PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA NO CONTEXTO DA MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL.

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1 PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA NO CONTEXTO DA MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL. Vanilza da Costa Andrade Doutoranda em Geografia NPGEO/UFS INTRODUÇÃO O Estado é a base que dá sustentação ao desenvolvimento do controle sociometabólico do capital, pois [...] o Estado moderno imensamente poderoso e igualmente totalizador se ergue sobre a base deste metabolismo socioeconômico que a tudo engole, e o complementa de forma indispensável (e não apenas servindo-o) em alguns aspectos essenciais (MÉSZÁROS, 2011, p. 98 grifo do autor). Destarte, historicamente o Estado é o catalisador que garante o funcionamento do capitalismo em escala mundial. Desse modo, as políticas públicas criadas pelo Estado tem objetivo dual, pois servem para abrandar possíveis reinvindicações da classe trabalhadora (necessária para que o sistema flua sem possíveis entraves) e, ao mesmo tempo, tem nas entrelinhasinteresses hegemônicos que em essência buscam a abertura de novos espaços/territórios para garantir o lucro incessante do sistema capitalista. O Estado ao criar e/ou estimular políticas habitacionais cria a ideologia de que está enfrentando a problemática da falta de moradia digna para os trabalhadorese,do mesmo modo, estimula à indústria da construção civil, proporcionando a expansão de grandes construtoras para novos espaços, gerando demanda e com essa o aumento da especulação imobiliária. Doravante a mundialização do capital, a política habitacional, no Brasil assume o caráter de impulsionadora de fluxos de capital. Isto é perceptível a partir do momento em que o Estado cria o Programa Minha Casa, Minha Vida 1 (PMCMV) cuja finalidade principal é o financiamento de moradias, alimentando a esfera financeira internacional, 1 O Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) foi criado através da Medida Provisória nº 459, de 25 de março de 2009, regulamentadopelo Decreto nº 6.819, de 13 de abril de 2009 e transformado na Lei nº , de 7 de julho de 2009.

2 além de ter a função de amenizar os impactos no país da crise imobiliária dos Estados Unidos que atingiu todo mundo capitalista. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo analisar o Programa Minha Casa, Minha Vida no contexto da mundialização do capital, partindo de uma leitura geográfica que visa compreender a totalidade concreta, pois (...) o método dialético busca captar a ligação, a unidade, o movimento que engendra os contraditórios, que os opõe, que faz com que se choquem, que os quebra ou os supera (LEFEBVRE, 1991, p 238), a metodologia utilizada é concernente com o método adotado, de tal modo que foi realizada uma revisão bibliográfica, como também trabalho de campo, buscando fazer a relação teoria/prática. O DOMÍNIO DO CAPITAL FINANCEIRO: O ESTADO NO CONTEXTO DA MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL. O período que sucedeu a segunda guerra mundial é caracterizado por grande expansão da economia mundial graças ao modo de produzir fordista, alavancando os chamados trinta anos gloriosos do capital. Entretanto a base que sustentou a acumulação de capital, nesse período, esteve atrelada ao controle da classe trabalhadora, a regulação do Estado na estabilização da demanda efetiva no intuito de controlar os ciclos econômicos e o capital corporativo, conforme afirma Harvey, o crescimento fenomenal da expansão do pós-guerra dependeu de uma série de compromissos e reposicionamentos por parte dos principais atores dos processos de desenvolvimento capitalista. O Estado teve de assumir novos (keynesianos) papéis e construir novos poderes institucionais; o capital corporativo teve de ajustar as velas em certos aspectos para seguir com mais suavidade a trilha da lucratividade segura; e o trabalho organizado teve de assumir novos papéis e funções relativos ao desempenho nos mercados de trabalho e nos processos de produção (1992, p. 125). Com a derrocada do Estado do bem-estar-social e a desestabilização do modo de produzir fordista, surgiu uma crise do consumo em escala mundial. O sistema capitalista

