RESPONSABILIDADE CIVIL DOS LEILÕES VIRTUAIS
|
|
- Teresa Espírito Santo Bentes
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS LEILÕES VIRTUAIS Gabriel Gimenes Rodrigues 1 RESUMO Este trabalho analisa a controvertida questão acerca da responsabilidade civil das empresas prestadoras do serviço de leilão virtual, em frente aos produtos transacionados em seus websites. Para tanto, será necessária uma prévia explanação da Teoria Geral dos Contratos, com especial enfoque nas peculiaridades dos contratos eletrônicos, para, posteriormente, adentrar na polêmica central. Constata que os Tribunais pátrios não são pacíficos quando provocados a decidir litígios sobre a matéria, fato que ressalta a contemporaneidade e a relevância do tema. Afinal, devem as empresas de leilão virtual serem, solidariamente com o anunciantes, responsabilizadas por eventuais vícios nas transações ocorridas sob seu domínio? Palavras-chave: Contratos. Responsabilidade civil. Leilões virtuais. ABSTRACT This production is intended to analyze the controversial issue concerning the civil liability of the companies operating in virtual auctions over the products negotiated in their websites. So as to accomplish this, a previous explanation on the General Theories of Contract focused on the peculiarities of electronic contracts will be necessary for the later addressing to the pivotal polemic. One will be able to acknowledge that the Local Tribunals are not in agreement when judging litigation on the matter, which adds to the contemporariness and relevance of the theme. And finally, should the virtual auctioning companies and the advertisers have joint liability in eventual defects occurred under their domain? Keywords: Contracts. Civil Liability. Virtual Auctions. 1 Advogado; especialista em Direito Civil pela FDV.
2 1 INTRODUÇÃO O avanço tecnológico e a propagação da internet no mundo globalizado vêm alterando profundamente a forma pela qual a sociedade estabelece suas relações jurídicas. Atualmente, existem no Brasil cerca de 20,05 bilhões de internautas, que movimentaram a importância de R$ 1,745 bilhões de reais no comércio eletrônico, no ano de 2004, havendo previsão de crescimento para Visando a se adequar a essa nova tendência mundial, a Teoria Geral das Obrigações vem sofrendo constantes alterações. Entretanto, a falta de legislação específica pertinente ao comércio eletrônico é a grande dificuldade encontrada pela doutrina e tribunais. Nesse passo, o presente trabalho objetiva abordar a questão da responsabilidade civil dos leilões virtuais sobre os produtos comercializados em seus websites. Para tanto, traçaremos breves linhas acerca da Teoria Geral dos Contratos e da Responsabilidade Civil, com um enfoque voltado para o comércio eletrônico, culminando com a responsabilidade dos leilões virtuais. 2 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Antes de adentrarmos no mérito do trabalho, precisamos realizar uma pequena abordagem sobre a teoria geral dos contratos, tema considerado por renomados doutrinadores como o mais importante ramo do Direito Civil. Segundo Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze Gagliano (2004, p. 1), [...] o contrato está para o civilista, assim como o crime está para o penalista. A palavra contrato deriva do latim contractus, de contrahere e significa ajuste, convenção, pacto, transação (SILVA, 2000), sendo uma das quatro fontes geradoras de obrigações, juntamente com a lei fonte mediata ou primária as declarações unilaterais de vontade e os atos ilícitos, dolosos e culposos. Na concepção de Arnoldo Wald (2004, p. 188), [...] contrato é um negócio jurídico bilateral, pois depende de no mínimo duas declarações de vontades, visando criar, modificar ou extinguir obrigações (direitos relativos de conteúdo patrimonial). 2 Disponível em: <http// Acesso em: 21 set
3 Ainda no Direito Romano, o contrato foi o instrumento adotado pelos homens e, a posteriori, consolidado no Direito Canônico, para gerar estabilidade a suas relações jurídicas, criando direitos e obrigações, substituindo a lei do mais forte que vigorava à época. Durante o século XX, com o avanço tecnológico e a globalização dos negócios jurídicos, esse instituto passou por um processo de massificação, gerando contratos cada vez mais padronizados, que pouco espelham o princípio da autonomia da vontade. Na verdade, para não se afirmar que o referido princípio foi totalmente extirpado das relações contratuais, cabe ao contratante expressar sua vontade em aderir, ou não, à oferta. Em virtude desse processo de padronização dos contratos, o Novo Código Civil (NCC) inovou no âmbito da teoria geral dos contratos, especificamente no que tange à liberdade de contratar, ao delimitar que esta, quando puder ser exercida, deverá observar a função social do contrato (art. 421). Outras novidades trazidas pelo NCC são os princípios da probidade e da boa-fé, os quais deverão ser guardados pela parte contratante na conclusão, bem como na execução do pacto (art. 422). Na verdade, o legislador disse menos do que pretendia no aludido dispositivo, visto que esses princípios devem ser observados pelas partes até mesmo antes da conclusão do pacto, ainda na fase de negociação. 2.1 CONDIÇÕES DE VALIDADE Podemos dividir as condições de validade dos contratos em duas espécies, sendo a primeira, chamada de ordem geral, aplicada a todos os atos e negócios jurídicos, e a segunda, de ordem especial, inerente apenas às relações contratuais (GONÇALVES, 2004). No que tange aos requisitos de ordem geral, o NCC os traz de forma expressa, em seu art. 104, estabelecendo que os negócios jurídicos devem ser celebrados por agente capaz, acerca de um objeto lícito, possível, determinado ou determinável, sob uma forma prescrita ou não de defesa em lei. A capacidade de fato das partes contratantes é fundamental para a validade do negócio jurídico, podendo a falta desse requisito importar em anulação ou nulidade do contrato, caso a incapacidade seja relativa, ou absoluta, respectivamente. 2
4 Porém, para determinados contratos, essa capacidade genérica, alcançada com a maioridade civil, não é suficiente para a sua validade. É necessário um plus, ou seja, uma legitimação para contratar, para que sejam preservados interesses sociais de ordem pública. É o caso, por exemplo, da venda de ascendente para descendente, que deverá conter o consentimento dos outros descendentes e do cônjuge herdeiro, para que não seja passível de anulação posteriormente. O objeto do negócio deve também ser lícito, ou seja, não pode ser proibido pelo Direito nem pela moral. Nesse aspecto, trazemos o art. 426 do NCC, o qual prescreve que [...] não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Por fim, no que diz respeito à forma, deve também ser prescrita ou não defesa em lei. Via de regra, a forma é livre, segundo preceitua o art. 107 do NCC: [...] a validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando da lei expressamente a exigir. As partes poderão eleger a forma escrita ou verbal. Contudo, em determinados casos, conforme se extrai da 2ª parte do dispositivo em voga, a lei poderá estipular uma forma específica para a validade do negócio, como é o caso dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis com valor acima de trinta salários mínimos vigentes no País (art. 108, NCC). O requisito de ordem específica é o acordo de vontades. As partes devem estar livres para deliberarem como bem entenderem e consentirem sob o conteúdo do contrato, sob pena de invalidade do negócio jurídico. Os vícios de consentimento que podem resultar na anulação do negócio jurídico são: o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo e a lesão. Há, ainda, os chamados vícios sociais, os quais também terão aptidão para gerar a ineficácia do negócio jurídico, quais sejam: a simulação, a fraude à lei e a fraude contra credores. 3
