Manual de Nível Intermédio ASEG. Programa de Análise Sócio-Económica e de Género. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

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1 Manual de Nível Intermédio ASEG Programa de Análise Sócio-Económica e de Género Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

2 As designações utilizadas nesta publicação e a apresentação de dados que aqui se encontram apresentados não implicam por parte da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura nenhuma tomada de posição quanto ao estatuto jurídico dos países, territórios, cidades ou áreas, ou das suas autoridades, nem quanto à delimitação de suas fronteiras ou limites. Direitos reservados. As informações em anexo podem ser reproduzidas ou difundidas para fins educativos, mas não comerciais sem autorização prévia do detentor de direitos de autor sob a condição de que a fonte de informações esteja claramente indicada. No entanto, estas informações não podem ser reproduzidas para revenda ou outros fins comerciais sem autorização escrita do detentor dos direitos de autor. Os pedidos de autorização devem ser enviados ao Serviço do Género e Desenvolvimento, FAO, Viale delle Terme di Caracalla, 00100, Roma, Italia ou por correio electrónico a SEAGA@fao.org. F A O Elaborado por Rosalie Huisinga Norem Traduzido e adaptado por Valerio Tranchida Com a colaboração do programa ASEG Serviço de Género e Desenvolvimento

3 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO DO MANUAL ABORDAGEM ASEG Princípios direccionais da abordagem ASEG Papéis dos homens e das mulheres Prioridade aos desfavorecidos Abordagem participativa Procedimento de uma análise sócio-económica e de género Análise do contexto de desenvolvimento Identificação dos agentes envolvidos e dos seus interesses Análise dos recursos e limitações CONTEXTO DE FUNCIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES Capacidade das organizações/dos intermediários Forças do contexto externo de desenvolvimento Capacidade e recursos organizacionais internos Desempenho organizacional O contexto de desenvolvimento e a análise dos agentes envolvidos Ferramentas para a análise dos agentes envolvidos Quadro de análise dos agentes envolvidos Diagrama de Venn Diagrama de Venn AVALIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO O que é uma organização de aprendizagem? Avaliação da capacidade organizacional Avaliação da capacidade organizacional Forças do contexto externo de desenvolvimento Capacidade e recursos organizacionais internos INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES PARA A AVALIAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO Análise da estrutura de uma organização Análise da cultura de uma organização Análise da estrutura organizacional Desenvolvimento de uma estratégia de comunicação Apoio à participação ao nível do terreno nos processos políticos... 60

4 5.4. Política de paridade e integração das questões de género Política de paridade Integração das questões de género Outras ferramentas de análise da capacidade institucional em termos de género PLANIFICAÇÃO ESTRATÉGICA NO SEIO DE UMA ORGANIZAÇÃO Etapa 1: Enunciado da missão da organização Etapa 2: Definição da meta Etapa 3: Formulação de objectivos Etapa 4: Concretização dos objectivos em resultados Etapa 5: Acompanhamento e avaliação do desempenho organizacional FERRAMENTAS ADICIONAIS PARA A PLANIFICAÇÃO Análise das forças em jogo O modelo MMR (metas, métodos, recursos) Análise dos recursos e das limitações A análise de um problema Identificação e resolução de conflitos Tipos de conflitos Círculo de Conflitos Gestão de conflitos SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO, DE AVALIAÇÃO E DE RELATÓRIO O que é um sistema de acompanhamento, de avaliação e de relatório? Níveis de acompanhamento e avaliação Planificação, concepção e condução de uma avaliação Planificação de uma avaliação Concepção e condução da avaliação Algumas perspectivas de acompanhamento-avaliação Acompanhamento-avaliação administrativo e de gestão Acompanhamento avaliação dos recursos financeiros Acompanhamento - avaliação do impacto Dificuldades dos sistemas de acompanhamento, de avaliação e de relatório INDICADORES PARA O ACOMPANHAMENTO E A AVALIAÇÃO Indicadores: tipo, qualidade, fontes de informação Informação quantitativa e qualitativa Métodos de recolha de informação

5 9.4. Métodos de amostragem Organização dos dados Análise dos dados Análise dos dados quantitativos Análise dos dados qualitativos Relatórios para responder às necessidades de informação dos agentes envolvidos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEFINIÇÕES

6 1. Apresentação do manual Objectivo O manual de aplicação ASEG ao nível intermédio (ASEG: Análise Sócio-Económica e de Género) visa apoiar as estruturas e as pessoas que assumem uma função de intermediários entre os que possuem poderes de decisão política e as comunidades (indivíduos e famílias) a executarem um desenvolvimento participativo. Estas estruturas podem ser organismos governamentais, agências das Nações Unidas, organizações não governamentais (ONG), ou outras instituições, constituídos por grupos de pessoas que têm objectivos comuns. As pessoas que possuem um papel de intermediário podem, em certos casos, fazer parte de uma estrutura governamental centralizada ou então descentralizada, em outros casos, elas pertencem a uma ONG ou a uma organização comunitária. Sabendo que a descentralização das responsabilidades e dos recursos governamentais está cada vez mais à ordem do dia do mundo inteiro, um elemento crucial deste processo é a capacidade de adaptação de diferentes organizações às suas novas funções. Estes intermediários têm a responsabilidade de assegurar a ligação entre as comunidades e os processos políticos; a sua posição central pode contribuir à colocação de mecanismos abertos às pessoas do terreno para que elas possam participar das decisões sobre as mudanças desejáveis e sobre o subsídio dos recursos necessários a esta evolução. Neste manual, os conceitos e os instrumentos de análise, desenvolvidos de forma a assegurar uma aplicação prática, concentram-se sobre a planificação e a execução de uma mudança participativa e parietária, isto é baseado nas diferenças funcionais dos homens e das mulheres, nas relações entre estes e nas características sócio-económicas dos diversos grupos de compradores. Os conceitos, as orientações, os instrumentos e os exemplos de planificação e de processos organizacionais reunidos neste manual são largamente difundidos no mundo, salvo alguns instrumentos concebidos especificamente para este manual. Eles permitem examinar e melhorar os processos no seio das instituições para que elas possam estabelecer objectivos mais representativos das necessidades dos compradores, e obter resultados mais eficazes. Por outras palavras, este manual visa ajudar as instituições a avaliar sistematicamente o seu desempenho com vista a melhorar as suas actividades, especialmente incluindo as mulheres e as pessoas muitas vezes ignoradas no passado Os instrumentos deste manual oferece orientações seja para estruturar a reflexão e analisar as situações, seja para apoiar o exame dos processos. Tendem a contribuir a uma planificação e a decisões paritárias. Visam reforçar, ao nível intermédio, as capacidades institucionais para: incluir as questões sócio-económicas e de género na planificação, na execução, acompanhamento e avaliação; promover processos internos mais participativos, nomeadamente em termos de organização; criar métodos de trabalho participativos com os associados do desenvolvimento e com os grupos de compradores. 1

