REDES DIGITAIS COM INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS (RDIS)

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1 MÁRIO SERAFIM NUNES REDES DIGITAIS COM INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS (RDIS) Adaptado de REDES DIGITAIS COM INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS Mário Serafim Nunes, Augusto Júlio Casaca Editorial Presença 992 (esgotado) Folhas da primeira parte de Redes com Integração de Serviços Setembro de 2004 IST

2 . INTRODUÇÃO.... Evolução das redes públicas de telecomunicações Definição e aspectos gerais da RDIS Princípios básicos da RDIS Recomendações da Série-I do ITU-T ARQUITECTURA DA RDIS Configuração de referência Interfaces de acesso do utilizador Modelo de protocolos da RDIS SERVIÇOS NA RDIS Serviços de suporte Classificação dos serviços de suporte Categorias de serviços de suporte em modo circuito Categorias de serviços de suporte em modo pacote Teleserviços Telefonia Telefax grupo Teleserviços não normalizados Serviços suplementares Serviços suplementares de Identificação de Número (I.25) Serviços suplementares de Oferta de Chamadas (I.252) Serviços suplementares de finalização de chamadas (I.253) Serviços suplementares multi-utilizador (I.254) Serviços suplementares de comunidade de interesses (I.255) Serviços suplementares de taxação (I.256) Serviços suplementares de transferência de informação adicional (I.257) Sinalização associada aos serviços suplementares INTERFACES FÍSICAS UTILIZADOR-REDE Interface de acesso básico Configurações físicas de terminais Ligações funcionais Alimentação dos terminais Codificação e estrutura da trama física Activação e desactivação da interface S Controlo de acesso ao canal D Interface U de transmissão Mário Serafim Nunes IST ii

3 4.5. Tecnologia TCM Tecnologia de Cancelamento de Eco Códigos de linha na interface U Interface de acesso primário PROTOCOLO DE NIVEL 2 DA INTERFACE UTILIZADOR-REDE Funções do LAPD Estrutura das tramas LAPD Comandos e respostas de LAPD SABME - Set Asynchronous Balanced Mode Extended XID - Exchange Identification Gestão do identificador de terminal TEI Procedimento de atribuição de TEI Procedimento de teste de TEI Procedimento de remoção de TEI Procedimento de verificação de identidade de TEI Primitivas de comunicação em RDIS PROTOCOLO DE NÍVEL 3 NA INTERFACE UTILIZADOR-REDE Aspectos gerais Estrutura das mensagens de sinalização de RDIS Estrutura dos elementos de informação Mensagens de sinalização RDIS Mensagens de estabelecimento de chamadas Mensagens da fase de transferência de informação Mensagens de desligamento de chamadas Mensagens diversas Diagrama de estados das chamadas ADAPTAÇÃO DE PROTOCOLOS E INTERFACES EXISTENTES Multiplexagem e adaptação de ritmos Adaptação de interfaces da série V para RDIS Adaptação da interface X.25 para RDIS Caso A - Acesso a uma rede de pacotes Caso B - Serviço de circuito virtual em RDIS Adaptação de interfaces da série V para RDIS com multiplexagem estatística Funções e modos de operação Estrutura das tramas V Procedimentos do protocolo V Funções do Adaptador de Terminal V Procedimentos de controlo de conexões Mário Serafim Nunes IST iii

4 8. SISTEMA DE SINALIZAÇÃO NÚMERO Introdução Blocos funcionais do SS Nº Relação entre o modelo OSI e o SS Nº Procedimentos de controlo de chamada de ISDN-UP GLOSSÁRIO BIBLIOGRAFIA Mário Serafim Nunes IST iv

5 . INTRODUÇÃO. Evolução das redes públicas de telecomunicações As redes públicas de telecomunicações sofreram várias e profundas transformações tecnológicas ao longo do seu pouco mais de um século de existência. Paralelamente ao aumento da sua área geográfica e de número de utilizadores, as redes de telecomunicações foram-se diversificando, tendo sido criadas várias redes especializadas à medida que iam aparecendo novos serviços. Podemos considerar na evolução tecnológica das redes públicas de telecomunicações cinco etapas fundamentais, tomando como base a rede telefónica por ser até aos dias de hoje a rede dominante em dimensão e número de utilizadores: - Rede analógica - Rede com transmissão digital e comutação analógica - Rede digital integrada (RDI) - Rede digital com integração de serviços (RDIS) - RDIS de banda larga (RDIS-BL). Analisamos em seguida, resumidamente, as características fundamentais de cada uma das etapas acima referidas. i) Rede analógica Na primeira fase do seu desenvolvimento as redes de telecomunicações são caracterizadas por utilizarem tecnologia totalmente analógica, quer no sistema de comutação quer no de transmissão. Nesta fase o serviço essencial é o telefónico, de comutação de voz, existindo no entanto paralelamente também comutação de texto através da rede de telex e posteriormente também transmissão de dados através da própria rede telefónica comutada, utilizando modems. ii) Rede com transmissão digital e comutação analógica Numa segunda fase de desenvolvimento é introduzida a transmissão digital nas redes telefónicas, continuando contudo a comutação a ser ainda analógica. O sistema mais utilizado na transmissão digital é designado por hierarquia de transmissão digital, vulgarmente conhecido como sistema de transmissão PCM (Pulse Code Modulation), actualmente normalizado pelo ITU-T em duas versões, a europeia e a norte-americana. Há importantes vantagens na transmissão digital, de que se destacam em especial: - Eliminação quase total do ruído de transmissão resultante da tolerância ao ruído da codificação digital e da introdução de regeneradores ao longo da linha. - Recuperação do sinal analógico sem atenuação devido à digitalização. - Melhor adequação para sinalização por canal comum devido ao aumento de capacidade do canal, maior versatilidade da sua utilização e possibilidade de detecção e controlo de erros. Paralelamente a transmissão de dados beneficia também dos avanços tecnológicos, dando origem ao aparecimento das primeiras redes de comutação de dados autónomas, primeiro com comutação de circuitos e posteriormente com comutação de pacotes, de que o protocolo X.25 é uma referência fundamental. iii) Rede digital integrada (RDI) Numa terceira fase da evolução das redes telefónicas a comutação e a transmissão são totalmente digitais, estabelecendo-se a chamada Rede Digital Integrada (RDI). Mário Serafim Nunes - IST

