Lógica,Linguagem e Comunicação-LLC

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Lógica,Linguagem e Comunicação-LLC"

Transcrição

1 Lógica,Linguagem e Comunicação-LLC Introdução a Lógica Prof. Fabrício Rossy de Lima Lobato fabriciorossy@ig.com.br

2 Agenda Introdução Lógica Lógica Formal Proposições Implicação Lógica Argumentação Quantificadores

3 Introdução O termo lógica deriva do grego logos que significa pensamento, palavra, idéia, razão, argumento, relato,etc. Lógica é o ramo da filosofia que estuda a estrutura do pensamento que possui estreita relação com a matemática. A lógica fundamenta os raciocínios e as ações sendo, portanto, importante para a apresentação da correta argumentação.

4 Introdução A Lógica surgiu, aproximadamente IV a.c, na China, Índia e Grécia. Atualmente estudamos a lógica com fundamentos da escola Grega; Basicamente existem 3 princípios: não contradição; identidade; terceiro excluído.

5 Proposições Definição: Chama-se proposição todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo. As proposições transmitem pensamento, isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados entes. Exemplos: (a) Santarém é o município do estado do Pará; (b) 3 > 4. (c) O boto tucuxi foi campeão em 2010.

6 Proposições Normalmente, as proposições são representadas por letras minúsculas (p, q, r, s etc). São outros exemplos de proposições, as seguintes: p: Pedro é médico. q: 5 > 8 r: Luíza foi ao cinema ontem à noite. Na linguagem do raciocínio lógico, ao afirmarmos que é verdade que Pedro é médico (proposição p acima), representaremos isso apenas com: VL(p)=V, ou seja, o valor lógico de p é verdadeiro. No caso da proposição q, que é falsa, diremos VL(q)=F.

7 Proposições E se alguém disser: Feliz ano novo!, será que isso é uma proposição verdadeira ou falsa? Nenhuma, pois não se trata de uma sentença para a qual se possa atribuir um valor lógico. Concluímos, pois, que... sentenças exclamativas: Caramba! ; Feliz aniversário! sentenças interrogativas: como é o seu nome? ; o jogo foi de quanto? sentenças imperativas: Estude mais. ; Leia aquele livro. Somente sentenças declarativas podem ser imediatamente reconhecidas como verdadeiras ou falsas.

8 Príncipios não-contradição: Nenhuma proposição poderá ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo; identidade: Uma proposição verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa; terceiro excluído: Uma proposição ou será verdadeira, ou será falsa: não há outra possibilidade.

9 Proposições As proposições podem ser simples e compostas, isto e, podem ser formadas de subproposicoes (preposições simples) que são ligadas por conectivos ou operadores lógicos. Utiliza-se a notação: P(p,q,...). O valor lógico (V ou F) de uma proposição composta é determinado pelo valor lógico de cada uma das proposições simples e pela forma como elas estão ligadas.

10 Proposições Os Conectivos são: Negação: indicada por não é verdade ou ~ ; Conjunção: indicada por e ou ^ ; Disjunção: indicada por ou ou v ; Condicional: indicada por Se...então ou > ; Bicondicional: indicada por se,e somente se ou.

11 Negação(~) Def: Chama-se negação de uma proposição p a proposição representada por não p, cujo valor lógico é a verdade(v) quando p é falsa e a falsidade(f) quando p é verdadeira; Simbologicamente, a negação de p indica-se com a notação ~p, que se lê: não p ; Ex: p: Santarém é um município do Pará Não é verdade que Santarém é um município do Pará; É falso que Santarém é um município do Pará; Santarém não é um município do Pará. P ~P V F F V

12 Conjunção ( e ou ^ ) Def: Chama-se conjunção de duas proposições p e q a proposição representada por p e q, cujo valor lógico é a verdade(v) quando as proposições p e q são ambas verdadeiras e a falsidade(f) nos demais casos; Simbologicamente, a conjunção de duas proposições p e q indica-se com a notação p ^ q, que se lê: p e q ; Ex: p: A neve é branca (V) q: 2 < 5 (V) p ^ q= (V) ^ (V)= (V) P q p ^ q V V V V F F r: Fermat era medico (F) s: 7 é um numero primo (V) r ^ s= (F) ^ (V)= (F) F V F F F F

