BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "BuscaLegis.ccj.ufsc.Br"

Transcrição

1 BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Remédios Possessórios Gustavo Portela Ladosky* Sumário: Introdução; Apresentação; Da Manutenção e da reintegração de posse; Características e requisitos; Posse; Turbação; Esbulho; Data de turbação ou do esbulho; Continuação ou perda da posse; Jurisprudências; Interdito Proibitório; Jurisprudências; Conclusão; Bibliografia; Legislação de apoio Introdução Poderíamos dizer que a posse é um dos institutos mais controvertidos do Direito, senão o mais, visto que seus conceito, origem, elementos, natureza jurídica, são amplamente alvos de discussões doutrinárias. O vocábulo posse provém de possidere; significando o poder físico de alguém sobre a coisa. Para apresentar as ações possessórias, é necessário, a priori, explanar o que viria a ser uma posse de boa-fé. Vejamos o que prescrevem os arts e do Código Civil: Art É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção. Art A posse de boa-fé só perde este caráter no caso desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. Cabe por última pretensão da introdução, dispor acerca dos efeitos da posse. Estes são as conseqüências jurídicas produzidas pela posse, em virtude de lei ou norma jurídica. Para Clóvis Beviláqua, sete seriam os efeitos da posse, quais seriam, o direito ao uso dos interditos; a percepção dos frutos; o direito de retenção por benfeitorias; a responsabilidade pelas deteriorações; a posse conduz ao usucapião; se o direito do possuidor é contestado, o ônus da prova compete ao adversário, pois que a posse se estabelece pelo fato; o possuidor goza de posição mais favorável em atenção à propriedade,

2 cuja defesa se completa pela posse. E dentre os efeitos da posse é que iremos encontrar os chamados remédios possessórios, tema do presente trabalho. Apresentação A proteção jurídica da posse, enquanto estado de fato, deve-se à sua importância para a paz social. O ordenamento jurídico privilegia, em princípio, o estado de aparência como forma de evitar conflitos. Claro que pode não haver correspondência entre aparência e real situação de direito, mas, num primeiro momento, é importante que se garanta ao possuidor, seja a que título for, um meio célere de garantir que sua posse não será turbada. Posteriormente, pode-se avaliar o estado de direito mais profundamente e com maior amplitude, garantindo que o legítimo proprietário não seja prejudicado de forma alguma no exercício dos seus direitos sobre o bem em questão. É mantido o estado de fato até que se declare o estado de direito. Busca-se apenas, uma maior segurança jurídica ao presumir como legítimas situações que podem ser observadas por toda a sociedade, aliás, como é cotidiano em nossas relações, pois é, no mínimo, raro encontrar alguém que se preocupe em averiguar juridicamente toda situação de fato que encontre pela frente. A posse, seja a qual título for exercida, acarreta uma série de efeitos que denotam a importância que tem no ordenamento jurídico. Desse modo, o contestador da posse é quem tem o ônus da prova; o possuidor tem posição privilegiada com relação ao direito de propriedade, além de direito à percepção de frutos do bem e retenção por benfeitorias realizadas. Isto para citar alguns dos efeitos da posse garantidos por Lei. Para o escopo do presente trabalho, o mais importante efeito da posse é o direito que é dado ao possuidor de propor os remédios possessórios. Enquanto estado de fato juridicamente relevante, não podiam faltar na Lei os meios adequados para proteger a posse. São os chamados interditos possessórios, que funcionam como modo de defesa da posse contra qualquer ação externa que possa vir a prejudicar de alguma maneira o livre exercício dos direitos do possuidor. Aqui torna-se fundamental a aplicação do Código Civil e da legislação processual de forma conjunta. Claramente percebe-se a importância e necessidade da união das leis material e processual para tutela da posse. Quanto à legitimação para propositura dos remédios possessórios, não há distinção quanto ao possuidor direto e indireto, ambos podem ser autores da ação possessória, além disso, a proteção conferida por estes remédios abrange tanto bens móveis como imóveis. A primeira forma prevista legalmente para defesa da posse é um meio extrajudicial: a autotutela. No 1º do Artigo 1210 do Novo Código Civil, está disposto: O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que

3 o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. Aqui notamos que a Lei exige os requisitos de imediatidade da ação do possuidor e da proporcionalidade desta com a ameaça sofrida, além de permitir o uso da própria força apenas suficiente para que se veja restituído no pleno exercício dos seus direitos de posse. É importante ressaltar que agentes no cumprimento de ordem judicial não cometem injusta agressão à posse; o ato é lícito. A configuração de estado de necessidade também exclui a ilicitude de um ato que venha a turbar a posse de alguém. Uma vez examinado o meio extrajudicial previsto no código, passamos à observação das ações cabíveis em matéria possessória. Existem ações possessórias que são típicas e visam a proteger a posse contra três tipos diferentes de situações que geram ameaça ao seu exercício: a ameaça, a turbação e o esbulho. Estas três situações ensejam respectivamente a proposição de interdito proibitório, manutenção de posse e reintegração de posse. A ameaça configura-se numa situação de perturbação iminente da posse, onde há possibilidade de vir a acontecer uma agressão que justifique o receio por parte do possuidor. Já a turbação ocorre quando há uma efetiva perturbação na posse, mas sem suprimi-la por completo. Por fim, o esbulho é a perda do poder de fato sobre o bem. Extremamente importante frisar que o interdito proibitório, a reintegração e a manutenção de posse apresentam a característica da fungibilidade. Assim, uma mudança na situação de fato, como uma ameaça que se transforma efetivamente em esbulho, não torna necessária a proposição de nova ação uma vez que já tenha sido impetrado o interdito proibitório. As dificuldades práticas contornadas com esta posição são de grande importância, evitando que o agravamento, ou atenuação da gravidade da ameaça sofrida, fiquem sem as providências judiciais adequadas, além de tornar mais célere esse processo. Ajuizadas as ações dentro do prazo de um ano e um dia da turbação ou esbulho, é possível a expedição de mandado liminar (Artigo 928 do Código de Processo Civil). Ultrapassado este prazo, a ação continua a ser possessória, mas seguindo o rito ordinário. Além das ações tipicamente possessórias já citadas e que serão examinadas mais detalhadamente no corpo do trabalho, existem outros remédios que, apesar de não se voltarem exclusivamente à matéria possessória, podem ter este conteúdo dependendo do caso concreto. Dentro dessas ações não típicas, temos os embargos de terceiro senhor/possuidor; ação de nunciação de obra nova; ação de dano infecto e ação de imissão de posse. Nos embargos de terceiro senhor/possuidor, o autor é prejudicado em sua posse por atos judiciais decorrentes de processo em que não é parte. Assim, a primeira condição para a propositura desta ação é ser o autor terceiro no processo em que foi tomada a medida danosa. Por sua própria natureza, a ação depende sempre da existência de um outro processo. Não é preciso que haja turbação ou esbulho efetivos, a simples ameaça já torna cabível o embargo.

