Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente. Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente. Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra"

Transcrição

1 Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra

2 Módulo 1.Ecologia microbiana Parte 2. Ecologia microbiana 2.5 COMUNIDADE MICROBIANA DA ÁGUA Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 2

3 Conceitos 1 Em comparação com a taxa de difusão no ar, o oxigénio difunde-se na água a uma taxa lenta; esta característica é uma das mais importantes na definição das características da água como um ambiente para o crescimento e o funcionamento microbiano Depois de dissolvido na água, o oxigénio pode ser mais rapidamente usado pelos microrganismos do que a taxa a que é reposto: criação de zonas anaeróbias Se a luz penetrar nessas zonas anaeróbias, podem desenvolver-se grupos específicos de microrganismos fotossintéticos Também podem desenvolver-se comunidades microbianas especializadas na interface entre regiões anaeróbias e aeróbias Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 3

4 Conceitos 2 Os ambientes aquáticos, tanto marinhos como de água doce, incluem grandes volumes de água fria e de gelo Para além da água doce armazenada nos glaciares e nas regiões polares, o gelo marinho cobre aproximadamente 7% da superfície da Terra A água fria (2-3%) e as águas de elevadas pressões dos oceanos são locais importantes para a sobrevivência e o funcionamento microbianos Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 4

5 Conceitos 3 Os ambientes aquáticos permitem o desenvolvimento de muitos tipos únicos de microrganismos, incluindo microrganismos das nascentes hidrotermais dos fundos dos oceanos Outros microrganismos fazem a ligação entre recursos espacialmente separados, como nitrato e sulfato Continuam hoje a ser descobertos novos microrganismos nos ambientes aquáticos Os ciclos biogeoquímicos do carbono, do azoto, do enxofre e dos fósforo dos lagos e dos ambientes marinhos envolvem interacções locais e através de vastas distâncias Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 5

6 Conceitos 4 O fitoplâncton (organismos fotossintéticos procariotas e eucariotas) forma a base da produção primária na maioria dos ambientes marinhos e de água doce O fitoplâncton liberta matéria orgânica dissolvida e particulada que é usada pelos microrganismos heterotróficos Parte do fitoplâncton é consumida pelos predadores, libertando nutrientes que são reciclados e novamente usados pelo fitoplâncton (loop microbiano) O ferro e o azoto podem limitar a actividade do loop microbiano em diferentes ambientes marinhos Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 6

7 Conceitos 5 São constantemente adicionados à água microrganismos patogénicos e matéria orgânica que podem ser transportados ao longo de grandes distâncias, principalmente em rios, lagos e oceanos As poeiras atmosféricas e outros materiais como poluentes, podem ser transportados a regiões longínquas dos oceanos, dos corpos de água doce e das regiões cobertas de gelo Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 7

8 Muitos patogénicos humanos, como Shigella, Vibrio e Legionella, encontram-se na água Conceitos 6 Uns ocorrem normalmente e outros podem sobreviver durante períodos de tempo variáveis depois de serem adicionados à água Por serem seus predadores, os protozoários providenciam muitas vezes protecção para estes patogénicos, principalmente quando estão associados em biofilmes Os ambientes aquáticos são reservatórios e vectores de transmissão de microrganismos patogénicos. Um dos objectivos da gestão dos ecossistemas aquáticos é o controlo da sobrevivência e da transferência de microrganismos patogénicos Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 8

9 Conceitos 7 A água é um reservatório importante para a sobrevivência e para a disseminação de protozoários e de vírus, que não são controlados pela adição de cloro à água Protozoários patogénicos incluem Cryptosporidium, Cyclospora e Giardia A água subterrânea é uma fonte importante de água potável, principalmente em zonas suburbanas e rurais Em muitos casos, este recurso está contaminado por microrganismos patogénicos e por nutrientes, derivados principalmente de fossas sépticas Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 9

10 Diversidade de habitats Ambientes aquáticos diversos: corpo humano, bebidas, rios, lagos, oceanos, zonas saturadas dos solos, desde alcalinos a extremamente ácidos Temperaturas nas quais os microrganismos funcionam: -5ºC a mais de 121ºC Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 10

11 Géisers : Diversidade de habitats Alguns dos microrganismos mais intrigantes existem em ambientes de temperaturas elevadas termófilo Thermus aquaticus) Nascentes hidrotermais oceânicas: hipertermófilo Pyrolobus fumarii Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 11

12 Um objectivo da microbiologia é o isolamento e a cultura de microrganismos marinhos únicos, principalmente na busca de microrganismos que produzam antibióticos (ver diapositivo seguinte) Principais factores que controlam as comunidades microbianas dos ambientes aquáticos mistura e movimento de nutrientes, O 2 e produtos de excreção Nos lagos e nos oceanos, a matéria orgânica proveniente da superfície afunda-se, criando zonas ricas em nutrientes onde ocorre decomposição Os gases e os produtos solúveis produzidos por esses microrganismos nas zonas profundas podem difundir-se para as camadas superiores estimulando a actividade de outros microrganismos Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 12

13 Novos agentes em medicina A maior parte dos antibióticos correntes: derivam de microrganismos do solo, principalmente ascomicetes, mas também de outros fungos e de bactérias Gram-positivas Mais de 100 produtos são hoje usados como antibióticos, agentes anti-tumorais e agroquímicos Alguns dos mais recentes agentes químicos são metabolitos de microalgas marinhas Também existe muito interesse na cultura de microrganismos marinhos simbióticos com hospedeiros macroscópicos Os microrganismos marinhos podem providenciar compostos bioactivos que não ocorrem nos microrganismos terrestres Prochloron sp., um microrganismo unicelular marinho simbiótico com ascídias (tunicados marinhos). Descoberto em Contém clorofila a e b e carotenóides Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 13

14 Os gases e os microrganismos aquáticos A distância (à escala microbiana) até uma bolha de ar ou até à superfície limita a difusão de oxigénio na água Os ambientes aquáticos têm baixa difusão de oxigénio (1/10000 da taxa de difusão numa fase gasosa) Na figura seguinte, as setas largas representam o fluxo rápido de oxigénio através do ar; a diminuição da intensidade da cor azul representa a diminuição da concentração de oxigénio Depois de penetrar na água o oxigénio difunde-se lentamente (seta castanha mais estreita) e a sua concentração vai diminuindo até ser finalmente utilizado por um microrganismo De acordo com a figura, a concentração de oxigénio disponível para uma enzima pode ser apenas 1/1000 da concentração atmosférica de oxigénio Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 14

15 Difusão do oxigénio na água Concentração de oxigénio em ppm (escala logarítmica) Bolha de ar Meio líquido Microrganismo Enzima respiratória Interface da bolha de ar (barreira) Ar Água Célula Meio líquido Célula microbiana (barreira) Taxas de difusão e barreiras à difusão do oxigénio Concentração na superfície da enzima Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 15