3 de produção entrou em uma profunda crise, pois [...] o nível de endividamento dos Estados perante os grandes fundos de aplicação privados (os mercados) deixou-lhes pouca margem para agir senão em conformidade com as posições definidas por tais mercados (CHESNAIS, 1996, p. 15), no qual o Estado não mais foi capaz sustentar o sistema durante os trinta anos dourados do capitalismo. Nesse contexto, no pós 1973 o capitalismo financeiro emergiu como soberano, no qual um mercado financeiro mundial conseguiu dominar de tal modo às relações econômicas que o capital industrial, mercantil e imobiliário se agregou a ele, formando, um sistema dotado de muita fluidez dentro do mercado mundial, iniciando um processo de reestruturação produtiva do sistema capitalista, [...] caracterizado pela financeirização da economia, de tal modo que desenvolveu novos padrões de acumulação de capital a partir das finanças (LISBOA; CONCEIÇÃO, 2007, p. 118). No capitalismo financeiro, o lucro é retirado através de investimentos e juros adquiridos por meio de transações financeiras que permitem a mobilidade acelerada, na medida em que esse se alimenta da esfera financeira derivada, dentre outras formas de empréstimos e aplicações financeiras em escala mundial. Chesnais (1996) afirma que é na produção que se cria riqueza, com a combinação social de formas de trabalho humano, de diferentes qualificações. Mas é a esfera financeira que comanda, cada vez mais, a repartição e a destinação social dessa riqueza. Desse modo, é na produção que se gera o lucro no modo de produção capitalista, ou seja, é na extração da mais valia dos trabalhadores que o lucro é originado, no entanto, é a esfera financeira que conduz o lucro retirado na produção. Além disso, o capital fictício alimenta-se, principalmente, dos fundos públicos, mas precisamente das dívidas e de políticas monetárias assumidas pelos Estados nacionais diante das políticas neoliberais. Doravante os anos 1990, a política neoliberal surgiu no sentido de concretizar o domínio do capital financeiro em escala mundial, levando às privatizações, à retirada de direitos trabalhistas. Isto é, a diminuição do emprego formal, enfim o palco para o espraiamento do sistema financeiro internacional é preparado a partir da lógica de

4 retirada dos direitos da classe que vive do trabalho; como também o neoliberalismo surgiu como uma reação ao Estado do bem-estar, apresentando teorias de liberdade econômica e política para o mercado. Percebe-se que a política neoliberal foi criada em um contexto de necessária eliminação da consciência de classes dos trabalhadores. Essa foi uma das saídas encontradas pelo sistema para salvaguardar a ideologia que permitiu a grande onda de privatizações e abertura dos mercados nacionais aos produtos capitalistas. Já que os trabalhadores com suas lutas individualizadas não tinham força para amenizar os efeitos dessas políticas nos territórios da periferia capitalista. Com a política neoliberal, o Estado torna-se mínimo, ou seja, mínimo para atender as necessidades da população e em contrapartida máximo para atender os interesses do capitalismo. Assim, nos países subdesenvolvidos como o Brasil, o neoliberalismo surgiu tendo como principal característica a privatização das empresas estatais e abertura econômica, pois essa ação provocaria a melhoria de alguns serviços essenciais (saúde, educação, moradia etc.). Desse modo, o argumento neoliberal de justificar o controle financeiro/privado é caracterizado pelo fato do Estado não dispor de investimentos para os serviços sociais, nos quais a população passaria a buscar no setor privado o que necessitasse, alimentando assim o sistema capitalista. Desse modo, a atuação dos estados nacionais na liberalização e desregulamentação da economia, flexibilização das relações de trabalho foi decisiva para a mundialização do capital a partir dos anos 1990, enquanto pressuposto essencial para que o capitalismo continue a se desenvolver em escala mundial. Desse modo, a consolidação do projeto global de mundializar as relações capitalistas em escala global só foi possível a graças às [...] políticas de liberalização e desregulamentação dos mercados financeiros nacionais promovidos ativamente, durante toda década de 1980 (FIORI, 2007, p. 76). Segundo Chesnais (1996), sem a implementação de políticas de desregulamentação, de privatização e de liberalização da economia, o capital financeiro internacional e os grandes grupos multinacionais não teriam podido destruir tão

5 depressa e tão radicalmente os entraves e freios à liberdade deles de se expandirem à vontade e de explorarem os recursos econômicos, humanos e naturais, onde lhes for conveniente. Nesse contexto, o Estado após os anos que sucedem a crise dos anos 1970 é um [...] Estado pós-moderno, isto é, neoliberal, diminui institucionalmente o polo ligado aos serviços e bens públicos e, portanto, corta o uso do fundo público para os direitos sociais, canalizando a quase totalidade dos recursos estatais para atender ao capital (CHAUÍ, 2004, p. 154). PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA NO CONTEXTO DA MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL. O PMCMV éuma política habitacionalcriadasob o discurso de abrandar os efeitos da crise financeira internacional de 2008 no território brasileiro e, ao mesmo tempo, reduzir o déficit habitacional da classe trabalhadora, por tudo isso é necessário analisalo a partir das dimensões sociais, políticas, econômicas e ideológicas, pois segundo Harvey (2005) [...]a política relativa à posse de casa própria pela classe trabalhadora como, simultaneamente, ideológica (o princípio do direito de propriedade privada obtém apoio muito difundido) e econômico (proporcionam-se padrões mínimos de abrigo e abre-se um novo mercado para a produção capitalista) (p. 88). Harvey (1980) destaca que há diferentes interesses no mercado habitacional e cada grupo tem um modo distinto de determinar o valor de uso e o valor de troca. 1. Os usuários de moradia consomem os vários aspectos da habitação de acordo com seus desejos e necessidades. O valor de uso da casa é determinado pela consideração conjunta de uma situação pessoal ou de família e uma casa particular em uma localização particular. 2. Os corretores de imóveis operam no mercado da moradia para obter valor de troca. Eles obtêm lucro através de cobrança de custos de transação para seus serviços como intermediários.

