Carta Escolar do Grupo Ocidental

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1 Carta Escolar do Grupo Ocidental

2 2 Carta Escolar Grupo Ocidental Realização Faculdade de Letras Universidade de Coimbra Largo da Porta Férrea Coimbra Direcção Regional da Educação e Formação Paços da Junta Geral Carreira dos Cavalos Angra do Heroísmo Coordenação Científica António Manuel Rochette Cordeiro Equipa do Governo Regional dos Açores Presidente do Governo Regional dos Açores Carlos Manuel Martins do Vale César Secretária Regional da Educação e Formação Maria Lina Pires Sousa Mendes Directora Regional da Educação e Formação Fabíola Jael de Sousa Cardoso Técnica Superior Lúcia Lurdes Oliveira Tavares Santos Equipa Técnica Paulo Caridade Lúcia Santos André Paciência Sandra Coelho Ângela Freitas António José Ferreira Fábio Cunha Gonçalo Carvalho Liliana Paredes Fernando Mendes Luís Fernandes Nuno Redinha Rui Gama Plataforma Dinâmica Intergraph Portugal PensarTerritório, Lda Geodinâmica, Lda Design Gráfico Hugo Campos FLUC, Coimbra, 2009

3 Nota Prévia

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5 Carta Escolar Grupo Ocidental 5 O desafio de elaborar uma Carta Escolar que pudesse suportar a totalidade do sistema educativo da Região Autónoma dos Açores foi o ponto de partida para a realização de um dos projectos mais ambiciosos que se poderia ter aceite no âmbito da criação de ferramentas com vista à optimização da gestão regional, em geral, e da rede educativa, em particular. Mais do que uma simples carta de equipamentos educativos, este projecto pretende integrar todo um conjunto de temáticas relacionadas directa ou indirectamente com o sistema educativo, bem como a realização de toda uma análise prospectiva a nível demográfico, em geral, quer da população escolar, em particular. Açores, no sentido de adequar a oferta à procura educativa, tendo sempre em consideração a optimização dos equipamentos educativos existentes. Neste sentido, após o diagnóstico, deverá ser equacionada não só a criação de novos estabelecimentos de ensino, mas também, e em especial, a definição de novos caminhos, tendo como objectivo a criação de condições de igualdade e de oportunidade, assim como a garantia de um ensino de qualidade para a totalidade das crianças e alunos do Grupo Ocidental. Estes objectivos associados à própria dinâmica demográfica e sócio-económica, bem como por características de índole física, tornou de extrema complexidade a realização da Carta Escolar da Região Autónoma dos Açores. Deste modo, e tendo em consideração as especificidades deste território insular, optou-se pela divisão do relatório diagnóstico, tal como foi referido anteriormente, correspondendo cada volume a um Grupo da Região Autónoma dos Açores, de modo a facilitar a análise, particularizando-se, posteriormente, para as diferentes ilhas. Como tal, a Carta Escolar do Grupo Ocidental subdivide-se em duas escalas de análise, o Grupo e a Ilha, efectuando-se, em ambas, a caracterização física e demográfica, a análise da rede de acessibilidades e transportes, bem como a caracterização geral da oferta e da procura educativa dos diferentes níveis de ensino (desde a Educação Pré-escolar ao Ensino Secundário). Importa, ainda, referir que nas Ilhas das Flores e Corvo procede-se ao estudo dos diferentes Complementos ao Processo Educativo. A Carta Escolar do Grupo Ocidental constitui um documento fundamental para o futuro planeamento, ordenamento e desenvolvimento sócio-económico do grupo e mesmo de toda a região. Deste modo, assume-se como um instrumento de planeamento estratégico, identificando e diagnosticando os principais pontos fortes e fracos, bem como as potencialidades e debilidades da rede educativa, devendo ser um reflexo da própria política educativa nas últimas décadas. Este documento pretende efectuar o diagnóstico da rede e sistema educativo do Grupo Ocidental para que se possa perspectivar a rede educativa deste sector da Região Autónoma dos

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7 A. Grupo Ocidental

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9 Carta Escolar Grupo Ocidental 9 1. Enquadramento Territorial 1.1. Enquadramento e Caracterização Física O Grupo Ocidental do Arquipélago dos Açores é constituído pelas Ilhas do Corvo e Flores, sendo esta última considerada, pela sua posição latitudinal, o extremo mais ocidental do Arquipélago dos Açores e da Europa. Relativamente afastado das outras ilhas, já que a mais próxima, a Ilha do Faial, encontra-se a cerca de 234 km. A Ilha do Corvo é a mais jovem do Arquipélago e mantém a forma de um único cone vulcânico com um lago na cratera central. A distância entre as duas ilhas é de aproximadamente 18 km. Em termos administrativos, a Ilha do Corvo integra apenas um Município o Município do Corvo, enquanto que a Ilha das Flores se divide em dois Municípios: Lajes das Flores e Santa Cruz das Flores (Figura). As Ilhas do Corvo e Flores localizam-se sobre a placa tectónica norte-americana, a oeste do rifte da Crista Média Atlântica e emergem do mesmo banco submarino, de orientação NNE-SSO, encontrando-se separadas das outras ilhas dos Açores por uma fossa de abatimento que ladeia a Crista (Medeiros, 1967). A sua tectónica é controlada por falhas orientadas aproximadamente Norte- Sul, paralelas à Crista Média Atlântica e por falhas transformantes com direcção Oeste-Este, que segmentam o vale do rifte. A geomorfologia actual da Ilha do Corvo assim como da Ilha das Flores não constitui uma expressão directa das estruturas vulcânicas que lhes deram origem, em virtude da acção erosiva durante o período relativamente longo da existência das ilhas, apresentando traços morfológicos bem diferenciados. O Grupo Ocidental integra-se, em termos climáticos, no clima que é definido para o restante arquipélago, ou seja, possui um clima do tipo temperado oceânico (Ferreira, 2005), caracterizado pela fraca amplitude térmica diurna e anual, com precipitação regular e acentuada humidade relativa do ar durante todo o ano. O clima é predominantemente temperado oceânico com Verões amenos (temperatura máxima é de 23,05ºC no Corvo e de 23,7º C em Santa Cruz das Flores, ambas registadas no mês de Agosto) e elevada precipitação que em Santa Cruz das Flores atinge valores médios anuais de mm, (sendo este valor ligeiramente inferior na Ilha do Corvo com mm). Estas características climáticas traduzem-se numa vegetação terrestre bastante abundante Caracterização Demográfica As alterações na demografia traduzem processos de natureza diversa. Evidenciam desde logo transformações na economia ou na família, mas também nas acessibilidades ou nos estilos de vida, e, igualmente, nas condições de saúde ou no domínio político. Paralelamente, alterações no ritmo de crescimento da população, nas estruturas demográficas e na distribuição no espaço das populações direccionam os trajectos evolutivos de muitos dos aspectos de base daqueles processos. A leitura das alterações demográficas registadas nas últimas décadas deve ser assim integrada no contexto alargado da evolução dos respectivos sistemas sociais, culturais, económicos e políticos. É tendo em atenção este pano de fundo que pensamos que o conhecimento da dinâmica demográfica se afigura como essencial para que se possa com antecedência e ponderação reflectir sobre as principais tendências que se prefiguram neste início de século, ordenando o espaço da forma mais adequada e no quadro de uma racionalidade que se pretende dinâmica, gerindo mais eficazmente recursos que, como bens escassos que são exigem alguma cautela e ponderação nas decisões a tomar, uma vez que os custos associados a uma má gestão terão efeitos duradouros e crescentemente elevados. A caracterização demográfica apresenta alguns elementos relativos à distribuição, evolução e características da população para a Região Autónoma dos Açores, considerando os três grupos de ilhas e os respectivos municípios, destacando os principais comportamentos para as décadas mais recentes (oitenta e noventa). Consideram-se ao mesmo tempo as alterações registadas nas freguesias mais importantes (com maior população) de cada município. Destacam-se em particular os elementos prospectivos da dinâmica da população, tendo em atenção o objectivo do presente estudo. Procura-se sempre apresentar os quadros de síntese salientando as principais tendências da evolução da população nos territórios analisados. Por último, são apresentados elementos que permitem conhecer os principais aspectos da geo-economia do território em análise.

10 10 Carta Escolar Grupo Ocidental Em termos metodológicos, a estratégia de investigação valorizou a tradução espacial das variáveis demográficas população residente, nascimentos, óbitos e migrantes (saldo migratório), resumidas através de alguns índices e evidenciando as tendências evolutivas que reflectem as alterações registadas nos padrões de comportamento da população em Portugal no quadro das mudanças sociais, culturais, económicas e políticas ocorridas na segunda metade do século XX. Por outro lado, e dado o objectivo do estudo (validar e reorganizar de forma integrada a rede municipal de equipamentos desportivos existente na Região Autónoma dos Açores), utilizaram-se métodos de projecção da população para as primeiras décadas do actual século. No contexto da análise da população é importante conhecer com algum pormenor as tendências evolutivas, mesmo que isso possa significar cometer erros, que serão em todo o caso de menor amplitude tendo em atenção as opções a realizar no quadro das políticas a seguir e dos investimentos que as materializam. As premissas de base são em todo o caso bastante cautelosas, pelo que a evolução poderá sempre superar os valores projectados. Assim, no sentido de antever os cenários futuros, utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades). Os resultados da aplicação deste método a populações particulares dá informações sobre o volume e a composição (segundo o sexo e as idades) da população em momentos futuros, não tendo em atenção acontecimentos de natureza excepcional (catástrofes, guerras, epidemias, etc.). Os resultados projectados para o futuro traduzem não só a composição (sexo e idades) populacional da população no presente, como têm que ser interpretados a partir das hipóteses assumidas sobre a evolução, ao longo do período prospectivo, dos comportamentos demográficos (mortalidade, fecundidade e movimentos migratórios). O momento de partida utilizado foi a data do último recenseamento (12 de Março de 2001), projectando-se sucessivamente para períodos anuais (município) e quinquenais (freguesia) até Os problemas relacionados com a escala geográfica de análise e com a qualidade dos dados, são aspectos que devem merecer uma especial atenção no cálculo e interpretação dos resultados da projecção. Em relação ao primeiro aspecto, privilegiou-se a desagregação por município como a escala principal, apresentando também resultados para o nível freguesia. A fonte de dados estatísticos foi o Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos da População e Estatísticas Demográficas). Como último elemento, importa sublinhar que os resultados da evolução da população traduzem apenas a consideração das variáveis responsáveis pela dinâmica natural das populações (mortalidade e fecundidade), já que é difícil obter dados sobre as migrações desagregados, por sexo e idades, para os níveis espaciais utilizados (município e freguesia). Mas, considera-se também na análise os resultados a componente migratória, tendo em atenção a equação da concordância e a repartição do saldo migratório a partir da estrutura por idade e sexo existente em Para os anos futuros, considerou-se o saldo migratório correspondente ao último período inter-censitário e a estrutura etária projectada. Contudo, pensamos que os volumes do saldo migratório serão no futuro de menor amplitude dada a política de imigração dos diferentes países da União Europeia. Em paralelo, o saldo das migrações internas será de maior amplitude. De qualquer forma, como veremos, as consequências sobre as variáveis demográficas terão uma tradução pouco expressiva no quadro da evolução projectada. Foi com base nestes pressupostos e sublinhando que a população no tempo de partida reflecte desde logo os efeitos da dinâmica migratória que, para o período , se projectaram os valores de população por sexo e idades. Estes valores devem ser entendidos como tendências na hora de planear equipamentos e infra-estruturas e de tomar decisões no âmbito da apresentação de cartas educativas. A utilização de ferramentas informáticas no quadro dos Sistemas de Informação Geográfica possibilita prospectivar cenários futuros numa base espacial, introduzindo, desta forma, outras variáveis ao tomar decisões sobre a racionalização e utilização de equipamentos e da realização de investimentos Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida O Grupo Ocidental é constituído por duas ilhas (Flores e Corvo), aparecendo no contexto da Região Autónoma dos Açores como um território com expressão demográfica reduzida tendo em atenção os 4420 habitantes registados em 2001 (Quadro 1). Com efeito, representava neste ano apenas 1,8% dos residentes na Região (Figura 1) e esta relação é semelhante à registada dez anos antes aquando da realização do recenseamento populacional, sendo de destacar, no entanto, uma

11 Carta Escolar Grupo Ocidental 11 tendência no sentido de uma ligeira perda de peso no contexto regional, uma vez que em 1991 representava 2,0% do total de população da Região. Considerando o tempo longo (segunda metade do século XX), sublinha-se o facto de o Grupo Ocidental registar uma perda do peso populacional no seio da Região Autónoma dos Açores. Em 1950 apresentava 8543 habitantes (2,7% dos habitantes da Região), data a partir da qual se regista uma perda contínua de população. Com efeito, em 1960 os residentes passaram a ser 7234 (2,2% dos habitantes da Região), em 1070 diminuíram para 6100 (2,1% do valor regional), sendo 4722 em 1981 e 1991 (com pesos regionais de 1,9% e 2,0%, respectivamente), ocorrendo o menor valor do período em análise em 2001 (4420 habitantes). A análise dos valores que traduzem a distribuição da população por Grupo de Ilhas distingue o comportamento dos Grupos Oriental e Ocidental, ao mesmo tempo que evidencia o reduzido quantitativo populacional do Grupo Ocidental. A evolução por Município reflecte esta tendência, uma vez que residem em Santa Cruz das Flores apenas 2493 indivíduos (1,0% do total da Região), 1502 em Lajes das Flores (Municípios da Ilha das Flores) e apenas 425 no Corvo (Ilha do Corvo) A posição geográfica, a reduzida extensão e a história da Região ajudam a compreender a reduzida expressão populacional das Ilhas do Grupo Ocidental.

12 12 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro 1 População residente por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 1950 e Unidade Município % % % % % % Geográfica Nº Nº Nº Nº Nº Nº RAA Portugal RAA Portugal RAA Portugal RAA Portugal RAA Portugal RAA Portugal Santa Maria Vila do Porto ,7 0, ,0 0, ,4 0, ,7 0, ,5 0, ,3 0,1 Lagoa ,3 0, ,3 0, ,7 0, ,3 0, ,4 0, ,8 0,1 Nordeste ,6 0, ,4 0, ,1 0, ,8 0, ,3 0, ,2 0,1 São Miguel Ponta Delgada ,9 0, ,7 0, ,9 0, ,2 0, ,1 0, ,2 0,6 Pov oação ,8 0, ,6 0, ,5 0, ,5 0, ,1 0, ,8 0,1 Ribeira Grande ,7 0, ,1 0, ,3 0, ,6 0, ,4 0, ,8 0,3 Vila Franca do Campo ,5 0, ,5 0, ,9 0, ,9 0, ,6 0, ,6 0,1 Grupo Oriental ,4 2, ,6 2, ,8 1, ,9 1, ,4 1, ,7 1,3 Graciosa Santa Cruz da Gracios ,0 0, ,6 0, ,5 0, ,2 0, ,2 0, ,0 0,0 São Jorge Calheta ,4 0, ,3 0, ,2 0, ,8 0, ,9 0, ,7 0,0 Velas ,8 0, ,6 0, ,2 0, ,4 0, ,4 0, ,3 0,1 Faial Horta ,5 0, ,2 0, ,8 0, ,4 0, ,3 0, ,2 0,1 Lajes do Pico ,7 0, ,5 0, ,3 0, ,4 0, ,3 0, ,1 0,0 Pico Madalena ,6 0, ,6 0, ,4 0, ,5 0, ,5 0, ,5 0,1 São Roque do Pico ,8 0, ,6 0, ,6 0, ,5 0, ,5 0, ,5 0,0 Terceira Angra do Heroísmo ,4 0, ,2 0, ,9 0, ,5 0, ,8 0, ,7 0,3 Vila da Praia da Vitória ,7 0, ,6 0, ,2 0, ,5 0, ,6 0, ,4 0,2 Grupo Central ,9 1, ,2 1, ,0 1, ,2 1, ,6 1, ,4 1,0 Flores Lajes das Flores ,3 0, ,0 0, ,9 0, ,8 0, ,7 0, ,6 0,0 Santa Cruz das Flores ,2 0, ,0 0, ,1 0, ,0 0, ,1 0, ,0 0,0 Corvo Corv o 731 0,2 0, ,2 0, ,2 0, ,2 0, ,2 0, ,2 0,0 Grupo Ocidental ,7 0, ,2 0, ,1 0, ,9 0, ,0 0, ,8 0,04 Região Autónoma dos Açores ,0 3, ,0 3, ,0 3, ,0 2, ,0 2, ,0 2,33 Continente , , , , , ,3 Portugal , , , , , ,0 Fonte: INE, Recenseamentos da População de 1950, 1960, 1970 e 1981, Censos 1991 e Censos

13 Carta Escolar Grupo Ocidental 13 Nº A comparação com os dados de 1950 evidencia a forte perda populacional registada nos três Municípios do Grupo, sendo que Santa Cruz das Flores, Município do Grupo com mais residentes registou a menor perda, não obstante ter menos de 1/3 dos residentes em 2001, de -33,9% correspondendo a residentes (vide Quadro 2 e Figura 3). O Município de Lajes das Flores perdeu nestas cinco décadas quase 2/3 dos habitantes (-62,8% num total de 2538 indivíduos). O Município do Corvo apresenta também uma evolução muito desfavorável (-306 residentes com uma perda relativa de 41,9%) Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo Figura 1 População residente por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre1950 e A análise da dinâmica da população na década de noventa por Município permite distinguir no Grupo Ocidental, a evolução registada no Corvo (8,1%), devendo ter no entanto presente o reduzido número de habitantes do Município-Ilha (Quadro 2 e Figura 2). Os dois Municípios da Ilha das Flores registaram perdas expressivas de menos 5,1% e -11,7%, respectivamente em Santa Cruz das Flores e em Lajes das Flores. Nem mesmo os Municípios com maiores quantitativos de população revelam capacidade de fixar indivíduos. O dispositivo territorial observado no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores expressa um nítido fenómeno de concentração da população nos Municípios da Ilha das Flores, num quadro de perda populacional quer considerando o tempo longo, quer mesmo a década de noventa.

