PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC-SP) Programa de Estudos Pós-graduados em Serviço Social. Selma Maria de Assis

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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC-SP) Programa de Estudos Pós-graduados em Serviço Social Selma Maria de Assis O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NOS SERVIÇOS PÚBLICOS Mestrado em Serviço Social São Paulo 2011

2 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC-SP) Programa de Estudos Pós-graduados em Serviço Social Selma Maria de Assis O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NOS SERVIÇOS PÚBLICOS Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo como exigência parcial para a obtenção de Título de Mestre em Serviço Social sob a orientação da Professora Doutora Maria Lúcia Martinelli. São Paulo 2011

3 BANCA EXAMINADORA

4 A todos (as) que, ao longo de suas vidas, se dedicam a livrar o homem de toda forma de opressão seja ela pela falta de acesso à informação, à educação, ao trabalho, de caráter religioso, à segregação, ao racismo, à homofobia, ou seja, a toda forma de limitação do homem pelo homem. Enfim, àqueles que fazem de sua vida o exercício pleno do amor ao próximo, pois, para mim, não existe prova de amor maior, do que permitir ao outro ser livre, ser a mais pura expressão de si mesmo, e viver com dignidade. Á minha mãe, Maria de Assis Mendes, que dedicou sua vida a amar plenamente seus filhos.

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6 AGRADECIMENTOS A Deus, pela vida e pela oportunidade de estar onde estou, realizando este trabalho. Ao meu pai, por me apoiar e incentivar a buscar os estudos. À minha família, meus irmãos e irmãs, por estarem sempre por perto em todos os momentos. Aos amigos, pelo apoio e incentivo. À querida Professora Orientadora Maria Lúcia Martinelli, que me mostrou que o rigor acadêmico pode ser exercido com respeito, carinho e com valorização das subjetividades de cada aluno. Suas contribuições foram importantes para a minha vida profissional e pessoal. Às companheiras e companheiros de trabalho do Centro Comunitário do Alto da Ponte, que me apoiaram em todos os momentos, principalmente naqueles em que estive ausente devido aos estudos. À Professora Maria Carmelita Yazbek, pelas contribuições teóricas que foram essenciais para o desenvolvimento da minha dissertação. À Professora Maria Lúcia Carvalho, pela generosidade, simplicidade e a partilha de conhecimentos, você também é parte deste trabalho.

7 À Professora Elza Koumrouyan, pela disponibilidade e as contribuições no processo de qualificação e construção da minha pesquisa. A Maria Conceição Silva, Ana Carla Meirelles Roberto e Lindamar Faermann, que me incentivaram, estimularam e apoiaram em minha vinda para a PUC e na realização do curso de mestrado. A Ana Lúcia de Barros Silva, grande companheira de curso e de viagem a São Paulo, vivemos muitas emoções nesse percurso. A Maria Quitéria de Freitas, por viabilizar a minha liberação pela Secretaria de Desenvolvimento Social. A Vanessa Fortes, pela atenção, compreensão e apoio para a minha liberação no local de trabalho, Centro Comunitário do Alto da Ponte. A Fernanda de Castilho Rodrigues, pela grande ajuda na formatação e digitação do trabalho. Aos alunos, companheiros de curso. Não posso citar nomes, pois cada um, em sua particularidade, me trouxe contribuições que enriqueceram minha discussão, e minha vida pessoal.

8 RESUMO Título: O Processo de Terceirização do Trabalho do Assistente Social nos Serviços Públicos Autora: Selma Maria de Assis Esta dissertação de mestrado estuda as transformações sociais vividas na Brasil e no mundo a partir da década de 1970 e sua influência no mundo do trabalho, principalmente no fenômeno da terceirização na esfera pública, em especial na relação estabelecida entre os assistentes sociais contratados pela Fundação Hélio Augusto de Souza (Fundhas) e que são cedidos para trabalhar na Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) da Prefeitura do Município de São José dos Campos (SP). O propósito deste trabalho é explicitar como as transformações decorrentes do capital globalizado afetam a gestão do trabalho, nas empresas e no âmbito do Estado, que busca diminuir sua atuação e passa a terceirizar parte de seus serviços. Contextualiza os cenários contemporâneos da crise a partir da década de 1970, em especial o Golpe Militar de 1964, que trouxe várias implicações para a sociedade brasileira e, em especial, no serviço social que passa a atuar em bases teóricas críticas. Explicita como a terceirização se torna um ajuste para o capital neoliberal obter mais lucros, os indicadores de precarização, e suas implicações nas identidades dos profissionais, e, na esfera pública, como a Prefeitura do Município de São José dos Campos tem se utilizado dessa forma de contratação, na SDS e a repercussão dessa relação nas identidades profissionais e no trato com a população. O conhecimento dessa nova forma de contrato de trabalho se faz necessário para que não se caia nas tramas complexas de alienação/coisificação do trabalhador com o conhecimento de que somos profissionais inseridos na divisão social do trabalho e na totalidade do processo social. Palavras-Chave: Prática profissional. Trabalho. Terceirização. Identidade.

9 ABSTRACT This dissertation aims to conduct a study on the social changes experienced in Brazil and the world from the 70s and its influence in the changing world of work, focusing on the phenomenon of outsourcing in the public sphere, particularly in relation established among social workers employed by Foundation Helio Augusto de Souza (Fundhas), and are assigned to work in the Social Development Secretariat (SDS) of the Municipality of São José dos Campos The purpose of this paper is to explain how the changes resulting from global capital affect labor management in enterprises and within the state that seeks to reduce its operations and is to outsource part of their service. We seek to contextualize the contemporary settings of the crisis from the 70's, especially the military coup of 1964, which brought several implications for the Brazilian society and especially in social service who sought the re-conceptualization. We seek to explain how outsourcing becomes an adjustment to neoliberal capital more profits, the indicators of precariousness and its implications on the identities of professional and public sphere as the City of São José dos Campos has used this form of recruitment, the Ministry of Social Development and the repercussions of this relation in the professional identities and in dealing with the population. The knowledge of this vicious new form of employment contract, it is necessary not to fall in the complex plots of alienation / reification of the worker with the knowledge that professionals are inserted in the social division of labor and total social process. Keyword: Professional practice. Work. Outsourcing. Identity.

