LUIZ FLÁVIO FRANQUEIRO AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE O USO DE ROUPAS IMPREGNADAS COM NANOCERÂMICA.

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1 I Universidade Camilo Castelo Branco Instituto de Engenharia Biomédica LUIZ FLÁVIO FRANQUEIRO AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE O USO DE ROUPAS IMPREGNADAS COM NANOCERÂMICA. ASSESSMENT OF HEART RATE VARIABILITY IN SUBJECTS WEARING CERAMIC IMPREGNATED CLOTHES São José dos Campos, SP 2013

2 II Luiz Flávio Franqueiro AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE O USO DE ROUPAS IMPREGNADAS COM NANOCERÂMICA. Orientador: Prof. Dr. Egberto Munin Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica da Universidade Camilo Castelo Branco, como complementação dos créditos necessários para obtenção do título de Mestre em Engenharia Biomédica. São José dos Campos, SP 2013

3 III

4 IV

5 V V Dedico este trabalho, com muito carinho: À minha esposa Nicézia que além de companheira foi uma pessoa imprescindível na execução deste trabalho. Aos meus filhos Gabriel e Flávia por serem a força motriz de minha existência. À minha mãe Maria Carmen e aos meus irmãos Luiz Humberto e Maria Lúcia pelo incentivo que sempre me proporcionaram.

6 VI AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Dr. Egbert Munin, minha eterna gratidão. Aos sujeitos da minha pesquisa que não mediram esforços para que a gravação dos dados ocorresse do modo preconizado. Ao Prof. Dr. Moacir Fernandes de Godoy, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, pela disponibilidade, colaboração e compromisso com a elaboração deste trabalho. Ao meu amigo e incentivador Prof. Dr. Nilton César Boer pela ajuda inestimável durante toda esta trajetória. À Universidade Camilo Castelo Branco pelo incentivo que me deu para realização deste trabalho. Ao Centro de Engenharia Biomédica e Pós-graduação da UNICASTELO, por ter me proporcionado a oportunidade de aprimorar os meus conhecimentos. Aos meus colegas de pós-graduação pelos momentos de amizade e companheirismo.

7 VII Jamais se desespere em meio às sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda. Provérbio Chinês

8 VIII AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE O USO DE ROUPAS IMPREGNADOS COM NANOCERÂMICA. RESUMO Atualmente algumas pesquisas estão sendo realizas com a finalidade de avaliar se as roupas impregnadas com nanocerâmica poderiam promover um incremento da aptidão física em atletas. No entanto, o fato de que a radiação infravermelha longa possa levar a um aumento da temperatura cutânea e vasodilatação, traz a preocupação de que a estimulação de receptores na pele possa induzir a alterações no sistema nervoso autônomo e sua expressão sobre o coração, o que poderia induzir a arritmias cardíacas. A variabilidade da frequência cardíaca descreve as oscilações dos intervalos entre batimentos cardíacos consecutivos (intervalos RR), sendo uma medida não invasiva, que pode ser utilizada para identificar fenômenos relacionados ao sistema nervoso autônomo. O presente estudo propõe avaliar por meio do estudo da variabilidade da frequência cardíaca se o uso de roupas impregnadas com nanocerâmica poderia levar a alterações na ação do sistema nervoso autônomo sobre o coração. Trata-se de um estudo quantitativo, experimental, longitudinal, prospectivo, contemporâneo, duplo-cego e aleatório onde foi avaliada a variabilidade da frequência cardíaca em 24 indivíduos hígidos, com idade entre 18 e 26 anos, em duas situações: com o traje com nanocerâmica incorporada e com o traje sem nanocerâmica. Foram utilizados os índices no domínio do tempo: SDNN- Desvio-padrão de todos os intervalos RR normais e rmssd- raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes, ambos expressos em ms. A VFC foi avaliada no domínio da frequência por meio da transformada rápida de Fourrier, sendo dividida em: LFcomponente de baixa frequência (0,04-0,15 Hz) do poder espectral e HF- Componente de alta frequência do poder espectral (0,15-0,4 Hz), ambos em valores absolutos e expressos em ms². Usando o teste t de student para comparação entre as médias dos valores de SDNN dos dois grupos verificou-se que a média das diferenças foi de 0,621 ms, com erro padrão de 3,935 (p=0,876). A média das

9 IX IX diferenças dos valores de rmssd foi de 5,2875, com erro padrão de 4,715 (p=0,2737). Na avaliação da VFC no domínio da frequência os valores de LF encontrados mostraram uma média das diferenças de 29,33, com erro padrão de 147,7 (p=0,844). Para o componente HF foi encontrada uma média das diferenças de 229,125, com erro padrão de 196, (p=0,2562). Não houve, portanto, diferenças estatisticamente significativas nos valores dos índices de VFC entre os dois grupos avaliados, podendo-se com isto inferir que a manipulação da radiação infravermelha longa proporcionada por estas roupas não leva a alterações do sistema nervoso autônomo que inerva o coração. Palavras-chave: radiação infravermelha, nanocerâmica, variabilidade da frequência cardíaca.

10 X ASSESSMENT OF HEART RATE VARIABILITY IN SUBJECTS WEARING CERAMIC IMPREGNATED CLOTHES ABSTRACT Nowadays some research has been developed with the purposes of assess if nanoceramic impregnated garments could lead to an increase in physical fitness in athletes. Nevertheless, the fact that far-infrared radiation could promote an increase in the cutaneous temperature and vasodilation brings some concern over the stimulation of skin receptors that could lead to disturbances of the autonomic nervous system and its expression over the heart, what in turn could induce cardiac arrhythmyas. Heart rate variability describe the oscilation in the intervals between consecutive heart beats (RR intervals), then considered a non-invasive method that can be used to identify autonomic nervous system related phenomena. This work has the purpose to assess, by means of heart rate variability study, if nanoceramic impregnated garments could lead to disturbances on the influence of autonomic nervous system over the heart. It is a quantitative, experimental, longitudinal, prospective, contemporary, double-blind and randomized study in which was assessed the heart rate variability in 24 health subjects, aged years old, in two situations: wearing nanoceramic impregnated garment and wearing garment without nanoceramic. It was used the time domain methods: SDNN- standard deviation of the NN intervals and rmssd- the square root of the mean squared differences of successive NN intervals, both expressed in ms. The HRV was assessed in frequency domain method by the Fast Fourrier Transform, divided in: LF- Low frequency component (0,04-0,15 Hz) and HF- High frequency component (0,15-0,4 Hz) of spectral power, both in absolute values and expressed in ms². Student T test was used to compare the mean of the values of SDNN from the two groups and it was found that the differences of the means was 0,621 ms, with a standard error of 3,935 (p=0,876). The differences of the means of the values of rmssd was 5,2875, with a standard error of 4,715 (p=0,2737). In the assessment of HRV in frequency domain, the differences of means for LF was 29,33, with a standard error of 147,7 (p=0,844) and for HF the differences of means was 229,125, standard error of 196,766

11 XI (p=0,2562).thus, there was not any significative statistical difference in HRV values between the two groups concluding that the manipulation of far infrared radiation taken by those garments do not lead to any disturbance of the autonomic nervous system that innervate the heart. Key-words: infrared radiation, nanoceramic, heart rate variability.