14 14 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro 2 Variação da população residente por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre1950 e Unidade Município Geográfica Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Santa Maria Vila do Porto , , , , , ,7 Lagoa 306 2, , ,0 51 0, , ,6 Nordeste , , , , , ,6 São Miguel Ponta Delgada , , , , , ,3 Pov oação , , , , , ,0 Ribeira Grande , , , , , ,1 Vila Franca do Campo 455 3, , , , , ,2 Grupo Oriental , , , , , ,0 Graciosa Santa Cruz da Graciosa , , , , , ,8 São Jorge Calheta , , ,7 78 1, , ,7 Velas , , , , , ,1 Faial Horta , , , , , ,1 Lajes do Pico , , , , , ,2 Pico Madalena 79 1, , , , , ,9 São Roque do Pico , , ,1-3 -0, , ,5 Terceira Angra do Heroísmo , , , , , ,2 Vila da Praia da Vitória , , , , , ,4 Grupo Central , , , , , ,6 Flores Lajes das Flores , , , , , ,8 Santa Cruz das Flores , , , , , ,9 Corvo Corv o -50-6, , ,3 23 6,2 32 8, ,9 Grupo Ocidental , , ,6 0 0, , ,3 Região Autónoma dos Açores , , , , , ,8 Continente , , , , , ,6 Portugal , , , , , ,7 Fonte: INE, Recenseamentos da População de 1950, 1960, 1970 e 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

15 Figura 2 Variação da população residente por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores de 1991 a Carta Escolar Grupo Ocidental 15

16 16 Carta Escolar Grupo Ocidental Figura 3 Variação da população residente por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores de 1950 a 2001.

17 Carta Escolar Grupo Ocidental Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório As variações na população observada na Região Autónoma do Açores, nos Grupos de Ilhas e nos respectivos Municípios relacionam-se de uma forma que nos parece clara com dois factores primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos desportivos se torna elemento fundamental e, por outro, o saldo migratório, que no contexto da actual conjuntura se assume também como um factor decisivo, mas cuja análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução. A análise da evolução dos valores da natalidade para 1991 e 2001 destaca o reduzido número de nascimentos para o Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores, inferior à meia centena desde 1992 e diminuindo na década de noventa e também desde o ano de 2001 (Quadro 3). Os primeiros anos da década de noventa (entre 1991 e 1995) e 2001 registam o maior número de nascimentos desde 1991 (57, 49, 52, 45 e 48, respectivamente). Apresentando os Municípios uma evolução semelhante, destaca-se o caso de Santa Cruz das Flores por ser aquele que regista mais nascimento no Grupo. As taxas de natalidade traduzem esta tendência de diminuição do número de nascimentos, uma vez que para o Grupo evoluiu de 12,07 para 10,86 (Quadro 4 e Figuras 4 e 6). Os Municípios apresentam uma evolução variável, sendo que Santa Cruz das Flores registou em 2001 menor taxa de natalidade por comparação a 1991 (11,23 contra 16,74%). Lajes das Flores apresenta uma taxa de natalidade maior em 2001 (11,32 contra 7,64 ). Sublinhe-se, ainda assim, o facto de as taxas de natalidade continuarem a ser nestes dois Municípios superiores às registadas em Portugal (10,89 em 2001). A evolução observada no número de óbitos e na correspondente taxa de mortalidade destaca uma evolução diversa nos Municípios do Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores (vide Quadro 4, Quadro 5 e Figuras 5 e 6). A leitura dos valores para estas variáveis destaca uma diminuição do número de óbitos, apresentando as taxas de mortalidade três tendências. Por um lado, o Município de Santa Cruz das Flores mantém a taxa de mortalidade na década de noventa (14,84 ), registando Lajes das Flores uma aumento e a maior taxa de mortalidade (de 14,11 para 17,31 ). O Município do Corvo regista uma diminuição desta taxa entre 1991 e 2001, passando de 15,27 para 9,41 (este valor deve ser interpretado no quadro do reduzido número de residentes). A consideração do número de nados-vivos e de óbitos no Grupo Ocidental para o período entre 1991 e 2005, mostra uma tendência geral que se expressa num número de nascimentos anual reduzido (inferior à meia centena) e inferior ao dos óbitos na década de noventa do século passado e actual década (vide Quadros 3 e 5). As taxas de mortalidade superam as taxas de natalidade no período considerado, sendo em 2001 a taxa de crescimento natural negativa nos Municípios do Grupo Ocidental, sendo de -2,35 no Corvo, -3,61 em Santa Cruz das Flores e -5,99 em Lajes das Flores (vide Quadro 4 e Figuras 4, 5 e 6).

18 18 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro 3 Nados-vivos por Município na Região Autónoma dos Açores de 1991 a Ilha Município Total Santa Maria Vila do Porto Lagoa Nordeste São Miguel Ponta Delgada Pov oação Ribeira Grande Vila Franca do Campo Grupo Oriental Graciosa Santa Cruz da Graciosa São Jorge Calheta Velas Faial Horta Lajes do Pico Pico Madalena São Roque do Pico Terceira Angra do Heroísmo Vila da Praia da Vitória Grupo Central Flores Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo Corv o Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores Fonte: INE.

19 Carta Escolar Grupo Ocidental 19 Quadro 4 Taxas de natalidade, mortalidade e crescimento natural por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores em 1991 e Taxa de Ilha Município Natalidade Mortalidade Natalidade (N) (M) (TN) Taxa de Crescimento Mortalidade natural (TM) (CN) Taxa de Crescimento Natalidade Natural (N) (TCN) Taxa de Mortalidade Natalidade (M) (TN) Taxa de Crescimento Mortalidade natural (TM) (CN) Taxa de Crescimento Natural (TCN) Santa Maria Vila do Porto 77 13, , , , , ,25 Lagoa , , , , , ,51 Nordeste 69 12, , , , , ,51 Ponta Delgada , , , , , ,49 São Miguel Pov oação , , , , , ,59 Ribeira Grande , , , , , ,24 Vila Franca do Campo , , , , , ,66 Grupo Oriental , , , , , ,94 Graciosa Santa Cruz da Gracios 61 11, , , , , ,90 São Jorge Calheta 60 13, ,30 0 0, , , ,95 Velas 85 14, , , , , ,68 Faial Horta , ,14 4 0, , ,15 4 0,27 Lajes do Pico 58 10, , , , , ,12 Pico Madalena 67 11, , , , , ,52 São Roque do Pico 43 11, , , , , ,92 Terceira Angra do Heroísmo , , , , , ,56 Vila da Praia da Vitória , , , , , ,23 Grupo Central , , , , , ,38 Flores Lajes das Flores 13 7, , , , , ,99 Santa Cruz das Flores 44 16, ,84 5 1, , , ,61 Corvo Corv o 0 0, , ,27 3 7,06 4 9, ,35 Grupo Ocidental 57 12, , , , , ,30 Região Autónoma dos Açores , , , , , ,16 Fonte: INE.

20 20 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro 5 Óbitos por Município da Região Autónoma dos Açores de 1991 a Ilha Município Total Santa Maria Vila do Porto Lagoa Nordeste São Miguel Ponta Delgada Pov oação Ribeira Grande Vila Franca do Campo Grupo Oriental Graciosa Santa Cruz da Graciosa São Jorge Calheta Velas Faial Horta Lajes do Pico Pico Madalena São Roque do Pico Terceira Angra do Heroísmo Vila da Praia da Vitória Grupo Central Flores Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo Corv o Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores Fonte: INE.

21 Carta Escolar Grupo Ocidental 21 20,00 30,00 15,00 10,00 20,00 5,00 10,00 0,00-5,00 0,00-10,00-15,00-10,00-20,00 Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo -20, TN 1991 TM 1991 TCN 1991 Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Taxa de Crescimento Natural Figura 4 Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores em Figura 6 Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre 1991 e ,00 15,00 10,00 5,00 0,00-5,00-10,00 Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo TN 2001 TM 2001 TCN 2001 Figura 5 Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores em A consideração da dinâmica das migrações para a Região Autónoma dos Açores e para os Grupos de Ilhas vem reforçar o cenário identificado de evolução positiva da população na Região e nos territórios que revelam maior dinamismo demográfico e económico (Quadro 6 e Figura 7). Mas, se o crescimento natural é positivo na Região e no Grupo Oriental, o mesmo não se verifica nos Grupos Central e Ocidental. Ao mesmo tempo o saldo migratório apresenta também valores positivos na Região e naquele Grupo (3447 e 4672 pessoas, respectivamente). Registe-se ainda que os Grupos Central e Ocidental apresentam saldos migratórios negativos (-942 e -283, respectivamente). Esta evolução traduz-se, assim, num crescimento efectivo expressivo na última década do século XX na Região Autónoma (3968 indivíduos), resultado sobretudo do poder de atracção de população evidenciada pelo Grupo Oriental (5350 pessoas). A dinâmica demográfica positiva apresentada pelo Região e pelo Grupo Oriental tem uma forte componente associada ao fenómeno migratório observado nos municípios de Ponta Delgada, Ribeira Grande e Lagoa. No caso do Grupo Central, e não obstante o crescimento efectivo negativo, o município de Angra do Heroísmo regista, quer crescimento natural quer saldo migratório, favoráveis (20 e 291 indivíduos, respectivamente). No Grupo Ocidental, o Município do Corvo apresenta um crescimento efectivo positivo (32 indivíduos), resultado da dinâmica migratória favorável (33

22 22 Carta Escolar Grupo Ocidental residentes). O regresso de emigrantes poderá justificar a evolução positiva, que deve ser enquadrada no reduzido peso populacional. As razões que permitirão entender estes comportamentos devem ser procuradas no quadro quer da localização e posição geográficas, quer da história das ilhas deste Grupo. Quadro 6 Movimentos da População por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 1991 e Ilha Município Crescimento Natural (CN) Saldo Migratório (SM) Crescimento Efectivo (CE) Santa Maria Vila do Porto Lagoa Nordeste Ponta Delgada São Miguel Pov oação Ribeira Grande Vila Franca do Campo Grupo Oriental Graciosa Santa Cruz da Graciosa São Jorge Calheta Velas Faial Horta Lajes do Pico Pico Madalena São Roque do Pico Terceira Angra do Heroísmo Vila da Praia da Vitória Grupo Central Flores Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo Corv o Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores Fonte: INE Nº Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo Crescimento natural Saldo Migratório Crescimento efectivo Figura 7 Movimentos da população por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre 1991 e Estrutura da população: sexo e idades A análise da evolução da população deve contemplar também o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas. Consideram-se, para efeitos de análise, as pirâmides etárias relativas a 1991 e 2001 para o Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores, centrando a atenção nos respectivos perfis populacionais. Em paralelo, apresentam-se alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária da população. Conjuntamente com os dados avançados para a dinâmica natural da população permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população. A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha a crescente tendência para o envelhecimento da população (Quadro 7). Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada dos grupos etários, verificamos que, no Grupo Ocidental, a população jovem-adulta (15-39 anos) e adulta (40-64 anos) sofreram um aumento desde 1991 (de 33,1% para 36,5% e de 26,4% para 29,0%, respectivamente). Por outro

23 Carta Escolar Grupo Ocidental 23 lado, a população jovem (0-14 anos) registou nesta década uma diminuição de 21,4% para 16,5%, o mesmo acontecendo no caso da população idosa (mais de 65 anos), que passou de 19,0% para 18,0%. A evolução na estrutura etária traduz, assim, o duplo envelhecimento que caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos, e que deve merecer uma reflexão sobretudo no caso português, dada a rapidez em que se passou de uma sociedade com uma população jovem para uma outra envelhecida. jovem de activos (15 49 anos) e da metade mais idosa (40-64 anos), de 3% e 2,9%, respectivamente. Acresce que a população idosa sofreu uma forte quebra (-11,5%). A perda de jovens é maior do que a registada na Região Autónoma dos Açores, sendo o acréscimo nos restantes escalões etários menor. A análise por Município sublinha a diminuição da população jovem em todos os Municípios do Grupo e o decréscimo no escalão etário de 65 e mais anos (Quadro 8). A evolução representa para o Grupo Ocidental uma perda de população jovem entre 1991 e 2001, de 27,9%, e, por outro lado, um acréscimo com significado de população da metade mais Grupos etários Quadro 7 População residente por Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores, segundo os grandes grupos etários, em 1991 e RAA Grupo Ocidental Grupo Central Grupo Ocidental Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % 0-14 anos , , , , , , , , , , , , anos , , , , , , , , , , anos , , , , , , , , , ,9 65 anos ou mais , , , , , , , , ,5 Total , , , ,4 Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

24 24 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro 8 População residente por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores, segundo os grandes grupos etários, em 1991 e a 14 anos 15 a 39 anos 40 a 64 anos 65 anos ou mais Total Ilha Município Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Santa Maria Vila do Porto , , , , , , , , Lagoa , , , , , , , , Nordeste , , , , , , , , São Miguel Ponta Delgada , , , , , , , , Pov oação , , , , , , , , Ribeira Grande , , , , , , , Vila Franca do Campo , , , , , , , , Grupo Oriental , , , , , , , Graciosa Santa Cruz da Graciosa , , , , , , , São Jorge Calheta , , , , , Velas , , , , , , Faial Horta , , , , , , Lajes do Pico , , , , , , , Pico Madalena , , , , , , , São Roque do Pico , , , , , , Terceira Angra do Heroísmo , , , , , , , Vila da Praia da Vitória , , , , , , , , Grupo Central , , , , , , , , Flores Lajes das Flores , , , , , , Santa Cruz das Flores , , , , , , , , Corvo Corv o 70 17, , , , , , , Grupo Ocidental , , , , , Região Autónoma dos Açores , , , , , , , Continente , , , , , , , , Portugal , , , , , Fonte: INE, Censos 1991 e Censos

25 Carta Escolar Grupo Ocidental 25 A análise das pirâmides etárias para o Grupo Ocidental no ano de 2001 reflecte, comparativamente a 1991, um envelhecimento da população, que se traduz por um estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 8). Mas, a observação do perfil das pirâmides traduz comportamentos demográficos diversos, uma vez que para o sexo masculino, se exceptuarmos as idades entre os 20 e os 29 anos, os 35 a 59 anos e os 80 e mais anos onde se registam mais indivíduos em 2001, as restantes idades apresentam menos indivíduos em A evolução para o sexo feminino é ainda mais desfavorável, sendo que apenas nos anos de 25 a 34 e 40 a 49 anos existiam mais pessoas em Um último comentário sublinha o facto de os escalões etários até aos 29 anos, no caso dos homens, e até 34 anos, no caso das mulheres, terem sucessivamente menos indivíduos que o escalão seguinte 2001, facto que pode indiciar uma evolução no sentido da tendência de envelhecimento registada em Portugal. Figura 8 Pirâmide etária da população residente no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores de 1991 a Os valores do índice de envelhecimento reflectem esta evolução, uma vez que para o Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores evoluiu de 88,9% em 1991 para 109,2% em 2001 (Quadro 9). Trata-se de valores superiores aos observados em Portugal, já que esta relação era no todo nacional de 68,1% em 1991, passando para 102,2% em Estes resultados significam que por cada 100 jovens existiam cerca de 89 e 109 idosos, respectivamente em 1991 e A relação era de 100 para 68 e 100 para 102 em Portugal nestes dois anos. Tratar-se, no caso do Grupo, de valores que caracterizam já em 2001 uma população de em processo de envelhecimento. Os valores do índice de juventude expressam este comportamento, uma vez que a relação jovens idosos era em 1991 de cerca de 1 para 1, evoluindo em 2001 para uma relação ligeiramente desfavorável (para cada idoso existiam 0,9 jovens). Esta evolução reflecte o início da inversão da relação, no sentido da diminuição de jovens na população e do envelhecimento da população do Grupo Ocidental. Os Municípios do Grupo, revelando os mesmos comportamentos, apresentam algumas diferenças. Com efeito, os Municípios do Corvo e de Lajes das Flores distinguem-se de Santa Cruz das Flores por apresentarem índices de envelhecimento expressivos e superiores a 100, tendo mesmo aumentado entre 1991 e O Município de Santa Cruz das Flores regista ainda em 2001 um índice de envelhecimento inferior a 100 (96,3%).