10 LISTA DE ABREVIATURAS CIBs = Comissões Intergestores Bipartite CIT = Comissões Intergestores Tripartite CLT = Consolidação das Leis do Trabalho CNAS = Conselho Nacional da Assistência Social CNPq = Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Dieese = Departamento Intersindical de Estudos Econômicos Sociais e Estatísticos DOU = Diário Oficial da União FGTS = Fundo de Garantia do Tempo de Serviço Fundhas = Fundação Hélio Augusto de Souza IBGE = Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INSS = Instituto Nacional de Seguro Social Loas = Lei Orgânica da Assistência Social MDS = Ministério do Desenvolvimento Social MTe = Ministério do Trabalho e Emprego Munic = Pesquisa de Informações Básicas Municipais NOB = Norma Operacional Básica NOB-RH = Norma Operacional Básica de Recursos Humanos

11 OIT = Organização Internacional do Trabalho ONGs = Organizações Não Governamentais Oscips = Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público OSs = Organizações da Sociedade Civil Pnad = Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio PNAS = Plano Nacional da Assistência Social SDS = Secretaria de Desenvolvimento Social Seade = Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Suas = Sistema Único da Assistência Social

12 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Mapa do município e divisas distritais FIGURA 2 Mapa da posição e extensão do município FIGURA 3 Mapa das regiões administrativas FIGURA 4 Mapa das regiões geográficas FIGURA 5 Mapa da região norte... 40

13 LISTA DE TABELAS TABELA 1 População do município de São José dos Campos TABELA 2 Comparativo entre número de funcionários efetivos e CLT TABELA 3 A legislação sobre terceirização no Brasil... 74

14 LISTA DE FOTOGRAFIA FOTO 1 Equipe técnica da região norte do Centro Comunitário do Alto da Ponte 38

15 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 - BREVE CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Indústrias e centro de compras Fundação Hélio Augusto de Souza (Fundhas): a instituição empregadora Secretaria de Desenvolvimento Social SDS : o local de trabalho Capítulo 2 CENÁRIOS CONTEMPORÂNEOS DA CRISE - ORIGENS Revisitando a história do Brasil nos anos Transição dos anos 1990/ Indicadores de precarização Capítulo 3 TERCEIRIZAÇÃO: UM AJUSTE DO CAPITAL Marco Legal As diferentes formas de expressão da terceirização Contratos precarizados de trabalho e as repercussões nas identidades profissionais e no trato com a população CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS... 95

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17 14 INTRODUÇÃO Na presente dissertação, trabalhamos com a temática da terceirização como forma de precarização do trabalho. Esse tema vem ao encontro de minha experiência profissional como assistente social concursada na Fundação Hélio Augusto de Souza (Fundhas), localizada no Município de São José dos Campos, São Paulo, e contratada em 2005 mas cedida, desde então, para trabalhar na Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) do município. Como parte de uma equipe de 32 técnicos, vivenciando o mesmo cotidiano de trabalho, encontramos desafios profissionais inerentes a essa condição, em relação aos outros técnicos que possuem vínculo de trabalho efetivo, à chefia imediata, à direção da SDS e em relação à população atendida, visto que esse estado causa um rebatimento na ação direta com a população, pois a falta de autonomia, de fé pública nos coloca em situações em que não podemos dar resposta a algumas demandas apresentadas por essa população. Diante dessa complexa situação, indagações surgiram em nossa prática cotidiana: A terceirização precariza o trabalho? A terceirização reforça e cria estruturas ainda mais complexas de alienação/coisificação? Como esse processo repercute na identidade profissional e no cotidiano? Foi em busca de respostas para essas indagações que realizamos a pesquisa. Martinelli (1995) afirma que a identidade profissional, (...) não pode ser pensada como algo fixo, imóvel, estagnado e petrificado. Era preciso visualizá-la sempre como uma categoria essencialmente dinâmica, construindo-se permanentemente no confronto com as contradições do real e em meio às determinações sociais. Tempo e

18 15 movimento configuravam, então, variáveis intrinsecamente relacionadas com a construção da identidade, o que tornava impossível aprisioná-la em esquemas rígidos e imutáveis, ou mesmo apreendê-la apenas a partir de sua representação aparente (p.17). E, como ainda diz, sabiamente, Martinelli (1995), Assim, refletindo um pouco sobre a dialética da escolha e perguntando-me se eu escolhera realmente aquela temática ou se ela é que me havia escolhido, resolvi assumi-la criticamente (...) (p.16) A partir daí, iniciamos nossas reflexões sobre a situação posta em nossa prática diária. No Capítulo 1 apresentamos o Município de São José dos Campos, realizando uma breve caracterização da cidade. Apresentamos a instituição que é nossa empregadora, a Fundhas, e o local onde atuamos, qual seja, a SDS. Realizamos a análise institucional à luz de uma consciência crítica para compreendermos a dinâmica do local e as forças políticas implícitas. No Capítulo 2, contextualizamos, ao longo do percurso teórico, os cenários das crises capitalistas desde a década de 1970, quando o capital apresenta nova crise e busca, por meio de um novo arranjo, novas formas de exploração do lucro, com a abertura dos mercados internacionais, a desregulamentação do trabalho e a não intervenção estatal na economia. No Brasil, iniciamos o resgate histórico a partir da década de 1950, quando a industrialização no País dá um salto, em detrimento da abertura da economia para o capital estrangeiro, o milagre econômico, e o golpe militar de 1964, um evento