16 Efeito da temperatura da água e da altitude na concentração de O 2 dissolvido (mg/litro) Elevação acima do nível do mar (metros) Temperatura (ºC) Solubilidade do oxigénio diminui com o aumento da temperatura e com a diminuição da pressão: formação de zonas hipóxicas ou anóxicas nos ambientes aquáticos, surgindo microrganismos quimiotróficos e fototróficos especializados Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 16

17 Importante em processos químicos e biológicos O CO 2 dissolvido O sistema tampão do bicarbonato (figura seguinte) mantém o equilíbrio entre o dióxido de carbono, o bicarbonato e o carbonato, que controlam o ph da água O ph da água destilada (não tamponada) é determinado pelo CO 2 dissolvido em equilíbrio com o ar e é aproximadamente A água tamponada a ph 8.0 contém CO 2 absorvido do ar, principalmente sob a forma de bicarbonato (HCO 3- ) Quando os microrganismos autotróficos como as algas usam o CO 2 da água, o seu ph geralmente aumenta Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 17

18 Relação entre ph e CO 2 dissolvido Percentagem do carbono total Os gases atmosféricos afectam as características físicas da água. O ph da água é influenciado pela quantidade de CO 2 na água e também pelo equilíbrio entre o CO 2 dissolvido e os iões bicarbonato e carbonato 100 CO 2 dissolvido Bicarbonato (HCO 3- ) Carbonato (CO 3 2- ) Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 18 ph

19 Nutrientes nos ambientes aquáticos Concentração muito variável; muitos nutrientes nos ambientes poluídos e nos esgotos Taxa de reciclagem muito variável; nos ambientes marinhos pode demorar centenas a milhares de anos, nos pauis, sapais e estuários a taxa é rápida Uma das formas de ilustrar os gradientes de nutrientes e a sua exploração por diferentes microrganismos é a coluna de Winogradsky Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 19

20 A coluna de Winogradsky Microcosmos no qual os microrganismos e os nutrientes interagem num gradiente vertical de condições Os produtos da fermentação e sulfito sobem a partir da zona de redução inferior (condições semelhantes aos sedimentos ricos em nutrientes dos lagos) A luz permite o crescimento de microrganismos fotossintéticos, tanto aeróbios (zona superior) como anaeróbios (zona inferior) Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 20

21 A coluna de Winogradsky Camada de água Diatomáceas e cianobactérias (fotoautotróficos) Lama Camada de lama com O 2 (castanho-claro) Zona cor de ferrugem Algas e microrganismos aeróbios que oxidam sulfato: Beggiatoa, Thiobacillus, Thiothrix. Usam compostos reduzidos de enxofre como fonte de e - e O 2 como aceitador Fotoheterotróficos: bactérias púrpuras não sulfurosas Rhodospirilum, Rhodopseudomonas. Usam MO como fonte de e - sob condições anaeróbias Lama + enxofre, carbonato e fonte de celulose Zona vermelha Zona verde Difusão de H 2 S Zona anaeróbia com H 2 S (preta) Chromatium usam sulfito de hidrogénio como dador de e - e CO 2 como fonte de C Chlorobium Clostridium (celulose produtos de fermentação) Desulfovibrio (produtos de fermentação+sulfato sulfito) Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 21

22 Ciclos de nutrientes nos ambientes aquáticos Fotossíntese, principalmente fitoplâncton = principal fonte de MO nas superfícies iluminadas E.g. cianobactéria Synechococcus sp.: pode atingir densidades de células/ml Picocianobactérias podem representar 20-80% da biomassa de fitoplâncton Para crescer o fitoplâncton necessita de N e de P A composição da água em nutrientes afecta a razão C:N:P das células 106C:16N:1P = razão de Redfield=razão óptima para o crescimento dos organismos foto-autotróficos Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 22

23 MO fixada pelo fitoplâncton entra no loop microbiano, onde é reciclada em CO 2 e minerais MO dissolvida libertada pelo fitoplâncton usada pelos microrganismos heterotróficos tornando-se parte da MO particulada Organismos heterotróficos consumidos por predadores (protozoários e metazoários) libertando CO 2 e minerais Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 23

24 O loop microbiano (setas amarelas) Grande parte da MO sintetizada na fotossíntese pelo fitoplâncton é libertada como MO dissolvida (DOM). DOM usada pelas bactérias tornando-se POM. Bactérias consumidas pelos protozoários; após digestão os nutrientes das bactérias e dos protozoários são mineralizados e voltam ao fitoplâncton (loop) Consumidores Zooplâncton POM Protozoários Bactérias Azoto (N) Fósforo (P) DOM Fitoplâncton CO 2 e minerais Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 24

25 Comunidades microbianas aquáticas Diversidade elevada Adaptações especiais a ambientes aquáticos particulares Enorme abundância de ultramicrobactérias/ nanobactérias (<0.2mm): dominantes nos ecossistemas marinhos, podem atingir células/ml; e.g. Sphingomonas sp. Sphingomonas sp. Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 25

26 Diâmetro mm Usa sulfito como fonte de energia e nitrato como aceitador de e - Acumula nitrato num enorme vacúolo interno (pode ocupar 98% do seu volume e atingir concentrações de 800mM) Tem grânulos de enxofre na camada de citoplasma A maior bactéria conhecida Thiomargarita namibiensis Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 26

27 A bactéria esparguete Thioploca sp. Adaptação: capacidade de ligar e usar recursos que se encontram espacialmente separados Na costa do Chile onde água pobre em O 2 mas rica em nitrato está em contacto com sedimentos ricos em sulfito Células mm largura e muitos cm comprimento (daí o nome esparguete ) Formam estruturas filamentosas na superfície e no interior dos sedimentos Usam o sulfito dos sedimentos anaeróbios e o nitrato da coluna de água aeróbia Constituem a maior comunidade de bactérias visíveis a olho nu Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 27

28 Grânulos de enxofre Thioploca sp. Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 28

29 Os fungos aquáticos Oomicetes (bolores aquáticos) Esporos assexuados móveis com 2 flagelos Quitrídeos Esporos assexuados móveis com 1 flagelo Decomposição da MO; agentes patogénicos e parasitas (e.g. Batrachochytrium dendrobatidis infecta a pele dos anfíbios, causando a sua morte) Hifomicetes aquáticos (Filo Deuteromycota) Esporulam dentro de águaconídeos em forma tetra-radiada ou de S transportados na água; ao contactar com uma folha, colam-se e começam a crescer formando micélio que penetra na folha e promove a sua decomposição Decomposição da matéria orgânica Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 29

30 Os hifomicetes aquáticos Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 30

31 Marés vermelhas: devidas a crescimento exagerado de algas (e.g. Pseudonitzschia) podem levar à morte dos consumidores por causa de neurotoxinas Impactos negativos na economia porque não se podem apanhar bivalves Os microrganismos como problema ambiental A diatomácea Pseudonitzschia (responsável pelas marés vermelhas) Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 31