6 3. Os proprietários operam, na maioria, como valor de troca, pois os proprietários rentistas olham a casa como meio de troca os serviços da moradia são trocados por dinheiro. O proprietário tem duas estratégicas. A primeira é comprar uma propriedade rapidamente e alugá-la para obter renda do capital investido nela. A segunda estratégia envolve a compra de uma propriedade através do financiamento hipotecário. 4. Os incorporadores e a indústria da construção de moradias estão envolvidos no processo de criar novos valores de uso para outros, a fim de realizar valores de troca para si próprios. 5. As instituições financeiras desempenham papel importante no mercado de moradia em relação às características particulares da habitação. O financiamento da casa própria, empreendimentos de proprietários, desenvolvimento e nova construção, recaem pesadamente sobre os recursos e bancos, companhias de seguros, sociedades de construção e outras instituições de financiamento. As instituições de financiamento estão interessadas em obter valores de troca por meio de financiamentos de oportunidades para criação ou aquisição de valores de uso. 6. As instituições governamentais apoiados na carência de valores de uso disponíveis para os consumidores de moradia, frequentemente, interferem no mercado de moradia. A produção de valores de uso através da ação pública pode assumir a forma de auxílio a instituições financeiras aos incorporadores e a indústria da construção para obter valores de troca pela ação do governo ao prover isenção de impostos, para garantir lucros, ou para eliminar o risco. O Programa MCMV é um programa direcionado a famílias com rendimentos de até dez salários mínimos e tem como objetivos aumentar o acesso das famílias de baixa renda à casa própria; geração de emprego e renda por meio do aumento do investimento na construção civil, tornando-se uma política de distribuição de renda e inclusão social; além de ter função anticíclica: estimula a demanda e o emprego. Na primeira fase (2009

7 2011) foram contratadas 1 milhão de moradias e na segunda fase a pretensão é construir 2 milhões de casas e apartamentos 2. Na primeira etapa as famílias com renda de até 3 salários mínimos, a meta era construir 400 mil unidades, através do Fundo de Arrendamento Residencial, do PMCMV Entidades, do Programa Nacional de Habitação Rural e do PMCMV para municípios com população de até 50 mil habitantes. Para famílias com renda de 3 a 6 salários mínimos, a meta também era construir 400 mil unidades, por intermédio do Programa Nacional de Habitação Urbano PNHU e do Programa Nacional de Habitação Rural PNHR/Grupos 2 e 3. Já para as famílias com renda de 6 a 10 salários mínimos, o objetivo era construir 200 mil unidades, com financiamento do FGTS(Cardoso e Aragão 2013). A tabela abaixo demostra a relação entre a distribuição do número de moradias da primeira fase do PMCMV por faixa de renda. Fonte: Dados do Programa Minha Casa, Minha Vida e do Déficit Habitacional da FJP (2009) adaptado de SILVA, Jadson Pessoa da. Programa Minha Casa Minha Vida: uma solução burguesa para a questão da habitação no Brasil. In. VII Colóquio Internacional Marx e Engels, Disponível em: < acessado em 04 de setembro de Percebe-se que a proporção de moradias destinada para a população de 0 a 3 salários, a faixa de renda maior demanda habitacional do Brasil, atingirá apenas 6% do déficit, enquanto que a faixa de 3 a 6 salários será resolvido 83% da estimativa do Faixa de Déficit Déficit por Meta de Meta de % do Renda por Faixa Faixa de moradias do moradias do Déficit (em SM) de Renda Renda Programa por Programa por Atendido Valor Faixa de Renda Faixa de Renda por Faixa Absoluto (%) de Renda O a 3sm 91% % 6 % 3 a 6 sm 7% % 83% 6 a 10 sm 2% % 115% déficit, mas o que é mais alarmante é a proporção na faixa de 6 a 10 salários, pois essa não só conseguirá atender 100% de seu déficit, mas ultrapassará a necessidades de 2 Informações disponíveis em: acessado em 02 de setembro de 2013.