19 16 contundente da história do Brasil, e que até hoje é controverso, pois muitos segmentos, como os militares, até hoje o consideram uma revolução. Caracteriza-se como momento controverso, porque, por um lado, havia o Estado Militar autoritário, repressor, que se utiliza da coerção e da tortura para impor a sua ideologia e, por outro, a força dos movimentos estudantis, do movimento operário, e dos movimentos organizados da Igreja Católica, como as comunidades eclesiais de base, a juventude católica, e tantos outros. Nesse contexto da ditadura militar, que se inicia em 1964 e vai até a década de 1980, situamos como o serviço social se posiciona perante todo esse movimento da sociedade brasileira, e o marco na história do serviço social brasileiro O III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS) realizado em São Paulo em 1979 O Congresso da Virada, momento em que se buscou repensar as bases teóricas conservadoras em que se sustentava o trabalho. Abramides (2009), afirma, É nesse contexto que o processo de ruptura incide sobre a objetividade dos profissionais, em sua inserção nos espaços sócio-ocupacionais da profissão, na condição de trabalhador assalariado, partícipe do trabalho coletivo socialmente combinado, que vende a sua força de trabalho como todo trabalhador. De outro lado, esse processo recai sobre a subjetividade da categoria profissional que se manifesta em sua organização políticosindical, na formação e no exercício profissional e na representação estudantil, que imprime uma direção social à profissão, expressa no compromisso com os interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora. Debater a virada do Serviço Social Brasileiro, nos marcos da ruptura com o conservadorismo, passa por compreender o significado e o papel político das organizações sindicais da categoria a partir de (p )

20 17 Dando prosseguimento ao estudo dos cenários contemporâneos das crises, contextualizamos brevemente a década de 1990, quando, nos países denominados de terceiro mundo, inclusive no Brasil, a ofensiva neoliberal aporta com todo o seu arsenal. Segundo Mota (2009), (...) o processo de reestruturação produtiva (...) se intensifica sob o influxo da acumulação flexível e do modelo japonês o toyotismo quando a produtividade é potenciada pela implantação de formas diversas de subcontratação e terceirização da força de trabalho, além da descentralização das unidades de produção, cujas fábricas são transferidas para regiões sem tradição industrial. De certa forma, essas mudanças somente se tornam possíveis pela ofensividade do capital para construir outra subjetividade do trabalho (...) (p. 60) As transformações vividas no mundo do trabalho criam situações de precarização, as novas formas de organização e gestão da força de trabalho desequilibram até mesmo os setores que historicamente ofereciam estabilidade, como a esfera pública. O neoliberalismo trouxe em seu bojo o ideário da desconstrução do Estado. Tudo o que é estatal não é mais valorizado, vide a privatização de várias empresas estatais que ofereciam os serviços básicos, como energia elétrica, água, saneamento básico, e outros. Assistimos à terceirização de vários setores do Estado, em todas as esferas. Dados de pesquisas, como a Munic/IBGE, dão conta do aumento significativo das contratações por tempo determinado, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e outros informais. A terceirização no setor público ocorre com a justificativa de obter menores custos, uma vez que nesse setor não se pode falar em lucros, o discurso feito é em nome da eficiência e aumento da produtividade. Para os trabalhadores, os efeitos se

21 18 refletem na perda de direitos, salários e benefícios e, especialmente, no aumento do trabalho degradado. No Capítulo 3 focamos a terceirização e os arranjos do capital para a sua implementação, o marco legal que a institucionaliza e as possibilidades legais para conter os abusos. As diferentes formas de expressão dessa terceirização e seus impactos na vida do trabalhador e na sociedade. No item 3 desse capítulo destacamos os contratos precarizados de trabalho dos assistentes sociais da Fundhas, que são cedidos à SDS. Em questionário de entrevistas respondidos por quatro assistentes sociais,procuramos dar visibilidade a essa situação de precarização através do relato que fazem a respeito das implicações cotidianas no trato com a população e na construção de suas identidades profissionais. Ao final dessa trajetória, fica latente o que afirma Martinelli (1995) A ausência de movimento de construção de identidade fragiliza a consciência de seus agentes, impedindo-os de assumir coletivamente o sentido histórico da profissão. Assim, esta acaba por expressar e reproduzir a face do capitalismo, transformando-se em um de seus instrumentos de reprodução das relações sociais capitalistas. Nesta análise procura-se evidenciar a importância do vínculo entre a identidade profissional e a consciência social de seus agentes. Situando a consciência como uma categoria eminentemente histórica, social, que se constrói a partir do trabalho, da atividade produtiva material, e que está vinculada à consciência da posição social de determinado grupo na sociedade, indica-se o papel relevante que lhe cabe na marcha organizativa e no exercício profissional dos assistentes sociais. Intrinsecamente relacionada com a identidade, elemento fundante de todo o processo de apreensão e apropriação do real, é a consciência que se coloca na base da trajetória profissional, dando sentido à direção da caminhada, definindo as perspectivas da prática e suas estratégias. (p. 18)

22 19 Nossa intenção, com a realização deste trabalho, é compreender as novas articulações e engendramentos desse novo modelo de exploração do capital globalizado, e essa compreensão só se faz por meio do conhecimento do movimento da totalidade social.