6 Há apreciáveis vantagens da integração da comutação e da transmissão digitais, quer do ponto de vista técnico devido à uniformização da tecnologia digital utilizada, quer do ponto de vista económico, resultante da diminuição de complexidade das interfaces entre os dois sistemas e da utilização de tecnologia actualmente de mais baixo custo. Nesta fase os factores mais importantes de caracterização das modernas redes de telecomunicações são os seguintes: - Transmissão digital PCM - Comutação digital - Controlo das centrais de comutação por programa armazenado - Sinalização por canal comum - Linha de assinante analógica. iv) Rede digital com integração de serviços (RDIS) A quarta fase da evolução das redes telefónicas e de dados está actualmente a ser iniciada, sendo caracterizada pela integração a médio prazo dos vários serviços actualmente dispersos em várias redes dedicadas, tais como as redes telefónica, de telex e de dados numa única rede, denominada Rede Digital com Integração de Serviços (RDIS). Uma característica fundamental da RDIS é a digitalização da linha do assinante, o que permite eliminar o último obstáculo analógico ainda existente na rede digital integrada. Com a digitalização da rede de assinante, os utilizadores passarão a ter acesso a canais digitais de ritmo muito superior aos permitidos pela rede analógica. O ITU-T aprovou em finais de 984 um conjunto de recomendações relativas à RDIS, as quais são referidas desenvolvidamente mais adiante. v) RDIS de banda larga A quinta fase da evolução das redes de telecomunicações tem como característica fundamental a integração de todos os serviços, incluindo aqueles que requerem um débito elevado, como video interactivo em tempo real e distribuição de televisão de alta definição, que serão suportados numa RDIS dita de banda larga. Esta fase requer suportes de transmissão e tecnologias de comutação bastante diferentes da fase anterior, devido fundamentalmente aos altos ritmos necessários para os novos serviços, onde sem dúvida as tecnologias ópticas desempenharão um papel importante, tanto na transmissão como na comutação. A RDIS de banda larga está neste momento numa fase de investigação e desenvolvimento a nível mundial, estando simultaneamente em normalização no ITU-T, o qual já aprovou um conjundo de recomendações preliminares nesta área. Na figura. é ilustrada graficamente a evolução das redes públicas de telecomunicações, em particular as quatro primeiras fases atrás referidas. Mário Serafim Nunes - IST 2

7 A) Rede Analógica Comutação Analógica Transmissão Analógica Comutação Analógica B) Rede Analógica com Transmissão Digital Comutação Analógica A/D D/A Transmissão Digital A/D D/A Comutação Analógica C) Rede Digital Integrada TE Transmissão Comutação Analógica Digital Transmissão Digital Comutação Digital D) Rede Digital com Integração de Serviços Transmissão TE Transmissão Comutação Digital Digital Digital Comutação Digital E) RDIS de Banda Larga A/D-D/A - Conversão Analógica-Digital e Digital-Analógica TE - Equipamento Terminal Figura. - Fases de evolução das redes públicas de telecomunicações Na figura.2 apresenta-se um diagrama ilustrativo da integração das várias redes e serviços existentes, em que se constata numa primeira fase a integração das redes telefónica, de dados com comutação de circuitos e de pacotes e da rede telex na RDIS de banda estreita e numa segunda fase a integração das redes anteriores juntamente com as redes de televisão convencional, de televisão de alta definição e redes de dados de alto débito na RDIS de banda larga. Mário Serafim Nunes - IST 3

8 Rede telefónica Rede de dados com comutação de circuitos Rede de dados com comutação de pacotes Rede telex RDIS Redes de TV e HDTV Programas de áudio de alta qualidade Transmissão de dados de alto débito RDIS-BL Figura.2 - Integração de redes dedicadas na RDIS e RDIS-BL Apresentam-se em seguida algumas datas significativas para situar historicamente a evolução tecnológica das redes de telecomunicações, de voz, dados e com integração de serviços: Invenção da telegrafia Invenção do telefone Primeira central de comutação manual Primeira central electromecânica Strowger Primeira central electromecânica Crossbar Primeira rede de telex Primeira central electrónica, ESS Primeira rede de dados de comutação de pacotes, ARPANET, EUA Primeira recomendação X Primeira central digital, ESS Primeiras recomendações RDIS Primeira recomendação sobre RDIS de banda larga..2. Definição e aspectos gerais da RDIS A Rede Digital com Integração de Serviços, RDIS, (em inglês ISDN, Integrated Services Digital Network), é uma rede baseada em transmissão e comutação digitais, sendo caracterizada pela integração do acesso dos utilizadores aos diversos serviços e redes actualmente existentes através de interfaces normalizadas fisicamente suportadas numa única linha digital. O objectivo fundamental, a atingir a prazo razoável, é a criação de uma única rede de telecomunicações, uniformizada a nível internacional, que permita a comutação dos vários serviços e tipos de informação. A situação actual caracteriza-se pela existência de diversas redes de telecomunicações públicas independentes, com a sua estrutura própria de transmissão e de comutação. Esta solução como se pode facilmente constatar não é a mais eficiente em termos de utilização de recursos e de meios técnicos e humanos, quer ao nível de operação quer ao nível de exploração das redes. Assim, à medida que o número de serviços de telecomunicações aumenta com a tendência para aumentar o número de redes diferentes, impunha-se uma tentativa de unificação das redes de telecomunicações públicas, nomeadamente através de um único acesso do assinante. Mário Serafim Nunes - IST 4