13 Disjunção ( ou ou v ) Def: Chama-se disjunção de duas proposições p e q a proposição representada por p ou q, cujo valor lógico é a verdade(v) quando ao menos umas das proposições p e q é verdadeira e a falsidade(f) quando as proposições p e q são ambas falsas; Simbologicamente, a disjunção de duas proposições p e q indica-se com a notação p v q, que se lê: p ou q ; Ex: p: Belém é a capital do Pará (V) q: 5 * 2 = 10 (V) p v q= (V) v (V)= (V) r: 9 5 = 1 (F) s: 10 * 3= 20 (F) r v s= (F) v (F)= (F) P q p v q V V V V F V F V V F F F

14 Condicional ( ) Def: Chama-se proposição condicional ou apenas condicional uma proposição representada por se p então q, cujo valor lógico é a falsidade(f) no caso em que p é verdadeira e q é falsa e a verdade(v) nos demais casos; Simbologicamente, a condicional de duas proposições p e q indica-se com a notação p q, que também se lê de uma das seguintes maneiras: Ex: p é condição suficiente para q q é condição necessária para p p: 3*2= 6 (V), q: = (V) Se 3*2=6, então 10+5=5+10 (V) V(p q)= V(p) V(q)= (V) (V)= V r: O mês de maio tem 31 dias (V) s: O ano tem nove meses (F) Se o mês de maio tem 31 dias, então o ano tem nove meses (F) V(r s)= V(r) V(s)= (V) (F)= F P q p q V V V V F F F V V F F V

15 Bicondicional ( ) Def: Chama-se proposição bicondicional ou apenas bicondicional uma proposição representada por p se e somente se q, cujo valor lógico é a verdade(v) quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas, e a falsidade(f) nos demais casos; Simbologicamente, a bicondicional de duas proposições p e q indica-se com a notação p q, que também se lê de uma das seguintes maneiras: Ex: p é condição necessária e suficiente para q q é condição necessária e suficiente para p p: Tiradentes foi enforcado(v), q: 10 < 30(V) Tiradentes foi enforcado se e somente se 10<30 (V) V(p q)= V(p) V(q)= (V) (V)= V r: 5+ 3 = 8 (V) s: 8/2= 5 (F) 5+3 = 8, se e somente se 8/2=5 (F) V(r s)= V(r) V(s)= (V) (F)= F P q p q V V V V F F F V F F F V

16 Conceitos de Lógica Digital CIRCUITOS LÓGICOS As operações de um computador digital são combinações de simples operações aritméticas e lógicas básicas: somar bits, complementar bits (para fazer subtrações), comparar bits, mover bits; São fisicamente realizadas por circuitos eletrônicos, chamados circuitos lógicos (ou gates - "portas" lógicas); Computadores digitais (binários) são construídos com circuitos eletrônicos digitais - as portas lógicas (circuitos lógicos); Os sistemas lógicos são estudados pela álgebra de chaveamentos, lógica a partir de símbolos, representando as expressões por letras e ligando-as através de conectivos - símbolos algébricos.

17 Conceitos de Lógica Digital CIRCUITOS LÓGICOS Nos circuitos lógicos do computador, os sinais binários são representados por níveis de tensão.

18 Conceitos de Lógica Digital OPERADORES LÓGICOS OPERADORES LÓGICOS ou FUNÇÕES LÓGICAS são: E (ou AND) - uma sentença é verdadeira SE - e somente se - todos os termos forem verdadeiros; OU (ou OR) - uma sentença resulta verdadeira se QUALQUER UM dos termos for verdadeiro; NÃO (ou NOT) - este operador INVERTE um termo. Os operadores lógicos são representados por: NOT --> (uma barra horizontal sobre o termo a ser invertido ou negado); E >. (um ponto, como se fosse uma multiplicação); OU ----> + (o sinal de soma).

19 Conceitos de Lógica Digital TABELA VERDADE Representam todas as possíveis combinações das variáveis de entrada de uma função, e os seus respectivos valores de saída. Funções básicas, e suas representações em tabelas-verdade AND - FUNÇÃO E

20 Conceitos de Lógica Digital TABELA VERDADE OR - FUNÇÃO OU Nota: A menos da estranha expressão = 1, as demais expressões "parecem" a aritmética comum a que estamos acostumados, onde E substitui "vezes" e OU substitui "mais".

21 Conceitos de Lógica Digital TABELA VERDADE FUNÇÃO NOT Obs.: A inversão em binário funciona como se fizéssemos 1 - A = X. Ou seja, 1-0 = 1 e 1-1 = 0.

