Market Research & Intelligence - Marrocos

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1 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

2 1. INTRODUÇÃO CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MERCADO/PAÍS Caracterização geral Caracterização sectorial Setor da Agricultura Setor Agroindustrial Setor da Agropecuária Análise das Estratégias Políticas e Públicas para o Setor Nível Tecnológico Departamentos Públicos, Governamentais e Institucionais com interesse para o Agronegócio Associações de apoio ao setor Feiras sectoriais de Referência no País CARACTERIZAÇÃO ESPECÍFICA DO MERCADO/SETORES: O Setor do Azeite Maquinaria Agrícola O Mercado das Indústrias de Carne O Mercado dos Produtos Lácteos Setor Avícola A Indústria de Rações O Setor da Água Biotecnologia para a Agricultura Acordos Internacionais CONCLUSÕES Empresas em Marrocos...61 Fontes de Pesquisa / Bibliografia Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

3 1. INTRODUÇÃO O setor da Agricultura é o principal motor da economia do mercado marroquino. Em Marrocos existe um esforço para manter o setor agrícola como motor da economia nacional, afirmou Mohammed Elguerrouj, diretor-geral da Agência de Desenvolvimento Agrícola (ADA), ligada ao Ministério da Agricultura e Pesca Marítima marroquino. Marrocos e Portugal assinaram no dia 27 de abril de 2013, no quadro do 8 SalonInternational de l'agriculture au Maroc (SIAM), um memorando de entendimento no setor agrícola. Assinado por Assunção Cristas, ministra portuguesa da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e por Aziz Akhannouch, ministro marroquino da Agricultura e da Pesca, este acordo está relacionado com o domínio agroalimentar, com o desenvolvimento do espaço rural e zonas montanhosas, com a valorização dos produtos agrícolas, com a inovação, com o reforço das capacidades de produção agrícola e com a proteção das culturas. Para a ministra portuguesa da agricultura, este acordo demonstra a convergência de estratégias no desenvolvimento económico e agrícola dos dois países e a sua vontade comum de reafirmar as suas relações. A presença de empresas portuguesas no SIAM, que é Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

4 considerado como um dos principais pontos de encontro de promoção da agricultura em África, prova que os dois países podem criar, em conjunto, numerosas oportunidades de negócio e parcerias, sublinhou Assunção Cristas, à margem da cerimónia de assinatura do memorando. Por seu lado, Akhannouch considerou que este memorando lança as bases de uma parceria positiva para os dois países, benéfica para as duas economias, afirmando ainda que é uma oportunidade real para a inauguração de um quadro geral de parceria durável no domínio agrícola, dado que para além de reforçar as capacidades de produção, incide ainda sobre questões de inovação, investigação, formação técnica e desenvolvimento das relações entre as instituições e os operadores privados. (AMPA: maio 2013). É com base neste contexto, que as empresas portuguesas devem analisar, com maior cuidado, as oportunidades que este mercado, aqui tão próximo, lhes pode oferecer. E, na verdade, existem muitas oportunidades para as empresas ligadas à agricultura e à agroindústria nas mais diversas áreas. Segundo dados do Ministério da Agricultura, em 2012, as exportações portuguesas para Marrocos nos setores agroalimentar e florestal (madeiras) representaram um volume de negócios de 86 milhões de Euros. (sicnoticias 06/06/2013). Este trabalho evidencia apenas algumas delas, mas outras existem que deverão ser consideradas, num país em franco desenvolvimento, mas ao mesmo tempo carente em áreas como a tecnologia, a investigação, a gestão, a maquinaria e os recursos humanos. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

5 2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MERCADO/PAÍS Figura 1 Mapa de Marrocos e Envolvente Geográfica Localizado no Magrebe, o reino de Marrocos é banhado pelo Oceano Atlântico a oeste, e pelo mar Mediterrâneo a norte, e faz fronteira com a Argélia a leste, a sul e sudeste com a Mauritânia. Possui população de aproximadamente 32 milhões de habitantes, distribuída numa extensão de Km2 (incluindo km2 do Sahara Ocidental, cuja anexação não é reconhecida pela comunidade internacional) Caracterização geral Nome Oficial Superfície Localização Capital Reino de Marrocos Km2 (inclui o Sahara Ocidental) Magrebe Rabat Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

6 Principais cidades Idiomas oficiais Moeda Casablanca, Rabat, Tanger, Fez, Marrakech, Meknes e Kenitra Árabe Dirham Marroquino Ambiente Político O Reino de Marrocos é considerado um país politicamente estável. Baseado numa monarquia constitucionalista, o Rei Mohamed VI é o máximo representante do Estado. A monarquia é o pilar institucional de Marrocos. Rei Mohamed VI O primeiro artigo da Constituição estipula uma legitimidade estabelecida há séculos: "Marrocos é uma monarquia constitucional, democrática e social". Marrocos é um caso de estabilidade política numa zona geográfica sacudida pela primavera Árabe. Em 1999, o atual Rei, Mohamed VI, liderou um processo de liberdade pública, de direitos humanos e de abertura comercial. Os investimentos em infraestruturas efetuados nos 10 primeiros anos do Século XXI, permitiu um ritmo de crescimento sustentado. No momento em que surgiram as primeiras manifestações da primavera Árabe, este contexto, aliado à subvenção estatal de preços dos produtos de Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

