10%) e eólica

Leia mais

ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA

ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA CASA DO POVO DE VALONGO DO VOUGA A Rotulagem de energia eléctrica pretende informar o consumidor sobre as fontes primárias utilizadas e emissões atmosféricas, associadas

Leia mais

FONTES DE ENERGIA PROF. ISRAEL FROIS FRENTES A E B

FONTES DE ENERGIA PROF. ISRAEL FROIS FRENTES A E B FONTES DE ENERGIA PROF. ISRAEL FROIS FRENTES A E B ENERGIA DESIGUAL COMBUSTÍVES FÓSSEIS PETRÓLEO E GÁS Vantagens do Petróleo Alta densidade de energia; Deriva diversos produtos industriais; Domínio

Leia mais

Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort

Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort Índice Introdução Apresentação do projecto Dimensionamento dos sistemas Benefícios Conclusões Introdução Caracterização da situação

Leia mais

Explora. Portugal: Energia em trânsito. Público-alvo. Recursos. Bibliografia e sites. Metas de aprendizagem a atingir

Explora. Portugal: Energia em trânsito. Público-alvo. Recursos. Bibliografia e sites. Metas de aprendizagem a atingir 1 Ciências Físico-Químicas 7.º ANO Explora Duarte Nuno Januário Eliana do Carmo Correia Ângelo Filipe de Castro Portugal: Energia em trânsito Público-alvo Alunos de Ciências Físico-Químicas do 7.º ano,

Leia mais

Maximização do aproveitamento de fontes renováveis endógenas nas redes eléctricas da Madeira e Porto Santo: Constrangimentos, motivações e soluções

Maximização do aproveitamento de fontes renováveis endógenas nas redes eléctricas da Madeira e Porto Santo: Constrangimentos, motivações e soluções Maximização do aproveitamento de fontes renováveis endógenas nas redes eléctricas da Madeira e Porto Santo: Constrangimentos, motivações e soluções 28-03-2011 : Engº. Agostinho Figueira TÓPICOS: Sistema

Leia mais

A energia alternativa é uma energia sustentável que deriva do meio ambiente natural

A energia alternativa é uma energia sustentável que deriva do meio ambiente natural A energia alternativa é uma energia sustentável que deriva do meio ambiente natural Uma das suas principais características é serem renováveis e não poluentes ( mais limpas ). Foram criadas devido à escassez

Leia mais

estatísticas rápidas Abril 2008

estatísticas rápidas Abril 2008 estatísticas rápidas Abril 28 Nº 38 1/22 Índice A.Resumo B. As energias renováveis na produção de electricidade 1. Energia e potência por fonte de energia 2. Energia e potência por distrito 3. Comparação

Leia mais

estatísticas rápidas Agosto/Setembro 2005

estatísticas rápidas Agosto/Setembro 2005 estatísticas rápidas Agosto/Setembro 25 Nº 6/7 1/21 Índice A.Resumo B. As energias renováveis na produção de electricidade 1. Energia e potência por fonte de energia 2. Energia e potência por distrito

Leia mais

Hidrelétrica. Itaipu: MW (potência de geração) * 16,99% da energia consumida no Brasil * Em 2011: MWh.

Hidrelétrica. Itaipu: MW (potência de geração) * 16,99% da energia consumida no Brasil * Em 2011: MWh. Hidrelétrica Funcionamento: * Pressão causa um aumento da velocidade da água rgh=rv 2 /2 portanto: E a h * Quanto mais alta a represa, maior a velocidade da água e, portanto, maior a energia produzida.

Leia mais

PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020)

PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020) PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020) 0 Metas da União Europeia para 2020 20% 20% 20% Peso das Renováveis no consumo de energia final Redução do consumo de energia final Redução de gases de efeito de estufa

Leia mais

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2 2º semestre de 2016 Prof. Alceu Ferreira Alves www.feb.unesp.br/dee/docentes/alceu Energia O que é Energia? Energia se cria? sistema físico isolado? 2379EE2 Energia Solar

Leia mais

AS ENERGIAS RENOVÁVEIS

AS ENERGIAS RENOVÁVEIS AS ENERGIAS RENOVÁVEIS CONVERSÃO DA ENERGIA SOLAR EM ENERGIA ELÉTRICA Equipa 1M06_2: André C. Martins Jaime S. Correia José M. Martins Mariana S. Casalta Miguel S. Ribeiro Supervisor: Abílio de Jesus Monitor:

Leia mais

3 Seminário Socioambiental Eólico Solenidade de Abertura Salvador, 05 de Dezembro de 2016

3 Seminário Socioambiental Eólico Solenidade de Abertura Salvador, 05 de Dezembro de 2016 3 Seminário Socioambiental Eólico Solenidade de Abertura Salvador, 05 de Dezembro de 2016 Panorama político-econômico para a geração de energia eólica e perspectivas ambientais para o setor Saulo Cisneiros

Leia mais

INTERLIGAÇÕES. Valor na Competitividade e na Proteção do Ambiente. XX Congresso da Ordem dos Engenheiros João Afonso*

INTERLIGAÇÕES. Valor na Competitividade e na Proteção do Ambiente. XX Congresso da Ordem dos Engenheiros João Afonso* INTERLIGAÇÕES Valor na Competitividade e na Proteção do Ambiente João Afonso* XX Congresso da Ordem dos Engenheiros 2014 *) Preparado por REN e apresentado por João Afonso 0 REN Gestão integrada das infraestruturas

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE ENERGIA HÍDRICA NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

IDENTIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE ENERGIA HÍDRICA NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA ERAMAC - Maximização da Penetração das Energias Renováveis e Utilização Racional da Contrato nº MAC/4.3/C1 Projecto co-financiado pela UE INTERREG IIIB AMC, FEDER e pela RAM, através da Vice-Presidência

Leia mais

Sumário. Módulo Inicial. Das Fontes de Energia ao Utilizador 25/02/2015

Sumário. Módulo Inicial. Das Fontes de Energia ao Utilizador 25/02/2015 Sumário Situação energética mundial e degradação da energia Fontes de energia. Impacte ambiental. Transferências e transformações de energia. Degradação de energia. Rendimento. Energia está em tudo que

Leia mais

3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DAS RENOVÁVEIS

3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DAS RENOVÁVEIS ÍNDICE 1. QUEM SOMOS 2. A ENERGIA EM PORTUGAL E NO MUNDO 3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DAS RENOVÁVEIS 5. O PAPEL DE PORTUGAL NAS ENERGIAS

Leia mais

Planejamento da Matriz Elétrica Brasileira e a Importância das Questões Ambientais

Planejamento da Matriz Elétrica Brasileira e a Importância das Questões Ambientais III Seminário "Estratégias para Conservação de Peixes em Minas Gerais 5 anos do Programa Peixe Vivo Planejamento da Matriz Elétrica Brasileira e a Importância das Questões Ambientais Prof. Nivalde J. de

Leia mais

Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva

Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva Quantidade Qualidade Gestão da Água Alentejo Temperatura e Precipitação mm 120 30 ⁰ C 100 25 80 20 60 15 40 10 20 5 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

Leia mais

A Produção Hidroeléctrica em Portugal

A Produção Hidroeléctrica em Portugal Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto A Produção Hidroeléctrica em Portugal Como se desenvolverá o sistema Hidroeléctrico futuro em Portugal? Projeto FEUP 2013/14 Mestrado Integrado em Engenharia

Leia mais

PDM de Manteigas. Revisão. Estudos de Base. Volume V Infraestruturas. Tomo III Energia e Telecomunicações

PDM de Manteigas. Revisão. Estudos de Base. Volume V Infraestruturas. Tomo III Energia e Telecomunicações PDM de Manteigas Revisão Estudos de Base Volume V Infraestruturas Tomo III Energia e Telecomunicações Junho 2009 REVISÃO DO PDM DE MANTEIGAS ESTUDOS DE BASE VOLUME V Infraestruturas TOMO III ENERGIA E

Leia mais

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS Edição Mensal Novembro de 217 ELETRICIDADE DE ORIGEM RENOVÁVEL EM PORTUGAL CONTINENTAL Até ao final de novembro o preço da eletricidade no mercado grossista do MIBEL cifrouse

Leia mais

BOLETIM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

BOLETIM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS BOLETIM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS Dezembro 215 Eletricidade de origem renovável em Portugal Continental O ano de 215, apesar ter sido um ano seco e quente, encerra com a eletricidade renovável em posição

Leia mais

As Energias Renováveis nas Orientações de Médio Prazo

As Energias Renováveis nas Orientações de Médio Prazo As Energias Renováveis nas Orientações de Médio Prazo 2009-2012 Senhor Presidente da Assembleia Legislativa Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhoras e Senhores Membros do Governo