23 20 CAPÍTULO 1 BREVE CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas orientados por religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados. Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Esse núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficava numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas. Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luís Antônio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

24 21 Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila, em 27 de julho de 1767, com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios, até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa. MAPA 1

25 22 Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente, já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas. Em 1924, foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do País, cujo atendimento era na sua maior proporção privado, sendo reservadas algumas vagas para atendimento de pacientes carentes. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climática e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial (Fonte:

26 Indústrias e centro de compras MAPA 2 O processo de industrialização de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) - hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) - e inauguração da Via Dutra, em Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização. A cidade vive um período de crescimento populacional acelerado, devido, sobretudo, à migração de pessoas de regiões

27 24 próximas, atraídas pelo ideário de desenvolvimento existente na sociedade da época, refletidos no crescimento da própria cidade. Em 1980, o quadro urbano do município sofre grande transformação, devido à intensa industrialização ocorrida nas décadas de 1960/70, ocasionada por fatores diversos e, principalmente, pela instalação da Refinaria Henrique Laje (Revap), bem como pela implantação de indústrias de grande porte, ocupando grandes áreas de expansão urbana. Desse modo, o processo de urbanização de São José dos Campos dá-se em patamares descontínuos. É uma cidade que, segundo os migrantes e imigrantes, proporciona fácil adaptação; seu desenvolvimento trouxe muitas pessoas à procura de emprego. No entanto, essas instâncias tecnológicas precisavam de mão de obra qualificada, e, assim, muitas dessas empresas não conseguiram preencher seus quadros com os profissionais da região, nem com os que vinham em busca de trabalho, pois nem sempre atendiam às demandas técnicas. Foi necessário estabelecer, em muitos casos, intercâmbio internacional e também produzir cursos técnicos que dessem conta de munir a mão de obra com qualificação específica para atender à necessidade das empresas instaladas no Município de São José dos Campos. Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passa por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, que atende a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais No atendimento social, observa-se um número grande de pessoas, que relatam ter saído de sua terra natal em busca de melhores condições de vida, em

28 25 sua maioria vindas de várias regiões do País, como Nordeste, Sul e Sudeste (principalmente Minas Gerais e Rio de Janeiro) e que, ao chegar à cidade, se deparam com a dura realidade. A assistência social na cidade é realizada pela prefeitura, através da SDS, bem como pelas entidades sociais conveniadas, dentre essas a Fundhas, uma autarquia da prefeitura que prioriza o trabalho com crianças e adolescentes do município. A Fundhas 1 é criada como resposta do governo municipal para a questão social da criança e do adolescente no município, pelo acolhimento e atendimento dos problemas ligados à infância e adolescência pobre e abandonada da cidade, resultante das contradições de seu desenvolvimento econômico (ROSSIM, 1997). São José dos Campos tem a marca da industrialização, em destaque, caracterizada pelas mudanças radicais na infra-estrutura econômica, gestada a partir da década de A supremacia da política econômica, que se evidencia através do beneficiamento das grandes indústrias promovido pela isenção fiscal, cessão de terrenos gratuitamente, créditos de longo prazo e juros negativos privilegia o processo de concentração de renda e fortalecimento da grande burguesia industrial, comercial, associada ao capital internacional. 1 Criada nos termos da Lei 3.227/87, de 28/4/1987, alterada pela Lei 6.428, de 20/11/2003, com personalidade jurídica privada, sendo que a Prefeitura de São José dos Campos é sua principal mantenedora. De acordo com o estatuto da Fundhas, o diretor-presidente é o representante da prefeitura. A Fundhas tem estatuto de secretaria municipal.

29 26 Burguesia, segmentos da classe trabalhadora e forças militares configuram a correlação de forças no município, com maior ou menor peso político, em cada época. Historicamente, a hegemonia política no município pertenceu às forças conservadoras. O fim do predomínio da burguesia agrário-comercial (1930) dá lugar a lideranças políticas que representavam a velha oligarquia, combinadas, a partir de 1964 até 1978, a representantes de forças militares, designados para o exercício do Executivo, prevalecendo essa aliança durante todo o período de transição agrárioindustrial. A instalação do CTA, uma área militar, amplia o papel do Estado na sociedade local. A cidade de São José dos Campos é excluída do processo de eleições diretas municipais, sob o pretexto de reafirmar sua condição de estância hidromineral, quando, na verdade, a preservação era de segurança nacional. Os governantes municipais eram nomeados pelo governo estadual. A cidade reconquista sua autonomia política em 1963, perdendo-a novamente em A participação de segmentos da classe trabalhadora dá-se sempre pela via da mobilização e organização sindical, articulando movimentos sociais. A Associação para a Defesa dos Trabalhadores (ADT), entidade criada por líderes sindicais, desempenha papel significativo no processo de organização popular no período pré (MINAMISAKO apud ROSSIM, 1997). O desenvolvimento industrial, o crescente fluxo migratório e a mobilização sindical determinaram o perfil de cidade de trabalhadores, contudo, sem a hegemonia política dessa classe. Fatores como industrialização, tecnologia, oferta

30 27 de mão de obra, conformaram as bases materiais das relações sociais que se constituíram sob o signo do trabalho e que acabaram por corresponder à sua valorização ideológica, escamoteando a força do capital. A configuração política do município esteve sempre sob o predomínio de forças conservadoras. Passa pela ditadura militar, seguida pela perspectiva de democratização e pelo fluxo e refluxo de forças contra-hegemônicas, de segmentos da classe trabalhadora. Apesar das forças contra-hegemônicas, o poder local caracteriza-se pela retomada constante do projeto conservador (ROSSIM, 1997). No final da década de 1980, São José dos Campos sofre sua pior fase industrial. Falências e fechamento de indústrias de grande porte, especialmente a crise da indústria bélico-aeronáutica, provocam desemprego de aproximadamente 30 mil trabalhadores de uma população máxima de 440 mil habitantes. TABELA 1: População do Município de São José dos Campos Região População Centro Norte Leste Sudeste Sul Oeste