7 primeira necessidade e ao aumento do salário mínimo dos funcionários públicos, foram suficientes para manter a paz social. Para além disso, em julho de 2011, o Rei foi o principal impulsionador, de um conjunto de importantes reformas constitucionais, de índole política e institucional, determinantes para ultrapassar as turbulências políticas e sociais originadas pelo movimento denominado primavera Árabe. A intervenção real permitiu superar a situação através de um reforço das instituições democráticas e a separação de poderes. Foram convocadas eleições legislativas antecipadas para novembro de 2011, do qual saiu um novo governo de coligação. Desde então, este governo, liderado por Benkirane, tem sido marcado pelo objetivo de garantir a sustentabilidade da Paz social, através de uma política de despesas do Estado nas áreas do emprego público, da compensação de preços de produtos básicos e de investimento na habitação. Ambiente económico Principais indicadores económicos PIB Nominal 73,147 MM Crescimento real do PIB 3,0% PIB Nominal "per capita" PIB PPP 128,42 MM PIB PPP "per capita" Inflação 2,6% Reservas internacionais Dívida externa 11,6MM 24,2 MM Câmbio (Dh / =) 0,088 Ranking IDH 130º Taxa de alfabetização 56,1% Expectativa de vida 72,4 anos Fonte: FMI e UNDP International Human Development MM= Mil Milhões As reformas económicas introduzidas nos últimos dez anos, a crescente abertura ao exterior, o assinalável investimento em infraestruturas e a aposta num conjunto de Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

8 setores considerados estratégicos para o desenvolvimento do país, mudaram de forma muito positiva a face económica de Marrocos, que se traduziu numa evolução do setor financeiro, dos serviços e da indústria. Souk de Marrakech No entanto, devemos considerar a seguinte ressalva: segundo dados do Fundo Monetário Internacional, estima-se que 44% da economia do Marrocos é informal. Isso significa que pouco menos de metade de toda a atividade económica é livre de impostos, desregulada, não monitorizada e existe inteiramente fora de todos os controles fiscais e legais. Apesar da dependência agrícola e energética, considerados fatores de vulnerabilidade, o país tem conseguido taxas de crescimento significativas, sendo que o crescimento médio do PIB entre 1996 e 2011 foi de 5,5%. Segundo dados de 2012, podemos desagregar o PIB de Marrocos da seguinte forma: - Setor Primário: 12,7%. - Setor Secundário: 28,1%. - Setor Terciário: 59,2%. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

9 Para caracterizar a economia marroquina, deve sublinhar-se o facto da sua excessiva dependência relativamente ao setor agrícola, desde logo pelo facto de que 40% da população ativa exerce a sua atividade profissional neste setor, sendo que, fracos desempenhos neste setor (que depende muito das condições climáticas), provocam de imediato efeitos nefastos, sobretudo ao nível do consumo privado. Os restantes setores de atividade têm vindo a registar um maior desenvolvimento, nomeadamente a indústria (absorve 13% da população empregada), destacando-se a indústria transformadora, que está ainda muito concentrada nos setores alimentar, têxtil, couro, e produtos químicos. Indústrias Têxtil, Couro e Alimentar Tem sido preocupação do Governo promover a diversificação, apostando na promoção de indústrias de maior valor acrescentado (automação, eletrónica, aeronáutica e agroalimentar), estando em curso o desenvolvimento de vários parques tecnológicos ao longo do país, dos quais o seu navio-insígnia é o Parque Tecnológico de Tanger, onde estão instaladas duas importantes fábricas automóveis e um importante cluster de várias centenas de empresas, normalmente associadas à indústria de automação, para além de várias outras, de eletrónica e de base tecnológica. Deve também acrescentar-se nesta análise, a ausência de recursos naturais energéticos próprios, sendo que a taxa de dependência energética primária de Marrocos ronda os 97% e os preços da energia ao consumidor são subvencionados pelo Estado. Em qualquer caso, Marrocos é o líder mundial na produção e exportação de fosfatos (que os Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

10 Marroquinos encaram como o seu petróleo ), possuindo cerca de 30% das reservas mundiais. No seu conjunto, o setor mineiro contribui com 6% do PIB. O setor dos serviços tem hoje já um papel predominante na economia do país, com o turismo, os transportes e comunicações, os serviços de intermediação financeira e a construção e obras públicas a assumirem particular destaque. Turismo de Marrocos A economia de Marrocos tem potencial de crescimento, mesmo existindo uma séria de fatores de índole estrutural que continuam a limitar o seu desenvolvimento, como o elevado nível da economia informal, pouca competitividade do setor industrial, setor público sobredimensionado, baixas taxas de eficiência, desemprego, baixo rendimento per capita, classe média reduzida e o analfabetismo. Para o período , as previsões da EIU apontam para uma taxa de crescimento do PIB da ordem de 4,4% (média anual), a que não é alheia a estratégia governamental de diversificação da economia. Demografia O país tem vivido ao longo do século XX, um forte crescimento demográfico, que multiplicou por 6 a sua população desde 1912, altura em que pouco ultrapassava os 6 milhões de habitantes. Durante o mesmo período a proporção de residentes urbanos tem vindo a aumentar chegando a 55% em 2005: o país tem hoje cerca de trinta cidades Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

11 acima de habitantes (não existia nenhuma no século XIX). Atualmente três cidades têm mais de um milhão de habitantes: Casablanca, Rabat-Salé e Fez. De acordo com o relatório, dirigido pelo Alto Comissariado para a de Planeamento (HCP), as mulheres representam ligeiramente mais da metade da população marroquina (50,4%). Com uma expectativa de vida de 75,6 anos, superior à dos homens (73,9 anos) as mulheres marroquinas casam-se hoje mais tarde (26,6 anos contra 17,5 anos de idade de casamento, em 1962). Algumas estatísticas sobre a demografia de Marrocos: População: habitantes o População urbana: ou 55,1% da população total, o População rural: rural; Densidade: 47,51 hab / km; Expectativa de vida média: 71,22 anos (2007) Expectativa de vida para os homens: 70,88 anos (2007); Expectativa de vida para as mulheres: 74,67 anos (2007); Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