4 Na ação de nunciação de obra nova, temos uma obra vizinha em curso que prejudica o imóvel do autor ou ameaça prejudicar sua posse. O pedido, neste caso, consiste na suspensão da execução da obra ou na modificação do que houver sido feito em prejuízo do autor. A obra deve ser vizinha, mas não necessariamente contígua. Deve também estar em curso, pois se já acabada, não mais cabe a ação. A ação de dano infecto cuida de uma possibilidade futura de dano ao bem em decorrência de prédio vizinho ou ações realizadas em áreas vizinhas. Trata-se de remédio preventivo. Por fim, temos a ação de imissão de posse, que é uma ação para dar coisa certa. O autor procura ter a posse assegurada através de decisão judicial, num processo mais célere, mas discute-se se não se alcançaria o mesmo efeito através da via ordinária. Tendo exposto em linhas gerais o sistema de proteção à posse, dado pelo nosso ordenamento jurídico, passamos agora ao exame mais detido dos principais remédios possessórios previstos na legislação. Da manutenção e da reintegração de posse Características e requisitos A manutenção e a reintegração de posse são tratadas em uma única seção, visto que apresentam características e requisitos semelhantes. A diferença está apenas em que o possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho (CPC, art. 926). A turbação distingue-se do esbulho porque, com este, o possuidor vem a ser privado da posse, ao passo que naquela, embora molestado, continua na posse dos bens. Posse O primeiro requisito para a propositura das requeridas ações (CPC, art.927) é a prova da posse. Quem nunca teve não pode valer-se dos interditos. Assim, a pessoa que adquire um imóvel e obtém a escritura definitiva, mas não a posse, porque o devedor a retém, não pode socorrer-se da ação possessória, porque nunca teve posse. A ação apropriada, nesse caso, será de imissão na posse. Na possessória o autor terá de produzir prova que tem posse legitima da coisa e que a manteve, apesar da turbação, ou que tinha posse e perdeu em virtude do esbulho praticado pelo réu.

5 A posse pode ser transmitida por ato inter vivos ou causa mortis. Logo, se alguém recebeu na escritura, a posse de outrem que a tinha, não está na situação de quem nunca exerceu a posse, porque a recebeu de seu antecessor, podendo mover a ação possessória contra qualquer intruso. É o caso, também, de reintegração se o vendedor transmite a posse na escritura e não a entrega de fato. Nesse momento passa a ser esbulhador. A jurisprudência tem admitido a transmissão da posse por escritura pública, de modo a legitimar o uso dos interditos pelo novo titular do domínio até mesmo em face do alienante, que continua a deter o imóvel, mas em nome de quem o adquiriu. Diferente, porém, a situação se o vendedor não entrega juridicamente a posse, por causa contratual; prometendo entregá-la depois não o faz. Neste caso, a ação será de imissão na posse, porque nem juridicamente nem de fato o proprietário a obteve. A falta de prova da posse acarreta a improcedência da ação, não cabendo a extinção do processo sem julgamento do mérito. Turbação O segundo requisito é a prova da turbação ou esbulho praticado pelo réu. O autor terá que descrever quais os fatos que o estão molestando, cerceando o exercício da posse. Por exemplo, deverá provar que o réu vem penetrando no seu terreno para extrair lenha ou colocar animais no pasto ou vem-se utilizando de determinado caminho sem sua permissão. Turbação é todo ato que embaraça o livre exercício da posse. Alguns autores admitem não só a turbação de fato (agressão material contra a posse), como também a de direito. Consiste esta na contestação judicial da posse do autor pelo réu. O Tribunal de Justiça de São Paulo já proclamou que a descrição de um imóvel em inventário como bem do espólio configuraria turbação de direito, por constituir ameaça de turbação de posse do atual possuidor (RT, 260: 382). Parece-nos, no entanto, que a turbação só pode ser de fato e não de direito como já se decidiu, pois contra atos judiciais não cabe a manutenção, mas embargos e outros meios próprios de defesa. A turbação pode ser, ainda, direta e indireta, positiva e negativa. Direta é a comum, que se exerce imediatamente sobre o bem; indireta é a praticada externamente, mas que repercute sobre a coisa possuída, como por exemplo, se, em virtude de manobras do turbador, o possuidor não consegue inquilino para o prédio. Positiva é a turbação que resulta da prática de atos materiais sobre a coisa (passagem pela propriedade alheia ou ingresso para retirar água); negativa é a que apenas dificulta ou embaraça o livre exercício da posse pelo possuidor. Esbulho O esbulho acarreta a perda da posse contra a vontade do possuidor. Quer a perda resultante de violência, quer de qualquer outro vício, como a clandestinidade ou a