32 Dinoflagelados: grupo de protistas com flagelos i/dinoflagelado Os microrganismos como problema ambiental Pfiesteria piscicida: dinoflagelado que provoca a morte dos peixes Nos humanos pode causar perda de memória Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 32

33 Os ambientes de água doce: lagos Nos lagos criam-se gradientes verticais porque existe pouca mistura da água O aquecimento diferencial da coluna de água cria diferenças na temperatura que resultam na formação de camadas de água com diferentes densidades: Epilimnion Metalimnion (termoclino) Hipolimnion Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 33

34 Eutrofização Quando é adicionada à água carga de nutrientes (N e P) ocorre crescimento pronunciado de plantas, algas e bactérias A morte e a decomposição desta grande quantidade de MO pode levar à anóxia nestes lagos Lagos oligotróficos Contêm muito poucos nutrientes dissolvidos e baixa população microbiana Saturados em oxigénio Lagos eutróficos Contêm muitos nutrientes dissolvidos Apenas a zona superior está saturada em O 2 (fotossíntese) A zona inferior (sedimentos) e o hipolimnion têm carga elevada de matéria orgânica e podem ser anaeróbios, com o desenvolvimento de microrganismos sulfurosos fotossintéticos como Chromatium e Chlorobium Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 34

35 Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 35

36 Variação sazonal do perfil de oxigénio dissolvido nos lagos oligotróficos e eutróficos Nos lagos oligotróficos depende apenas da temperatura Nos lagos eutróficos está relacionada com a carga de matéria orgânica Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 36

37 As cianobactérias Papel importante na acumulação de nutrientes mesmo na ausência de azoto porque muitos géneros fixam azoto atmosférico Anabaena, Nostoc, Cylindrospermum fixam azoto sob condições aeróbias Oscillatoria fixa azoto sob condições anaeróbias Pode ocorrer eutrofização mesmo sem adição de azoto, apenas com adição de fósforo Vantagens competitivas em relação às algas Não necessitam de azoto Funcionam mais eficientemente sob condições de ph elevado ( ) e de temperatura alta (30-35ºC) Usam CO 2 a taxas elevadas, aumentando o ph da água e tornando-a pouco propícia ao desenvolvimento das algas Muitas espécies produzem toxinas, sendo menos consumidas que as algas; as toxinas causam grandes problemas ambientais e de saúde pública na eutrofização por cianobactérias Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 37

38 Existem gradientes longitudinais (i.e., de distância) e temporais Rios e ribeiros 1 Existência de corrente: maior parte dos microrganismos aderentes às superfícies expostas; apenas nos rios grandes (coluna de água profunda e corrente lenta) existem microrganismos em suspensão Fontes de nutrientes: (1) Produção interna (autóctone) por microrganismos fotossintéticos aquáticos (2) Fonte externa (alóctone) através de escorrências terrestres ou das folhas e de outros detritos produzidos na zona ripícola MO metabolizada por microrganismos quimio-organotróficos, providenciando energia para as cadeias alimentares Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 38

39 Rios e ribeiros 2 Normalmente a quantidade de MO que entra no sistema não excede a sua capacidade de a oxidar: os rios possuem uma enorme capacidade para processar a MO Mas podem também tornar-se anaeróbios sob condições extremas Carga de esgotos (carga de MO) não tratados = poluição pontual: produz alterações previsíveis na comunidade microbiana e na concentração de O 2 (curva sag de oxigénio dissolvido) Carga de nutrientes provenientes dos fertilizantes usados na agricultura = poluição difusa Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 39

40 A curva sag do oxigénio dissolvido eng/biotech- Environ/AERATION/sag.html 80/voice/do/doSagCurve.html ment/gishydro/ferdi/webedu/webd osag/webdosag.html Os microrganismos e as suas actividades podem criar gradientes espaciais e gradientes temporais, quando existe carga de nutrientes nos rios. A curva sag do oxigénio dissolvido ocorre quando existe carga de matéria orgânica num rio limpo. Durante os estádios mais tardios da auto-depuração, a comunidade fotoautotrófica torna-se novamente dominante Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 40

41 A curva SAG do oxigénio dissolvido 6.html Carga de MO Crescimento dos organismos heterotróficos (decompositores) Libertação de matéria mineral Crescimento dos organismos fotoautotróficos Manuela Abelho 2012 Microbiologia ambiental 41

Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente. Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra

Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente. Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra abelho@esac.pt www.esac.pt/abelho Módulo 1.Ecologia microbiana Parte 2. Ecologia microbiana 2.3 ACTIVIDADES

Leia mais

Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente. Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra

Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente. Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra Microbiologia ambiental Engenharia do Ambiente Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra abelho@esac.pt www.esac.pt/abelho Módulo 1.Ecologia microbiana Parte 2. Ecologia microbiana 2.2 O

Leia mais

Microbiologia do Ambiente. Sistemas aquáticos

Microbiologia do Ambiente. Sistemas aquáticos Microbiologia do Ambiente Sistemas aquáticos Ciclo da Água Precipitaçã o Evaporaçã o Infiltração Escorrênci a Classificação das águas Águas atmosféricas Águas superficiais doces Águas subterrâneas Águas

Leia mais

Microbiologia das águas de alimentação

Microbiologia das águas de alimentação Microbiologia das águas de alimentação Características ecológicas dos meios aquáticos naturais Processos comuns a todas as águas Processos específicos águas superficiais águas marinhas águas subterrâneas

Leia mais

TEÓRICA 12 DOCENTES: Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Margarida Reis (componente prático)

TEÓRICA 12 DOCENTES: Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Margarida Reis (componente prático) TEÓRICA 12 DOCENTES: Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Margarida Reis (componente prático) Importância da Teia Alimentar Microbiana A comunidade microbiana no meio ambiental (águas

Leia mais

TEÓRICA 2 DOCENTES: Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Margarida Reis (componente prático)

TEÓRICA 2 DOCENTES: Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Margarida Reis (componente prático) TEÓRICA 2 DOCENTES: Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Margarida Reis (componente prático) Programa 1. Aula Teórica 1.1 Conceitos e definições 1.2 Dominíos de Woese e 8 novos reinos

Leia mais

Poluição Da Água. Escola Secundaria da Maia Trabalho realizado por:

Poluição Da Água. Escola Secundaria da Maia Trabalho realizado por: Poluição Da Água Escola Secundaria da Maia Trabalho realizado por: Carlos Manuel 11ºM Tiago Oliveira 11ºM Curso Técnico de Manutenção Industrial/Electromecânica Introdução A poluição da água é um problema

Leia mais

Processos Biológicos para a Remoção de Poluentes

Processos Biológicos para a Remoção de Poluentes Processos Biológicos para a Remoção de Poluentes Tecnologia em Gestão Ambiental Gestão e Tratamento de Efluentes Prof: Thiago Edwiges 2 INTRODUÇÃO Tratamento Secundário Ocorrem processos biológicos de

