Austeridade & Crescimento

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1 Conselho Económico e Social Conferência Austeridade & Crescimento Economista Ex-Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças Sede do Conselho Económico e Social Lisboa Julho 06, 2012 Este documento foi elaborado com informação disponível até Julho 05, 2012

2 Índice 1. A Crise do Endividamento Público Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa Austeridade & Crescimento O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Conclusões

3 Índice 1. A Crise do Endividamento Público Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa Austeridade & Crescimento O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Conclusões

4 1. A Crise do Endividamento Público. Na sequência da enorme crise financeira internacional iniciada em 2007, que levou a uma profunda crise económica global, a ajuda concedida à economia e ao sector financeiro deteriorou as contas públicas um pouco por todo o Mundo. Na União Europeia esse fenómeno foi particularmente visível, quer ao nível do défice público Saldo Orçamental, UE-27, (Percentagem do PIB) União Europeia % % Percentagem % -20 Luxemburgo Suécia Estónia Finlândia Dinamarca Alemanha Malta Áustria Bulgária Hungria Itália Holanda Bélgica República Checa Eslovénia Chipre polónia França Eslováquia Roménia Lituânia Letónia Portugal Espanha Reino Unido Irlanda Grécia Nota: Ordenação decrescente segundo o ano de Fonte: Comissão Europeia..3.

5 1. A Crise do Endividamento Público. quer da dívida pública. Dívida Pública, UE-27, (Percentagem do PIB) União Europeia % % Percentagem % 0 Grécia Itália Bélgica Portugal Hungria França Polónia Alemanha Reino Unido Áustria Malta Irlanda Holanda Chipre Espanha Suécia Finlândia Dinamarca Letónia Eslováquia Eslovénia República Checa Lituânia Roménia Luxemburgo Bulgária Estónia Nota: Ordenação decrescente segundo o ano de Fonte:Comissão Europeia..4.

6 1. A Crise do Endividamento Público. São atingidas, em particular, as economias e as contas públicas de países muito expostos ao subprime e com fortes bolhas imobiliárias, como Irlanda e Espanha, provocando reacções negativas da parte das agências de rating A realização de eleições na Grécia (Setembro 2009) provocou a mudança de Governo e a descoberta de uma crise orçamental de enormes proporções, que lançou a suspeita sobre a possibilidade de uma situação de rotura de pagamentos do Estado Helénico(incapacidade de fazer face aos compromissos assumidos). Acentuaram-se as dúvidas quanto à solvabilidade dos países financeiramente mais indisciplinados da Europa PIGS (Portugal, Italy, Greece, Spain) PIIGS (Portugal, Ireland, Italy, Greece, Spain) GIPSI (Greece, Ireland, Portugal, Spain, Italy), que ficaram sob escrutínio apertado das agências de rating e da comunidade internacional em geral(credores, investidores, analistas, actores políticos, observadores, etc.)..5.

7 1. A Crise do Endividamento Público. Devido a Uma arquitectura institucional deficiente na Zona Euro (só a vertente monetária da União Económica e Monetária tinha sido suficiente desenvolvida, tendo sido descurada a vertente económica, nomeadamente orçamental) Uma actuação sempre tardia e incompleta dos decisores políticos europeus Uma actuação reticente e limitada do Banco Central Europeu (BCE), que não agiu nunca como lender of last resort (credor de último recurso) ao contrário do que sucede com o Fed, o Banco de Inglaterra ou o Banco do Japão, por exemplo Efeito de contágio dos receios de incumprimento alargou-se a um número crescente de países Subida dos juros que forçou a que os pedidos de assistência económica e financeira se sucedessem.6.