9 A RDIS é a resposta no sentido de uma integração da maior parte dos serviços de telecomunicações actualmente existentes. Assim o utilizador pode através de uma única linha de assinante ter acesso a um conjunto diversificado de informações, sob a forma de voz, dados, texto e imagem, com uma característica fundamental que é a de que todos estes tipos de informação poderem ser digitalizados. Torna-se evidente que o meio mais eficaz de utilização da linha do assinante é ter uma linha digitalizada, o que permite eliminar o fosso analógico ainda existente nas redes públicas digitais (RDI). Com a digitalização da linha local do assinante, os utilizadores passarão a ter acesso a canais digitais de ritmo muito superior aos permitidos pelas linhas analógicas, abrindo caminho à utilização de um grande número de novos serviços e terminais. Numa primeira fase, que corresponde à rede dita de banda estreita, serão abrangidos serviços com um ritmo máximo de 2 Mbit/s, atingindo-se numa segunda fase a rede de banda larga, que integrará serviços como o vídeo e transmissão de imagens de alta resolução, requerendo ritmos muito mais elevados. A aprovação em finais de 984 pelo ITU-T de um conjunto de recomendações designadas por Série-I, especificando os aspectos essenciais da RDIS foi um marco fundamental para o desenvolvimento da RDIS a nível mundial, nomeadamente por ter criado uma estrutura normalizadora que permite a compatibilização entre os diversos desenvolvimentos em curso nos vários paises e acelera o seu desenvolvimento. Podemos considerar na RDIS vários tipos ou níveis de integração, que se referem a: - integração de linha do assinante - integração de serviços - integração de número de acesso - integração do terminal - integração da comutação - integração da transmissão - integração da sinalização - integração de redes. Relativamente à integração da linha do assinante pretender-se-à que uma única linha possa dar acesso às redes telefónica, de dados com comutação de circuitos, de dados com comutação de pacotes e telex. Quanto à integração de serviços podemos considerar que uma linha RDIS poderá dar acesso a um grande número de serviços, como por exemplo a telefonia, teletexto (teletex), videotexto (videotex), video-telefone, programas sonoros, etc. A integração de número de acesso significa que o assinante poderá dispôr de um único número de acesso RDIS para os diferentes serviços existentes. A integração do terminal é uma consequência da evolução tecnológica do equipamento terminal, que permite a realização de terminais multifuncionais, isto é, capazes de implementar vários serviços num único equipamento, com custos mais baixos e menores dimensões. A integração da comutação tem a ver com a realização de centrais RDIS com capacidade de comutação em vários modos, nomeadamente de circuitos e de pacotes. Com integração da transmissão pretende referir-se a integração deste subsistema com o subsistema de comutação. A integração da sinalização significa a progressiva utilização de um único sistema de sinalização em toda a RDIS, nomeadamente para serviços de comutação de circuitos e de pacotes. A integração de redes corresponde a uma fase avançada da instalação da RDIS, em que esta vai progressivamente substituindo as redes dedicadas existentes, a começar pela rede telefónica. Como objectivos fundamentais da RDIS podemos assim considerar que se pretende pôr à disposição do utilizador uma gama tão variada quanto possível de serviços de telecomunicações, através de um conjunto de interfaces normalizadas com ritmos de comunicação bastante superiores aos actualmente existentes, obter uma redução de custos de operação de exploração da rede em relação ao actualmente existente para as diversas redes, oferecer uma melhor qualidade de serviço e possibilitar o desenvolvimento de novos serviços de uma forma gradual e progressiva sem aumento significativo dos custos. Mário Serafim Nunes - IST 5

10 Podemos considerar duas fases na evolução para a RDIS, a curto prazo prevê-se apenas uma integração no acesso do assinante para os diversos serviços, enquanto a médio prazo a RDIS incluirá não só um acesso unificado para todos os serviços de telecomunicações, mas também irá integrando progressivamente as diversas redes actualmente existentes, nomeadamente a rede telefónica, de dados com comutação de circuitos, de pacotes e de telex..3. Princípios básicos da RDIS Para garantir a compatibilidade com as redes de telecomunicações já existentes e simultaneamente, dar ao sistema uma grande facilidade de expansão, que permita a fácil inserção de novos serviços, a implementação da RDIS deve obedecer a um conjunto de princípios básicos, definidos na recomendação I.20, de que se destacam os seguintes: - possibilidade de implementação de uma larga gama de serviços de voz, dados, texto e imagens, que permitam a adaptação contínua da rede às necessidades dos utilizadores - definição de um conjunto limitado de interfaces e de esquemas básicos de ligação, que facilitem a sua normalização e diminuam os riscos de incompatibilidade de comunicação entre utilizadores - suporte de vários modos de transferência de informação, tais como comutação de circuitos, comutação de pacotes e não comutado (alugado), de modo a permitir aos utilizadores a opção pela tecnologia mais eficiente para cada aplicação - compatibilidade com o ritmo de comutação básico de 64 kbit/s das centrais digitais actuais, de modo a poder utilizar a infraestrutura de comutação e transmissão digital das redes públicas existentes - existência de "inteligência" para proporcionar serviços avançados, tal como se prevê que venham a surgir no futuro próximo - utilização de uma arquitectura de protocolos de acordo com o modelo de referência OSI, para flexibilizar a sua implementação e compatibilizar o sistema com o modelo adoptado pela indústria informática - flexibilidade para adaptação às redes nacionais, de modo a ter em conta os vários níveis de desenvolvimento tecnológico em diferentes países. Por razões fundamentalmente de ordem económica, a evolução das redes de telecomunicações actuais para RDIS deverá ser efectuada por etapas, tendo por base as infraestruturas de comutação e transmissão das redes existentes. São definidos os seguintes princípios básicos de evolução das redes públicas actuais para RDIS: - a infraestrutura básica de início de implementação da RDIS é a rede digital integrada (RDI), a qual servirá como suporte de transmissão e de comutação de circuitos - a RDIS interactuará com as redes dedicadas já existentes (redes de dados, telex, etc.), utilizando as respectivas infraestruturas de comutação e transmissão - em fases subsequentes a RDIS irá incorporando progressivamente as funções das redes dedicadas, até à sua integração total. Partindo da RDI, a RDIS assenta em recomendações já estabelecidas referentes aos níveis inferiores, nos seguintes domínios: - Transmissão digital: recomendações G.70 a G Sinalização : Q.70 a Q.74 - Comunicação de pacotes: X.25, X Recomendações da Série-I do ITU-T As recomendações da Série-I aprovadas pelo plenário do ITU-T em finais de 984 (ITU-T Red Book) e revistas em finais de 988 (ITU-T Blue Book) estão divididas em seis grupos, com a estrutura que se apresenta em seguida e é ilustrada na figura.3. Mário Serafim Nunes - IST 6