6 precariedade; cabe a ação de reintegração de posse. O esbulho resultante do vício da precariedade é denominado esbulho pacífico. No tocante a clandestinidade, o prazo de ano e dia tem início a partir do momento em que o possuidor toma conhecimento da prática do ato. Nessa hipótese não há oportunidade para desforço imediato, que deve ser exercido logo após o desapossamento, isto é, ainda no calor dos acontecimentos. Em várias situações pode ocorrer o chamado esbulho pacífico, resultante do vício da precariedade. Quando o compromissário comprador deixa de pagar as prestações avençadas, pode se ajuizar ação de rescisão contratual, cumulada com ação de reintegração de posse. Na mesma sentença, o juiz declara rescindido o contrato e manda restituir o imóvel ao autor. Neste caso, porém, não pode a causa seguir o procedimento especial das possessórias, mas o ordinário, e que não cabe a expedição do mandado liminar de reintegração. Só a adoção de procedimento comum torna possível a cumulação desses pedidos. Já decidiu o Supremo Tribunal Federal ser desnecessária a prévia ou concomitante ação de rescisão de compromisso para procedência da possessória. De acordo com a Súmula 76 do Superior Tribunal de Justiça, A falta de registro do compromisso de compra e venda de imóvel não dispensa a prévia interpelação para constituir em mora o devedor. Há decisões no sentido de que, mesmo em se tratando de comodato por prazo indeterminado, torna-se desnecessária prévia interpelação, porque a citação válida para o processo é a mais eficaz interpelação, mas não poderá ser concedida a liminar de plano. Data de turbação ou esbulho Exige a lei, em terceiro lugar, a prova da data da turbação ou do esbulho. Dela depende o procedimento a ser adotado. O especial, com pedido de liminar, exige prova de turbação ou esbulho praticados a menos de ano e dia da data do ajuizamento. Passado esse prazo, será adotado o rito ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório (CPC, art. 924). O prazo de ano e dia é de decadência; portanto fatal e peremptório. Quando reiterados os atos de turbação, a cada um deles pode corresponder uma ação, fluindo o prazo de ano e dia da data em que se verifica o respectivo ato. A prova da data da turbação ou do esbulho é importante também para verificação de eventual prescrição da ação. Continuação ou perda da posse Necessita o autor provar, na ação de manutenção de posse, a sua posse atual, ou seja, que, apesar de ter sido molestado, ainda a mantém, não a tendo perdido para o réu. Se não mais conservar a posse, por haver sido esbulhado, terá de ajuizar a ação de reintegração de posse. Jurisprudência

7 PROCESSUAL CIVIL OPOSIÇÃO OFERECIDA PELO INCRA EM AÇÃO POSSESSÓRIA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL ALEGAÇÃO DE DOMÍNIO DE TERCEIRO INADMISSIBILIDADE ILEGITIMAÇÃO ATIVA AD CAUSAM CARÊNCIA DE AÇÃO NULIDADE DA CITAÇÃO EDITALÍCIA ABSORÇÃO PELA CARÊNCIA DA AÇÃO 1. Oferecida oposição, por Autarquia Federal, em ação que tramita na Justiça Estadual, desloca-se para a Justiça Federal a competência para processar e julgar a ação principal e a oposição, em face do disposto nos arts. 109, I, da Constituição Federal, 59 e 60 do CPC. 2. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA não tem legitimidade para oferecer oposição, em ação de manutenção de posse, pleiteando o reconhecimento, em favor da UNIÃO, do domínio e da posse da área objeto da ação principal. 3. É inadmissível oposição fundada em domínio, em face de ação de manutenção de posse, eis que não pode a oposição ter objeto mais amplo do que o da ação principal. 4. Na oposição, se os opostos não têm advogado constituído nos autos da ação principal, a citação, sob pena de nulidade, não pode ser feita por edital, antes de constatada uma das situações previstas no art. 231, I e II, do CPC. Essa nulidade, entretanto, porque parcial, é absorvida pelo vício maior da carência de ação, que implica a extinção do feito sem exame do mérito. 5. Processo extinto, de ofício, sem exame do mérito, por carência da ação (oposição). 6. Apelo dos autores-opostos prejudicado. (TRF 1ª R. AC MT 5ª T. Rel. Des. Fed. Antônio Ezequiel da Silva DJU p. 58) PROCESSUAL CIVIL ARRENDAMENTO MERCANTIL BUSCA E APREENSÃO REINTEGRAÇÃO DE POSSE VENDA EXTRAJUDICIAL DO BEM A TERCEIRO COBRANÇA DO SALDO DEVEDOR PELA VIA EXECUTIVA CERTEZA E LIQUIDEZ AUSENTES CPC, ART. 585, I I. A venda extrajudicial do bem apreendido pela credora diretamente a terceiro, sem a intervenção do devedor e prévia avaliação, retira a liquidez e certeza da cobrança do saldo remanescente, desautorizando o uso da via executiva. II. Recurso Especial não conhecido. (STJ RESP SC 4ª T. Rel. Min. Aldir Passarinho Junior DJU ) Interdito possessório Dependendo do caso, havendo turbação, esbulho ou a simples ameaça da posse, diferentes são os instrumentos processuais postos à disposição do possuidor. Observaremos, agora, uma ação possessória de caráter preventivo, o interdito proibitório. Reza o art. 932 do CPC: O possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena pecuniária, caso transgrida o preceito.

8 Como se pode ver, o referido diploma legal protege a posse direta ou indireta apenas no caso de ameaça a esta, nunca na hipótese de turbação ou esbulho. Trata-se, como bem diz Silvio Venosa, de uma ação com caráter preventivo. A ordem judicial é dada no sentido de apartar a ameaça de turbação ou esbulho. Tendo ocorrido a turbação ou esbulho, caberá ação de manutenção de posse ou a de reintegração de posse. Outra questão importante é o fato de o justo receio ter de ser demonstrado no caso concreto, ou seja, a ameaça deve ser efetivamente comprovada pelo autor, a fim de obter a tutela jurisdicional, sob pena de não ver seu pleito atendido. Importante salientar que o valor da multa deve ser indicado pelo autor, podendo o juiz diminuir o quantum se entendê-lo excessivo. Em não fazendo, deve o magistrado proceder com a fixação do montante. Ressalte-se que o valor deve ser o suficiente para punir o infrator sem levar o possuidor do bem a um enriquecimento sem causa. Pelo art. 933 do CPC, aplicam-se ao interdito proibitório as disposições dos arts. 926 a 931, acerca das ações de manutenção e reintegração de posse. Por fim, convém apontar que o interdito proibitório não é cabível apenas na hipótese de ameaça da posse de um bem corpóreo, como um imóvel, por exemplo. É perfeitamente admissível o uso desse instrumento processual quando houver iminência de prejuízo no fornecimento de energia elétrica, ou qualquer outro bem incorpóreo. Jurisprudência CIVIL INTERDITO PROBITÓRIO VIOLÊNCIA NÃO COMPROVADA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO A utilização dos interditos proibitórios pressupõe posse atual, ameaça de esbulho ou turbação iminente e o justo receio de ser molestado na posse da coisa. Não constatação do emprego de violência acarreta a improcedência do pedido formulado pelo autor. Recurso não provido, por unanimidade. (TJDF APC DF 1ª T.Cív. Rel. Des. João Mariosa DJU p. 67) Conclusão Como pudemos observar, o possuidor tem o poder de invocar os interditos possessórios, ou seja, de propor ações possessórias, quando for ameaçado, molestado ou esbulhado em sua posse, a fim de repelir tais agressões e continuar a posse. Em síntese, abordamos: A ação de manutenção de posse meio de que se pode servir o possuidor que sofrer turbação para manter-se na sua posse, receber indenização dos danos sofridos e obter a

