PARLAMENTO EUROPEU. Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor ***II PROJECTO DE RECOMENDAÇÃO PARA SEGUNDA LEITURA

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1 PARLAMENTO EUROPEU Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor 30 de Maio de 2002 PROVISÓRIO 2000/0262(COD) ***II PROJECTO DE RECOMENDAÇÃO PARA SEGUNDA LEITURA referente à posição comum adoptada pelo Conselho tendo em vista a adopção da proposta de directiva do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Directiva 94/25/CE relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes às embarcações de recreio (15546/2/01 C5-0226/ /0262(COD)) Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor Relator: Martin Callanan PR\ doc PE

2 CODE2AMC Legenda dos símbolos utilizados * Processo de consulta Maioria dos votos expressos **I Processo de cooperação (primeira leitura) Maioria dos votos expressos **II Processo de cooperação (segunda leitura) Maioria dos votos expressos para aprovar a posição comum Maioria dos membros que compõem o Parlamento para rejeitar ou alterar a posição comum *** Parecer favorável Maioria dos membros que compõem o Parlamento, excepto nos casos visados nos artigos 105º, 107º, 161º e 300º do Tratado CE e no artigo 7º do Tratado UE ***I Processo de co-decisão (primeira leitura) Maioria dos votos expressos ***II Processo de co-decisão (segunda leitura) Maioria dos votos expressos para aprovar a posição comum Maioria dos membros que compõem o Parlamento para rejeitar ou alterar a posição comum ***III Processo de co-decisão (terceira leitura) Maioria dos votos expressos para aprovar o projecto comum (O processo indicado tem por fundamento a base jurídica proposta pela Comissão) Alterações a textos legais Nas alterações do Parlamento, as diferenças são assinaladas simultaneamente a negrito e em itálico. A utilização de itálico sem negrito constitui uma indicação destinada aos serviços técnicos e tem por objectivo assinalar elementos do texto legal que se propõe sejam corrigidos, tendo em vista a elaboração do texto final (por exemplo, elementos manifestamente errados ou lacunas numa dada versão linguística). Estas sugestões de correcção ficam subordinadas ao aval dos serviços técnicos visados. PE /16 PR\ doc

3 Í N D I C E Página PÁGINA REGULAMENTAR... 4 PROJECTO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA... 5 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS PR\ doc 3/16 PE

4 PÁGINA REGULAMENTAR Na sessão de 5 de Julho de 2001, o Parlamento aprovou, em primeira leitura, a sua posição sobre a proposta de directiva do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Directiva 94/25/CE relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes às embarcações de recreio (COM (2000) /0262 (COD)). Na sessão de 30 de Maio de 2002, o Presidente do Parlamento comunicou ter recebido a posição comum, que enviou à Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor (15546/2/01 - C5-0226/2002). Na sua reunião de 24 de Janeiro de 2001, a Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor designou relator Martin Callanan. Na sua reunião de de Junho de 2002, a comissão procedeu à apreciação da posição comum e do projecto de recomendação para segunda leitura. Na última reunião, a comissão aprovou o projecto de resolução legislativa por. votos a favor, contra e abstenções/unanimidade. Encontravam-se presentes no momento da votação (presidente), (vice-presidente), (relator(a)), (em substituição de ), (em substituição de, nos termos do nº 2 do artigo 153º do Regimento),... e.... A recomendação para segunda leitura foi entregue em O prazo para a entrega de alterações à posição comum constará do projecto de ordem do dia do período de sessões em que for apreciado. PE /16 PR\ doc

5 PROJECTO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA Resolução legislativa do Parlamento Europeu sobre a posição comum adoptada pelo Conselho tendo em vista a adopção da proposta de directiva do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Directiva 94/25/CE relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes às embarcações de recreio COM (15546/2/01 C5-0226/ /0262(COD)) (Processo de co-decisão: segunda leitura) O Parlamento Europeu, Tendo em conta a posição comum do Conselho (15546/2/01 C5-0226/2002), Tendo em conta a sua posição em primeira leitura 1 sobre a proposta e a proposta alterada da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2000)639 2 e COM(2001) ), Tendo em conta o nº 2 do artigo 251º do Tratado CE, Tendo em conta o artigo 80º do seu Regimento, Tendo em conta a recomendação para segunda leitura da Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor (A5-0000/2002), 1. Altera a posição comum como se segue; 2. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão. 1 Ver Textos Aprovados de , ponto 9. 2 JO C 062 de , p JO C 051 de , p PR\ doc 5/16 PE