5 2.2 PRINCÍPIOS NORTEADORES Durante a fase do Estado Liberal, o Direito Privado sofria uma interferência mínima do Estado, que se baseava no postulado liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa, deixando as partes livres para regularem suas relações privadas. A idéia central era a de que o homem tinha capacidade plena para realizar e executar seus próprios negócios jurídicos, de acordo com sua vontade. Esse período era regulado pelos princípios da autonomia da vontade, da obrigação entre as partes (pacta sunt servanda) e da lei entre as partes (lex inter parts). Segundo o princípio da autonomia da vontade, o Estado não poderia interferir nas cláusulas estabelecidas entre as partes. Eram estas livres para contratar com quem quisessem e o que bem entendessem. Por sua vez, o brocardo do pacta sunt servanda obrigava as partes a cumprirem exatamente o que fora pactuado, nem que alguma das prestações se tornasse excessivamente onerosa ou prejudicial a alguma das partes que, quase sempre era a mais fraca economicamente. Por fim, tínhamos o princípio de que o contrato fazia lei entre as partes, ou seja, não poderia ser alterado posteriormente, devendo ser cumprido como um verdadeiro mandamento legal até o fim. Entretanto, o tempo mostrou que o homem, sem a intervenção estatal, não era capaz de formar uma sociedade justa e, tampouco, estabelecer prestações iguais entre as partes. Surge, então, a Era do Estado Social, na qual o Estado, preocupado com as diferenças que ficavam cada vez mais acentuadas, com hipossuficientes sendo engolidos pelas grandes empresas, passou a estabelecer regras de ordem cogente para serem respeitadas pelas partes em suas relações privadas. Ora, o Direito não é uma ciência estática, deve, portanto, estar em constante mutação para acompanhar os avanços do mundo globalizado. Com isso, notamos que a teoria geral dos contratos também sofreu relevantes alterações, a fim de acompanhar as necessidades dessa nova economia de massa. Vejamos a lição de Arnoldo Wald (2005, p. 43): O novo contrato que surge, agora, no século XXI, não tem mais a rigidez característica de outros tempos [...]. O contrato é, hoje, um instrumento de cooperação que deve atender aos interesses tanto das partes quanto da sociedade, admitindo-se até a existência de uma affectio contractus não muito distinta da que há entre sócios de uma empresa ou da que se faz presente na vida conjugal. Nesse prisma, constatamos que essa maior atuação do Estado nas relações privadas vem alterando consideravelmente o direito das obrigações e dos contratos, que são os reguladores das relações econômicas entre particulares, sejam estes pessoas físicas, sejam jurídicas. 4
6 No atual ordenamento jurídico, diversos são os princípios trazidos pela doutrina como norteadores das relações contratuais. No entanto, vamos nos ater a apenas três deles autonomia da vontade, função social do contrato e boa-fé objetiva por considerá-los de maior relevância. O princípio da autonomia da vontade prega a ampla vontade de contratar, ou seja, possuem as partes a faculdade de escolherem com quem e o que irão transacionar, possuindo o direito de até mesmo firmarem contratos atípicos. Carlos Alberto Bittar e Carlos Alberto Bittar Filho (2003, p. 122) ensinam: Com efeito, dos princípios fundamentais na teoria clássica dos contratos, o fundamenteal é o da autonomia da vontade que repousava sobre os conceitos de liberdade e igualdade, pelo qual as partes livremente se obrigam ou deixam de vincular-se, fixando as condições que regerão as suas relações, em razão do respectivo interesse. Significa, pois, o poder de auto-regulamentação de interesses. Entretanto, com a dinâmica trazida pelos grandes fabricantes, a massificação da economia, o conteúdo dos contratos deixou de ser estipulado por ambas as partes, ficando ao alvedrio das grandes empresas a elaboração de todas as cláusulas contratuais. São os chamados contratos de adesão, nos quais a autonomia da vontade do consumidor se limita em aderir, ou não, às cláusulas previamente fixadas. Nesse diapasão, visando a um maior equilíbrio entre as partes, o NCC trouxe expressamente em seu texto os princípios da função social do contrato e da boa-fé objetiva, conforme demonstraremos a seguir. O princípio da função social do contrato possui como marco inicial da Constituição Federal de 1988, a qual demonstrou grande preocupação com o social, limitando, por conseguinte, alguns valores individuais. Como exemplo dessa nova ótica, tem-se a função social da propriedade, prevista no art. 5, XXIII, que passou a estabelecer limites ao direito de propriedade, até então considerado por muitos como o símbolo do direito individual (BÉO, 2004). Com a promulgação Código de Defesa do Consumidor (CDC), em 1990, diversos paradigmas da teoria clássica contratualista sofreram forte mitigação, por exemplo, o princípio do pacta sunt servanda, limitado pela cláusula da onerosidade excessiva, segundo a qual é direito básico do consumidor [...] a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou a sua revisão em razão de fato supervenientes que as tornem excessivamente onerosas (art. 6, V, CDC). 5
7 Outras alterações foram trazidas com o advento do CDC, como a inversão do ônus da prova em favor do consumidor hipossuficiente (art. 6, VIII), a responsabilidade objetiva do fabricante de produtos (art. 12) e do fornecedor de serviços (art. 14), a nulidade das cláusulas abusivas (art. 51), etc. Seguindo essa corrente, o Novo Código Civil resolveu consagrar expressamente em seu texto a função social do contrato, destinado a todas relações contratuais, inclusive as civis: Art A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Dessa forma, temos que os contratos não devem ser interpretados sob o aspecto individualista de utilidade única para os contratantes, mas, sim, no sentido social, visando a atender aos anseios de toda a sociedade. Com efeito, poderá ser coibido o contrato que não alcançar tal finalidade (VENOSA, 2005). Por fim, temos o principio da boa-fé objetiva, determinando que as partes devem agir com lealdade e honestidade durante toda a fase contratual. Protege-se a confiança depositada pelas partes ao contratar. Paralelamente ao princípio da função social do contrato, é uma importante novidade trazida pelo legislador do NCC que, em seu art. 422, prescreve: Os contratante são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios da probidade e boa-fé. Ressalta-se que o legislador in casu disse menos do que pretendia. Nesse passo, a referida norma deve ter sua aplicação estendida a todas as fases contratuais, inclusive às negociações preliminares ou tratativas, nas quais as partes devem agir com lealdade e honestidade. O princípio da boa-fé objetiva deve nortear não só as relações contratuais, mas todos os negócios jurídicos, segundo orientação do art. 113 do Código Civil: Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Ensina Arnoldo Wald (2004, p. 192): A regra da boa-fé objetiva configura-se como cláusula geral e, portanto, corresponde a uma técnica legislativa que busca garantir a relação entre o direito e a realidade social, possibilitando a existência de um sistema jurídico aberto com constantes adaptações das normas legais às exigências do mundo de relações e da alteração dos seus valores com o tempo. Assim, a cláusula geral fornece um ponto de partida para se alcançar resultados justos e adequados. 6
8 Cíntia Regina Béo (2004, p. 41) nos lembra que o referido princípio já existia no Código Civil de 1916, mas não de forma expressa. Entretanto, segundo palavras da própria autora, [...] a boa-fé como disposta no Código Civil de 1916 era a boa-fé subjetiva, ao passo que o Código Civil vigente trata de uma boa-fé objetiva. Cumpre destacar que o Código de Defesa do Consumidor já trazia também o princípio da boa-fé objetiva nas relações de consumo (art. 4, III e art. 51, IV). Contudo, com a vigência do NCC, todas as relações contratuais, de consumo ou não, deverão ser regidas pelo princípio da boa-fé objetiva, demonstrando, mais uma vez, a proteção ao interesse público. 3 PECULIARIDADES DOS CONTRATOS ELETRÔNICOS Em virtude da velocidade da troca de informações, a internet se torna hoje instrumento essencial no mundo dos negócios. Pela rede mundial de computadores, milhões de contratos são firmados a cada dia. Por sua vez, inúmeras empresas sobrevivem exclusivamente às custas desse meio de comunicação, como é o caso dos leilões virtuais núcleo do nosso estudo, empresas atuantes apenas no mundo virtual, prestando o serviço de intermediar contratos, especialmente o de compra e venda. Como já visto, o contrato é um acordo de vontades convergentes para criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações. O contrato eletrônico não é diferente, também visa a produzir os mesmos efeitos jurídicos de um contrato típico. A diferença está na forma, visto que é utilizado um meio internet não previsto pelo legislador, o qual perdeu uma grande oportunidade de regular tal espécie contratual, quando da promulgação do atual Código Civil em Utilizaremos o conceito de contrato eletrônico trazido por Erica Brandini Barbagalo (2001, p. 37), que o define como [...] os acordos entre duas ou mais pessoas para, entre si, constituírem, modificarem ou extinguirem um vínculo jurídico, de natureza patrimonial, expressando suas respectivas declarações de vontade por computadores interligados entre si. Cumpre esclarecer a diferença entre contratos eletrônicos e os contratos informáticos, uma vez que estes são os que possuem como objeto bens jurídicos pertinentes à informática, como a 7