8 1. A Crise do Endividamento Público. Cronologia dos pedidos de assistência económica e financeira: Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Chipre Após vários dias de negociações a Grécia oficializa o pedido de ajuda internacional. A Irlanda recorre ao FMI/CE/BCE e o pedido é aprovado. Partidos da oposição chumbam PEC IV e o Primeiro Ministro apresenta a demissão. S&P volta a cortar o rating da dívida soberana para um nível acima de junk. Fitch volta a cortar o rating da dívida soberana para próximo de junk. Portugal solicita ajuda externa. A ajuda internacional é aprovada pelos Ministros das Finanças da Zona Euro e da UE. Espanha pede ajuda internacional para resgatar o sector financeiro. Chipre oficializa o pedido de ajuda internacional. 23 Abril 21 Novembro 23 Março 24 e 25 Março 29 Março 31 Março 1 Abril 5 Abril 6 Abril 16 Abril 9 Junho 1 25 Junho Fitch e S&P cortam o rating de Portugal em 2 níveis. Presidente da República dissolve o Parlamento e convoca eleições para 5 de Junho. Moody s corta o rating de Portugal para 2 níveis acima de lixo. 1 O pedido formal de ajuda foi efectuado a 25 de Junho, sendo posteriormente aprovado no Conselho Europeu de 28 e 29 de Junho. Fontes: FMI, Comissão Europeia, BCE, Para Portugal, a crise internacional apenas veio apressar uma situação de pré-insolvência, ou de endividamento (privado e público) excessivo e de definhamento económico para a qual o país já caminhava desde a segunda metade dos anos

9 Índice 1. A Crise do Endividamento Público Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa Austeridade & Crescimento O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Conclusões

10 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: PIB Potencial. Dois fenómenos marcaram, indelevelmente, desde a segunda metade da década de 90, a evolução da economia portuguesa: a globalização e o início do Euro. A globalizaçãotrouxe consigo um extraordinário aumento de competição a nível global, sobretudo pelo advento de países emergentes como a China, a Índia, o Brasil ou a Rússia (BRIC); o início do Euro (1999) levou a que Portugal perdesse dois instrumentos de política económica tradicionais (política monetária e política cambial) que facilitavam ajustamentos e permitiam recuperar, ainda que artificialmente, a competitividade da economia. Percentagem Taxa de variação anual do PIB potencial, Portugal e UE-27, (Percentagem) UE Portugal A adaptação insuficiente da economia portuguesa à nova ordem económica global tem sido visível na evolução do PIB potencial Fonte: Comissão Europeia..9.

11 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Crescimento do PIB. e no baixíssimo crescimento real que tem sido registado desde o início da presente década. Apesar da evolução sempre descendente desde a década de 60, a queda dos anos 90 para a década actual é fortíssima. Portugal: Crescimento do PIB em termos reais (% ), (valores em média anual por década) Início dos Fundos Europeus Descida dos juros 4 Percentagem Década 1960 Década 1970 Década 1980 Década 1990 Década 2000 Década Nota: O valor obtido para a Década 2010 refere-se ao período Fontes: Comissão Europeia; cálculos do autor..10.

12 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Produtividade. Num ambiente global de grande concorrência, o crescimento insuficiente da produtividade tem-se mantido como a principal explicação para a baixa criação de valor e para a falta de competitividade da economia portuguesa. Produtividade do trabalho em países europeus seleccionados, (UE-27 = 100) Percentagem Irlanda Espanha UE-27 Grécia Malta Eslováquia Portugal Chipre República Checa Polónia * PIB per capita (ajustado pelas paridades do poder de compra) / população empregada. Fontes: Comissão Europeia; cálculos do autor..11.

13 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Nível de Vida. Já antes da eclosão da crise internacional estávamos a empobrecer relativamente à média dos países comunitários, sendo ultrapassados por vários dos novos Estados-membros. As projecções apontam para a manutenção desta trajectória de empobrecimento até mais de metade da presente década. PIB percapita* em países europeus seleccionados, (UE-27=100) Percentagem Irlanda Espanha Chipre UE-27 Grécia Malta Portugal República Checa Eslováquia Lituânia Polónia Estónia * PIB per capita ajustado pelas paridades do poder de compra. Fontes: FMI; cálculos do autor..12.