12 Taxa de crescimento da população: 1,528% (em 2007); Taxa de natalidade: 29,64 (2007); Taxa de mortalidade: 3,54 (em 2007); Taxa de mortalidade infantil: 21,85 (2007); Taxa de fertilidade total: 2,5 filhos / mulher (2008); 2.2. Caracterização sectorial Setor da Agricultura Quinta economia de África, Marrocos está na vanguarda mundial da produção e exportação de frutas cítricas, azeitona e óleo de Argan. Produtos Agrícolas de Marrocos As condições climatéricas são o principal fator influenciador da produção agrícola do Reino de Marrocos. Nesse sentido, a participação do setor no PIB pode variar entre os 11% e os 15%, tendo um destacado papel nos intercâmbios exteriores (15% a 21% da exportações e 19% das importações). Cerca de 40% da população ativa e 78% da população rural do país, encontra emprego no setor agrícola, enquanto em Portugal, por comparação, a agricultura é responsável por cerca de 12% da população ativa. Portugal emprega pessoas na Agricultura, representando o Produto Agrícola 3,9% do PIB Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

13 nacional. No nosso país, a agricultura tem um volume de negócios de milhões de euros, correspondentes apenas a1/6 do produto total da indústria. A superfície agrícola útil em Marrocos cifra-se em 8,7 milhões de hectares (Portugal: 3,7 milhões de hectares), o que representa 12% da extensão total do território marroquino, albergando 1,5 milhões de explorações agrícolas (70% tem menos de 5 Hectares e 13% são de regadio). O potencial de exploração agrícola em Marrocos é muito relevante, e está sobretudo localizado na orla litoral atlântica. Segundo o Ministério da Agricultura de Marrocos, o setor agrícola emprega mais de 4 milhões de pessoas, sendo um dos domínios privilegiados para investimentos. A produção agrícola marroquina é dominada pelos cereais (65%) que ocupam uma superfície de 5,3 milhões de hectares, especialmente pelo trigo. As explorações com irrigação são, na sua grande maioria, grandes explorações agrícolas, modernas e com vocação exportadora, produzindo 80% dos citrinos do país, 35% dos legumes e 15% dos cereais. Os principais produtos agrícolas de exportação marroquina são citrinos (26%), frutas e verduras (14%) e conservas vegetais (24%). Apesar disto, o país é deficitário em cereais. Para compensar o seu deficit de cereais, Marrocos recorre aos mercados internacionais, podendo importar, anualmente, 550 Milhões de euros. Por comparação, refira-se que os principais produtos agrícolas de Portugal são os cereais (trigo, cevada, milho e arroz), batatas, uvas (para produção de vinho), azeitona e tomate. Portugal é um dos maiores exportadores mundiais de polpa de tomate e importante exportador de vinhos. Mais de um terço do território português está coberto por florestas. A maior parte das áreas montanhosas presta-se à silvicultura e à produção de produtos como a cortiça, as resinas e as madeiras de pinho e eucalipto. Nos últimos anos, enquadrado no Plano Maroc Vert, as autoridades marroquinas encetaram importantes esforços para diversificar e modernizar a produção agrícola. Apesar dos esforços para desenvolver o setor, nomeadamente através de projetos de extensão de regadio, de sistemas de cadastro (SIG agrícola), de modernização e melhoria de rendimento das explorações, de subsídios para compra de sementes e maquinaria, o setor agrícola marroquino continua a registar produtividades baixas, mesmo nas zonas irrigadas. Os fatores que mais contribuem para o baixo rendimento do potencial agrícola de Marrocos, são: A estrutura das explorações agrícolas; Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

14 A pouca formação da mão de obra rural; Os circuitos de comercialização obsoletos; A ausência de técnicas de produção modernas; A falta de financiamento adequado; Os preços intervencionados dos produtos de primeira necessidade; Setor Agroindustrial A indústria de processamento de alimentos para Marrocos é um setor estratégico, gerando cerca de 7,5 Mil Milhões de Euros (dos quais quase 25% se destinam a exportação) e garantindo empregos. Sendo um dos principais setores da indústria em Marrocos, o agroalimentar ocupa um lugar de destaque na economia do país: Contribuiu com 10% para o PIB nacional; Contribui para quase um terço do PIB industrial. Produz 2 Mil Milhões de Euros de valor acrescentado; Tem mais de empresas que representam 26% do total de estabelecimentos industriais no país. Marrocos ocupa a primeira posição no ranking de exportadores mundiais de alcaparras, de feijões verdes frescos e de sardinhas enlatadas. O país ocupa ainda o segundo lugar a nível mundial em termos de exportação de azeitona de mesa e de anchovas em conserva. Em Portugal, a indústria transformadora representava, em 2012, cerca de 9,6% do VAB. Desse total, o peso da indústria alimentar é de 15,8%.De destacar também que a indústria alimentar nacional, é responsável por 5,4% do total das nossas exportações. O aumento da produção e o esforço contínuo de melhoria das condições de higiene e segurança das indústrias agroalimentares de Marrocos, principalmente, nas empresas exportadoras, obrigadas as satisfazer as garantias de qualidade nos países de destino, originaram novos produtos disponíveis no mercado interno e, consequentemente, a inclusão de novos hábitos de consumo na população. A Indústria alimentar marroquina está a crescer fortemente, impulsionada também pelo significativo aumento da procura interna, pelo crescimento do turismo, pela mudança de Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