Leia mais

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS É o trânsito da matéria entre o meio físico e os seres vivos. Quando os organismos vivos realizam os processos vitais essenciais, eles incorporam moléculas de água, carbono, nitrogênio

Leia mais

DOCENTES: Prof. Ana Barbosa

DOCENTES: Prof. Ana Barbosa DOCENTES: TEÓRICA 14 DOCENTES: Prof. Helena Galvão Prof. David Montagnes (responsável componente University teórico) of Liverpool, U.K. Prof. Ana Barbosa (componente prático) Profª Helena Galvão F.C.M.A.,

Leia mais

Ecologia II: Ecossistemas fluviais. Manuela Abelho 2012

Ecologia II: Ecossistemas fluviais. Manuela Abelho 2012 Ecologia II: Ecossistemas fluviais Manuela Abelho 2012 7.1 Poluição 7. POLUIÇÃO, EUTROFIZAÇÃO E MODIFICAÇÃO DAS ÁGUAS CORRENTES 2 Poluição da água Qualquer fonte de alteração da qualidade da água Substâncias

Leia mais

CIÊNCIAS. Prof. Diângelo

CIÊNCIAS. Prof. Diângelo CIÊNCIAS Prof. Diângelo TABELA PERÍODICA Aula 18 Respiração Celular Respiração celular é o processo de conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que poderão ser usadas nos processos

Leia mais

CIÊNCIAS DO AMBIENTE E ECOLOGIA

CIÊNCIAS DO AMBIENTE E ECOLOGIA CIÊNCIAS DO AMBIENTE E ECOLOGIA CIÊNCIAS DO AMBIENTE E ECOLOGIA INTRODUÇÃO E CONCEITOS DE ECOLOGIA: A CRISE AMBIENTAL, CONCEITOS BÁSICOS EM ECOLOGIA, FATORES LIMITANTES. DINÂMICA POPULACIONAL: CONCEITOS,

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA. TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas Lênticos Parâmetros físico-químicos

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA. TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas Lênticos Parâmetros físico-químicos ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA CURSOS DE ENGENHARIA DO AMBIENTE E TERRITÓRIO/FLORESTAL ECOLOGIA DE SISTEMAS AQUÁTICOS/ORDENAMENTO DAS ÁGUAS INTERIORES TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas

Leia mais

Ecologia II Módulo «Ecossistemas aquáticos» Licenciatura em Ecoturismo

Ecologia II Módulo «Ecossistemas aquáticos» Licenciatura em Ecoturismo Ecologia II Módulo «Ecossistemas aquáticos» Licenciatura em Ecoturismo Manuela Abelho Sector de Biologia e Ecologia abelho@esac.pt 1.Introdução Revisões Definições e conceitos Importância da água e dos

Leia mais

Ecologia Microbiana. Microbiologia do Solo. Microbiologia da Água

Ecologia Microbiana. Microbiologia do Solo. Microbiologia da Água Ecologia Microbiana Microbiologia do Solo Microbiologia da Água Camadas do solo (horizontes) Camada A: Solo superficial (rico em matéria orgânica) A Alta atividade microbiana Camada B: Subsolo (pobre

Leia mais

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Ciclos biogeoquímicos Parte 1. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Ciclos biogeoquímicos Parte 1. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Ecologia e ciências ambientais Parte 1 Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Parte 1 Introdução a biogeoquímica e ciclo do carbono: I Características gerais dos ciclos biogeoquímicos II

Leia mais

6. Menciona os processos através dos quais o CO2 é devolvido ao meio abiótico.

6. Menciona os processos através dos quais o CO2 é devolvido ao meio abiótico. ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO 2º Teste de Avaliação (45 minutos) Versão 1 Disciplina de CIÊNCIAS NATURAIS 8ºA 30 de Novembro de 2010 Nome: Nº Classificação: A professora: (Isabel Lopes) O Encarregado

Leia mais

DOCENTES: TEÓRICA 3. Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Ana Barbosa (componente prático)

DOCENTES: TEÓRICA 3. Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Ana Barbosa (componente prático) DOCENTES: TEÓRICA 3 Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Ana Barbosa (componente prático) Diversidade Metabólica nas eubactérias Autotrofia: utilização de C0 2 como única fonte de

Leia mais

ECOLOGIA MICROBIANA DOCENTES: Prof. Helena Galvão Prof. Margarida Reis (responsável) Mestrado (2º ciclo Bologna) em Biologia Molecular e Microbiana

ECOLOGIA MICROBIANA DOCENTES: Prof. Helena Galvão Prof. Margarida Reis (responsável) Mestrado (2º ciclo Bologna) em Biologia Molecular e Microbiana ECOLOGIA MICROBIANA Mestrado (2º ciclo Bologna) em Biologia Molecular e Microbiana TEÓRICA 2 DOCENTES: Prof. Helena Galvão Prof. Margarida Reis (responsável) Importância da Teia Alimentar Microbiana A

Leia mais

Quais são os reinos dos seres que podemos encontrar as algas como representantes? Reino Monera: cianobactérias ou cianofíceas ou algas azuis (são

Quais são os reinos dos seres que podemos encontrar as algas como representantes? Reino Monera: cianobactérias ou cianofíceas ou algas azuis (são Quais são os reinos dos seres que podemos encontrar as algas como representantes? Reino Monera: cianobactérias ou cianofíceas ou algas azuis (são todas procariontes/unicelulares/autótrofas); Não possuem

Leia mais

Na Atmosfera da Terra: Radiação, Matéria e Estrutura Unidade temática 2

Na Atmosfera da Terra: Radiação, Matéria e Estrutura Unidade temática 2 Sumário Na Atmosfera da Terra: Radiação, Matéria e Estrutura Unidade temática 2 Breve história. Composição média da atmosfera atual. Agentes de alteração da concentração de constituintes vestigiais da

Leia mais

SERES VIVOS, AMBIENTE E ENERGIA

SERES VIVOS, AMBIENTE E ENERGIA SERES VIVOS, AMBIENTE E ENERGIA Prof. Bruno Barboza de Oliveira OBJETIVO Analisar as relações entre seres vivos e energia Seres Vivos Energia??? 1 ENERGIA Energia Do grego: trabalho Conceito reducionista!!!