9 aquisição de software ou a manutenção de hardware, enquanto aqueles têm a informática como meio de formação (BARBAGALO, 2001), não possuindo objeto restrito (desde que seja lícito, possível e determinado ou determinável). 3.1 QUESTÕES PERTINENTES AOS REQUISITOS DE VALIDADE Os contratos eletrônicos devem observar os mesmos requisitos de validade de qualquer espécie contratual (ver item 2.1). Vale ressaltar, entretanto, o requisito da forma, que, a apriori, deverá apenas ser prescrita ou não defesa em lei. Contudo, como já dito, alguns contratos exigem solenidade específica, como é o caso da compra e venda de imóveis com valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País, que deverá ser mediante escritura pública (art. 108, NCC). Nesses casos, os contratos eletrônicos não possuem a capacidade de suprimir tal solenidade, sendo certo que somente poderão serem enquadradas eventuais negociações on-line no campo dos contratos preliminares. Todavia, a questão que mais aflige os especialistas da área reside no campo da capacidade das partes, visto que a verificação desse requisito se torna de extrema dificuldade com a falta de contato físico entre os contratantes. Tal dificuldade, em verdade, evidencia-se em qualquer transação em que as partes não estejam presentes fisicamente no momento da manifestação da vontade Assinatura eletrônica e digital Visando a assegurar que os negócios jurídicos sejam realizados por partes capazes e legítimas para manifestarem suas vontades, técnicos em informática se esforçam para criar métodos de impedir as fraudes. Jean Carlos Dias (2002, 90) afirma: Exatamente por não haver, obrigatoriamente, identidade entre a pessoa e a sua representação digital, é que se têm hoje procurado meios seguros de verificação, sendo hoje as formas mais comuns a utilização de senhas, assinatura eletrônica ou assinatura digital. 8
10 Assim, foram criadas as senhas, gênero do qual derivam a assinatura eletrônica e a assinatura digital. Aquela é o método no qual um usuário fornece um determinado conjunto de caracteres, não criptografados, ao sistema que irá utilizar, como requisito de acesso (DIAS, 2002). A assinatura digital é a transmissão de informações pela internet por meio da criptografia. A criptografia é uma linguagem codificada utilizada para enviar mensagem escrita em linguagem não convencional, conferindo à assinatura digital e ao documento eletrônico a segurança necessária para a realização das transações on-line (ANDRADE, 2004). 3.2 LOCAL DE FORMAÇÃO DOS CONTRATOS ELETRÔNICOS Segundo dispõe o art. 435 do Código Civil, [...] reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto, enquanto o art. 9º, 2º da Lei de Introdução ao Código Civil prescreve que [...] a obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Pela simples leitura dos dispositivos em voga, podemos chegar à conclusão de que o foro que irá reger uma transação eletrônica será onde estiver situado o computador do proponente. Entretanto, não nos parece ser essa a solução mais coerente. Isso porque, em virtude da tecnologia avançada que impera no mundo globalizado, os microcomputadores estão sendo substituídos por notebooks, palm tops, e até mesmo pelos telefones celulares, que, por possuírem acesso à internet, estão sendo bastante utilizados como instrumentos para celebração de contratos eletrônicos. Destarte, qual o local da formação de um contrato no qual o proponente se encontrava atravessando o Atlântico de avião, quando enviou a proposta de seu celular via internet? Ou, então, de um empresário que se encontrava conectado à rede pelo seu notebook, enquanto passeava de lancha em outro país? Para dirimir problemas como esses, filiamo-nos ao posicionamento de Ronaldo Alves de Andrade (2004, p. 25): A pessoa, natural ou jurídica, pratica atos jurídicos a partir de seu domicílio, vale dizer, do local onde tem o seu centro de interesses, onde normalmente pratica os seus atos e negócios jurídicos. Acreditamos que isso ocorra mesmo quando os celebre em locais diverso de seu domicílio, porque será neste local que os efeitos de tais atos ou negócios jurídicos serão produzidos direta ou indiretamente. 9
11 Nesse passo, deverão ser considerados os notebooks, palm tops, celulares e demais computadores móveis uma extensão do domicílio do contratante, sendo considerado, portanto, quando não for eleito nenhum outro foro pelas partes, o foro contratual de onde estiver situada a pessoa jurídica, ou onde residir o proponente. 3.3 MOMENTO DE FORMAÇÃO Os contratos são formados quando ocorre a convergência de vontades. O proponente se obriga quando o oblato toma conhecimento da proposta. Por sua vez, ao encaminhar a resposta positiva, o oblato se obriga perante o proponente e, assim, considera-se formado o contrato, visto que, naquele momento, ambas as partes entraram em acordo. A questão que se mostra relevante no âmbito virtual é averiguar quando estamos diante de um contrato entre ausentes ou presentes. Isso porque, conforme preconiza o art. 427 do Código Civil de 2002, [...] a proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Todavia, o art. 428 do mesmo Diploma Legal prescreve as hipóteses em que a proposta deixa de ser obrigatória: I - se, feita sem prazo à pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II - se, feita sem prazo à pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita à pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. Desse modo, é de fundamental importância estabelecer quando os contratos eletrônicos reputar-seão entre ausentes ou presentes. A nosso ver, dependerá de como foi negociado. Como já foi afirmado, atualmente a evolução tecnológica permite que inúmeros contratos sejam firmados a bordo de navios, aeronaves ou em qualquer lugar do mundo, desde que possua linha telefônica para que se conecte à internet. Assim, será preciso averiguar se ambas as partes estavam simultaneamente conectadas à rede mundial de computadores, para estabelecermos a obrigatoriedade, ou não, da proposta e aceitação. Imaginemos a situação em que o proponente envia por sua proposta ao oblato, que sequer ligou seu computador, ou qualquer derivado deste, naquele dia. É óbvio que se aplicará à referida 10
12 transação as regras concernentes a pessoas ausentes, visto que o oblato sequer soube da oferta no dia correto. Entretanto, pode ocorrer de as partes estarem concomitantemente interligadas a alguma sala de bate-papo chats ou conectadas por meio de programas específicos de comunicação instantânea, os chamados messages, que transmitem os dados em tempo real. Nessas hipóteses, deverão os contratos ser considerados entre presentes, na forma do art. 428, I, NCC, inovação trazida pelo legislador que passou a considerar presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante. 3.4 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL No que diz respeito à legislação aplicável aos contratos eletrônicos, não vislumbramos diferenças com as demais formas contratuais. O importante é distinguir se a relação contratual é de consumo ou não. Isso porque, se a relação não for consumerista, sendo, portanto, business to business, 3 regulará a avença o Código Civil, ficando livres os contratantes, por exemplo, para especificar o domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações resultantes da avença, em consonância com o art. 78 do Diploma Legal. 4 Contudo, tratando-se de relação business to consumer, 5 situação que ocorre com maior freqüência, é nosso mister ressaltar que deverão ser aplicadas à transação as regras trazidas pelo Código de Defesa do Consumidor. Isso implica, por exemplo, que não será faculdade das partes eleger foro para dirimir conflitos decorrentes de relações de consumo diverso daquele onde reside o consumidor. 4 RESPONSABILIDADE CIVIL: CONCEITO E ELEMENTOS Segundo Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho (2004, p. 9), [...] a noção jurídica de responsabilidade pressupõe a atividade danosa de alguém que, atuando a priori ilicitamente, viola 3 É o comércio eletrônico entre empresas, sem a participação do consumidor. 4 Ver a respeito do tema a Súmula nº 335 do STF: É válida a cláusula de eleição do foro para os processos oriundos do contrato. 5 Quando a empresa vende diretamente para o consumidor via internet. 11
13 uma norma jurídica preexistente (legal ou contratual), subordinando-se, dessa forma, às conseqüências do seu ato (obrigação de reparar). O Código Civil de 2002, em seu art. 186, nos traz a base legal da responsabilidade civil: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 6 comete ato ilícito. Por sua vez, o art. 927 do mesmo Diploma Legal traz o dever de reparar o dano quando do cometimento de um ato ilícito. Nesse passo, podemos afirmar que os elementos necessários para a caracterização da responsabilidade civil (dever de indenizar) são: a conduta (positiva ou negativa), o dano e o nexo de causalidade. No que tange à conduta humana, o primeiro elemento da responsabilidade civil, podemos, a princípio, afirmar que ela se divide em positiva ou negativa. Enquanto aquela é caracterizada por um comportamento ativo do agente lesionante, esta se consubstancia por uma omissão do agente, quando tinha o dever legal de agir, ou seja, de praticar uma conduta positiva. Ainda no primeiro elemento, devemos verificar se houve dolo ou culpa do agente em sua conduta. O dolo ocorre quando há a intenção do agente em produzir determinado fato, que poderá ou não violar direito de outrem. Violando o direito de terceiros, haverá o dever de indenizar. O art. 186 prevê expressamente o dolo quando utiliza da expressão voluntária, para qualificar a ação ou omissão. Já quando menciona negligência ou imperícia, o legislador quis também conferir responsabilidade àquele que age com culpa. A culpa é a falta de diligência adequada que se exige do homem médio. Assim, podemos afirmar que o Código Civil de 2002 adota, em regra, a responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária a caracterização do dolo ou culpa do agente para obrigá-lo a reparar o dano. Por sua vez, o dano é o prejuízo experimentado pela vítima, tanto em sua esfera patrimonial, como moral. É requisito indispensável para configuração da responsabilidade civil, visto que, sem prejuízo, não há que se falar reparação/indenização. Entretanto, podem ocorrer hipóteses em que a 6 A proteção do dano moral é uma inovação trazida pelo atual Código, em consonância com a Constituição Federal e com a jurisprudência pátria. 12