26 26 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro 9 Índice de juventude e índice de envelhecimento por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores em 1991 e Índice de juventude (%) Índice de envelhecimento (%) Ilha Município H M HM H M HM Santa Maria Vila do Porto 294,2 198,7 201,6 140,1 240,2 164,9 34,0 50,3 49,6 71,4 41,6 60,6 Lagoa 444,9 336,8 311,3 231,3 369,1 276,7 22,5 29,7 32,1 43,2 27,1 36,1 Nordeste 157,5 133,1 117,9 92,0 134,8 109,8 63,5 75,1 84,8 108,7 74,2 91,1 São Miguel Ponta Delgada 354,9 275,6 227,5 160,5 278,4 204,4 28,2 36,3 44,0 62,3 35,9 48,9 Pov oação 230,6 176,6 151,3 129,8 184,0 149,7 43,4 56,6 66,1 77,0 54,3 66,8 Ribeira Grande 425,5 363,0 287,6 242,6 344,9 293,1 23,5 27,5 34,8 41,2 29,0 34,1 Vila Franca do Campo 347,5 273,2 229,1 168,2 279,0 210,7 28,8 36,6 43,7 59,4 35,8 47,5 Grupo Oriental 349,1 277,2 231,3 174,4 279,7 215,8 28,6 36,1 43,2 57,4 35,7 46,3 Graciosa Santa Cruz da Graciosa 120,7 103,5 87,1 64,0 101,8 80,5 82,9 96,6 114,8 156,3 98,2 124,3 São Jorge Calheta 185,6 102,6 150,1 91,9 165,5 97,0 53,9 97,5 66,6 108,8 60,4 103,1 Velas 180,9 122,7 120,1 89,4 145,5 103,7 55,3 81,5 83,3 111,8 68,8 96,4 Faial Horta 172,2 150,7 125,1 97,9 145,4 118,9 58,1 66,3 79,9 102,2 68,8 84,1 Lajes do Pico 102,3 93,5 94,3 69,8 98,2 80,6 97,8 106,9 106,0 143,2 101,8 124,1 Pico Madalena 131,5 99,0 96,7 75,3 112,1 85,8 76,0 101,0 103,4 132,9 89,2 116,6 São Roque do Pico 127,1 103,6 100,8 81,3 113,2 91,4 78,7 96,5 99,2 123,0 88,4 109,5 Terceira Angra do Heroísmo 214,8 172,7 149,8 115,4 177,0 138,4 46,6 57,9 66,7 86,6 56,5 72,3 Vila da Praia da Vitória 237,7 174,2 180,8 134,0 206,3 151,8 42,1 57,4 55,3 74,6 48,5 65,9 Grupo Central 182,6 144,1 135,2 102,7 155,9 120,2 54,8 69,4 74,0 97,4 64,2 83,2 Flores Lajes das Flores 116,3 101,7 86,7 67,2 99,1 81,1 86,0 98,4 115,3 148,7 100,9 123,2 Santa Cruz das Flores 135,6 114,1 125,5 95,1 130,3 103,8 73,7 87,7 79,7 105,1 76,8 96,3 Corvo Corv o 100,0 72,2 52,7 62,2 72,9 66,7 100,0 138,5 189,7 160,7 137,1 150,0 Grupo Ocidental 125,2 105,5 102,2 80,8 112,5 91,6 79,9 94,8 97,8 123,8 88,9 109,2 Região Autónoma dos Açores 255,2 205,2 179,7 137,2 211,8 165,3 39,2 48,7 55,6 72,9 47,2 60,5 Continente 177,1 116,7 120,3 80,4 143,9 95,7 56,5 85,7 83,1 124,3 69,5 104,5 Portugal 180,9 119,7 122,7 82,1 146,9 97,8 55,3 83,6 81,5 121,8 68,1 102,2 Fonte: INE, Censos 1991 e Censos A leitura dos resultados do índice de dependência dos jovens, dos idosos e total ajuda também a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito à população (Quadro 10). Para o Grupo ocorreu uma diminuição do valor deste coeficiente entre 1991 e 2001, de 67,9% para 52,7%, o que significa que para cada 100 potencialmente activos existiam cerca de 53 não activos, o que traduz uma diminuição da importância dos não activos (jovens e idosos) para os activos (existiam em 2001 cerca de 2 potencialmente activos para 1 inactivo). Por sexo registam-se valores superiores nas mulheres, tendência que traduz as diferenças de esperança média de vida à nascença e a maior mortalidade do sexo masculino. Os Municípios registam comportamentos

27 Carta Escolar Grupo Ocidental 27 semelhantes não ocorrendo diferenças no Grupo. A título de comparação, os valores de Portugal reflectindo a mesma realidade, revelam tendências semelhantes no sentido da dependência dos não activos ser menor em relação aos potencialmente activos. Esta leitura deve ser realizada com algum cuidado, já que diminuindo o número de jovens, não se verifica uma evolução no mesmo sentido dos idosos, facto que condicionará as políticas sociais a privilegiar o maior peso deste grupo aquando da elaboração de estratégias territoriais de desenvolvimento. Quadro 10 Índice de dependência por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores em 1991 e Índice de dependência dos jovens (%) Índice de dependência dos idosos (%) Índice de dependência total (%) Ilha Município H M HM H M HM H M HM Santa Maria Vila do Porto 44,5 31,5 42,2 30,6 43,3 31,1 15,1 15,9 20,9 21,8 18,0 18,8 59,6 47,4 63,1 52,5 61,4 49,9 Lagoa 55,7 39,7 51,1 37,1 53,4 38,4 12,5 11,8 16,4 16,0 14,5 13,9 68,2 51,5 67,5 53,1 67,9 52,3 Nordeste 39,3 32,8 40,3 30,3 39,8 31,5 25,0 24,6 34,2 32,9 29,5 28,7 64,2 57,4 74,4 63,2 69,3 60,2 São Miguel Ponta Delgada 45,8 34,1 42,7 31,7 44,2 32,9 12,9 12,4 18,8 19,7 15,9 16,1 58,8 46,4 61,4 51,4 60,1 49,0 Pov oação 44,0 33,4 42,3 33,8 43,2 33,6 19,1 18,9 28,0 26,1 23,5 22,5 63,1 52,4 70,3 59,9 66,6 56,1 Ribeira Grande 59,9 45,3 59,3 43,3 59,6 44,3 14,1 12,5 20,6 17,9 17,3 15,1 73,9 57,7 80,0 61,2 76,9 59,4 Vila Franca do Campo 49,7 39,7 46,6 37,9 48,2 38,8 14,3 14,5 20,3 22,5 17,3 18,4 64,0 54,2 66,9 60,4 65,4 57,2 Grupo Oriental 49,4 37,2 46,8 35,0 48,1 36,1 14,2 13,4 20,2 20,1 17,2 16,7 63,6 50,6 67,0 55,1 65,3 52,8 Graciosa Santa Cruz da Graciosa 35,6 29,5 33,7 25,8 34,7 27,7 29,5 28,4 38,7 40,4 34,0 34,4 65,0 57,9 72,5 66,2 68,7 62,0 São Jorge Calheta 40,1 28,0 42,0 26,7 41,1 27,3 21,6 27,3 28,0 29,0 24,8 28,2 61,7 55,2 70,0 55,7 65,9 55,5 Velas 37,5 27,4 34,7 27,4 36,1 27,4 20,7 22,4 28,9 30,7 24,8 26,4 58,2 49,8 63,6 58,1 60,9 53,9 Faial Horta 39,1 26,2 37,3 26,8 38,2 26,5 22,7 17,4 29,8 27,4 26,3 22,3 61,7 43,6 67,1 54,2 64,4 48,8 Lajes do Pico 31,0 25,4 30,6 23,5 30,8 24,5 30,3 27,2 32,5 33,7 31,4 30,4 61,3 52,6 63,1 57,2 62,2 54,9 Pico Madalena 34,5 25,2 31,5 26,1 33,0 25,6 26,2 25,5 32,5 34,6 29,4 29,9 60,7 50,7 64,0 60,7 62,4 55,5 São Roque do Pico 38,3 25,7 34,1 26,6 36,2 26,1 30,2 24,8 33,8 32,7 32,0 28,6 68,5 50,5 67,9 59,4 68,2 54,8 Terceira Angra do Heroísmo 39,2 29,8 37,8 30,1 38,5 29,9 18,3 17,3 25,3 26,1 21,8 21,6 57,5 47,1 63,1 56,1 60,3 51,6 Vila da Praia da Vitória 39,5 29,2 37,5 28,9 38,5 29,1 16,6 16,8 20,8 21,5 18,7 19,1 56,1 46,0 58,3 50,4 57,2 48,2 Grupo Central 38,2 28,3 36,6 28,2 37,4 28,2 20,9 19,6 27,1 27,4 24,0 23,5 59,2 47,9 63,7 55,6 61,4 51,7 Flores Lajes das Flores 30,8 24,1 34,2 26,0 32,4 25,0 26,5 23,7 39,4 38,7 32,7 30,8 57,2 47,7 73,6 64,8 65,1 55,8 Santa Cruz das Flores 38,5 26,2 39,6 26,7 39,0 26,4 28,4 22,9 31,5 28,1 30,0 25,5 66,8 49,1 71,1 54,9 69,0 51,9 Corvo Corv o 36,3 16,0 25,4 21,9 30,8 18,6 36,3 22,2 48,2 35,2 42,3 27,9 72,6 38,3 73,7 57,0 73,1 46,6 Grupo Ocidental 35,4 24,4 36,5 26,1 36,0 25,2 28,3 23,1 35,7 32,3 32,0 27,5 63,7 47,5 72,2 58,3 67,9 52,7 Região Autónoma dos Açores 44,3 33,2 42,2 32,0 43,3 32,6 17,4 16,2 23,5 23,3 20,4 19,7 61,7 49,4 65,7 55,4 63,7 52,4 Continente 31,0 24,3 28,2 22,4 29,6 23,3 17,5 20,8 23,4 27,8 20,6 24,4 48,6 45,0 51,6 50,2 50,1 47,7 Portugal 31,6 24,6 28,7 22,7 30,1 23,6 17,5 20,6 23,4 27,7 20,5 24,2 49,1 45,2 52,0 50,4 50,6 47,8 Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

28 28 Carta Escolar Grupo Ocidental Em síntese e como se procurou demonstrar, a população do Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores apresenta características que permitem pensar que estão em curso mudanças estruturais, uma vez que foram identificados alguns comportamentos no sentido do início de um processo de envelhecimento populacional, acompanhando aliás a tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado segundo os especialistas não só com a mudança de mentalidades, o que se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população activa jovem e em idade de procriar que migra quer para os espaços de maior importância político-administrativa, para o Continente ou ainda para o estrangeiro Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades). A análise dos resultados indica uma diminuição da população no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores nas duas primeiras décadas do século XXI (Quadro 11). Com efeito, o Grupo terá menos 462 habitantes em 2021 tendo por referência a população residente de 2001, sendo de - 10,45% (Figura 9). Este resultado deverá ser entendido no quadro da metodologia de projecção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos). Esta perda deve ser analisada no contexto da evolução descrita para a década de noventa do século XX. Por outro lado, este decréscimo resulta do comportamento registado em todos os Municípios do Grupo. Com efeito, Santa Cruz das Flores terá uma diminuição de residentes de cerca 241 indivíduos (-9,66%) e Lajes das Flores verá a sua população diminuída em 201 pessoas (-13,35%). Por outro lado, o Corvo registará uma diminuição menor (menos 4,87% correspondendo a menos 21 sobreviventes).

29 Carta Escolar Grupo Ocidental 29 Quadro 11 Variação da população residente e sobreviventes por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 2001 e Ilha Município 2001* Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Santa Maria Vila do Porto , , , , ,59 Lagoa , , , , ,04 Nordeste , , , , ,4 São Miguel Ponta Delgada , , , , ,69 Pov oação , , , , ,75 Ribeira Grande , , , , ,15 Vila Franca do Campo , , , , ,07 Grupo Oriental , , , , ,38 Graciosa Santa Cruz da Graciosa , , , , ,98 São Jorge Calheta , , , , ,68 Velas , , , , ,65 Faial Horta , , , ,52 Lajes do Pico , , , , ,51 Pico Madalena , , , , ,13 São Roque do Pico , , , , ,71 Terceira Angra do Heroísmo ,09 3 0, , , ,77 Vila da Praia da Vitória , , , , ,45 Grupo Central , , , , ,5 Flores Lajes das Flores , , , , ,35 Santa Cruz das Flores , , , , ,66 Corvo Corv o , , , , ,87 Grupo Ocidental , , , , ,45 Região Autónoma dos Açores , , , , ,25 (2001* - INE, Censos 2001)

30 30 Carta Escolar Grupo Ocidental Nº Se atendermos também à dinâmica migratória e admitindo como cenário que nas próximas décadas se manterá o saldo migratório registado na década de noventa do século XX, significa que a população do Grupo Ocidental terá um decréscimo mais expressivo, uma vez que o saldo migratório revelou um comportamento desfavorável entre 1991 e 2001, de -283 residentes (Quadro 12). Se perda populacional na década de noventa foi de 6,4% (-302 residentes), nas duas primeiras décadas do actual século será de -11,5% e -6,0%, respectivamente (passando os residentes a ser 3912 e 3675, sendo que em 2001 o valor era de 4420 indivíduos) Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo Figura 9 - População residente e sobreviventes por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre 2001 e 2021.

31 Carta Escolar Grupo Ocidental 31 Quadro 12 Variação da população residente e sobreviventes por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores, com saldo migratório, entre 2001 e Ilha Município 2001* Nº % Nº % Nº % Santa Maria Vila do Porto , ,4 Lagoa , , ,1 Nordeste , , São Miguel Ponta Delgada , , ,1 Pov oação ,2 77 1, ,1 Ribeira Grande , , ,8 Vila Franca do Campo , , ,5 Grupo Oriental , , ,8 Graciosa Santa Cruz da Graciosa , , ,8 São Jorge Calheta , ,5 Velas , , ,2 Faial Horta , , ,6 Lajes do Pico , , ,9 Pico Madalena , , ,7 São Roque do Pico , , Terceira Angra do Heroísmo , , Vila da Praia da Vitória , ,4 Grupo Central , , ,4 Flores Lajes das Flores , , Santa Cruz das Flores , , ,7 Corvo Corv o , ,6 12 2,9 Grupo Ocidental , ,9 Região Autónoma dos Açores , , ,7 (2001* - INE, Censos 2001) As alterações registadas nos Municípios do Grupo, considerando a dimensão migratória, reforçam o comportamento descrito, sendo que as perdas terão significado nos Municípios de Santa Cruz das Flores e Lajes das Flores (menos 367 e menos 391 sobreviventes, respectivamente). Pelo contrário, projecta-se para o Município do Corvo um acréscimo de 12 sobreviventes em A consideração da dimensão dinâmica natural permite, assim, compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas. Mas, é importante analisar no contexto da reorganização da rede de equipamentos desportivos os nascimentos projectados até A consideração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa prospectivar quais serão os volumes de população para os diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de fecundidade. A evolução do número de sobreviventes por período quinquenal para o Grupo Ocidental sublinha o aprofundamento da tendência de diminuição do número de nascimentos projectados por

32 32 Carta Escolar Grupo Ocidental comparação ao registado no ano de 2001 (Quadro 13). Em 2011 existirão menos 8 nascimentos dos que os registados em 2001, para um total de apenas 40 nascimentos, projectando-se para a segunda década do actual século uma nova diminuição (-7). Não se verificam diferenças de comportamento por Município. Quadro 13 Nados-vivos por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 2001 e Ilha Município 2001* Santa Maria Vila do Porto Lagoa Nordeste São Miguel Ponta Delgada Pov oação Ribeira Grande Vila Franca do Campo Grupo Oriental Graciosa Santa Cruz da Graciosa São Jorge Calheta Velas Faial Horta Lajes do Pico Pico Madalena São Roque do Pico Terceira Angra do Heroísmo Vila da Praia da Vitória Grupo Central Flores Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Corvo Corv o Grupo Ocidental Região Autónoma dos Açores (2001* - INE, Censos 2001) passando 10,86 em 2001 para 8,43 em A evolução por Município traduz esta alteração. Com efeito, em Santa Cruz das Flores a taxa de natalidade passará de 11,23 para 8,52 entre 2001 e 2021, em Lajes das Flores de 11,32 para 8,98 e no Corvo de 7,06 para 6,13. Quadro 14 Taxa de natalidade ( ) por Município e Grupo de Ilhas na Região Autónoma dos Açores entre 2001 e Ilha Município 2001* Santa Maria Vila do Porto 10,58 12,34 12,55 12,26 11,48 Lagoa 14,51 15,09 14,62 13,8 12,94 Nordeste 11,53 12,1 12,01 11,45 10,81 São Miguel Ponta Delgada 13,88 14,21 13,79 12,89 11,94 Pov oação 12,93 12,77 12,87 12,58 11,94 Ribeira Grande 17,6 18,05 18,22 17,62 16,61 Vila Franca do Campo 13,09 12,93 12,86 12,53 11,93 Grupo Oriental 14,38 14,79 14,61 13,92 13,06 Graciosa Santa Cruz da Graciosa 11,09 10,75 11,16 10,97 10,44 São Jorge Calheta 9,24 9,83 10,25 10,13 9,5 Velas 10,88 11,16 11,23 10,73 9,93 Faial Horta 11,42 11,38 11,03 10,35 9,6 Lajes do Pico 6,94 9,47 9,56 9,24 8,67 Pico Madalena 8,31 9,56 9,65 9,39 8,82 São Roque do Pico 6,61 9,05 9,25 9,35 8,94 Terceira Angra do Heroísmo 11,97 11,68 11,68 11,42 10,85 Vila da Praia da Vitória 12,3 12,66 12, ,27 Grupo Central 11,07 11,36 11,35 10,98 10,35 Flores Lajes das Flores 11,32 9,78 9,97 9,6 8,98 Santa Cruz das Flores 11,23 9,48 9,58 9,29 8,52 Corvo Corv o 7,06 7,31 6,94 6,56 6,13 Grupo Ocidental 10,86 9,37 9,45 9,12 8,43 Região Autónoma dos Açores 12,95 13,3 13,22 12,7 11,95 (2001* - INE, Censos 2001) A evolução das taxas de natalidade expressa esta evolução no número de nados-vivos e de sobreviventes (Quadro 14). Com efeito, o Grupo Ocidental registará uma diminuição nesta taxa, A desagregação por classes etárias indicia que a população jovem (0-14 anos) decrescerá no Grupo 25,80% nas duas primeiras décadas do século XXI (-188 indivíduos), o mesmo acontecendo