Leia mais

Pressão antropogénica sobre o ciclo da água

Pressão antropogénica sobre o ciclo da água O CICLO DA ÁGUA Pressão antropogénica sobre o ciclo da água 2. Poluição difusa 3. Poluição urbana 1. Rega 8. Barragens 7. Erosão do solo 4. Poluição industrial 5. Redução das zonas húmidas Adaptado de:

Leia mais

Microbiologia da água e ar. Everlon Cid Rigobelo

Microbiologia da água e ar. Everlon Cid Rigobelo Microbiologia da água e ar Everlon Cid Rigobelo 1 Oceanos Abertos Zona pelágica [ ] de nutrientes baixas Nutrientes inorgânicos, N, P e o Fe Essenciais para os organismos fototróficos 2 Zonas Marinhas

Leia mais

Nutrição e crescimento

Nutrição e crescimento Nutrição e crescimento microbiano Fatores necessários para o crescimento Fatores físicos: temperatura, ph, pressão osmótica Crescimento microbiano* Fatores químicos: fontes de carbono, nitrogênio, enxofre,

Leia mais

Na Atmosfera da Terra: Radiação, Matéria e Estrutura Unidade temática 2

Na Atmosfera da Terra: Radiação, Matéria e Estrutura Unidade temática 2 Sumário Na Atmosfera da Terra: Radiação, Matéria e Estrutura Unidade temática 2 Breve história. Composição média da atmosfera atual. Agentes de alteração da concentração de. - Contaminação e toxicidade.

Leia mais

A Terra como um sistema

A Terra como um sistema A Terra como um sistema Subsistemas fundamentais Geosfera Atmosfera Hidrosfera Biosfera Os subsistemas constituintes do sistema Terra são a atmosfera, a hidrosfera, a geosfera e a biosfera, que interagem

Leia mais

Diversidade Microbiana e Habitats

Diversidade Microbiana e Habitats Diversidade Microbiana e Habitats Não se conhece a identidade da grande maioria de espécies que habita o solo; Afetada: partículas de matéria orgânica, raízes, facilidade de trocas gasosas e outros; O

Leia mais

Unidade 4 Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas. Planeta Terra 8.º ano

Unidade 4 Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas. Planeta Terra 8.º ano Unidade 4 Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas Quais são as causas das perturbações dos ecossistemas? Causas naturais Causas humanas Quais são as fontes de alteração da atmosfera? A atmosfera é

Leia mais

BIOLOGIA. Ecologia I. Matéria e Energia nos Ecossistemas. Professora: Brenda Braga

BIOLOGIA. Ecologia I. Matéria e Energia nos Ecossistemas. Professora: Brenda Braga BIOLOGIA Ecologia I Matéria e Energia nos Ecossistemas Professora: Brenda Braga Níveis de Organização Fatores: Bióticos+Abióticos Nicho x Habitat predadores outros lobos parasitas tipo de reprodução alimento

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Ciclos Biogeoquímicos DEFINIÇÃO Trata-se de movimentos cíclicos que envolvem elementos químicos presentes no meio biológico e o ambiente geológico; Elementos que são necessários ao desenvolvimento dos

Leia mais

ENTRE A TERRA E O MAR

ENTRE A TERRA E O MAR ENTRE A TERRA E O MAR ESCOLA DE MAR INVESTIGAÇÃO, PROJECTOS E EDUCAÇÃO EM AMBIENTE E ARTES No mar existem muitos animais e todos eles se relacionam entre si de alguma forma! BIODIVERSIDADE A água é um

Leia mais

A GEOLOGIA, OS GEÓLOGOS E OS SEUS MÉTODOS

A GEOLOGIA, OS GEÓLOGOS E OS SEUS MÉTODOS Biologia Geologia (10º ano) A GEOLOGIA, OS GEÓLOGOS E OS SEUS MÉTODOS A Terra como um sistema Subsistemas terrestres GEOLOGIA O que é a Geologia? A geologia é a ciência que estuda a Terra! (do grego Geo

Leia mais

Ecologia II Módulo «Ecossistemas aquáticos» Licenciatura em Ecoturismo Manuela Abelho Sector de Biologia e Ecologia

Ecologia II Módulo «Ecossistemas aquáticos» Licenciatura em Ecoturismo Manuela Abelho Sector de Biologia e Ecologia Ecologia II Módulo «Ecossistemas aquáticos» Licenciatura em Ecoturismo Manuela Abelho Sector de Biologia e Ecologia abelho@esac.pt 2.Organismos e ecossistemas aquáticos Comunidades dos ecossistemas aquáticos

Leia mais

MaCS/SiMCo - Marine and Coastal Systems Master Program. Teórica 2 Lecture 2

MaCS/SiMCo - Marine and Coastal Systems Master Program. Teórica 2 Lecture 2 MaCS/SiMCo - Marine and Coastal Systems Master Program Dinâmica Trófica Marinha Marine Trophic Dynamics Docentes/lecturers: Helena Galvão Sofia Gamito Karim Erzini Teórica 2 Lecture 2 Importância da Teia

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Ciclos Biogeoquímicos Disciplina de Biologia Profa. Daniela Bueno Sudatti Livro 3, Parte III Cap 10.4 O Que é? Circulação de matéria (orgânica e inorgânica) no planeta. BIOSFERA HIDROSFERA ATMOSFERA LITOSFERA

Leia mais

Biofilmes: estrutura, formação, ecologia

Biofilmes: estrutura, formação, ecologia Formação de Biofilme de Pseudomonas aeruginosa Biofilmes: estrutura Biofilmes: estrutura, formação, ecologia Biofilmes: formação: coagregação Os principais componentes estruturais de biofilmes são: Microrganismos

Leia mais

Ciências Naturais 6º ano Lígia Palácio. Free Powerpoint Templates

Ciências Naturais 6º ano Lígia Palácio. Free Powerpoint Templates Ciências Naturais 6º ano Lígia Palácio Free Powerpoint Templates 2015 https://www.youtube.com/watch?v=xe0xvlmm4ru Free Powerpoint Templates 2015 Ecossistemas ALGA LAPA ESTRELA-DO-MAR GAIVOTA Sol Fonte

Leia mais

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS OU CICLOS DA MATÉRIA

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS OU CICLOS DA MATÉRIA CICLOS BIOGEOQUÍMICOS OU CICLOS DA MATÉRIA Conjunto dos processos biológicos, geológicos, químicos e físicos responsáveis pela circulação da matéria (entrada, transferência e reciclagem). Profº. Moisés

Leia mais

Composição da água do mar

Composição da água do mar Composição da água do mar Vanessa Hatje Sumário das propriedades da água Pontes de Hidrogênio são responsáveis pelo alto calor latente de fusão e evaporação e alta capacidade calorífica da água. Transporte

Leia mais

FACULDADE VÉRTICE CURSO AGRONOMIA MICROBIOLOGIA DO SOLO TEMAS: BIOTA E AGREGAÇÃO DO SOLO E OS PRINCIPAIS MICROORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA

FACULDADE VÉRTICE CURSO AGRONOMIA MICROBIOLOGIA DO SOLO TEMAS: BIOTA E AGREGAÇÃO DO SOLO E OS PRINCIPAIS MICROORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA FACULDADE VÉRTICE CURSO AGRONOMIA MICROBIOLOGIA DO SOLO TEMAS: BIOTA E AGREGAÇÃO DO SOLO E OS PRINCIPAIS MICROORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA PROFESSORA: MARIA LITA P. CORREA EVOLUÇÃO DO SOLOS Cianob,

Leia mais

Ecologia I -Conceitos

Ecologia I -Conceitos Ecologia I -Conceitos -Pirâmides ecológicas -Fluxo de energia Professora: Luciana Ramalho 2018 Introdução Ecologia é uma ciência que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde vivem.

