RESPOSTAS DA 2ª LISTA DE EXERCÍCIOS

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1 SEMIÓTICA E SISTEMAS INTELIGENTES Tiago Agostinho de Almeida RESPOSTAS DA 2ª LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Morris de certa forma é um retrocesso fundamental da tradição peirceana. Enquanto Peirce concebeu uma filosofia semiótica baseada em categorias universais de percepção e do pensamento, Morris queria desenvolver uma ciência dos signos com uma base biológica e dentro da estrutura da ciência do comportamento. Morris e Peirce concordavam em dizer que algo é um signo somente porque ele é interprato como signo de algo por um intérprete. O modelo semiótico proposto por Morris é baseado no Behaviorismo. 2 Sintática: estuda a relação entre um dado veículo do signo ( aquilo que atua como um signo ) e outros veículos do signo. Semântica: estuda a relação entre veículos de signos e seus designata ( aquilo a que o signo se refere ); Pragmática: relação entre veículos de signos e seus intérpretes. 3 Supondo o estudo das relações formais dos signos entre si (podendo incluir tanto as relações sintagmáticas como paradigmáticas na língua), a sintática abrange mais do que simplesmente a sintaxe. Podemos dizer, que a sintaxe é uma definição estendida da sintática e que esta compreende a maior parte dos ramos da lingüística, incluindo a sintaxe, a morfologia e até a fonologia. 4 Denotatum: qualquer coisa que permita a conclusão da seqüência de respostas às quais o intérprete está exposto devido a um signo. Designatum: aquilo a que o signo se refere. Significatum: aquelas condições tais que qualquer coisa que as execute é um denotatum. 5 Os modos de Significação, segundo Morris são: - Designativo: Declarações (o que é em si); - Apreciativo: Avaliações (bom, ruim...); - Prescritivo: Imperativos e comandos (algo que nos impulsiona às ações); - Identificativo: Designa alocações em Espaço e Tempo; - Formativo: Designa formadores (signos lingüísticos com função contextual [conjunções, quantificadores, outras palavras funcionais e sinais de pontuação]); 6 São objetivos para o qual um organismo produz os signos que ele ou outros organismos interpretam. Eles podem ser para: - Uso Informativo: signo é utilizado para informar sobre algo (convincente); - Uso Avaliativo: quando ele tem como objetivo ajudar na seleção preferencial de objetos (efetivo); - Uso Incitivo: quando ele estimula seqüências de respostas (persuasivo); - Uso Sistêmico: quando ele organiza o comportamento produzido por signos em um todo determinado (correto); Combinando os modos de significação com as dimensões do uso sígnico podemos obter diferentes tipos de Discursos. 7 Discursos: Científico, Fictício, Legal, Cosmológico, Mítico, Poético, Moral, Crítico, Tecnológico, Político, Religioso, Propagandístico, Lógico-Matemático, Retórico, Gramatical e Metafísico.

2 Eles são formados a partir da conjunção dos seus modos de significação com suas dimensões de uso sígnico. 8 Significado: Aquilo a que o signo se refere; Signifância: Valor que o signo apresenta para intérprete; 9 Volição: Vontade (desejo) relacionada com os objetivos do sistema em questão; Valor: Medida utilizada para guiar o individuo na realização dos objetivos; Dependendo do Valor, o objetivo será realizado primeiro ou não. 10 Designativa: Diz respeito ao processo comparativo do signo com um objeto. Apraisiva: Corresponde a uma avaliação subjetiva do signo (conceitos como: prazer e desprazer, bom e ruim, certo e errado); Prescritiva: Corresponde a um impulso a uma ação (conceitos como: desejo e dever); O Interpretante é o elemento chave para o entendimento de um processamento sígnico e, portanto do funcionamento de um sistema inteligente. Ao mesmo tempo em que designa um objeto, o interpretante proporciona uma avaliação da significância do objeto (por meio da dimensão apraisiva) e predispõe o sistema inteligente a uma ação (por meio da dimensão prescritiva), que corresponde a uma reação à cognição do signo, dentro do contexto interpretado. Estas três tarefas do interpretante estão altamente interconectadas. 11 Módulo Neural Semiótico pode ser definido como o núcleo de um sistema de processamento sígnico. Este módulo trabalha sob a plataforma de uma rede neural e utiliza dois tipos de pesos internos, vi (pesos icônicos) e wi (pesos simbólicos). Os pesos vi irão carregar a descrição do próprio objeto. Os pesos wi irão efetuar as ligações simbólicas entre os signos. Há também dois tipos de entrada, xi relacionadas aos pesos vi e as entradas yi relacionadas com os pesos wi. O funcionamento do sistema ocorre por meio de similaridades (representação de ícones) e convencionalidades dada através de repetições (representação de símbolos). Este modelo pode ser chamado de Semiótico porque é capaz de processar signos (ícones e símbolos). 12 Categorias Peirceanas são Meta-Categorias (categorias para a construção de categorias) originadas por meio de estudos de Peirce sobre o pensamento humano. A Semiótica de Peirce foi totalmente baseada nas suas categorias. Essas categorias diferenciam-se das de Aristóteles e de Kant, pois podem ser agrupadas para formar outras categorias. 13 Fânerons: tudo aquilo que de algum modo ou senso pode estar presente na mente sem considerarmos se ele corresponde a alguma coisa real ou não. Faneroscopia: corresponde a descrição dos fânerons obtida pelo fruto da observação direta dos mesmos. Generalizando-se estas observações obtém-se um vasto repertório de fânerons, que apesar de inextricavelmente misturados, podem ser categorizados em uma lista muito curta. 14 Porque segundo Peirce, apesar dos pensamentos poderem ter inúmeras valências faneroscópica, apenas três categorias básicas e indecomponíveis são necessárias para a formação de qualquer idéia de qualquer valência. 15 Primeiridade: tudo aquilo que é assim como é, ou seja, um primeiro, independente de um segundo ou terceiro. Predominante nas idéias de novidade, criação, liberdade, originalidade, potencionalidade. Ex: Sensação, Sentimento.