33 Carta Escolar Grupo Ocidental 33 com os potencialmente activos (15-64 anos) e os idosos (65 e mais anos), com menos 210 (-7,26%) e menos 88 (-11,07%) indivíduos, respectivamente (Quadro 15). Os Municípios apresentam evoluções semelhantes. Santa Cruz das Flores registará uma diminuição de jovens (-116), de potencialmente activos e de idosos (-74 e -50, respectivamente), tal como Lajes das Flores (-54, -117 e -29, respectivamente). Corvo também registará menos indivíduos jovens e potencialmente activos (-14 e -17, respectivamente) e mais idoso (10). Esta evolução diferenciada implicará planear as necessidades de equipamentos de natureza diversa quer considerando a população em idade escolar, quer activa ou ainda a idosa. Quadro 15 População residente e sobreviventes por grupo etário no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre 2001 e Grupo etário 2001* a 4 anos a 9 anos a 14 anos a 19 anos a 24 anos a 29 anos a 34 anos a 39 anos a 44 anos a 49 anos a 54 anos a 59 anos a 64 anos a 69 anos a 74 anos a 79 anos a 84 anos anos ou mais Total (2001* - INE, Censos 2001) Os índices de envelhecimento expressam esta evolução. Considerando o Grupo Ocidental, o índice de envelhecimento passará de 109,2% em 2001 para 130,9% em 2021 (Quadro 16). Isto significa que para cada 100 jovens existirão cerca de 131 idosos em 2021 (a actual relação é de 100 para cerca de 109). A análise por Município do Grupo sublinha o facto de os três Municípios apresentarem ainda em 2021 valores inferiores a 100 (89,0% em Santa Cruz das Flores, 93,0% em Lajes das Flores e 92,4% no Corvo). Trata-se de valores não só inferiores a 100,0%, como menores que os registados em Portugal, traduzindo ainda populações com características jovens (Quadro 17). Quadro 16 - Indicadores demográficos (%) no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre 2001 a Indicadores 2001* IE H 94,8 99,3 108,6 114,5 131,9 IE M 123, , ,7 IE HM 109,2 114,9 119,2 119,5 130,9 0 a 14 anos 16,5 15,2 14,5 14,2 13,8 15 a 39 anos 36, ,2 32,8 30,4 40 a 64 anos 29 31, ,8 65 anos ou mais 18 17,4 17,3 16,9 18 (2001* - INE, Censos 2001) Quadro 17 Índice de envelhecimento (%) por Município no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores entre 2001 e Unidade 2001* Lajes das Flores 98,7 96,5 101,8 96,1 93 Santa Cruz das Flores 82, ,8 94,7 89 Corv o , ,9 92,4 Grupo Ocidental 109,2 114,9 119,2 119,5 130,9 Região Autónoma dos Açores 60,4 61,8 61,4 62,8 68,7 (2001* - INE, Censos 2001) A análise realizada permite apresentar uma síntese dos principais comportamentos detectados no Grupo Ocidental da Região Autónoma dos Açores e nos três Municípios que o constituem.

34 34 Carta Escolar Grupo Ocidental No que se refere à evolução populacional do Grupo, regista-se um decréscimo de residentes que se relaciona com o comportamento desfavorável dos três Municípios, quer considerando a década de noventa, quer as duas primeiras décadas do século XXI. Os valores do saldo de migrações total traduzem a reduzida capacidade de atracção de residentes pelos Municípios. Acresce que crescimento natural apresenta, em 1991 e 2001, taxas de natalidade diversas (entre 7,00 e 17,00 ) e taxas de mortalidade maiores e superiores aos valores da taxa de natalidade (entre 9,00 e 18,00 ), traduzindo situações semelhantes às observadas em outros territórios portugueses. Os valores de natalidade projectados até ao ano de 2021 indicam a manutenção da tendência observada no passado. Esta evolução, tendo em atenção os efeitos da dinâmica natural e da mobilidade da população, deve ser perspectivada no quadro da demografia portuguesa das décadas mais recentes. Relativamente à distribuição da população residente na Região, constata-se um dispositivo espacial dominado pelos Municípios da Ilha das Flores. Estamos, assim, em presença de um território em que o carácter periférico e de arquipélago acaba por condicionar a dinâmica económica e a evolução da população. É neste sentido que as políticas a definir e as decisões a tomar devem ser perspectivadas tendo em atenção o contexto da análise realizada e as tendências detectadas Caracterização da Rede de Acessibilidade e Transportes Para o horizonte temporal , o Grupo terá um decréscimo de população. A consideração do saldo migratório poderá ainda reforçar esta tendência. Efectivamente, considerando a dinâmica natural projecta-se para 2021 uma perda de 10,45% de população residente. Considerando a dinâmica migratória, o Grupo poderá registar um decréscimo de -16,9% de população residente, correspondendo a menos 745 residentes em 2021.

35 Carta Escolar Grupo Ocidental Caracterização Geral da Oferta e da Procura Educativa A rede educativa do Grupo Ocidental é composta por 13 estabelecimentos dos diferentes níveis de ensino (Quadro), dos quais cinco são relativos à Educação Pré-escolar (número que corresponde a 38,46% do total). O 1º CEB observa um número bastante semelhante de estabelecimentos de ensino, com um total de quatro estabelecimentos, o que representa 30,77%. Por seu turno, os 2º e 3º CEB são assegurados por três equipamentos educativos, o que corresponde a 6,25%, enquanto que o Ensino Secundário é apenas assegurado por um estabelecimento de ensino 1. No contexto da Região Autónoma, o Grupo Ocidental apresenta um número de equipamentos educativos bastante reduzido, uma vez que integra apenas 13 de um total de 508 estabelecimentos de ensino, o que corresponde a 2,56% do total. Quadro - Síntese da rede educativa do Grupo Ocidental e sua distribuição por natureza jurídica, no ano lectivo Nível de ensino Pública 2007/2008. Particular sem fins lucrativos Nº % Nº % Educação Pré-escolar º CEB º e 3º CEB Ensino Secundário Total Total 13 Importa referir que a rede particular se concentra apenas na Educação Pré-escolar correspondendo, no caso da Ilha do Corvo, à totalidade da oferta deste nível de ensino (Quadro e Figura). Deste modo, dos 13 estabelecimentos de ensino existentes no Grupo Ocidental, apenas, dois integram a rede particular. Ilha Flores Quadro - Distribuição dos equipamentos educativos no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Pública Particular sem fins lucrativos 1º CEB 2º e 3º CEB Ensino Secundário Pública Pública Pública Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Total Ilha das Flores Corvo Corvo Total Ilha do Corvo Total Grupo Ocidental Nº de estabelecimentos Educação Pré-escolar Ao longo de todo o relatório os valores referentes à rede educativa correspondem aos níveis de ensino propriamente ditos e não aos edifícios em si, uma vez que é frequente encontrarem-se diferentes níveis de ensino num mesmo edifício.

36 36 Carta Escolar Grupo Ocidental 2.1. Educação Pré-escolar No Grupo Ocidental, encontram-se instalados cinco estabelecimentos de Educação Pré-escolar (Quadro e Figura). Numa análise mais pormenorizada, verifica-se que é a Ilha das Flores a que integra o maior número de equipamentos educativos, com quatro estabelecimentos, os quais registam a frequência de 92 crianças, o que representa 88,46% do total de crianças a frequentar a Educação Pré-escolar neste Grupo. A Ilha do Corvo, até pela sua reduzida dimensão, apresenta apenas um estabelecimento de Educação Pré-escolar, no qual se encontram 12 crianças inscritas. Quadro Educação Pré-escolar no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008. Pública Particular sem fins lucrativos Total Ilha Municípios Nº de estabelecimentos % Nº de crianças % Nº de estabelecimentos % Nº de crianças % Nº de estabelecimentos % Nº de crianças % Flores Lajes das Flores 1 33, , ,73 Santa Cruz das Flores 2 66, , ,73 Total Ilha das Flores ,46 Corvo Corvo ,54 Total Ilha do Corvo Total Grupo Ocidental , Figura - Distribuição dos equipamentos educativos no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008.

37 Carta Escolar Grupo Ocidental 37 A evolução do número de crianças inscritas na Educação Pré-escolar no Grupo Ocidental pode ser subdividida em dois momentos distintos (Figura). Se até ao ano lectivo 2004/2005 se observou um aumento da população escolar, com a passagem das 120 às 142 crianças matriculadas. A partir deste ano lectivo verificou-se uma diminuição contínua do número de crianças, passando de 142 a 104 crianças inscritas. No entanto, na globalidade do período em estudo observou-se um decréscimo no número de crianças a frequentar este nível de ensino, passando de 120 crianças no ano lectivo 2002/2003 para as 104 crianças matriculados no ano lectivo 2007/2008. Número de crianças / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de crianças na Educação Pré-escolar no Grupo Ocidental entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/ º Ciclo do Ensino Básico Dos192 estabelecimentos de 1º CEB da Região Autónoma dos Açores, apenas quatro encontram-se instalados no Grupo Ocidental (Quadro e Figura). Como se observa na Educação Pré-escolar, no 1º CEB é, também, a Ilhas das Flores a que apresenta o maior número de estabelecimentos de ensino (três equipamentos educativos), bem como o maior quantitativo de população escolar (164 alunos). Figura Distribuição dos equipamentos de Educação Pré-escolar no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008.

38 38 Carta Escolar Grupo Ocidental Ilha Flores Quadro 1º CEB no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Nº de estabelecimentos % Nº de alunos Lajes das Flores ,15 Santa Cruz das Flores ,98 Total Ilha das Flores Pública ,13 Corvo Corvo ,87 Total Ilha do Corvo Total Grupo Ocidental , % Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 observou-se uma diminuição do número de alunos afectos ao 1º CEB no Grupo Ocidental, passando de 216 a 184 alunos matriculados, o que representa uma redução de -14,81% (Figura). Todavia, este decréscimo não foi contínuo verificandose um ligeiro aumento no número de alunos matriculados nos anos lectivos 2005/2006 e 2007/2008. Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos no 1º CEB no Grupo Ocidental entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Figura Distribuição dos equipamentos de 1º CEB no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008.

39 Carta Escolar Grupo Ocidental 39 Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 o número de alunos matriculados no 1º CEB foi sempre superior ao número de nascimentos registados no período correspondente à frequência (Figura). No entanto, nos dois últimos anos lectivos em estudo o total de alunos matriculados, embora superior, foi bastante idêntico ao número de nascimentos, o que indica uma fidelização das crianças nascidas e residentes aos estabelecimentos de ensino da sua área de residência. Considerando unicamente os nascimentos registados nas Ilhas das Flores e Corvo é possível prever-se uma diminuição da população escolar a frequentar o 1º CEB no Grupo Ocidental, passando de 173 alunos matriculados no ano lectivo 2008/2009 aos 125 alunos previstos no ano lectivo 2011/2012, o que caso se verifique deverá corresponder a uma redução de -32,07% (Figura). Ilha Flores Quadro 2º e 3º CEB no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Nº de estabelecimentos % Nº de alunos % Lajes das Flores 1 33, ,75 Santa Cruz das Flores 1 33, ,90 Total Ilha das Flores 2 66, ,64 Corvo Corvo 1 33, ,36 Total Ilha do Corvo Total Grupo Ocidental Pública 1 33, , Nº de nascimentos/ Nº de alunos Fonte: Direcção Regional da Educação e INE. Figura Comparação entre o número de alunos nascidos e os inscritos no 1º CEB no Grupo Ocidental entre os e 3º Ciclo do Ensino Básico anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. No ano lectivo 2007/2008 verifica-se a presença de dois estabelecimentos de 2º e 3º CEB na Ilha das Flores e apenas um na Ilha do Corvo (Quadro e Figura), o que perfaz um total de três equipamentos educativos. Os três estabelecimentos de 2º e 3º CEB do Grupo Ocidental são frequentados por 236 alunos matriculados, dos quais apenas 15 se encontram matriculados na Ilha do Corvo / / / / /2011 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Alunos matriculados Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 verifica-se uma diminuição contínua da população escolar a frequentar os 2º e 3º CEB, passando de 292 a 183 alunos matriculados, o que representa uma redução de -37,33 e menos 109 alunos (Figura). Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos nos 2º e 3º CEB no Grupo Ocidental entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Comparando o número de alunos matriculados no 5º ano de escolaridade no Grupo Ocidental com o número de nascimentos observado no período correspondente à frequência, verifica-se que o número de crianças nascidas foi sempre bastante semelhante ao número total de alunos inscritos (Figura).

40 40 Carta Escolar Grupo Ocidental Nº de nascimentos/ Nº de alunos / / / / /2015 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Alunos matriculados Fonte: Direcção Regional da Educação e INE. Figura Comparação entre o número de alunos nascidos e os inscritos no 5º ano de escolaridade no Grupo Ocidental entre os anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008. Nos 2º e 3º CEB do Grupo Ocidental e, considerando unicamente os nascimentos registados no período correspondente à frequência, é possível perspectivar-se duas dinâmicas distintas (Figura). Se até ao ano lectivo 2011/2012 prevê-se um aumento da população escolar, passando de 183 a 212 alunos inscritos. A partir deste ano lectivo e até ao ano lectivo 2015/2016 espera-se uma diminuição do número de alunos matriculados, com a passagem dos 212 aos 173 alunos.todavia, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2015/2016 espera-se uma diminuição do número total de alunos a frequentar os 2º e 3º CEB passando de 183 a 173 alunos, o que deverá representar, caso se concretize, uma redução de -5,46%. Figura Distribuição dos equipamentos de 2º e 3º CEB e Ensino Secundário no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008.

41 Carta Escolar Grupo Ocidental Ensino Secundário No Grupo Ocidental encontra-se apenas em funcionamento um estabelecimento de Ensino Secundário, o qual se localiza na Ilha das Flores (Quadro e vide Figura). Quadro Ensino Secundário no Grupo Ocidental, no ano lectivo 2007/2008. Pública Ilha Municípios Nº de estabelecimentos % Nº de alunos % Flores Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Total Ilha das Flores Corvo Corvo Total Ilha do Corvo Total Grupo Ocidental

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43 Carta Escolar Grupo Ocidental 43 B. Ilha das Flores

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45 Carta Escolar Grupo Ocidental Enquadramento Territorial 1.1. Enquadramento e Caracterização Física A Ilha das Flores regista 17 km de comprimento e 12,5 km de largura máxima, o que representa uma área de 143 km². Em termos administrativos, integra dois Municípios (Figura), designadamente Lajes das Flores, constituído por sete freguesias Fajã Grande, Fajãzinha, Fazenda, Lajedo, Lajes das Flores (sede de Município), Lomba e Mosteiro - e, no sector Nordeste, Santa Cruz das Flores, constituído por quatro freguesias Caveira, Cedros, Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores (sede de Município). Apesar da sua origem vulcânica, a morfologia da Ilha das Flores reflecte sobretudo a acção erosiva do mar, cursos de água e dos movimentos de vertente (Figura). Esta acção erosiva é mais visível no sector Nordeste da Ilha, onde várias ribeiras apresentam vales profundos, com vertentes abruptas. Por seu turno, no sector ocidental salienta-se um conjunto de arribas, com mais de 300 m, as quais associada à existência de vales profundos dá a impressão de um ambiente montanhoso. O sector central caracteriza-se por ser uma área aplanada, que se desenvolve entre os 500 e os 600 m, existindo mesmo um sector plano entre a Caldeira Branca e a Caldeira da Lombas, constituindo uma área de drenagem colectada pela Ribeira Grande. O ponto mais elevado da ilha é o Morro Alto com 914 m de altitude. A acção erosiva das linhas de água tem vindo a provocar o desmantelamento dos antigos aparelhos vulcânicos, sendo possível encontrar, ainda, no sector central da Ilha, várias crateras vulcânicas, sobretudo a partir dos 500 m de altitude. Neste sector observam-se, também, crateras de explosão de origem freática, com paredes quase verticais e todas ocupadas por lagoas (como exemplo pode-se referir a Caldeira Funda, a Sul, que é a maior de todas e, a Norte, as Caldeiras Negra, Comprida e Seca). Nesta Ilha, as lagoas ocupam dois tipos de crateras: crateras pouco profundas, de perfil suave, implantadas no topo de cones de escórias resultantes de actividade vulcânica do tipo estromboliano - as Lagoas Rasa, da Lomba e Branca incluem-se neste grupo, e crateras de dimensão variável, com perfil e profundidade acentuados resultantes de explosões hidrovulcânicas que marcam o último período vulcânico insular - as Lagoas Funda, Negra e Comprida situam-se nestas estruturas. Na maioria das situações, as lagoas inserem-se em pequenas bacias hidrográficas endorreicas. A nível geológico, em virtude da sua origem vulcânica, o território insular desenvolve-se em materiais de natureza traquítica, andesítica e basáltica, verificando-se, contudo, um contraste entre o sector central, onde dominam os mantos de piroclastos e cones de escórias e brechas, e os sectores periféricos, nos vales e arribas, onde afloram os mantos de lava. Individualizam-se, ainda, no litoral várias escoadas lávicas recentes que formam as plataformas onde assentam a vila de Santa Cruz das Flores, a Este e a povoação das Lajes das Flores, a Sudeste. Todavia o melhor exemplo destes derramem lávicos encontra-se entre a Fajãzinha e Fajã Grande, que constitui um dos lugares mais interessantes da geomorfologia dos Açores. Além da contribuição das estruturas vulcânicas nas formas já desmanteladas pela erosão, não é possível ignorar o papel dos desabamentos, por vezes de grande dimensão, que ocorreram e continuam a ocorrer no litoral, e que são responsáveis pela formação de fajãs, como a Fajã do Conde e a Fajã de Pedro Vieira na costa oriental e a designada de Fajãzinha na costa ocidental (Ferreira, 2005). Estas linhas gerais da morfologia vão reflectir-se de forma muito clara na existência de declives, muito acentuados nas vertentes do sector norte e oeste, notando-se um aumento de declive à medida que caminhamos para o cimo do cone. Por outro lado, na plataforma meridional da ilha, devido à sua planura, os declives são quase inexistentes, contrastando com o resto da ilha. Em termos climáticos e, de acordo com os dados da Estação Meteorológica Santa Cruz das Flores, da Ilha das Flores apresenta um clima temperado com características oceânicas (Figura). Deste modo, nesta Ilha verifica-se a ocorrência de chuva durante todo o ano, apesar de se concentrar entre os meses de Outubro a Março (957 mm, que corresponde a cerca de 65% do total), destacando-se, com os valores máximos, os meses de Janeiro (205,6 mm) e Março (164,2 mm). No período correspondente ao Verão observa-se uma diminuição da precipitação observando-se nos meses de Junho, Julho e Agosto um total de precipitação de 213,4 mm, o que corresponde ainda a cerca de 14,2 % do total anual (1 479 mm).