14 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Competitividade. Portugal tem experimentado opções de política pouco viradas para a competitividade da economia, como se comprova pela evolução do paísnos principaisrankingsde competitividade internacionais. Países como Estónia,República Checa, Polónia ou Lituâniasão mais competitivos do que Portugal. Entre os 27 países da União Europeia, Portugal encontrava-se, em 2011, em 18º lugar. Evolução da posição de Portugal no ranking de competitividade do World Economic Forum, * Posição de 2010 entre parêntesis. Os países da União Europeia encontram-se indicados a laranja. Fonte: WorldEconomicForum Ranking de competitividade do World Economic Forum, 2011* 1 Suíça (1) 32 Omã (34) 2 Singapura (3) 33 Estónia (33) 3 Suécia (2) 34 Kuwait (35) 4 Finlândia (7) 35 Porto Rico (41) 5 EUA (4) 36 Espanha (42) 6 Alemanha (5) 37 Bahrain (37) 7 Holanda (8) 38 Rep. Checa (36) 8 Dinamarca (9) 39 Tailândia (38) 9 Japão (6) 40 Tunísia (32) 10 Reino Unido (12) 41 Polónia (39) 11 Hong Kong (11) 42 Barbados (43) 12 Canadá (10) 43 Itália (48) 13 Taiwan (13) 44 Lituânia (47) 14 Qatar (17) 45 Portugal (46) 15 Bélgica (19) 16 Noruega (14) 47 Chipre (40) 17 Arábia Saudita (21) 48 Hungria (52) 18 França (15) 19 Áustria (18) 51 Malta (50) 20 Austrália (16) 21 Malásia (26) 57 Eslovénia (45) 22 Israel (24) 23 Luxemburgo (20) 64 Letónia (70) 24 Coreia do Sul (22) 25 Nova Zelândia (23) 69 Eslováquia (60) 26 China (27) 27 EAU (25) 74 Bulgária (71) 28 Brunei (28) 29 Irlanda (29) 77 Roménia (67) 30 Islândia (31) 31 Chile (30) 90 Grécia (83).13.

15 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Competitividade. No ranking doinstitute for Management Development (IMD) Portugal também tem registado uma evolução pouco positiva. Entre os 24 países da União Europeia que são analisados, Portugal encontra-se, em 2012, em 18º lugar. Evolução da posição de Portugal no ranking de competitividade do IMD, Nota: Dados não disponíveis para Malta, Chipre e Letónia. * Posição de 2011 entre parêntesis. Os países da União Europeia encontram-se indicados a laranja. Os Emirados Árabes Unidos só em 2011 foram considerados para este ranking. Fonte:Institute for Management Development Ranking de competitividade do IMD, 2012* 1 Hong Kong 1 31 Estónia 33 2 EUA 2 32 Cazaquistão 36 3 Suíça 5 33 República Checa 30 4 Singapura 3 34 Polónia 34 5 Suécia 4 35 Índia 32 6 Canadá 7 36 Lituânia 45 7 Taiwan 6 37 México 38 8 Noruega Turquia 39 9 Alemanha Espanha Qatar 8 40 Itália Holanda Portugal Luxemburgo Indonésia Dinamarca Filipinas Malásia Perú Austrália 9 45 Hungria Emir. Árabes Unidos Brasil Finlândia Eslováquia Reino Unido Rússia Israel Jordânia Irlanda África do Sul Áustria Eslovénia Coreia do Sul Colômbia China Roménia Nova Zelândia Bulgária Bélgica Argentina Islândia Ucrânia Japão Croácia Chile Grécia França Venezuela Tailândia

16 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Competitividade. São várias as vertentes que importam para a competitividade de um país, para mais no ambiente globalmente competitivo em que nos inserimos, e no seio de uma União Económica e Monetária como a Zona euro (em que não se pode dispor de políticas monetária e cambial como no passado). As Principais Vertentes da Falta de Competitividade de Portugal Qualificação dos recursos humanos Justiça Rigidez da legislação laboral Mobilidade Ambiente Concorrencial Autorização de Licenciamento Obtenção de crédito Protecção de investidores Pagamento de impostos Últimos lugares em comparações internacionais (seja qual for a realidade comparável) Muito lenta e pouco eficaz Últimos lugares entre os países europeus analisados no ranking Employment Protection da OCDE Infra-estrutura ferroviária de mercadorias insuficiente Um dos países da UE-15 com maior peso de residentes em habitação própria A ausência de ambiente concorrencial em alguns sectores de actividade, tem sido objecto de crítica por parte da Troika 97º lugar no ranking DoingBusiness, do Banco Mundial * 126º lugar no ranking DoingBusine ss, do Banco Mundial * 46º lugar no ranking DoingBusine ss, do Banco Mundial * 78º lugar no ranking DoingBusine ss, do Banco Mundial * * Portugal ocupa a posição 30 no ranking global de competitividade DoingBusiness 2012 do Banco Mundial (em 183 países). Fontes: Banco Mundial, OCDE, Eurostat, CE, BCE, FMI..15.