12 XII LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Modelo simplificado ilustrando a ação do sistema nervoso autônomo sobre o coração (FC = frequência cardíaca; PA = pressão arterial; VS = volume sistólica) Figura 2. Modelo mais elaborado sobre a influência do sistema nervoso autônomo sobre o coração (SNS = sistema nervoso simpático; SNP = sistema nervoso parassimpático; FC = frequência cardíaca; VS = volume sistólico; RVP = resistência vascular periférica; DC = débito cardíaco) Figura 3. Variação da frequência cardíaca de um indivíduo normal Figura 4. Exemplo simbólico de SDNN - Desvio-padrão de todos os intervalos RR normais gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms Figura 5. Exemplo simbólico de SDANN - Desvio-padrão das médias dos intervalos RR normais a cada 5 min gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms Figura 6. Exemplo simbólico de SDNNindex - Média do desvio-padrão dos intervalos RR normais, a cada 5 min gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms Figura 7. Exemplo simbólico de RMSSD - Raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes, gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms Figura 8. Exemplo simbólico de PNN50 - Porcentagem dos intervalos RR adjacentes com duração maior que 50 ms. Os intervalos 2º, 8º e 10º apresentam diferença maior que 50 ms Figura 9. O índice triangular é obtido dividindo a integral da área de D pelo valor máximo de Y Figura 10. Exemplo de Plotagem de Poincaré Figura 11. Análise espectral (modelo autorregressivo) de VFC em um indivíduo saudável no repouso e durante tilt test em 90º mostrando o aumento do componente LF e diminuição do componente HF do poder espectral total com a posição supina. O gráfico pizza mostra a contribuição relativa dos dois componentes Figura 12. Aumento no volume sistólico final do ventrículo esquerdo (VSFVE)

13 XIII antes da alta hospitalar e após 12 meses em pacientes após infarto agudo do miocárdio, com índice de variabilidade da frequência cardíaca (IVFC) menor ou igual a 25 e nos pacientes com IVFC maior que 25. Após 12 meses o VSFVE aumentou nos pacientes com IVFC menor que Figura 13. Curva de sobrevida de Kaplan-Meier de 715 pacientes divididos em grupos de alta e baixa variabilidade da frequência cardíaca avaliados por método no domínio da frequência - frequência ultrabaixa (ULF), frequência muito baixa (VLF), frequência baixa (LF) e frequência alta (HF) Figura 14. Gráfico demonstrando as diferenças nos resultados do índice SDNN entre os participantes usando a roupa impregnada com nanocerâmica e com a roupa sem nanocerâmica Figura 15: Gráfico tipo box chart com os valores das médias do índice SDNN dos participantes com roupa impregnada com nanocerâmica (SDNN) e com roupa placebo, i.e. sem nanocerâmica (SDNN_0) Figura 16. Gráfico demonstrando as diferenças nos resultados do índice rmssd entre os participantes em uso da roupa com nanocerâmica e com roupa sem nanocerâmica Figura 17. Gráfico tipo box chart com os valores das médias do índice rmssd dos participantes com roupa impregnada com nanocerâmica (rmssd) e com roupa placebo (rmssd_0) Figura 18. Gráfico demonstrando as diferenças nos resultados do componente de baixa frequência LF (0,04-0,15 Hz) em valores absolutos, expresso em ms² entre os participantes usando a roupa placebo e usando a roupa impregnada com nanocerâmica Figura 19. Gráfico tipo box chart com os valores das médias do índice LF dos participantes com roupa impregnada com nanocerâmica (LF) e com roupa placebo (LF_0) Figura 20. Gráfico demonstrando as diferenças nos resultados do índice HF (ms²) entre os participantes usando a roupa placebo e com a roupa impregnada com nanocerâmica Figura 21. Gráfico tipo box chart com os valores das médias do índice HF dos participantes com roupa impregnada com nanocerâmica (HF) e com roupa sem nanocerâmica (HF_0)... 57

14 XIV LISTA DE TABELAS Tabela 1. Subdivisão da radiação infravermelha segundo a norma ISO Tabela 2. Subdivisão da radiação infravermelha segundo a Comissão Internacional em Iluminação Tabela 3. Tabela com os valores de SDNN encontrados em participantes com roupa placebo e com roupa com nanocerâmica (gravados em 20 min, expresso em ms) Tabela 4. Valores da raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes (rmssd), em 20 min, expresso em ms para participantes em uso de roupa placebo e em uso de roupa com nanocerâmica Tabela 5. Valores de LF (ms²) em participantes com roupa placebo e com roupa impregnada com nanocerâmica Tabela 6. Valores do componente de alta frequência (HF) do poder espectral (0,15-0,4 Hz), em valores absolutos, expressos em ms² para participantes com roupa placebo e com roupa impregnada com nanocerâmica... 57

15 XV LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS bpm DC FC HF Hz IVFC LF NAV NSA PA pnn50 rmssd RVP SDNN SNA SNS SNP ULF VFC VLF VSFVE VS Batimentos por minuto Débito cardíaco Frequência cardíaca Componente de alta frequência do poder espectral Hertz Índice de variabilidade da frequência cardíaca Componente de baixa frequência do poder espectral Nó atrioventricular Nó sinoatrial Pressão arterial Porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferença de duração maior que 50 ms Raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes Resistência vascular periférica Desvio-padrão de todos os intervalos RR normais Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso simpático Sistema nervoso parassimpático Componente de frequência ultrabaixa do poder espectral Variabilidade da frequência cardíaca Componente de frequência muito baixa do poder espectral Volume sistólico final de ventrículo esquerdo Volume sistólico