6 Posição comum do Conselho Alterações do Parlamento Alteração 1 CONSIDERANDO 10 (10) As disposições em matéria de emissões de gases de escape e sonoras estabelecidas na presente directiva devem ser aplicadas a todos os motores, quer sejam interiores, fora de borda ou com transmissão por coluna com ou sem escape integrado, e a motos de água, com o objectivo de assegurar a máxima eficácia na protecção da saúde humana e do ambiente. No que respeita a emissões de gases de escape, convém incluir os motores objecto de alterações importantes. No que respeita a emissões sonoras, convém incluir as embarcações com transmissão por coluna sem escape integrado ou as instalações com motor de propulsão interior sujeitas a uma conversão importante da embarcação, quando colocadas no mercado comunitário. (10) As disposições em matéria de emissões de gases de escape e sonoras estabelecidas na presente directiva devem ser aplicadas a todos os motores, quer sejam interiores, fora de borda ou com transmissão por coluna com ou sem escape integrado, e a motos de água, com o objectivo de assegurar a máxima eficácia na protecção da saúde humana e do ambiente. No que respeita a emissões de gases de escape, convém incluir os motores objecto de alterações importantes. No que respeita a emissões sonoras, convém incluir as embarcações com transmissão por coluna sem escape integrado ou as instalações com motor de propulsão interior sujeitas a uma conversão importante da embarcação, quando colocadas no mercado comunitário no prazo de 5 anos após a conversão. Os utilizadores individuais não devem enfrentar obstáculos, quando desejam reparar, melhorar ou alterar as suas embarcações e as submetem a uma "conversão importante", em resultado do desgaste ou no quadro de melhorias de rotina. As vantagens restritas em termos de redução das emissões sonoras afiguram-se desproporcionadas por confronto com as despesas substanciais a suportar pelos proprietários individuais das embarcações. Por outro lado, será também extremamente difícil implementar e aplicar esta medida (ver alteração 5). PE /16 PR\ doc

7 Alteração 2 CONSIDERANDO 19 (19) Com o objectivo de facilitar a aplicação das medidas relativas ao bom funcionamento da legislação, o procedimento que estabelece uma cooperação estreita entre a Comissão e os Estados-Membros no âmbito de um comité é mantido e reforçado. Suprimido A constituição de um "comité de regulamentação" contraria o direito primitivo que assiste ao Parlamento Europeu e ao Conselho de adoptarem valores-limite no âmbito do processo de co-decisão. Muito embora o comité deixe agora de ter competências no que se refere aos valores-limite das emissões de gases de escape e de ruído, os valores-limite de Froude e do rácio P/D continuam a ser da sua competência (ver alterações ao considerando 20 e ao artigo 6º - A da Directiva 94/25/CE) Alteração 3 CONSIDERANDO 20 (20) As medidas necessárias à execução da presente Directiva serão aprovadas nos termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão. Suprimido Baseia-se na alteração 19 aprovada em primeira leitura. A constituição de um "comité de regulamentação" contraria o direito primitivo que assiste ao Parlamento Europeu e ao Conselho de adoptarem valores-limite no âmbito do processo de co-decisão. Muito embora o comité deixe agora de ter competências no que se refere aos valores-limite das emissões de PR\ doc 7/16 PE

8 gases de escape e de ruído, os valores-limite de Froude e do rácio P/D continuam a ser da sua competência. Alteração 4 CONSIDERANDO 21 (21) É necessário estabelecer um mecanismo transitório que permita a comercialização e a entrada em serviço de determinados produtos conformes com as regulamentações nacionais vigentes à data de entrada em vigor da presente directiva, (21) É necessário estabelecer um mecanismo transitório que permita a comercialização e/ou a entrada em serviço de determinados produtos conformes com as regulamentações nacionais vigentes à data de entrada em vigor da presente directiva, Correcção de uma incoerência na posição comum. A expressão "comercialização e/ou a entrada em serviço" é utilizada dez vezes na posição comum do Conselho, tendo sido, no entanto, omitida nesta parte do texto. Alteração 5 ARTIGO 1, PONTO 1 Artigo 1, nº 1, alínea c), subalínea ii) (Directiva 94/25/CE) ii) embarcações de recreio com motor com transmissão por coluna sem escape integrado ou motor de propulsão interior que sejam sujeitas a uma conversão importante da embarcação e posteriormente colocadas no mercado comunitário; ii) embarcações de recreio com motor com transmissão por coluna sem escape integrado ou motor de propulsão interior que sejam sujeitas a uma conversão importante da embarcação e posteriormente colocadas no mercado comunitário no prazo de 5 anos após a conversão; PE /16 PR\ doc