17 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Endividamento Externo. A insuficiente criação de valor tem limitado a capacidade de o rendimento interno suportar o investimento e o consumo, provocando um aumento sustentado do endividamento da economia. Necessidades de financiamento do exterior (saldo da Balança Corrente e de Capital), (Percentagem do PIB) Falta de competitividade -0.4 Entrada de dinheiro com exportações < saída de dinheiro com importações Saída de dinheiro para pagar juros da dívida externa Tendência estrutural de redução das transferências do exterior (exs. remessas de emigrantes, fundos europeus) (E) 2012 (P) 2013 (P) E Estimativa; P Previsão. Fonte: Banco de Portugal..16.

18 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Endividamento Externo. O recurso crescente à poupança do exterior traduziu-se num aumento das responsabilidades externas líquidas totais da economia portuguesa isto é, um endividamento externo que ainda é superior à riqueza gerada anualmente no país. Stock das responsabilidades externas líquidas (endividamento externo) de Portugal, (Percentagem do PIB) Fontes: Banco de Portugal; cálculos do autor..17.

19 Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Endividamento Externo. Portugal regista o maior endividamento externo 1 dazona Euro e o segundo maior da União Europeia. Endividamento externo 1 na UE-27, (Percentagem do PIB) Média UE-27 = Luxemburgo Bélgica Alemanha Holanda Dinamarca Finlândia Malta Suécia Áustria França Reino Unido Chipre Itália Eslovénia Lituânia República Checa Estónia Polónia Roménia Eslováquia Letónia Bulgária Grécia Espanha Irlanda Portugal Hungria 1 Responsabilidades externas líquidas da economia. 2 Dados relativos ao 3º trimestre de 2011 excepto: Portugal (2011); Roménia (1º trimestre 2011); Bélgica e Hungria (2º trimestre 2011); Malta, Áustria, França, Chipre, e Eslováquia (2010). Fontes: FMI, Bancos Centrais..18.

20 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Finanças Públicas. Portugal prosseguiu, até 2011, opções de política orçamental muito discutíveis, que elevaram a despesa pública, nomeadamente a despesa corrente primária, para níveis insustentáveis face à riqueza do país. Despesa pública total, corrente e corrente primária, (Percentagem do PIB) 55 Percentagem Despesa total Despesa corrente Despesa corrente primária Valores máximos históricos Forte crescimento económico Baixo crescimento económico: dificuldades estruturais tornam-se visíveis Fontes: INE, Ministério das Finanças..19.

21 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Finanças Públicas. A subida da despesa pública assentou numa carga fiscal crescente e excessiva em relação ao nível de rendimento médio existente em Portugal. Despesa pública total, receita total e carga fiscal*, (Percentagem do PIB) Percentaqem Despesa total Receita total Carga fiscal e contributiva Forte crescimento económico Baixo crescimento económico: dificuldades estruturais tornam-se visíveis * Impostos directos, impostos indirectos e contribuições para a Segurança Social. Fontes: INE, Ministério das Finanças..20.

22 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Finanças Públicas. O crescimento da despesa tem sido bastante mais acelerado do que o crescimento da receita. Em resultado desta tendência, em 2010, os impostos e as contribuições sociais que pagamos já cobriam apenas pouco mais de 85% das despesas sociais e de funcionamento. Administrações Públicas: Receitas fiscais e contributivas* e Despesas sociais e de funcionamento**, (percentagem do PIB) Receitas fiscais e contributivas Despesas sociais e de funcionamento Percentagem do PIB Prestações Sociais Percentagem do PIB Receitas fiscais e contributivas Despesas de funcionamento * Impostos directos, impostos indirectos e contribuições para a Segurança Social. ** Prestações sociais, consumos intermédios e despesas com pessoal. Fontes: INE, Ministério das Finanças; cálculos do autor..21.