46 46 Carta Escolar Grupo Ocidental P(mm) Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Precipitação (mm) Temperatura (º) Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, Figura Gráfico termo-pluviométrico Estação meteorológica de Santa Cruz das Flores (médias de 1951/1976). No que respeita, à temperatura verifica-se uma temperatura média anual de 17,04 C, não ultrapassando a amplitude térmica anual, os 12 C. Nos meses de Julho, Agosto e Setembro registam-se os valores mais elevados de temperatura, com valores superiores a 21º C. Por seu turnos, as temperaturas mais baixas registam-se nos primeiros três meses do ano. Importa, ainda, referir que no mês de Agosto regista-se a temperatura média mais elevada (23,7 C) e no mês de Fevereiro a mais baixa (12 C). Em termos de património natural, a Ilha das Flores, mais concretamente as Lagoas Comprida, Lomba, Seca, Rasa e Funda, constituem a Reserva Natural das Caldeiras Funda e Rasa, localizada no Município de Lajes das Flores, actualmente classificada como Área de Protecção Ambiental T (º) de Santa Cruz das Flores e suas respectivas sedes, ao longo de todo o litoral do sector Oriental e Meridional. O sector central é servido pelo troço denominado Estrada Regional 2-2, que liga as localidades deste sector à Estrada Regional 1-2 e por sua vez às sedes de município. Uma observação conjunta do relevo e da rede viária da ilha mostra que o desenvolvimento desta última reflecte claramente a morfologia do território e a existência, a grosso modo, de dois sectores: um referente a todo o sector Noroeste, onde se encontram os relevos mais vigorosos que significam maiores dificuldades de acesso, e o outro referente ao restante território a Este e a Sul, onde se verifica a maior densidade de estradas, aproveitando declives menos acentuados, nomeadamente ao longo do litoral, onde se encontram implantadas as principais localidades e sedes de Município, e na área central, onde predomina um sector plano, entre a Caldeira Branca e a Caldeira da Lomba, favoráveis à implantação de infra-estruturas viárias. Ao nível das acessibilidades ao exterior, estas assentam nos transportes marítimos e aéreos. As ligações aéreas são asseguradas através do Aeroporto da Ilha das Flores, situado no Município de Santa Cruz das Flores, e é escalado por voos regulares de passageiros operados pela transportadora aérea SATA Air Açores, que estabelece as ligações ao Aeroporto da Horta (Ilha do Faial), ao Aeródromo do Corvo (Ilha do Corvo) e ao Aeroporto das Lajes (Ilha da Terceira). Quanto às ligações marítimas, estas em termos de transporte de pessoas funciona no essencial como apoio à Ilha do Corvo, que entre Junho e Setembro, tem cariz diário, usando barcos rápidos que fazem o trajecto entre Santa Cruz das Flores e o Corvo em cerca de 45 minutos. Porém, durante o Inverno, as ligações marítimas, apesar de regulares, são fortemente condicionadas pelo estado do mar e condições atmosféricas Caracterização Demográfica 1.3. Caracterização da Rede de Acessibilidades e Transportes A cobertura viária da Ilha das Flores assenta e depende da Estrada Regional 1-2, que constitui o principal eixo viário da ilha, estabelecendo a comunicação entre o Município das Lajes das Flores e

47 Carta Escolar Grupo Ocidental Caracterização Geral da Oferta e da Procura Educativa 2.1. Análise Global A rede educativa da Ilha das Flores é composta por dez estabelecimentos dos diferentes níveis de ensino, sendo que a Educação Pré-escolar apresenta quatro equipamentos educativos (40%), enquanto que o 1º CEB é assegurado por três estabelecimentos de ensino (30%). Os restantes três estabelecimentos de ensino abrangem os 2º e 3º CEB dois estabelecimentos de ensino -, e o Ensino Secundário, com um estabelecimento de ensino (Quadro). De salientar que existe apenas um estabelecimento de Educação Pré-escolar pertencente à rede particular, que se localiza-se no Município de Santa Cruz das Flores (Quadro e Figura). Não obstante, a natureza jurídica das instituições dos diferentes níveis de ensino, no que respeita à distribuição dos equipamentos educativos pela totalidade do território insular, importa referir que o Município de Santa Cruz das Flores concentra sete dos dez estabelecimentos de ensino existentes na Ilha das Flores (Quadro). Quadro - Síntese da rede educativa da Ilha das Flores e sua distribuição por natureza jurídica, no ano lectivo 2007/2008. Nível de ensino Pública Particular sem fins lucrativos Total Nº % Nº % Educação Pré-escolar º CEB º e 3º CEB Ensino Secundário Total 10 Quadro - Distribuição dos equipamentos educativos na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Município Nº de estabelecimentos Educação Pré-escolar Pública Particular sem fins lucrativos 1º CEB 2º e 3º CEB Ensino Secundário Pública Pública Pública Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Total Quadro - Rede educativa da Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Município Freguesia Nível de ensino Estabelecimentos de ensino Rede Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Lajes das Flores Ponta Delgada Santa Cruz das Flores Educação Pré-escolar EB1,2/JI Lajes das Flores Pública 1º CEB EB1,2/JI Lajes das Flores Pública 2º e 3º CEB EB1,2/JI Lajes das Flores Pública Educação Pré-escolar EB1/JI Ponta Delgada das Flores Pública 1º CEB EB1/JI Ponta Delgada das Flores Pública Educação Pré-escolar EB1/JI Padre Maurício de Freitas JI O Girassol Pública Particular sem fins lucrativos 1º CEB EB1/JI Padre Maurício de Freitas Pública 2º e 3º CEB EBS Padre Maurício de Freitas Pública Ensino Secundário EBS Padre Maurício de Freitas Pública

48 48 Carta Escolar Grupo Ocidental Educação Pré-escolar Na Ilha das Flores observa-se a presença de três estabelecimentos de Educação Pré-escolar afectos à rede pública e apenas um à rede particular sem fins lucrativos (Quadro e Figura). Estes distribuem-se de forma homogénea pelos dois Municípios da Ilha das Flores, apresentando o Município de Santa Cruz das Flores o maior número de equipamentos educativos, com um total de três estabelecimentos (dois da rede pública e um da rede privada) e o Município das Lajes das Flores apenas um. Quadro - Educação Pré-escolar na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Pública Particular sem fins lucrativos Total Municípios Nº de estabelecimentos % Nº de crianças % Nº de estabelecimentos % Nº de crianças % Nº de estabelecimentos % Nº de crianças % Lajes das Flores 1 33, , , Santa Cruz das Flores 2 66, , , Total Figura - Distribuição dos equipamentos educativos na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008.

49 Carta Escolar Grupo Ocidental 49 No período em análise, o número de crianças a frequentar a Educação Pré-escolar na Ilha das Flores registou um decréscimo de -17,85%, passando de 112 a 92 crianças, entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Porém, esta evolução não se processou de modo regular, tendo havido um crescimento gradual da população escolar até o ano lectivo 2004/2005 (com a passagem de 112 a 128 crianças), momento a partir do qual se regista uma diminuição progressiva do número de crianças a frequentar este nível de ensino (Figura). Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura - Evolução do número de crianças na Educação Pré-escolar na Ilha das Flores entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Analisando a composição da população a frequentar a Educação Pré-escolar, no ano lectivo 2007/2008, verifica-se que o número de crianças com cinco anos de idade corresponde a cerca de 45% do total de crianças a frequentar este nível de ensino na Ilha das Flores (Quadro). A presença de um significativo número de crianças com cinco anos de idade poderá indiciar a entrada tardia na Educação Pré-escolar, permanecendo as crianças no seio familiar até próximo da entrada no 1º CEB. Quadro Síntese da Educação Pré-escolar na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Figura Distribuição dos equipamentos de Educação Pré-escolar na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Número de crianças 3 anos 4 anos 5 anos Total Total de educadores

50 50 Carta Escolar Grupo Ocidental º Ciclo do Ensino Básico A rede educativa do 1º CEB da Ilha das Flores é composta por três estabelecimentos de ensino da rede pública, dos quais dois se localizam no Município de Santa Cruz das Flores e apenas um no Município de Lajes das Flores (Quadro e Figura). Quadro - 1º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Nº de estabelecimentos Pública % Nº de alunos Lajes das Flores 1 33, ,20 Santa Cruz das Flores 2 66, ,80 Total % No que diz respeito à população escolar a frequentar o 1º CEB, no ano lectivo 2007/2008, observa-se que os alunos encontram-se distribuídos pelos quatro anos de escolaridade de forma desigual, totalizando 164 alunos matriculados (Quadro) 2. A maioria dos alunos encontra-se a frequentar o 1º ano de escolaridade, com um total de 50 alunos (30,48%), enquanto que no 4º ano de escolaridade verifica-se o menor número de alunos inscritos, com um total de 31 alunos (18,90%). Quadro Síntese do 1º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Número de alunos 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano Total Total de docentes Ao longo de todo o relatório os valores referentes aos docentes correspondem ao número de docentes com e sem turma, não sendo contemplados os docentes de apoio, uma vez que apresentam outra lógica de funcionamento. Figura - Distribuição dos equipamentos do 1º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008.

51 Carta Escolar Grupo Ocidental º e 3º Ciclo do Ensino Básico Na Ilha das Flores, os 2º e 3º CEB encontram-se representados por dois estabelecimentos de ensino da rede pública a EB1,2/JI Lajes das Flores e a EBS Padre Maurício de Freitas, cuja frequência, no seu conjunto, é de 221 alunos, no ano lectivo 2007/2008 (Quadro e Figura). Quadro - 2º e 3º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Nº de estabelecimentos Pública % Nº de alunos Lajes das Flores ,41 Santa Cruz das Flores ,59 Total % Nos 2º e 3º CEB verifica-se que os alunos se encontram distribuídos de forma relativamente homogénea pelos diferentes anos de escolaridade, perfazendo um total de 168 alunos. Aos 168 acrescem 53 alunos que frequentam outras modalidades de ensino. Observando o número de alunos que frequentavam o 4º ano de escolaridade na Ilha das Flores no ano lectivo 2006/2007 poderia prever-se que, no ano lectivo 2007/2008, dessem entrada nos 2º e 3º CEB um total de 31 alunos, valor ligeiramente inferior aos 34 alunos matriculados no 5º ano de escolaridade no ano lectivo 2007/2008 (Quadro). Quadro Síntese do 2º e 3º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Ensino Regular Total docentes 58 5º ano 34 6º ano 38 7º ano 37 8º ano 31 9º ano 28 Sub-total 168 PERE 23 Outras Modalidades de TOC 24 Ensino UNECA 6 Sub-total 53 Total alunos 221 Figura - Distribuição dos equipamentos do 2º e 3º CEB e Ensino Secundário na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008.

52 52 Carta Escolar Grupo Ocidental Ensino Secundário A Ilha das Flores integra unicamente um estabelecimento de Ensino Secundário, a EBS Padre Maurício de Freitas, que se localiza no Município de Santa Cruz das Flores (Quadro e vide Figura) Análise ao Município Município de Lajes das Flores Quadro - Ensino Secundário na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Nº de estabelecimentos Pública % Nº de alunos Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Total Do total de 91 alunos matriculados no Ensino Secundário na Ilha das Flores, 52 frequentam o 10º ano de escolaridade, 29 o 11º ano e, por último, dez o 12º ano (Quadro). A existência de um número tão reduzido de alunos no 12º ano de escolaridade parece reflectir o carácter não obrigatório do Ensino Secundário, bem como a sua elevada taxa de desistência. Quadro Síntese do Ensino Secundário na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Número de alunos 10º ano 11º ano 12º ano Total Total de docentes % Educação Pré-escolar O único estabelecimento de Educação Pré-escolar existente no Município de Lajes das Flores apresenta duas salas de actividade, o que determina uma capacidade para integrar 50 crianças (Quadro). Deste modo e, tendo em linha de conta as 33 crianças inscritas, no ano lectivo 2007/2008, verifica-se uma taxa de ocupação de 66%. Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 verificou-se um ligeiro decréscimo do número de crianças inscritas na Educação Pré-escolar no Município de Lajes das Flores, passando de 36 a 33 crianças, o que significa uma diminuição de - 8,33% (Figura). Todavia, a evolução da população escolar a frequentar a Educação Pré-escolar neste Município, pode ser subdividida em dois períodos distintos. Se até ao ano lectivo 2004/2005 foi possível observar um aumento do número de crianças inscritas, com a passagem de 36 a 52 crianças. A partir deste e até ao ano lectivo 2007/2008 verificou-se uma diminuição progressiva da população escolar, passando de 52 a 33 crianças inscritas, respectivamente. Quadro Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Lajes das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Estabelecimentos de ensino 3 anos 4 anos 5 anos Total de crianças Número de educadores Número de salas Capacidade Taxa de ocupação EBS Padre Maurício de Freitas Lajes das Flores EB1,2/JI Lajes das Flores

53 Carta Escolar Grupo Ocidental 53 Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de crianças na Educação Pré-escolar no Município de Lajes das Flores entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos no 1º CEB no Município de Lajes das Flores entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/ º Ciclo do Ensino Básico O único estabelecimento de ensino do 1º CEB do Município de Lajes das Flores regista, no ano lectivo 2007/2008, a matrícula de 66 alunos, distribuídos por quatro salas de aula, o que se traduz numa taxa de ocupação bastante elevada, cerca de 83% (Quadro). Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 registou-se uma diminuição do número de alunos matriculados no 1º CEB, passando de um total de 87 para os 61 alunos inscritos, o que corresponde a um decréscimo de -29,89% (Figura). No último ano lectivo em estudo observou-se, contudo, um aumento do número de alunos matriculados, embora não o suficiente para contrariar a dinâmica negativa global. Nos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008 constatou-se que o total de crianças nascidas no período correspondente foi bastante idêntico ao número de alunos matriculados, o que evidencia uma elevada fidelização das crianças nascidas no Município de Lajes das Flores aos estabelecimentos de 1º CEB locais, característica típica dos territórios insulares (Figura). Tendo em linha de conta os nascimentos verificados nos seis anos anteriores à frequência no 1º CEB é possível esperar-se uma diminuição no número de alunos matriculados neste nível de ensino no Município de Lajes das Flores (Figura). Deste modo, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2011/2012 perspectiva-se a passagem de 61 a apenas 40 alunos matriculados, o caso se concretize, representará uma diminuição de -34,43%.

54 54 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro Síntese da oferta e da procura no 1º CEB no Município de Lajes das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Estabelecimentos de ensino 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano Total de alunos Número de turmas Número de docentes Número de salas Capacidade Taxa de ocupação EBS Padre Maurício de Freitas Lajes das Flores EB1,2/JI Lajes das Flores Nº de nascimentos/ Nº de alunos / / / / / º e 3º Ciclos do Ensino Básico O único estabelecimento de 2º CEB existente no Município de Lajes das Flores apresenta uma capacidade para integrar um número máximo de 48 alunos, o que pela frequência de 23 alunos, no ano lectivo 2007/2008, determina uma taxa de ocupação de apenas 47,9% (Quadro). O 2º CEB no Município de Lajes das Flores só iniciou funcionamento no ano lectivo 2006/2007 com 27 alunos matriculados, tendo-se registado uma diminuição do número de alunos, no ano lectivo 2007/2008, para os 23 alunos inscritos. Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Alunos matriculados Fonte: Direcção Regional da Educação e INE. Figura Comparação entre o número de alunos nascidos e os inscritos no 1º CEB no Município de Lajes da Flores entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Quadro Síntese da oferta e da procura no 2º e 3º CEB no Município de Lajes das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Estabelecimentos de ensino 5º ano 6º ano Total de alunos Número de docentes Número de salas Capacidade Taxa de ocupação EBS Padre Maurício de Freitas Lajes das Flores EB1,2/JI Lajes das Flores , Município de Santa Cruz das Flores (Quadro). A frequência, no ano lectivo 2007/2008, de 59 alunos determina uma taxa de ocupação de 33,71%, valor que evidencia um elevado subaproveitamento de espaços lectivos. No que concerne à natureza jurídica são os estabelecimentos de Educação Pré-escolar da rede Educação Pré-escolar Os três estabelecimentos de Educação Pré-escolar do Município de Lajes das Flores oferecem, no seu conjunto, sete salas de actividade, com capacidade para integrar, no mínimo, 175 crianças pública os que registam a taxa de ocupação mais elevada, 54,67%, destacando-se, neste contexto, a EB1/JI Padre Maurício de Freitas, com uma ocupação de 70%. Por seu turno, o único estabelecimento de Educação Pré-escolar da rede particular apresenta uma taxa de ocupação bastante inferior, 18%.