11 Série I.200 Série I.300 Caracterização dos Aspectos globais serviços em RDIS da rede Série I.00 Outras séries de recomendações relacionadas com RDIS Série I.400 Estrutura e conceitos gerais Série I.500 Séries Interfaces utilizador-rede Série I.600 Princípios de Interfaces entre redes E, F, G, H, Q, S, V, X manutenção Figura.3 - Estrutura das recomendações da Série-I Parte - Série I.00. Estrutura Geral Secção - Estrutura das Recomendações da Série-I Secção 2 - Descrição da RDIS Secção 3 - Métodos de modelação gerais Secção 4 - Redes de telecomunicações e atributos dos serviços Parte 2 - Série I.200. Caracterização dos serviços Secção - Aspectos dos serviços RDIS Secção 2 - Aspectos comuns dos serviços em RDIS. Secção 3 - Serviços de suporte em RDIS Secção 4 - Teleserviços suportados por RDIS Secção 5 - Serviços suplementares em RDIS Parte 3 - Série I.300. Aspectos globais da rede e funções Secção - Princípios funcionais da rede Secção 2 - Modelos de referência Secção 3 - Numeração, endereçamento e encaminhamento. Secção 4 - Tipos de conexão Secção 5 - Objectivos de desempenho Parte 4 - Série-I.400. Interfaces utilizador-rede RDIS Secção - Interfaces utilizador-rede RDIS Secção 2 - Aplicação das recomendações da Série-I às interfaces utilizador-rede RDIS. Secção 3 - Interfaces utilizador-rede RDIS: recomendações da camada Secção 4 - Interfaces utilizador-rede RDIS: recomendações da camada 2. Secção 5 - Interfaces utilizador-rede RDIS: recomendações da camada 3. Secção 6 - Multiplexagem, adaptação de ritmos e suporte de interfaces existentes. Secção 7 - Aspectos de RDIS afectando requisitos dos terminais. Parte 5 - Série-I.500. Interfaces entre redes RDIS Parte 6 - Série I.600. Princípios de manutenção Mário Serafim Nunes - IST 7

12 2. ARQUITECTURA DA RDIS 2.. Configuração de referência O modelo básico de arquitectura da RDIS apresenta as possibilidades funcionais de comutação e sinalização da rede, o que é mostrado simplificadamente na figura 2.. Comutação de Circuitos RDIS Terminal S Acesso à rede Comutação de Pacotes Acesso à rede S Terminal Sinalização de Canal Comum Redes especializadas Figura 2. - Modelo de arquitectura da RDIS O modelo apresentado mostra a existência de uma interface normalizada de acesso dos utilizadores à rede, designada por interface S. Através desta interface o utilizador tem acesso a todos os recursos, nomeadamente de transmissão, comutação e sinalização, de redes públicas ou privadas. Relativamente à comutação constata-se que a RDIS permite simultaneamente a comutação de circuitos e de pacotes, bem como a ligação a redes especializadas através de interfaces adequadas. Em relação à sinalização o aspecto fundamental é o de ela ser efectuada por canal comum, podendo considerarse três tipos de sinalização: - sinalização entre utilizador e rede - sinalização entre nós da rede - sinalização de utilizador a utilizador. Na figura 2.2 apresenta-se um modelo mais detalhado da RDIS entre o terminal de assinante e a central local, constituído por vários módulos ou grupos funcionais e respectivas interfaces ou pontos de referência. TE2 TA NT2 NT LT ET TE R S S T U V Linha Central pública Rede de assinante Figura Grupos funcionais e pontos de referência da RDIS Verifica-se a existência dos seguintes grupos funcionais: TE - Equipamento Terminal (Terminal Equipment ) O TE é um equipamento terminal com interface normalizada RDIS, designada por S. São exemplos deste tipo de equipamento os telefones digitais, os equipamentos terminais de dados e as estações de trabalho. As funções do TE são essencialmente as seguintes: Mário Serafim Nunes - IST 8

13 - processamento dos protocolos de baixo e de alto nível - funções de manutenção - funções de interface com a rede - funções de interface com o utilizador - funções de conexão a outros equipamentos. TE2 - Equipamento Terminal 2 (Terminal Equipment 2) O TE2 é um equipamento terminal com interface não RDIS. Incluem-se nesta categoria os equipamentos com interfaces diferentes da RDIS normalizadas pelo ITU-T, de que são exemplos os equipamentos com interfaces da Série V, X.2 ou X.25, ou outras interfaces definidas por outras organizações. TA - Adaptador de Terminal (Terminal Adaptor) O adaptador de terminal TA tem por função adaptar um terminal TE2 à interface RDIS, podendo assim existir diferentes TA para adaptação a RDIS dos diversos terminais existentes. Na Série-I são definidas algumas recomendações para adaptação de terminais com interfaces já normalizadas pelo ITU-T, como por exemplo V.24, X.2 e X.25. NT2 - Terminação de Rede 2 (Network Termination 2) O NT2 é um equipamento com funções correspondentes aos níveis a 3 do modelo OSI. Este equipamento pode ser fisicamente um PPCA ou uma LAN, sendo utilizado para comutação em ambientes profissionais, em geral com carácter privado. As funções do NT2 são essencialmente as seguintes: - funções de terminação da interface física com os terminais e outras funções da camada física - processamento dos protocolos de nível 2 e 3 - funções de comutação - funções de concentração de terminais - funções de manutenção. NT - Terminação de Rede (Network Termination ) O NT é o equipamento de terminação da rede pública, estabelecendo a ligação entre o equipamento da rede do assinante e a linha de transmissão de ligação à central pública. Este módulo tem apenas funções correspondentes ao nível físico do modelo OSI, nomeadamente de codificação e descodificação de linha. Estas funções estão associadas com a correcta terminação física e eléctrica da rede, incluindo: - terminação da linha de transmissão - funções de manutenção física da linha - monitorização de desempenho - temporizações - transferência de energia - multiplexagem de nível físico - terminação das interfaces físicas do lado do terminal e do lado da rede - resolução da contenção física de acesso ao bus - codificação/descodificação de linha. LT - Terminação de Linha (Line Termination) O LT é o equipamento de terminação da linha de assinante do lado da central pública. Este equipamento tem apenas funções de adaptação de nível físico, nomeadamente a codificação / descodificação de linha. Mário Serafim Nunes - IST 9