23 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Finanças Públicas. Registámos, em 2009/2010, défices públicos record Saldo orçamental, (Percentagem do PIB) Percentagem Forte crescimento económico Baixo crescimento económico: dificuldades estruturais tornam-se visíveis Fontes: INE, Ministério das Finanças..22.

24 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Finanças Públicas. mesmo em termos estruturais. Saldo orçamental estrutural*, (Percentagem do PIB) Percentagem Forte crescimento económico Baixo crescimento económico: dificuldades estruturais tornam-se visíveis * Ciclicamente ajustado e excluindo medidas extraordinárias. Fonte: Comissão Europeia, Ministério das Finanças..23.

25 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Finanças Públicas. Em 2011, a dívida públicaatingiu um valor record, superior, pela primeira vez, a 100% da riqueza nacional. Mas prevê-se que suba ainda mais em 2012 Em valor absoluto, a dívida pública subiu sempre de ano para ano desde 1995 mesmo na fase mais activa de privatizações ( ). Dívida pública directa, (Percentagem do PIB, EUR mil milhões) Percentagem Fase mais activa de privatizações EUR mil milhões Fase mais activa de privatizações Fontes: INE, Ministério das Finanças, Eurostat..24.

26 2. Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa: Défices Gémeos Crónicos. Portugal é o único país da União Europeia a registar saldos orçamentais e externos negativos desde Que confiança transmite esta realidade aos nossos credores?!... Saldos orçamentais e externos, (Percentagem do PIB) Percentagem Saldo orçamental Saldo da balança corrente -16 Fontes: Nuno Valério, Ministério das Finanças, Comissão Europeia; cálculos do autor..25.

27 Índice 1. A Crise do Endividamento Público Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa Austeridade & Crescimento O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Conclusões

28 3. Austeridade & Crescimento: Abordagem Convencional. Abordagem Convencional dos ajustamentos orçamentais Os ajustamentos orçamentais (fiscal Abordagem convencional Conclusões adjustments) geram recessões económicas, particularmente os realizados do lado da despesa Veio a verificarse que esta visão podia não ser a mais acertada

29 3. Austeridade & Crescimento: Austeridade Expansionista? Evolução da Abordagem Convencional dos ajustamentos orçamentais: Austeridade Expansionista Evolução da abordagem convencional: Austeridade Expansionista Literatura Giavazzi and Pagano (1990) Can Severe Fiscal Contractions be Expansionary? Tales of Two Small European Countries Alesina and Ardagna (2010) Large Changes in Fiscal Policy: Taxes Versus Spending Conclusões Os ajustamentos orçamentais baseados em redução da despesa (i) São menos contraccionistas (em alguns casos quando o instrumento cambial pode ser usado podem mesmo ser expansionistas,) do que aqueles baseados em aumentos de impostos (ii) Produzem resultados mais duradouros na redução do défice e da dívida.28.

30 3. Austeridade & Crescimento: Austeridade Expansionista? Ardagna, Sílvia Austerity can support growth Bank of America/Merrill Lynch, Economics-Europe, July 06, A experiência empírica mostra que a composição da descida do défice público (mais do lado da despesa ou da receita) é o factor crítico que distingue ajustamentos orçamentais que, ao mesmo tempo, proporcionam uma diminuição do endividamento público e um aumento do crescimento económico ( sucessos ) de ajustamentos em que isso não acontece ( insucessos ). Em 112 casos de ajustamento orçamental ocorridos entre 1978 e 2008 em países da OCDE, os ajustamentos orçamentais que recaem maioritariamente do lado da despesa estão associados com maior crescimento económico e maior queda do rácio dívida pública/pib do que os que se baseiam essencialmente no aumento de impostos. Razões: Ajustamentos baseados na despesa são positivos para a rendibilidade e a competitividade das empresas (são business friendly do ponto de vista fiscal) e, logo, para o investimento privado, o dinamismo da actividade e a criação de emprego; geram um efeito riqueza positivo (se famílias e empresas percepcionarem o não agravamento do rácio dívida pública/pib como indicação de que ajustamentos futuros não serão necessários, antecipam um aumento do seu rendimento permanente, induzindo níveis mais elevados de consumo e investimento, respectivamente); e têm um efeito virtuoso nas taxas de juro (o prémio isto é, o juro pedido na emissão de dívida pública tende a ser mais baixo se os agentes acreditarem que a consolidação é credível e sustentável e taxas de juro menores estimulam mais a actividade)..29.