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32 29 A Tabela 1 demonstra o número da população no município, por regiões administrativas, demonstrando as regiões mais populosas. (Fonte: O Mapa 3 apresenta a divisão das regiões administrativas do município sua extensão e localização, essa divisão também é utilizada no trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de São José dos Campos. Conforme Silva (2007), É uma cidade que, segundo os migrantes e imigrantes, proporciona fácil adaptação. Seu desenvolvimento trouxe muitas pessoas à procura de emprego. No entanto, essas instâncias tecnológicas precisam de mão de obra qualificada, e, assim, muitas dessas empresas não conseguiram preencher seus quadros com os profissionais da região, nem com os que vêm em busca de trabalho, pois nem sempre atendem às demandas técnicas. Foi necessário estabelecer em muitos casos intercâmbio internacional [...] é uma cidade com déficit habitacional bastante acentuado e com grandes conglomerados populacionais, vivendo em condições insalubres e de miserabilidade. (p. 30) O município representa um grande pólo tecnológico do País, mas a distribuição de renda não é justa, a desigualdade fica explícita quando se conhece a região periférica da cidade: são bairros distantes, sem nenhuma infraestrutura; as pessoas que adquirem os lotes nesses locais são enganadas pelos vendedores, pois em sua maioria são pessoas de pouco ou nenhum esclarecimento. Para serem atendidas em suas necessidades recorrem a bairros que possuem atendimento com os serviços básicos, como saúde, educação, assistência social.

33 Fundação Hélio Augusto de Souza (Fundhas) A Instituição Empregadora A Fundhas é criada a partir de uma perspectiva de autonomia técnicafinanceira, mas não política. Continuísmo e cristalização ideo-política caracterizaram a proposta institucional; prevenir ou reparar os males sociais é sua tarefa, através de métodos e técnicas que ajudem a provocar mudanças comportamentais dos indivíduos, com vistas à adaptação social (ROSSIM, 1997). Helio Augusto de Souza foi uma personalidade atuante no campo da política de atendimento á criança e ao adolescente no município de São José dos Campos, assistente social, foi professor universitário na Fundação Vale Paraibana de Ensino, em 1979 foi eleito vice- prefeito e assumiu a prefeitura após a renúncia do então prefeito Robson Marinho, vem a falecer em Devido seu envolvimento e sensibilidade quanto ás questões sociais do município em especial, á questão da criança e do adolescente a instituição recebe o seu nome. O Clubinho 2 e o Centro de Orientação Socioeducativa do Menor Trabalhador (Cosemt) 3 são os programas que antecederam a criação da Fundhas, e que trazem em suas atividades o objetivo de propiciar a adaptação social dos menores atendidos. 2 Fundado em 04/09/1972 com o objetivo de trabalhar com os menores desassistidos por suas famílias e a caminho da marginalidade, promovendo o convívio em grupos, educação moral e cívica, escolaridade, saúde, etc. (ROSSIM, 1997: 32) 3 Criado pelo Decreto-Lei 3.663, de 10/7/ Centro de Orientação Socioeducativa do Menor Trabalhador.

34 31 O Clubinho foi criado em 1973, para realizar a abordagem de menores que perambulavam pelas ruas da cidade, oferecendo-lhes atividades de recreação e orientação social. Com isso, pretendia-se tirar a criança da rua e prepará-la para o convívio social. A formação de atitudes hábitos pessoais e de conduta, convívio grupal e fortalecimento moral e o desenvolvimento de habilidades manuais e reflexivas apresentavam-se como condicionantes desse preparo para o convívio social e, por conseguinte, de seu ajustamento social. A perspectiva é de legitimação do modelo socioeconômico adotado, tendo como objetivo final a adaptação social dos indivíduos. O trabalho, enquanto inserção dos indivíduos no modo de produção apresenta-se como uma necessidade pessoal e social para o desenvolvimento também nesses dois níveis. (ROSSIM, 1997: 49) O Cosemt é criado com a proposta de atender crianças na faixa etária de 9 a 14 anos, com atividades de engraxate, artesanato, horta, e adolescentes com idades entre 14 a 18 anos, iniciando-os como varredores e a seguir promovendo-os para mensageiros e encaminhando-os para cursos profissionalizantes, A proposta de intervenção do Cosemt pautava-se por uma concepção de sociedade a partir de uma realidade considerada subdesenvolvida, em virtude de uma estrutura político-social desorganizada. Tal concepção é própria da época na qual o Estado de Segurança Nacional buscava maior estabilidade conjugada ao ideal desenvolvimentista. Os menores atendidos pelo Centro eram vistos como vítimas da falta de estrutura social, concebida como ausência de ocupação com atividades socialmente úteis e pessoalmente sadias, as quais a estrutura social não proporcionava (obstacularizada inclusive pela legislação vigente). A estrutura de vida dos menores, caracterizada pelo ócio, pela baixa aspiração pessoal e pela desestruturação familiar, colocava-os em vias de marginalização. (ROSSIM, 1997: 51) Justificavam-se as atividades de engraxate e varredor de ruas inicialmente com a possibilidade de promoção a mensageiros, como desenvolvimento de