15 hábitos alimentares e pela melhoria geral do padrão de vida a nível nacional, com o surgimento de uma nova classe média consumidora. Os consumidores urbanos marroquinos, especialmente os jovens, consomem mais produtos importados ocidentais (congelados, refeições preparadas, etc.), disponibilizados nos supermercados e cadeias de fast-food internacionais, símbolos da modernidade. A reputação da marca desempenha um papel importante nas suas escolhas de consumo. É especialmente relevante, sublinhar as condições para o investimento oferecidas pelo país, para a transformação local dos seus produtos agrícolas e posterior exportação para mercados desenvolvidos que exigem não só qualidade da matéria-prima, mas também avançados processos de transformação. Os principais desafios que o setor agroalimentar marroquino tenta alcançar nos próximos anos são o aumento do investimento, a inovação, os processos baseados em novas tecnologias e o desenvolvimento do capital humano. As principais oportunidades a explorar no mercado marroquino para este setor são os produtos desidratados, secos e congelados, a produção de azeitona, a azeitona em conserva e azeite de oliveira, o óleo de Argan, a transformação de algas, os produtos alimentares provenientes da agricultura biológica, a aquacultura, o pão industrial e os lacticínios. Por último, refira-se que a empresa MEDZ de capitais públicos, está a desenvolver a construção de três pólos agroindustriais nas cidades de Berkane, Meknés e Drarga (Agadir), onde estarão representados todos os ramos da agricultura, baseados em parcerias entre a Administração e o setor privado. Setor da Agropecuária O setor agropecuário marroquino contribui com 30% do total do PIB agrícola e é responsável pelo emprego de 20% da população ativa rural. A melhoria das terras de pastoreio, o reforço das medidas de controlo sanitário, o apoio financeiro para facilitar o aprovisionamento da alimentação para os animais, são fatores Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

16 que estão na base dos resultados positivos que este setor tem apresentado. Atualmente, a exploração pecuária em Marrocos produz anualmente Milhões de euros e conta com um efetivo superior a 25 milhões de cabeças. A produção de carne vermelha aumentou 29% entre 2007 e 2012, alcançando nesse ano as toneladas. Já à produção de carne vermelha em matadouros, aumentou em 28% entre 2006 e A rede nacional de matadouros conta com 180 matadouros municipais e mais de 700 em zonas rurais onde são abatidas e verificadas anualmente Toneladas de carne. Esta rede é dominada por unidades com baixa capacidade, muitas em estado degradado e com não-conformidades técnicas e higiénicas. Em março de 2011, o primeiro matadouro privado foi inaugurado em Méknes como parte de um projeto de agricultura integrada. Marrocos tem autossuficiência alimentar, no que em relação à produção de carne vermelha e branca diz respeito, sendo a taxa de cobertura para o leite de cerca de 90% Análise das Estratégias Políticas e Públicas para o Setor Face aos vários acordos que Marrocos subscreveu ao nível internacional, nomeadamente com a União Europeia, o setor agrícola marroquino enfrenta vários desafios, pelo que necessitará de desenvolver a sua estrutura agrícola e a formação da mão de obra rural. De salientar a existência do Plano Maroc Vert, uma estratégia criada em 2008 pelo governo, para impulsionar o agro negócio marroquino e que prevê investimentos de mais de 800 Milhões de Euros até o final da década. Quando foi criado, o plano Marrocos Verde determinou, como objetivo, até 2020, dobrar o PIB marroquino do setor agrícola, que naquele ano era de 6,4Mil Milhões de Euros. O plano é um esforço integrado que envolve ainda os ministérios do Interior, das Finanças e da Indústria. Em 2013, o setor agrícola faturou 8,67 Mil Milhões de Euros e até 2020, pretende-se, com o novo Plano, criar 1,15 milhões de empregos nesta área. O plano pretende também fomentar o aumento da produtividade do setor e advoga igualmente uma maior aposta nos produtos locais e na maior profissionalização dos trabalhadores rurais. Neste sentido, as autoridades do reino lançaram a Estratégia 2020 para o desenvolvimento rural, dando especial enfoque às políticas agrícolas desenvolvidas nas Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

17 últimas décadas. O objetivo principal destas reformas agrárias tem tido, como prioridade, alcançar a autossuficiência alimentar do país. Acompanhado pela ADA (Agence pour le Dévélopment Agricole), o Plan Maroc Vert visa promover o potencial do território e o desenvolvimento do setor agrícola, baseando a sua atuação em 2 vertentes: Promover o desenvolvimento de uma agricultura moderna e competitiva, com a implementação de novos projetos de valor acrescentado. Dar apoio a projetos de pequena e média dimensão espalhados pelo território, com especial ênfase aos projetos de associação de agricultores. Com um investimento de 800 Milhões de Euros por ano, o Plano dá especial relevo à implementação das agrópolis, ou seja, as zonas especiais agrícolas em Meknes, Berkane, Souss, Gharb, Tadla e Haouz. Para aumentar a área agrícola utilizada e a produção, Marrocos passou a licitar o uso de terras para projetos de agricultura. A participação é aberta, tanto a marroquinos como a estrangeiros. Até agora, foram já licitados 100 mil hectares de terras e a intenção é poder oferecer para a promoção do uso agrícola, mais 600 mil hectares até 2020.Para participar nas licitações, os interessados precisam de apresentar projetos que promovam o desenvolvimento do setor. De acordo com Abderrahim Benyassine, diretor de Agregação e Parcerias da agência marroquina, a qualidade do projeto é um fator de pontuação mais relevante para a vitória no processo de licitação, do que o montante que a empresa esteja disposta a investir, pois o país procura essencialmente projetos com valor acrescentado. A terra alugada pode ser utilizada por um período máximo de 40 anos, com possibilidade de renovação, e as condições de participação no processo são iguais para marroquinos e estrangeiros. Há um crescimento demográfico muito grande na África e o preço da mão de obra qualificada aqui, é mais barato do que na Europa, afirmou. Além disso, o Marrocos tem um acordo de associação com a União Europeia, com incidência no comércio de produções agrícolas. Plano Emergence Iniciado em 2005, os objetivos estratégicos deste Plano eram os de conseguir, num período de 10 anos, um aumento em 1,6% do PIB, reduzir o deficit comercial e contribuir com novos postos de trabalho. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