9 Os utilizadores individuais não devem enfrentar obstáculos, quando desejam reparar, melhorar ou alterar as suas embarcações e as submetem a uma "conversão importante", em resultado do desgaste ou no quadro de melhorias de rotina. As vantagens restritas em termos de redução das emissões sonoras afiguram-se desproporcionadas por confronto com as despesas substanciais a suportar pelos proprietários individuais das embarcações. Por outro lado, será também extremamente difícil implementar e aplicar esta medida. Alteração 6 ARTIGO 1, PONTO 1 Artigo 1, nº 2, alínea b), travessão 6 bis (novo) (Directiva 94/25/CE) - as embarcações construídas para uso próprio, desde que não sejam posteriormente colocadas no mercado comunitário durante um período de cinco anos; Baseia-se na alteração 10 aprovada em primeira leitura. "As embarcações construídas para uso próprio" constituíram uma das muitas excepções aos requisitos em matéria de concepção e construção previstos na directiva original. Todavia, deixaram de ser permitidas excepções aos requisitos em matéria de emissões de escape. A declaração do Conselho e da Comissão, segundo a qual "a excepção só pode dizer respeito à emissão de ruído, uma vez que a responsabilidade dos ensaios de conformidade para as emissões de fumos de exaustão cabe aos fabricantes dos motores e não aos construtores das embarcações" não é válida. Para ser válida, as embarcações de competição e outras embarcações equipadas com motores não deveriam ser igualmente excluídas dos requisitos em matéria de emissões de escape. PR\ doc 9/16 PE

10 Alteração 7 ARTIGO 1, PONTO 1 Artigo 1, nº 2, alínea c), travessão 2 (Directiva 94/25/CE) - as embarcações construídas para uso próprio, desde que não sejam posteriormente colocadas no mercado comunitário durante um período de cinco anos. Suprimido "As embarcações construídas para uso próprio" constituíram uma das muitas excepções aos requisitos em matéria de concepção e construção previstos na directiva original. Todavia, deixaram de ser permitidas excepções aos requisitos em matéria de emissões de escape. A declaração do Conselho e da Comissão, segundo a qual "a excepção só pode dizer respeito à emissão de ruído, uma vez que a responsabilidade dos ensaios de conformidade para as emissões de fumos de exaustão cabe aos fabricantes dos motores e não aos construtores das embarcações" não é válida. Para ser válida, as embarcações de competição e outras embarcações equipadas com motores não deveriam ser igualmente excluídas dos requisitos em matéria de emissões de escape. Alteração 8 ARTIGO 1, PONTO 3 Artigo 6º A(Directiva 94/25/CE) "Artigo 6.º -A Comité 1. As alterações dos requisitos dos pontos B.2 e C.1 do Anexo I necessárias para ter em conta a evolução do conhecimento tecnológico e os novos dados científicos, à excepção das alterações directas e indirectas dos valores das emissões de gases de escape e sonoras, são adoptadas pela Comissão, assistida pelo Comité Permanente Suprimido PE /16 PR\ doc

11 instituído ao abrigo do n.º 3 do artigo 6.º, que actuará como comité de regulamentação, nos termos do n.º 2 do presente artigo. As questões a tratar devem incluir os combustíveis de referência, as normas a utilizar nos ensaios de emissão de gases de escape e sonoras, bem como a revisão dos valores de Froude e do rácio P/D. 2. Sempre que se faça referência ao presente número são aplicáveis os artigos 5.º e 7.º da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.º O prazo previsto no n.º 6 do artigo 5.º da Decisão 1999/468/CE é de três meses. 3. O Comité aprovará o seu regulamento interno."; Baseia-se na alteração 16 aprovada em primeira leitura. A constituição de um "comité de regulamentação" contraria o direito primitivo que assiste ao Parlamento Europeu e ao Conselho de adoptarem valores-limite no âmbito do processo de co-decisão. Muito embora o comité deixe agora de ter competências no que se refere aos valores-limite das emissões de gases de escape e de ruído, os valores-limite de Froude e do rácio P/D continuam a ser da sua competência. Alteração 9 ANEXO A, PONTO 8 Anexo 1, parte C, secção 1.1, parágrafo 2 (Directiva 94/25/CE) Poderá ser concedida uma tolerância de 3 db para as unidades bimotor e de motores múltiplos compostas por motores fora de borda ou com transmissão por coluna com escape integrado Poderá ser concedida uma tolerância de 3 db para as unidades bimotor e de motores múltiplos compostas por todos os tipos de motores. PR\ doc 11/16 PE