9 cominação da pena para o caso de reincidência ou, ainda, se de má fé o turbador, remover ou demolir construção ou plantação feita em detrimento de sua posse. A ação de reintegração de posse movida pelo esbulhado, a fim de recuperar posse perdida em razão de violência, clandestinidade ou precariedade. O interdito proibitório proteção preventiva da posse ante a ameaça de turbação ou esbulho, prevista no art do Código Civil, segundo o qual, o possuidor que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da violência iminente. Bibliografia DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro direito das coisas. 13 ed. São Paulo: Saraiva, v.4. MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil direito das coisas. 31ed. São Paulo: Saraiva, v.3. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 9 ed. Rio de Janeiro: Forense, v. 4. RODRIGUES, Silvio. Direito civil direito das coisas. São Paulo: Saraiva, v.5. VENOSA, Sílvio Salvo. Direito civil: direitos reais. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002.v.5. Legislação de apoio I - Código de Processo Civil; II - Código Civil Brasileiro. *Estudante da graduação da Faculdade de Direito do Recife - UFPE abcs@cimentopoty.com.br Disponível em: < s >. Acesso em: 12 set

POSSE. Aquisição e perda da Posse. Usucapião. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

POSSE. Aquisição e perda da Posse. Usucapião. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo POSSE Aquisição e perda da Posse Efeitos Secundários da Posse Proteção Possessória Usucapião Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 06/11/2017) Posse.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 06/11/2017) Posse. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 06/11/2017) Direito das Coisas / Retenção. Posse. Detenção. A detenção é verdadeiramente uma posse não considerada

Leia mais

Das ações possessórias. Manutenção de posse. Reintegração de posse. Interdito proibitório.

Das ações possessórias. Manutenção de posse. Reintegração de posse. Interdito proibitório. MÓDULO 19 Das ações possessórias. Manutenção de posse. Reintegração de posse. Interdito proibitório. Artigos 554 a 568 do CPC Proteção à posse: Autotutela (proteção do bem por iniciativa do possuidor)

Leia mais

Direitos Reais. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato

Direitos Reais. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato Direitos Reais Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato Introdução ao direito das coisas. Composto por normas de ordem pública Poder jurídico direto e imediato

Leia mais

CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA

CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA Advogado, palestrante e professor de Dir. Civil, Prática Civil e Dir. do Consumidor em cursos preparatórios para a OAB e para Concursos Públicos; professor de Dir. Civil

Leia mais

DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS

DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS Posse para Savigny Posse é um fato que se converte em direito justamente pelos interditos concedidos pelo ordenamento Posse para Ihering Teoria da defesa complementar da propriedade

Leia mais

6. AÇÕES POSSESSÓRIAS 6.1 A

6. AÇÕES POSSESSÓRIAS 6.1 A 6. AÇÕES POSSESSÓRIAS 6.1 A posse e seus efeitos - O que é a posse? - Quais os efeitos oriundos da posse? > Direito à tutela possessória > Percepção dos frutos > Indenização pelas benfeitorias > Direito

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Posse e Propriedade: Direitos das Coisas Direito à Posse Direito Real Propriedade OBS: Não se vende o que

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 CLASSIFICAÇÃO DA POSSE.

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 CLASSIFICAÇÃO DA POSSE. Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 CLASSIFICAÇÃO DA POSSE. CONCEITOS POSSE DE BOA-FÉ: quando o possuidor ignora o vício que lhe impede de adquirir a coisa, ele se encontra na

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. (Aula 17/05/2018). Exibição de contas.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. (Aula 17/05/2018). Exibição de contas. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (Aula 17/05/2018). Exibição de contas. Conceito: esta ação tem por objetivo promover o acerto de contas, a ser apresentado

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Transmissão da Posse: a) Causa mortis: Neste caso, a posse é transferida no cos junto da universalidade

Leia mais

POSSE E SUAS CARACTERÍSTICAS

POSSE E SUAS CARACTERÍSTICAS DIREITO SSÓRIO E SUAS CARACTERÍSTICAS Quem é possuidor? Todo aquele que exerce um dos poderes inerentes do Direito de Propriedade (1196 c/c 1228, CC) Usar (servir-se sem alterar sua substância) Gozar (extrair

Leia mais

Direito Civil. Efeitos da Posse. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Efeitos da Posse. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Efeitos da Posse Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Efeitos da Posse Os interditos Alessandra Nóbrega Leite de A. Lima* 1. INTRODUÇÃO. Os interditos são meios processuais de defesa posse, e por isso sua disponibilidade pelo possuidor

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Gilberto Maistro 1-) Ações Possessórias: a) Ação de Reintegração: b) Ação de Manutenção de Posse: c) Ação de Interdito Proibitório:

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana (15/10/2018). Embargos de Terceiro.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana (15/10/2018). Embargos de Terceiro. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana (15/10/2018). Embargos de Terceiro. Conceito: embargos de terceiro são instrumento utilizado por

Leia mais

DIREITO CIVIL IV AULA 3: Efeitos da Posse

DIREITO CIVIL IV AULA 3: Efeitos da Posse DIREITO CIVIL IV AULA 3: Efeitos da Posse 1. Posse x Detenção x Atos de Mera Permissão A posse é o exercício de fato de um dos poderes da propriedade, em nome próprio Na detenção, o detentor tem a coisa

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. INTRODUÇÃO AO INSTITUTO JURÍDICO DA POSSE Artigos a do Código Civil

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. INTRODUÇÃO AO INSTITUTO JURÍDICO DA POSSE Artigos a do Código Civil INTRODUÇÃO AO INSTITUTO JURÍDICO DA POSSE Artigos 1.196 a 1.203 do Código Civil 1. Conceito de posse Posse é o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio ou propriedade. Posse =

Leia mais

PONTO 1: Procedimentos Especiais 1. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS. 1.1 AÇÕES POSSESSÓRIAS Arts

PONTO 1: Procedimentos Especiais 1. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS. 1.1 AÇÕES POSSESSÓRIAS Arts 1 PROCESSO CIVIL PONTO 1: Procedimentos Especiais 1. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 1.1 AÇÕES POSSESSÓRIAS Arts. 920 933 Discute a posse, o fato jurídico posse. Protege aquele que um dia teve a posse do bem.