14 ET - Terminação de Central (Exchange Termination) O ET é o equipamento de terminação da central pública, tendo por função essencial o de permitir o acesso do utilizador aos vários recursos da rede, nomeadamente de comutação de circuitos, comutação de pacotes e de sinalização. Inclui funções das camadas a 3 do modelo OSI. São definidas as seguintes interfaces ou pontos de referência entre os vários blocos: R - Interface entre TE2 e TA A interface R não é definida univocamente, existindo tantas interfaces R diferentes quantos os tipos de terminais existentes. S - Interface normalizada entre equipamento terminal e NT2 A interface S está localizada entre o TE e o NT2 ou entre o TA e o NT2. T - Interface normalizada de acesso à rede pública. A interface T é definida entre o NT2 e o NT. Em ambientes domésticos não existe NT2, havendo neste caso coincidência física entre as interfaces S e T. U - Interface de linha de assinante A interface U está localizada entre NT e LT, no acesso à linha de transmissão entre o assinante e a central pública local. V - Interface de acesso ao comutador local A interface V está localizada entre a terminação de linha LT e a terminação da central local ET. Os equipamentos que constituem os grupos funcionais TE, TE2, TA, NT2 e NT estão localizados nas instalações do assinante, constituindo o que é designado por rede do assinante, em inglês Subscriber Premises Network (SPN) ou Customer Premises Network (CPN). Os grupos funcionais LT e ET estão localizados na central de comutação pública. O modelo de referência correspondente à rede de assinante é mostrado na figura 2.3. Terminal não RDIS Terminal RDIS R S T TE2 TA NT2 NT S TE U Linha (PPCA/LAN) Figura Rede de assinante com NT2 O bloco NT2 existe tipicamente nas instalações de grandes assinantes. Será em grande parte dos casos um PPCA com interfaces RDIS, possibilitando a ligação de telefones e de outros terminais, como por exemplo terminais de dados, fax ou videotexto. O bloco NT2 pode também ser uma LAN (Local Area Network). A LAN é tradicionalmente uma rede de dados para comunicação de alto débito entre computadores localizados dentro de uma área restrita, havendo actualmente arquitecturas de LAN que podem ser utilizadas na implementação do NT2, o qual terá neste caso uma arquitectura distribuída, típica das LAN. Mário Serafim Nunes - IST 0

15 Caso o assinante não possua o bloco funcional NT2, a rede de assinante fica simplificada, como se mostra na figura 2.4, havendo então coincidência entre os pontos de referência S e T, que se designa neste caso geralmente por S/T. R S/T U TE2 TA NT Linha TE S/T NT U Linha Figura Rede de assinante sem NT Interfaces de acesso do utilizador A interface digital de voz e dados do assinante sofreu evolução significativa desde meados dos anos setenta, em que existe numa primeira fase um ritmo total da interface de 64 Kbit/s, com uma trama de 6 bits de dados, bit de sincronismo e um bit de sinalização. Posteriormente passou-se para uma trama com um ritmo bruto de 80 Kbit/s, com tramas de 8 bit de dados do utilizador, bit de sinalização e bit de sincronismo, de que é exemplo típico o Reino Unido,. No início dos anos oitenta atingiu-se consenso a nível internacional para utilização de canais de 64 Kbit/s "limpos" uma vez que este é o ritmo natural actualmente existente nas centrais digitais. Finalmente em meados dos anos oitenta foi aprovado a série I de recomendações do ITU-T em que se preconizava a interface básica do assinante de dois canais de 64 Kbit/s e um canal de 6 Kbit/s para sinalização e dados. Em RDIS são definidas apenas duas interfaces diferentes de acesso dos utilizadores à rede, a interface básica e a interface de ritmo primário. A interface básica é constituída por dois canais de 64 kbit/s, designados canais B e por um canal de 6 kbit/s, designado canal D. Esta interface é vulgarmente designada por S0 ou por 2B + D devido à sua estrutura de canais. A interface primária é constituída por 30 canais B de 64 kbit/s e por um canal D de 64 kbit/s na versão europeia, sendo habitualmente designada por interface S2 ou 30B + D. Na versão norte-americana a interface de ritmo primário possui 23 canais B de 64 kbit/s e um canal D de 64 kbit/s, sendo designada por interface S ou 23B + D. Em ambas as interfaces os canais B possuem um ritmo de 64 kbit/s sendo utilizados para canais de dados sem restrições. O canal D tem um ritmo de 6 kbit/s na interface básica e de 64 kbit/s na interface de ritmo primário, sendo utilizado para sinalização e para dados dos utilizadores em modo de pacotes. Na interface primária estão também definidos os canais H0, constituído por 6 canais B (384 Kbit/s) e os canais H e H2, respectivamente constituídos por 24 canais B (536 kbit/s) e 30 canais B (920 kbit/s) Modelo de protocolos da RDIS Como é referido nos princípios básicos, o modelo de protocolos da RDIS é baseado no modelo OSI. Este modelo é baseado em sete camadas ou níveis funcionais, cujas características fundamentais se descrevem resumidamente em seguida. - Camada Física A camada Física define as características eléctricas e mecânicas do circuito ou interface, proporcionando a transmissão transparente de um fluxo de dados num circuito implementado sobre um determinado meio de transmissão. Mário Serafim Nunes - IST

16 2 - Camada de Ligação de Dados A camada de Ligação de Dados permite ultrapassar as limitações inerentes aos circuitos físicos, através da detecção e recuperação dos erros de transmissão ocorridos sobre o circuito físico, permitindo assim a implementação de um circuito virtualmente sem erros. 3 - Camada Rede A camada Rede transfere os dados transparentemente, implementando as funções de encaminhamento (routing) e retransmissão (relaying) dos dados entre utilizadores finais. Uma ou mais subredes podem interactuar ao nível Rede para proporcionar um serviço de rede entre utilizadores finais. 4 - Camada Transporte A camada Transporte proporciona transferência de informação entre utilizadores finais, optimizando os recursos da rede de acordo com o tipo e as características da comunicação, libertando o utilizador dos detalhes relativos à transferência de informação. A camada Transporte opera sempre extremo a extremo (end-to-end), melhorando o serviço da camada Rede quando necessário para garantir os objectivos de qualidade de serviço dos utilizadores. 5 - Camada Sessão A camada Sessão coordena a interacção entre as associações de processos de aplicação em comunicação. Exemplos de modos possíveis da camada Sessão são os diálogos half-duplex e full-duplex. 6 - Apresentação A camada Apresentação transforma a sintaxe dos dados que deverão ser transferidos de forma reconhecível pelos processos de aplicação em comunicação. Um exemplo de uma função da camada Apresentação é a conversão dos dados entre os códigos ASCII e EBCDIC. 7 - Aplicação A camada Aplicação especifica a natureza da comunicação requerida para satisfazer as necessidades do utilizador. A camada Aplicação proporciona os meios necessários para um processo de aplicação aceder ao ambiente OSI. Nas recomendações da série I são definidos apenas os três níveis inferiores do modelo OSI: nível físico, ligação de dados e rede. Relativamente aos diversos grupos funcionais atrás considerados, representa-se na figura 2.5 a estrutura de protocolos de acesso do utilizador, com indicação da funcionalidade de cada um dos elementos considerados. Constata-se na figura 2.5 que o terminal RDIS implementa os protocolos do nível a 7, contudo do ponto de vista da rede só são implementados os níveis inferiores, de a 3. Dos restantes grupos funcionais, o NT2 e o ET implementam os níveis a 3, enquanto que os grupos funcionais NT e LT só implementam o nível físico. Mário Serafim Nunes - IST 2