12 A tolerância de 3 db para as unidades bimotor e de motores múltiplos não tem nada a ver com o ruído do escape. A proposta em apreço não tem em conta o facto de as embarcações de recreio com motores mais potentes necessitarem de uma tolerância adicional de 3 db para responder ao aumento das emissões sonoras do motor das unidades bimotor e de motores múltiplos resultante do acrescento de um ou mais motores. A instalação de melhores sistemas de escape não põe em causa a necessidade de uma tolerância de 3 db no mínimo, pelo que é essencial que essa tolerância seja restabelecida para todos os tipos de motores. Alteração 10 ANEXO A, PONTO 6 Anexo 1, parte C, secção 1.2 (Directiva 94/25/CE) Em alternativa aos ensaios de medição sonora, as embarcações de recreio com motores de configuração interior ou motores com transmissão por coluna com ou sem escape integrado serão consideradas conformes com os requisitos em matéria de emissões sonoras se apresentarem um número de Froude 1,1 e uma relação potência/deslocamento 40 e se o motor e o sistema de escape estiverem instalados de acordo com as especificações do fabricante do motor. Em alternativa aos ensaios de medição sonora, as embarcações de recreio com motores de configuração interior ou motores com transmissão por coluna sem escape integrado serão consideradas conformes com os requisitos em matéria de emissões sonoras se apresentarem um número de Froude 1,1 e uma relação potência/deslocamento 40 e se o motor e o sistema de escape estiverem instalados de acordo com as especificações do fabricante do motor. A intenção ao longo de toda a directiva é de que os motores com transmissão por coluna com escape integrado sejam certificados no que se refere às emissões sonoras unicamente pelo construtor do motor e não quando são instalados na embarcação. Apenas os motores com transmissão por coluna sem escape integral devem ser certificados quando são instalados na embarcação. PE /16 PR\ doc

13 Alteração 11 ARTIGO 2, ALÍNEA b) b) Os possíveis benefícios de um sistema de conformidade ao longo da vida útil do motor; b) As possíveis vantagens, desvantagens e exequibilidade de um sistema de conformidade ao longo da vida útil do motor, baseado em testes aleatórios sem quaisquer encargos para o utilizador ou operador. A verificação da "conformidade ao longo da vida útil do motor" tem como objectivo verificar se os valores-limite das emissões estão a ser respeitados na prática. A alteração clarifica a formulação do sistema proposto. Alteração 12 ARTIGO 3, PONTO 2 2. Os Estados-Membros autorizam a comercialização e a entrada em serviço dos produtos conformes com a regulamentação em vigor nos respectivos territórios à data de entrada em vigor da presente directiva, designadamente: 2. Os Estados-Membros autorizam a comercialização e/ou a entrada em serviço dos produtos conformes com a regulamentação em vigor nos respectivos territórios à data de entrada em vigor da presente directiva, designadamente: Correcção de uma incoerência na posição comum. A expressão "comercialização e/ou a entrada em serviço" é utilizada dez vezes na posição comum do Conselho, tendo sido, no entanto, omitida nesta parte do texto. PR\ doc 13/16 PE

14 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Introdução A presente proposta altera a Directiva 94/25/CE, de 16 de Junho de 1994, relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes a embarcações de recreio, a qual se tornou plenamente operacional em Junho de 1998, após um período transitório de quatro anos. A Comissão foi levada a considerar a inclusão de aspectos ambientais, na sequência da adopção de legislação nacional aplicável a esta matéria em vários Estados-Membros. Tal registou-se sobretudo na Alemanha, Suíça, Áustria e Suécia. O Governo sueco aguarda, desde 1996, a oportunidade de implementar legislação neste domínio, altura em que renunciou à adopção de propostas legislativas nacionais, a fim de actuar em conformidade com o desenvolvimento de legislação harmonizada a nível comunitário. Os Estados-Membros observaram que legislações nacionais distintas em matéria de emissões são susceptíveis de constituir um obstáculo à liberdade de circulação comercial e de fragmentar o mercado interno. A harmonização de limites de emissões a nível da UE asseguraria uma base comercial justa e viável para a venda de motores em toda a Europa. Objectivos Os objectivos visados pela presente Directiva são os seguintes: - completar a realização do mercado interno no sector das embarcações de recreio e contribuir para o seu funcionamento cabal, - promover a harmonização da legislação comunitária visando regulamentar as emissões de gases de escape e de ruído dos motores das embarcações de recreio no mercado interno; - proteger a saúde humana, o bem-estar dos cidadãos e o ambiente mediante a redução das emissões dos gases de escape e das emissões sonoras advenientes dos motores a gasolina e a gasóleo destinados a embarcações de recreio e embarcações individuais. Resumo Procede-se, na Directiva, a uma classificação das embarcações segundo três subsectores correspondentes à concepção (projecto) e construção, emissões de gases de escape e emissões sonoras, respectivamente. Estabelece a mesma limites aplicáveis às emissões de CO, HC, Nox e partículas poluentes, que variam consoante a potência nominal do motor para cada subsector. Os limites aplicáveis às emissões de ruído dependem da potência nominal e do tipo de motor e respectiva instalação. A Directiva especifica igualmente os produtos excluídos do seu âmbito de aplicação e inclui as definições de construtor e de mandatário no intuito de clarificar o respectivo papel ao abrigo do seu dispositivo normativo. PE /16 PR\ doc