18 Um dos setores privilegiados neste plano, identificado com grande potencialidade de crescimento, foi o setor Agroindustrial, onde se pretende promover a valorização dos recursos agrícolas, atingindo uma oferta exportável e competitiva, consolidando as empresas industriais e de investigação. Identificados como os que possuem o maior potencial de exportação, estão a transformação de frutas e legumes, a produção de azeite, as especiarias e as plantas medicinais e aromáticas. A promoção dos produtos marroquinos nos mercados de destino faz também parte deste plano. Neste contexto, em sintonia com os responsáveis pelo Plano Export Plus, foi dado o maior destaque a dois produtos: as conservas e os derivados de azeitona. O plano de ação estabeleceu como veículo preferencial de promoção a participação em feiras internacionais, a realização de reuniões B2B, a exploração de novos mercados e a promoção da marca Marrocos. Das medidas operacionais propostas no Plan Emergence foi considerado o desenvolvimento de setores fundamentais, nomeadamente, nos produtos básicos como a carne e o leite, estimulando o desenvolvimento industrial. As medidas propostas referem: O aumento da capacidade de transformação da produção existente de leite e pecuária; A liberalização dos matadouros e o desenvolvimento da indústria da carne; O apoio à criação de grandes projetos integrados. Para as PME foram conceptualizados 3 programas de apoio ao desenvolvimento da indústria e de incentivos ao investimento: Imtiaz, Moussanada e Fundos Públicos e Privados. Estes programas destinam-se a facilitar o acesso ao crédito, à diminuição de impostos e à concessão de subsídios Nível Tecnológico O esforço e o empenho colocados pelo Governo de Marrocos no desenvolvimento sustentado do país, nomeadamente, no que se refere ao desenvolvimento técnico e tecnológico da agricultura e da agroindústria, demonstram a necessidade que o mercado Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

19 reclama, da melhoraria do nível tecnológico geral. Se atentarmos no lugar ocupado por Marrocos no ranking do Global Competitiveness Report que compara a posição de cada país ao nível da competitividade, (77º entre 148 países), poderemos aceitar que o seu grau de desenvolvimento tecnológico é ainda relativamente baixo. De referir, como termo de comparação, que Portugal, após registar vários recuos nos últimos anos, ocupa neste momento o lugar nº51 do ranking GCR. Efetuando uma análise mais profunda a diversos indicadores incluídos no Global Competitiveness Report, no sentido de determinarmos o nível tecnológico de Marrocos em várias vertentes, podemos identificar cotados abaixo da sua linha média (77º) os seguintes: - 100ªPosição no respeitante a fatores de inovação e sofisticação. - 84ªPosição no nível da eficiência. - 82ªPosiçãono nível de educação primária ªPosiçãona educação superior. - 80ªPosição na dotação tecnológica. Por outro lado, encontramos cotados acima da sua posição média (77º), com classificações positivas: - o Index de Instituições (53ªposição) - o Index de Infraestruturas (57ªposição). Estes indicadores traduzem, sem dúvida, que a necessidade de evolução tecnológica em Marrocos e as oportunidades de melhoria, são bastante importantes. Se analisarmos, mais cuidadosamente, o indicador da inovação constatamos que o país tem uma baixa taxa na capacidade de Inovação, nomeadamente nos indicadores de instituições de investigação científica, de investimento das empresas em Investigação e desenvolvimento e na cooperação e transferência de tecnologia entre as instituições estatais e as empresas. Outros fatores citados no Relatório, que podem ser considerados mais problemáticos no Reino de Marrocos, são: a burocracia, a corrupção, o acesso a financiamento, as altas taxas alfandegárias e o baixo nível educacional dos recursos humanos. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

20 2.5. Departamentos Públicos, Governamentais e Institucionais com interesse para o Agronegócio Ministère de l Agriculture et du Développement Rural M. Hammoutou EL MEKKI BP Rabat principale Tél. : +212 (0) Fax : +212 (0) Ministère de l Education Nationale, de l Enseignement Supérieur, de la Formation des Cadres, et de la Recherche Scientifique Rue Idriss Al Akbar - Hassan, B.P : Rabat - Maroc Tel:+212 (0) /02/03 Fax:+212 (0) INSTITUT AGRONOMIQUE HASSAN II Filière de Formation en Équipement Rural BP 6202-Instituts, Rabat Tel. : /58/59 Fax : AGENCE POUR LE DEVELOPPEMENT AGRICOLE - ADA 103, FAL OULD OUMEIR - AGDAL - RABAT RABAT Tel : Responsable : Mr. Hakim TAZI Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

21 SOGETA - STE. DE GESTION DES TERRES AGRICOLES 35, RUE DAYET ERROUNI BP RABAT RABAT TEL : / / / / / / / FAX : / Responsable: M. BACHIR SAOUD ADAM Association de Dévélopment de l Arboriculture au Maroc 37, Avenue Allal Ben Abdellah. IMM. Al Watania APPT 631 Meknés Tel: Fax: APEFEL Association Marrocaine de Producteurs de Fruits et Légumes Avenue MY Ismail darillighim.a5 Bureau 209 Cite Nahda Agadir Tel: Fax: agrotech@apefel.comsite : ARBONOR Industries Agroalimentaires et de Conditionnement du Nord Gare de ras el ma.zouagha Moulay Yacoub Fes Tel: Fax: Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