22 Conceitos de Lógica Digital APLICAÇÃO DA ÁLGEBRA DE BOOLE AOS COMPUTADORES DIGITAIS A chave de tudo é um circuito eletrônico chamado CHAVE AUTOMÁTICA. Como funciona uma chave automática? Vamos imaginar um circuito chaveador com as seguintes entradas: - uma fonte de alimentação (fornece energia para o circuito) - um fio de controle (comanda a operação do circuito) - um fio de saída (conduz o resultado)

23 Conceitos de Lógica Digital APLICAÇÃO DA ÁLGEBRA DE BOOLE AOS COMPUTADORES DIGITAIS A chave permanece aberta enquanto o sinal C no fio de controle for 0 (ou Falso); Enquanto não houver um sinal (sinal 1 ou Verdadeiro) no fio de controle, que mude a posição da chave, o sinal no fio de saída S será 0 (ou Falso); Quando for aplicado um sinal (sinal 1 ou Verdadeiro) ao fio de controle, a chave muda de posição, tendo como resultado que o sinal na saída será então 1 (ou Verdadeiro); A posição da chave se manterá enquanto não ocorrer um novo sinal na entrada.

24 Conceitos de Lógica Digital APLICAÇÃO DA ÁLGEBRA DE BOOLE AOS COMPUTADORES DIGITAIS Se nós ligássemos em SÉRIE duas chaves automáticas, e ligássemos uma lâmpada ao circuito. A lâmpada acenderia SE - e somente se - as DUAS chaves estivessem na posição LIGADO (ou verdadeiro), o que seria conseguido com as duas entradas A e B em estado 1 (Verdadeiro). Substituindo CORRENTE (ou chave ligada) por 1 e AUSÊNCIA DE CORRENTE (ou chave desligada) por 0, como ficaria nossa tabela verdade para LÂMPADA LIGADA = 1 e LÂMPADA DESLIGADA = 0.

25 Conceitos de Lógica Digital APLICAÇÃO DA ÁLGEBRA DE BOOLE AOS COMPUTADORES DIGITAIS O circuito que implementa a função E é chamado de PORTA E (AND GATE). A B L

26 Conceitos de Lógica Digital APLICAÇÃO DA ÁLGEBRA DE BOOLE AOS COMPUTADORES DIGITAIS Se nós ligássemos em PARALELO duas chaves automáticas, e ligássemos uma lâmpada ao circuito. A lâmpada acenderia SE QUALQUER UMA DAS-CHAVES estivesse na posição LIGADO (ou verdadeiro), o que seria conseguido com uma das duas entradas A ou B em estado 1 (Verdadeiro). Substituindo CORRENTE (ou chave ligada) por 1 e AUSÊNCIA DE CORRENTE (ou chave desligada) por 0, como ficaria nossa tabela verdade para LÂMPADA LIGADA = 1 e LÂMPADA DESLIGADA = 0.

27 Conceitos de Lógica Digital APLICAÇÃO DA ÁLGEBRA DE BOOLE AOS COMPUTADORES DIGITAIS O circuito, que implementa a função OU, é chamado de PORTA OU (OR GATE). A B L

28 Conceitos de Lógica Digital Exemplos de circuitos utilizando portas lógicas: A) Uma campainha que toca (saída) se o motorista der a partida no motor do carro (entrada) sem estar com o cinto de segurança afivelado (entrada). Se a ignição for ACIONADA (1) e o cinto estiver DESAFIVELADO (1), a campainha é ACIONADA (1). Caso contrário, a campainha não toca Tabela Verdade: Ignição Cinto Campainha Basta incluir uma porta AND.

29 Conceitos de Lógica Digital Exemplos de circuitos utilizando portas lógicas: B) Detector de incêndio com vários sensores (entradas) e uma campainha para alarme (saída). Se QUALQUER UM dos sensores for acionado (significando que um dos sensores detectou sinal de incêndio), a campainha é ACIONADA. Tabela verdade: Sensor 1 Sensor 2 Campainha Basta incluir uma porta OR.

30 Tautologias, Contradições e Contingências Tautologia Def: Chama-se tautologia toda a proposição composta cuja ultima coluna da sua tabela-verdade encerra somente a letra V(verdade). Contradição Def: Chama-se contradição toda a proposição composta cuja ultima coluna da sua tabela-verdade encerra somente a letra F (falsidade). Contingência Def: Chama-se contingência toda a proposição composta em cuja ultima coluna da sua tabela-verdade figuram as letras V e F cada uma pelo menos uma vez.