3 16 Secundidade: tudo aquilo que é o que é, somente em relação a um segundo, mas de maneira independente de um terceiro (outridade). Predominante nas idéias de causação e reação (forças estáticas ocorrem sempre aos pares), diferenciação, existência (oposição ao resto do mundo), etc. Ex: Comparação, Oposição, Polaridade. 17 Terceiridade: tudo aquilo que é o que é, em função de um segundo e terceiro, mas independente de um quarto (composição). Predominante nas idéias de continuidade, representação, generalidade, etc. Ex.: Mediação, Meio, Intermediário. 18 Porque a idéia é original, não possui dependência. Ela possui aleatoriedade (surge do nada). 19 Porque ela nasce da composição entre a percepção (sensação) e a ação (vontade). Podemos dizer que, Existência é igual à oposição ao resto do mundo. 20 Porque ela nos dá a idéia de mediação que pode ser chamada de Lei que forma algo amorfo em algo formado. 21 Porque a Inteligência é um processo de mediação entre um propósito e uma ação. É a capacidade de decisão. 22 Segundo Peirce, signo é alguma coisa que produz na mente do intérprete a mesma idéia (interpretante) que seria produzida por outra coisa (objeto), caso fosse apresentada ao intérprete. O signo é formado por Objeto (qualquer coisa, sensação, evento que possa gerar uma idéia na mente do intérprete), Interpretante (uma idéia na mente do intérprete) e Significado (aquilo que é transmitido ao intérprete pelo signo, quando ocasiona a geração do interpretante na mente do intérprete). 23 Porque o objeto por si só poderia causar o aparecimento de uma idéia na mente do intérprete, entretanto, na ausência do objeto, o signo é capaz de produzir a mesma idéia. O signo é, portanto, o meio pelo qual um objeto ausente acaba por produzir uma idéia na mente do intérprete, sendo assim, o signo é um exemplo de terceiridade. 24 Peirce a certo momento passou a utilizar o conceito de signo como a própria definição de terceiridade porque percebeu que qualquer tipo de terceiridade teria que atuar como signo. 25 Dissociação: dois conceitos são dissociados, quando um pode existir completamente, independente do outro. Prescindência: dois conceitos são ditos prescindidos um do outro, quando apesar de não poderem ser dissociados, podemos supor um sem o outro. Distinção: mesmo quando um conceito não puder ser suposto sem o outro eles podem ser distinguidos um do outro. Estes conceitos afetam a interdependência entre as categorias das seguintes formas: - Categorias não podem ser dissociadas uma das outras, nem de outras idéias; - Primeiridade pode ser prescindida da secundidade e terceiridade; - Secundidade pode ser prescindida da terceiridade, mas não da primeiridade; - Terceiridade não pode ser prescindida nem da secundidade nem da primeiridade; - Todas as categorias podem ser prescindidas de qualquer outro conceito; - Todas as categorias podem ser distinguidas entre si; - Entretanto, é exatamente necessário distingui-las de outros conceitos de modo a preservar toda sua pureza e significado.

4 26 Genuínas: relação triádica que não pode ser decomposta em relações diádicas ou monádicas e relações diádicas que não podem ser decompostas em relações monádicas. Degeneradas: relações de ordem maior que três. 27 Semiose é o próprio processo de interpretação, processo por meio do qual o signo dá origem a um interpretante por meio de um objeto. Semiose Ilimitada é a seqüência infinita de interpretações. Isto ocorre porque um interpretante pode (e vai) atuar como signo em um futuro processo de interpretação. Signo Interpretante I Interpretante II Objeto 28 Objeto Imediato (degenerado): objeto, na maneira como é apresentado (potencialmente) pelo signo. Apresenta uma idéia de primeiridade (qualidade ontológica). Objeto Dinâmico (genuíno): objeto, como ele existe no mundo real. Apresenta uma idéia de secundidade (existência). Segundo Peirce, o objeto dinâmico nunca poderá ser atingido, pois só podemos conhecer o objeto por meio do signo, portanto, só conhecemos os objetos imediatos. 29 Interpretante Imediato (duplamente degenerado): interpretante potencial que o signo carrega em si, ainda não interpretado em nenhuma mente primeiridade; Interpretante Dinâmico (simplesmente degenerado): interpretante real, efetivamente causado na mente do intérprete secundidade; Interpretante Final (genuíno): interpretante genérico, reunindo todos os interpretantes possíveis em uma semiose ilimitada terceiridade; O Interpretante Final é impossível de ser alcançado na prática porque para isso devemos primeiramente entender todos os possíveis interpretantes gerados. (Infinito Objeto Dinâmico) 30 Interpretante Emocional (primeiridade): o fâneron criado na mente é uma mera qualidade ou sentimento. É equivalente à dimensão apraisiva de Morris. Interpretante Energético (secundidade): o fâneron criado na mente é uma reação (mecânica ou muscular) causada pela presença do signo. É equivalente à dimensão prescritiva de Morris. Interpretante Lógico (terceiridade): o fâneron criado na mente é um pensamento ou seja uma representação. É equivalente à dimensão designativa de Morris. 31 Tricotomias são gerações de classes de tríades. Elas são geradas a partir de combinações tricotômicas e do estudo do signo, analisando-se sua relação consigo próprio, com seu objeto e com seu interpretante. 32 Porque nem todas as ligações tricotômicas irão existir, signos de uma certa ordem não podem ter elementos de uma ordem acima da sua.