35 32 potencialidade e da responsabilidade, pois começando por baixo a criança deveria procurar, por mérito pessoal, galgar posições mais altas na hierarquia ocupacional, ou seja, uma perspectiva de ascensão. A criação da Fundhas significou autonomia técnica e financeira para a instituição, ampliando sua área de abrangência, possibilitando a realização de estudos e pesquisas, formação de pessoal, articulação com entidades, celebração de convênios, cooperação técnica e de material. (Estatuto da Fundhas anexo ao Decreto 6.966/90). (...) essa herança histórica permitenos identificar na proposta institucional, pelo seu processo de constituição e desenvolvimento, a persistência de um mesmo projeto, balizado pelos vetores socioeconômico-político e técnico-profissional. (ROSSIM,1997: 57) 1.3 Secretaria de Desenvolvimento Social O Local de Trabalho O trabalho social na Prefeitura do Município de São José dos Campos tem início em 1969, com o Departamento Municipal de Bem-Estar Social (Debens), criado por Projeto de Lei Municipal elaborado pelo assistente técnico do Departamento Regional do Serviço Social do Comércio (Sesc), Prof. Geraldo Vilhena de Almeida Paiva, que assume a direção do referido departamento, extinto em 1971, por ocasião da perda de autonomia de segurança do município. A retomada do trabalho de Assistência Social se dá a partir de 1973, com a implantação da Comissão de Promoção Social, ligada ao Departamento de Educação e Cultura da Prefeitura do Município de São José dos Campos. Em 1975, essa comissão é desvinculada do departamento e elevada á condição de Divisão de Promoção Social.

36 33 Em 1978, o Município de São José dos Campos conquista a autonomia política, a Divisão de Promoção Social é transformada em Departamento de Promoção Humana, órgão composto por três divisões: Ação Comunitária, Equipamentos de Recursos Sociais, e Bem-Estar do Menor. Esse departamento era vinculado à Secretaria Municipal de Saúde. No período de , o Departamento de Promoção Humana assume o caráter informal de Assessoria para o Desenvolvimento Social, com enfoque no trabalho de organização social, através dos projetos de trabalho social comunitário, e trabalho social com menores, o Cosemt. Em 1985, a organização interna dessa assessoria passa a ser construída a partir de Políticas Sociais, mantendo-se o método de trabalho por objetivos, porém de forma regionalizada. A ação prioritária para a Assessoria de Desenvolvimento Social era a Política do Menor. A transformação da Assessoria de Desenvolvimento Social em Secretaria de Desenvolvimento Social foi efetivada em 30 de julho de 1986 através da Lei 3.155/86, com o objetivo de dar visibilidade à referida ação prioritária (desenvolvimento social). Para tanto, foi realizado o Congresso Paulista da Questão Social, enfocando o tema O Menor na Realidade Social, com a criação posterior da Frente Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Dando continuidade a essa ação prioritária, em abril de 1987, o Cosemt é elevado à condição de fundação de atendimento à criança e ao adolescente, a Fundhas. No período de são implantados outros trabalhos na Secretaria de Desenvolvimento Social: atendimento ao migrante, designação de profissionais para atuarem em entidades sociais, trabalho regionalizado da Divisão de Ação

37 34 Comunitária, estruturação da coordenação de estágio, implantação do Centro de Convivência Rural e ampliação do quadro de profissionais na área de psicologia, visando à ação interdisciplinar. Nesse mesmo período, é formulada a Lei Orgânica do Município, e elaborado o Projeto de Lei que constitui o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Através da Lei 3.931/1991, de 21 de março, a secretaria assume a seguinte composição: Departamento de Desenvolvimento Social, com as Divisões de Organização Comunitária, Apoio Técnico às Entidades e Programas Complementares, e Departamento de Integração Comunitária, com as Divisões de Habitação e Defesa Civil. A organização atual da Secretaria de Desenvolvimento Social estrutura-se conforme as quatro regiões administrativas que dividem a cidade de São José dos Campos: norte, sul, leste e centro. Algumas contam com Centros de Referência da Assistência Social (Cras), quais sejam: 1. Sul: Cras Dom Pedro. 2. Leste: Cras Vila Industrial e Eugênio de Melo. 3. Centro: Cras Parque Santa Rita. 4. Norte: Não há até o momento o Cras, a região atua como unidade referenciada.

38 MAPA 4: Regiões geográficas 35

39 36 Buscamos levantar na Secretaria de Desenvolvimento Social o número de técnicos da Fundhas e da prefeitura em cada região, mas não foi possível obtê-lo pois não tivemos acesso a dados oficiais do setor. Sendo assim, apresentamos na Tabela 2 o número total de técnicos que estão lotados na SDS. Essa informação foi obtida durante a VIII Conferência de Assistência Social realizada no município em 13 de agosto de TABELA 2: Número total de técnicos lotados na SDS Funcionários com vínculo efetivo com a prefeitura Funcionários da Fundhas, com vínculo CLT Fonte: Censo IBGE Vale ressaltar que esse número expressivo de técnicos da Fundhas é reflexo de 15 anos consecutivos sem realização de concurso público para o provimento dos cargos, o último aconteceu em Dentre esses números há alguns técnicos que desempenham função na Secretaria de Habitação do município e no programa Aquarela que visa atendimento á criança e ao adolescente em situação de violência doméstica e de exploração sexual comercial. Dessa maneira, fica explícita a direção assumida pela Administração Municipal que vê na terceirização do trabalho do assistente social uma alternativa para a não contratação direta. Por meio do questionário aplicado e respondido por quatro assistentes sociais da Fundhas, que trabalham na SDS, demonstra-se qual a

40 37 impressão e a opinião delas a respeito dessa realidade da terceirização do trabalho do assistente social. Quanto à política da assistência do município, Silva (2007) afirma, Muito tem sido feito para que o município assuma a assistência social enquanto política pública, mas a visão dos gestores desta pasta volta-se para a perspectiva do empreendedorismo sem se preocupar com a formação cultural dos envolvidos. Esse tem sido um dos impasses, no trato da assistência social, que não está reconhecida, de fato, como de direito, mas como benemerência. (p. 32) Hoje, as demandas que chegam ao atendimento social, dizem respeito ao cumprimento, ou não, das condicionalidades do Programa Bolsa-Família, o desemprego, as queixas por não conseguir um trabalho por falta de escolaridade e capacitação, e o déficit habitacional, que há alguns anos é um grande problema no município.