7 Utilizadores O manual de aplicação ASEG ao nível intermédio destina-se aos planificadores do desenvolvimento de todas as estruturas sectoriais, públicas e privadas que assumem uma função de intermediário. O leque é largo; indo dos ministérios às organizações comunitárias, de pequena e média envergadura, como os escritórios e os serviços governamentais, os agrupamentos na base; todas estas estruturas assumem uma função de intermediário. Todas estas estruturas encontrarão neste manual ideias úteis para a planificação, o acompanhamento e a avaliação. Utilização Muitas partes desta obra servem para estimular a reflexão sobre uma situação e concentram-se mais sobre as questões que se podem colocar do que sobre as respostas a apresentar. Outras fornecem orientações para conduzir a acção e algumas desenvolvem instrumentos específicos de análise. Os instrumentos e as secções deste documento são, quando possível, cruzados e postos em relação. O conjunto é concebido para reforçar as capacidades em três áreas: a compreensão das estruturas, dos mecanismos internos, da visão de uma instituição afim de ver o que funciona e o que precisa ser melhorado; a instauração de uma colaboração entre compradores para uma planificação do desenvolvimento mais eficaz a todos os níveis; o acompanhamento, a avaliação das acções de desenvolvimento e a elaboração de relatórios para comunicar os resultados. Modo de utilização Para cada instrumento, o objectivo, o processo de utilização e a lista do material necessário são desenvolvidos. Quando um instrumento é divido em várias etapas, ele é apresentado de forma a ser facilmente usado aquando um exercício de planificação ou de formação. Visto que cada situação é única, os utilizadores são convidados a adaptar o material que, graças á sua criatividade, ganhará toda a sua dimensão. Deve-se manter presente no espírito que cada instrumento é um ponto de partida que pede uma utilização reflectida em função à situação e à utilização que trará adaptação, revisão e imovação. Bem vindo à creatividade 2

8 2. Abordagem ASEG A ASEG (Análise Socio-Económico e de Género) é uma abordagem de desenvolvimento cujas ideia e instrumentos se baseiam sobre um grande leque de teorias de desenvolvimento. O seu objectivo é de tornar mais pertinente o trabalho dos agentes de desenvolvimento a todos os níveis. Ela ajuda a melhor compreender como as políticas e os programas de desenvolvimento podem influenciar as actividades económicas e as relações sociais entre os diferentes grupos de pessoas. Nas análises sócio-económicas e culturais, é prestada particular atenção aos assuntos de género, porque é evidente que existem disparidades de poder entre os homens e as mulheres e estão presentes a qualquer nível de todas as classes sociais da maioria dos países. Esta abordagem, baseada na problemática das mulheres no desenvolvimento (MED) e sobre a análise de género, centra-se nos papéis que desempenham os homens e as mulheres, as relações entre ambos e nas suas responsabilidades nos sistemas sócioeconómicos a todos os níveis. Esta tende a estabelecer um vínculo entre o nível político (macro) e as famílias (campo), passando pelas instituições situadas a nível intermédio. O pensamento sistemático, que reconhece que a capacidade de sobrevivência e a adaptação ao meio de sistemas socioculturais depende da sua evolução e da sua renovação constante, oferece os fundamentos da abordagem ASEG. Os factores sócio-económicos (ou seja de natureza económica, sociocultural, institucional, política, ambiental e demográfica) e suas interacções são realçadas na medida em que eles influenciam a mudança a todos os níveis da sociedade: macro, intermediário e de campo. Um aspecto fundamental da abordagem ASEG: Formular boas perguntas. A abordagem ASEG reconhece a natureza complexa deste desenvolvimento e também que não existem respostas simples. Ela consiste a formular melhor as perguntas em vez de dar respostas previamente elaboradas. Ela oferece uma série de instrumentos úteis para colocar perguntas judiciosas com vista a reforçar as capacidades para promover um desenvolvimento eficaz, equitativo e sustentável. A ASEG pretende compreender melhor as estratégias dos homens e das mulheres de todas as idades para satisfazer as suas necessidades básicas e melhorar a sua qualidade de vida e a das suas famílias. 3