22 ASFAC Association des Fabricants d Aliments Composés 149 Route des OuladZiane Casablanca Tel: ASPAM Association des Producteurs d Agrumes du Maroc 283, Bd Zerktouni 6eme etage Casablanca Tel: aspam@menara.ma ASPRAM Association des Producteurs de Raisins du Maroc Domaine Ait Herz Allah, Route HajKaddour Meknés Tel: CETIA Centre Technique Industriel de l Agroindustrie Complexes de C.T., Route BO50 OuledHaddou, Sidi Maarouf, BP 50 Casablanca Tel: COMADER Confédération Marocaine de l Agriculture et du Développent Rural Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

23 2, Rue El Kai Hassan Rabat Tel: Fax : amsp@iam.net.ma FENAGRI Fédération Nationale de l Agroalimentaire Complexes de C.T., Route BO50 OuledHaddou, Sidi Maarouf, BP 54 Casablanca Tel: Fax : Fenagri_2@menara.ma FICOPAM Fédération des Industries de la Conserve des Produits Agricole du Maroc Ain Sebbaâ Centre 2eme étage, nº35 Rue de Rabat Casablanca Tel: Fax : AMIMA - Association Marocaine des Importateurs de Matériel Agricole 23, bdmohamenabdou CASABLANCA Président: M. Chakib BEN EL KHADIR Tél. : +212 (0) Fax: +212 (0) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

24 Département du Machinisme Agricole Diretor: Houssain El BAALI Tel.: Moroccan Foundation for Advanced Science, Innovation and Research (MASCIR) TechnopolisRabatshore 303, Business Center Rabat-Salé Tel: +212 (0) Fax: +212 (0) contact@mascir.com Office Marocain de la Propriété Industrielle et Commerciale OMPIC ( R.S. 114 KM 9,5 Route de Nouasseur Sidi Maarouf, Casablanca Tel: +212 (0) Fax: +212 (0) directinfo@ompic.org.ma MONSANTO ( DE RUITER SEEDS MAROC / Monsanto VegetableSeedsDivision 9 ruemokhtarsoussi BP AGADIR - MAROC Tel: +212 (0) Fax: +212 (0) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

25 Protenia S.A. Al-AkhawaynTechnopark Ifrane Maroc Tél: +212 (0) Rabat Technopolis Sala Al Jadida Tel: +212 (0) Fax: +212 (0) info@technopolis.ma 2.6. Associações de apoio ao setor - Associação de Fabricantes de Alimentos Compostos (AFAC) , Bd Emile Zola Casablanca - Maroc Tél: (212) Fax: (212) Associação Nacional de Incubadoras Marroquinas (ANAM) , Bd Emile Zola, Casablanca Telf: / / Fax: mail : fisa@menara.ma - Associação Nacional dos Produtores de Ovos de Consumo (ANPO) Bvd Emile Zola, Casablanca Telf : / / Fax : Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

26 - Associação Nacional dos Matadouros de Aves (ANAVI) , Bd Emile Zola, Casablanca Telf : / / Fax : Associação Nacional dos Produtores de Carne de Aves (APV) Bvd Emile Zola, Casablanca. Tél : / / Fax : FNIL Fédération Nationale des Industriels Laitiers Esta associação agrega a AFPL Association de fabricants de produits laitiers e a UNCAL Union National des Coopératives Agricoles Laitiers Feiras sectoriais de Referência no País - SIAM Feira Internacional de Agricultura em Marrocos - POLLUTEC Feira de Equipamento, Tecnologia e Serviços do Ambiente Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

27 - MAFEX Food Ingredients - SIFEL Salão internacional de frutas e legumes Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

28 3. CARACTERIZAÇÃO ESPECÍFICA DO MERCADO/SETORES: As tabelas abaixo apresentam os principais valores relativos a importações e exportações do reino de Marrocos, bem como os principais produtos e países origem das importações. DATA Indicadores Comércio Externo Importações de Bens (Milhões de Euros) Exportações de Bens (Milhões de Euros) Importações de Serviços (Milhões de Euros) Exportações de Serviços (Milhões de Euros) Total Importações (Crescimento Anual %) 3,6 5,0 2,0 Total Exportações (Crescimento Anual %) 16,6 2,1 2,7 Total Importações (% PIB) 43,1 48,7 50,4 Total Exportações ( %PIB) 33,2 35,6 36,2 Comércio Externo (%PIB) 76,3 84,3 86,6 Fonte: WTO World Trade Organization / Banco Mundial Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

29 Lista Principais Países Origem das Importações de Marrocos Valor: Milhares de Euros Valor Importado Valor Importado Exportadores Valor Importado Espanha França Estados Unidos da América China Arábia Saudita Itália Alemanha Federação Russa Turquia Iraque Argélia Portugal Reino Unido Bélgica Brasil Holanda Índia Ucrânia Argentina Egito Fonte: International Trade Center Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

30 Lista Principais Produtos das Importações de Marrocos Valor: Milhares de Euros Valor Importado Valor Importado Valor Importado Produtos Combustíveis minerais, óleos, etc Máquinas de reatores nucleares, caldeiras Veículos Equipamentos elétricos, eletrónicos Plásticos Ferro e aço Cereais Artigos de ferro ou aço Papel, artigos de celulose, papel e placa Açúcares e produtos de confeitaria Diversos produtos químicos Alumínio e suas obras Fonte: International Trade Center De seguida, serão identificados e apresentados os dados mais relevantes relativos aos setores da agricultura e da agropecuária, mas também nos domínios da agroindústria, da maquinaria, da biotecnologia e da água. Necessariamente, estes setores apresentam as maiores oportunidades de expansão para as empresas portuguesas, desde a venda de produtos e equipamentos, até à tecnologia e serviços relacionados com a modernização dos setores atrás referidos. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