5 33 Primeira Tricotomia é aquela obtida por uma análise do signo em relação a si mesmo. Dela podemos encontrar: - Qualisignos (Tone) : Primeiridade O signo corresponde somente a um fenômeno de qualidade; - Sinsignos (Token) : Secundidade O signo é um existente da natureza, tendo uma existência bem marcada no mundo real; - Legisignos (Type) : Terceiridade O signo não é um existente da natureza, mas uma lei geral que subordina os existentes da natureza. (Cada ocorrência de um legisigno é um sinsigno, chamado de sua réplica); 34 Segunda Tricotomia é aquela obtida pela análise do signo em relação ao Objeto. Dela podemos encontrar: - Ícone : Primeiridade O signo apresenta em si próprio, as qualidades do objeto que representa relação entre signo e objeto independe do interpretante e do próprio objeto; - Índice : Secundidade O signo mantém uma conexão física ou relacional com seu objeto. Ele faz referência para seu objeto a relação entre signo e objeto independe do interpretante, mas depende do objeto; - Símbolo : Terceiridade O signo mantém uma relação totalmente arbitrária com seu objeto. A relação entre signo e objeto depende intrinsecamente do interpretante e do objeto; 35 Terceira Tricotomia é aquela obtida pela análise do signo em relação ao seu Interpretante. Dela podemos obter: - Rema (Termo) : Primeiridade O signo cujo interpretante (que media a ligação com o objeto) é uma mera possibilidade condições possíveis de verdade; - Dicente (Proposição) : Secundidade O signo cujo interpretante é um existente, ou seja, pode ser afirmado como uma verdade ou falsidade condições reais de verdade; - Argumento : Terceiridade O signo cujo interpretante é uma lei, ou seja, necessariamente deve ser afirmado como verdade ou negado como falsidade condições necessárias de verdade; 36 Imagens: a similaridade entre signo e objeto se dá diretamente em função de suas qualidades primárias; (primeiridade) Diagramas: a similaridade se dá em função das relações entre as partes do objeto; (secundidade) Metáforas: a similaridade está na predição (ou representação) que ambos signo e objeto partilham; (terceiridade) 37 Abdução (primeiridade): argumento cuja conclusão é potencialmente verdadeira (único argumento criativo); Dedução (secundidade): argumento cuja conclusão é realmente verdadeira; Indução (terceiridade): argumento cuja conclusão é geralmente verdadeira;

6 38 As Deduções podem ser: - Necessárias : não tem nada a ver com razão ou freqüência, mas professa que a partir de premissas verdadeiras, deve-se obter conclusões verdadeiras. Elas podem ser: o Corolariais: representa as condições da conclusão em um diagrama e encontra a partir da observação deste diagrama, como ele é, a verdade da conclusão; o Teoremática: tendo representado as condições da conclusão em um diagrama, realiza um experimento engenhoso sobre o diagrama e pela observação do diagrama modificado, garante a verdade da conclusão; - Prováveis (Deduções de Probabilidade): conclusões são afirmadas de acordo com razões de freqüência. Elas podem ser: o Deduções Estatísticas: conclusões são afirmadas de acordo com razões de freqüência mas o fazem com certeza absoluta; o Deduções Prováveis Próprias: conclusões não são afirmadas com certeza, mas somente na medida da freqüência com que são verdadeiras; 39 Argumento Pooh-Pooh: método que consiste em negar que um evento de um tipo geral possa ocorrer, baseando-se no fato de que este nunca ocorreu, sua justificativa se dá por dizer que se este método for aplicado persistentemente em todas as ocasiões, ele poderá ser corrigido caso esteja errado e portanto sempre levará a uma conclusão verdadeira; Verificação Experimental de uma Predição Geral: conclui que as condições de uma predição geral serão verificadas na medida em que estas são experimentalmente verificadas; Argumento a partir de uma Amostra Aleatória: método que verifica qual a proporção de membros de uma classe finita que possuem uma determinada qualidade, selecionando-se uma amostra aleatória da classe e concluindo que a razão encontrada na amostra será a mesma para a classe toda. 40 Inferência: operação sobre dados resultando uma cognição. Também pode ser definida como adoção de uma crença, consciente e controlada, como conseqüência de outro conhecimento. Argumento: conjunto de premissas conduzindo a uma conclusão (história de uma inferência); 41 Silogismos: são formas lógicas (constituídas por uma premissa maior e uma premissa menor que nos leva a uma conclusão) que são verdadeiras. Segundo Aristóteles, são argumentos válidos, demonstrativos, completos e simplesmente eliminativos. Para Peirce, silogismos são argumentos válidos, completos e simples, somente com dois elementos no antecedente. Figuras Silogísticas: São estudos realizados sobre as premissas e as conclusões. 42 Silogismos Aristotélicos e Teofrasteanos são nomes próprios dados às figuras silogísticas estudadas por eles. Nomes como Barbara, Barroco e Bocardo são mecanismos de convenção utilizados para dar nomes aos Silogismos. 43 Num primeiro momento, Peirce acreditou que todos os silogismos poderiam ser reduzidos a Barbara, sendo eles formados por uma Premissa Maior, uma Premissa Menor e uma Conclusão. O problema inicial era a restrição aos argumentos dedutivos. Posteriormente, Peirce propôs que os Silogismos são formados por três figuras irredutíveis: Dedução, Indução e Abdução sendo que todas elas envolvem princípios da 1ª figura e que a 2ª e a 3ª figura, envolvem princípios adicionais. Assim sendo, Peirce acrescentou que os 3 tipos de inferência são formas advindas das 3 figuras silogísticas.