9 2.1 Princípios direccionais da abordagem ASEG A abordagem ASEG baseia-se em três princípios, que serão recordados ao longo de todo o Manual, servindo de referência. Os princípios direccionais da abordagem ASEG Os papéis entregues pela sociedade aos homens e às mulheres e as relações entre homens e mulheres são de elevada importância. As pessoas desfavorecidas são uma prioridade nas iniciativas do desenvolvimento. A participação de todos os agentes envolvidos é fundamental para o sucesso de um desenvolvimento duradouro Papéis dos homens e das mulheres O êxito do desenvolvimento depende da capacidade de satisfazer as necessidades e as prioridades dos homens e das mulheres, assim como do facto de ter em conta os papéis que ambos desenvolvem e as inter-relações que existem entre eles. Entender como os homens e as mulheres exercem a sua actividade ou interagem nos diferentes tipos de unidades produtivas rurais é fundamental, visto que as relações sócio-económicas condicionam a vida dos agricultores, dos empresários do sector informal e dos assalariados. Além de ter em conta os diferentes papeis das mulheres e dos homens, é necessário examinar as relações entre eles e com as instituições. Todos os processos de planificação, a todos os níveis, devem basear-se na compreensão das relações que prevalece para a organização da produção e a satisfação das necessidades. A investigação e a experiência demostraram que em todas as categorias sócioeconómicas, as mulheres encontram-se em desvantagem em relação aos homens. Sem mencionar a necessidade indispensável de reduzir as desigualdades existentes entre homens e mulheres, visto que as mulheres constituem a metade da população mundial, os esforços para o desenvolvimento que marginalizam as mulheres estão destinados ao fracasso. Como afirma o relataria de 1995 do Secretariado Geral das Nações Unidas, a investigação demonstrou que os investimentos a favor das mulheres contribuem para facilitar o crescimento e eficiência, reduzir a pobreza, ajudar as gerações futuras a voltar e favorecer o desenvolvimento Prioridade aos desfavorecidos As pessoas menos favorecidas devem constituir uma prioridade tendo em conta que a eliminação da pobreza é fundamental para conseguir um desenvolvimento sustentável e representa o mandato de muitas organizações para o desenvolvimento. Aliás das mulheres que costumam ser desfavorecidas a todos os níveis com respeito aos homens, ao identificar os grupos menos favorecidos, é preciso ter em conta outras categorias, na base de critérios como a idade, a educação, a raça, a origem étnica, o salário, a localização geográfica. Desta maneira, para evitar prejuízos de tipo sócio-económico ou de género numa determinada situação, é preciso formular algumas perguntas. A pobreza condiciona entremente as discriminações contra os grupos menos favorecidos, dando como resultado a sua exclusão do processo de desenvolvimento. Estes 4

10 grupos carecem de recursos para satisfazerem as suas necessidades básicas, tais como a comida, a água, os serviços de saúde e a habitação Abordagem participativa A participação ao desenvolvimento é fundamental tendo em conta que a população local conhece melhor que ninguém as suas próprias condições e necessidades para melhorar a sua qualidade de vida. É necessário portanto, valorizar a capacidade local de análise e planificação. A participação das colectividades nas acções de desenvolvimento é a fonte de autopromoção e durabilidade. Ao facilitar a participação das comunidades, a capacidade das instituições e dos grupos comunitários para formarem associações pode ser reforçado, sabendo que trabalhar com em vez de fazer para é princípio que traz frutos. Evitando uma abordagem de planificação do tipo descendente (de cima para baixo), a abordagem ASEG inclui pessoas desfavorecidas como actores ou agentes envolvidos, do processo de desenvolvimento. A experiência demonstrou que a compreensão e a apreciação da participação de todos os actores, a todos os níveis, é essencial desde que o alcance dos objectivos de desenvolvimento dependa colaboração entre actores. Os grupos comunitários, as instituições, as organizações públicas e privadas, os organismos internacionais de desenvolvimento e os grupos de doadores são todos, num momento ou em outro, agentes envolvidos que possuem recursos para investirem no desenvolvimento. Todos estes actores procurarão modalidades de investimento que minimizam os riscos e maximizam os benefícios, independentemente da política, do programa ou do projecto. A análise dos agentes envolvidos (ver pontos 2.2.2) e a participação são, portanto, elementos fundamentais da abordagem ASEG, sabendo que, por um lado, as percepções dos agentes envolvidos influenciam as acções desenvolvimento e, que, por outro lado, um processo participativo e iterativo favorece a planificação do desenvolvimento. 5

11 Algumas advertências Definições de palavras-chave da abordagem ASEG Desenvolvimento: mudança sócio-económico planificado para melhorar a qualidade de vida. Para quem trabalha no desenvolvimento, a meta é a de promover uma mudança que seja sustentável, equitativo e eficiente. Durabilidade: segurança e regeneração dos recursos económicos, naturais, humanos e socioculturais. Igualdade: igualdade de oportunidades e possibilidades para os homens e as mulheres de participar no desenvolvimento e beneficiar dos resultados. Eficácia: alcance dos objectivos do desenvolvimento sem perda de tempo nem de recursos. Hipóteses sub-adjacentes a estas definições A igualdade e eficácia são reforçadas quando os homens e as mulheres de todos os grupos de uma sociedade acederem aos recursos produtivos e reprodutivos e tiverem possibilidades para as utilizar. O desenvolvimento baseado no reconhecimento das questões de género pode levar a políticas, programas financeiros e projectos que beneficiem de maneira mais equitativa todos os membros de uma comunidade. O desenvolvimento duradouro requer a gestão racional de todos os recursos: naturais, humanos, financeiros e materiais, visa à satisfação das necessidades humanas no tempo, de geração em geração. Os princípios direccionais da abordagem ASEG Os papéis entregues pela sociedade aos homens e às mulheres e as relações entre homens e mulheres são de elevada importância. As pessoas desfavorecidas são uma prioridade nas iniciativas do desenvolvimento. A participação de todos os agentes envolvidos é fundamental para o sucesso de um desenvolvimento duradouro. 6

