Oficina sobre Aspectos Legais e Jurídicos em Relação à Tributação Imobiliária e Gestão Territorial. Gustavo Nygaard

Transcrição

1 Oficina sobre Aspectos Legais e Jurídicos em Relação à Tributação Imobiliária e Gestão Territorial d Gustavo Nygaard nygaard@tozzinifreire.com.br

2 Painel II - Quantificação e Distribuição da Carga Tributária Possibilidades e Limites Jurídicos à Distribuição da Carga Tributária sobre a Propriedade no Espaço Urbano

3 Normas Constitucionais e Legais sobre a Quantificação e Distribuição da Carga Tributária do IPTU Base de cálculo Constituição Federal Arts. 146, III, a e 156, I Código Tributário Nacional Art. 33

4 Normas Constitucionais e Legais sobre a Quantificação e Distribuição da Carga Tributária do IPTU Alíquotas Constituição Federal Art. 156,,parágrafo 1º, I (progressivo) g e II (diferenciado conforme uso ou localização) Art. 182, parágrafo 4º, II (progressivo no tempo)

5 Estatuto da Cidade (Lei Federal nº , de 10/07/2001) Art. 7º (progressivo no tempo)

6 Utilização Extrafiscal Urbanística Geral do IPTU Art. 4º, IV, a da Lei /2001 instrumento para atingimento to das finalidades previstas pe no Estatuto da Cidade; dentre essas finalidades, estão: a) garantia do direito a cidades sustentáveis; b) distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

7 c) ordenação econtrole o do uso do solo; oo; d) adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência; e) proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, l histórico, artístico, paisagístico e arqueológico.

8 O tratamento tributário diferenciado se justifica por: capacidade contributiva; ou finalidade extrafiscal. A diferenciação do IPTU em face da capacidade contributiva, exclusivamente, é matéria ainda controversa, sendo questão em discussão no Supremo Tribunal Federal; essa diferenciação se dá através da progressão de alíquotas de acordo com o valor venal dos imóveis. A diferenciação do IPTU para fins extrafiscais, no entanto, possui amplas possibilidades e fundamento em dispositivos da Constituição Federal e do Estatuto da Cidade.

9 Alíquota exclusivamente proporcional na criação e exigência do IPTU Alíquota única sobre o valor venal real de todos os imóveis da zona urbana do Município e que não tenham destinação econômica rural

10 Diferenciação tributária na criação e exigência do IPTU Imposto instituído e exigido de modo que: a) seja privilegiado o contribuinte de menor capacidade contributiva; b) seja privilegiado o contribuinte que destine seu imóvel a uma finalidade mais essencial de acordo com critérios de necessidade eleitos pela Constituição (uso para residência, por exemplo);

11 c) seja onerado o contribuinte que utilize seu imóvel de modo contrário ou não desejado ej do por regras ou princípios constantes em leis urbanas, inclusive no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano; d) seja privilegiado o contribuinte que utilize seu imóvel de modo a não agredir o meio-ambiente ou a preservar recursos ambientais (com menor taxação, por exemplo, para imóveis que utilizem energia solar, reduzindo o consumo de energia elétrica); e) seja onerado o contribuinte que seja proprietário de imóveis não edificados e localizados em zonas de forte ocupação urbana, mesmo que não sejam contrários às diretrizes do Plano Diretor ou que não estejam identificados para parcelamento ou edificação compulsórios.

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