31 3. Austeridade & Crescimento: Austeridade Expansionista? Resultados sobre o PIB e a dívida pública dos ajustamentos orçamentais baseados na despesa ou na receita fiscal (valores em % do total) Percentagem Ajustamento orçamental com sucesso sobre o crescimento do PIB Ajustamento orçamental com sucesso na redução do rácio dívida/pib Ajustamento orçamental sem sucesso sobre o crescimento do PIB Ajustamento orçamental sem sucesso na redução do rácio dívida/pib Casos de "sucesso" Contribuição da despesa primária Casos de "insucesso" Contribuição da receita fiscal Nota: Um sucesso foi definido como (i) aquele em que o crescimento real do PIB no ano do início do ajustamento orçamental e nos dois anos seguintes é de pelo menos 3%; ou (ii) aquele em que o rácio da dívida pública face ao PIB três anos depois do ajustamento orçamental é 2.9% mais baixo do que o seu valor no início do processo. Um insucesso acontece no caso contrário. Neste estudo considerou-se como período de ajustamento orçamental aquele em que o saldo primário ciclicamente ajustado melhora em pelo menos 1.5% do PIB por ano. Fonte: Ardagna, Sílvia Austerity can support growth Bank of America/Merrill Lynch, Economics-Europe, July 06,

32 3. Austeridade & Crescimento: Austeridade Expansionista? Roberto Perotti (2011) The Austerity Myth : Gain Withouit Pain? Defende que os resultados das consolidações orçamentais podem ser diversos no curto prazo, de acordo com as condições de cada país/região e os instrumentos de política económica disponíveis (nomeadamente política cambial e política monetária) Mesmo assim, quer a curto, quer a longo prazo, os ajustamentos que produzem melhores resultados em termos de redução do défice e da dívida, e também em termos de evolução da actividade, são aqueles que assentam maioritariamente na redução da despesa.31.

33 Índice 1. A Crise do Endividamento Público: Origens Globais Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa Austeridade & Crescimento O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Conclusões

34 4. O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal. Portugal assinou em Maio de 2011 um Memorando de Entendimento (MoU) com o BCE, a Comissão Europeia e o FMI (a Troika). Em troca de um empréstimo de EUR 78 mil milhões até 2014, o País comprometeu-se, ao abrigo de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), a cumprir metas orçamentais (e de dívida pública) definidas, e a implementar um vasto conjunto de medidas que visam debelar as dificuldades estruturais da economia aumentando a competitividade e estimulando o crescimento económico de forma sustentável. Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal EUR 78 mil milhões Exigências Reformas estruturais Consolidação orçamental Reforçar a estabilidade do sistema financeiro (p.e., capitalização e desalavancagem) Reforçar a gestão financeira pública e reduzir os riscos orçamentais Saúde, Mercado de trabalho e educação, Mercados de Bens e Serviços, Mercado da habitação, Sistema judicial, Concorrência, contratos públicos e ambiente empresarial Objectivos Correcção dos desequilíbrios estruturais da economia portuguesa (internos e externos) Aumentar a competitividade Estimular o crescimento.33.