12 2.2. Procedimento de uma análise sócio-económica e de género A ASEG ao nível intermédio assenta numa análise do contexto de desenvolvimento dos agentes envolvidos, dos recursos e das limitações. Este processo concentra-se tanto nos papéis que desempenham os homens e as mulheres e as suas relações, assim como na importância de incorporar as problemáticas de género na planificação. As informações resultantes da análise são úteis para documentar e traçar políticas, programas e projectos. Processo de uma análise sócio-económica e de género 1. Análise do contexto de desenvolvimento 2. Identificação dos participantes e análise dos seus interesses 3. Análise dos recursos e das limitações dos agentes envolvidos Análise do contexto de desenvolvimento Por contexto de desenvolvimento entende-se que o desenvolvimento se efectua segundo o meio global. A análise sócio-económica segundo o género adopta uma perspectiva holística e trata o contexto de desenvolvimento como um sistema dividido em três níveis: macro, intermédio e terreno (ver a lupa que ilustra tais níveis). Esta perspectiva combina uma análise das dimensões sócio-económicas e de género a três níveis: o das famílias e das comunidades (terreno), o das políticas (macro), e a combinação de estas análises postas em interacção. Ambiental Sociocultural Económico Nível do terreno Contexto de Desenvolvimeno da ASEG Demográfico Nível interm édio Político Nivel macro Institucio nal Factores sócio-económicos Cada um dos seis triângulos da lupa simboliza um factor sócio-económico de grande importância, ou seja: sociocultural, demográfico, institucional, político, económico, ambiental. Cada factor está presente em cada um dos níveis e exerce uma influência sobre as questões do desenvolvimento. Se nenhum dos níveis não pode ser tratado isoladamente, então isso também acontece com os factores sócio-económicos, interligados entre si. Assim, como um indivíduo ou uma família não toma decisões sobre saúde, alimentação, produção e educação, sem ter em conta, de maneira consciente ou inconsciente, os efeitos destas decisões sobre cada esfera da sua vida, a planificação do desenvolvimento não pode ignorar a ligação entre os diferentes factores que induzem à escolha de uma opção de acção. No processo de desenvolvimento e dentro de uma óptica de mudança é fundamental identificar e documentar os factores que limitam e aqueles que facilitam a igualdade entre indivíduos a cada um dos níveis. 7

13 A importância das interacções Uma outra área de pesquisa rica em conhecimentos é a das relações (ou ausência delas) entre cada nível do contexto de desenvolvimento. As transformações num nível de sistema podem produzir ou precipitar mudanças a outros níveis. Além disso, determinados factores podem travar o processo de mudança. Por exemplo, se a legislação (nível macro) de um país proibir que as mulheres herdem propriedades, não será suficiente a troca de aptidão e comportamento a nível da comunidade ou da família (nível de terreno), para que as filhas possam herdar. Ao contrário, emendas às leis, como aquelas realizadas no Nepal e Uganda, para permitir que as filhas herdem as propriedades do pai ou que as viúvas possam conceder os bens às suas filhas, mas podem não ser respeitadas a nível local. De facto, as práticas tradicionais podem sobrepor-se às leis: no Uganda, os concelhos tribais dificilmente consentem a herança às mulheres; no Nepal, manifesta-se a mesma resistência dado aos costumes ancestrais em muitas áreas. Estes exemplos ilustram que a mudança tem que se produzir a todos os níveis. As inovações da lei podem modificar as crenças e as atitudes, ao contrário da evolução das crenças e das atitudes ou uma mudança social e/ou económica, podem modificar a lei e introduzir reformas legais. O processo é dinâmico. Aquando da utilização da análise sócioeconómica segundo o género, é fundamental considerar cada nível (macro, intermédio, terreno) sem esquecer que as interacções entre cada um influenciam a situação. A compreensão dos sistemas socioculturais a cada nível permite: Clarificar as questões subentendidas por igualdade a partir de variáveis múltiplas (sexo, idade, etnia, ou outros parâmetros socioculturais); Colocar hipóteses sobre estas questões; Confrontar estas hipóteses com a informação existente; Formular objectivos para a planificação, se uma mudança se revelar necessária; Especificar a mudança necessária para alcançar os objectivos; Examinar as possibilidades de execução da mudança; Identificar as limitações específicas para esta mudança; Identificar os recursos necessários para a mudança; Desenhar e desenvolver etapas da acção e atribuir as responsabilidades. A ASEG ao interrogar os seis factores sócio-económicos examina as suas interacções a cada nível e explora as ligações entre cada nível. Em certas situações, as questões demográficas e socioculturais são fundamentais para compreender uma situação caracterizada, como, por exemplo, a epidemia da SIDA ou os movimentos migratórios. Às vezes, os factores económicos e ambientais é que são cruciais, como a degradação do solo, a industrialização, a poluição. Para cada situação trata-se então de tratar cada um dos factores e cada um dos problemas de maior encontrando o seu nível de bloqueio no contexto de desenvolvimento. Em alguns casos, os agentes envolvidos (instituições e/ou grupos) não possuem o poder, as estruturas ou os mecanismos internos necessários à planificação e à execução 8