31 Exercícios(cap3,4)

32 Implicação Lógica Def: Diz-se que uma proposição P(p,q,r,...) implica logicamente ou apenas implica uma proposição Q(p,q,r,...), se Q(p,q,r,...) é verdadeira (V) todas as vezes que P(p,q,r,...) é verdadeira(v). Em outros termos, uma proposição P(p,q,r...) implica logicamente ou apenas implica uma proposição Q(p,q,r,...) todas as vezes que na respectivas tabelas verdade dessas duas proposições não aparece (V) na ultima coluna de P(p,q,r,...) e (F) na ultima coluna de Q(p,q,r,...), com (V) e (F) em uma mesma linha, isto é, não ocorre P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) com valores lógicos simultâneos respectivamente V e F. Indica-se que a proposição P(p,q,r,...) implica a proposição Q(p,q,r,...) com a notação: P(p,q,r,...)=> Q(p,q,r,...).

33 Implicação Lógica Propriedades da Implicação Lógica: Reflexiva(R); P(p,q,r,...)=> P(p,q,r,...). Transitiva(T); Se P(p,q,r,...)=> Q(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...)=> R(p,q,r,...), então P(p,q,r,...)=> R(p,q,r,...).

34 Implicação Lógica Exemplificação: As Tabelas-Verdades das proposições: p ^ q, p v q, p q, são: P q p ^ q p v q p q V V V V V V F F V F F V F V F F F F F V A proposição p ^ q é verdadeira (V) somente na linha 1 e, nesta linha, as proposições p V q e p q também são verdadeiras (V). Logo, a primeira proposição implica cada uma das outras duas proposições, isto é: p ^ q => p V q e p ^ q => p q.

35 Exercícios(cap5)

36 Argumentação Definição de Argumento Sejam P1,P2,...,Pn (n 1) e Q proposições quaisquer, simples ou compostas. Def: Chama-se argumento toda afirmação de que uma dada seqüência finita P1,P2,..,Pn (n 1) de proposições tem como conseqüência ou acarreta uma proposição final Q. As proposições P1,P2,..,Pn dizem-se as premissas do argumento, e a proposição final Q diz-se a conclusão do argumento. Um argumento de premissas P1, P2,.., Pn e de conclusão Q indica-se por: P1,P2,..,Pn Q

37 Argumentação Definição de Argumento Um argumento de premissas P1, P2,.., Pn e de conclusão Q indica-se por: P1,P2,..,Pn e se lê de uma das seguintes maneiras: (i) P1,P2,, Pn acarretam Q (ii) Q decorre de P1,P2,,Pn (iii) Q se deduz de P1, P2,, Pn (iv) Q se infere de P1, P2,, Pn Um argumento que consiste em duas premissas e uma conclusão chama-se silogismo. Q

38 Argumentação Validade Dado um argumento: P1,P2,,Pn Q (1) Cumpre constatar se é ou não possível ter V(Q)=F quando V(P1)=V(P2)=.=V(Pn)=V. Construir Tabela Verdade (demonstrar, verificar, testar). V(P1)=V(P2)=.=V(Pn)= V e V(Q)= V, é valido. V(P1)=V(P2)=.=V(Pn)=V e V(Q)= F, é sofisma.

39 Argumentação Validade Exemplo: Verificar se é valido o argumento: p q, q p P q p q V V V V F F F V V F F V

40 Exercicios (cap 10): Argumentação

41 Argumentação Validade e Argumentos Condicionais Uma outra alternativa para demonstrar, verificar ou testar a validade dado (1) consiste em construir a condicional associada : (P1^ P2^...^ Pn) Q Reconhecer se esta condicional é ou não uma tautologia mediante a construção da sua respectiva tabela-verdade. Se esta condicional é tautológica, então o argumento dado (1) é valido. Caso contrario, o argumento dado (1) é um sofisma.