55 Carta Escolar Grupo Ocidental 55 Quadro Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Santa Cruz das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Estabelecimentos de ensino 3 anos 4 anos 5 anos EBS Padre Maurício de Freitas Total de crianças Número de educadores Número de salas Capacidade Ponta Delgada EB1/JI Ponta Delgada Santa Cruz das Flores EB1/JI Padre Maurício de Freitas Total da rede pública Taxa de ocupação ,67 JI Girassol Santa Cruz das Flores JI Girassol Total da rede particular Total ,71 Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008, a população escolar a frequentar a Educação Pré-escolar no Município de Lajes das Flores registou um decréscimo de - 22,37%, passando das 76 às 59 crianças inscritas (Figura). Esta dinâmica foi apenas interrompida nos anos lectivos 2004/2005 e 2005/2006, que se pautaram por ligeiros aumentos da população escolar. Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de crianças na Educação Pré-escolar no Município de Santa Cruz das Flores entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Análise da rede particular O JI Girassol integra, no ano lectivo 2007/2008, 18 crianças que na totalidade residem na Freguesia de Santa Cruz das Flores, no Município com o mesmo nome (Quadro). Quadro Lugares de residência das crianças que frequentaram a Educação Pré-escolar no JI Girassol, no ano lectivo 2007/2008. Designação Município Freguesia Lugar Número de crianças JI O Girassol Santa Cruz das Flores Santa Cruz das Flores Santa Cruz das Flores 18 Total do Município 18 Total dos restantes Municípios 0 Total 18 Na globalidade do período em análise, o número total de crianças a frequentar este estabelecimento de Educação Pré-escolar, da rede particular, manteve-se à volta das 18 crianças, exceptuando no ano lectivo 2003/2004 e 2005/2006, em que frequentaram 16 e 25 crianças, respectivamente (Figura).

56 56 Carta Escolar Grupo Ocidental Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de crianças inscritas na Educação Pré-escolar no JI Girassol entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/ º Ciclo do Ensino Básico No Município de Santa Cruz das Flores encontram-se matriculados, no ano lectivo 2007/2008, 103 alunos, que se distribuem por um total de seis salas de aula, o que corresponde a uma taxa de ocupação de 85,83%, valor relativamente elevado (Quadro). Os dois estabelecimentos de ensino deste Município apresentam valores de ocupação bastante semelhantes, funcionando a EB1/JI Ponta Delgada e a EB1/JI Padre Maurício de Freitas com uma taxa de ocupação superior a 85%. Designação Freguesia Estabelecimentos de ensino EBS Padre Maurício de Freitas Quadro Síntese da oferta e da procura no 1º CEB no Município de Santa Cruz das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Número de turmas Número de docentes Número de salas Capacidade Ponta Delgada EB1/JI Ponta Delgada Santa Cruz das Flores EB1/JI Padre Maurício de Freitas Total da rede pública 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano Total de alunos Taxa de ocupação ,83 Entre os anos lectivos 2004/2005 e 2007/2008, a evolução do número de crianças inscritas no 1º CEB, no Município de Santa Cruz das Flores, processou-se de um modo bastante irregular, oscilando entre o valor máximo de 120 crianças, no ano lectivo 2005/2006, e o valor mínimo de 90 crianças, no ano lectivo 2006/2007 (Figura). Todavia, na globalidade do período em estudo observase uma diminuição da população escolar a frequentar neste nível de ensino, passando de 110 a 103 crianças inscritas, o que corresponde a um decréscimo de -6,36%. Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos matriculados no 1º CEB no Município de Santa Cruz das Flores entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008.

57 Carta Escolar Grupo Ocidental 57 Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 o número de alunos matriculados foi sempre superior ao número de nascimentos registados no período correspondente à frequência, exceptuando no ano lectivo 2006/2007, que se caracterizou por uma dinâmica contrária (Figura). Considerando unicamente os nascimentos registados no Município de Santa Cruz das Flores é possível perspectivar-se uma diminuição da população escolar a frequentar o 1º CEB, passando de um total de 99 para os 77 alunos matriculados entre os anos lectivos 2008/2009 e 2011/2012. Nº de nascimentos/ Nº de alunos / / / / /2011 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Alunos matriculados Fonte: Direcção Regional da Educação e INE. Figura Comparação entre o número de alunos nascidos e os inscritos no 1º CEB no Município de Santa Cruz das Flores entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/ º e 3º Ciclo do Ensino Básico O único estabelecimento de 2º e 3º CEB existente no Município de Santa Cruz das Flores disponibiliza um total de dez salas de aula, o que corresponde a uma capacidade para integrar no mínimo, 240 alunos (Quadro). Não obstante, a frequência de 198 alunos no aluno lectivo 2007/2008 determina uma taxa de ocupação de 82,5%. Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 observou-se um decréscimo bastante significativo da população escolar a frequentar os 2º e 3º CEB no Município de Santa Cruz das Flores (-46,49%), passando dos 271 aos 145 alunos matriculados (Figura). Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos matriculados no 2º e 3º CEB no Município de Santa Cruz das Flores entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Quadro Síntese da oferta e da procura no 2º e 3º CEB no Município de Santa Cruz das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Estabelecimentos de ensino 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano PERE TOC UNECA Total de alunos Número de docentes Número de salas Capacidade Taxa de ocupação EBS Padre Maurício de Freitas Santa Cruz das Flores EBS Padre Maurício de Freitas ,5

58 58 Carta Escolar Grupo Ocidental Ensino Secundário O único estabelecimento de Ensino Secundário existente no Município de Santa Cruz das Flores e da Ilha das Flores regista, no ano lectivo 2007/2008, a matrícula de 91 alunos, o que se traduz numa taxa de ocupação de 65%, uma vez que disponibiliza cinco salas de aula (Quadro). Quadro Síntese da oferta e da procura no Ensino Secundário no Município de Santa Cruz das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Estabelecimentos de ensino 10º ano 11º ano 12º ano Total de alunos Número de docentes Número de salas Capacidade Taxa de ocupação EBS Padre Maurício de Freitas Santa Cruz das Flores EBS Padre Maurício de Freitas Análise da EBS Padre Maurício de Freitas Educação Pré-escolar As 74 crianças inscritas nos diferentes estabelecimentos de Educação Pré-escolar da EBS Padre Maurício de Freitas residem na sua área de influência, ou seja, nos Municípios de Lajes das Flores e Santa Cruz das Flores (Quadro). Na globalidade, o Município de Santa Cruz das Flores apresenta um número ligeiramente mais elevado de crianças inscritas na EBS Padre Maurício de Freitas, com um total de 38 crianças, integrando o Município de Lajes das Flores um total de 36 crianças. A evolução da população escolar a frequentar a Educação Pré-escolar na EBS Padre Maurício de Freitas pode ser subdividida em dois períodos distintos (Figura). Se até ao ano lectivo 2004/2005 foi possível observar um aumento contínuo do número de crianças inscritas, a partir deste ano lectivo e até ao ano lectivo 2007/2008 verificou-se uma diminuição bastante significativa da população escolar, passando de 110 a 74 crianças matriculadas. Todavia, ao longo do período em estudo verificou-se uma diminuição da população escolar a frequentar a Educação Pré-escolar, passando de 94 crianças, no ano lectivo 2002/2003, a 74 crianças inscritas, no ano lectivo 2007/2008, o que representa um decréscimo de -21,27%. Número de crianças / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de crianças inscritas na Educação Pré-escolar na EBS Padre Maurício de Freitas, entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008.

59 Carta Escolar Grupo Ocidental 59 Quadro Lugares de residência das crianças que frequentaram a Educação Pré-escolar na EBS Padre Maurício de Freitas, no ano lectivo 2007/2008. Designação Município Freguesia Lugar Número de crianças EBS Padre Maurício de Freitas Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Fajã Grande Fajã Grande 3 Fajãzinha Fajãzinha 2 Fazenda Fazenda das Lajes 3 Lajedo Lajedo 2 Lajes das Flores Lajes das Flores 19 Lomba Lomba 6 Mosteiro Mosteiro 1 Caveira Caveira 1 Cedros Cedros 1 Ponta Ruiva 1 Ponta Delgada Ponta Delgada 7 Santa Cruz das Flores Total da área de influência Total de fora da área de influência Boavista 1 Fazenda de Santa Cruz 7 Monte 1 Ribeira dos Barqueiros 2 Santa Cruz das Flores 17 Total Não obstante, esta diminuição não se processou de forma contínua, tendo ocorrido um aumento pontual no número de alunos inscritos nos anos lectivos 2005/2006 e 2007/2008. Número de alunos Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos matriculados no 1º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas, entre os anos lectivo 2002/2003 e 2007/2008. A totalidade dos alunos matriculados no 1º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas, no ano lectivo 2007/2008, reside na área de influência desta unidade orgânica (Quadro), nomeadamente no Município de Santa Cruz das Flores (98 alunos, o que representa cerca de 60% do total da população escolar). 2002/ / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção º Ciclo do Ensino Básico Tal como se observou na Educação Pré-escolar, o número de alunos matriculados no 1º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas também registou um decréscimo, passando de 197 a 164 alunos entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008, o que corresponde a menos 33 alunos e a uma variação de -16,75% (Figura).

60 60 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro Lugares de residência dos alunos que frequentaram o 1º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas, no ano lectivo 2007/2008. Designação Município Freguesia Lugar Número de alunos EBS Padre Maurício de Freitas Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Fajã Grande Fajã Grande 6 Fajãzinha Fajãzinha 3 Fazenda Fazenda das Lajes 11 Lajedo Lajedo 2 Lajes das Flores Lajes das Flores 25 Lomba Lomba 18 Mosteiro Mosteiro 1 Caveira Caveira 3 Cedros Cedros 6 Ponta Ruiva 3 Ponta Delgada Ponta Delgada 18 Santa Cruz das Flores Total da área de influência Total de fora da área de influência Boavista 8 Fazenda de Santa Cruz 11 Monte 10 Ribeira dos Barqueiros 9 Santa Cruz das Flores 30 Por seu turno, no ano lectivo em estudo, encontra-se um aluno residente na Freguesia de Santa Cruz das Flores a frequentar o 1º CEB noutro estabelecimento de ensino fora da Ilha das Flores, concretamente na EBI Arrifes, localizada no Município de Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel (Quadro). Quadro Alunos residentes na área de influência da EBS Padre Maurício de Freitas que frequentaram o 1º CEB Total noutras unidades orgânicas da Região Autónoma dos Açores, no ano lectivo 2007/ Tendo em consideração o número de crianças no período correspondente à frequência no 1º CEB e o total de alunos matriculados, entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008, constatou-se que o total de crianças nascidas foi sempre inferior ao número de alunos matriculados, exceptuando nos dois últimos anos lectivo em estudo, nos quais se observou um número bastante idêntico de alunos comparativamente com o número de nascimentos observados nos seis anos anteriores (Figura). Tal facto indicia uma elevada fidelização das crianças nascidas nos Municípios de Lajes das Flores e Santa Cruz das Flores à sua unidade orgânica de residência, característica típica dos territórios insulares. Deste modo e, tendo em linha de conta unicamente os nascimentos registados na área de influência da EBS Padre Maurício de Freitas, poderá perspectivar-se uma diminuição da população escolar, passando de 160 alunos, no ano lectivo 2008/2009, a 117 alunos, no ano lectivo 2011/2012, o que caso se verifique corresponderá a uma redução de -29,9%. Nº de nascimentos/ Nº de alunos / / / / /2011 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Alunos matriculados Fonte: Direcção Regional da Educação e INE. Figura Comparação entre o número de alunos nascidos e os inscritos no 1º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Município Designação Freguesia Lugar Número de alunos Ponta Delgada EBI Arrifes Santa Cruz das Flores Santa Cruz das Flores 1

61 Carta Escolar Grupo Ocidental º e 3º Ciclo do Ensino Básico Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 observou-se um decréscimo contínuo da população escolar a frequentar os 2º e 3º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas (-38,01%), passando dos 271 aos 168 alunos matriculados (Figura). Número de alunos Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos matriculados no 2º e 3º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Tal como se observou no 1º CEB e seguindo a característica dos territórios insulares, os 221 alunos matriculados no 2º e 3º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas provêem da área de influência desta unidade orgânica (Quadro). Deste total, 131 residem no Município de Santa Cruz das Flores e apenas 90 residem no Município de Lajes das Flores. Importa salientar o significativo número de alunos residentes na Freguesia de Santa Cruz das Flores (90 alunos), o que se poderá justificar por ser o local na qual a EBS Padre Maurício de Freitas se insere / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Quadro Lugares de residência dos alunos que frequentaram o 2º e 3º CEB na EBS Padre Maurício de Freitas, no ano lectivo 2007/2008. Designação Município Freguesia Número de alunos EBS Padre Maurício de Freitas Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Total da área de influência Total de fora da área de influência Fajã Grande 13 Fajãzinha 2 Fazenda 22 Lajedo 5 Lajes das Flores 32 Lomba 12 Mosteiro 4 Caveira 4 Cedros 10 Ponta Delgada 20 Santa Cruz das Flores 97 Aos 168 alunos acrescem 53 alunos que se distribuem por três programas (Quadro), designadamente o Programa Específico de Recuperação da Escolaridade (23 alunos), Turmas de Oportunidade e Cidadania (24 alunos) e Unidade Especializada com Currículo Adaptado (seis alunos). Quadro Número de alunos matriculados por programa e sub-programa na EBS Padre Maurício de Freitas, no Cursos ano lectivo 2007/2008. Total Número de alunos Programa Específico de Recuperação da Escolaridade PERE - Tipo I e Tipo III 23 Turmas de Oportunidade e Cidadania Oportunidade I 12 Oportunidade II 12 Unidade Especializada com Currículo Adaptado Transição para a Vida Activa 6 Total

62 62 Carta Escolar Grupo Ocidental Comparando o número de nascimentos no período correspondente à entrada nos 2º e 3º CEB com a população escolar a frequentar este nível de ensino na EBS Padre Maurício de Freitas, entre os anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008, constata-se que, na globalidade, o número de alunos matriculados é sempre inferior ao número de nascimentos observados (Figura). Tendo em linha de conta unicamente o número de nascimentos registados dez anos antes nas freguesias que se têm vindo assumir como a área de influência da EBS Padre Maurício de Freitas, perspectiva-se, por sua vez, um decréscimo do número de alunos a frequentar os 2º e 3º CEB entre os anos lectivos 2008/2009 e 2015/2016, passando de180 a 162 alunos matriculados, o que poderá representar uma diminuição de -10%. Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos matriculados no Ensino Secundário na EBS Padre Maurício de Freitas entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Nº de nascimentos/ Nº de alunos / / / / /2015 Fonte: Direcção Regional da Educação e INE. Figura Comparação entre o número de alunos nascidos e os inscritos no 5º ano de escolaridade na EBS Padre Ensino Secundário Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Alunos matriculados Maurício de Freitas entre os anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008. No decorrer do período em estudo foi possível observar um decréscimo contínuo dos quantitativos escolares afectos ao Ensino Secundário da EBS Padre Maurício de Freitas, com a passagem dos 132 aos 91 alunos matriculados entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008, o que representa uma diminuição de -31,06%, ou seja, menos 41 alunos (Figura). A totalidade dos alunos matriculados no Ensino Secundário na EBS Padre Maurício de Freitas é proveniente dos dois Municípios que integram a Ilha das Flores, encontrando-se 73 alunos residentes no Município de Santa Cruz das Flores e 18 alunos no Município de Lajes das Flores (Quadro). Quadro Lugares de residência dos alunos que frequentaram o Ensino Secundário na EBS Padre Maurício de Freitas, no ano lectivo 2007/2008. Designação Município Freguesia Número de alunos EBS Padre Maurício de Freitas Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Total da área de influência Total de fora da área de influência Fajã Grande 3 Fazenda 8 Lajes das Flores 5 Lomba 2 Caveira 2 Cedros 5 Ponta Delgada 25 Santa Cruz das Flores 41 No ano lectivo 2007/2008, os 91 alunos matriculados no Ensino Secundário distribuem-se por cinco Cursos Científico-Humanísticos (82 alunos) e por um Curso Tecnológico (nove alunos). O Total