14 das mudanças requeridas para resolver um problema. Ora, se as instituições são consideradas a assegurar uma planificação e abordagens participativas, estas devem então possuir competências necessárias para o fazer, o que supõe muitas vezes que o reforço das capacidades institucionais se torne prioritário nos programas de acção. Da mesma forma, se os grupos comunitários são levados a exercer um papel de intermediários, também eles necessitam ter competências em matéria de planificação e instauração de associação. As mudanças promovidas, tais como a descentralização e o desenvolvimento participativo, têm poucas probabilidades de êxito se os actores envolvidos não possuírem as capacidades requeridas para agir neste campo. Em período de redução de despesas públicas e de realização de economias, o subsídio de recursos ao reforço de capacidades pode ser difícil. Uma das condições para aderir a abordagens mais participativas é aceitar que os lucros do reforço institucional seja apenas tangível a longo prazo. Uma boa maneira para analisar o contexto de desenvolvimento Formar pequenos grupos de agentes envolvidos; Identificar com cada um deles um problema em particular com o qual são confrontados; Discutir os componentes fundamentais desse problema desde um ponto de vista sociocultural, ambiental, institucional, político, económico e demográfico, a cada nível, ajudando-se com perguntas como as seguintes: O que satisfaz as pessoas (homens e mulheres)? O que enerva/chateia as pessoas (homens e mulheres)? De que têm medo as pessoas (homens e mulheres)? O que entristece as pessoas (homens e mulheres)? O que dá esperanças às pessoas (homens e mulheres)? Classificar as respostas por categoria e discuti-las ajudando-se com as perguntas seguintes: Quais são os componentes do problema a nível de campo? Quais são os componentes do problema a nível intermédio? Quais são os componentes do problema a nível macro? Quais são as interacções entre os diferentes componentes do problema? Perguntas para examinar as estruturas, os mecanismos e as instituições Como podem as estruturas e os mecanismos institucionais, como as políticas e as regulamentações, controlar os custos e benefícios do desenvolvimento? Existem diferenças entre homens e mulheres que afectem a distribuição destes custos e benefícios? Que grupos trabalham mais perto dos membros da comunidade? Quais são as suas ligações com os outros níveis do sistema, como os grupos do sector governamental e/ou as estruturas privadas sectoriais? Quais são as necessidades imediatas de reforço de capacidades para promover um abordagem participativa do desenvolvimento? 9

15 Como é que a infra-estrutura comunitária apoia as possibilidades de desenvolvimento económico na mesma comunidade? Será que as questões de género influenciam o funcionamento desta infra-estrutura? Identificação dos agentes envolvidos e dos seus interesses Os agentes envolvidos são pessoas ou grupos que, directa ou indirectamente, podem ganhar ou perder numa situação específica de desenvolvimento. Recorrer a uma abordagem baseada nos agentes envolvidos, exige entender e reconhecer o "interesse" que cada um deles tem frente aos objectivos da acção. A análise dos agentes envolvidos começa antes de mais com a pergunta: Quem são os agentes envolvidos? para, de seguida, às perguntas: "Quem possui os recursos?" "Quem tem interesse na mudança?" Agentes envolvidos ao nível do terreno Se nos centrarmos nos agentes envolvidos, será possível identificar os diferentes grupos como aqueles que praticam a agricultura de subsistência -os mais pobres entre os pobres- ou aqueles que praticam a agricultura comercial, os proprietários da terra, os parceiros e as famílias rurais. Em cada um destes grupos existem diferenças drásticas entre homens e mulheres: as famílias mais pobres, muitas vezes, são lideradas por mulheres; os proprietários da terra são geralmente homens. O mesmo acontece com respeito às limitações que enfrentam uns e outros; por exemplo, na agricultura comercial, as limitações que enfrentam os produtores e as produtoras são muito diferentes. As vezes, categorias de agentes envolvidos revestem uma certa sensibilidade, como os grupos militares ou aqueles que se fundamentam em crenças religiosas específicas ou os grupos de prestamistas, que são particularmente sensíveis a alguns argumentos ou situações. Uma análise completa dos agentes envolvidos permite detectar também o interesse dos governos, das instituições, dos grupos do sector privado e dos doadores. Reconhecer e incluir os agentes envolvidos a todos os níveis dos sistemas sócioeconómicos permite identificar as interacções entre os diferentes níveis. Os métodos participativos, fundamentais para a análise dos agentes envolvidos, utilizam uma variedade de ferramentas para recolher informação, assim como para visualizar, analisar e interpretar os dados. Agentes envolvidos ao nível macro No que diz respeito aos agentes envolvidos a nível macro, um dos objectivos estratégicos da Plataforma de Acção de Pequim é o fortalecimento das capacidades das estruturas governamentais e dos mecanismos nacionais encarregados da promoção das mulheres. A sua execução pode levar a mudanças nas práticas de planificação a nível nacional. Todavia, é necessário ter em conta que a limitada disponibilidade de recursos gera uma competição entre as diferentes instituições governamentais. Desta forma, se um ministério da Mulher é criado ou reforçado, todos os ministérios irão defender os seus interesses. Assim, para poder compartilhar os escassos recursos existentes, torna-se imprescindível fortalecer as relações de trabalho entre os ministérios mediante uma 10

16 planificação integrada. Sendo assim, são necessárias capacidades de avaliação e de negociação para examinar e tratar do nível macro de uma forma prática. Exemplos de ferramentas participativas para a identificação dos agentes envolvidos Reflexão conjunta (brainstormings) Mapas Observação directa e clarificação das observações Qualificação Anotações Calendários Matrizes Analogias e Metáforas Mini-inspecções Diagramas Gráficos e Curvas Entrevistas semidireccionais Descrição de algumas ferramentas Os mapas, que representam um área ou uma estrutura, podem servir para apreciar os níveis de participação, a distribuição dos recursos e o acesso aos serviços. Podem ser utilizados em conjunto com os cronogramas (exemplo na página seguinte) onde mostram os ciclos e as etapas progressivas da mudança, e facilitam a identificação dos agentes envolvidos e os momentos em que a sua influência é positiva ou negativa. Os mapas sociais põem em evidência as diferenças entre os papéis e que desempenham as mulheres e os homens, por exemplo em função à estações do ano. É uma ferramenta preciosa para obter informações de base para as análises sociais e medir o grau de participação dos diferentes agentes envolvidos (a nível intermédio, um simples gráfico pode fornecer as mesmas informações). Um mapa social e/ou de recursos (exemplo na página seguinte) pode ser útil para efectuar a triangulação e a confirmação de informações recolhidas aquando de um "brainstorming". Muitas vezes é importante manter em relevo, não só as localizações dos recursos, mas também as percepções e os interesses de uns e outras. A pesagem A ponderação é uma ferramenta que ajuda a visualizar o alcance e a importância que cada um dos agentes atribui a um tema ou objecto, como também o seu nível de participação ou de responsabilidade. Também pode servir a estabelecer prioridades. Para efectuar uma pesagem, são distribuídas algumas grainhas de milho, de feijão ou algumas pedritas a cada um dos participantes e irão reparti-los em cada um dos pratos, segundo o seu ponto de vista, com respeito a cada elemento sopesado. As entrevistas e a observação directa são outros métodos complementares para confirmar e clarificar os dados obtidos através de outras ferramentas aquando a identificação dos agentes envolvidos. 11