Leia mais

a) O possuidor tem direito à retenção por benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias.

a) O possuidor tem direito à retenção por benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias. 1) PROMOTOR/SP -2010 - MPSP - 87º CONCURSO (Civil, questão 51) 51. Marque a alternativa correta: (cód. Q70910) a) O possuidor tem direito à retenção por benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Jurisdição.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Jurisdição. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 20/03/2018). Jurisdição. Jurisdição é exercida pelo Estado e consiste na atribuição de resolver os conflitos sociais,

Leia mais

Ações Possessórias Interdito Proibitório.

Ações Possessórias Interdito Proibitório. EFEITOS DA POSSE Ações Possessórias Interdito Proibitório. A ação de interdito proibitório é uma medida preventiva de defesa contra violência iminente, ajuizada ante a ameaça de turbação ou esbulho na

Leia mais

Prática Jurídica II Aula 04. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Prática Jurídica II Aula 04. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Prática Jurídica II Aula 04 Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 O que é Posse? Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (II) Posse (3) Detenção:

Leia mais

5.6 Ações Trabalhistas Advindas da Relação de Emprego

5.6 Ações Trabalhistas Advindas da Relação de Emprego Dano moral individual o Competência Súmula nº 392 do TST - DANO MORAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 327 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

Leia mais

Direito Civil Direitos Reais Professor: Stanley Costa

Direito Civil Direitos Reais Professor: Stanley Costa AULA 05: Efeitos Processuais da Posse 1. Considerações iniciais; 2. Autotutela da posse; 3. Ações possessórias; 4. Ações afins às possessórias. UNIDADE II DA POSSE 1. Considerações Iniciais: As consequências

Leia mais

Dano moral Projeção processual Prof. Denis Donoso Denis Donoso

Dano moral Projeção processual Prof. Denis Donoso Denis Donoso Dano moral Projeção processual Prof. Denis Donoso Denis Donoso Parte I Dano moral Âmbito material (brevíssima revisão) Responsabilidade civil Elementos geradores da responsabilidade civil. Dano e suas

Leia mais

OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS I

OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS I OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS I ARMINDO DE CASTRO JÚNIOR E-mail: armindocastro@uol.com.br Homepage: www.armindo.com.br Facebook: Armindo Castro Celular: (82) 9143-7312 DIREITO DA PROPRIEDADE O quê é direito de

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESUAL CIVIL. Novidade trazida com o NCPC em relação a ação rescisória:

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESUAL CIVIL. Novidade trazida com o NCPC em relação a ação rescisória: CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Batista Cáceres ATENÇÃO: Novidade trazida com o NCPC em relação a ação rescisória: Atualmente a ação rescisória poderá

Leia mais

ÍNDICE GERAL ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS APRESENTAÇÃO DA 19ª EDIÇÃO PREFÁCIO EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

ÍNDICE GERAL ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS APRESENTAÇÃO DA 19ª EDIÇÃO PREFÁCIO EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ÍNDICE GERAL ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS APRESENTAÇÃO DA 19ª EDIÇÃO PREFÁCIO EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO LEGISLAÇÃO ESPECIAL SÚMULAS DOS TRIBUNAIS

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts a do CC

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts a do CC NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts. 1.228 a 1.276 do CC 1. Conceito de propriedade Propriedade é o direito que uma pessoa tem, respeitadas as normas limitativas, de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. (Aula 07/05/2018) Posse.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. (Aula 07/05/2018) Posse. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (Aula 07/05/2018) Posse. Classificação. 3- Posse de boa-fé e de má-fé. Boa-fé quando o possuidor

Leia mais

DECISÃO. Vistos, etc.

DECISÃO. Vistos, etc. PROCESSO Nº: 0801616-66.2014.4.05.8000 - INTERDITO PROIBITÓRIO AUTOR: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE ALAGOAS - IF/AL RÉU: SINDICATO NACIONAL DOS SERV.FEDERAIS DA EDUCACAO BASICA

Leia mais

DIREITO DAS COISAS POSSE DEFESA DA POSSE. PROF. Diogo de Calasans Melo Andrade

DIREITO DAS COISAS POSSE DEFESA DA POSSE. PROF. Diogo de Calasans Melo Andrade 1 DIREITO DAS COISAS POSSE DEFESA DA POSSE PROF. Diogo de Calasans Melo Andrade DIREITO DAS COISAS 2 Conceito: Clóvis: "Complexo das normas reguladoras das relações jurídicas - referentes às coisas suscetíveis

Leia mais

PÓS - GRADUAÇÃO LEGALE

PÓS - GRADUAÇÃO LEGALE PÓS - GRADUAÇÃO LEGALE 2 Na nova dinâmica do CPC, deixou de existir a ação cautelar que agora faz parte do processo de conhecimento como tutela. A liminar foi mantida principalmente nos procedimentos especiais

Leia mais

Direitos Reais. Posse: direito de retenção; responsabilidade pelos danos causados à coisa;

Direitos Reais. Posse: direito de retenção; responsabilidade pelos danos causados à coisa; TEMA 11: POSSE EMENTÁRIO DE TEMAS: Posse: direito de retenção; responsabilidade pelos danos causados à coisa; LEITURA OBRIGATÓRIA CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald.

Leia mais

CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE. Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Comarca de...

CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE. Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Comarca de... CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Comarca de... Proc.n.º... (nome, qualificação, endereço e n.º do CPF), nos autos em epígrafe, de ação de imissão de posse requerida

Leia mais

Ações Possessórias. Márcio Olmo Cardoso 1 INTRODUÇÃO

Ações Possessórias. Márcio Olmo Cardoso 1 INTRODUÇÃO 216 Ações Possessórias INTRODUÇÃO Márcio Olmo Cardoso 1 Quando se fala em posse, é preciso destacar que a primeira teoria a respeito do assunto consagrava que para ter a posse era necessário que a pessoa

Leia mais

ROGÉRIO MARRONE DE CASTRO SAMPAIO

ROGÉRIO MARRONE DE CASTRO SAMPAIO ROGÉRIO MARRONE DE CASTRO SAMPAIO É juiz de Direito, exercendo, atualmente, o cargo de juiz assessor da 4ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Mestre em Direito Civil pela Universidade

Leia mais

DECISÃO. (Fundamentação legal: artigo 557, caput, do CPC)

DECISÃO. (Fundamentação legal: artigo 557, caput, do CPC) TRIBUNAL DE JUSTIÇA DÉCIMA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0048175-69.2013.8.19.0000 Agravante: DIBENS LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL (autora) Agravado: JOSÉ LUIS DA SILVA (réu) Relatora: Desembargadora

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (21/06/2018). Ação rescisória.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (21/06/2018). Ação rescisória. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (21/06/2018). Ação rescisória. Ação rescisória é uma força de ataque e tem julgado monocrático ou colegiado com poder

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA TUTELA CAUTELAR

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA TUTELA CAUTELAR TUTELA CAUTELAR Artigo 305 ao 310 do Código de Processo Civil 1 1. Conceito de tutela cautelar Espécies de tutela provisória cautelar 1. Tutela provisória cautelar em caráter antecedente (Artigos 303,

Leia mais

AÇÕES IMOBILIÁRIAS. As ações possessórias tem por finalidade a interdição da violência e preservação da paz social.