63 Carta Escolar Grupo Ocidental 63 Curso de Ciências e Tecnologias destaca-se por integrar o maior número de alunos, com um total de 38 alunos (Quadro). Quadro Número de alunos por Curso do Ensino Secundário na EBS Padre Maurício de Freitas, no ano lectivo 2007/2008. Cursos Número de alunos Cursos Científico-Humanísticos Artes Visuais 9 Ciências e Tecnologias 38 Ciências Sociais e Humanas 13 Ciências Sócio-Económicas 10 Línguas e Literaturas 12 Cursos Tecnológicos Informática 9 Total Aproveitamento e Abandono Escolar O aproveitamento escolar é um indicador das múltiplas interacções que se estabelecem entre o aluno, a família, o estabelecimento de ensino e o meio envolvente, sendo uma das variáveis a ter em consideração quando se pretende efectuar uma análise da qualidade do sistema educativo português. A análise deste indicador é feita através da informação das taxas de retenção nos 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e da informação do aproveitamento escolar no Ensino Secundário. No primeiro caso entende-se por retenção a percentagem de alunos que permanece no mesmo ano, por razões de insucesso ou de tentativa voluntária de melhoria de qualificações, em relação à totalidade de alunos que iniciaram esse mesmo ano. No segundo caso a análise incide sobre os alunos que nos 10º e 11º anos obtêm classificação igual ou superior a 10 valores em todas as disciplinas correspondentes ao curso frequentado ou em todas menos duas e, ainda, os que concluem o 12º ano. revele um grande atraso educativo em relação às capacidades e objectivos determinados para esse mesmo ano. Nos 6º e 9º anos de escolaridade os alunos ficam retidos se tiverem negativa a Matemática e Português ou classificação inferior a 3 em três outras disciplinas. Terminada a escolaridade obrigatória as taxas de retenção aumentam de forma significativa, uma vez que a passagem para o Ensino Secundário aumenta o grau de exigência, daí que a entrada neste nível de ensino seja marcada, regra geral, pela retenção de um em cada três alunos nos cursos gerais e de um em cada dois alunos nos cursos de carácter tecnológico. 1º Ciclo do Ensino Básico No ano lectivo 2006/2007, a Ilha das Flores apresentou uma taxa de retenção no 1º CEB bastante reduzida (Quadro). Do total de 148 alunos matriculados no 1º CEB no ano lectivo 2006/2007, apenas quatro não obtiveram aproveitamento escolar, o que se traduziu numa taxa de retenção de 2,7%. Quadro - Taxa de retenção no 1º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2006/2007. Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico Designação EBS Padre Maurício de Freitas Número de alunos retidos Número de alunos matriculados Taxa de retenção ,7 Por seu turno, a taxa de retenção nos 2º e 3º CEB na Ilha das Flores é significativamente superior à observada no 1º CEB. Do total de 178 alunos matriculados no ano lectivo 2006/2007, 13 não obtiveram aproveitamento escolar, o que se traduziu numa taxa de retenção de 7,3% (Quadro). As actuais regras da avaliação do Ensino Básico determinam que nos anos não terminais de cada ciclo a decisão de manutenção no mesmo ano apenas deverá ser considerada caso o aluno

64 64 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro - Taxa de retenção no 2º e 3º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2006/2007. Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Designação EBS Padre Maurício de Freitas Número de alunos retidos Número de alunos matriculados Taxa de retenção ,3 Deste modo, e de acordo com a Portaria nº 71 de 2008 os estabelecimentos de ensino no seu projecto educativo devem proporcionar aos alunos actividades de enriquecimento do currículo, de carácter facultativo e de natureza eminentemente lúdica e cultural, incidindo, nomeadamente, nos domínios desportivo, artístico, científico e tecnológico, de ligação da escola com o meio, de solidariedade e voluntariado e da dimensão europeia na educação. Ensino Secundário O Ensino Secundário, tal como seria de esperar, apresentou uma taxa de retenção superior aos restantes níveis de ensino. Do total de 106 alunos matriculados no Ensino Secundário na Ilha das Flores no ano lectivo 2006/2007, 23 não obtiveram aproveitamento escolar, valor correspondente a uma taxa de retenção de 21,7% (Quadro). Quadro - Taxa de retenção no Ensino Secundário na Ilha das Flores, no ano lectivo 2006/2007. Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Designação EBS Padre Maurício de Freitas Número de alunos retidos 3. Complementos ao Processo Educativo 3.1. Actividades de Enriquecimento Curricular 23 Número de alunos matriculados 106 Taxa de retenção A escola deve constituir um espaço aberto à mudança, de modo a que se possa concretizar um ensino de qualidade. Neste sentido, é de máxima importância a interacção com o meio local, a comunidade, a família e demais intervenientes que possam assegurar a sua intervenção a outros níveis. 21,7 1º Ciclo do Ensino Básico No ano lectivo 2007/2008 a EBS Padre Maurício de Freitas integra um conjunto de actividades de enriquecimento curricular bastante diversificado (Quadro). Das seis actividades de enriquecimento curricular em desenvolvimento, ao nível do 1º CEB, destaca-se a Expressão Física-Motora por apresentar o maior número de alunos inscritos (171 alunos), seguida da Expressão Musical e Plástica (com 154 alunos, cada). Por seu turno, a Educação Moral e Religiosa Católica e das TIC (ambas com 147 alunos). Por último, a Iniciação à Língua Estrangeira é a que apresenta menor número de alunos (76 alunos). 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico No que respeita ao 2º e 3º CEB (Quadro), será de referir que o maior número de alunos se encontra inscrito no Clube das Artes (16 alunos) e no Clube do Jornalismo (15 alunos), enquanto que as restantes actividades extracurriculares abrangem um total de 8 alunos. Com vista a proporcionar uma resposta a esta necessidade, fornecendo aos alunos conhecimentos que as disciplinas curriculares não lhes proporcionam, foram instituídas, como forma de motivação, as actividades de enriquecimento curricular ou as actividades extracurriculares, traduzidas, por exemplo, na aquisição de competências desportivas, musicais, linguísticas, informáticas, entre outras.

65 Carta Escolar Grupo Ocidental 65 Quadro Actividades de Complemento Curricular nos estabelecimentos de ensino do 1º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Designação Educação Moral e Religiosa Católica Expressão Física- Motora Expressão Musical Expressão Plástica Iniciação à Língua Estrangeira TIC Lajes das Flores Santa Cruz das Flores EBS Padre Maurício de Freitas Quadro Actividades extracurriculares nos estabelecimentos de ensino dos 2º e 3º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Designação Clube Artes Clube Jornalismo Clube Xadrez Coro da Escola Lajes das Flores Santa Cruz das Flores EBS Padre Maurício de Freitas Desporto na escola Aos olhos dos menos informados a Educação Física e o Desporto Escolar são muitas vezes objecto de alguma confusão. No entanto, deverá ser clarificado que ambas se apresentam como unidades autónomas no âmbito escolar, embora tendo vivido numa dinâmica de contradições, que tem mesmo colocado, desde há muito, em risco a sua existência, em especial no que respeita à segunda actividade. Parece assim ser fundamental definir, de forma sucinta, no que consiste cada uma destas actividades, de modo a evitar discordâncias e assim definir os modos de actuação de cada uma delas. A Educação Física é uma disciplina escolar, de carácter obrigatório no 2º e 3º CEB e no Ensino Secundário, que tem como objectivo promover o desenvolvimento de capacidades motoras e corporais através da prática desportiva, em que o desporto tem vindo a ser assumido como um instrumento pedagógico e como a própria substância da Educação Física. De acordo com o anexo I do Decreto-lei nº 6/2001, de 21 de Janeiro, a Educação Física no 1º CEB, na Região Autónoma dos Açores integra-se na área disciplinar das expressões Físico-motoras, tendo que ser asseguradas pelo menos três secções semanais, cada uma com uma duração mínima de trinta minutos. Importa referir que na Educação Pré-escolar a Educação Física é da responsabilidade, por vezes, dos Educadores de Infância, situação que ocorre frequentemente nos estabelecimentos de Educação Pré-escolar da rede particular. Por seu turno, o Desporto Escolar, destina-se aos alunos que frequentam os 2º e 3º CEB e o Ensino Secundário, integra o conjunto das actividades extracurriculares, desenvolvendo-se, tal como o próprio nome indica, fora do horário curricular, dependendo a participação nesta modalidade dos próprios alunos ou mesmo dos pais e encarregados de educação. Apresenta como objectivos a promoção da saúde e da condição física, a aquisição de hábitos e condutas motoras e o entendimento do desporto como factor de cultura, estimulando sentimentos de solidariedade, cooperação, autonomia e criatividade, devendo ser fomentada a sua gestão pelos estudantes praticantes, desde que salvaguardada pela orientação de profissionais qualificados. O Desporto Escolar destina-se aos alunos de todos os ciclos, níveis e modalidades de ensino das escolas da Região Autónoma dos Açores pela necessidade de ser construída uma escola que prepare os alunos para o mercado de trabalho e que lhes ensine os benefícios de uma vida saudável. Desta forma, o desporto conquista um espaço pedagógico privilegiado na complexidade do processo educativo, assumindo, enquanto instrumento de educação, um significado social bastante importante, contribuindo para a criação de uma cultura desportiva. Na Região Autónoma dos Açores o Desporto Escolar pode decorrer de acordo com quatro níveis de participação, designadamente: 1. Actividades Desportivas Escolares (ADE); 2. Jogos Desportivos Escolares (JDE);

66 66 Carta Escolar Grupo Ocidental 3. Actividades físicas e desportivas com ou sem enquadramento federado, através dos Clubes Desportivos Escolares (CDE); 4. Participação nas actividades de Desporto Escolar Nacional e Internacional (DEN). No âmbito do Programa de Desporto Escolar desenvolvido ao nível do 2º e 3º CEB e do Ensino Secundário, na EBS Padre Maurício de Freitas, são oferecidas apenas dois tipos de modalidades, nomeadamente as Actividades Desportivas Escolares, que envolvem um total de 58 alunos, e o Clube Desportivo Escolar das Flores, com 76 alunos (Quadro). Quadro - Modalidades do Programa de Desporto Escolar na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Estes alunos necessitam, por força desta dificuldade, de um complemento educativo adicional e diferente, com o objectivo de promover o seu desenvolvimento e a sua aprendizagem, utilizando para isso todo o seu potencial. Este apoio educativo traduz-se na disponibilização de um conjunto de estratégias e actividades de apoio, de carácter pedagógico e didáctico, organizadas de forma integrada, para complemento e adequação do processo de ensino e aprendizagem. Ao necessitarem de um apoio acrescido, a sua sinalização precoce torna-se bastante premente, uma vez que vai permitir um correcto acompanhamento, numa tentativa de combate ao insucesso escolar que, aliás, é bastante frequente nestes alunos. Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Designação EBS Padre Maurício de Freitas Total Actividades Desportivas Escolares 58 Clube Desportivo Escolar Flores 76 Total Educação Pré-escolar Do total de 92 crianças inscritas na Educação Pré-Escolar no ano lectivo 2007/2008, apenas duas encontram-se referenciadas como tendo necessidades educativas especiais, valor que corresponde a 2,17% do total de crianças a frequentar este nível de ensino (Quadro) Educação Especial A Educação Especial assume-se como uma das modalidades especiais de educação escolar, que tem como objectivo a integração educativa e social, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades dos indivíduos com necessidades educativas especiais (NEE) resultantes de deficiências físicas e mentais. De acordo com o Decreto Legislativo Regional nº 15/2006/A, de 7 de Abril, a Educação Especial visa responder a necessidades educativas especiais de crianças e jovens, decorrentes de limitações ou incapacidades, que se manifestam de modo sistemático e com carácter prolongado, inerentes ao processo individual de aprendizagem e de participação na vivência escolar, familiar e comunitária. Neste sentido, e tendo em consideração a necessidade de flexibilizar as estruturas curriculares, foi criado pela Resolução nº 121/99, de 22 de Julho, o Programa de Integração Escolar de Crianças e Jovens com Necessidades Educativas Especiais, designado por Programa Cidadania, voltado especificamente para as crianças e jovens com acentuadas necessidades educativas especiais. Quadro - Número de crianças com Necessidades Educativas Especiais a frequentar a Educação Pré-escolar na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Designação Número de crianças Lajes das Flores EBS Padre Maurício de Freitas 2 Santa Cruz das Flores Santa Cruz das Flores JI O Girassol 0 Total 2 1º Ciclo do Ensino Básico Por sua vez, dos 164 alunos que frequentam o 1º CEB na Ilha das Flores no ano lectivo 2007/2008, 17 apresentam necessidades educativas especiais, o que corresponde a 10,37% do total de alunos matriculados neste nível de ensino (Quadro).

67 Carta Escolar Grupo Ocidental 67 Quadro - Número de alunos com Necessidades Educativas Especiais a frequentar o 1º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Designação Número de alunos Lajes das Flores EBS Padre Maurício de Freitas 17 Santa Cruz das Flores Ensino Secundário No Ensino Secundário apenas um aluno apresenta necessidades educativas especiais do total de 91 alunos matriculados neste nível de ensino (Quadro) Alimentação e Material Escolar O apoio a prestar ao alunos em matéria de alimentação abrange a disponibilização, durante o período escolar, de refeições e alimentos com custos comparticipados e a existência, em cada unidade orgânica, de um programa de educação e higiene alimentar. O material escolar é comparticipado em função do escalão de rendimento familiar em que se insiram. Assim sendo, os livros, equipamentos e materiais duradouros que forem comparticipados são propriedade da unidade orgânica, podendo esta exigir a sua devolução após o termo da utilização. Quadro - Número de alunos com Necessidades Educativas Especiais a frequentar o Ensino Secundário na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Designação Número de alunos Lajes das Flores EBS Padre Maurício de Freitas 1 Santa Cruz das Flores Educação Pré-escolar Do total de 74 crianças a frequentar a Educação Pré-Escolar na EBS Padre Maurício de Freitas, apenas duas crianças recebem apoio da acção social escolar (2,7%). As duas crianças encontramse abrangidas pelo 1º e 2º Escalão (Quadro) Acção Social Escolar Na Região Autónoma dos Açores a acção social escolar rege-se pelo Decreto Legislativo Regional nº34/2003/a, que estabelece a organização e o funcionamento do sistema de acção social escolar a conceder às crianças que frequentam a Educação Pré-escolar e aos alunos do Ensino Básico e Secundário dos estabelecimentos de educação e ensino regular. Os serviços de acção social escolar traduzem-se num conjunto diversificado de acções, como a comparticipação nas refeições, serviços de cantina, transportes, alojamento, manuais e material escolar, bem como na atribuição de bolsas de estudo. As crianças e alunos são agrupados em diferentes escalões de acordo com o rendimento familiar, composição do agregado familiar ou existência no seio da família de encargos de carácter extraordinário, como doença deficiência, entre outros. 1º Ciclo do Ensino Básico Relativamente aos alunos que frequentam o 1º CEB, do total de 164 alunos matriculados, 27 recebem apoio da acção social escolar para alimentação (16,4%) e 32 apoio para livros e material escolar (19,5%) (Quadro). 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico Dos 168 alunos que frequentam os 2º e 3º CEB, na EBS Padre Maurício de Freitas, cerca de 48% (82 alunos) recebem subsídio para alimentação, livros e material escolar, dos quais 40 alunos estão abrangidos pelo 1º Escalão, 27 alunos pelo 2º Escalão, e os restantes pelos 3º e 4º Escalões (nove e seis alunos, respectivamente) (Quadro).

68 68 Carta Escolar Grupo Ocidental Ensino Secundário Por sua vez, do total de alunos (91 alunos) que frequentam o Ensino Secundário, no ano lectivo 2007/2008, 21 recebem apoio da acção social escolar (23,08%) dos quais nove alunos são abrangidos pelo 1º Escalão, sete alunos pelo 2º Escalão e cinco alunos pelo 3º Escalão (Quadro). Quadro - Número de crianças subsidiadas na Educação Pré-escolar na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Designação Subsídio para alimentação, livros e material escolar 1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão 4º Escalão Total EBS Padre Maurício de Freitas Santa Cruz das Flores JI O Girassol Total Quadro - Número de alunos subsidiados no 1º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Designação Subsídio para alimentação Subsídio para livros e material escolar 1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão 4º Escalão Total 1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão 4º Escalão Total EBS Padre Maurício de Freitas Total Quadro - Número de alunos subsidiados no 2º e 3º CEB na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Designação EBS Padre Maurício de Freitas Subsídio para alimentação, livros e material escolar 1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão 4º Escalão Total

69 Carta Escolar Grupo Ocidental 69 Quadro - Número de alunos subsidiados no Ensino Secundário na Ilha das Flores, no ano lectivo 2007/2008. Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Designação EBS Padre Maurício de Freitas Subsídio para alimentação, livros e material escolar 1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão 4º Escalão Total Transportes Escolares O transporte escolar dos alunos residentes na Região Autónoma dos Açores que frequentam a escolaridade obrigatória é regulamentado pelo Artigo 9º do Decreto Legislativo Regional nº34/2003/a e Decreto Legislativo Regional nº 23/2006/A de 12 de Junho. O transporte escolar é feito, prioritariamente, utilizando a rede pública de transporte colectivo de passageiros que sirva a localidade onde se situa o estabelecimento de ensino, devendo os percursos e os horários das carreiras, ajustar-se às necessidades do sistema educativo. No momento em que a utilização do sistema público de transportes colectivos exceda um tempo de espera superior a sessenta minutos, ou quando não exista qualquer transporte público colectivo com o trajecto ou características adequadas ao transporte dos alunos, podem ser criadas carreiras privativas de transporte escolar. O apoio em termos de transporte consiste no financiamento do passe mensal dos alunos que frequentam a escolaridade obrigatória. Segundo o artigo 12º de Decreto Legislativo Regional nº 34/2003/A, têm direito à comparticipação no transporte escolar os alunos que: 1. O transporte é gratuito para as crianças da educação pré-escolar e para os alunos sujeitos a escolaridade obrigatória que residam a mais de 3 km do estabelecimento de ensino que devam frequentar; 3. O transporte escolar é gratuito para os alunos portadores de deficiência independentemente da distância ao estabelecimento de ensino que frequentam; 4. O transporte escolar dos alunos que frequentem estabelecimentos de ensino situados a menos de 3 km da sua residência e dos alunos não sujeitos à escolaridade obrigatória é comparticipado, nos termos que forem estabelecidos no regulamento de execução a que se refere o artigo 16º ( ); Não beneficiam de transporte escolar os alunos que optem pela frequência de estabelecimento de educação diferente daquele que serve a localidade onde residem. Educação Pré-escolar No ano lectivo 2007/2008 são apenas 27 as crianças que frequentam a Educação Pré-Escolar que usufruem do subsídio de transporte escolar, o que corresponde a 29,3% do total de crianças matriculadas neste nível de ensino (Quadro). A totalidade de crianças subsidiadas diz respeito à EBS Padre Maurício de Freitas, o que corresponde a 36,4% do total de alunos afectos a esta unidade orgânica. Por seu turno, das 18 crianças que frequentam o JI da rede privada, nenhuma usufrui de subsídio de transporte escolar. 2. Exclusivamente parta as crianças da educação pré-escolar e para os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, o limite a que se refere o número anterior é reduzido para 2 km, sendo de 1 km quando a deslocação resulte do encerramento do estabelecimento de ensino, realizado no âmbito da reestruturação da rede escolar, ou existam situações excepcionais de perigosidade, penosidade ou inclinação da via a percorrer que a isso obriguem;

70 70 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro - Número de crianças inscritas na Educação Pré-escolar na Ilha das Flores com subsídio de transporte Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores 1º Ciclo do Ensino Básico escolar, no ano lectivo 2007/2008. Designação EBS Padre Maurício de Freitas Número de crianças transportadas Número de crianças matriculadas Relativamente aos alunos que frequentam o 1º CEB, dos 164 alunos matriculados na EBS Padre Maurício de Freitas, 77 alunos usufruem de subsídio de transporte escolar, o que corresponde a 46,9% do total (Quadro). Quadro - Número de alunos matriculados no 1º CEB na Ilha das Flores com subsídio de transporte escolar, no Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores ano lectivo 2007/2008. Designação EBS Padre Maurício de Freitas Número de alunos transportados 77 Número de alunos matriculados 164 Quadro - Número de alunos matriculados nos 2º e 3º CEB na Ilha das Flores com subsídio de transporte escolar, Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores Ensino Secundário no ano lectivo 2007/2008. Designação EBS Padre Maurício de Freitas Número de alunos transportados Número de alunos matriculados Por sua vez, dos alunos que frequentam o Ensino Secundário na EBS Padre Maurício de Freitas, no ano lectivo 2007/2008, apenas 21 alunos (23%) beneficiam de subsídio de transporte escolar (Quadro). Quadro - Número de alunos matriculados no Ensino Secundário na Ilha das Flores com subsídio de transporte Municípios Lajes das Flores Santa Cruz das Flores escolar, no ano lectivo 2007/2008. Designação EBS Padre Maurício de Freitas 95 Número de alunos subsidiados Número de alunos matriculados 91 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico No ano lectivo 2007/2008 são 95 os alunos matriculados nos 2º e 3º CEB na Ilha das Flores que usufruem do subsídio de transporte escolar, o que corresponde a cerca de 44% do total de alunos afecto a este nível de ensino (Quadro).