17 Os dados secundários tomados de documentos e relações pertinentes são igualmente úteis. A) Mapa social dos recursos da aldeia de Yazini em Uganda Bananeira Campos Dambo Veg. natural Jardins Campos Dimba Mandioca Eucaliptus Mesquita Casas Cemitério Tomada de rega Estradas Rios Exemplos de resultados obtidos com ferramentas participativas B) EXERCÍCIO DE CRONOLOGIA DE UMA ORGANIZAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO Criação da organização Obtenção do estatuto legal Obtenção de um financiamento Diferenças entre pessoal profissional e voluntários Profissionalização da organização Envio de voluntários para o terreno Contratação de pessoal profissional Contratação de um director salarial Avaliação do desenvolvimento da oragnização Seguimento do trabalho nas aldeias Planeamento estratégico Elaboração de uma política de género 12

18 Diferenças entre homens e mulheres no seio dos agentes envolvidos Ao identificar os grupos de agentes envolvidos, é importante pensar nas possíveis diferenças entre homens e mulheres existentes no interior de cada grupo. Por exemplo, no caso em que os pequenos agricultores representam um grupo de agentes envolvidos, se mais de 90% das explorações forem dirigidas por mulheres, será de prever que os interesses e as preocupações do grupo terão a ver tanto com as questões relativas às pequenas explorações, assim como com a situação das mulheres. No entanto, se as explorações geridas por homens e mulheres é sensivelmente igual, uma parte dos lucros e das preocupações será similar, sabendo que os homens e as mulheres no seio deste grupo terá interesses específicos dado às diferenças de funções e de responsabilidades que cada um deles assume. Um outro caso é aquele em que todas as mulheres de uma comunidade partilham um interesse idêntico; acontece o mesmo com todos os pequenos agricultores e com todos que pertencem à mesma etnia. Uma mulher que dirija uma pequena exploração e pertença a essa etnia terá três tipos de interesses. Por vezes, pode se dar o caso que as características de um mesmo grupo de agentes envolvidos seja o mais importante. Assim, um grupo de agricultores, homens e mulheres, proprietários dos seus terrenos, tomará decisões diferentes daquelas de agricultores (homens e mulheres) não tendo um seguro fundiário, por exemplo, quanto a investimentos que modificam as práticas rurais. Afirma-se muitas vezes que as implicações do género induzido pelas políticas macro se traduzem por boatos sexistas a favor dos homens, nomeadamente, no que respeita os serviços ligados à saúde, a educação, a formação (van Staveren, em colaboração com Elson, 1985). Por exemplo, as pesquisas aprofundadas no domínio da educação das raparigas (O'Gara e Kendall, 1996) revelaram as diferenças entre rapazes e raparigas quanto ao percurso escolar, o material de ensino e as atitudes dos pais. Se as decisões políticas forem tomadas a nível macro, serão postas em prática no nível intermédio. É por isso, que num processo destes, é imprescindível colocar as hipóteses ligadas ás perguntas de género a todos os níveis, com o objectivo de melhorar as possibilidades de educação das raparigas. Participação dos agentes envolvidos na planificação Depois de ter determinado quais os agentes envolvidos, a abordagem ASEG debruça-se sobre a maneira como associar a identificação das necessidades com a planificação. A participação da população é mais uma metodologia do que uma estratégia de desenvolvimento. Trata-se de fazer com que a população possa conhecer as causas profundas dos problemas que podem encontrar, afim de melhorar as condições de vida e de poder medindo e controlando a evolução. A participação é muito mais que a simples informação da população ou a difusão das decisões tomadas. É um processo de comunicação entre os actores. A participação dos agentes envolvidos tem como objectivo clarificar e descobrir os interesses que estão em jogo aquando das decisões a serem tomadas. A participação começa quando os membros de uma comunidade se dedicam na identificação e na descrição dos problemas, cuja solução deve se basear sobre a valorização das experiências e dos conhecimentos da comunidade. Ela é o processo contínuo da mobilização e da organização podendo embocar sobre a remodelação da comunidade. A permanência deste processo pelo seguimento e a avaliação das etapas em constante mudança. 13

19 A participação dos agentes envolvidos faz a diferença Estudo de caso: Gestão de desperdícios sólidos em zonas periféricas (Kasserine, Tunísia) A população das zonas periféricas de Kasserine é essencialmente composta por pessoas que abandonaram recentemente os campos e que reproduzirem os seus modos de vida no seu novo local de residência. É assim, que, por exemplo, os desperdícios provenientes da preparação de refeições são despejados em frente das casas, hábito que favorece a proliferação dos insectos e dos roedores transportadores de doenças. O município, tendo tomado em conta esse problema, decidiu organizar a colecta do lixo de casa usando carroças. Antes de começar a colecta, um grupo comunitário houve várias reuniões com diferentes grupos, incluindo mulheres. Ao longo das reuniões, descobriu-se que a maioria das famílias criava pequenos ruminantes para completar a sua alimentação e os seus rendimentos. Os resíduos alimentares eram, assim, uma importante fonte de alimentação para os animais em liberdade. No entanto, um outro problema foi apontado: os excrementos dos animais encontravam-se espalhados em todo o lado junto às casas, mesmo que esta nocividade apresentava uma vantagem; era uma fonte de adubo não insignificativa para os jardins familiares. Quando foi pedida a opinião das mulheres como tratar esta situação, elas propuseram construir uma cerca onde pudessem guardar os animais e que fosse gerida por uma cooperativa que elas há muito desejavam. Um apoio foi lhes concedido para levarem a cabo esta sugestão. Perguntas a colocar para conduzir uma discussão ou uma sessão de formação Quem são os agentes envolvidos? Como foram tratados os seus interesses (interesses e preocupações)? Enquanto os políticos e as instituições supostamente deveriam responder às necessidades de cada um, acontece que elas favorecem certos grupos, com base no sexo e a idade, em detrimento de outros cujas possibilidades já são restritas. A abordagem ASEG aplicado a cada nível contribui para identificar os obstáculos, tendo em conta as modificações a efectuar nas políticas e no seio das instituições para responder às necessidades dos diferentes agentes envolvidos. A participação das pessoas na planificação molda os seus interesses e reforça a sua vontade de investir tempo e outros recursos. Além disso, um processo participativo de tomada de decisão desenvolve capacidades para abordar os problemas numa perspectiva de resolução e pode oferecer aos indivíduos novas possibilidades em vários sectores Análise dos recursos e limitações Uma terceira componente da análise sócio-económica e de género assenta sobre a compreensão das modalidades de subsídio e na utilização de recursos pelos indivíduos e os grupos numa lógica de gestão dos riscos e dos investimentos, isto é, de minimização das limitações e de optimização das potencialidades. 14