Leia mais

Aspectos económicos e ambientais das grandes infraestruturas

Aspectos económicos e ambientais das grandes infraestruturas Aspectos económicos e ambientais das grandes infraestruturas de electro-produção João Joanaz de Melo FCT-UNL / GEOTA Ciclo Política Ambiental no Sistema Fiscal Português Seminário: o sector energético

Leia mais

Produção de Energia Elétrica

Produção de Energia Elétrica U N I V E R S I D A D E T E C N O L Ó G I C A F E D E R A L D O P A R A N Á ATIVIDADE DE FÍSICA PROF.: FAUSTO DATA: Produção de Energia Elétrica A energia é hoje, sem qualquer dúvida, um bem essencial

Leia mais

estatísticas rápidas novembro 2011

estatísticas rápidas novembro 2011 estatísticas rápidas novembro 211 Nº 81 1/22 Índice A. Resumo B. As energias renováveis na produção de eletricidade 1. Energia e potência por fonte de energia 2. Energia e potência por distrito 3. Comparação

Leia mais

Álvaro Rodrigues. Mai11 AR

Álvaro Rodrigues. Mai11 AR A Valorização do Território e as Energias Renováveis Guarda Maio de 2011 Energia Eólica Álvaro Rodrigues Energia e desenvolvimento (clima, território, etc.) Cultura energética dominante o petróleo e os

Leia mais

Micro e Pequenas Centrais Hidrelétricas. Fontes alternativas de energia - micro e pequenas centrais hidrelétricas 1

Micro e Pequenas Centrais Hidrelétricas. Fontes alternativas de energia - micro e pequenas centrais hidrelétricas 1 Micro e Pequenas Centrais Hidrelétricas Fontes alternativas de energia - micro e pequenas centrais hidrelétricas 1 PCH's De acordo com a resolução No. 394-04/12/1998 da ANEEL Agência Nacional de Energia

Leia mais

ENERGIAS RENOVÁVEIS Município de Bragança Amigo do Ambiente

ENERGIAS RENOVÁVEIS Município de Bragança Amigo do Ambiente ENERGIAS RENOVÁVEIS Município de Bragança Amigo do Ambiente Paços do Concelho, 18 de Março de 2010 Consciente de que o futuro das gerações vindouras dependerá em grande parte das acções adoptadas de imediato,

Leia mais

Energía Eólica. Nathalia Cervelheira Michelle Carvalho Neldson Silva Maick Pires. Sinop-MT 2016

Energía Eólica. Nathalia Cervelheira Michelle Carvalho Neldson Silva Maick Pires. Sinop-MT 2016 Energía Eólica Nathalia Cervelheira Michelle Carvalho Neldson Silva Maick Pires Sinop-MT 2016 INTRODUCÃO Denomina-se energía eólica a energía cinética contida nas massas de ar em movimento. Seu aproveitamento

Leia mais

Tipos de Usinas Elétricas

Tipos de Usinas Elétricas Tipos de Usinas Elétricas USINAS GERADORAS DE ELETRICIDADE Uma usina elétrica pode ser definida como um conjunto de obras e equipamentos cuja finalidade é a geração de energia elétrica, através de aproveitamento

Leia mais

A Produção hidroelétrica em Portugal

A Produção hidroelétrica em Portugal A Produção hidroelétrica em Portugal Como se desenvolverá o sistema hidroelétrico futuro em Portugal? Turma: 11MC03 Diogo Aparício Francisco Carvalho Francisco Valente Luís Barroso Nelson Bouça-Nova Pedro

Leia mais

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS. Março 2016

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS. Março 2016 BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS Março 2016 Consumo mensal [TWh] Consumo 1º Trimestre [TWh] ELETRICIDADE DE ORIGEM RENOVÁVEL EM PORTUGAL CONTINENTAL O primeiro trimestre de 2016 caracterizou-se do ponto de

Leia mais

RECURSOS HIDROELÉCTRICOS

RECURSOS HIDROELÉCTRICOS 13 de Outubro de 2010 GRUPO ELE320 RECURSOS HIDROELÉCTRICOS Qual o papel das Centrais Hidroeléctrica na geração de energia? Supervisor: Nuno Fidalgo Monitora: Cristiana Ramos Coordenador: José Magalhães

Leia mais

Enquadramento da utilização da biomassa na União Europeia

Enquadramento da utilização da biomassa na União Europeia Enquadramento da utilização da biomassa na União Europeia Cristina Santos 1 Enquadramento na EU 2 Disponibilidades 3 Estratégia nacional 1 Enquadramento Directiva 2001/77/CE relativa às energia renováveis