71 C. Ilha do Corvo

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73 Carta Escolar Grupo Ocidental Enquadramento Territorial da Ilha 1.1. Enquadramento e Caracterização Física A Ilha do Corvo ocupa uma superfície total de 17,13 km², apresentando 6,5 km de comprimento e 4 km de largura, assumindo-se, deste modo, como a ilha mais pequena do Arquipélago dos Açores. Em termos administrativos a Ilha do Corvo integra um Município, o qual corresponde apenas a uma freguesia, a Freguesia do Corvo (Figura). O território insular localiza-se sobre a placa tectónica norte-americana, a Oeste do rifte da Crista Média Atlântica que juntamente com a Ilha das Flores emerge do mesmo banco submarino, de orientação NNE-SSO. A sua tectónica é controlada por falhas orientadas aproximadamente Norte- Sul, paralelas à Crista Média Atlântica e por falhas transformantes com direcção Oeste-Este, que segmentam o vale do rifte. Em termos de relevo, a Ilha do Corvo é formada por uma única montanha vulcânica extinta, um grande cone vulcânico coroado com uma ampla cratera de abatimento chamada localmente de Caldeirão, com 3,7 km de perímetro e 300 m de profundidade, onde se podem observar várias lagoas, turfeiras e pequenas "ilhotas" (Figura). A Ilha do Corvo, com apenas 17 km², possui um relevo muito simples, sendo formada por uma única montanha vulcânica extinta, um grande cone vulcânico do tipo estrato-vulcão, cuja fisionomia se modificou devido a dois fenómenos de natureza diferente: por um lado, a parte central do edifício vulcânico abateu formando-se uma ampla cratera de abatimento com 3,7 km de perímetro e 300 m de profundidade; por outro lado, a erosão marinha muito intensa fez praticamente desaparecer o seu flanco ocidental. O fundo da caldeira, que se encontra em torno dos 400 m de altitude, é ocupado em grande parte por uma lagoa e numerosos pequenos cones vulcânicos secundários. O ponto mais alto da ilha é o Morro dos Homens no bordo sul da caldeira, com 718 m de altitude. Além desta elevação destacam-se ainda as da Lomba Redonda, da Coroa do Pico, da Coroinha, do Morro da Fonte, do Espigãozinho e do Serrão Alto. A Ilha do Corvo, apesar da sua reduzida dimensão, pode ser dividida em três unidades morfológicas: o cone principal, o Caldeirão e a plataforma meridional (Medeiros, 1967). A totalidade da Ilha, exceptuando no sector sul, onde se observa uma pequena plataforma, está cinturada por arribas altas e escarpadas, constituindo as vertentes do cone central do vulcão extinto. As vertentes encontram-se parcialmente preservadas nos flancos Sul e Leste (com altitudes entre os 150 e os 250 m), sendo muito reduzidas pelo recuo das arribas litorais a Norte e completamente inexistentes a Oeste (com altitudes entre os 500 e os 700 m) devido à forte erosão marinha que atinge as paredes internas da caldeira e cuja arriba resultante chega atingir os 700 m de altitude. No sector meridional, sobressai a plataforma onde se fixou a Vila do Corvo, a única povoação da Ilha, que pela sua planura (com altitudes entre os 10 e os 60 m), produz um vigoroso contraste com o resto da Ilha. Estas linhas gerais da morfologia vão reflectir-se, de forma muito clara, na existência de declives, muito acentuados nas vertentes do sector Norte e Oeste, notando-se um aumento de gradual à medida que avançamos para o cimo do cone (Figura). Por outro lado, na plataforma meridional da Ilha, devido à sua planura, os declives são quase inexistentes. Em virtude da sua origem vulcânica, o território insular desenvolve-se, essencialmente, em materiais basálticos, verificando-se nos flancos exteriores do aparelho eruptivo principal, pequenos cones secundários, formados por piroclastos de diferentes dimensões (cinzas basálticas, escórias, lapilli e bombas) e, na plataforma meridional, uma cobertura lávica, formada por derrames de lavas andesíticas dos cones secundários do Morro da Fonte (371 m) e Coroinha (500 m). A rede hidrográfica da Ilha é estruturada por um grande número de ribeiras, constituídas, provavelmente, a partir de infiltrações da lagoa que se formou no fundo da depressão fechada do Caldeirão, e cujos caudais, variáveis ao longo do ano, são maioritariamente de regime torrencial, o que aliado aos elevados declives dos flancos exteriores do maciço eruptivo central, sulcados de grutas, potencia o escoamento superficial. Do ponto de vista climático, a Ilha do Corvo apresenta um clima temperado com características oceânicas como é claramente deduzido pela evolução do estado do tempo ao longo do ano, onde se verifica que praticamente chove todo, embora com um máximo no Inverno e uma quebra, esta mais sensível, no Verão, e onde a variação térmica anual regista uma reduzida amplitude, predominando temperaturas amenas a maior parte do ano (Figura).

74 74 Carta Escolar Grupo Ocidental Deste modo, na Ilha do Corvo verifica-se uma temperatura média anual de cerca de 17 C, sendo a amplitude térmica anual pouco acentuada, não ultrapassando os 11 C. No mês de Agosto registam-se as temperaturas médias mais altas (23,05 C) e no mês de Fevereiro as mais baixas (12,85 C), pelo que no período de Inverno, a temperatura média permanece à volta dos 14 C e no Verão aproxima-se dos 22 C. P(mm) T (º) Caracterização Demográfica 1.3. Caracterização da Rede de Acessibilidades Transportes Em termos de acessibilidades internas, e dada a reduzida dimensão da ilha do Corvo, pode afirmar-se que grande parte da população desloca-se maioritariamente a pé, havendo mesmo assim uma parte das deslocações efectuadas em automóvel, uma vez que não existe uma rede de transportes regulares Numa escala generalista de análise verifica-se que a esparsa cobertura viária da Ilha do Corvo assenta e depende da Estrada Regional, que atravessa meridionalmente o território no sector Este e liga a Vila do Corvo ao interior da ilha, e das Estradas e Caminhos Secundários que estabelecem a ligação entre os restantes lugares De facto, uma observação conjunta do relevo e da rede viária da ilha mostra que o desenvolvimento desta última reflecte claramente a existência de dois sectores: um referente a todo 0 Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 0 o sector Noroeste, onde se encontram os relevos mais importantes - Maciço do Caldeirão - que significam maiores dificuldades de acesso, e o outro referente ao restante território a Este e a Sul, Precipitação (mm) Temperatura (º) onde se encontra implantada a Vila do Corvo e a totalidade de equipamentos existente. Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, Figura Gráfico termo-pluviométrico Estação meteorológica do Corvo (médias de 1951/1980). O ritmo pluviométrico apresenta-se contínuo com a precipitação regularmente distribuída ao longo do ano, embora com maior abundância nos meses de Inverno com 64% das chuvas a cair entre os meses de Outubro e Março (706,5 mm), atingindo o seu máximo nos meses de Janeiro (140,8 mm) e Fevereiro (122,3 mm). Por seu turno, os meses de Junho, Julho e Agosto correspondem aos meses menos pluviosos, com um valor total de precipitação de 165,3 mm, o que corresponde ainda a cerca de 15% do total anual (1 105 mm). Ao nível das acessibilidades ao exterior, estas assentam nos transportes marítimos e aéreos. Durante o Inverno, as ligações marítimas, apesar de regulares, são fortemente condicionadas pelo estado do mar e condições atmosféricas, já que o Porto da Casa, o pequeno molhe na Vila do Corvo que serve a ilha, não fornece abrigo que permita a operação com tempo adverso. No entanto, durante o Verão, chega a haver várias ligações por dia, usando barcos rápidos que fazem o trajecto entre o Corvo e Santa Cruz das Flores em cerca de 45 minutos. As ligações aéreas são asseguradas através do aeródromo da Ilha do Corvo, situado ao longo da plataforma sul da ilha, e é escalado duas a três vezes por semana por voos regulares de passageiros operados pela transportadora aérea SATA Air Açores, que estabelece as ligações ao Aeroporto da Horta (Ilha do Faial), ao Aeroporto das Flores (Ilha das Flores) e ao Aeroporto das Lajes (Ilha da Terceira).

75 Carta Escolar Grupo Ocidental Caracterização Geral da Oferta e da Procura Educativa A rede educativa da Ilha do Corvo é composta por três estabelecimentos dos diferentes níveis de ensino, que se distribuem, de modo uniforme, pela Educação Pré-Escolar, 1º CEB e 2º e 3º CEB - um estabelecimento de ensino (Quadro). No que concerne à natureza jurídica, a Educação Pré-escolar é assegurado por um estabelecimento de ensino da rede particular, correspondendo este à totalidade da oferta existente nesta Ilha (Quadro). Quadro - Síntese da rede educativa da Ilha do Corvo e sua distribuição por natureza jurídica, no ano lectivo Nível de ensino 2007/2008. Pública Particular sem fins lucrativos Nº % Nº % Educação Pré-escolar º CEB º e 3º CEB Total Total 3 Quadro - Rede educativa da Ilha do Corvo, no ano lectivo 2007/2008. Município Freguesia Nível de ensino Corvo Corvo Educação Pré-escolar Estabelecimentos de ensino JI Planeta Azul 1º CEB EBI Mouzinho da Silveira Pública 2º e 3º CEB EBI Mouzinho da Silveira Pública Rede Particular sem fins lucrativos Figura - Distribuição dos equipamentos educativos na Ilha do Corvo, no ano lectivo 2007/2008.

76 76 Carta Escolar Grupo Ocidental 2.1. Educação Pré-escolar O único estabelecimento de Educação Pré-escolar existente no Município do Corvo integra apenas uma sala de actividade, o que determina uma capacidade para integrar 25 crianças, o que tendo em linha de conta as 12 crianças inscritas, traduz-se numa taxa de ocupação de 48% (Quadro e Figura). Na globalidade do período em estudo observou-se um acréscimo do número de crianças inscritas no JI Planeta Azul, passando de oito a 12 crianças entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 (Figura). Esta dinâmica positiva não se processou de modo regular, oscilando entre as sete crianças inscritas no ano lectivo 2005/2006 e as 15 crianças matriculadas, no ano lectivo 2003/2004 e 2006/2007. A totalidade das crianças inscritas no JI Planeta Azul residem na área de influência deste estabelecimento de Educação Pré-escolar que diz respeito, ou seja, à Freguesia Ilha do Corvo (Quadro). Quadro Lugares de residência das crianças que frequentaram a Educação Pré-escolar no JI Planeta Azul, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Lugar Número de crianças JI Planeta Azul Corvo Corvo 12 Total da área de influência Total de fora da área de influência 12 0 Total Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Figura Evolução do número de crianças na Educação Pré-escolar no JI Planeta Azul entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Designação Freguesia Quadro Síntese da oferta e da procura da Educação Pré-escolar na Ilha do Corvo, no ano lectivo 2007/2008. Estabelecimentos de ensino 3 anos 4 anos 5 anos Total de crianças Número de educadores Número de salas Capacidade JI Planeta Azul Corvo JI Planeta Azul Taxa de Ocupação

77 Carta Escolar Grupo Ocidental º Ciclo do Ensino Básico A EBI Mouzinho da Silveira regista, no ano lectivo 2007/2008, a matrícula de 20 alunos, distribuídos por duas salas de aula, o que se traduz numa taxa de ocupação de cerca de 50% (Quadro e Figura). O número de alunos a frequentar o 1º CEB na EBI Mouzinho da Silveira registou um ligeiro aumento entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008 um aumento de cerca de 5%, passando de19 a 20 alunos matriculados (Figura). A evolução da população escolar neste nível de ensino não se processou de modo regular, oscilando entre as 12 crianças inscritas no ano lectivo 2004/2005 e as 20 crianças matriculadas, no ano lectivo 2007/ Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos no 1º CEB na EBI Mouzinho da Silveira entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Como facilmente se justifica, a totalidade dos alunos matriculados na EBI Mouzinho da Silveira reside na Freguesia do Corvo, a única freguesia que integra a área de influência desta unidade orgânica (Quadro). Figura Distribuição dos equipamentos de Educação Pré-escolar na Ilha do Corvo, no ano lectivo 2007/2008.

78 78 Carta Escolar Grupo Ocidental Quadro Lugares de residência dos alunos que frequentaram o 1º CEB na EBI Mouzinho da Silveira, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Lugar Número de alunos EBI Mouzinho da Silveira Corvo Corvo 20 Total da área de influência 20 Total de fora da área de influência 0 Total 20 Nº de nascimentos/ Nº de alunos / / / / /2011 Entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008, verifica-se que o número de alunos matriculados nos estabelecimentos de ensino do 1º CEB na Ilha do Corvo foi sempre bastante superior ao número de nascimentos registados no período correspondente à frequência (Figura). Não obstante e, considerando unicamente os nascimentos observados na Ilha do Corvo poderá perspectivar-se um decréscimo bastante significativo da população escolar a frequentar o 1º CEB, passando de um total de 17 alunos matriculados no ano lectivo 2008/2009 para os oito alunos previstos no ano lectivo 2011/2012. Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Alunos matriculados Fonte: Direcção Regional da Educação e INE. Figura Comparação entre o número de alunos nascidos e os inscritos no 1º CEB na EBI Mouzinho da Silveira entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. Quadro Síntese da oferta e da procura no 1º CEB na Ilha do Corvo, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Estabelecimentos de ensino 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano Total de alunos Número de turmas Número de docentes Número de salas Capacidade Taxa de ocupação EBI Mouzinho da Silveira Corvo EBI Mouzinho da Silveira

79 Carta Escolar Grupo Ocidental º e 3º Ciclo do Ensino Básico O único estabelecimento de 2º e 3º CEB existente na Ilha do Corvo apresenta uma capacidade para integrar um número máximo de 120 alunos, o que pela frequência de 15 alunos, no ano lectivo 2007/2008, determina uma taxa de ocupação de apenas 12,5 % (Quadro e Figura). Ao contrário do que se observou no 1º CEB, a população escolar a frequentar os 2º e 3º CEB na Ilha do Corvo tem vindo a observar uma diminuição passando dos 21 alunos matriculados, no ano lectivo 2002/2003, para os 15 alunos inscritos, no ano lectivo 2007/2008, o que representa um decréscimo de - 28,57% (Figura). Número de alunos / / / / / /2008 Ano lectivo Aumento Diminuição Manutenção Fonte: Direcção Regional da Educação. Figura Evolução do número de alunos o 2º e 3º CEB na EBI Mouzinho da Silveira entre os anos lectivos 2002/2003 e 2007/2008. No ano lectivo 2007/2008 os 15 alunos que frequentam o 2º e 3º CEB na EBI Mouzinho da Silveira residem na área de influência desta unidade orgânica, referente à freguesia do Corvo (Quadro). Quadro Lugares de residência dos alunos que frequentaram os 2º e 3º CEB na EBI Mouzinho da Silveira, no ano lectivo 2007/2008. Designação Freguesia Lugar Número de alunos EBI Mouzinho da Silveira Corvo Corvo 15 Total da área de influência 15 Total de fora da área de influência 0 Total 15 Figura Distribuição dos equipamentos de 1º CEB na Ilha do Corvo, no ano lectivo 2007/2008.

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