41 FOTO 1: Equipe técnica da região norte do Centro Comunitário do Alto da Ponte 38

42 39 Na Foto 1, ilustra-se a equipe de assistentes sociais e chefia de divisão da região norte, trata-se da região de nossa atuação, conforme informado anteriormente a região não possui um Centro de Referencia da Assistência Social- CRAS implantado,no momento a equipe vem buscando através de reuniões e discussões de equipe prestar os atendimentos dentro da metodologia estabelecida pela PNAS. Destacados com a cor amarela, os assistentes sociais funcionários da Fundhas, e com a cor branca os assistentes sociais que mantém vínculo efetivo com a prefeitura, e com a cor verde está identificada a chefia de divisão. Atuamos na região norte do município, nosso espaço é o Centro Comunitário do Alto da Ponte. A região se caracteriza por grandes espaços rurais, dispersos, e alguns pontos de concentração de vulnerabilidade; a maior parte dos moradores são provenientes do Estado de Minas Gerais, e de cidades do nordeste, em nossos atendimentos constatamos essa realidade. Segue o mapa da região da região norte:

43 40

44 41 CAPÍTULO 2 CENÁRIOS CONTEMPORÂNEOS DA CRISE ORIGENS Segundo Mota (2009), para compreender as mudanças no capitalismo e de toda a sua dinâmica torna-se necessário identificar o significado histórico de suas crises em seu desenvolvimento. Essas crises expressam um desequilíbrio entre a produção e o consumo, que comprometem a realização do capital, a transformação da mais-valia em lucro, o que só acontece mediante a venda das mercadorias produzidas. E quando é produzida uma quantidade de mercadorias maior do que a população pode comprar, o processo de acumulação é afetado, pois estoques de mais-valia não produzem lucro, que é o objetivo do capitalista. Não basta, portanto, produzir mercadorias, elas devem ser transformadas em dinheiro, e retornar ao processo de acumulação, produção/circulação/consumo. As expressões mais contundentes das crises são: redução de operações comerciais, acúmulo de mercadorias estocadas, redução ou paralisação da produção, falências, queda de preços e salários, crescimento do desemprego e baixo poder aquisitivo dos trabalhadores. E, conforme a autora, as causas das crises podem ser diversas, entre elas, o descontrole da produção, a concorrência e a consequente queda da taxa de lucros, o subconsumo, ou podem ser potencializadas por algum incidente econômico ou geopolítico. As crises são a expressão das contradições do modo de produção capitalista, e inerentes à sua dinâmica, na medida em que determinam as condições de acumulação, cada vez mais complexas e instáveis.

45 42 Conforme Mota (2009), Isso significa que as crises não ocasionam, mecanicamente, um colapso do capitalismo. Elas deflagram um período histórico de acirramento das contradições fundamentais do modo capitalista de produção que afetam sobremaneira o ambiente político e as relações de força entre as classes. Por ocasião das crises, deflagra-se um processo no qual mudanças significativas ocorrem sejam elas no interior da ordem, sejam em direção a um processo revolucionário, dependendo das condições objetivas e das forças sociais em confronto.(...) Vale salientar que os impactos das crises apresentam-se diferenciados para os trabalhadores e os capitalistas.para os capitalistas, trata-se do seu poder ameaçado;para os trabalhadores, da submissão intensificada.estes últimos são frontalmente penalizados na sua materialidade e subjetividade posto que afetados pelas condições do mercado de trabalho, com o aumento do desemprego, as perdas salariais, o crescimento do exército industrial de reserva e o enfraquecimento das suas lutas e capacidade organizativa (p. 54). Como já citado, dentro de sua dinâmica perversa, o capitalismo promove um rearranjo e mesmo diante das crises sofre uma metamorfose, apresentando novas formas de exploração e de extração do lucro. Prossegue a autora, A dinâmica crise-restauração incide nas relações sociais e implica o redirecionamento da intervenção do Estado. Este por sua vez, redefine seus mecanismos legais e institucionais de regulação da produção material e da gestão da força de trabalho, instituindo renovadas formas de intervenção relativas aos sistemas de proteção social, à legislação trabalhista e sindical, além daquelas diretamente vinculadas à política econômica. Nesse contexto, se redefinem as relações entre Estado, sociedade e mercado, determinando medidas de ajustes econômicos e de reformas e contrareformas sociais, que continuem garantindo a acumulação capitalista, em conformidade com as particularidades de cada formação social. (MOTA, 2009:55)