14 lei presume o dano, como na Lei de Imprensa, na qual os crimes de calúnia, injúria ou difamação geram o dever de indenizar, independentemente de demonstração do prejuízo por parte da vítima. É importante ressaltar a inovação do legislador civil, o qual passou a proteger dos atos ilícitos também os danos morais, sendo caracterizados pela violação a um dos direitos da personalidade. Cabe lembrar que o mesmo fato pode gerar tanto um prejuízo de cunho patrimonial, quanto na esfera moral do agente, devendo, portanto, serem ambos os prejuízos indenizados. 7 Finalmente, temos o nexo de causalidade como terceiro e último elemento da responsabilidade civil. Funciona como um elo entre a conduta do agente positiva ou negativa e o prejuízo sofrido pela vítima. Nesse diapasão, somente haverá o dever de reparar o dano àquele que efetivamente der causa ao prejuízo. 4.1 RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA X OBJETIVA Conforme explicitado, o Código Civil de 2002 traz o conceito de responsabilidade civil subjetiva como regra a ser aplicada nas relações jurídicas, sendo fundamental a existência do dolo ou culpa na conduta do agente, aliada ao nexo de causalidade e de dano, para que reste configurado o dever de reparar o prejuízo suportado pela vítima. Entretanto, há casos em que não se exigem os elementos dolo ou culpa para que reste configurada a responsabilidade civil do agente. É o próprio Código Civil que traz essa ressalva, em seu art. 927, parágrafo único: [...] haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Nota-se, destarte, que, em duas hipóteses, poderá o agente ser responsabilizado civilmente pelo dano, independentemente de culpa, quando: nos casos especificados em lei; e quando a atividade desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. A própria Magna Carta traz específica em seu texto a responsabilidade objetiva do Estado em reparar o dano causado por seus agentes a terceiros, independentemente de culpa (art. 37, 6 ). 7 A respeito do tema, ver Súmula nº 37 do STJ: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral, oriundos do mesmo fato. 13
15 Outro exemplo clássico é a responsabilidade objetiva dos fabricantes e fornecedores de produtos ou serviços pela reparação dos danos causados aos consumidores (arts. 12 e 14 do CDC). Entretanto, no que concerne à segunda hipótese de responsabilidade objetiva prevista pelo legislador, surge na doutrina grande dificuldade em definir o que seria uma atividade de risco desenvolvida normalmente pelo agente. Nesse diapasão, é mister trazer a lição de Sílvio de Salvo Venosa (2005, p. 23): Em casos excepcionais, levando em conta os aspectos da nova lei, o juiz poderá concluir pela responsabilidade objetiva no caso que examina. No entanto, advirta-se, o dispositivo questionado explicita que somente poder ser defina como objetiva a responsabilidade do causador do dano quando este decorrer de atividade normalmente desenvolvida por ele. O juiz deve avaliar, no caso concreto, a atividade costumeira do ofensor e não uma atividade esporádica ou eventual, qual seja, aquela que, por um momento ou por uma circunstância, possa ser um ato de risco. Não sendo levando em conta esse aspecto, poderse-á transformar em regra o que o legislador colocou como exceção. Ressalte-se que a responsabilização do agente causador do dano, independentemente do elemento culpa, é exceção. Via de regra, a responsabilidade civil é subjetiva, devendo ser provada a culpa do causador do ilícito ou daquele que abusa de direito. A culpa lato sensu é composta de três elementos: voluntariedade do comportamento do agente; previsibilidade e violação de um dever de cuidado (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2004). O primeiro elemento se reflete em uma atuação voluntária do infrator. Oportuno ressaltar que, se a voluntariedade é somente no comportamento, não há intenção de praticar o resultado danoso, uma vez que, nesta última hipótese, restaria configurado o dolo, não há culpa. O requisito da previsibilidade significa que era de conhecimento do agente que o seu comportamento poderia gerar um dano a outrem. Caso assim não o fosse, seria um fortuito, o que poderia quebrar o nexo causal e, por conseguinte, excluir o dever do agente em indenizar. Por fim, tem-se que a culpa está intimamente ligada à violação de um dever previamente estabelecido de zelar pelo bem, o chamado dever de cuidado. 14
16 4.2 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS LEILÕES VIRTUAIS Após esta breve abordagem acerca da teoria geral dos contratos e da responsabilidade civil, ingressamos no ápice do presente trabalho. Entretanto, é mister elucidar, a priori, como funcionam os leilões virtuais, demonstrando quais os benefícios de se estabelecer um empreendimento sob essa forma, bem como os riscos decorrentes desse negócio. Pois bem, leilões virtuais nada mais são do que estabelecimentos virtuais, que existem sob a forma de um website, devidamente interligado à rede mundial de computadores. São sociedades empresárias que não possuem uma sede convencional como as demais. E aí está justamente o grande benefício dessa modalidade de empresa: o corte de custos necessários para o funcionamento de uma pessoa jurídica real. Para a realização da referida atividade, não é necessário espaço físico, tampouco um bom ponto comercial. 8 Dispensam-se também funcionários bem apresentados e devidamente uniformizados, visto que o atendimento ao cliente somente subsiste no mundo virtual. Ademais, possuem a prerrogativa de funcionarem 24 horas por dia sem desembolsar mais por isso. Nota-se, então, que essa atividade não conserva os gastos de uma empresa convencional. Funciona da seguinte maneira: ao acessar a homepage da empresa, o internauta possui à sua disposição uma infinidade de produtos postos à venda por outros usuários, que utilizam o site para divulgar suas ofertas. Ambas as partes ofertante e comprador devem estar cadastradas no site, por meio de um formulário-padrão fornecido pela empresa, o que lhes habilita para negociar produtos das mais variadas espécies, de materiais esportivos a fraldas infantis, de jóias valiosas a roupas usadas. Além da opção de compra, o internauta devidamente cadastrado também poderá colocar à venda quaisquer produtos que lhe convier, desde que lícitos, por óbvio. Por fim, quando da conclusão do negócio jurídico, o vendedor repassa à empresa um percentual previamente fixado sobre o valor percebido, como remuneração ao serviço prestado. 8 O ponto também chamado de propriedade comercial é o local em que o empresário se estabelece. É um dos fatores decisivos para o sucesso do seu empreendimento. Por essa razão, o interesse voltado à permanência no ponto é prestigiado pelo direito (COELHO, 2004, p. 102). 15