42 Exemplo Verificar sé é válido o argumento: ~p q, p ~q A condicional associada ao argumento dado é: (( ~p q) ^ p) ~q P q ~p ~p q (~p q) ^ p ~q ((~p q) ^ p) ~q V V F V V F F V F F V V V V F V V V F F V F F V F F V V

43 Exercícios (cap 10)

44 Quantificadores Quantificador Universal Seja p(x) uma sentença aberta em um conjunto não vazio A (A ø) e seja Vp o seu conjunto- verdade: Vp= {x x Є A ^ p(x)} X Vp = A

45 Quantificadores Quantificador Universal Quando Vp= A, isto é, todos os elementos do conjunto A satisfazem a sentença aberta p(x),podemos, então, afirmar: (i) (ii) Para todo elemento x de A, p(x) é verdadeira (V) Qualquer que seja o elemento x de A, p(x) é verdadeira (V) Ou seja, mais simplesmente: (iii) Para todo x de A, p(x) (iv) Qualquer que seja x de A, p(x)

46 Quantificadores Quantificador Universal No simbolismo da Lógica Matemática indica-se este fato, abreviadamente, de uma das seguintes maneiras: 1) ( V x Є A) (p(x)) 2) V x Є A, p(x) 3) V x Є A: p(x) Muitas vezes, para simplificar a notação, omiti-se a indicação do domínio A da variável x, escrevendo mais simplesmente: 4) ( V x ), (p(x)) 5) V x, p(x) 6) V x: p(x)

47 Quantificadores Quantificador Universal Subsiste, pois a Equivalência: ( V x Є A) (p(x)) Vp=A Importa notar que p(x), simplesmente, é uma sentença Importa notar que p(x), simplesmente, é uma sentença aberta, e por conseguinte carece de valor lógico V ou F; mas, a sentença aberta p(x) com o símbolo V antes dela, isto é, ( V x Є A) (p(x)), torna-se uma proposição e, portanto, tem um valor logico, que é verdade (V) se Vp=A e a falsidade (F) se Vp A.

48 Quantificadores Quantificador Universal Em outros termos, dada uma sentença aberta p(x) em um conjunto A, o símbolo V, referido a variável x, representa uma operação lógica que transforma a sentença aberta p(x) numa proposição, verdadeira ou falsa, conforme p(x) exprime ou não uma condição universal no conjunto A. A esta operação lógica dá-se o nome de quantificação universal e ao respectivo símbolo V (que é um A invertido) o de quantificador universal. ( V x Є A) (p(x)) Vp=A

49 Quantificadores Quantificador Universal Quando, em particular, A seja um conjunto finito com n elementos a1, a2,...,an, isto é, A={a1,a2,...,an}, é obvio que a proposição ( V x Є A) (p(x)) é equivalente a conjunção das n proposições p(a1), p(a2),...,p(an), ou seja, simbologicamente: ( V x Є A) (p(x)) (p(a1) ^ p (a2) ^...^ p(an)) Portanto, num universo finito, o quantificador universal equivale a conjunções sucessivas. Assim, p.ex., no universo finito A={3,5,7} e sendo p(x) a sentença aberta x é primo, temos: ( V x Є A) (x é primo) (3 é primo ^ 5 é primo ^ 7 é primo)

50 Quantificadores Quantificador Universal Exemplificando a expressão: ( V x ) (x é mortal) Lê-se Qualquer que seja x, x é mortal, o que é uma proposição verdadeira (V) no universo H dos seres humanos ou, mais geralmente, no universo dos seres vivos. Se a variável da sentença aberta for uma outra, em vez da letra x, escreve-se o quantificador universal V seguido dessa variável. Assim, a expressão: (V Fulano ) (Fulano é mortal) Lê-se Qualquer que seja fulano, fulano é mortal, o que significa exatamente o mesmo que a proposição anterior.

51 Quantificadores Quantificador Universal Analogamente, as expressões: ( V x ) (2x> x): Qualquer que seja x, 2x>x ( V x ) (2y> y): Qualquer que seja y, 2y>y Exprimem ambas o mesmo fato: O dobro de um numero é sempre maior que esse numero, o que é verdadeiro em N, mas falso em R (p.ex., 2.0=0) Muitas vezes (quando não há perigo de duvida), o quantificador é escrito depois e não antes da expressao quantificada. Por exemplo, tem-se em R:

52 Quantificadores Quantificador Universal Muitas vezes (quando não há perigo de duvida), o quantificador é escrito depois e não antes da expressão quantificada. Por exemplo, tem-se em R: x 2-4= (x+2)(x-2), V x Aqui, o símbolo V x pode lêr-se qualquer que seja x ou para todo o valor de x ou simplesmente para todo o x. Algumas vezes, para evitar possíveis duvidas, o domínio da variável é devidamente especificado. Assim: x+1>x, V x Є R Aqui, V x Є R lê-se: qualquer que seja x Є R ou ainda para todo x Є R.