16 XVI SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO Objetivo geral Objetivos específicos REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Variabilidade da frequência cardíaca Métodos de análise da variabilidade da frequência cardíaca Métodos no domínio do tempo Métodos no domínio da frequência Aplicações clínicas da variabilidade da frequência cardíaca Variabilidade da frequência cardíaca e infarto do miocárdio Variabilidade da frequência cardíaca e diabetes A influência do exercício físico sobre a variabilidade da frequência cardíaca Radiação infravermelha Tecidos impregnados com nanocerâmica MATERIAL E MÉTODOS Casuística Critérios de inclusão Critérios de exclusão Roupas utilizadas no estudo Divisão dos grupos Índices de variabilidade da frequência cardíaca avaliados Protocolo da gravação da frequência cardíaca Análise estatística RESULTADOS SDNN - Desvio-padrão de todos os intervalos RR normais rmssd - Raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes LF - Componente de baixa frequência do poder espectral HF - Componente de alta frequência do poder espectral DISCUSSÃO... 58

17 XVII 6. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXO A. Parecer Consubstanciado do CEP ANEXO B. Autorização para uso do Laboratório de Habilidades Médicas ANEXO C. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido... 72

18 18 1. INTRODUÇÃO O coração é um órgão muscular cuja função principal é bombear o sangue que chega da circulação venosa sistêmica em direção aos pulmões onde é captado o oxigênio da atmosfera e eliminado o dióxido de carbono proveniente do metabolismo celular. Posteriormente o sangue rico em oxigênio é conduzido através das veias pulmonares ao átrio esquerdo. Durante a diástole ventricular este sangue entra no ventrículo esquerdo através da valva mitral, sendo então bombeado durante a sístole ventricular em direção à circulação arterial sistêmica, com o objetivo de ofertar oxigênio e nutrientes aos tecidos e remover subprodutos do metabolismo destes tecidos e levá-los de volta ao coração (DREW; SINOWAY, 2012). Como todo músculo, o coração necessita de um estímulo elétrico que ao despolarizar as células miocárdicas faz com que haja uma maior disponibilidade de cálcio citoplasmático levando à contração destas células. A ativação elétrica normal do coração começa no nó sinoatrial (NSA), que é o marcapasso cardíaco com frequência espontânea mais elevada (SANCHEZ, 1998). Este está situado a menos de um mm da superfície epicárdica, lateralmente no sulco terminal atrial direito, na junção da veia cava superior com o átrio direito (RUBART; ZIPES, 2005). O sistema cardiovascular, e por consequência o nó sinoatrial, é influenciado pelo sistema nervoso autônomo através de nervos aferentes e eferentes que chegam ao coração, sendo que as fibras simpáticas se distribuem por todo o miocárdio e as parassimpáticas inervam o nó sinoatrial, o miocárdio atrial e o nó atrioventricular (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003; DREW; SINOWAY, 2012). O nó sinoatrial possui uma frequência de despolarização espontânea intrínseca, conhecida como frequência cardíaca intrínseca. Esta é medida na ausência de influência simpática e parassimpática, obtida através da desnervação cardíaca ou do bloqueio farmacológico (LAHIRI; KANNANKERIL; GOLDBERGER, 2008). O sistema nervoso autônomo compreende duas subdivisões: o sistema nervoso parassimpático (SNP) e o sistema nervoso simpático (SNS). O núcleo do vago, localizado no bulbo, é responsável pelo controle parassimpático do coração. Os estímulos aí gerados são transmitidos ao coração

19 19 através do 10º par craniano (nervo vago), que faz sinapse com gânglios localizados próximos ao nó NSA e nó atrioventricular (NAV). Nestes locais é liberado o neurotransmissor acetilcolina, que se liga a receptores muscarínicos e nicotínicos. A ativação destes receptores leva as ações fisiológicas de diminuição da frequência cardíaca (cronotropismo negativo) e da velocidade de condução no NSA e NAV (dromotropismo negativo), diminuindo a frequência (FC) para aproximadamente 70 batimentos por minuto (bpm) (DREW; SINOWAY, 2012). As fibras simpáticas pré-ganglionares que inervam o coração emergem da medula espinhal torácica superior e fazem sinapse com fibras pós-ganglionares nos gânglios da cadeia ganglionar paravertebral. Nestas sinapses é liberada acetilcolina que se liga a receptores nicotínicos (DREW; SINOWAY, 2012). As fibras pós-ganglionares aí originadas seguem um longo trajeto até o NSA e NAV onde liberam norepinefrina que se liga aos receptores beta-adrenérgicos levando ao aumento da FC (cronotropismo positivo) e aumento da velocidade de condução no NSA e NAV (dromotropismo positivo), podendo elevar a FC até aproximadamente 200 bpm (DREW; SINOWAY, 2012). O sistema nervoso simpático é sensível a diferentes estressores, internos e externos, como mudanças posturais, hipoglicemia, desidratação, exposição ao calor e frio e exerce um papel importante no controle da pressão arterial, termorregulação e redistribuição do fluxo sanguíneo regional durante o exercício e estresse (BENARROCH, 2012). A liberação de acetilcolina pode também levar a uma diminuição na liberação de norepinefrina pelas fibras simpáticas, resultando num antagonismo de neurotransmissão (DREW; SINOWAY, 2012). O sistema nervoso autônomo atua sobre o coração em resposta a vários estímulos oriundos de baroceptores, quimioceptores, receptores atriais e ventriculares, sistema respiratório, sistema vasomotor, sistema renina angiotensinaaldosterona e sistema termorregulador (VANDERLEI et al., 2009) (Figuras 1 e 2). A descarga parassimpática sobre o coração tem um efeito máximo em 0,6 s e o retorno aos níveis basais acontece dentro de 1 s. Já a descarga simpática não mostra nenhum efeito em 1 s, um efeito máximo em 4 s e retorno aos níveis basais em 20 s (SPEAR et al., 1979). A ação do sistema nervoso autônomo sobre a atividade intrínseca do nó sinoatrial acaba por determinar a frequência cardíaca real. A ativação