15 As especificações referentes à conformidade das embarcações com a regulamentação proposta visam propiciar aos respectivos construtores uma gama de opções tão ampla quanto possível, estabelecendo simultaneamente os requisitos essenciais, a fim de certificar a conformidade das embarcações individuais. Paralelamente, especifica as obrigações que incumbem a quem coloca os produtos no mercado na ausência do construtor ou do seu mandatário, mercê da introdução do "conceito de embarcação de referência". O conceito de embarcação de referência constitui uma lista principal de combinações de embarcação/motor que satisfazem os requisitos propostos. Essas combinações serão aprovadas por um organismo notificado após terem completado com êxito um exaustivo ensaio sonoro em movimento. A embarcação pode, então, ostentar a marcação CE e os seus construtores serão autorizados a autocertificarem qualquer combinação de embarcação/motor integrante dessa lista principal. As combinações de embarcação/motor que não constam da lista necessitarão de ser sujeitas a um circunstanciado ensaio sonoro em movimento com a intervenção de terceiros. O artigo 2º representa um novo aditamento, nos termos do qual a Comissão apresentará, no prazo de dois anos, um relatório ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre o método de aplicação de um sistema de ensaios de conformidade que se efectuem durante toda a vida útil do motor. A título complementar, a Comissão procederá à criação de um comité de regulamentação, a fim de adaptar determinadas disposições da Directiva à luz do progresso técnico. Outras alterações reportam-se à clarificação de assuntos de ordem técnica que vieram a lume no quadro da directiva alterada. Posição do relator Tendo examinado a posição comum do Conselho, o relator congratula-se pelo facto de as alterações aprovadas em primeira leitura, que removiam a natureza retrospectiva da directiva original, terem sido mantidas no documento final através do novo nº 1, alínea d), do artigo 1º. Em resultado, as repercussões potencialmente graves para as pequenas e médias empresas no sector das embarcações de recreio, bem como para os construtores particulares de embarcações e muitos utilizadores foram eliminadas de forma adequada. Uma preocupação importante continua a ser a questão da conversão importante das embarcações. Estas devem ser submetidas a um novo teste de conformidade no que se refere aos requisitos aplicáveis às emissões sonoras, caso sejam subsequentemente colocadas no mercado comunitário, o que implicará custos exorbitantes e desproporcionais por confronto com o grau de redução do ruído, custos esses que terão que ser suportados pelo proprietário individual. Além disso, o relator considera inadequado que as embarcações construídas para uso próprio continuem a ser incluídas no âmbito de aplicação da directiva, uma vez que tal não contribuirá para uma harmonização do mercado e imporá custos injustificados aos amadores individuais de embarcações. PR\ doc 15/16 PE

16 Há que dar igualmente atenção à proposta de elaboração de um relatório sobre a implementação de um sistema de conformidade ao longo da vida útil do motor. Tal poderá representar outro encargo injustificado para os proprietários de embarcações na UE; se tal for levado até às últimas consequências, estes serão obrigados a submeter as suas embarcações a testes anuais semelhantes aos existentes para os veículos automóveis. O relator considera que esta proposta não é adequada, dado não se tratar de uma questão de natureza comercial e impor claramente custos desnecessários e exorbitantes aos proprietários de embarcações. Finalmente, a alteração do Parlamento no sentido de suprimir todas as referências ao comité de regulamentação não foi incluída. Foi feita uma concessão, obrigando as propostas de modificação dos valores-limite das emissões de escape e de ruído a ser objecto do processo de co-decisão, mas deixando simultaneamente os valores-limite de Froude e do rácio P/D no âmbito de competências do comité. São propostas alterações que visam manter a posição defendida pelo Parlamento em primeira leitura. O relator espera que, graças ao presente relatório, sejam introduzidas alterações que tenham devidamente em conta a necessidade de regulamentar as emissões de escape e de ruído, sem, no entanto, lesar os interesses das pessoas envolvidas na indústria europeia de embarcações de recreio, independentemente da sua contribuição para o mercado interno. PE /16 PR\ doc