17 7 6 5 Terminal a terminal S T U TE NT2 NT LT ET Figura Modelo de protocolos da RDIS Na figura 2.6 representa-se o modelo de protocolos da RDIS relativo à interface de acesso básico do utilizador, sendo indicadas as entidades que se encontram normalizadas ou em vias de normalização. Nível 3 B Nível 3 B2 Nível 3 Ent. s Nível 3 Ent. p Nível 3 Ent. t 3 - Rede Nível 2 B Nível 2 B2 Nível 2 LAPD 2 - Ligação de dados Nível 2B+D - Físico Meio físico Figura Protocolos RDIS na interface utilizador-rede (S0) Verifica-se que existe uma única entidade ao nível, a trama de nível físico, na qual são multiplexados um canal D e 2 canais B. Destes canais só os protocolos no canal D estão normalizados, utilizando-se o protocolo de nível 2 denominado LAPD. Este protocolo permite a multiplexagem no canal D de várias entidades de nível 3, nomeadamente de sinalização (s), comutação de pacotes (p) e telemetria (t). Os canais B de dados não estão sujeitos a qualquer protocolo específico, pois são de utilização genérica pelos utilizadores. Relativamente à interface de ritmo primário, a estrutura de protocolos é análoga, com a única diferença de que neste caso o número de canais B é de 23 ou 30, respectivamente para as versões americana e europeia. Uma análise mais aprofundada da informação que atravessa a interface S/T permite distinguir três tipos de dados: sinalização, dados do utilizador e dados de gestão. Estes diferentes tipos de informação conduzem-nos a um modelo de protocolos em três planos, chamados respectivamente plano de controlo, plano do utilizador e plano de gestão. O plano de controlo, (C - Control plane) estruturado em 7 camadas, diz respeito à sinalização no canal D e cobre o conjunto de protocolos de controlo de chamadas e dos serviços suplementares. Só as três primeiras camadas estão definidas na RDIS actualmente. O plano do utilizador (U - User plane), também estruturado em 7 camadas, cobre o conjunto de protocolos relativos aos dados do utilizador, nos canais D ou B. Mário Serafim Nunes - IST 3

18 O plano de gestão (M - Management plane), não estruturado em camadas, agrupa as funções de gestão, o que inclui nomeadamente o tratamento de mensagens de erro e outros procedimentos de gestão do terminal. Na figura 2.7 apresenta-se o modelo de protocolos do terminal, do NT e de um comutador (NT2 ou Comutador local), em que se considerou a existência de comutação de circuitos no plano do utilizador. 7 6 M - Plano de Gestão C - Plano de Controlo(sinalização) U - Plano do Utilizador M U C U C M TE NT NT2 / Central Local Figura Modelo de protocolos com comutação de circuitos Verifica-se na figura que o terminal implementa os protocolos das 7 camadas do modelo OSI no plano do utilizador, o que é o caso mais geral, implementando ainda as 3 camadas inferiores no plano de sinalização, tal como definidas nas recomendações RDIS. O NT apenas implementa as funções da camada para todos os planos, enquanto que o comutador implementa as 3 camadas de sinalização mas apenas a camada no plano do utilizador, visto que se admitiu tratar-se de uma comunicação em comutação de circuitos, logo necessariamente no canal B. Na figura 2.8 apresenta-se o modelo de protocolos análogo ao anterior mas em que se considerou a existência de comutação de pacotes no plano de dados do utilizador. 7 6 M - Plano de Gestão C - Plano de Controlo(sinalização) U - Plano do Utilizador M U C U C M TE NT NT2 / Central Local Figura Modelo de protocolos com comutação de pacotes Verifica-se na figura que quer o terminal quer o NT implementam os mesmos protocolos que no caso anterior, havendo contudo diferenças nos protocolos implementados pelo comutador. Neste caso o comutador implementa os protocolos das três primeiras camadas também no plano do utilizador, visto tratar-se de comutação de pacotes, o que, como veremos adiante, irá requerer na central de comutação um módulo adicional denominado "Packet Handler" ou comutador de pacotes. Mário Serafim Nunes - IST 4

19 3. SERVIÇOS NA RDIS A RDIS tem como objectivo fundamental fornecer uma vasta gama de serviços de telecomunicações aos utilizadores. Contudo, o conceito de serviço de telecomunicações é muito lato, indo desde o simples estabelecimento de um canal de comunicação até à oferta de serviços sofisticados e complexos. Nas recomendações da série I do ITU-T os serviços de telecomunicações são classificados nos três grupos seguintes, que analisaremos em seguida: - serviços de suporte (bearer services) - teleserviços (teleservices) - serviços suplementares (supplementary services). 3.. Serviços de suporte Um serviço de suporte RDIS é um serviço que permite a transferência de informação digital entre utilizadores, podendo ser caracterizado através de um conjunto de parâmetros ou atributos ligados à sua qualidade, como o ritmo do canal, tempo de atraso, etc. e por princípios de exploração específicos. Do ponto de vista de protocolos, os serviços de suporte estão limitados às camadas inferiores do modelo OSI, correspondentes às camadas a 3. Um serviço de suporte RDIS pode efectuar uma transferência de informação entre uma interface de acesso S/T da RDIS e um dos seguintes pontos: - outra interface S/T - um ponto de acesso a uma rede especializada - um ponto interno da rede de acesso a uma função de nível superior Classificação dos serviços de suporte As recomendações RDIS caracterizam os serviços de suporte através de três grupos de atributos: - atributos de transferência de informação - atributos de acesso - atributos gerais. Os atributos de transferência de informação caracterizam as capacidades da rede para transferência de informação entre interfaces S/T. Os atributos de acesso descrevem os meios de acesso às funções ou facilidades da rede, vistas do ponto de referência S/T. Os atributos gerais dizem respeito aos aspectos gerais do serviço. Na figura 3. mostra-se graficamente a relação entre os atributos e a sua aplicação na rede. Atributos de transferência de informação S/T RDIS S/T Atributos gerais Atributos de acesso Figura 3. - Grupos de atributos de serviços de suporte Mário Serafim Nunes - IST 5