20 20 parassimpática diminui a frequência cardíaca via liberação de acetilcolina das vias eferentes vagais, a ativação simpática acelera a frequência cardíaca via epinefrina circulante, liberação neural de norepinefrina ou ambas. (LAHIRI; KANNANKERIL; GOLDBERGER, 2008). Figura 1. Modelo simplificado ilustrando a ação do sistema nervoso autônomo sobre o coração (FC = frequência cardíaca; PA = pressão arterial; VS = volume sistólico). Fonte: Modificado de Aubert, Seps e Beckers (2003). Figura 2. Modelo mais elaborado sobre a influência do sistema nervoso autônomo sobre o coração (SNS = sistema nervoso simpático; SNP = sistema nervoso parassimpático; FC = frequência cardíaca; VS = volume sistólico; RV P= resistência vascular periférica; DC = débito cardíaco). Fonte: Aubert, Seps e Beckers (2003). O coração não é um metrônomo e seus batimentos não possuem a regularidade de um relógio, portanto, alterações na frequência cardíaca, definidas como variabilidade da frequência cardíaca (VFC), são normais e esperadas em indivíduos saudáveis (RASSI, 2000). De forma geral, a variabilidade da frequência cardíaca descreve as oscilações dos intervalos entre batimentos cardíacos

21 21 consecutivos (intervalos RR), que estão relacionadas às influências do sistema nervoso autônomo sobre o nó sinoatrial, sendo uma medida não invasiva, que pode ser utilizada para identificar fenômenos relacionados ao sistema nervoso autônomo (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003; VANDERLEI et al., 2009). Atualmente, as pesquisas científicas têm buscado técnicas pouco invasivas e que possam auxiliar o organismo a se autorrecuperar, minimizando o uso de medicamentos, promovendo ação anti-inflamatória, aliviando dores e acelerando o processo de reparo. O uso de recursos terapêuticos baseados na manipulação da radiação óptica não ionizante, tais como o laser de baixa potência e os acessórios contendo cerâmica em pó, tem sido cada vez mais pesquisados, com o objetivo de proporcionar benefícios para os pacientes (CONRADO; MUNIN, 2011). A radiação luminosa na região do vermelho e infravermelho próximo catalisam reações bioquímicas que conduzem a variações no metabolismo celular (KARU, 1987; RIGAU, 1996). Alguns trabalhos têm apontado que dispositivos contendo alguns tipos de cerâmicas emissoras de radiação infravermelha com comprimento de onda mais longo, são também capazes de promover o efeito de biomodulação tecidual por mecanismos ainda não completamente esclarecidos (CONRADO; MUNIN, 2013; KO; BERBRAYER, 2002; YOO et al., 2002). A cerâmica é uma classe de emissores de radiação infravermelha que, na forma de partículas ultrafinas e ultrapuras (nanopartículas), permite sua incorporação em cremes e tecidos. Tais materiais cerâmicos emitem radiação infravermelha longa, quando submetidos à temperatura do corpo. Há relatos publicados na literatura sobre uma melhora significativa em condições patológicas, tais como diminuição da sintomatologia na síndrome de Raynauld, tratamento de discrasias sanguíneas e celulite bem como diminuição de medidas corporais, mediante a utilização de acessórios contendo emissores de cerâmica (CONRADO; MUNIN, 2011; KO; BERBRAYER, 2002; YOO et al., 2002). Atualmente algumas pesquisas estão sendo realizas com a finalidade de avaliar se as roupas impregnadas com nanocerâmica poderiam promover um incremento da aptidão física em atletas. No entanto, o fato de que a radiação infravermelha longa possa levar a um aumento da temperatura cutânea e vasodilatação, traz a preocupação de que a estimulação de receptores na pele possa induzir a alterações no sistema nervoso autônomo e sua expressão sobre o coração. Atualmente tem sido bem demonstrado que alterações autonômicas têm

22 22 um papel importante como modulador na gênese das arritmias cardíacas (MOREIRA; DARRIEUX, 2013). O presente estudo propõe avaliar por meio do estudo da variabilidade da frequência cardíaca se o uso de roupas impregnadas com nanocerâmica poderia levar a alterações na ação do sistema nervoso autônomo sobre o coração Objetivo geral Avaliar o efeito causado por roupas impregnadas com nanocerâmica na variabilidade da frequência cardíaca de participantes sedentários hígidos Objetivos específicos Avaliar comparativamente, por meio do computador de treino Polar RS800CX, as seguintes variáveis: 1- Análise da variabilidade da frequência no domínio do tempo: a- SDNN - Desvio-padrão de todos os intervalos RR normais gravados em 20 min, expresso em ms. b- r-mssd - Raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes, em 20 min, expresso em ms. 2- Análise da frequência cardíaca no domínio da frequência (Transformada Rápida de Fourrier): a- LF - Componente de baixa frequência (0,04-0,15 Hz) do poder espectral, em valores absolutos, expresso em ms². b- HF - Componente de alta frequência do poder espectral (0,15-0,4 Hz), em valores absolutos, expresso em ms².

23 23 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Variabilidade da frequência cardíaca A relevância da VFC foi primeiramente apreciada por Hon e Lee (1965) ao notarem que o sofrimento fetal era precedido por alterações nos intervalos entre os batimentos cardíacos, antes que ocorressem alterações na frequência cardíaca. Posteriormente foi observado que uma alta VFC após infarto agudo do miocárdio prognosticava uma menor mortalidade intra-hospitalar (WOLF et al., 1978). Pacientes com valores menores que 50 ms no desvio-padrão de todos os intervalos RR normais (SDNN) obtidos através de monitorização Holter de 24 horas tiveram um risco relativo de morte 5,3 vezes maior que aqueles com valores acima de 100 ms (KLEIGER et al., 2005). Uma baixa VFC antes da alta hospitalar em pacientes com infarto agudo do miocárdio esteve relacionada com maior chance de desenvolver dilatação ventricular esquerda (DAMBRINK et al., 1994). Indivíduos com menor variabilidade da frequência cardíaca obtida através da análise do poder espectral mostraram um risco maior de desenvolver morte cardíaca súbita (MYERS et al., 1986). Em pacientes com diabetes melitus foi encontrada redução na variabilidade da frequência cardíaca mesmo em pacientes sem sinais cardiovasculares de neuropatia autonômica (MURRAY et al., 1975). Akserold et al. (1991) demonstraram que o SNS e o SNP possuíam frequências específicas na análise espectral da VFC e que o sistema reninaangiotensina modulavam fortemente a amplitude do pico espectral na frequência de 0,04 Hz. A VFC descreve as oscilações dos intervalos entre batimentos cardíacos consecutivos (intervalos RR) resultante da interação entre múltiplos mecanismos fisiológicos que regulam a frequência cardíaca (BILCHICK; BERGER, 2006; BUCCELLETTI et al., 2009). Como estes são influenciados pela interação entre o SNP e o SNS, a VFC pode ser usada como uma medida indireta de avaliação do funcionamento do SNA, desde que o coração seja capaz de responder adequadamente a estes estímulos (RAJENDRA et al., 2006). A figura 3 mostra um tacograma com a variação da frequência cardíaca de um indivíduo normal.