7 44 Enquanto que a maioria dos filósofos considera a proposição de uma hipótese como algo nãológico, Peirce passou grande parte da sua vida tentando provar que a concepção de uma hipótese é um fato lógico. Peirce estava sendo original, pois através de uma análise da História da Lógica da Descoberta Científica ele detectou diversos problemas e para soluciona-los, propôs a idéia de Insight, sendo assim, segundo ele, a concepção de uma hipótese é dada através de uma inferência hipotética ou abdutiva. 45 Hipótese: supõe algo diferente do que foi diretamente observado, e freqüentemente algo que seria impossível observar diretamente. Abdução: primeiro estágio do método investigativo. Compreende o instante em que uma nova proposição é gerada. Para Peirce, ela consiste no passo da adoção da hipótese, na forma sugerida pelos fatos. Retrodução : adoção provisória de uma hipótese devido ao fato de que qualquer possível conseqüência de sua aceitação é passível de verificação experimental, de tal forma que a explicação perseverante deste mesmo método permitirá a descoberta de um potencial desacordo com os fatos se esse desacordo existir. 46 Em um primeiro momento, Peirce atribuiu o conceito de abdução à idéia de um tipo de argumento cuja conclusão era potencialmente verdadeira. Após novos estudos, Peirce redefiniu a abdução como sendo um tipo de inferência, na qual o argumento gerado é uma particularização de um conceito geral, potencialmente verdadeiro, e por fim, ele definiu abdução como sendo a primeira fase do método de investigação científica, o qual é responsável pela adoção de uma hipótese. 47 Peirce em um primeiro momento, seguiu as idéias de Kant: inferências analíticas (dedução) e sintéticas (indução e hipótese). Neste momento, a inferência corresponde aos processos de evidenciação. Posteriormente, Peirce introduziu uma nova visão de inferência, no qual ela deixa de ser um processo de evidenciação para ser um processo metodológico, e as três formas independentes do raciocínio passam a ser três estágios do método científico. Assim sendo, ele muda a ordem de consideração entre as inferências: de abdução, indução e dedução para abdução, dedução e indução. 48 Segundo o conhecimento que se tem hoje, com o processo evolutivo podemos explicar o processo de abdução. Pois o intelecto humano está peculiarmente adaptado a compreender as leis da natureza. 49 Experiência Colateral compreende o conhecimento do passado, consiste no conhecimento prévio que temos sobre o objeto, devido à análises anteriores de outros signos que também referenciavam o mesmo objeto. No processo de Semiose Ilimitada o signo carrega apenas o interpretante imediato, porém, devido às experiências colaterais nós podemos ter uma idéia geral desse objeto, atingindo o interpretante dinâmico do signo. 50 Mente é tudo aquilo que exerce o poder mediador. Ela não se limita à uma mente humana ou ser pensante. É um elemento que exerce o papel de terceiridade. A noção de mente é muito mais ampla do que outras noções biológicas, nada têm a ver com a idéia de alma ou algo em oposição ao corpo (corpo x mente). É o regulador que determina a finalidade de um processo causal. 51 Primeiridade: corresponde à noção de Estado; Secundidade: corresponde à noção de um Evento não-controlável; Terceiridade : corresponde à noção de um Evento controlável; (mediado pela vontade)

8 52 Lógica dos Relativos trata-se de uma lógica sígnica onde fenômenos de iconicidade podem ser tratados. Ela considera as relações em toda a sua diversidade e generalidade substituindo a idéia de classe pela idéia de sistema. Peirce propôs-se a desenvolve-la a fim de resolver o problema de representação por meio de silogismos de raciocínios em Geometria e Álgebra. Porém, sua principal meta era formalizar sua idéia de Signo. 53 Relativo: termo cuja definição descreve um objeto em relação a outros objetos em um sistema de objetos. Álgebra dos Relativos: qualquer relativo, bem como qualquer referência singular, é um termo geral descrito como uma soma lógica de relativos simples, sendo que os relativos individuais referem-se a sistemas onde todos os membros são individuais. 54 Através de operações sobre expressões na álgebra dos relativos. 55 É uma classe de diagramas sobre os quais é permitido operar certas transformações. Trata-se de um mecanismo de inferências por meio de gráficos. 56 São versões do grafo existencial. Primeiramente, Peirce criou a parte (versão) Alfa, posteriormente, ele adicionou um conjunto de signos sofisticando essa versão, surgindo a parte Beta, que após a realização de novos estudos, a fim de resolver alguns defeitos, houve uma evolução surgindo a parte Gama, cuja principal modificação foi a introdução de múltiplos universos para a realização de abstrações. 57 Sinequismo é uma doutrina que prega que tudo que existe é contínuo. Ela afirma que o discreto é somente uma percepção simplificada de certos tipos de comportamento contínuo. A teoria Semiótica de Peirce é um exemplo concreto de Sinequismo, no qual, segundo ele, a Semiose se trata de um processo contínuo e as idéias só podem só podem ser conectadas por continuidade (terceiridade). 58 A Teoria Semiótica de Eco corresponde à síntese de várias abordagens da análise de textos, da comunicação visual e da significação em geral. Ela combina instrumentos do estruturalismo, da teoria dos signos de Hjelmslev, da teoria da comunicação e informação e da teoria sígnica de Peirce. 59 Segundo Eco, a semiose é um fenômeno cultural, só podendo ser entendida dentro de um contexto cultural, ou seja, ela só ocorre em seres humanos. 60 Campos Semióticos são tópicos de pesquisa incluídos dentro dos interesses da semiótica. Eles possuem dois limites: o Limiar Inferior (a Soleira da Semiótica) compreende os sinais, e o Limiar Superior distinção entre o ponto de vista semiótico do mundo e várias outras perspectivas nãosemióticas dos fenômenos, ou seja, o que vai além do signo. 61 Segundo Eco, a semiótica consiste no estudo dos códigos, que podem ser representados por qualquer sistema de símbolos que, por consenso prévio entre destinador e destinatário, é usado para representar e transmitir qualquer informação. Ele é a estrutura elementar da comunicação. 62 scódigo: trata-se de um código como sistema (seria uma das metades de um código) contém somente um plano. Código: trata-se da composição de dois scódigos, contém portanto dois sistemas de estruturas paradigmáticas em correlação, um no plano de expressão e outro no plano de conteúdo.