Leia mais

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES Página 1 de 28 Atualização: da poupança jun/81 1 133.540,00 15,78 10,00% 13.354,00 10,00% 13.354,00 26.708,00-0,000% - 26.708,00 26.708,00 26.708,00 jul/81 2 133.540,00 15,78 10,00% 13.354,00 10,00% 13.354,00

Leia mais

Fontes renováveis e não-renováveis de energia. Amanda Vieira dos Santos Giovanni Souza

Fontes renováveis e não-renováveis de energia. Amanda Vieira dos Santos Giovanni Souza Fontes renováveis e não-renováveis de energia Amanda Vieira dos Santos 8941710 Giovanni Souza - 9021003 Fontes renováveis e não-renováveis de energia Usos para a energia: Com o avanço tecnológico passamos

Leia mais

Novo Regime Jurídico aplicável à energia produzida em Cogeração Decreto Lei nº 23/2010

Novo Regime Jurídico aplicável à energia produzida em Cogeração Decreto Lei nº 23/2010 Novo Regime Jurídico aplicável à energia produzida em Cogeração Decreto Lei nº 23/2010 José Perdigoto Director Geral de Energia e Geologia Lisboa, 09 de Junho 2010 0 Cogeração de Elevada Eficiência (EE)

Leia mais

Centrais Solares Termoeléctricas

Centrais Solares Termoeléctricas Semana da Tecnologia e Design 2012 Instituto Politécnico de Portalegre Aproveitamento de Energia Solar Térmica Centrais Solares Termoeléctricas João Cardoso joao.cardoso@lneg.pt Unidade de Energia Solar,

Leia mais

HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS

HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS Á r e a s d e i n t e r v e n ç ã o d o e n g e n h e i r o c i v i l n a a v a l i a ç ã o d o s r e c u r s o s h í d r i c o s d i s p o n í v e i s e n a c o n c e p

Leia mais

NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL

NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL NOTA EXPLICATIVA DA INFORMAÇÃO SOBRE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL Ago 2009 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Este documento está preparado para impressão em frente e verso Rua Dom Cristóvão da

Leia mais

ÁGUA E SUSTENTABILIDADE Eficiência Hídrica em Edifícios e Espaços Públicos

ÁGUA E SUSTENTABILIDADE Eficiência Hídrica em Edifícios e Espaços Públicos ÁGUA E SUSTENTABILIDADE Eficiência Hídrica em Edifícios e Espaços Públicos PROGRAMA NACIONAL DE BARRAGENS COM ELEVADO POTENCIAL HIDROELÉCTRICO (PNBEPH) Margarida Almodovar Aveiro, 12 de Fevereiro 2010

Leia mais

Produção hidroeléctrica em Portugal

Produção hidroeléctrica em Portugal Produção hidroeléctrica em Portugal Como evoluiu ao longo do tempo Docente: Francisco Piqueiro Monitor: Joana Loureiro Equipa 1 António Alves 201307743 António Mourão 201306134 Bernardo Tavares 201306477

Leia mais

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31de Agosto e em 15 de Setembro de 2012.

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31de Agosto e em 15 de Setembro de 2012. Situação de Seca Meteorológica em 15 de setembro Contributo do Instituto de Meteorologia, I.P. para o Acompanhamento e Avaliação dos Efeitos da Seca 1. Situação Atual de Seca Meteorológica A situação de

Leia mais

Como se desenvolverá o sistema hidroelétrico futuro em Portugal?

Como se desenvolverá o sistema hidroelétrico futuro em Portugal? Como se desenvolverá o sistema hidroelétrico futuro em Portugal? Figura 1 - Barragem Supervisor: prof. Francisco Piqueiro Monitora: Ana Barbosa Turma 1 equipa 4: Bárbara Meireles up201503437 Mª Francisca

Leia mais

Proposta de Intervenção de S. Exa. a SEAE no Seminário Energia e Cidadania CIEJD, 23 de Março de 2009

Proposta de Intervenção de S. Exa. a SEAE no Seminário Energia e Cidadania CIEJD, 23 de Março de 2009 Proposta de Intervenção de S. Exa. a SEAE no Seminário Energia e Cidadania CIEJD, 23 de Março de 2009 A Importância de um esforço colectivo para um paradigma energético sustentável Cumprimentos Como é