AÇÕES IMOBILIÁRIAS. As ações possessórias tem por finalidade a interdição da violência e preservação da paz social. Prof. Sang Duk Kim TURMAS 14 e 04 (on-line) 12/04/2018 AÇÕES IMOBILIÁRIAS. Ações Possessórias. As ações possessórias tem por finalidade a interdição da violência e preservação da paz social. Suas principais

Leia mais

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo DIREITO CIVIL V DA POSSE DA POSSE 1. Conceito: Não há conceito de posse Art. 1196. Posse é um fato DAS TEORIAS DA POSSE TEORIA SUBJETIVA DE SAVIGNY Posse corpus + ânimus domini Corpus - Apreensão física

Leia mais

Direitos Reais. Posse: objeto; desdobramento da posse; composse

Direitos Reais. Posse: objeto; desdobramento da posse; composse AULA 4: POSSE EMENTÁRIO DE TEMAS: Posse: objeto; desdobramento da posse; composse LEITURA OBRIGATÓRIA CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen

Leia mais

ARRESTO DE EMBARCAÇÕES

ARRESTO DE EMBARCAÇÕES ARRESTO DE EMBARCAÇÕES VII CONGRESSO NACIONAL DE DIREITO MARÍTIMO, PORTUÁRIO E ADUANEIRO IV SIMPÓSIO DE DIREITO MARÍTIMO E PORTUÁRIO Alessander Lopes Pinto alessander@lplaw.com.br O ARRESTO DE EMBARCAÇÕES

Leia mais

SUMÁRIO SOBRE OS AUTORES E COLABORADOR... 5

SUMÁRIO SOBRE OS AUTORES E COLABORADOR... 5 Sumário SUMÁRIO SOBRE OS AUTORES E COLABORADOR... 5 LIVRO I DO PROCESSO DE CONHECIMENTO... 17 Título I Da jurisdição e da ação... 17 Ê ÊCapítulo I Da jurisdição... 17 Ê ÊCapítulo II Da ação... 22 Título

Leia mais

CPC adota TEORIA ECLÉTICA DA AÇÃO. Que parte de outras duas teorias: b) concreta: sentença favorável. Chiovenda: direito potestativo.

CPC adota TEORIA ECLÉTICA DA AÇÃO. Que parte de outras duas teorias: b) concreta: sentença favorável. Chiovenda: direito potestativo. 1 PROCESSO CIVIL PONTO 1: CONDIÇÕES DA AÇÃO PONTO 2: CÓDIGO REFORMADO - TEORIA DA AÇÃO DOUTRINA PROCESSUAL CONTEMPORÂNEA PONTO 3: RESPOSTA DO RÉU PONTO 4: CONTESTAÇÃO 1. CONDIÇÕES DA AÇÃO ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

Leia mais

Ação Monitória. Mattos, Raquel Monteiro Calanzani de. Ação monitória / Raquel Monteiro Calanzani de Mattos. Varginha, slides.

Ação Monitória. Mattos, Raquel Monteiro Calanzani de. Ação monitória / Raquel Monteiro Calanzani de Mattos. Varginha, slides. Ação Monitória M435a Mattos, Raquel Monteiro Calanzani de. Ação monitória / Raquel Monteiro Calanzani de Mattos. Varginha, 2015. 24 slides. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de Acesso: World

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 12a edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 12a edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25 Sumário Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 12a edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Capítulo I Direitos reais... 31 1. conceito... 32 2. características fundamentais

Leia mais

sumário 1.4. Características dos direitos reais Situações peculiares Da posse Introdução ao estudo do tema...

sumário 1.4. Características dos direitos reais Situações peculiares Da posse Introdução ao estudo do tema... sumário Parte I - DIREITO DAS COISAS 1. Introdução ao direito das coisas... 17 1.1. Conceito e alcance... 17 1.2. Direitos reais e direitos pessoais... 19 1.3. Constituição e transmissão dos direitos reais...

Leia mais

GEORGIOS ALEXANDRIDIS

GEORGIOS ALEXANDRIDIS GEORGIOS ALEXANDRIDIS Leiloeiro Oficial do Estado de São Paulo e Advogado Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP (2016) Mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP (2008) Especialista

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO ESTADO DO PARANÁ

PODER JUDICIÁRIO ESTADO DO PARANÁ Autos nº. 0005906-13.2016.8.16.0026 DECISÃO 1. Trata-se de ação possessória em que houve o pedido liminar de interdito proibitório. Aduz o requerente, em suma, que coproprietário de um imóvel mantido em

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana (10/10/2018). Ação Monitória.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana (10/10/2018). Ação Monitória. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana (10/10/2018). Ação Monitória. Conceito: a ação monitória possibilita ao credor que afirmar, com

Leia mais

Direito Civil - Reais

Direito Civil - Reais 0 Direito Civil - Reais Aula 01 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos

Leia mais

04/02/2019. Denis Domingues Hermida CONFLITO DE INTERESSES QUALIFICADO POR UMA PRETENSÃO RESISTIDA

04/02/2019. Denis Domingues Hermida CONFLITO DE INTERESSES QUALIFICADO POR UMA PRETENSÃO RESISTIDA TEORIA GERAL DO PROCESSO aula 2 Tema: LIDE E OS MEIOS DE SOLUÇÃO Denis Domingues Hermida I LIDE CONFLITO DE INTERESSES QUALIFICADO POR UMA PRETENSÃO RESISTIDA PRETENSÃO: Uma parte entende que, em razão

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 13ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 13ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25 Sumário Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 13ª edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Capítulo I Direitos reais... 31 1. Conceito... 32 2. Características fundamentais

Leia mais

Aula 117. Tutela provisória (Parte VIII):