24 24 Figura 3. Variação da frequência cardíaca de um indivíduo normal. Fonte: Rajendra et al. (2006). Indivíduos saudáveis apresentam uma alta VFC, mostrando um sistema nervoso autônomo eficiente, enquanto aqueles que apresentam uma baixa VFC provavelmente estão apresentando alguma alteração fisiológica, indicando a necessidade de uma investigação mais detalhada no sentido de identificar a causa desta alteração (VANDERLEI et al., 2009). Os dados para a análise da VFC são adquiridos de séries temporais de intervalos RR, ou seja, a sequência de intervalos entre pontos fiduciais das ondas R de complexos QRS sucessivos em gravações eletrocardiográficas de 24 horas, usualmente incorporadas em softwares de análise de Holter ou através da análise de segmentos de curta duração, estes permitindo comparações da variabilidade da frequência cardíaca durante várias atividades, como no repouso, sono, administração de drogas, estimulação carotídea, mudanças posturais, dentre outras (KUUSELA, 2013; RASSI, 2000; TASK FORCE, 1996). Alguns autores recomendam gravações com um mínimo de 5 a 10 min de duração ou que abarquem pelo menos duas vezes o comprimento de onda do componente de menor frequência quando forem utilizados índices no domínio da frequência (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003). A análise da VFC baseia-se em alterações nos ciclos sinusais, pressupondose então que a detecção de complexos QRS não originados de despolarizações sinusais, a presença de artefatos (mau contato nos eletrodos, movimentos do indivíduo), e a não detecção de complexos QRS levem a alterações nos resultados da análise. Estes problemas podem ser sobrepujados através da inspeção cuidadosa das séries temporais obtidas, selecionando segmentos sem artefatos ou eliminando artefatos e usando de técnicas como a interpolação (substituir

25 25 batimentos a serem corrigidos pela média de batimentos que precedem e sucedem os artefatos) (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003; KUUSELA, 2013). É recomendada uma frequência de amostragem mínima de 250 Hz e máxima de 1000 Hz com objetivo de conseguir uma resolução temporal e definição de eventos adequada (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003). Um dispositivo que mostrou uma boa acurácia na aquisição dos sinais nos registros em exercícios de baixa intensidade, além de ser bastante acessível devido ao baixo custo é o cardiofrequencímetro, sendo o modelo Polar S810i um dos que possuem estas características (VANDERLEI et al., 2008). O cálculo da VFC tanto no domínio do tempo quanto no domínio da frequência com dados obtidos através do Polar S810i é tão confiável quanto os adquiridos com um conversor de sinais eletrocardiográficos (GAMELIN; BERTHOIN; BOSQUET, 2006; KINGSLEY; LEWIS; MARSON, 2005; VANDERLEI et al., 2008) Métodos de análise da variabilidade da frequência cardíaca Vários métodos podem ser usados para avaliar a variabilidade da frequência cardíaca, sendo que atualmente eles são divididos em métodos lineares e não lineares, estes baseados na teoria do caos. Os métodos lineares são os mais simples de serem usados e vem sendo empregados há vários anos. Compreendem os baseados no domínio do tempo e os baseados no domínio da frequência. Os vários métodos de análise da VFC se complementam, não existindo nenhum que possa ser considerado superior ao outro ou que possa ser classificado como gold standard (LAHIRI; KANNANKERIL; GOLDBERGER, 2008) Métodos no domínio do tempo Os métodos no domínio do tempo são os mais simples de serem empregados. Nestes a frequência cardíaca ou mais comumente o intervalo entre os batimentos cardíacos são mensurados. Estas variáveis podem ser obtidas de traçados eletrocardiográficos de longa duração como no Holter de 24 horas ou de segmentos mais curtos que permitem a comparação da VFC feita durante certas atividades, como sono, repouso, etc... (TASK FORCE, 1996).

26 26 A variabilidade da frequência cardíaca não se constitui num processo estacionário, onde a média e a variância são independentes da extensão da aquisição dos dados. Portanto, resultados obtidos de segmentos de longa duração (registro de 24 horas), não devem ser comparados com os obtidos dos segmentos de curta duração (BILCHICK; BERGER, 2006) Os métodos no domínio do tempo são divididos em métodos estatísticos e métodos geométricos. Os métodos estatísticos mais empregados são: a) SDNN - Desvio-padrão de todos os intervalos RR normais gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms. Figura 4. Exemplo simbólico de SDNN - Desvio-padrão de todos os intervalos RR normais gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms. Fonte: Modificado de Rassi (2000). b) SDANN - Desvio-padrão das médias dos intervalos RR normais a cada 5 min gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms. Figura 5. Exemplo simbólico de SDANN - Desvio-padrão das médias dos intervalos RR normais a cada 5 min gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms. Fonte: Modificado de Rassi (2000).

27 27 c) SDNNindex - Média do desvio-padrão dos intervalos RR normais, a cada 5 min gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms. Figura 6. Exemplo simbólico de SDNNindex - Média do desvio-padrão dos intervalos RR normais, a cada 5 min gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms. Fonte: Modificado de Rassi (2000). d) RMSSD - Raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes, gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms. Figura 7. Exemplo simbólico de RMSSD - Raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes, gravados em um intervalo de tempo, expresso em ms. Fonte: Modificado de Rassi (2000). e) PNN50 - Porcentagem dos intervalos RR adjacentes com duração maior que 50 ms. Figura 8. Exemplo simbólico de PNN50 - Porcentagem dos intervalos RR adjacentes com duração maior que 50 ms. Os intervalos 2º, 8º e 10º apresentam diferença maior que 50 ms. Fonte: Modificado de Rassi (2000).