20 Estão definidos 7 atributos de transferência de informação (com exemplos): - Modo de transferência da informação Modo circuito, Modo trama, Modo pacote 2 - Ritmo de transferência da informação 64 kbit/s, 384 kbit/s, 536 kbit/s, 920 kbit/s 3 - Possibilidades de transferência da informação Informação digital sem restrição, Voz, Audio a 3. KHz, Audio 7 KHz, Audio 5 KHz, Video 4 - Estrutura Integridade de 8 KHz, Integridade da unidade de dados do serviço, Não estruturada 5 - Estabelecimento da comunicação A pedido (chamada normal), Reservada, Permanente 6 - Simetria - Unidireccional - Bidireccional simétrica - Bidireccional assimétrica 7 - Configuração da comunicação. - Ponto a ponto - Multiponto - Difusão Estão definidos 2 atributos de acesso, com subdivisões do segundo: 8 - Canal e ritmo de acesso D(6), D(64), B, H0, H, H2 9 - Protocolos de acesso 9. - Protocolo de acesso de sinalização, camada I.430, I Protocolo de acesso de sinalização, camada 2 I.440, I Protocolo de acesso de sinalização, camada 3 I.450, I Protocolo de acesso da informação, camada I.430, I.43, I.46, V.20, G Protocolo de acesso da informação, camada 2 HDLC, LAP-B, I.440, I.44, I Protocolo de acesso da informação, camada 3 X.25-Nível3, I.462 Mário Serafim Nunes - IST 6

21 Nos atributos gerais, estão definidos 4 tipos: 0 - Serviços suplementares oferecidos DDI, MSN, CLIP, CLIR, CH, etc. (ver capítulo 3.3) - Qualidade de serviço 2 - Interfuncionamento 3 - Aspectos operacionais e comerciais Os serviços de suporte são classificados em categorias, as quais são caracterizadas por um conjunto de valores dos atributos anteriormente definidos. Há contudo atributos mais importantes que outros na definição das diversas categorias dos serviços. Assim, os atributos a 4 são os mais importantes, sendo chamados "atributos dominantes" e usados para identificar uma categoria particular de serviço de suporte. Os atributos 5 a 7 são chamados "atributos secundários", sendo usados para identificar um serviço de suporte individual dentro de uma categoria determinada. Os atributos de acesso (8 e 9) e os atributos gerais (0 a 3) são usados para especificar mais detalhadamente um serviço de suporte individual, sendo chamados "atributos de qualificação" Categorias de serviços de suporte em modo circuito Estão definidas actualmente as seguintes 8 categorias de serviços de suporte em modo circuito, todas estruturadas em 8 KHz: - 64 Kbit/s sem restrições 2-64 Kbit/s, para transferência de informação de voz 3-64 Kbit/s, para transferência de informação de audio de 3. Khz 4-64 Kbit/s, usado alternadamente para voz ou informação digital sem restrições 5-2 x 64 Kbit/s, sem restrições Kbit/s, sem restrições Kbit/s, sem restrições Kbit/s, sem restrições. C - Modo circuito a 64 Kbit/s sem restrições Esta categoria de serviço de suporte proporciona transferência de informação sem restrições entre pontos de referência S/T da rede, podendo assim ser usado para várias aplicações do utilizador. O parâmetro "Informação digital sem restrição" que caracteriza este serviço indica que o canal é totalmente transparente à informação que veícula e portanto que esta não deve sofrer quaisquer alterações na rede, tais como transcodificação, supressão de "silêncios", etc. Exemplos de aplicação desta categoria de serviço: - acesso transparente a uma rede pública X.25 - vários canais multiplexados pelo utilizador com ritmos submúltiplos de 64 Kbit/s - voz - audio a 3. KHz. C2 - Modo circuito a 64 Kbit/s usado para transferência de informação de voz Esta categoria de serviço de suporte destina-se a suportar comunicação de voz codificada de acordo com a recomendação G.7 (PCM) na lei A ou µ. Neste serviço a rede é autorizada a efectuar tratamentos do sinal, tais como conversão digital-analógica ou transcodificação intermédia de 32 Kbit/s. A rede proporcionará tonalidades e avisos para indicar o progresso da chamada de voz. Mário Serafim Nunes - IST 7