17 Essa nova forma de contratar tem conquistado cada vez mais adeptos, devido à conveniência e facilidade de adquirir ou vender produtos no conforto de sua residência ou na praticidade de seu escritório. Contudo, alguns inconvenientes podem derivar de tal comodidade. E se o produto transacionado não chegar no prazo estipulado? Pior ainda, e se não chegar? E se chegar, a quem recorrer caso ele apresente defeitos? Em virtude de tais questionamentos, é que se faz fundamental demonstrar a responsabilidade civil dessas empresas virtuais, para que não reste desamparado o direito dos consumidores. A dúvida gira em torno da existência, ou não, de relação jurídica entre a empresa de leilão e o adquirente e, por conseguinte, se o Código de Defesa do Consumidor deve ser aplicado a essas transações eletrônicas. Em outras palavras, há ou não relação de consumo entre o comprador e o site? Os leilões virtuais sustentam a tese de não restar configurada uma relação de consumo entre eles e o comprador, visto que o comprador contrata apenas com o anunciante do produto, sendo este último, portanto, único responsável pelo cumprimento da transação. Alegam tais instituições que funcionam apenas como meros classificados, semelhantes aos veiculados diariamente nos jornais impressos. Assim, se existe alguma relação jurídica da empresa com alguma das partes, é tão-somente com o anunciante, o qual a remunera diretamente, por meio de uma porcentagem sobre o bem vendido. Nesse diapasão, afirmam não serem solidariamente responsáveis, juntamente com o anunciante do bem, por eventuais produtos defeituosos, visto que o leilão não firma qualquer relação jurídica com o adquirente. Entretanto, apesar de a controvérsia ser relativamente nova, visto que as empresas operadoras dos referidos serviços virtuais não existem há muito tempo, os Tribunais pátrios vêm firmando posicionamento contrário, defendendo a existência de relação jurídica entre o adquirente e a empresa, e mais, aplicando o CDC aos litígios envolvendo essas negociações on-line. Assim sendo, para uma melhor compreensão do debate, é primordial analisarmos com cautela os conceitos trazidos pela Lei nº de 1990, a qual institui Código de Defesa do Consumidor. Logo em seu art. 2, o referido Diploma Legal define consumidor como [...] toda pessoa física ou 16
18 jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, e o equipara [...] a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. A posteriori, o art. 3 prescreve o conceito de fornecedor de serviços: Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 1 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 2 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Assim, sendo o adquirente do produto seu destinatário final, restaria definir se os leilões virtuais se enquadram no conceito de fornecedor, para que possamos aplicar o CDC e, dessa forma, aplicar a responsabilidade solidária entre o vendedor e o site. Conforme afirmado, as empresas em voga negam que o internauta, adquirente dos produtos expostos no site, as remunere, o que desenquadraria tal atividade do art. 3º, 2º do CDC, visto que a Lei exige a remuneração para caracterizar a atividade de prestação de serviços. Com efeito, é importante trazer os comentários de Claudia Lima Marques, Antônio Herman V. Benjamin e Bruno Miragem (2004, p. 94) sobre o art. 3 do CDC: A expressão utilizada pelo art. 3 do CDC para incluir todos os serviços de consumo é mediante remuneração. O que significaria esta troca entre a tradicional classificação dos negócios como onerosos e gratuitos por remunerados e não-remunerados? Parece-me que a opção pela expressão remunerado significa uma importante abertura para incluir os serviços de consumo remunerados indiretamente, isto é, quando não é o consumidor individual que paga, mas a coletividade (facilidade diluída no preço de todos) ou quando ele paga indiretamente o benefício gratuito que está recebendo. A expressão remuneração permite incluir todos aqueles contratos em que for possível identificar, no sinalagma escondido (contraprestação escondida), uma remuneração indireta do serviço de consumo. Aqueles contratos considerados unilaterais, como o mútuo, assim como na poupança popular, possuem um sinalagma escondido e são remunerados. Desse modo, temos que a Lei apenas determina que o serviço tenha uma contraprestação, mediante remuneração, não exigindo que esta seja paga de forma direta pelo consumidor. É o que ocorre no caso em tela. Ao adquirir os produtos anunciados, o consumidor está indiretamente remunerando a empresa, pois esta receberá do anunciante uma porcentagem pelo serviço. Ou seja, quem arca com a contraprestação do serviço é o consumidor, não o anunciante, até porque o preço ofertado certamente incluirá o valor que posteriormente será repassado ao site. Nessa mesma linha, acrescenta Rizzato Nunes (2005, p. 111): 17
19 Antes de mais nada, consigne-se que praticamente nada é gratuito no mercado de consumo. Tudo tem, na pior das hipóteses, um custo, e este acaba, direta ou indiretamente, sendo repassado ao consumidor. Assim, se, por exemplo, um restaurante não cobra pelo cafezinho, por certo seu custo já está embutido no preço cobrado pelos demais produtos. Logo, quando a lei fala em remuneração não está necessariamente se referindo a preço ou preço cobrado. Deve-se entender o aspecto remuneração no sentido estrito de absolutamente qualquer tipo de cobrança ou repasse, direto ou indireto. Não pode ser outro o entendimento acerca dessa modalidade de serviço. Os leilões virtuais não prestam um serviço gratuito, o que excluiria a aplicação do CDC. Há uma forte política de marketing por dentro dessas empresas, destinadas à captação de clientela (consumidores). Qual internauta nunca recebeu um spam, ou uma pop up indesejada, convidando-o para acessar o site e conferir as melhores ofertas. Essa procura de clientela on-line é prova cabal de que essas empresas necessitam dos consumidores para auferirem renda. Isso significa que são os consumidores que remuneram os leilões, não os anunciantes. Ora, consoante isso, os altos custos que recaem sobre um fornecedor comum leia-se não virtual não subsistem aqui. No entanto, o fato de trabalhar somente no mundo virtual gera certos riscos à atividade. Não é possível que a empresa verifique todos os produtos que estão sendo anunciados em seu site, porém tal fato acarretará determinados riscos. Faz parte do negócio. Em recente julgado, assim se manifestou o MM. Juiz de Direito Clodoaldo de Oliveira Queiroz, integrante da Primeira Turma do Colegiado Recursal dos Juizados Especiais ES: A doutrina vem caminhando no sentido da responsabilização dos intermediadores dos negócios de internet, porquanto atuam mediante venda dos espaços e participação nas transações. Assim, nos [sic] eventual descumprimento dos contratos firmados pelos consumidores com os fornecedores de produtos e serviços, exsurge a responsabilidade de tais empresas, quer pelo risco da atividade, quer pelo princípio da solidariedade (BRASIL, 2005, grifo nosso). Destarte, tem-se que os leilões virtuais não atuam como mero classificados, conforme se defendem. Atuam, sim, como intermedidores dos negócios, auferindo sua remuneração por meio de uma porcentagem sobre a venda. Logo, não se trata de mera locação de espaços para anúncios como fazem os jornais, mas de parceiras dos anunciantes. Isso faz com que essas empresas invistam fortemente em captação de clientes, a fim de aumentar o consumo dos produtos ofertados em seus sites, o que resultará, obviamente, em uma maior lucratividade. 18
20 Outro ponto que deve ser destacado é a confiança que os consumidores depositam nas empresas. Esse fator é fundamental para a escolha do internauta, visto que há na internet diversas opções de leilões. A partir do momento em que o site confere ao anunciante um status de bom vendedor, há uma presunção de que o negócio é seguro e de que as ofertas são idôneas. É o princípio da boa-fé. Não responsabilizar a empresa que intermediou a transação por eventuais danos no produto, ou serviço, é ir de encontro com a toda essa nova corrente iniciada pela Constituição Federal de 1988 e confirmada pelo Novo Código Civil. Não se pode ignorar a confiança depositada pelo consumidor na empresa. Por conseguinte, cabe asseverar ser dever da empresa fiscalizar seus anunciantes, visto que participa do negócio. No mínimo, há culpa in vigilando e culpa in eligendo por parte da empresa. Com efeito, não nos resta outro posicionamento senão ressaltar a existência de relação jurídica entre o internauta adquirente e a empresa de leilão virtual, sendo, inclusive, uma relação consumerista, visto que tanto o primeiro, quanto a segunda se enquadram nos conceitos trazidos pelo CDC, nos arts. 2º e 3º, 2º, respectivamente. Corroborando tal entendimento, importante lição traz Cláudia Lima Marques (2004, p. 118): Interessa-nos, aqui o fato de os leilões pela Internet serem ipso facto uma atividade comercial, dada a remuneração direta (porcentagens retiradas dos valores vendidos ou comprados) ou indireta (por publicidade, por convênio com provedores ou por impulsos telefônicos) do organizador do leilão. Sendo assim, considero que serão aplicáveis aos leilões realizados por empresários (art. 966 do CCBr./2002) no meio eletrônico, tanto o CDC, como, no que couber, as regras do Código Civil de Dessa forma, esclarecida a questão controvertida, ou seja, prevalecendo o posicionamento de que há uma relação de consumo entre adquirente e empresa, uma vez que resta configurada a remuneração indiretamente paga pelo primeiro à segunda, inevitável é a aplicação do CDC no que tange à responsabilidade civil dos leilões. Assim, passamos a analisar a responsabilidade civil dos leilões à luz da legislação consumerista. Primeiramente, destacamos que deverá ser aplicado o art. 7º, parágrafo único do Diploma em voga: Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos 19