9 63 Super-codificação: processo interpretativo de modificar um código estabelecido propondo uma nova regra que determina a aplicação menos comum de uma regra prévia (convenções estilísticas e ideológicas). Sub-codificação: espécie de codificação crua, imprecisa e hipotética operação pela qual, na falta de regras seguras, certas partes macroscópicas de certos textos são aceitas como unidades pertinentes de um código sem formação, mesmo se as regras combinatórias que determinam os elementos constituintes mas básicos junto com as unidades correspondentes do conteúdo fiquem desconhecidas. 64 Segundo Eco os signos são montados sobre sinais, sendo eles obtidos através de uma relação de sinais. A função sígnica correlaciona sinais no plano de expressão, com sinais no plano de conteúdo. 65 O problema do referente trata-se da noção de referência do signo com seu objeto e compreende a falácia referencial e a falácia extensional. Deste modo, Eco propôs que o signo não faz referência a nenhum objeto do mundo, afirmando que o signo é composto apenas por signo e interpretante. 66 Eco faz uma crítica ácida ao iconicismo porque nós continuamos ter noções ingênuas sobre signos icônicos: - tem as mesmas propriedades dos objetos - são semelhantes aos objetos - são análogos ao objeto - são motivados pelo objeto As características acima referenciam ao objeto, mas o mesmo foi excluído da teoria semiótica de Eco. Para ele, falta uma definição clara e exata de iconicismo e com isso conclui que a categoria do iconicismo não serve para nada, e deve ser eliminada. 67 Eco diz que a tipologia de signos é uma idéia equivocada porque a idéia de ícone é equivocada, e por isso tem levado a tantas incongruências. Sua proposta é a de substituir uma tipologia de signos por uma tipologia dos modos de produzir as funções sígnicas. 68 Retórica é a arte (e/ou ciência) da persuasão. Trata-se da semiótica da interação consensual, onde as idéias são expostas de uma forma que sejam convincentes. Os três níveis retóricos são: elocução (alto), disposição (médio) e invenção (baixo). 69 O ponto fundamental da sua teoria foi a teoria dos códigos. Na tentativa de conciliar diversas propostas semióticas Ecos criou uma semiótica que se assemelha a um Frankenstein entre Peirce, Morris, Hjelmslev, Greimas e outros, utilizando parcialmente conceitos de todos eles. Os pontos positivos da sua teoria são: - modelo da teoria de códigos é fundamentalmente baseado na teoria da informação e na cibernética - fontes seguras para matemáticos e engenheiros. - Eco explorou como ninguém o estudo dos sinais e sua relação com processos sígnicos. 70 Biosemiótica é a ciência interdisciplinar que estuda os aspectos da comunicação e significação em seres vivos. A comunicação é a característica essencial da vida dos seres vivos. O organismo é uma mensagem para as futuras gerações, especificando como sobreviver e reproduzir.

10 71 Segundo a Biosemiótica o signo: - é um objeto que é parte de um sistema auto-reprodutivo; - é sempre útil para o sistema e seu valor pode ser determinado por meio de sua contribuição na reprodução do sistema como um todo; - pode existir em múltiplos níveis hierárquicos, dentro de um sistema auto-reprodutivo; - possui um objetivo, dentro da evolução da vida (continuar a reprodução infinitamente); O objetivo da evolução sígnica é aumentar a complexidade dos sistemas, por meio do desenvolvimento de novos níveis hierárquicos. 72 Umwelt trata-se do ambiente sensível, da parte do ambiente que somos capazes de perceber com nossos sensores. Pode ser definido como compreendendo os aspectos fenomenológicos das partes sensíveis do ambiente que envolve um dado sistema, ou seja, as partes com que o sistema é capaz de interagir por meio de seus sensores atuadores, de acordo com sua organização interna e seus objetivos próprios. Este conceito é importante para a semiótica, pois assim compreendemos que o ambiente que sentimos é diferente do ambiente real e que cada sistema interpreta o ambiente de maneira diferente. 73 Umwelt é o ambiente sensível, ou seja, a parte do ambiente que somos capazes de perceber com nossos sensores. Innenwelt trata-se do mapa cognitivo desenvolvido dentro de cada indivíduo, capacitando o mesmo a encontrar seu caminho no ambiente e a inserir-se em uma rede de comunicações, interesses e meios de vida compartilháveis com outros organismos dentro de seu Umwelt. Lebenswelt consiste no Umwelt de um indivíduo humano ampliado com os recursos que a tecnologia humana pode desenvolver. É a melhor aproximação que podemos ter do ambiente real, porém, não necessariamente corresponde ao ambiente real. Inclui tudo que podemos perceber, mais tudo que podemos estender quanto à tecnologia. 74 A Exo-semiose compreende processos semióticos ocorrendo entre organismos vivos (mensagens trocadas, por exemplo). A Endo-semiose compreende processos semióticos ocorrendo internamente a um organismo vivo. 75 Transições meta-sistêmicas são estudos realizados sobre o objetivo da evolução sígnica. Elas possibilitam os novos níveis hierárquicos em sistemas autônomos. Normalmente começa com a duplicação do sistema original e termina com o estabelecimento de um novo fecho semântico. 76 O argumento teleológico é a tentativa de explicar uma série de eventos em termos de fins, metas e propósitos. Devido a essa posição teleológica, fica difícil de sustentar a existência de semiose no universo de átomos, partículas, estrelas e na poeira intergalática. 77 O próprio Peirce afirmou que a idéia de signo prescinde da idéia intérprete, sendo apenas necessário que ele gere um interpretante e, que este tenha o poder de gerar outro interpretante, e assim, recursivamente. 78 Segundo a Fisio-Semiótica, signo será qualquer A (determinado por um B, seu objeto), que ao determinar C, o faz de modo que C será mediatamente determinado por B. B determina A e, precisamente no aspecto em que B determina A, A determina C. Ao ser imediatamente determinado por A, C é simultaneamente determinado por B.