8 moradias, pois atingirá 115% de unidades habitacionais. Desse modo, torna-se perceptível que o PMCMV enquanto política que modela o espaço se apresenta com um componente político-ideológico muito forte, pois todo o discurso feito em torno desse programa é de que a problemática habitacional no país será resolvida, entretanto os próprios dados do programa deixam brecha de quem realmente será comtemplado com essa política. Nesse sentido, diante da mundialização do capital, no qual o capital busca se expandir em escalas cada vez menores para adquirir o lucro necessário para sua reprodução, torna-se fundamental entender que o Estado brasileiro ao criar o PMCMVemcaráter de urgência, demonstra como os interesses políticos-econômicoideológicos na sociedade capitalista são sobrepostos diante das necessidades sociais,poiso Plano Nacional de Habitação 3 foi atropelado diante do imperativo do sistema. É importante destacar que as crises financeiras que se espalharam pelo mundo após a década de 1970 estão densamente relacionadas a questões de propriedade e desenvolvimento urbano. Isto é revelador, pois é comum em períodos em que a economia está fragilizada o Estado buscar aquecer a economia com estímulo à construção civil, além de criar políticas de ajustes, que incentivem a população a financiar imóveis, como foi o caso do PMCMV no Brasil. Desse modo, a movimentação da economia tem reflexos rápidos, no entanto não são duradouros. É como afirma Harvey, Houve centenas de crises financeiras ao redor do mundo desde 1973, em comparação com as muito poucas entre 1945 e 1973, e várias destas foram baseadas em questões de propriedade ou desenvolvimento urbano. A primeira crise em escala global do capitalismo no mundo pós-segunda Guerra começou na primavera de 1973, seis meses antes do embargo árabe sobre o petróleo elevar os 3 Para Bonduki (2009) o Plano Nacional de Habitação PlanHabresultou de um amplo processo participativo, que envolveu todos os seguimentos da sociedade durante 18 meses. Suas propostas, estratégias de ações e metas consideraram a diversidade da questão habitacional, as variadas categorias de municípios, as especificidades regionais e os diferentes olhares de cada segmento social, implementados a curto e médio prazo, tendo como horizonte 2023.

9 preços do barril. Originou-se em um crash do mercado imobiliário global, que derrubou vários bancos e afetou drasticamente não só as finanças dos governos municipais (...), mas também as finanças do Estado de modo mais geral (2011, p.14). Nesse sentido, Cardoso e Aragão (2013) destacam que PMCMV apresenta duas contradições básicas e que se articulam [...] uma primeira contradição ocorre entre os objetivos de combater a crise, estimulando a economia, e os objetivos de combater o déficit habitacional; uma segunda, decorrente do privilégio concedido ao setor privado como o agente fundamental para efetivar a produção habitacional (p ). O PMCMV que foi divulgado como a politica que permitiria resolver a problemática habitacional do país. Entretanto antes mesmo de seu lançamento oficial [...] em março de 2009, a então ministra Dilma Rousseff já havia se reunido com empresários do setor da construção civil, tais como Cyrela, Rossi, MRV, WTorre, Rodobens e já se falava na construção de 1 milhão de casas para a faixa de renda até dez SMs (LOUREIRO, MACÁRIO, GUERRA, 2013, p. 16). Desse modo, percebe-se que o Estado ao criar essa política habitacional permite a expansão do sistema capitalista no território brasileiro, além de inserir a classe trabalhadora no sistema financeiro internacional, via financiamento habitacional. Com a inundação de créditos lançados no setor imobiliário as grandes construtoras imobiliárias viram a criação do PMCMV como um sinal verde para investir no setor com mais força, pois mesmo após um boom imobiliário em 2007 quando as grandes construtoras e incorporadoras abriram seu capital na Bolsa de Valores não foi possível sustentar por muito tempo o lucro, entrando em declínio. A crise mundial de 2008 agravou ainda mais essa decadência, como demonstra Arantes e Fix, A partir de 2006, as principais empresas construtoras e incorporadoras abriram seu capital na Bolsa de Valores, capturando bilhões de reais em poucos meses. Ao que tudo indica, gastaram grande parte na aquisição de bancos de terra. As três maiores empresas somam hoje cerca de cinco bilhões de reais em terras.todos esses fatores somados