20 A análise dos recursos, tais como a terra, o trabalho, o capital, rodam à volta de questões relativas ao acesso aos recursos e ao seu controle. A análise das limitações, coloca a sua questão sobre os obstáculos que impedem a satisfação das necessidades e a realização das metas. As limitações podem ser de natureza económica ou sociocultural e variar segundo os papéis de cada um nomeadamente em função ao meio (rural ou urbano), à idade, ao estatuto económico e ao sexo. Recursos A produção de bens e serviços depende da disponibilidade dos recursos tangíveis e/ou intangíveis. O exame do acesso aos recursos e o controlo a nível de campo é fundamental, mas é necessário avaliar também estes recursos a outros níveis. Efectivamente, se a planificação se baseia na hipótese de que todos os agentes envolvidos (incluindo os agentes envolvidos intermédios e os políticos) investirão uma parte dos seus recursos para se produza uma mudança, e que eles serão envolvidos em riscos, têm todo o direito de esperar por algumas vantagens em relação e essa mudança No passado, achava-se que as políticas eram neutras no que respeita o género e que os seus efeitos sobre as mulheres e os homens eram idênticos. Tanto, que a nível de terreno, as forças políticas e económicas com influência sobre o acesso aos recursos muitas vezes foram desprezados, dando lugar, ao nível nacional, a uma análise errónea do controlo dos recursos muitas vezes exercida no âmbito de um interesse de uma elite em detrimento dos pobres e dos desfavorecidos. A abordagem ASEG toma em consideração o acesso aos recursos e o controlo sobre estas a todos os níveis. O controlo dos recursos efectuados a um nível podem trazer a limitações a um outro ou, pelo contrário, contribuir à mudança desejada. Alguns recursos são controlados maioritariamente ao nível de um sistema, como o orçamento para os salários dos divulgadores; outros subtendem um controlo a cada nível ou à maioria deles, tais como os recursos naturais, nomeadamente a água, a fauna e a flora, os recursos sociais e as áreas. Qualquer que seja o caso, as questões colocadas pela abordagem ASEG pousam sobre as interacções entre os níveis do sistema e os pedidos concorrenciais do recurso. Algumas generalizações sobre o tipo de recursos controlados podem ser feitas pelos diferentes grupos de agentes envolvidos: Ao nível macro nacional (macro), o Estado é uma influência e um controlo directo sobre os recursos financeiros, produtivos e os serviços. A maior parte dos governos controla, pelo um mínimo, alguns recursos naturais maiores, tais como as terras, as florestas, as águas. Acontece o mesmo com certos serviços de base como a defesa, a policia, a educação. Ao nível intermédio, o acesso aos recursos produtivos e reprodutivos é controlado, com regras estabelecidas a nível macro, por instituições privadas e públicas ao qual o Estado outorgou o direito de fornecer serviços como o crédito, a produção de equipamento para os cultivos e a criação de gado, sobre o qual eles detêm o poder de regulamentação. Ao nível do terreno, as comunidades têm acesso aos recursos associados às infraestruturas, exercendo um controlo sobre estas; elas podem também aceder aos benefícios destes recursos e controla-los através de um processo de decisão comunitária. Aliás, alguns serviços estão controlados pela comunidade e certos recursos (uso e fruto das terras ou propriedade) podem ser de domínio comum 15

21 Recurso comunitário fundamental : o saber Os conhecimentos tradicionais e os saberes locais, que exercem uma influencia sobre a cultura e a economia local, são recursos comunitários que devem ser compreendidos. Os homens e as mulheres possuem muitas vezes conhecimentos e competências muito diferentes que, postos em comum, dão lugar a um saber especifico e adaptado as condições locais, as necessidades e as prioridades. Os seus papeis socioculturais e as suas relações fazem parte do saber local e da sua aplicação, da sua conservação e da sua adaptação. Quatro hipóteses sobre as quais se baseiam as diferenças de conhecimento entre homens e mulheres As mulheres e os homens possuem conhecimentos sobre coisas diferentes. As mulheres e os homens possuem conhecimentos diferentes sobre as mesmas coisas. As mulheres e os homens organizam os seus conhecimentos de forma diferente. As mulheres e os homens recebem e transmitem os seus conhecimentos através de meios diferentes. Fonte: Huisinga-Norem, Yoder e Martin, 1993 No processo de planificação de desenvolvimento, nomeadamente políticas, sistemas de conhecimentos locais como questões de género foram muitas vezes postas de parte, impedindo a execução de mudanças eficazes. Os divulgadores, os funcionários da agricultura e os outros agentes de desenvolvimento rural têm tendência a procurar soluções recorrendo a tecnologias, técnicas e conhecimentos modernos. Mesmo se a política tem de ter em conta o saber local, estes intermediários podem chumbar os programas e os projectos. Limitações As limitações são factores ou forças que restringem ou que impedem a mudança. Como par os recursos, elas influenciam a situação de todos os agentes envolvidos e devem ser apreciadas ao nível macro, intermédio, de terreno. Uma classificação (BIT, 1994, adaptação) pode ser efectuada (ver quadro na pagina seguinte). Possível classificação das limitações socioculturais, tais como normas e valores predominantes, possível existência de várias subculturas ou seja grupos com crenças que possam diferir da ideologia principal; nível de formação e de instrução da população, equipas e meios de formação; demográficas, tais como taxa de fertilidade, mercado de trabalho, crescimento anual da população activa, movimentos de migração interna e externa; institucionais, tais como o tipo e alcance das instituições governamentais; políticas, tais como eventos a nível mundial, nacional e local, legislação e regulamentação paradas por políticas nacionais de desenvolvimento; económicas, tais como o nível de pobreza, distribuição dos rendimentos, taxas de inflação, comercio internacional, programas de ajuste estrutural, níveis de infraestruturas. 16