11 79 Enquanto que na termodinâmica entropia corresponde à dispersão de energia, na teoria da informação entropia corresponde à dispersão de informação. Entretanto, energia e informação têm uma relação entre si. Portanto, é válido dizer que entropia corresponde à dispersão de qualquer forma de energia ou informação. 80 Apesar de ser originalmente concebido como um fenômeno raro, evidências recentes demonstraram que a complementariedade molecular se encontra disseminada na natureza, podendo ser uma das origens para a evolução da vida na natureza. A partir da abstração desse fenômeno obtém-se a complementariedade que cria o acoplamento necessário para que sistemas sem ponto de equilíbrio possam ser informados e confere a capacidade de armazenar informação. 81 Semiótica, segundo o ponto de vista fisio-semiótico, compreende um conjunto de leis gerais que descrevem como se dá a transformação entre ação, forma e informação. Ela está no princípio da lógica que regula todos os processos físicos, biológicos e sociais da realidade. Ela funciona como motor propulsor da evolução da natureza, por meio de transições meta-sistêmicas. A evolução é baseada no processo de complementariedade, que cria as condições para processos negentrópicos que funcionam por meio das leis da semiótica. 82 Os quatro elementos sistêmicos que compõem a inteligência segundo Albus são: 1) processamento sensorial (SP) 2) modelagem do ambiente (WM) 3) geração de comportamento (BG) 4) julgamento de valores (VJ) Esses elementos formam nós operacionais, trabalham em paralelo, são organizados hierarquicamente e possuem múltiplos níveis de resolução. 83 GSM é um sistema unificado pela meta em existir como uma entidade. É formada por subsistemas que também são GSM. Ela possui os postulados de: - unidade não compromete sua integridade mesmo participando de outros GSM - recursão GSM é parte de um GSM, que é parte de um GSM... - Dualidade Existencial satisfação de metas (GSM G ) e subsistência (GSM S ). Ela possui dois grupos funcionais: - Goal Directed Functioning (GDF) cuida das tarefas externas ao sistema - Regular Subsistence Functioning cuida da integridade da unidade do sistema. 84 É um algoritmo que ele denominou de GFACS. Esse algoritmo possui certa semelhança com processos de estruturação e representação na natureza (Algoritmos de Estruturação). Suas componentes são: 1 Foco de atenção (capacidade da janela se mover sobre todo o escopo de interesse); 2 Agrupamento (formação de entidades); 3 Busca Combinatorial (comando para o foco de atenção); 85 Para Meystel, semiose corresponde ao processo de busca de significado e semiótica trata-se da área teórica que analisa e desenvolve métodos formais para a aquisição, representação, organização, geração, melhoria, comunicação e utilização do conhecimento. Meystel estudou a semiótica de Morris e tentou adapta-la aos elementos sistêmicos que compõe a inteligência, segundo Albus.