46 43 Do período do pós-guerra até os anos 1970, nos países centrais, houve expansão do capitalismo, pois foi uma fase caracterizada por altas taxas de crescimento econômico, ampliação de empregos e salário e forte intervenção do Estado, definido como período fordista-keynesiano (HARVEY apud MOTA, 1995). Os fatores políticos que o ampararam, - A intervenção do Estado que, no lastro das políticas Keynesianas, criou mecanismos estatais voltados para a reprodução ampliada dos trabalhadores, socializando com o patronato parte dos custos de reprodução da força de trabalho. - A construção do pacto fordista-keynesiano (BIHR apud MOTA, 1998), marcado pelas mobilizações sindicais e partidárias dos trabalhadores que, em torno de reivindicações sociais legitimas, pressionaram a incorporação, pelo capital, do atendimento de parte de suas necessidades sociais, operando mudanças nas legislações trabalhistas e nas medidas de proteção social. Essa conjunção de fatores foi responsável pela constituição do Welfare State, que se tornou um dos principais pilares de sustentação institucional daquela fase expansiva do capitalismo, ao integrar à sua dinâmica econômica parte das demandas operárias por melhores condições de vida e salário. (MOTA, 2009: 56) Com a intervenção do Estado, que passa a alocar recursos do fundo público para a constituição de políticas econômicas e sociais, amplia-se o consumo por parte dos trabalhadores. O atendimento de algumas necessidades sociais era feito através dos salários indiretos, via políticas públicas, a ação estatal permitia a remuneração com salários reais, consequentemente, aumentando a demanda por consumo de mercadorias, criando assim o consumo de massa, típico do regime fordista de produção. Era uma ideologia que defendia que o capitalismo, bem-estar e a democracia podiam caminhar juntos, pois se buscava atender às demandas trabalhistas, manter

47 44 a produção em aumento e o consumo; promovendo uma relação negociada entre Estado, capital e trabalho. Nos países europeus, esses propósitos foram alcançados e permitiram alguns ganhos materiais para os trabalhadores; contudo, a periferia mundial assistia à defesa desse desenvolvimento como forma de integração à ordem econômica mundial. Conforme Antunes (2009): Após um longo período de acumulação de capitais, que ocorreu durante o apogeu do fordismo e da fase keynesiana, o capitalismo (...) começou a dar sinais de um quadro crítico, cujos traços mais evidentes foram: 1. Queda da taxa de lucro, dada, dentre outros elementos causais, pelo aumento do preço da força de trabalho, conquistado durante o período pós-45 e pela intensificação das lutas sociais dos anos 60, (...) A conjugação desses elementos levou a uma redução dos níveis de produtividade do capital, acentuando a tendência decrescente da taxa de lucro; 2. O esgotamento do padrão de acumulação taylorista/fordista de produção (que em verdade era a expressão mais fenomênica da crise estrutural do capital), dado pela incapacidade de responder à retração do consumo que se acentuava. Na verdade, tratava-se de uma retração em resposta ao desemprego estrutural que então se iniciava; 3. Hipertrofia da esfera financeira, que ganhava relativa autonomia frente aos capitais produtivos, o que também já era expressão da própria crise estrutural do capital e seu sistema de produção, colocando-se o capital financeiro como um campo prioritário para a especulação, na nova fase do processo de internacionalização; 4. A maior concentração de capitais graças às fusões entre as empresas monopolistas e oligolopolistas; 5. A crise do Welfare State ou do Estado do bem-estar social e dos seus mecanismos de funcionamento, acarretando a crise fiscal do estado capitalista e a necessidade de retração dos gastos públicos e sua transferência para o capital privado;

48 45 6. Incremento acentuado das privatizações, tendência generalizada às desregulamentações e à flexibilização do processo produtivo, dos mercados e da força de trabalho, entre tantos outros elementos (...) (p ) Para compor o cenário, que possibilitou a gênese do neoliberalismo, é necessário remeter-nos à Inglaterra, no período do governo de Margareth Thatcher, que se caracterizou por um processo de reorganização do capital e de seus sistemas ideológico e político, constituído pela privatização do Estado, o desmonte do setor produtivo estatal e a desregulamentação do trabalho. Esse período também teve como característica uma ofensiva do capital e do Estado contra a classe trabalhadora, o setor financeiro ganhava autonomia, dentro das relações complexas existentes entre a liberação e a mundialização dos capitais e do processo produtivo. Tudo isso num cenário de expansão do comércio, da tecnologia, e da desregulamentação das condições de trabalho e emprego. Afirma Antunes (Ib.), Uma vez encerrado o ciclo expansionista do pós-guerra, presenciou-se, então, a completa desregulamentação dos capitais produtivos transnacionais, além da forte expansão e liberalização dos capitais financeiros. As novas técnicas de gerenciamento da força de trabalho, somadas à liberação comercial e às novas formas de domínio técnicocientífico, acentuaram o caráter centralizador, discriminador e destrutivo desse processo que tem como núcleo central os países capitalistas avançados (...) (p. 34).

49 46 Como se pode constatar, a ofensiva neoliberal toma corpo na Inglaterra, e nos países capitalistas centrais, que experimentam o seu franco desenvolvimento, nas décadas de 1970/80 esses países viviam intensamente e em ritmo acelerado a reestruturação produtiva e o ideário político neoliberal. Nos países do Terceiro Mundo, somente ao final dos anos 80 e início dos anos 90, é que essas novas medidas serão adotadas. No Brasil, a reestruturação do capital acontece sobremaneira a partir da década de 1990, de acordo com Antunes (2009), um capitalismo recente e hipertardio, pois, anteriormente, as formas de exploração pelo capital se davam dentro da exploração do café, sendo que o advento da industrialização dá um salto significativo a partir da década de Transformações ocorridas no capitalismo, a partir da década de 1990 definidos pelo Consenso de Washington 4 desencadearam uma série de consequências na reestruturação produtiva e um novo desenho na divisão do trabalho. Tendo como base a análise de estudiosos das ciências sociais, buscamos compreender como, no Brasil, o capitalismo no século XX tem seu desenvolvimento tardio e num ritmo lento em relação aos países centrais. Conforme Mota (2009), 4 Conjunto de medidas formulado em 1989 por economistas de instituições financeiras como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, fundamentadas num texto do economista John Williamson, a partir de então se tornando a política oficial do FMI. As dez regras básicas são: disciplina fiscal; redução dos gastos públicos; reforma tributária; juros de mercado; câmbio de mercado; abertura comercial; investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições; privatização das estatais; desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas); direito a propriedade intelectual.

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