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Ciclos Biogeoquímicos Matéria orgânica: são os restos dos seres vivos. É composta essencialmente de compostos de carbono. Decompositores: são responsáveis pela degradação da matéria orgânica e favorecem

Leia mais

Ecologia: definição. OIKOS Casa LOGOS Estudo. Ciência que estuda as relações entre os seres vivos e desses com o ambiente.

Ecologia: definição. OIKOS Casa LOGOS Estudo. Ciência que estuda as relações entre os seres vivos e desses com o ambiente. Ecologia: definição OIKOS Casa LOGOS Estudo Ciência que estuda as relações entre os seres vivos e desses com o ambiente. Meio Ambiente Conjunto de condições que afetam a existência, desenvolvimento e

Leia mais

Profa. Dra. Bernadete de Medeiros

Profa. Dra. Bernadete de Medeiros ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - USP CURSO ENGENHARIA BIOQUÍMICA DISCIPLINA MICROBIOLOGIA - 2016 AULA 1 - PROTEOBACTÉRIA Profa. Dra. Bernadete de Medeiros RELAÇÃO EVOLUCIONÁRIO DOS ORGANISMOS ORIGEM DAS

Leia mais

Conjunto de elementos que interagem entre si, realizando trocas e influenciando-se uns aos outros

Conjunto de elementos que interagem entre si, realizando trocas e influenciando-se uns aos outros Conjunto de elementos que interagem entre si, realizando trocas e influenciando-se uns aos outros Tipos de sistemas em função das suas inter-relações com o meio Sistema fechado Sistema isolado Sistema

Leia mais

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS OU CICLOS DA MATÉRIA

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS OU CICLOS DA MATÉRIA CICLOS BIOGEOQUÍMICOS OU CICLOS DA MATÉRIA Conjunto dos processos biológicos, geológicos, químicos e físicos responsáveis pela circulação da matéria (entrada, transferência e reciclagem). Profº. Moisés

Leia mais

Fluxos de Energia e de Materiais nos Ecossistemas

Fluxos de Energia e de Materiais nos Ecossistemas Fluxos de Energia e de Materiais nos Ecossistemas Uma vez que o fluxo de materiais é um fluxo cíclico nos ecossistemas, é possível analisar estes fluxos usando as técnicas de balanço de materiais: [Taxa

Leia mais

Morfologia e ultra-estrutura de algas

Morfologia e ultra-estrutura de algas Morfologia e ultra-estrutura de algas Características das algas Fotoautotróficas. Muitas algas são móveis ou possuem um estágio móvel durante o seu ciclo de vida. São geralmente classificadas conforme

Leia mais

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Cadeias e teias alimentares. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Cadeias e teias alimentares. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Ecologia e ciências ambientais Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: I Fluxo de matéria e energia nos Ecossistemas II III Teias alimentares: IV Ciclo da matéria I Fluxo de matéria e energia

Leia mais

BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2

BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2 BIOSFERA E SEUS ECOSSISTEMAS Cap.2 Conceitos Básicos ECOLOGIA Oikos =casa; logos= ciência É a ciência que estuda as relações entre os seres vivos entre si e com o ambiente onde eles vivem Estuda as formas

Leia mais

Biologia 12º Ano Preservar e Recuperar o Ambiente

Biologia 12º Ano Preservar e Recuperar o Ambiente Escola Secundária com 2º e 3º Ciclos Prof. Reynaldo dos Santos Biologia 12º Ano Preservar e Recuperar o Ambiente 1. Há alguns dias atrás um geólogo austríaco alertava para um potencial impacto da erupção

Leia mais

Compreender a importância da diversidade biológica na manutenção da vida. Identificar diferentes tipos de interacção entre seres vivos e ambiente.

Compreender a importância da diversidade biológica na manutenção da vida. Identificar diferentes tipos de interacção entre seres vivos e ambiente. Compreender a importância da diversidade biológica na manutenção da vida. Identificar diferentes tipos de interacção entre seres vivos e ambiente. Referir funções dos diferentes constituintes de um ecossistema

Leia mais

Ecologia I -Conceitos

Ecologia I -Conceitos Ecologia I -Conceitos -Pirâmides ecológicas -Fluxo de energia Professora: Luciana Ramalho 2017 Introdução Ecologia é uma ciência que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde vivem.

Leia mais

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO. salgada gasoso água subterrânea. 70% doce água superficial. sólido 30% líquido

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO. salgada gasoso água subterrânea. 70% doce água superficial. sólido 30% líquido Conteúdo: Água: Distribuição na Natureza salgada gasoso água subterrânea 70% doce água superficial sólido 30% líquido A água existe na Natureza no estado sólido, líquido e gasoso. No estado das altas montanhas;

Leia mais

Ciências Naturais, 5º Ano. Ciências Naturais, 5º Ano FICHA DE TRABALHO FICHA DE TRABALHO

Ciências Naturais, 5º Ano. Ciências Naturais, 5º Ano FICHA DE TRABALHO FICHA DE TRABALHO Conteúdo: Água: Distribuição na Natureza salgada gasoso água subterrânea Conteúdo: Água: Distribuição na Natureza salgada gasoso água subterrânea 70% doce água superficial 70% doce água superficial sólido

Leia mais

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA QUALIDADE DA ÁGUA E FONTES DE ABASTECIMENTO Prof. Felipe Corrêa QUALIDADE DA ÁGUA:

Leia mais

FUNDAMENTOS EM ECOLOGIA

FUNDAMENTOS EM ECOLOGIA FUNDAMENTOS EM ECOLOGIA PROFª Luciana Giacomini 1º semestre FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA TODO FLUXO DE ENERGIA OBEDECE ÀS DUAS PRIMEIRAS LEIS DA TERMODINÂMICA: Num sistema fechado a energia NÃO se perde,

Leia mais

Poluição & Controle Ambiental Aula 2 Poluição Aquática

Poluição & Controle Ambiental Aula 2 Poluição Aquática Poluição & Controle Ambiental Aula 2 Poluição Aquática Professor: Marcelo Vizeu Você já bebeu água hoje?. A água representa 70% da massa da composição química celular. Sintomas de desidratação: Perda de

Leia mais

Características particulares da Terra: composição química

Características particulares da Terra: composição química Características particulares da Terra: composição química Predomínio de carbono, oxigénio, azoto, enxofre e fósforo Abundância de água Elementos químicos essenciais a todos os seres vivos Características