Aula 117. Tutela provisória (Parte VIII): Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: ação autônoma do art. 304, CPC. Procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente. Tutela de evidência / 117 Professor:

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. PETIÇÃO INICIAL CÍVEL Artigo 319 do Código de Processo Civil

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. PETIÇÃO INICIAL CÍVEL Artigo 319 do Código de Processo Civil PETIÇÃO INICIAL CÍVEL Artigo 319 do Código de Processo Civil 1. Conceito de Petição Inicial Art. 319 do CPC 2. Requisitos da Petição Inicial a) Endereçamento b) Qualificação das partes c) Fato e fundamentos

Leia mais

GEORGIOS ALEXANDRIDIS

GEORGIOS ALEXANDRIDIS GEORGIOS ALEXANDRIDIS Leiloeiro Oficial do Estado de São Paulo e Advogado Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP (2016) Mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP (2008) Especialista

Leia mais

PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS

PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS Sumário 1 Jurisdição 1.1 Introdução 1.2 Conceito e características 1.3 Divisão da jurisdição 1.4 Organização judiciária 2 Direito Processual Civil PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS 2.1 Conceito e delimitação

Leia mais

Pratica I 7º semestres AULA 08 Ações Possessórias

Pratica I 7º semestres AULA 08 Ações Possessórias AULA 08 Ações Possessórias Conceitos : ESBULHO: Violação máxima da posse, em que o autor da ação se vê privado de toda a posse que poderia exercer. O legitimado ativo é o possuidor esbulhado, que requererá

Leia mais

Direito do Promitente Comprador

Direito do Promitente Comprador Direito do Promitente Comprador Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Associado Antonio Carlos Morato Direito do Promitente Comprador Decreto-Lei nº

Leia mais

Autor: BANCO ITAÚ UNIBANCO S/A Réu: SINDICATO DOS EMPREGADOS DOS ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE CAMPINA GRANDE E REGIÃO. DECISÃO

Autor: BANCO ITAÚ UNIBANCO S/A Réu: SINDICATO DOS EMPREGADOS DOS ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE CAMPINA GRANDE E REGIÃO. DECISÃO Interdito Proibitório Autor: BANCO ITAÚ UNIBANCO S/A Réu: SINDICATO DOS EMPREGADOS DOS ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE CAMPINA GRANDE E REGIÃO. DECISÃO O Autor, Banco BANCO ITAÚ UNIBANCO S/A, já qualificado

Leia mais

Página 4 16 Trata se de resposta aos embargos à execução em que se aduz essencialmente a falta de capacidade postulatória.

Página 4 16 Trata se de resposta aos embargos à execução em que se aduz essencialmente a falta de capacidade postulatória. Página 1 1 Contestação à ação de despejo por falta de pagamento, em que o réu alega falta de interesse de agir do autor, visto que, em havendo título executivo a via adequada não é a ação de conhecimento.

Leia mais

Sumário. Capítulo 1 A Situação Concreta Exposição da Situação Concreta e de suas mais de 50 Petições Vinculadas...1

Sumário. Capítulo 1 A Situação Concreta Exposição da Situação Concreta e de suas mais de 50 Petições Vinculadas...1 Sumário Capítulo 1 A Situação Concreta... 1 1.1. Exposição da Situação Concreta e de suas mais de 50 Petições Vinculadas...1 Capítulo 2 Petições Cíveis: Procedimento Comum... 7 2.1. Petição Inicial...7

Leia mais

Ação de Repetição do indébito

Ação de Repetição do indébito Ação de Repetição do indébito RUBENS KINDLMANN O que é? A Ação de Repetição do indébito está prevista no art. 165 do CTN e é cabível toda vez que o sujeito passivo tiver realizado um pagamento indevido

Leia mais

Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS

Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS 1 Jurisdição 1.1 Introdução 1.2 Conceito e características 1.3 Divisão da jurisdição 1.4 Organização judiciária 2 Direito Processual Civil 2.1 Conceito e delimitação

Leia mais

13/02/2019 AULA 3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS. Denis Domingues Hermida. a) Possibilidade de concessão liminar

13/02/2019 AULA 3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS. Denis Domingues Hermida. a) Possibilidade de concessão liminar PROCESSO CIVIL V AULA 3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS Denis Domingues Hermida I CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS a) Possibilidade de concessão liminar b) Sumariedade da cognição

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO DA EDIÇÃO ATUALIZADA LEI 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991

ÍNDICE SISTEMÁTICO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO DA EDIÇÃO ATUALIZADA LEI 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991 ÍNDICE SISTEMÁTICO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO DA EDIÇÃO ATUALIZADA LEI 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991 TÍTULO I DA LOCAÇÃO Capítulo I Disposições Gerais Seção I Da Locação em Geral Contrato de locação Conceito

Leia mais

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS AÇÃO MONITÓRIA DA AÇÃO MONITÓRIA Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de

Leia mais

DUPLICATA Lei n /68. Título de crédito causal, facultativamente emitido pelo vendedor com base em fatura representativa de compra e venda

DUPLICATA Lei n /68. Título de crédito causal, facultativamente emitido pelo vendedor com base em fatura representativa de compra e venda DUPLICATA Lei n. 5.474/68 Título de crédito causal, facultativamente emitido pelo vendedor com base em fatura representativa de compra e venda Estrutura Clássica SACADOR SACADO Emitido pelo credor ou

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (II) Posse (6) Classificação

Leia mais

Plano de ensino de Direito Civil II do primeiro e segundo semestre de 1983:

Plano de ensino de Direito Civil II do primeiro e segundo semestre de 1983: Plano de ensino de Direito Civil II do primeiro e segundo semestre de 1983: Créditos: 03 Carga horária: 90 Teoria Geral das Obrigações Obrigações. Conceito. Evolução. Distinção entre direitos obrigacionais

Leia mais

M.ÁRIO STJ PARTE I INFORMACÓES NECESSÁRIAS PARA UMA SEGURA POSTULAçAO EM JUizo 1. INTRODUÇÃO 21

M.ÁRIO STJ PARTE I INFORMACÓES NECESSÁRIAS PARA UMA SEGURA POSTULAçAO EM JUizo 1. INTRODUÇÃO 21 STJ00078574 M.ÁRIO PARTE I INFORMACÓES NECESSÁRIAS PARA UMA SEGURA POSTULAçAO EM JUizo 1. INTRODUÇÃO 21 2. DA SOLUÇÃO DOS L1TiGIOS PERANTE O JUDICIÁRIO 23 2.1 Estrutura jurisdicional brasileira... 23 2.2

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 9ª edição) Prefácio Apresentação Introdução Referências Introdução...