35 4. O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal. A agenda de transformação em curso contribuirá para a melhoria do crescimento potencial da economia. De acordo com estudos empíricos da OCDE, o PIB per capita poderá aumentar, em termos acumulados, mais de 10% num horizonte de 10 anos face aum cenário de políticas invariantes (mais de 5% num horizonte de 5 anos). Ao mesmo tempo que o País tem que se desendividar, tornando sustentável a gestão da dívida do País (pública e privada), há que proporcionar condições para criar riqueza de forma sustentada. Impacto acumulado das reformas estruturais* no PIB per capita em Países seleccionados da UE-27, num horizonte de 10 anos (Percentagem face ao nível sem reformas) Média da amostra Para além das reformas em curso, subsiste a imperiosa necessidade de uma reforma do sistema fiscal que nos torne mais competitivos e atractivos. 5 0 Eslováquia Dinamarca Irlanda Luxemburgo Holanda Reino Unido Suécia República Checa Alemanha Finlândia Portugal Itália Espanha França Áustria * Inclui reformas nos mercados de bens/serviços e trabalho, do sistema fiscal e de pensões. Hungria Polónia Grécia Bélgica Fonte: Bouis& Duval (2011), OECD Economics Department Working Paper n.º

36 4. O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal. A maior parte das medidas previstas no Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal até ao final de Maio que visavam reforçar a estabilidade financeira e melhorar a monitorização do sector bancário, melhorar a competitividade da economia, e reforçar a gestão financeira pública e reduzir os riscos orçamentais tem sido cumprida. Desde o início do Programa, e contabilizando as acções prévias 1, já foram implementadas mais de 180 medidas em áreas relacionadas com a regulação e supervisão do sector financeiro, a gestão orçamental pública, a saúde, os mercados de trabalho, educação, bens e serviços e habitação, a justiça e a concorrência. Grau de implementação das medidas previstas 2 Número Junho 12 Julho 9 Agosto 3 Setembro 59 Outubro 13 Novembro 6 Dezembro 95 Janeiro 16 Fevereiro 8 Março 40 Abril 11 Maio 4 Grau de implementação Decidida/implementada Não decidida/totalmente implementada Renegociada/Recalendarizada 1 Foram cumpridas cinco acções prévias à implementação do Programa de Assistência Económica e Financeira. 2 De acordo com o texto do Memorando (i) de Maio de 2011 para as medidas até Julho, (ii) de Setembro para as medidas até Novembro, (iii) de Dezembro para as medidas até Fevereiro de 2012, (iv) de Março de 2012 para as restantes. Fontes: FMI, BCE, CE, entidades responsáveis pela implementação das medidas, avaliação do autor

37 4. O Programa de Assistência Económica e Financeira Portugal. Apesar de já terem ocorrido quatro avaliações trimestrais positivas e de estar a ser atingido um bom nível de cumprimento do PAEF, permanecem riscos (sobretudo externos) para a sua execução... E, apesar de as reformas em curso serem fundamentais para tornar a economia portuguesa mais competitiva, há uma que devia estar incluída no PAEF (e não está): a Reforma do Sistema Fiscal. Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Grau de implementação Bom nível de cumprimento do programa 4 avaliações trimestrais globalmente positivas Riscos Lacuna É exequível em termos de prazo e de envelope financeiro? A boa implementação do Programa por parte de Portugal será suficiente? A reforma do sistema fiscal (essencial para aumentar a competitividade da economia portuguesa), não foi contemplada no PAEF..36.

38 Índice 1. A Crise do Endividamento Público: Origens Globais Os Problemas Estruturais da Economia Portuguesa Austeridade & Crescimento O Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal Conclusões

39 5. Conclusões. Portugal encontra-se num processo de ajustamento em relação ao qual NÃO existe alternativa. Não existe ajustamento sem dor. A austeridade era inevitável. A literatura científica da especialidade mostra que, se não a curto prazo, pelo menos a médio e longo prazo, um processo de ajustamento como aquele por que estamos a passar melhora de forma sustentada a competitividade, a actividade e o potencial da economia..38.

40 Conselho Económico e Social Conferência Austeridade & Crescimento Economista Ex-Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças Sede do Conselho Económico e Social Lisboa Julho 06, 2012

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'DWD 7HPD $FRQWHFLPHQWR 'DWD 7HPD $FRQWHFLPHQWR 27/09 Turismo 27/09 Taxas de Juro 21/09 Energia 19/09 Taxas de Juro 15/09 Economia 12/09 Economia INE divulgou Viagens turísticas de residentes 2.º Trimestre de 2006 http://www.ine.pt/prodserv/destaque/2006/d060927/d060927.pdf

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