12 86 Segundo Pospelov, signo corresponde a uma unidade mental, associada a um objeto no mundo real, formada por quatro constituintes: Nomes : para o propósito de identificação, acesso e uso por outros signos; Conceitos: informações cognitivas, associadas com imagens mentais, obtidos por processos tais como, generalização, abstração, etc; Imagens: informações perceptuais, obtidas através de observações, experiências, etc; Ações: informações pragmáticas, hábitos de comportamento, etc, quando da interação com outros signos ou eventos observáveis; Eles se interagem entre si para formar diferentes tipos de signos, da seguinte maneira: - o objeto real (presente no mundo real) gera uma imagem no mundo mental. A esta imagem está associado um conceito que por sua vez, está associado a um nome que pode estimular uma ação. 87 Semiótica Aplicada corresponde ao uso da semiótica para diversas áreas do conhecimento, como: propaganda, matemática, comunicação animal, etc. Dentre os diversos potenciais de uso da semiótica aplicada, o cientista russo Pospelov estudou e desenvolveu termos lingüísticos para modelagem de Sistemas de Eventos Discretos. Pospelov aplicou a semiótica para resolver situações discretas, não se limitando a um processamento simbólico-dedutivo, aproveitando amplamente os conceitos semióticos. 88 Sistemas Abertos Complexos são tipos de sistemas formados por uma grande quantidade de componentes internos, sendo que estes sistemas podem interagir e sofrer influências de outros sistemas. Exemplos de Sistemas Abertos Complexos são: cidades, organizações, economias, sociedades, etc. Pospelov se propõe a tratar o controle desse tipo de sistema por meio de um Controlador Situacional Semiótico constituído por uma Rede Situacional Discreta (DSN) que descreve o sistema que está sendo controlado como um sistema a eventos discretos. A principal característica dessa Teoria de Controle Situacional é que as relações são expressas na forma de expressões de uma linguagem (Linguagem de Controle Situacional), sendo que, a semântica das palavras não está no mundo real, e sim na DSN. 89 A idéia fundamental por trás do Controle Situacional de Pospelov é que a Semântica dos termos está atribuída no modelo de Sistemas Complexos e não no mundo real, por meio da Linguagem de Controle Situacional (SCL) que permite a descrição de conhecimentos sobre o sistema, com sua semântica mapeada nos estados da Rede Situacional Discreta (DSN). 90 Segundo Deacon, os animais são capazes de processar ícones e índices, sendo que somente seres humanos são capazes de representar símbolos. A habilidade de processar símbolos é uma condição necessária para o desenvolvimento da linguagem, portanto, os animais possuem um meio de comunicação entre eles, mas não possuem uma linguagem. A espécie humana é a única que possui essa habilidade do aprendizado de linguagens devido à capacidade de processar símbolos. 91 Usualmente tenta-se explicar a interpretação de um ícone como a determinação em como duas coisas são similares. Na verdade, a semelhança não produz a iconicidade, pois somente após o reconhecimento da iconicidade é que se pode descobrir a semelhança, isso porque a interpretação ocorre antes disso. Para Deacon, uma inferência icônica corresponde ao ato de não-distinguir entre duas coisas, pois o relacionamento icônico é baseado em uma similaridade física, mas na incapacidade de encontrar uma diferença. Assim sendo, a iconicidade é aquilo que une diferentes coisas dentro de uma mesma classificação.

13 92 Uma situação que se repete varias vezes, deixa de ser um índice passando a ser um símbolo (idéia de lei). Segundo Deacon, uma referencia simbólica se constrói da seguinte maneira: 1º) O signo se conecta ao objeto de maneira indicial; 2º) O signo se conecta com os outros signos por meio da interseção entre objetos (fase transacional), gerando 3º) A referencia simbólica, na qual pode-se retirar a referencia indicial que o signo continuará existindo na teia. 93 Limiar Semiótico corresponde ao limite em que um índice deixa de ser índice e torna-se um símbolo. Segundo Deacon, cruzar o limiar simbólico não é suficiente para a criação de um símbolo, pois o relacionamento mantém-se mesmo depois que a correlação desapareça. 94 Segundo Deacon, a grande diferença entre símbolos e índices é que os símbolos não podem ser aprendidos um a um, assim como índices e ícones, mas somente depois que um sistema de referência simbólico foi estabelecido. O início do aprendizado simbólico é complicado, pois requer o armazenamento de diversas relações indiciais simultaneamente, ao mesmo tempo em que testa as possíveis combinações. Devido a Relação Referencial que ocorre entre símbolos, um sistema de relacionamentos de nível superior é formado, e este permite a uma palavra referir-se a um índice, e não simplesmente ser um índice. 95 Semiótica Computacional corresponde a uma proposição de um conjunto de metodologias que de certa forma tentam utilizar os conceitos e terminologias da semiótica, mas compondo um framework adequado para a construção de sistemas artificiais, neste caso, implementáveis em computadores. Semiótica Computacional é uma área metodológica ainda em formação, entretanto, existem diversas contribuições importantes que, apesar de ainda incompletas, ajudam-nos a entender a natureza dos processos semióticos e permitem sua síntese e implementação em plataformas computacionais. 96 Síntese Semiótica corresponde à produção do processo de semiose em computadores. Enquanto a Análise Semiótica se propõe a entender o processamento semiótico ocorrendo na natureza, a Síntese Semiótica se propõe a produzir processos de semiose em plataformas computacionais. Dessa forma, a síntese semiótica é mais desafiadora, pois enquanto a Análise limita-se a criação e aplicação de conceitos a coisas que já existem e que já estão funcionando, a Síntese vai além, propondo a especificação de entidades básicas envolvidas no processo de semiose e de mecanismos pelos quais os signos são interpretados. 97 Espaço de representação corresponde à arena onde se dá o processo de semiose. Ele se divide em dois: Espaço Externo e Espaço Interno. O espaço externo é compartilhável por definição. Isto significa que os fenômenos que nele porventura ocorram podem ser compartilhados por múltiplos sistemas (intérpretes). O espaço interno, ao contrário, não é compartilhado, ou seja, ele armazena os fenômenos que são da alçada particular de cada sistema. 98 A motivação para que se definam os espaços de representação é a idéia de que esses espaços podem acomodar sinais. Esses sinais capturados por meio de sensores irão construir o que chamamos de um campo de interpretação. Esse campo de interpretação pode ser definido como uma função ψ(x,y,z,t) onde cada ponto do espaço/tempo associa um determinado sinal, representando um estado. Para cada espaço de representação assume-se que existe um correspondente campo de interpretação.