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 9ª edição) Prefácio Apresentação Introdução Referências Introdução... Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 9ª edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Referências Introdução... 29 Capítulo I Direitos reais... 31 1. Conceito... 31 2. Características

Leia mais

Material Teórico. Direito das Coisas. Posse e Propriedade. Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa. cod CoisasCDSG1701_ a01

Material Teórico. Direito das Coisas. Posse e Propriedade. Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa. cod CoisasCDSG1701_ a01 Material Teórico Direito das Coisas Posse e Propriedade Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa cod CoisasCDSG1701_ a01 1 Conceito É o conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes

Leia mais

AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Rubens Kindlmann

AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Rubens Kindlmann AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO Rubens Kindlmann O que é? A Ação de Repetição do indébito está prevista no art. 165 do CTN e é cabível toda vez que o sujeito passivo tiver realizado um pagamento indevido

Leia mais

Jurisprudência Mineira Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - TJMG

Jurisprudência Mineira Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - TJMG Jurisprudência Mineira Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - TJMG Enumera-se abaixo, entendimento jurisprudencial exarado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, onde, em ações em

Leia mais

DIREITO DAS COISAS. Beatis Possidendis

DIREITO DAS COISAS. Beatis Possidendis P á g i n a 1 Professor Durval Salge Junior DIREITO DAS COISAS Beatis Possidendis Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes

Leia mais

Direitos Reais. CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris, 2010.

Direitos Reais. CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris, 2010. TEMA 12: POSSE EMENTÁRIO DE TEMAS: Posse: proteção possessória; ações possessórias LEITURA OBRIGATÓRIA CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen

Leia mais

Autos n

Autos n Autos n 001453-64.2017.8.16.0179 1. Trata-se de Interdito Proibitório movido por MUNICÍPIO DE CURITIBA em face do MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST), DEMAIS MOVIMENTOS e indivíduos que

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 14ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 14ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25 Sumário Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 14ª edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Capítulo I Direitos reais... 31 1. Conceito... 32 2. Características fundamentais

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 16 Da sentença e da coisa julgada. Dos elementos e dos efeitos da sentença. Da remessa necessária. Do julgamento das ações relativas às prestações de fazer, de não fazer e de entregar coisa. Da coisa

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Mandado de Segurança Bernardo Santana Alves Nascimento* Conceito e modalidades do Mandado de Segurança, sem deixar de lado o direito liquido e certo e a possibilidade de pedido liminar

Leia mais

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.126

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.126 A assinatura do autor por MAGNUS VENICIUS ROX:8172 é inválida APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.126.336-8, DA 6ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA APELANTE :

Leia mais

É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais.

É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais. DIREITO DAS COISAS É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais. Posse Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de

Leia mais

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO...

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... Sumário PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... 19 1. JURISDIÇÃO... 19 1.1. Conceito de jurisdição... 19 1.2. Princípios da jurisdição... 19 1.2.1. Investidura... 19 1.2.2. Indelegabilidade... 20 1.2.3.

Leia mais

PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA MÓDULOS 22 PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA Artigo 719 do Código de Processo Civil A jurisdição voluntária exerce uma função de administração pública de interesses privados exercida pelo Poder Judiciário.

Leia mais

TEMA 11: DIREITO DOS CONTRATOS: CONTRATOS EM ESPÉCIE

TEMA 11: DIREITO DOS CONTRATOS: CONTRATOS EM ESPÉCIE TEMA 11: DIREITO DOS CONTRATOS: CONTRATOS EM ESPÉCIE EMENTÁRIO DE TEMAS: Contratos em Espécie: Compra e Venda. LEITURA OBRIGATÓRIA CHAVES, Cristiano. Contratos. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 3ª

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 23/11/2017). Classificação da posse e espécies. 1- Posse direta e indireta. Direta A posse pode ser desmembrada

Leia mais

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS... 1 1.1 Conceito de Direito das Coisas. A questão terminológica... 1 1.2 Conceito de direitos reais. Teorias justificadoras e caracteres. Análise preliminar

Leia mais

PROCESSO CIVIL 1. PEDIDO

PROCESSO CIVIL 1. PEDIDO 1 PROCESSO CIVIL PONTO 1: Pedido PONTO 2: Espécies de Pedido PONTO 3: O Pedido e as Prestações Periódicas PONTO 4: Obrigação Indivisível PONTO 5: Cumulação de Pedidos PONTO 6: Interpretação do Pedido PONTO

Leia mais

Ações de locação e o novo CPC

Ações de locação e o novo CPC Ações de locação e o novo CPC ANSELMO PRIETO ALVAREZ Procurador do Estado de São Paulo; Mestre e Doutor em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da (PUC/SP); Pós-doutor pela Universidade de

Leia mais

Cód. Barras: STJ (2013) SUMÁRIO PARTE I TEORIA GERAL DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

Cód. Barras: STJ (2013) SUMÁRIO PARTE I TEORIA GERAL DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Cód. Barras: STJ00095844 (2013) SUMÁRIO APRESENTAÇAoÀ1. a EDIÇAo... 5 PARTE I TEORIA GERAL DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 1. PROCEDIMENTO COMUM: A ORIGEM DO "PROBLEMA"... 19 2. A RESISTÊNCIA AOS PROCEDIMENTOS

Leia mais

PROVIDÊNCIAS JURÍDICAS

PROVIDÊNCIAS JURÍDICAS PROVIDÊNCIAS JURÍDICAS São também chamadas e conhecidas por remédios jurídicos. As sete providências jurídicas a seguir enumeradas, são asseguradas a toda e qualquer pessoa dentro do território nacional

Leia mais

Processo Civil. Tutela Executiva, Tutelas de Urgência e Procedimentos Especiais. ProcessoCivil_vol_8.indb 3 28/10/ :00:15

Processo Civil. Tutela Executiva, Tutelas de Urgência e Procedimentos Especiais. ProcessoCivil_vol_8.indb 3 28/10/ :00:15 8 Processo Civil Tutela Executiva, Tutelas de Urgência e Procedimentos Especiais 2016 ProcessoCivil_vol_8.indb 3 28/10/2015 18:00:15 capítulo 1 EXECUÇÃO Leia a lei: Arts. 566 e seguintes do CPC. 1.1 Noções

Leia mais