31 3.1. O Setor do Azeite Classificado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Espanha lidera a lista de países produtores de azeite, com 43% da produção mundial. Marrocos, encontra-se posicionado no quinto lugar, à frente de países como a Tunísia (6º) e Portugal (7º). As principais zonas de produção estão localizadas nas regiões de Taounate, Taza, Fez, Meknes, Beni Mellal e Marrakech. Mais de 90% do azeite em Marrocos é produzido a partir da azeitona Picholine, reconhecida mundialmente por seu sabor frutado. Além disso, a estimativa relativa ao crescimento da produção de azeitona, em Marrocos, indica uma expansão projetada de 282%, passando de toneladas em 2008 para toneladas até Atualmente, cerca de 75% da produção total de azeitona é destinada a transformação. A produção de azeite marroquina é caracterizada pela existência de poucos processadores de alta qualidade, orientados para a exportação (com vários prémios em concursos internacionais). Em 2012, as unidades tradicionais de trituração (lagares de azeite), pouco mecanizadas e tecnologicamente incipientes, ascendiam a cerca de Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

32 Neste contexto, as oportunidades neste setor, estão relacionadas com o fornecimento de equipamento para colheita, para processamento, para transporte e armazenamento. Apesar do investimento já efetuado, nomeadamente através de subvenções estatais para aquisição de equipamentos, a carência de equipamentos é ainda elevada, principalmente no que diz respeito a maquinaria moderna. O estado marroquino tem também um programa de incentivos, nomeadamente fiscais, para o investimento direto na produção de azeite, que vai desde a subsidiação da construção de fábricas, até à isenção de impostos para importação de equipamentos e facilidade na repatriação de capital. O consumo interno de azeite em Marrocos tem tido um crescimento sustentado nos últimos 20 anos, ao qual está também associado, um aumento da capacidade aquisitiva da sociedade marroquina, ainda em crescimento. Este facto, e o impulso promovido pelo Governo para o desenvolvimento industrial para aumento das exportações, originam a necessidade de aumento de produção Maquinaria Agrícola Em Marrocos, são muito poucas as empresas cuja atividade principal seja a fabricação de maquinaria agrícola. São, normalmente, pequenas e trabalham sob encomenda. Como exemplo elucidativo, pode citar-se Les Ateliers Marocains, empresa localizada em Rabat, fabricante de charruas e reboques ( ). Por este facto, o setor depende, em larga medida, do recurso às importações de maquinaria agrícola, para fazer face às suas necessidades. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

33 O quadro seguinte indica as importações e exportações do Reino de Marrocos neste tipo de Produtos. MAQUINARIA AGRÍCOLA Valor em Euros TOTAL Importações Exportações Fonte: UN Comtrade A maioria deste equipamento refere-se a compras de oportunidade de maquinaria usada provenientes da Europa (especialmente da França e Itália, mas também da Turquia e Espanha). A partir de 2009, com o objetivo de cumprir os propósitos do Plano MarocVert, desincentivaram-se as condições de aquisição de maquinaria usada subvencionadas pelo Estado, com influência direta na queda das importações desse ano e seguintes. A chegada de novos investidores estrangeiros e o Plano Maroc Vert, desenvolvido para melhorar a eficiência e modernizar a agricultura marroquina, geraram bastantes projetos que determinaram uma maior procura de maquinaria moderna para o setor. Assim, o mercado apresenta boas oportunidades para desenvolvimento da distribuição de maquinaria para o setor, sendo de salientar a importância do Salon International de l Agriculture au Maroc (SIAM), onde se regista cerca de 40% do volume de negócios anual de maquinaria agrícola, tornando este evento obrigatório para as empresas do setor na sua abordagem ao mercado. Existem também incentivos, sob a forma de subsídios atribuídos apenas uma vez em cada 10 anos, para a aquisição de equipamentos exclusivamente novos. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

34 Mercado de Equipamento para Agropecuária em Marrocos O setor da agropecuária tem assistido a um grande desenvolvimento, fruto da mecanização da sua produção, pelo aumento da maquinaria destinada à agropecuária e ao setor agrícola em geral. O Plano Governamental Maroc Vert estabelecia os seguintes objetivos para a área da agropecuária: - A melhoria da eficiência das raças de leite e carne; - A modernização da produção de leite, de carnes vermelhas e do setor avícola; - A melhoria da produtividade em produtos como o leite, carne e mel. - O desenvolvimento das partes finais da cadeia de produção no que diz respeito ao leite e à carne; - A valorização dos produtos de origem animal. A indústria marroquina de equipamentos e maquinaria destinada à agropecuária está ainda pouco desenvolvida. Em consequência da oferta reduzida, as importações deste tipo de produtos têm uma percentagem elevada, sendo a Europa a sua principal origem. No gráfico a seguir, indicamos as principais origens das importações de maquinaria agrícola para Marrocos. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