Leia mais

ENERGIA RENOVÁVEIS ÍVISSON REIS

ENERGIA RENOVÁVEIS ÍVISSON REIS UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES JEQUITINHONHA E MUCURI FACULDADES DE CIÊNCIAS EXATAS DERPATAMENTO DE QUÍMICA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL PET ENERGIA RENOVÁVEIS ÍVISSON REIS PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA

Leia mais

Exemplos Práticos de Aplicação da Energia Fotovoltaica no meio Rural Curso Energias Renováveis 02 a 06 de outubro de 2017 Concórdia/SC

Exemplos Práticos de Aplicação da Energia Fotovoltaica no meio Rural Curso Energias Renováveis 02 a 06 de outubro de 2017 Concórdia/SC Exemplos Práticos de Aplicação da Energia Fotovoltaica no meio Rural Curso Energias Renováveis 02 a 06 de outubro de 2017 Concórdia/SC Matias Felipe E. Kraemer Eng. Agrônomo - Me. Desenvolvimento Rural

Leia mais

A Energia solar. Fontes alternativas de energia - aproveitamento da energia solar 1

A Energia solar. Fontes alternativas de energia - aproveitamento da energia solar 1 A Energia solar Fontes alternativas de energia - aproveitamento da energia solar 1 Forma de aproveitamento Quase todas as fontes de energia hidráulica, biomassa, eólica, combustíveis fósseis e energia

Leia mais

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31de julho e em 15 de agosto de 2012.

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31de julho e em 15 de agosto de 2012. Situação de Seca Meteorológica em 15 agosto Contributo do Instituto de Meteorologia, I.P. para o Acompanhamento e Avaliação dos Efeitos da Seca 1. Situação Atual de Seca Meteorológica A situação de seca

Leia mais

Energia e o Desenvolvimento sustentável

Energia e o Desenvolvimento sustentável * Energia e o Desenvolvimento sustentável Os principais desafios para promoção do desenvolvimento sustentável são expandir o acesso a preços acessíveis, o fornecimento de energia confiável e adequado,

Leia mais

Aula 7 Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Eletrotécnica

Aula 7 Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Eletrotécnica Aula 7 Geração, e de Energia Eletrotécnica Energia Elétrica Podemos definir energia elétrica como a energia resultante do movimento de cargas elétricas em um condutor. Mas o que a faz tão importante a

Leia mais

Encontro de negócios da construção pesada. Apresentação: Organização:

Encontro de negócios da construção pesada. Apresentação: Organização: Encontro de negócios da construção pesada Apresentação: Organização: Objetivo Apresentar novas tecnologias que possam auxiliar as empresas da construção pesada na busca de redução nas despesas operacionais

Leia mais

Implementação do EMAS na BA5 e ER2

Implementação do EMAS na BA5 e ER2 Implementação do EMAS na BA5 e ER2 Base Aérea n.º 5 - Gabinete da Qualidade e Ambiente - ALF Teresa Neves Direção de Infraestruturas - ASPOF Nuno Machado Lisboa, 07 de novembro de 2012 Implementação do

Leia mais

Gestão do Sistema Elétrico Português com grande penetração de renováveis REN

Gestão do Sistema Elétrico Português com grande penetração de renováveis REN Gestão do Sistema Elétrico Português com grande penetração de renováveis REN 21 Nov 2017 A MISSÃO DA REN Redes Energéticas Nacionais Realizar a transmissão de eletricidade e gás natural com eficiência

Leia mais

Gestão sustentável dos recursos. 2.1 Recursos naturais: utilização e consequências

Gestão sustentável dos recursos. 2.1 Recursos naturais: utilização e consequências 2 Gestão sustentável dos recursos 2.1 Recursos naturais: utilização e consequências F I C H A D E T R A B A L H O N. O 7 R e c u r s o s n a t u r a i s : u t i l i z a ç ã o e c o n s e q u ê n c i a

Leia mais

Energia Incentivada Geração Distribuída de Energia Mini e Micro Geração de Energia Conceitos Básicos

Energia Incentivada Geração Distribuída de Energia Mini e Micro Geração de Energia Conceitos Básicos Energia Incentivada Geração Distribuída de Energia Mini e Micro Geração de Energia Conceitos Básicos José Henrique Diniz Consultor ADENOR, SEBRAE e FUNDAÇÃO DOM CABRAL Sócio-Consultor: CONEXÃO Energia

Leia mais

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016 A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, a fonte biomassa representa quase 9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica

Leia mais