LINFADENITE CASEOSA. Etiologia. Corynebacterium pseudotuberculosis. Linfadenite caseosa. Corynebacterium pseudotuberculosis. Keila da Silva Coelho
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1 Laboratório rio de Bacteriologia Aplicada LINFADENITE CASEOSA Keila da Silva Coelho Linfadenite caseosa Definição: doença infecto-contagiosa crônica de caprinos e ovinos, que se caracteriza pelo presença de abscessos com conteúdo caseoso Corynebacterium pseudotuberculosis Laboratório rio de Bacteriologia Aplicada Etiologia Corynebacterium pseudotuberculosis 1
2 Etiologia Corynebacterium pseudotuberculosis Gram-positiva Parasita intracelular facultativo Células pleomórficas Imóvel Presença de fímbrias Não forma cápsula Não esporula Biovares equi, ovis Hospedeiros Isolada de Pombos, camelos, suínos e búfalos Infecta Raramente o homem Linfadenite e abscessos Linfonodos axiais e inguinais 25 casos descritos Contato direto com animais doentes Ingestão de produtos contaminados Carne crua e leite bovino Potencial zoonótico Hospedeiros Equinos e bovinos equi abscessos na região peitoral e ventral linfangite ulcerativa de extremidade distal Caprinos e ovinos ovis Linfadenite caseosa 2
3 Laboratório rio de Bacteriologia Aplicada LINFADENITE CASEOSA Epidemiologia Mundialmente distribuída Caprino e ovinocultura: atividades significantes Austrália, Nova Zelândia, EUA, Canadá e Inglaterra EUA Terceira doença em perdas econômicas em ovinos Austrália uma das cinco doenças mais importantes Epidemiologia Brasil Estado Espécie Prevalência (% ) Referência B ah ia O vin a 36,5 1 T ino co, M in as G erais e R io d e Ja neiro C ap rina 82,4 1 T ino co, Caprina 33,3 M agalhães et al., 1985 Rio Grande do Norte Caprina 25,0 Baker & Souza, 1987 Pernambuco Caprina 78,0 Souza Neto, 1987 Ceará Caprina 66,9 Pinheiro et al., 2000 M in as G er ais (N or te d e Caprina e M in as, V ale d o M ucu ri e Jeq ue tin ho nh a) O vin a 47,9 % 1 Nordeste: 93% do rebanho caprino Como ocorre a infecção? 3
4 Fontes de infecção Principal fonte de infecção Animais contaminados Ruptura de abscessos Corrimento de abscessos externos e internos (nasal ou bucal) Bactéria no ambiente Fômites e Instalações Bactéria no ambiente Resistente em: Temperaturas baixas Locais úmidos Palha Feno Solo Local Galpão de Tosquia 3 semanas 2 meses 4 meses Tempo Até 8 meses Transmissão Via inalatória Via oral Contato direto de lesões superficiais Pele Controverso Pele íntegra Vetores Mosca 4
5 Fatores predisponentes Lesões de pele Tosquia Castração Descorna Marcação Marradas Traumatismos Ectoparasitas Banheiros ectoparasiticidas Arrame farpado Capim seco Superfícies cortantes ou perfurantes Fatores predisponentes Hospedeiro Adultos Maior incidência em ovinos que em caprinos Ovinos Raça Merino e seus mestiços Fatores predisponentes Lesões de pele Tosquia Castração Descorna Marcação Marradas Traumatismos Ectoparasitas Banheiros ectoparasiticidas Arrame farpado Capim seco Superfícies cortantes ou perfurantes 5
6 Fatores predisponentes Vegetação Nordeste Patogenia Como se desenvolve a patologia? Bases moleculares de virulência Poucos genes identificados fagb, serina protease e componentes da parede celular Fatores de virulência Camada lipídica Fosfolipase D Patogenia Camada lipídica Proteção física Ação degradativa das enzimas fagocíticas Correlação positiva entre conteúdo lipídico e virulência Citotoxicidade Fator piogênico Formação dos abscessos 6
7 Patogenia Fosfolipase D Fator de permeabilidade Lesão endotelial Extravasamento do plasma Disseminação bacteriana Patogenia Fosfolipase D Hemólise Anemia hemolítica Sinais de choque e mortalidade Patogenia 1. Entrada pela pele ou superfícies mucosas 2. Sobrevivência em macrófagos 3. Degeneração dos macrófagos 4. Disseminação linfática 5. Formação de abscessos 7
8 Patogenia Imunidade Inata Imunidade adaptativa Resolução da infecção é depende de macrófagos ativados dentro da lesão Ativação da resposta imune do tipo celular Sinais clínicos e patológicos Abscessos contendo material caseoso coloração branco-esverdeada Localização linfonodos pulmão fígado baço Sinais clínicos e patológicos Abscessos externos Linfonodos submandibulares e parotídeo Linfonodo pré-escapular Linfonodo inguinal e supramamário Abscessos internos Linfonodos mediastinais Pulmão Linfonodos mesentéricos Baço e fígado 8
9 Sinais clínicos e patológicos Caprinos x ovinos Diferenças Distribuição das lesões caprinos Parotídeo, cabeça e pescoço ovinos Inguinal e pré-escapular Morfologia do abscesso Pastoso Laminado Disseminação Mais raro Mais comum Sinais clínicos e patológicos Período de incubação 40 a 180 dias Doença crônica Mortalidade baixa Recidiva freqüentes Animais emaciados Diagnóstico Clínico Bacteriológico Isolamento Identificação microbiológica 9
10 Diagnóstico Bacteriológico Colônias Provas bioquímicas Diagnóstico Testes sorológicos Inibição da hemólise (AHI) Hemólise sinérgica Elisa Teste de pele Técnicas moleculares PCR Importância da doença? Importância econômica Condenação de carcaças Diminuição da produção de carne, leite e lã Baixa qualidade do couro Baixa eficiência reprodutiva Descarte de animais Mortalidade Tratamento eficaz? 10
11 Tratamento Isolamento dos animais acometidos Antibioticoterapia Testes com diferentes isolados Sensíveis in vitro ampicilina, clorafenicol, lincomicina, gentamicina, tetraciclina, penicilina G e sulfametaxazoltrimetropim Resistência em determinadas condições de infecção Mastites Biofilme Cápsula fibrótica Tratamento Retirado do linfonodo acometido Drenagem do abscesso Água oxigenada Permanganato de potássio a 1:1000 Tintura de iodo a 10% Contaminação ambiental Tratamento não é eficiente Controle Evitar a entrada de animais infectados no rebanho Diminuir fatores predisponentes Manter padrão de higiene elevado Isolar animais infectados Tratar os abscessos Eliminar animais infectados Soropositivos e soronegativos Medida de melhor custo-benefício: Imunoprofilaxia 11
12 Vacinas Bacterina Amostra atenuada Bacterina - toxóide Toxóide Não é efetiva Proteção parcial Lesões de graus variados Resposta humoral Anti-toxina Evita disseminação Anti-bactéria Vacinas Indução da resposta celular Bacterina associada a vermífugo Vacinas seguras + Resposta celular Vacinas recombinantes e de DNA Vacinas experimentais Vacinas Vacinas comerciais Toxóide Conjugada a outros antígenos Viva atenuada 1002 ( Problemas Proteção parcial Animais com lesões e disseminação Eficácia difere em caprinos e ovinos 12
13 Obrigada!! 13
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