35 Se se considerar também a dificuldade de obtenção de peças para reposição em maquinaria e a falta de técnicos qualificados em Marrocos para assegurar a manutenção, conclui-se que existem bastantes oportunidades, principalmente para empresas de origem europeia, sinónimo de garantia de qualidade para o consumidor e para as empresas. Também o Plano Maroc Vert gerou muitos projetos que implicam a compra de maquinaria moderna, com mais vantagens financeiras para os agricultores que apresentem projetos em associação, ou seja, projetos em que vários agricultores se apresentassem de forma agregada e com um projeto de índole comum. Segundo a ADA, já se notam os primeiros resultados da estratégia iniciada em 2008 com o Plano Maroc Vert, com uma melhoria nas produções agrícolas, especialmente na área da produção animal (leite, carnes e ovos). Maquinaria para o Setor Agroindustrial Apesar do decréscimo das importações de maquinaria para o setor em 2012, existem ainda necessidades nalgumas áreas específicas como os casos da indústria açucareira, de chocolate, do processamento de bebidas e lacticínios, bem como para a indústria pesqueira e dos cereais. A produção local deste tipo de maquinaria é residual. A maioria dos equipamentos para esta indústria é importada, essencialmente da Europa, favorecida por acordos alfandegários conseguidos há alguns anos atrás. É importante referir algumas empresas importantes em vários setores pelo seu contributo para o desenvolvimento da agroindústria de Marrocos. Tome-se como exemplo a COSUMAR, a maior e principal açucareira do país e a 3ª mais importante de África, cujo objetivo é tornar-se num dos principais players mundiais na sua área de produção. Nesse sentido se enquadrou a entrada do gigante asiático Wilmar no capital da empresa, em 27%, cedidos pela SNI (Sociedade Nacional de Investimentos, ex-ona, fundo de capitais detido pela família Real para fomentar os setores estratégicos da economia). A SNI, como parte da estratégia recente (a que não é alheia a pressão pública na sequência da primavera Árabe), tem vindo a ceder posição acionista em várias empresas do setor Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

36 agroalimentar, como foi o caso da Central Laitière, da Bima e da Leisieur Cristal, após o forte investimento ocorrido em 2005, que na altura ascendeu a 500 milhões de euros, com o objetivo de fomentar a indústria agroalimentar marroquina. Também a chocolateira Aiguebelle investiu em maquinaria com o objetivo de prosseguir com os seus planos de expansão e dominar o mercado marroquino e crescer no mercado africano. A indústria agroalimentar de Marrocos está caracterizada pela existência de grandes empresas estruturadas e multidisciplinares, que dominam o mercado e por um pequena multidão de pequenas empresas especializadas em um tipo de produção. Entre os ramos mais produtivos estão a indústria da transformação de cereais e de lacticínios. No caso das frutas, verduras e peixe, a indústria está mais orientada para a exportação, sendo que outras estão quase exclusivamente dedicadas ao mercado interno, como é o caso das bebidas, cereais, produtos lácteos e a carne. O setor enfrenta ainda vários desafios que travam a sua evolução, apesar do investimento de cariz estatal com a implementação de vários planos de desenvolvimento. Mesmo com um crescimento anual médio na ordem dos 6%, existem ainda limitações no que se refere, principalmente, às oscilações na oferta em termos de quantidade e qualidade, aos impostos sobre certos produtos, ao diferencial de IVA cobrado entre os produtos agrícolas e os alimentares, a baixa qualificação dos recursos humanos, os altos custos de transporte, energia e embalagens, etc. No caso do setor industrial agroalimentar, como aliás existe noutros setores, foi implementado um programa de desenvolvimento e investimento estrangeiro, a cargo do Ministério da Indústria. A FENAGRI tenciona regular as questões estruturais como a regulamentação de impostos, a investigação e desenvolvimento, a inovação, a logística e a formação dos recursos humanos. Para 2014, esperam-se algumas novidades para o setor, tais como: - Etiquetagem: como forma de convergência com a regulamentação europeia e os acordos de livre comércio estabelecidos, aguarda-se um decreto que estabelecerá os termos e condições de etiquetagem para os alimentos, onde se determinará os requisitos gerais para produtos primários e produtos alimentícios. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

37 - Normalização: cumprimento dos requisitos sanitários existentes nas normas internacionais, é um desafio exigido pelos parceiros comerciais do reino, mas também importante para fortalecer a sua posição atual e possibilitar a expansão para novos mercados. Neste sentido, o governo lançou uma Lei sobre a segurança dos produtos alimentares, que introduz o controlo e rastreio dos alimentos. Marrocos adotou também a certificação ISO 9001 desde há vários anos e mais recentemente a certificação ISSO e HACCP. Para além dos já referidos, existe também a etiqueta HALAL, estabelecida pelo IMANOR (Instituto Marroquino para a Estandardização). A sensibilidade ao preço é uma das características do mercado marroquino a ter em conta, assim com a complexidade das negociações comerciais. A concorrência entre os fornecedores de maquinaria é grande e a tentação das grandes empresas em negociar diretamente com os fornecedores, sem passar por qualquer intermediário, pode diminuir os custos de aquisição em 10%. No caso das pequenas empresas, em que os circuitos de distribuição, normalmente, integram revendedores locais, é necessário considerar as margens destes na construção do preço. Condições para o acesso ao mercado: Todos os produtos, materiais e maquinaria originários na União Europeia e destinados ao uso agrícola estão isentos do pagamento de direitos aduaneiros, assim como do pagamento de TVA (equivalente ao IVA). Necessitam apenas de efetuar o pagamento da taxa parafiscal de importação que é de 0,25% do volume total importado. Estão abrangidos por estas condições todos os produtos novos, mas também produtos usados que não excedam um máximo de 10 anos de antiguidade. A documentação necessária para certificar a condição anterior é o EUR.1. Para produtos usados com uma antiguidade superior a 10 anos, os direitos aduaneiros são de 17,5%. Esta distinção visa impedir a entrada de material usado proveniente da Europa, como vinha sendo hábito, o que levou a um envelhecimento genérico dos equipamentos agrícolas existentes em Marrocos. De qualquer modo, para a revenda de equipamentos até 10 anos, Marrocos constitui uma clara oportunidade de negócio O Mercado das Indústrias de Carne Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologia se Serviços do Agronegócio

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