22 ambientais, tais como secas, poluição, esgotamento dos recursos naturais nãorenováveis. Exemplo: limitações das mulheres para exercer o controlo sobre a terra (fundiária) Nível do sistema Limitações Socioculturais Limitações económicas e políticas Macro O registo de terras no quadro moderno reduziu os direitos das mulheres para obterem proveito das terras. A lei considera as mulheres como menores e portanto, não podem possuir terras de forma independente. Intermédio Os programas agrícolas não têm em conta as agricultoras. Os serviços financeiros não têm em conta às mulheres. Campo O acesso das mulheres as terras comunitarias é limitado a certos usos tais como a colecta de lenha para o lume. Os chefes de família, homens, controlam a utilização das terras As mulheres não podem deixar a terra como herança às suas filhas. As mulheres não participam da tomada de decisão sobre a distribuição ou o acesso às terras. O acesso as terras pode ser retirado, se a produção das culturas comerciais aumentar. Para os homens é mais fácil que para as mulheres adquirir terras, dado que as opções que elas têm para obterem ingressos são muito reduzidas. É fundamental ter em conta as questões de género não só quando se identificam os agentes envolvidos, mas também quando se conhecem os recursos e as limitações. As perguntas que se podem formular para adquirir este conhecimento e fazer uma análise são muito simples. Uma vez identificados os agentes envolvidos para uma circunstância específica, estes poderão responder às perguntas indicadas a seguir. As respostas permitem detectar os interesses de um determinado grupo de agentes envolvidos com relação a uma mudança prevista. Perguntas a colocar para identificar os recursos e as limitações Quais os recursos que os agentes envolvidos controlam? Como? Quem tem acesso a esses recursos? Como? Será que as mudanças planificadas modificarão o uso desses recursos? Como? Quais são os potenciais custos(financeiros e outros) que cada grupo de agente envolvido terá de suportar(informação desagregada por sexo)? Quais são os potenciais benefícios que cada grupo de agente envolvido poderá reter (informação desagregada por sexo)? 17

23 Quais são as limitações das mulheres e dos homens face a mudança aos níveis macro, intermédio e de terreno? Que se pode fazer para minimizar as ditas limitações? Limitações para a participação dos agentes envolvidos A análise de recursos e de limitações deve ser conduzida com os agentes envolventes recorrendo a um processo participativo, que é confrontado com obstáculos. Efectivamente, os pobres e os ricos, as mulheres e os homens não participam do desenvolvimento no mesmo pé de igualdade; os primeiros estão muitas vezes em desvantagem em relação aos segundos. Por vezes, a exclusão na sociedade de certos grupos (étnicos e outros) pode também ser encontrado em programas e projectos. Convém então clarificar os obstáculos a participação antes de identificar as limitações dos agentes envolvidos. Exemplos de limitações à participação dos agentes envolvidos Resistência de pessoas que têm o poder de partilhar os recursos : é uma limitação importante e difícil de colher aquando a sua avaliação. Poder diferente dos homens e das mulheres devido aos seus respectivos papéis: o que é adquirido e não adquirido por uns e outros deve ser o primeiro plano de análise dos agentes envolvidos, e a cada nível. Sentimento de desconfiança que pode ser profundamente enraizado nas pessoas que chumbaram no passado na sua função ou que não tenham respondido as sua promessas (pessoas governamentais, de projecto). Condições políticas e estruturas de poder do país e da comunidade: isto pode variar segundo as economias descentralizadas e fortemente centralizadas. Grau de adesão ás acções participativas que podem ir da forte hostilidade ao sólido apoio. Obstáculos legais que limitam os direitos das mulheres e de outros grupos sócio-económicos a participar nas actividades políticas. Procedimentos administrativos complexos, em particular nos sistemas burocráticos centralizados que controlam as tomadas de decisão, de subsídio de recursos e de informação. Interesses conflituosos entre os grupos socioculturais numa comunidade: devem ser então tratados com muito cuidado e sensibilidade. As limitações devidas à vida quotidiana, nomeadamente o isolamento e a localização geográfica das populações rurais pobres, as condições de vida precárias e a carga de trabalho, nomeadamente das mulheres, a insuficiência das condições sanitárias, o baixo nível de educação e a falta de experiência em relação às actividades organizadas. Estas limitações à participação ilustram bem a importância em ter em conta nos diferentes níveis de sistemas, algumas estão fixadas ao nível macro, outras ao nível intermédio e muitas entre elas devido as suas realidades locais Todavia, todas têm influencia sobre as condições de vida das populações desfavorecidas, mulheres e homens, que devem lutar para satisfazer as sua necessidades. 18

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