14 99 Segundo a Semiótica Computacional, signo é qualquer coisa sobre o foco de atenção do intérprete (interno ou externo) que possa causar uma ação do intérprete, e Interpretante corresponde a qualquer ação do intérprete causada pelo signo, ou seja, qualquer mudança no campo de interpretação interno ou externo para o tempo posterior causado por uma ação do intérprete devida ao efeito do signo. 100 Semiose Externa é aquela cujo interpretante do signo ocorre no espaço externo. Ela possibilita a mudança no campo de interpretação externo, ela pode ocorrer em interpretes que não possuem espaços internos e pode ser o resultado final de uma cadeia de semiose interna. Semiose Interna é aquela cujo interpretante do signo localiza-se em qualquer um dos espaços internos. 101 Sinais são valores de partes de um campo de interpretação que se diferenciam (podem ser distintos) de outros valores. Quando sinais passam a causar ações eles tornam-se signos. Informação corresponde ao significado dos sinais. A informação que os signos carregam associada com a ação que podem causar é então chamada de conhecimento. 102 O único meio de se conhecer o campo de interpretação externo é por meio de sensores, porém, o armazenamento sensorial de informações não é suficiente, portanto, devemos utilizar a noção de Entidade como mecanismo básico, pois, a partir de unidades de conhecimento sensoriais o sistema deve tentar representar o mesmo campo de interpretação externo como uma coleção de entidades que podem possuir atributos que se modificam no tempo. As mudanças nos atributos das entidades são modeladas por Ocorrências. Esses conhecimentos sensoriais sobre entidades e ocorrências podem ser agrupados para representar situações. 103 Uma unidade de conhecimento pode ser dividida em outras unidades menores chamadas Tipos Elementares de Conhecimento. Os tipos elementares de conhecimento são totalmente baseados nas categorias sígnicas de Peirce. 104 Conhecimento Remático: corresponde a interpretação de remas, ou termos (coisas que podem ser associadas a uma única palavra). Ele é obtido por meio do significado das palavras. Este tipo de conhecimento pode ser simbólico, indicial ou icônico. Conhecimento Discente: corresponde a interpretação de proposições (termos+valorverdade). Este tipo de conhecimento é formado por conjuntos de conhecimentos remático e pode ser obtido através do conhecimento do significado das frases. Podo ser: Simbólico ou Icônico. Conhecimento Argumentativo: corresponde ao conhecimento sobre como processar outros conhecimentos, advém da idéia de argumento em Peirce, podendo ser: Analíticos ou Sintéticos. Pode ser definido como agente de transformação de conhecimento, que transforma um conjunto de conhecimentos (premissas) em um novo conhecimento (conclusão). 105 Unidades de Conhecimento são abstrações de outras diversas unidades de conhecimento. Seus três operadores básicos são: - Extração de Conhecimento (Dedução); - Geração de Conhecimento (Abdução); - Avaliação de Conhecimento (Indução); A idéia de utilizar os três operadores básicos é criar operações de inferências (Dedução, Abdução e Indução) da Semiótica Clássica, e utiliza-las para produzir Sistemas Inteligentes.

15 106 RP-Nets são Redes de Processamento de Recursos, elas foram inspiradas nas Redes de Petri Orientada a Objetos e podem ser utilizadas fora do escopo dos sistemas inteligentes. Por recurso entende-se como um conceito abstrato que pode ser aplicado a diversos domínios do conhecimento, tais como: A Semiótica (signo) e outros domínios. A utilização de Recursos escapa do preconceito quanto à terminologia das Redes Semiônicas. As RP-Nets foram desenvolvidas a princípio para sintetizar processos de semiose a fim de desenvolver sistemas inteligentes implementáveis em plataformas computacionais. 107 Os Recursos Ativos possuem duas tarefas: Decisão: primeiro eles devem escolher quais recursos irão processar e também decidir o que vai acontecer com eles (se serão preservados ou não). Posteriormente eles executam a Ação: que irá transformá-los em novos recursos. Para que essas duas tarefas ocorram é necessário executar cinco fases: 1) Fase de Avaliação: determina os recursos necessários e o que deve acontecer com eles após a utilização; 2) Fase de Atribuição: verifica as prioridades de cada recurso e atribui a cada um deles um escopo habilitante; 3) Fase de Assimilação: os recursos ativos assimilam o conteúdo de seus recursos alocados, transferindo-os por meio das portas de entrada, para seus compartimentos de entrada; 4) Fase de Transformação: a função de transformação é atribuída e invocada; 5) Fase de Consumação: Os recursos são enviados para seu lugar de destino por meio das portas de saída; 108 Nem todos os processos ordinários de uma RP-Net podem ser classificados como processos de semiose. 109 A função de Avaliação começa quando um dado recurso ativo determina quais os recursos necessários para executar suas atividades e posteriormente o recurso ativo deve avaliar cada recurso disponível, e decidir o que deve acontecer a este recurso após sua utilização. Para cada função de transformação possível de ser executada pelo recurso ativo, um conjunto de recursos necessários do tipo correto é determinado e o recurso ativo testa todas as possíveis combinações de recursos que sejam compatíveis com os tipos de entradas de suas funções de transformações. 110 A ordem de evolução para atingir as RP-Nets é: Redes de Objetos -> Redes de Agentes -> Redes Semiônicas -> Redes de Processamento de Recursos (RP-Nets). A grande diferença entre as RP-Nets e suas predecessoras é que elas podem ser utilizadas fora do escopo dos sistemas inteligentes. 111 Estas funções utilizam um Escopo Habilitante que corresponde a cada possível combinação compatível com uma função de transformação particular, elaborando uma lista de recursos potencialmente disponíveis para utilização. O escopo é avaliado pela função de avaliação e desta forma determina se os recursos serão modificados, simplesmente devolvidos a seus lugares ou destruídos. Após este processo de avaliação um algoritmo supervisor central verifica as prioridades de cada recurso ativo e atribui a cada um destes um escopo habilitante. Esta atribuição é realizada na fase de atribuição e deve evitar qualquer tipo de conflito com as prioridades de outros recursos ativos.

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