Leia mais

Reino Monera. Unicelulares, procariotos e autotróficos ou heterotróficos

Reino Monera. Unicelulares, procariotos e autotróficos ou heterotróficos Reino Monera Unicelulares, procariotos e autotróficos ou heterotróficos Reino Monera Formado por bactérias e cianobactérias. TODOS estes são organismos muito simples, unicelulares e com célula procariótica

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA FUNGOS AULA TEÓRICA 3

CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA FUNGOS AULA TEÓRICA 3 CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA CELULAR E REPRODUÇÃO DE FUNGOS AULA TEÓRICA 3 O que são fungos? Saccharomyces sp HIFAS As hifas são os filamentos que formam o micélio dos fungos; São longas células cilíndricas

Leia mais

Eco new farmers. Módulo 2 Solos e nutrientes vegetais. Sessão 2 O sistema planta/solo

Eco new farmers. Módulo 2 Solos e nutrientes vegetais. Sessão 2 O sistema planta/solo Eco new farmers Módulo 2 Solos e nutrientes vegetais Sessão 2 O sistema planta/solo Module 2 Solos e Nutrientes Vegetais Sessão 2 O sistema planta/solo www.econewfarmers.eu 1. Introdução Combinar a disponibilidade

Leia mais

Reino Protista (Algas e Protozoários) Profº Jeferson Mussato

Reino Protista (Algas e Protozoários) Profº Jeferson Mussato Reino Protista (Algas e Protozoários) Profº Jeferson Mussato Introdução Constituem um grupo heterogêneo (ap. 22.000 sp), podem ser uni ou pluricelulares, micro ou macroscópicas, presentes em lagos, rios,

Leia mais

Fluxo de energia e ciclos de matéria

Fluxo de energia e ciclos de matéria Fluxo de energia e ciclos de matéria Transferência de matéria e energia num ecossistema Praticamente toda a energia necessária à vida na Terra provém do Sol. Este é por isso a principal fonte de energia

Leia mais

Reino Protoctista: Algas

Reino Protoctista: Algas Capítulo 13 Reino Protoctista: Algas Ciências Profa. Jéssica 2019 Características gerais das algas - Eucariontes; - Uni ou pluricelulares; - Autótrofas; * Apesar de possuírem o pigmento clorofila (de cor

Leia mais

DOCENTE: Prof. David Montagnes. University of Liverpool, U.K. Prof. Helena Galvão. Profª Helena Galvão F.C.M.A., Universidade do Algarve

DOCENTE: Prof. David Montagnes. University of Liverpool, U.K. Prof. Helena Galvão. Profª Helena Galvão F.C.M.A., Universidade do Algarve TEÓRICAS 1 & 2 DOCENTES: DOCENTE: Prof. David Montagnes University of Liverpool, U.K. Prof. Helena Galvão Profª Helena Galvão F.C.M.A., Universidade do Algarve Ciclo de Matéria Orgânica no Mar DOM: Matéria

Leia mais

Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica. Volume molar

Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica. Volume molar 2.2.1 Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica Volume molar O estudo do estado gasoso é particularmente interessante porque nele as moléculas podem ser consideradas como entidades que não interagem

Leia mais

Que critérios se usam nos sistemas de classificação dos seres vivos?

Que critérios se usam nos sistemas de classificação dos seres vivos? Os Reinos da Vida Que critérios se usam nos sistemas de classificação dos seres vivos? Todos os sistemas de classificação têm subjacentes uma série de critérios. Entre os critérios usados temos: - critérios

Leia mais

OXIGÊNIO DISSOLVIDO 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS:

OXIGÊNIO DISSOLVIDO 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS: OXIGÊNIO DISSOLVIDO 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS: Fontes: Atmosfera e fotossíntese Perdas: Decomposição da M.O., para a atmosfera, respiração e oxidação de íons metálicos Solubilidade Temperatura e pressão

Leia mais

Professora Leonilda Brandão da Silva

Professora Leonilda Brandão da Silva COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Pág. 109 Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: leonildabrandaosilva@gmail.com http://professoraleonilda.wordpress.com/ Em cavernas escuras

Leia mais

2º TRIMESTRE REVISÃO PARA O TESTE

2º TRIMESTRE REVISÃO PARA O TESTE 2º TRIMESTRE REVISÃO PARA O TESTE CAPÍTULOS 2 E 3 Disciplina: Ciências Série: 6º anos Professora: Daniela AMBIENTES AQUÁTICOS E TERRESTRES Ambientes de água doce: são pouco profundos, boa luminosidade,

Leia mais

MICROBIOLOGIA (Exame Época Recurso; 02/07/2016; duração: 2 h)

MICROBIOLOGIA (Exame Época Recurso; 02/07/2016; duração: 2 h) MICROBIOLOGIA (Exame Época Recurso; 02/07/2016; duração: 2 h) Instruções: 1 - Não é permitido usar máquina de calcular gráfica, telemóvel ou computador. 2 Responda na folha de enunciado. 3 Se o espaço

Leia mais

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E DO CRESCIMENTO BACTERIANO 1

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E DO CRESCIMENTO BACTERIANO 1 CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E DO CRESCIMENTO BACTERIANO 1 METABOLISMO BACTERIANO: Objetivo Principal Nutrientes Metabolismo Sub-Unidades Estruturais Energia Crescimento Bacteriano + Motilidade, Luminescência,...

Leia mais

IFRN CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

IFRN CICLOS BIOGEOQUÍMICOS IFRN CICLOS BIOGEOQUÍMICOS Prof. Hanniel Freitas Ciclos biogeoquímicos Elementos químicos tendem a circular na biosfera. Ciclagem de nutrientes - movimento desses elementos e compostos inorgânicos essenciais

Leia mais

Biodiversidade e Ambiente I

Biodiversidade e Ambiente I Biodiversidade e Ambiente I Capt II - A Origem da Vida Capítulo II - A origem da Vida A evolução dos organismos e tipo de atmosfera O tipo de actividade metabólica dos organismos O espectro de radiação

Leia mais

BIOLOGIA Botânica 2012/2013 Departamento de Biologia Vegetal Francisco Carrapiço

BIOLOGIA Botânica 2012/2013 Departamento de Biologia Vegetal Francisco Carrapiço Aulas 7 e 8_ A BIOLOGIA Botânica 2012/2013 Departamento de Biologia Vegetal Francisco Carrapiço (fcarrapico@fc.ul.pt) http://azolla.fc.ul.pt/aulas/biologiabotanica.htm l Biologia (Botânica) 2012/13 Francisco

Leia mais

Ciclos biogeoquímicos

Ciclos biogeoquímicos Ciclos biogeoquímicos Conceitos Os elementos químicos essenciais à vida são aproximadamente 40. São incorporados nos seres na forma de compostos orgânicos. - ciclos sedimentares: quando o elemento circula

Leia mais

Professor: Fernando Stuchi REINO PROTISA ALGAS

Professor: Fernando Stuchi REINO PROTISA ALGAS REINO PROTISA ALGAS Características Gerais As algas são constituídas por diversos tipos, cores, formas e tamanhos. É importante destacar que nem todas as algas possuem parentesco evolutivo com as plantas.