22 C3 - Modo circuito a 64 Kbit/s usado para transferência de informação de audio de 3. KHz Esta categoria de serviço de suporte corresponde ao que é correntemente oferecido pela rede telefónica pública. As informações transportadas representam um sinal analógico qualquer, de banda de frequência limitada de 300 Hz a 3400 Hz, codificado segundo uma lei definida. Este parâmetro é em geral relativo à transmissão de dados com modem, o que impede a aplicação de algumas operações aplicadas aos sinais de voz, como por exemplo supressão de eco. Proporciona transferência de voz e audio a 3. KHz, tal como modems na banda da voz e informação facsimile grupos, 2 e 3. O sinal digital no ponto de referência S/T é conforme à recomendação G.7 (Lei A ou µ). C4 - Modo circuito a 64 Kbit/s usado alternadamente para voz ou informação digital sem restrições Esta categoria de serviço de suporte proporciona a transferência alternada de informação de voz ou 64 Kbit/s sem restrições na mesma chamada. Esta categoria de serviço de suporte é proporcionada para permitir a utilização de terminais com múltiplas capacidades. C5 - Modo circuito a 2 x 64 Kbit/s sem restrições Esta categoria de serviço de suporte proporciona a transferência sem restrições de dois fluxos de informação de 64 Kbit/s sobre dois canais B na interface utilizador-rede. C6 - Modo circuito a 384 Kbit/s sem restrições Esta categoria de serviço de suporte proporciona a transferência sem restrições de 384 Kbit/s de informação sobre um canal H0 na interface S/T utilizador-rede. C7 - Modo circuito a 536 Kbit/s sem restrições Esta categoria de serviço de suporte proporciona a transferência sem restrições de 536 Kbit/s de informação sobre um canal H na interface S/T utilizador-rede. C8 - Modo circuito a 920 Kbit/s sem restrições Esta categoria de serviço de suporte proporciona a transferência sem restrições de 920 Kbit/s de informação sobre um canal H2 na interface S/T utilizador-rede Categorias de serviços de suporte em modo pacote São definidos actualmente as seguintes categorias de serviços de suporte em modo pacote, envolvendo comutação de pacotes: - Chamada virtual e circuito virtual permanente 2 - Comutação de pacotes sem conexão (connectionless) 3 - Sinalização do utilizador (user signalling). P - Chamada virtual e circuito virtual permanente. Esta categoria de serviço de suporte proporciona a transferência sem restrições de informação do utilizador em modo pacote sobre um circuito virtual num canal B ou D na interface S/T. Para o estabelecimento do canal B ou D são usados os protocolos de sinalização da RDIS. Para o transporte da sinalização de controlo das chamadas virtuais e da informação do utilizador será usado o protocolo X.25 no canal B ou D até ao "packet handler". Mais precisamente, no caso do canal B serão usados os protocolos X.25/L3, X.25/L2 (LAPB) e I.430/, respectivamente nos níveis 3, 2, e. No caso do canal D serão usados os protocolos X.25/L3, I.44 (LAPD) e I.430/. P2 - Comutação de pacotes sem conexão (connectionless) no canal D. Esta categoria de serviço de suporte baseia-se na utilização de datagramas, os quais são caracterizados por não requererem o estabelecimento e desligamento de chamadas virtuais. Isto é devido ao facto de os datagramas serem constituídos por tramas com um cabeçalho que contém o endereço do destinatário e toda a informação adicional necessária para permitir o seu encaminhamento até ao destinatário, sem necessidade de envio prévio de outras tramas. Mário Serafim Nunes - IST 8

23 P3 - Sinalização do utilizador (user signalling) Esta categoria de serviço de suporte destina-se a proporcionar o transporte de informação de sinalização entre equipamentos terminais dos utilizadores. Estão definidos os seguintes tipos de sinalização do utilizador (UUS) (ETSI TS 46/33 T): Serviço : permite um elemento de informação User-User no estabelecimento da chamada, numa das mensagens SETUP, ALERTING ou CONNECT e um User-User no desligamento, numa das mensagens DISCONNECT, RELEASE ou RELEASE COMPLETE. Serviço 2: permite a mensagem USER INFORMATION no estabelecimento da chamada, em ambas os sentidos. Serviço 3: permite a mensagem USER INFORMATION também na fase activa da chamada, com fluxo controlado Teleserviços Um teleserviço é um serviço de comunicação entre um utilizador e um outro utilizador ou um servidor da rede. O serviço é considerado na sua globalidade, o que inclui as funções correspondentes a todos os níveis, de a 7, do modelo de protocolos OSI. Exemplos típicos de teleserviços são o serviço telefónico, o telex, o videotexto, o teletexto, etc. O ITU-T definiu os teleserviços através de um conjunto de atributos, os quais são classificados em três grupos, com subdivisões: a) atributos de níveis ou camadas baixas - atributos de transferência de informação - atributos de acesso b) atributos de níveis ou camadas altas c) atributos gerais. Os atributos de níveis baixos incluem os atributos anteriormente definidos para os serviços de suporte (de a 9.6), subdivididos como anteriormente em atributos de transferência de informação ( a 7) e atributos de acesso (8 a 9.6). Os atributos de níveis altos incluem os seguintes novos atributos: 0. Tipo de informação do utilizador Voz (telefonia), Som, Texto, Telefax, Videotexto, Video. Protocolos da camada 4 X.224, T Protocolos da camada 5 X.225, T Protocolos da camada 6 T.400, G.7, T.6, T Resolução 200 ppi, 300 ppi, 400 ppi 3.2 Modo gráfico alfamosaico, alfageométrico, alfafotográfico 4. Protocolos da camada 7 T.60, T.500 Mário Serafim Nunes - IST 9

24 Analogamente aos serviços de suporte, estão definidos para os teleserviços um conjunto de atributos gerais, que são os seguintes: 5. Serviços suplementares 6. Qualidade de serviço 7. Possibilidades de interfuncionamento 8. Operacionais e comerciais. Os teleserviços actualmente definidos pelo ITU-T para serem suportados pela RDIS são os seguintes:. Telefonia 2. Teletexto 3. Telefax 4 4. Modo misto 5. Videotexto 6. Telex. Analisaremos em seguida os teleserviços de Telefonia e Telefax Telefonia O serviço de telefonia proporciona uma conversação bidireccional em tempo real entre utilizadores. Permite a transmissão bidireccional de um sinal de voz com uma largura de banda de 3. KHz. O sinal na interface S/T deverá ser codificado em PCM na lei A ou µ.. A informação do utilizador é transportada no canal B, sendo a sinalização transportada no canal D. Os atributos e respectivos valores do serviço de telefonia são os seguintes: Grupos de atributos Atributos do teleserviço Telefonia Valores. Modo de transferência Circuitos 2. Ritmo de transferência 64 kbit/s Atributos de 3. Possibilidades de transferência Voz Nível baixo 4. Estrutura Integridade de 8 Khz 5. Estabelecimento da comunicação A pedido 6. Simetria Bidireccional simétrica 7. Configuração da comunicação Ponto a ponto 8. Canal e ritmo de acesso B para informação do utilizador; D para sinalização 9. Protocolos de sinalização, camada I.430, I Protocolos de sinalização, camada 2 I.440/I.44 (LAPD) 9.3 Protocolos de sinalização, camada 3 I.450/I.45 (DSS) 9.4 Protocolos de informação, camada I.430/I.43, G Protocolos de informação, camada 2 n.a. 9.6 Protocolos de informação, camada 3 n.a. 0. Tipo de informação do utilizador Voz Atributos de. Protocolos da camada 4 n.a. Nível Baixo 2. Protocolos da camada 5 n.a. 3. Protocolos da camada 6 G.7 4. Protocolos da camada 7 n.a. 5. Serviços suplementares oferecidos DDI, MSN, CLIP, CLIR, CH, etc. Atributos 6. Qualidade de serviço em estudo Gerais 7. Interfuncionamento com a PSTN (R. Telefónica) 8. Aspectos operacionais e comerciais Em estudo n.a. não aplicável Mário Serafim Nunes - IST 20

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