21 previstos nas normas de consumo. Desse modo, deverá a empresa responder solidariamente com o anunciante do produto, pelo cumprimento da obrigação. Todavia, cumpre lembrar que o vendedor e o fornecedor não responderão da mesma forma pelos defeitos na prestação do serviço ou do produto. Isso porque, conforme dito, a responsabilidade civil utilizada como regra pelo NCC é a subjetiva, ou seja, necessita-se provar o dano, o nexo causal e a culpa (lato sensu) do agente. Somente em duas hipóteses poderá o agente ser responsabilizado civilmente pelo dano, independentemente de culpa: nos casos especificados em lei e quando a atividade desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Assim, não existindo legislação específica obrigando o anunciante/vendedor a responder por eventuais danos independentemente de culpa, e não sendo sua atividade considerada de risco para os direitos de outrem, não há que se falar em responsabilidade objetiva do anunciante/vendedor. Diferentemente ocorre com o prestador de serviços, regido pelo Código de Defesa do Consumidor, o qual preceitua: O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Somente se exclui a obrigação do prestador de serviços se for provada a inexistência de defeito ou culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro (art. 14, 3º, I e II). Contudo, impende esclarecer que este terceiro deve ser totalmente isolado da cadeia de prestação de serviços, ou seja, o anunciante/vendedor não se enquadra como terceiro, pois participa intensamente da prestação do serviço. Por certo que, posteriormente, se ficar comprovado que o dano ocorreu exclusivamente às custas do anunciante, que vendeu um produto danificado, por exemplo, caberá ao prestador de serviço ser ressarcido da quantia despedida em uma eventual ação de regresso contra o vendedor. Por oportuno, lembramos que, estando as referidas negociações eletrônicas devidamente amparadas pelo CDC, diversas outras normas protetoras deverão ser aplicadas, como a nulidade das cláusulas abusivas (art. 51), a vedação à propaganda enganosa (art. 37) e, principalmente, a prerrogativa de o autor propor a ação de reparação em seu domicílio (art. 101, I), o que seria inviável, caso não fosse configurada uma relação de consumo. 20
22 5 CONCLUSÃO Em virtude do exposto, entendemos estarem as empresas prestadoras do serviço de leilão virtual devidamente enquadradas no conceito de fornecedor, trazido pelo Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 3º, 2º. Isso porque a remuneração pelo serviço existe, e mais, é arcada pelos internautas que adquirem os produtos nos websites especializados na atividade. São eles que arcam indiretamente com a contraprestação do serviço oferecido, o que caracteriza a relação de consumo. Frisamos que os leilões virtuais não atuam como simples fonte de classificados, mas, sim, atuam efetivamente da compra e venda como parte intermediadora, sendo fundamental sua participação para os consumidores, que depositam plena confiança no site. É esta confiança depositada na empresa que determina por meio de qual site o consumidor irá adquirir o objeto desejado. Dessa forma, devem estas prestadoras de serviço eletrônico fiscalizar com maior rigor o cadastro dos anunciantes, visto que os consumidores presumem serem idôneas as ofertas ali expostas. Com efeito, restando configurada uma relação de consumo, devem os leilões virtuais responder civilmente pelos defeitos na prestação do serviço de forma objetiva, ou seja, independentemente de culpa, consoante preceitua o art. 14 do CDC. 6 REFERÊNCIAS ANDRADE, Ronaldo Alves. Contrato eletrônico no novo código civil e no código de defesa do consumidor. Barueri: Manole, BÉO, Cíntia Regina. Contratos. São Paulo: Harbra, BITTAR, Carlos Roberto; BITTAR FILHO, Carlos Alberto. Direito civil constitucional. 3. ed. São Paulo: RT,
A configuração da relação de consumo
BuscaLegis.ccj.ufsc.br A configuração da relação de consumo Samuel Borges Gomes 1. Introdução O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi sem dúvida um marco na legislação brasileira no sentido de legitimação
Leia maisPRESCRIÇÃO SEGURO-SAÚDE
BuscaLegis.ccj.ufsc.br PRESCRIÇÃO SEGURO-SAÚDE Autor: Valcir Edson Mayer Advogado e Professor OAB/SC 17.150 Rua General Osório, n.º 311 - Salas 202 e 205 Centro Coml. Diplomata - Centro - Timbó/SC CEP
Leia maisResponsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda
Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades Administrador Administrador é a pessoa a quem se comete a direção ou gerência de qualquer negócio ou serviço, seja de caráter público ou privado,
Leia maisDIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá
Leia maisResponsabilidade Civil de Provedores
Responsabilidade Civil de Provedores Impactos do Marco Civil da Internet (Lei Nº 12.965, de 23 abril de 2014) Fabio Ferreira Kujawski Modalidades de Provedores Provedores de backbone Entidades que transportam
Leia mais11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum
11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade
Leia maisPROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Aguinaldo Ribeiro)
PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Aguinaldo Ribeiro) Obriga as pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda - CNPJ/M.F à contratação de seguro de vida
Leia maisRESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público
Leia maisRESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS
RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS Atividade de intermediação de negócios imobiliários relativos à compra e venda e locação Moira de Toledo Alkessuani Mercado Imobiliário Importância
Leia maisLição 5. Formação dos Contratos
Lição 5. Formação dos Contratos Seção II Da Formação dos Contratos Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias
Leia maisA POSSIBILIDADE DA INCLUSÃO DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS DO CONVENENTE NO PLANO DE TRABALHO A SER APRESENTADO EM CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE
A POSSIBILIDADE DA INCLUSÃO DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS DO CONVENENTE NO PLANO DE TRABALHO A SER APRESENTADO EM CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE Elaborado em: 22/09/2010 Autora: Walleska Vila Nova Maranhão
Leia maisContrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda
Contrato de Prestação de Serviços Contrato de Prestação de Serviços Visão Geral dos Contratos: Formação dos Contratos;e Inadimplemento Contratual. Formação dos Contratos Validade do Negócio Jurídico: Agente
Leia maisTOTVS S.A. CNPJ/MF Nº 53.113.791/0001-22 NIRE 35.300.153.171 ANEXO I À ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 18 DE DEZEMBRO DE 2015
TOTVS S.A. CNPJ/MF Nº 53.113.791/0001-22 NIRE 35.300.153.171 ANEXO I À ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 18 DE DEZEMBRO DE 2015 POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES RELEVANTES E
Leia maisFelipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br
O suicídio é coberto ou não pelo seguro de vida dentro do período de carência? Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br Para responder esta pergunta, vamos entender qual a sistemática do Código
Leia maisROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual
Leia maisCURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO
1 CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 03/09/2013 2 PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR NO COMÉRCIO ELETRÔNICO E AS LIMITAÇÕES DO DECRETO 7.962/2013 3 Conclusões O CDC é mais do que suficiente para a
Leia maisRELAÇÃO DE CONSUMO DIREITO DO CONSUMIDOR
DIREITO DO CONSUMIDOR RELAÇÃO DE CONSUMO APLICABILIDADE O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII,
Leia maisDeveres e Responsabilidades dos Membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. Os Deveres dos Conselheiros na Instrução CVM nº 358/02
1 Deveres e Responsabilidades dos Membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal Os Deveres dos Conselheiros na Instrução CVM nº 358/02 Elizabeth Lopez Rios Machado SUPERINTENDÊNCIA DE RELAÇÕES
Leia maisNBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]
NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos
Leia maisEMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo
1. Referência legal do assunto Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo EMPRÉSTIMO Negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-se esta a devolver
Leia maisDr. Guilherme Augusto Gonçalves Machado advogado mestrando em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito Milton Campos
$ 5(63216$%,/,'$'( &,9,/ '2 3529('25 '( $&(662,17(51(7 Dr. Guilherme Augusto Gonçalves Machado advogado mestrando em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito Milton Campos A Internet se caracteriza
Leia maisCOMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO
COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PROJETO DE LEI N o 3.847, DE 2012 (Apensados os PLs nº 5.158, de 2013, e nº 6.925, de 2013) Institui a obrigatoriedade de as montadoras de veículos,
Leia maisContrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes.
Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Civil (Contratos) / Aula 13 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Teoria Geral dos Contratos: 3- Classificação; 4 - Princípios. 3. Classificação: 3.1
Leia maisO fornecimento de senhas e caracteres de acesso à terceiros, causa negativa em indenização
O fornecimento de senhas e caracteres de acesso à terceiros, causa negativa em indenização Contribuição de Dr. Rodrigo Vieira 17 de dezembro de 2008 Advocacia Bueno e Costanze O fornecimento de senhas
Leia maisAula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa).
Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Pressupostos da responsabilidade civil subjetiva: 1) Ato ilícito; 2) Culpa; 3) Nexo causal; 4) Dano. Como já analisado, ato ilícito é a conduta voluntária
Leia maisConceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado
Conceito Responsabilidade Civil do Estado é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de responsabilidade extracontratual
Leia maisOs Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde
1 Os Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde Publicado em Revista de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro /Cont. de/ RJRJ, Rio de Janeiro, n.80, p. 95-99, jul./set.
Leia maisOs Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde
Os Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde Luciana de Oliveira Leal Halbritter Juíza de Direito do TJ RJ Mestre em Justiça e Cidadania pela UGF Sumário: 1. Introdução; 2. Aspectos Gerais;
Leia maisRESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS
SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por
Leia maisA Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927
A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria
Leia maisValidade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor
Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela
Leia maisSOCIEDADE VIRTUAL: UMA NOVA REALIDADE PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL
SOCIEDADE VIRTUAL: UMA NOVA REALIDADE PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL FABRICIO DOS SANTOS RESUMO A sociedade virtual, com suas relações próprias vem se tornando uma nova realidade para a responsabilidade
Leia maisBuscaLegis.ccj.ufsc.br
BuscaLegis.ccj.ufsc.br Dos Produtos e Serviços Gratuitos e a Aplicação do CDC Sumário: 1. Considerações Iniciais; 2. Do Consumidor; 3. Do Fornecedor; 4. Dos Serviços Gratuitos; 5. Conclusão; 6. Bibliografia
Leia maisTOTVS S.A. CNPJ/MF 53.113.791/0001-22 NIRE 35.300.153.171 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 28 DE OUTUBRO DE 2014
TOTVS S.A. CNPJ/MF 53.113.791/0001-22 NIRE 35.300.153.171 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 28 DE OUTUBRO DE 2014 1. - DATA, HORA E LOCAL DA REUNIÃO: Realizada no dia 28 de outubro
Leia mais7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil
7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida
Leia maisA RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL
A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL SÍLVIO DE SALVO VENOSA 1 Para a caracterização do dever de indenizar devem estar presentes os requisitos clássicos: ação ou omissão voluntária, relação
Leia maisANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO
ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO Termo de Constituição de Consórcio 1 As Partes: A empresa (Nome da Empresa)..., com sede na cidade de..., (Endereço)..., com CNPJ n o..., Inscrição Estadual...,
Leia maisParecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado
Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado 13/11/2013 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 4. Conclusão... 5 5. Informações
Leia maisOs aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais
Os aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais PL n. 4060/2012 Veridiana Alimonti Coletivo Intervozes 25 de agosto de 2015 2 Nossas ações cotidianas geram ou podem gerar arquivos, registros e bancos
Leia maisRegulamento. Promoção Plano Fale a Vontade Vivo Fixo Clássica
Promoção Plano Fale a Vontade Vivo Fixo Clássica Esta promoção é realizada pela TELEFÔNICA BRASIL S.A., doravante denominada simplesmente VIVO, com sede na Rua Martiniano de Carvalho, nº 851, na cidade
Leia maisEXERCÍCIO 1. EXERCÍCIO 1 Continuação
Direito Civil Contratos Aula 1 Exercícios Professora Consuelo Huebra EXERCÍCIO 1 Assinale a opção correta com relação aos contratos. a) O contrato preliminar gera uma obrigação de fazer, no entanto não
Leia maisSOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome
Sociedade Limitada I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome II a limitação refere-se aos sócios 2. Responsabilidade dos Sócios I - Decreto 3.708/19 (sociedade
Leia maisPROJETO DE LEI N o, DE 2009
PROJETO DE LEI N o, DE 2009 (Do Sr. Dr. Nechar ) Obriga as pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda - CNPJ/M.F - à contratação de seguro de vida para
Leia maisTermo de Uso A AGENDA SUSTENTABILIDADE única e exclusiva proprietária do domínio www.agenda SUSTENTABILIDADE.com.br, doravante denominado AGENDA SUSTENTABILIDADE, estabelece o presente TERMO DE USO para
Leia maisSegurança e Responsabilidade Civil nas Transações via Internet. Copyright Renato da Veiga Advogados, 2005
Segurança e Responsabilidade Civil nas Transações via Internet Copyright Renato da Veiga Advogados, 2005 Apresentação RENATO DA VEIGA ADVOGADOS início das atividades: 1987; titular: Renato da Veiga, OAB/RS
Leia mais18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas
18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos
Leia maisConflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP
Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP PRÁTICA MÉDICA A prática médica se baseia na relação médicopaciente,
Leia maisTORPEDO INFO Termos e Condições de Uso
TORPEDO INFO Termos e Condições de Uso O presente documento tem por objetivo estabelecer os direitos e obrigações das partes contratantes na utilização pelo usuário, do serviço "TORPEDO INFO" via celular
Leia maisA teoria do direito empresarial se subdivide em três:
TEORIAS DO DIREITO EMPRESARIAL A teoria do direito empresarial se subdivide em três: TEORIA SUBJETIVA o direito comercial se caracterizava por dois fatores: RAMO ASSECURATÓRIO DE PRIVILÉGIOS À CLASSE BURGUESA,
Leia maisCONTRATOS ELETRÔNICOS RESPONSABILIDADE CIVIL. Ana Amelia Menna Barreto
CONTRATOS ELETRÔNICOS RESPONSABILIDADE CIVIL Ana Amelia Menna Barreto AMBIENTE DIGITAL IMATERIALIDADE DAS OPERAÇÕES Novas aplicações molde concretização Dispensa presença e registro físicos Documentos
Leia maisPolítica de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo
Índice 1. Definições... 2 2. Objetivos e Princípios... 3 3. Definição de Ato ou Fato Relevante... 4 4. Deveres e Responsabilidade... 5 5. Exceção à Imediata Divulgação... 7 6. Dever de Guardar Sigilo...
Leia maisREGULAMENTO (7) Promoção Fale e Navegue à Vontade
REGULAMENTO (7) Promoção Fale e Navegue à Vontade Esta Promoção é realizada pela TELEFÔNICA BRASIL S.A, com sede na Rua Martiniano de Carvalho, 851 - São Paulo - SP, inscrita no CNPJ sob o nº 02.558.157/0001-62
Leia maisDOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.
DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.
Leia maisDisciplina: Direito e Processo do Trabalho 3º semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula
1. Princípio da norma mais favorável. 2. Princípio da condição mais benéfica. 3. Princípio de irrenunciabilidade. 4. Princípio da primazia da realidade. 5. Princípio da continuidade da relação de emprego.