10 produziram o boom imobiliário brasileiro a partir de O crescimento repentino com a capitalização e a ampliação do rendimento no setor foi, contudo, insustentável. Produziu-se em 2008 um pico de inflação na construção (12,2%, o dobro do índice geral) (2009, p. 14). Bonduki (2009) destaca que o [...] Minha Casa, Minha Vida fixou-se na produção de unidades prontas, mais ao gosto do setor da construção civil (p. 13), permitindo assim a expansão das construtoras, pois em nenhum momento houve [...] estímulo à ocupação de imóveis construídos vagos, apesar dos inúmeros edifícios vazios existentes nos centros urbanos e das políticas urbanas já elaboradas para favorecer seu uso. Prevalece, assim, a lógica de produção que interessa ao setor da construção (FIX, 2011, p. 143). Desse modo, a criação do PMCMV foi uma necessidade do capitalismo diante da mundialização do capital, poisgarantiu sua expansão no Brasil, além de criar a ideologia de que está resolvendo o problema habitacional no país, abrandando ideologicamente a luta de classes. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo da história do capitalismo o Estado foi/é fundamental para expansão e manutenção desse sistema em escala mundial. Desse modo, perante mundialização do capital, no qual o capitalismo agoniza com crises que se tornaram cada vez mais frequentes, as políticas públicas servem como mecanismos que permitem a expansão do sistema. Destarte, estas que possuem caráter ideológico salvaguardam os interesses hegemônicos, sobretudo através do sustentáculo ideológico de que o Estado está garantindo o aporte social da classe trabalhadora. Nesse sentido, a criação do PMCMV configurou-se [...]como política de cunho predominantemente econômico e não social, ou seja, a necessidade de ativar o mercado passou a se sobrepor ao objetivo de redução do déficit habitacional para trabalhadores de baixa renda (LOUREIRO, MACÁRIO, GUERRA, 2013, p. 17), já que essa política garante a expansão capitalista das grandes construtoras e o financiamento habitacional, garantindo a introdução da classe trabalhadora ao circuito financeiro internacional.

11 Assim, percebe-se que o Estado brasileiro ao criar o PMCMV no contexto da mundialização do capital busca atender as demandas do setor imobiliário, pois permite a abertura de novos espaços para acumulação e espraiamento das grandes construtoras em escalas cada vez menores via discurso ideológico de romper com o déficit habitacional no Brasil. REFERÊNCIAS ARANTES, Pedro Fiori; FIX, Mariana de Azevedo Barreto. Como ogoverno lula pretende resolver oproblema da habitação. Correio da cidadania. v. 30 jul Bonduki, Nabil. Do projeto Moradia ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Revista teoria e debate. Ed. 82, maio de CARDOSO, Adauto Lúcio; ARAGÃO, Thêmis Amorim. Do fim do BNH ao Programa Minha Casa Minha Vida: 25 anos da política habitacional no Brasil. In. CARDOSO, Adauto Lúcio (org). O programa Minha Casa Minha Vida e seus efeitos territoriais. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2013 Série Habitação e cidade, p CHAUÍ, Marilena. Fundamentalismo Religioso: a questão do poder teológico-político. In. NOVAES, Adauto (org). Civilização e barbárie. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, FIORI, José Luís. O poder global e a nova geopolítica dasnações. São Paulo: Boitempo Editorial, FIX, Mariana de Azevedo Barreto. Financeirização e transformações recentes no circuito imobiliário no Brasil. 2011, 288 f. (Tese de Doutorado), Instituto de Economia da UNICAMP, Campinas SP, HARVEY, David. A Justiça Social e a Cidade. Ed.Hicitec: São Paulo, HARVEY, David. A condição pós-moderna. 1ed. São Paulo: Loyola, HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. 1 ed. São Paulo: Annablume, HARVEY, David. O enigma do capital: e as crises do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2011 Tradução de João Alexandre Peschanski.

12 LEFEBVRE, Henri. Lógicaformal/lógica dialética. 5 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S.A, Tradução de Carlos Nelson Coutinho LISBOA Josefa Bispo de;conceição Alexandrina Luz. Desenvolvimento local como simulacro do envolvimento: o novo-velho sentido do desenvolvimento e sua funcionalidade para o sistema do capital. Terra Livre Presidente Prudente Ano 23, v. 2, n. 29, Ago-Dez/2007, p LOUREIRO, Maria Rita; MACÁRIO, Vinicius; GUERRA, Pedro. Democracia, arenas decisórias e políticas públicas: o Programa Minha Casa, Minha Vida. Rio de Janeiro: IPEA, Texto para discussão. MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. 1ed. São Paulo: Boitempo, 2011 tradução Paulo Cézar Castanheira e Sérgio Lessa.

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