28 28 Os métodos SDNN, SDANN e SDNNindex, são obtidos através da medida direta dos intervalos RR usualmente em registros de longa duração e refletem a variabilidade total e portanto todos os componentes cíclicos responsáveis pela variabilidade no segmento analisado. Representam a contribuição dos componentes simpático e parassimpático do SNA e correlacionam-se com os componentes de baixa frequência (LF) do poder espectral. Os métodos RMSSD e PNN50 correspondem à medida das diferenças entre RR consecutivos, sendo por isto considerados métodos de avaliação de curto prazo da VFC. Eles refletem a atividade parassimpática e correlacionam-se com os componentes de alta frequência (HF) do poder espectral (TASK FORCE, 1996). Os métodos geométricos atualmente empregados são o índice triangular e o plotagem de Lorenz (plotagem de Poincaré ou mapa de retorno). O índice triangular é calculado através da construção de um histograma de densidade dos intervalos RR normais. Na construção do histograma estão dispostos no eixo horizontal os valores dos intervalos RR normais e no eixo vertical a frequência com que eles aparecem. A união dos pontos da base do histograma com a sua altura forma um triângulo, sendo que o índice triangular é calculado a partir da divisão do número de RR normais (área do triângulo) pela altura, que corresponde ao número de RR com maior frequência (frequência modal) (RASSI, 2000; VANDERLEI et al., 2009). Ele expressa a variabilidade total e possui uma alta correlação com o SDNN (RAJENDRA et al., 2006). A figura 9 demonstra um exemplo de índice triangular. Os dados para construção do histograma são geralmente obtidos com uma frequência de amostragem de 128 Hz (dados obtidos a cada 0,0078 s).

29 29 Figura 9. O índice triangular é obtido dividindo a integral da área de D pelo valor máximo de Y. Fonte: Modificado de Task Force (1996). A grande vantagem do índice triangular está na sua relativa independência da qualidade dos dados obtidos, já que os batimentos ectópicos e os batimentos não detectados acabam ficando fora triângulo usado para seu cálculo. Isto reduz a necessidade de pré-processamento dos dados obtidos. A maior desvantagem deste método está na necessidade da obtenção de um número razoável de intervalos RR para a construção do modelo geométrico (no mínimo 20 min e idealmente 24 horas) (TASK FORCE, 1996) Na Plotagem de Lorenz (Plotagem de Poincaré) é usado um plano cartesiano constituído de pares ordenados de valores de RR de uma série temporal. No eixo das abscissas (eixo x) um intervalo RR é correlacionado com o intervalo RR seguinte representado no eixo das ordenadas (eixo y) de modo a formar pontos. A obtenção de dados por períodos longos de monitorização permite a formação de figuras geométricas, podendo estas ser analisadas de modo qualitativo ou quantitativo. A análise qualitativa baseia-se na avaliação da figura formada pelo seu atrator, que pode ter padrões característicos, traduzindo o comportamento da VFC. Indivíduos com variabilidade da frequência cardíaca adequada levam a formação de figuras amplas, tanto na largura como no comprimento, semelhantes à figura de um cometa enquanto aqueles com uma menor variabilidade da frequência cardíaca

30 30 apresentam formas geométricas mais compactas semelhantes a um torpedo (RASSI, 2000; VANDERLEI et al., 2009). Na avaliação quantitativa da plotagem de Lorenz são obtidos três índices: SD1, SD2 e a razão SD1/SD2 (Figura 10). SD1 representa o desvio padrão dos pontos perpendiculares à linha de identidade e reflete as mudanças batimento a batimento na frequência cardíaca, apresentando uma correlação estreita com o RMSSD e por isto pode ser considerado um índice de atividade parassimpática (KAMEN; KRUM; TONKIN, 1996). SD2 representa o desvio padrão ao longo da linha de identidade e representa a variabilidade da frequência cardíaca em registro de longa duração, apresentando correlação com os índices que traduzem a variabilidade em longo prazo (RASSI, 2000; VANDERLEI et al., 2009). A relação SD1/SD2 representa a razão entre as alterações de curto prazo e as de longo prazo. Figura 10. Exemplo de Plotagem de Poincaré. Fonte: Modificado de Huikuri et al. (2003).

31 Métodos no domínio da frequência Na análise no domínio da frequência são usados algoritmos matemáticos que calculam a partir do tacograma a densidade da potência espectral, permitindo a decomposição da VFC em bandas de frequência. Os algoritmos mais empregados são a transformada rápida de Fourier e o modelo auto regressivo. Nos registros de curta duração (2-5 min) são encontrados três componentes: 1- Componente de alta frequência (HF - High frequency) - 0,15-0,4 Hz; 2- Componente de baixa frequência (LH - Low frequency) - 0,04-0,15 Hz; 3- Componente de frequência muito baixa (VLF - Very low frequency) - menor que 0,04 Hz. Nos registros de longa duração ainda é encontrado um quarto componente, de frequência ultrabaixa (ULF), com frequência menor que 0,003 Hz. Este componente contribui para a maior parte do poder espectral total (BIGGER et al., 1992). Os valores das bandas de frequência são normalmente expressos em valores absolutos (ms 2 ). Os componentes LF e HF podem ser também expressos em unidades normalizadas obtidas através da divisão de cada componente pelo poder espectral total subtraído do componente VLF, sendo o resultado multiplicado por 100 (Figura 11). A área sob a curva da densidade de potência espectral representa a variabilidade total e é equivalente à variância do sinal. O componente HF corresponde à VFC relacionada à arritmia sinusal respiratória e é um marcador da atividade vagal sobre o coração. O componente LF tem uma influência do SNS bem estabelecida, porém apresenta também oscilações consequentes à atividade do SNP e é relacionado à sensibilidade baroreflexa (KUUSELA, 2013). A relação LF/HF representa o balanço simpato-vagal sobre o coração (BILCHICK; BERGER, 2006). O componente VLF parece ser relacionado ao tono vasomotor, a termorregulação e ao sistema renina-angiotensina.