Leia maisContratos em língua estrangeira
BuscaLegis.ccj.ufsc.br Contratos em língua estrangeira Marcelo Camargo de Brito advogado em São Paulo (SP), atuante nas áreas cível e empresarial, pós-graduando em Direito Tributário pela UNAMA/LFG/IOB/UVB
Leia maisINFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO
FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender
Leia maisMJ ORIENTA CONSUMIDOR PARA COMPRAS PELA INTERNET
MJ ORIENTA CONSUMIDOR PARA COMPRAS PELA INTERNET O Ministério da Justiça divulgou na sexta-feira (20/8), durante a 65ª reunião do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), um documento com as diretrizes
Leia maisREGULAMENTO. Página 1 de 5
Promoção Ilimitado Fixo Local Economia Esta promoção é realizada pela VIVO nas seguintes condições: 1. Definições 1.1 Promoção: Oferta de condições especiais para a fruição do STFC na realização de chamadas
Leia maisPLANOS DE SAÚDE REGULAMENTADOS
PLANOS DE SAÚDE REGULAMENTADOS Com relação a este tema, vamos explanar onde tudo começou: O Estatuto do Idoso (Lei n 10.741, de 01.10.03), reconhecendo a hipossuficiência do idoso, trouxe algumas conseqüências
Leia maisPARECER N, DE 2009. RELATOR: Senador FLEXA RIBEIRO
PARECER N, DE 2009 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em decisão terminativa, sobre o PLS n 260, de 2003, de autoria do Senador Arthur Virgílio, que altera art. 13 da Lei nº 8.620, de 5
Leia maisPARECER Nº, DE 2012. RELATOR: Senador FLEXA RIBEIRO
PARECER Nº, DE 2012 Da COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 677, de 2007, que dispõe sobre o compartilhamento da infraestrutura
Leia maisROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO
ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe
Leia maisÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS
Dispõe sobre empréstimo de valores mobiliários por entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários, altera as Instruções CVM nºs 40, de 7 de novembro de 1984 e 310, de 9 de julho
Leia maisOS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO.
OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. José Alberto Couto Maciel Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. Não me parece que com o tempo deverá perdurar na relação de emprego o atual contrato de trabalho,
Leia maisPOLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A.
POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DA VIVER INCORPORADORA E CONSTRUTORA S.A. 1. OBJETIVO, ADESÃO E ADMINISTRAÇÃO 1.1 - A presente Política de Negociação tem por objetivo estabelecer
Leia maisArt. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.
Lição 14. Doação Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Na doação deve haver, como em qualquer outro
Leia maisTERMO DE DISPONIBILIZAÇÃO DE ESPAÇO VIRTUAL PARA DIVULGAÇÃO DE MARCA, PRODUTOS E/OU SERVIÇOS
TERMO DE DISPONIBILIZAÇÃO DE ESPAÇO VIRTUAL PARA DIVULGAÇÃO DE MARCA, PRODUTOS E/OU SERVIÇOS Pelo presente Termo, em que são partes, de um lado SHAPE.I e, de outro, PARCEIRO, regularmente cadastrado em
Leia maiswww.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS.
www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. 1. MEUS CURSOS NO ESTRATÉGIA CONCURSOS: Estão disponíveis no site do Estratégia Concursos (www.estrategiaconcursos.com.br),
Leia maisREGULAMENTO (8) Promoção Fale e Navegue à Vontade - Bônus Orelhão
REGULAMENTO (8) Promoção Fale e Navegue à Vontade - Bônus Orelhão Esta Promoção é realizada pela Telefônica Brasil S.A., com sede na Rua Martiniano de Carvalho, 851 - São Paulo - SP, inscrita no CNPJ sob
Leia maisO PAPEL DO CONSELHEIRO DE ADMINISTRAÇÃO DEVERES E RESPONSABILIDADES. APIMEC SUL Valéria Kasabkojian Schramm POA, junho de 2009
O PAPEL DO CONSELHEIRO DE ADMINISTRAÇÃO DEVERES E RESPONSABILIDADES APIMEC SUL Valéria Kasabkojian Schramm POA, junho de 2009 2 Conselho de Administração Órgão de deliberação colegiada. Tem como objetivo
Leia maisUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China
15. CONVENÇÃO SOBRE A ESCOLHA DO FORO (celebrada em 25 de novembro de 1965) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns sobre a validade e efeitos de acordos sobre
Leia maisResponsabilidade Civil nas Atividades Empresariais. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda
Responsabilidade Civil nas Atividades Empresariais Para Reflexão Ao indivíduo é dado agir, em sentido amplo, da forma como melhor lhe indicar o próprio discernimento, em juízo de vontade que extrapola
Leia mais29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS. Fraiburgo Santa Catarina
29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS Fraiburgo Santa Catarina A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar o dano moral ou patrimonial
Leia mais2ª Fase Direito Civil
2ª Fase Direito Civil Professor Fabio Alves fabio@ferreiraecamposadv.com CONTRATOS E CDC PRINCÍPIOS AUTONOMIA DA VONTADE PACTA SUNT SERVANDA BOA-FÉ OBJETIVA 1 Formação dos contratos Proposta e Aceitação
Leia maisPOLÍTICA DE PRIVACIDADE DA DIXCURSOS (ANEXO AOS TERMOS E CONDIÇÕES GERAIS DE USO DO SITE E CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS)
POLÍTICA DE PRIVACIDADE DA DIXCURSOS (ANEXO AOS TERMOS E CONDIÇÕES GERAIS DE USO DO SITE E CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS) 1. A aceitação a esta Política de Privacidade se dará com o clique no botão Eu aceito
Leia maisA p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca
Aspectos Jurídicos na Ventilação Mecânica Prof. Dr. Edson Andrade Relação médico-paciente Ventilação mecânica O que é a relação médico-paciente sob a ótica jurídica? Um contrato 1 A ventilação mecânica
Leia maisCONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc)
Artigo 186, do Código Civil: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. CONTRATUAL
Leia maisRESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR
RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR A punição administrativa ou disciplinar não depende de processo civil ou criminal a que se sujeite também o servidor pela mesma falta, nem obriga
Leia maisOS DIREITOS DOS ADQUIRENTES DE IMÓVEIS NA PLANTA
OS DIREITOS DOS ADQUIRENTES DE IMÓVEIS NA PLANTA Elaborado por Daniel Menegassi Reichel Advogado Fundador do Escritório de Advocacia Menegassi Reichel Advocacia Elaborado em 13/08/2013. Trabalho protegido
Leia maisDESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE É sabido - e isso está a dispensar considerações complementares - que a pessoa jurídica tem vida distinta da dos seus sócios e administradores.
Leia maisPRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1 Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE INTRODUÇÃO Para o Direito existem alguns princípios pelo qual, podemos destacar como base fundamental para estabelecer
Leia maisDeontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito
Medicina Legal Professor Sergio Simonsen Conceito A deontologia médica é a ciência que cuida dos deveres e dos direitos dos operadores do direito, bem como de seus fundamentos éticos e legais. Etimologicamente,
Leia maisInterpretação do art. 966 do novo Código Civil
Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno
Leia maisREGULAMENTO. Promoção Fale e Navegue à Vontade
REGULAMENTO Promoção Fale e Navegue à Vontade Esta Promoção é realizada pela Telecomunicações de São Paulo S/A Telesp, com sede na Rua Martiniano de Carvalho, 851 - São Paulo - SP, inscrita no CNPJ sob
Leia maisOAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior
OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. RESPONSABILIDADE CIVIL É A OBRIGAÇÃO QUE INCUMBE A ALGUÉM DE
Leia maisESTUDO DIRIGIDO 1 - RESPOSTAS. 1.1. Quais as funções dos Princípios? RESPOSTA: Os princípios apresentam uma tríplice função:
ESTUDO DIRIGIDO 1 - RESPOSTAS 1. Princípios do Direito do Trabalho 1.1. Quais as funções dos Princípios? RESPOSTA: Os princípios apresentam uma tríplice função: a) Função informativa/inspiradora: informam
Leia maisa) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional.
Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 12 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: Obrigações: V - Transmissão das Obrigações: 2. Assunção de Dívida. Contratos: Teoria Geral
Leia maisMINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PORTARIA N 1370/2004 PGJ.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PORTARIA N 1370/2004 PGJ. O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais
Leia maisTorna obrigatória a contratação do serviço de Inspeção de Segurança Veicular mediante processo de licitação pública.
PROJETO DE LEI N 3005 DE 2008 Business Online Comunicação de Dados Torna obrigatória a contratação do serviço de Inspeção de Segurança Veicular mediante processo de licitação pública. Autor: Regis de Oliveira
Leia maisA previsibilidade legal da evicção consiste numa garantia de segurança do adquirente.
12 - EVICÇÃO O termo evicção traduz idéia de perda, ser vencido, perder e ocorre quando o adquirente de um bem perde a posse e a propriedade do mesmo em virtude de ato judicial ou administrativo que reconhece
Leia mais