Leia mais

Diminuição dos carnívoros do mundo

Diminuição dos carnívoros do mundo Propagação do efeito de uma perturbação em um determinado nível trófico para os demais níveis da cadeia alimentar. Este efeito pode aumentar ou diminuir o tamanho das populações.ado nível trófico para

Leia mais

- Elucidação da historia de vida no nosso globo Quantificação das alterações de meio ambiente global (oceano é o maior reservatório do C biologicamente reactivo que controla o CO2 atmosférico!) Avaliação

Leia mais

No início. Desgaseificação do seu interior de gases voláteis. Os gases libertados constituíram a atmosfera primitiva da Terra.

No início. Desgaseificação do seu interior de gases voláteis. Os gases libertados constituíram a atmosfera primitiva da Terra. A Atmosfera A Terra tem aproximadamente 4,5 biliões de anos e quando se formou era bastante diferente da Terra que conhecemos hoje. Assim também aconteceu com a atmosfera terrestre que nem sempre apresentou

Leia mais

Apenas1%detodaaáguadoplanetaé apropriada para beber ou ser usada na agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares e ao gelo dos

Apenas1%detodaaáguadoplanetaé apropriada para beber ou ser usada na agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares e ao gelo dos Apenas1%detodaaáguadoplanetaé apropriada para beber ou ser usada na agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares e ao gelo dos pólos e montanhas. Hoje, a humanidade utiliza metade das fontes

Leia mais

Capítulo II - Microbiologia do Solo.

Capítulo II - Microbiologia do Solo. Microbiologia do Ambiente Capítulo II - Microbiologia do Solo http://correio.cc.fc.ul.pt/~maloucao 1 de? Capt II - Microbiologia do Solo O que é o solo. Os constituintes do solo. Factores que influenciam

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GERAIS

CARACTERÍSTICAS GERAIS ALGAS CARACTERÍSTICAS GERAIS Unicelulares ou pluricelulares. Microscópicos ou macroscópicos. Coloração variável. Vivem em diferentes tipos de ambientes: lagos, rios, solos úmidos, cascas de árvores, mas

Leia mais

ÁRVORE FILOGENÉTICA DA VIDA DOMÍNIOS ANCESTRAL UNIVERSAL DE TODAS AS CÉLULAS

ÁRVORE FILOGENÉTICA DA VIDA DOMÍNIOS ANCESTRAL UNIVERSAL DE TODAS AS CÉLULAS ÁRVORE FILOGENÉTICA DA VIDA DOMÍNIOS ANCESTRAL UNIVERSAL DE TODAS AS CÉLULAS BACTERIA Manual de Bergey sistemática de Bactérias (Tortora et al, 2005) 1. PROTEOBACTÉRIAS gram-negativas 2. BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS

Leia mais

Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica. Vm= V n. (dm3 /mol) Volume molar

Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica. Vm= V n. (dm3 /mol) Volume molar 2.2.1 Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica Adaptado pelo Prof. Luís Perna Volume molar O estudo do estado gasoso é particularmente interessante porque nele as moléculas podem ser consideradas

Leia mais

CAPÍTULO 7: PROTOZOÁRIOS, ALGAS E FUNGOS (PG. 90) PROFESSOR: NIXON REIS 7 ANO

CAPÍTULO 7: PROTOZOÁRIOS, ALGAS E FUNGOS (PG. 90) PROFESSOR: NIXON REIS 7 ANO CAPÍTULO 7: PROTOZOÁRIOS, ALGAS E FUNGOS (PG. 90) PROFESSOR: NIXON REIS 7 ANO UMA CÉLULA COM NÚCLEO OS PROTISTAS SÃO EUCARIONTES; MITOCÔNDRIAS E CLOROPLASTO; PROTISTAS UNICELULARES SÃO, GERALMENTE MICROSCÓPICOS.

Leia mais

Capt. II - A evolução da vida vegetal na água: as algas

Capt. II - A evolução da vida vegetal na água: as algas Biologia Vegetal Capt. II - A evolução da vida vegetal na água: as algas A evolução da vida vegetal na água: as algas Aquisição de energia Fotossíntese Pigmentos clorofilinos Diferença entre os pigmentos

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO A maior quantidade de energia é encontrada nos produtores, representados pelos vegetais e indicados pela letra [A]. A produção de matéria orgânica pela vegetação ocorre por meio da fotossíntese. A reciclagem

Leia mais

BOTÂNICA 1 Aula 2. Prof. Dr. Fernando Santiago dos Santos (13)

BOTÂNICA 1 Aula 2. Prof. Dr. Fernando Santiago dos Santos   (13) BOTÂNICA 1 Aula 2 Prof. Dr. Fernando Santiago dos Santos fernandosrq@gmail.com www.fernandosantiago.com.br/botanica1.htm (13) 988-225-365 CONTEÚDO DA AULA Cianobactérias 1. Visão geral Anabaena sp 1. Visão

Leia mais

Aula3: Nutrição, Metabolismo e Reprodução Microbiana

Aula3: Nutrição, Metabolismo e Reprodução Microbiana Instituto Federal de Santa Catarina Câmpus Florianópolis Unidade Curricular: MICROBIOLOGIA Aula3: Nutrição, Metabolismo e Reprodução Microbiana Prof. Leandro Parussolo leandro.parussolo@ifsc.edu.br Mesmas

Leia mais

Microbiologia de Alimentos

Microbiologia de Alimentos Microbiologia de Alimentos 1) Introdução à Microbiologia de Alimentos A Microbiologia de Alimentos é um ramo da biologia que estuda os microrganismos e suas atividades, envolvendo a análise das características

Leia mais

Funções e Importância da Água Regulação Térmica Manutenção dos fluidos e eletrólitos corpóreos Reações fisiológicas e metabólicas do organismo Escassa

Funções e Importância da Água Regulação Térmica Manutenção dos fluidos e eletrólitos corpóreos Reações fisiológicas e metabólicas do organismo Escassa Aspectos Higiênicos da Água Prof. Jean Berg Funções e Importância da Água Regulação Térmica Manutenção dos fluidos e eletrólitos corpóreos Reações fisiológicas e metabólicas do organismo Escassa na natureza

Leia mais

AULA 4 -Limnologia. Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho

AULA 4 -Limnologia. Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho AULA 4 -Limnologia Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho O que é Limnologia É o estudo ecológico de todas as massas d água continentais. Portanto, são inúmeros corpos d água objeto de estudo da

Leia mais