32 32 Figura 11. Análise espectral (modelo autorregressivo) de VFC em um indivíduo saudável no repouso e durante tilt test em 90º mostrando o aumento do componente LF e diminuição do componente HF do poder espectral total com a posição supina. O gráfico pizza mostra a contribuição relativa dos dois componentes. Fonte: Modificado de Task Force (1996) Aplicações clínicas da variabilidade da frequência cardíaca Variabilidade da frequência cardíaca e infarto do miocárdio Em alguns pacientes durante a fase aguda do infarto do miocárdio a variabilidade da frequência cardíaca, encontra-se diminuída e está relacionada à presença de alterações clínicas e hemodinâmicas que denotam maior gravidade, podendo ser usada como instrumento para estratificação de risco nestes pacientes (BIGGER et al., 1993). Foi demonstrado que a variabilidade cai em média para 25 a 50% dos valores normais e que após três meses atinge um patamar de estabilidade, embora em valores abaixo do normal (BIGGER et al., 1993). A causa desta baixa variabilidade da frequência cardíaca não está bem estabelecida, porém, parece estar relacionada à diminuição da atividade vagal e/ou ao aumento da atividade simpática atuando sobre o coração (CHRISTOFER et al., 1992). O aumento da atividade simpática evidenciada pela diminuição da variabilidade da frequência cardíaca pode ser prejudicial nas fases iniciais do remodelamento cardíaco, quando a formação do tecido cicatricial não está completada, levando a dilatação do coração (Figura 12) (DAMBRINK et al., 1994).

33 33 Relaciona-se também a uma maior propensão ao desenvolvimento de arritmias malignas, inclusive à morte súbita (CRIPPS et al., 1991). Figura 12. Aumento no volume sistólico final do ventrículo esquerdo (VSFVE) antes da alta hospitalar e após 12 meses em pacientes após infarto agudo do miocárdio, com índice de variabilidade da frequência cardíaca (IVFC) menor ou igual a 25 e nos pacientes com IVFC maior que 25. Após 12 meses o VSFVE aumentou nos pacientes com IVFC menor que 25. Fonte: Modificado de Dambrink et al. (1994). Farrell et al. (1991) estudando pacientes com infarto do miocárdio antes da alta hospitalar concluíram que uma menor variabilidade da frequência cardíaca avaliada através do índice triangular, associada ou não a presença de potenciais tardios no eletrocardiograma de alta resolução e de formas ventriculares repetitivas no Holter de 24 horas, era um forte preditor de mortalidade e de desenvolvimento de eventos arrítmicos. Em 715 pacientes estudados 2 semanas após a oclusão coronária, Bigger et al. (1992) encontraram uma forte associação entre mortalidade e valores baixos do poder espectral total e dos componentes de frequência ultrabaixa e de frequência muito-baixa (Figura 13). Esta associação se estendeu para todos os componentes do poder espectral quando analisada após um ano do evento coronariano (BIGGER et al., 1993).

34 34 Figura 13. Curva de sobrevida de Kaplan-Meier de 715 pacientes divididos em grupos de alta e baixa variabilidade da frequência cardíaca avaliados por método no domínio da frequência- frequência ultrabaixa (ULF), frequência muito baixa (VLF), frequência baixa (LF) e frequência alta (HF). Fonte: Modificado de Bigger et al. (1992). Alguns estudos designados para avaliar se estratégias terapêuticas mais recentes, como o uso mais extensivo de betabloqueadores e a revascularização miocárdica, haviam mudado o perfil de risco dos pacientes sobreviventes de infarto agudo do miocárdio mostraram que o SDNN foi incapaz de predizer a ocorrência de morte súbita (HUIKURI et al., 2003; MAKIKALLIO et al., 2005). No entanto, Kunz et al. (2012) encontraram uma baixa variabilidade da frequência cardíaca, avaliada por métodos no domínio do tempo e da frequência, em pacientes no 2º e 7º dia de evolução do infarto agudo do miocárdio. Todos os pacientes haviam sido submetidos à recanalização mecânica ou química e estavam em uso de betabloqueadores. Em metanálise avaliando a associação entre VFC e mortalidade após infarto do miocárdio, Buccelletti et al. (2009) encontraram que pacientes com SDNN menor que 70 ms, obtidos através de gravações de Holter de 24 horas apresentavam uma mortalidade em 3 anos quatro vezes maior que aqueles com SDNN superior a 70 ms.

35 Variabilidade da frequência cardíaca e diabetes Uma das principais complicações do diabetes melitus tipo I e tipo II é a neuropatia, particularmente a sua forma cardíaca (neuropatia autonômica cardíaca), consequência de lesões nas fibras nervosas que inervam o coração e vasos sanguíneos, o que ocasiona alterações no controle da frequência cardíaca e do tônus vascular. Ela é relacionada à duração do diabetes e aos níveis sanguíneos de glicose e seu reconhecimento precoce é importante devido à sua associação com uma maior mortalidade (PELTIER; DAVIS, 2012; ZIEGLER et al., 2008). Estudos longitudinais tem mostrado que pacientes com diabetes melitus apresentam um declínio mais rápido nos valores de SDNN e rmssd, quando comparados com pessoas não diabéticas (AKYEL et al., 2012; SCHROEDER et al., 2005). Estas alterações aparecem precocemente na evolução do diabetes e são de caráter progressivo. O estudo da variabilidade da frequência cardíaca é um método complementar importante no diagnóstico e acompanhamento destes pacientes (EWING; CLARKE, 1982). Tale e Sontakke (2011) encontraram uma menor variabilidade da frequência cardíaca, tanto por métodos baseados no tempo quanto por métodos baseados na frequência, em pacientes diabéticos quando comparados com pacientes não diabéticos. Spallone et al. (1993) estudando a pressão arterial e a variabilidade da frequência cardíaca através de métodos no domínio da frequência em pacientes diabéticos encontraram uma menor queda noturna da pressão arterial, menores valores diurnos do componente de baixa-frequência (LF), menores valores noturnos do componente de alta-frequência (HF), menores valores diurnos da relação LF/HF e um menor decréscimo noturno da relação LF/HF, quando comparados com controles, concluindo que a menor queda noturna da pressão arterial estava associada a uma predominância do tônus simpático neste período o que poderia representar um fator de risco para eventos cardiovasculares nesta população. As manifestações clínicas mais frequentes da neuropatia autonômica cardíaca são a taquicardia em repouso, hipotensão ortostostática, intolerância ao exercício, labilidade cardiovascular no intraoperatório, infarto do miocárdio silencioso e mortalidade aumentada (PELTIER; DAVIS, 2012).

36 36 Pacientes diabéticos apresentam morbimortalidade cardiovascular perioperatória 2 a 3 vezes maior que pacientes não diabéticos. Os pacientes portadores de neuropatia autonômica cardíaca necessitam do uso de drogas vasopressoras mais frequentemente que os não portadores. São também mais sujeitos a hipotermia com consequente diminuição no clearance de drogas e dificuldade na cicatrização de feridas. Pacientes diabéticos que apresentam uma baixa variabilidade da frequência cardíaca, avaliada tanto por métodos no domínio do tempo quanto no domínio da frequência, são mais propensos a apresentar eventos cardiovasculares relacionados à doença coronária (LIAO et al., 2002). A mortalidade pós-infarto do miocárdio em pacientes com diabetes melitus parece ser maior que nos pacientes sem diabetes e o estudo da variabilidade da frequência cardíaca tem um papel importante na identificação dos pacientes de maior risco (VINIK; ZIEGLER, 2007). Concluindo, a neuropatia autonômica cardíaca relacionada ao diabetes mellitus está associada a uma maior mortalidade e o seu reconhecimento precoce é de suma importância no sentido de se procurar atingir um controle glicêmico mais rígido nos seus portadores. O estudo da variabilidade da frequência cardíaca é um meio de diagnosticar esta afecção mesmo antes do aparecimento dos sintomas A influência do exercício físico sobre a variabilidade da frequência cardíaca A atividade física regular é um instrumento importante na manutenção da saúde de um modo geral e é associada com a melhora da capacidade funcional em várias condições, como as doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes tipo II. Ajuda na prevenção da depressão e na melhora da autoestima (FU; LEVINE, 2012). Existem atualmente evidências de que estes efeitos benéficos são em parte devido a modificações na função do sistema nervoso autônomo (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003; FU; LEVINE, 2012). Mecanismos neurais são responsáveis pela resposta inicial ao exercício levando a modificações na frequência cardíaca e na pressão arterial (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003).

37 37 Centros corticais, hipotalâmicos e mesencefálicos são responsáveis pela resposta cardiovascular inicial ao exercício, controlando as funções locomotoras, cardiovasculares e ventilatórias. Com a continuação do exercício, sinais oriundos de barorreceptores e de receptores mecânicos e metabólicos localizados em grupos musculares ativos fornecem informações aos centros cardiovasculares cerebrais que vão regular a oferta e o consumo de oxigênio (FU; LEVINE, 2012). Esta resposta ocorre através de vias eferentes parassimpáticas (vagais) e simpáticas, levando a uma ativação simpática e aumento da frequência e contratilidade cardíaca, vasoconstrição na musculatura inativa e vasodilatação nos grupos musculares em atividade. O aumento da frequência cardíaca ocorre por conta da estimulação neural ou por aumento de catecolaminas circulantes (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003; FU; LEVINE, 2012). A atividade física regular resulta em uma melhora do balanço autonômico cardíaco com atenuação da atividade do sistema nervoso simpático, aumento do tônus vagal e melhora da sensibilidade baroreflexa. Indivíduos bem condicionados fisicamente apresentam uma menor frequência cardíaca em repouso quando comparados com pessoas sedentárias (AUBERT; SEPS; BECKERS, 2003). Estas modificações autonômicas estão relacionadas a várias alterações fisiológicas benéficas como redução dos níveis pressóricos, melhora da função endotelial, da função cardíaca e da resistência insulínica, diminuição da obesidade, aumento do volume plasmático e da massa de hemoglobina e melhora da função renal-adrenal (FU; LEVINE, 2012). A atividade física regular tem o potencial de reverter a disfunção autonômica e a redução da atividade baroreflexa que acompanha o envelhecimento (JOYNER; GREEN, 2009). Exercícios de moderada intensidade melhoram a diminuição da variabilidade da frequência cardíaca associada à menopausa (EARNEST et al., 2008). O treinamento físico tem sido usado no tratamento de doenças cardíacas, acreditando-se que o aumento da sensibilidade reflexa e da variabilidade de frequência cardíaca esteja relacionado à prevenção da morte súbita (FU; LEVINE, 2012). Aubert, Beckers e Ramaekers (2001), usando os índices baseados no domínio do tempo rmmsd e pnn50, encontraram um aumento da atividade vagal em atletas condicionados aerobiamente em comparação com aqueles condicionados

38 38 aerobiamente. Mostraram também que no domínio da frequência o treinamento aeróbico induziu a um aumento dos componentes de alta frequência (HF) e de baixa frequência (LF) na posição ortostática e do componente de baixa frequência na posição supina. Eles concluíram que o condicionamento físico através de exercícios aeróbicos leva a alterações na variabilidade da frequência cardíaca o que poderia trazer benefícios para o sistema cardiovascular. Melanson e Freedson (2001) realizaram um estudo no qual foram comparados onze indivíduos previamente sedentários que participaram em um programa de treinamento físico por dezesseis semanas (três vezes por semana, trinta minutos por dia) com cinco indivíduos controles não participantes de treinamento físico para determinar o efeito temporal de um programa de exercício de intensidade moderada-vigorosa sobre a variabilidade da frequência cardíaca. Foram avaliados os índices no domínio do tempo SDNN, PNN50 e rmssd e no domínio da frequência os componentes HF e LF através da técnica da transformada rápida de Fourier. Eles encontraram valores significativamente mais elevados de PNN50 após 12 semanas, rmssd após 12 e 16 semanas e de HF após 12 e 16 semanas no grupo sob treinamento e concluíram que um programa de exercício de intensidade moderada-vigorosa é capaz de elevar as medidas da VFC dentro de 12 semanas. Sandercock, Bromley e Brodie (2005) desenvolveram uma metanálise com a finalidade de avaliar os efeitos do treinamento físico sobre a frequência cardíaca e sobre as medidas da variabilidade da frequência cardíaca associadas com a modulação vagal cardíaca e quantificar a relação entre as alterações nas medidas destas variáveis. Foi analisado o componente de alta frequência (HF) do poder espectral e o cálculo dos intervalos RR. Os autores concluíram que o treinamento físico trouxe um aumento significativo na duração dos intervalos RR e no componente de alta frequência (HF) e sugerem que outros fatores além do aumento do tônus vagal possam estar envolvidos no desenvolvimento da bradicardia relacionada ao condicionamento físico Radiação infravermelha A radiação óptica infravermelha se encontra na faixa do espectro eletromagnético com comprimento de onda de aproximadamente 780 nm a 1 mm. Ela é subdividida

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