53 Quantificadores Quantificador Universal Outras vezes ainda, para condensar a escrita, escreve-se a variável como índice do símbolo V. Assim, p. ex: V x>0 2x>x ( Para todo o x >0, tem-se 2x>x ) V x 0 x 2 > 0 ( Para todo o x 0, tem-se x 2 >0 ). Outros Exemplos: 1) (V n Є N) (n+5>3) É verdadeira, pois, o conjunto-verdade da sentença aberta p(n): n+5>3 é: 2) (V n Є N) (n+3>7) Vp={n n Є N ^ n+5>3}= {1,2,3,...}=N É falsa, pois, o conjunto-verdade da sentença aberta p(n): n+3 > 7 é: Vp={n n Є N ^ n+3>7}= {5,6,7,...} N

54 Quantificadores Quantificador Existencial Seja p(x) uma sentença aberta em um conjunto não vazio A (A ø) e seja Vp o seu conjunto- verdade: Vp= {x x Є A ^ p(x)} QuandoVp não é vazio (Vp ø), entao, um elemento, pelo menos, do conjunto A satisfaz a sentenca aberta p(x), e podemos afirmar: A X Vp

55 Quantificadores Quantificador Existencial Quando Vp não é vazio (Vp ø), então, um elemento, pelo menos, do conjunto A satisfaz a sentença aberta p(x), e podemos afirmar: i. Existe pelo menos um x Є A tal que p(x) é verdadeira (V) ii. Para algum x Є A, p(x) é verdadeira (v) Ou seja, mais simplesmente: iii. iv. Existe x Є A tal que p(x) Para algum x Є A, p(x)

56 Quantificadores Quantificador Existencial Pois bem, no simbologismo da lógica matemática indica-se este fato, abreviadamente, de uma das seguintes maneiras: 1) ( x Є A) (p(x)) 2) x Є A, p(x) 3) x Є A: p(x) Muitas vezes, para simplificar a notação, omiti-se a indicação do domínio A da variável x, escrevendo mais simplesmente: 4) ( x ), (p(x)) 5) x, p(x) 6) x: p(x)

57 Quantificadores Quantificador Existencial Subsiste, pois a equivalência: ( x Є A) (p(x)) Vp ø Cumpre notar que, sendo p(x) uma sentença aberta, carece de valor lógico V ou F, mas a sentença aberta p(x) com o símbolo antes dela, isto é, ( x Є A) (p(x)), torna-se uma proposição e, portanto, tem um valor lógico, que é verdade (v) se Vp ø e a falsidade (F) se Vp= ø. Deste modo, dada uma sentença aberta p(x) em um conjunto A, o símbolo, referido a variável x, representa uma operação lógica que transforma a sentença aberta p(x) numa proposição, verdadeira ou falsa, conforme p(x) exprime ou não uma condição possível no conjunto A. A esta operação lógica dá-se o nome de quantificação existencial e ao respectivo símbolo (que é um E invertido) o de quantificador existencial.

58 Quantificadores Quantificador Existencial Quando, em particular, A seja um conjunto finito com n elementos a1,a2,...,an, isto é, A={a1,a2,...,an}, é obvio que a proposição ( x Є A) (p(x)) é equivalente a disjunção das n proposições p(a1), p(a2),..., p(an), ou seja, simbolicamente: ( x Є A) (p(x)) (p(a1)v P(a2)V... Vp(an))

59 Quantificadores Quantificador Existencial Portanto, num universo finito, o quantificador existencial equivale a disjunções sucessivas. Assim, p.ex., no universo finito A={3,4,5} e sendo p(x) a sentença aberta x é par, temos: ( x Є A) (p(x)) (3 é par V 4 é par V... 5é par) Ex: (1) ( n Є N)(n+4<8) (2) ( n Є N)(n+5<3) (3) ( x Є R)(x 2 <0)

60 Quantificadores Quantificador Existencial e Unicidade Consideremos em R a sentença aberta x 2 =16. Por ser: 4 2 =16, (-4) 2 =16 e 4-4 Podemos concluir: ( x,y Є R) (p(x))(x 2 =16 ^ y 2 =16 ^ x y) Pelo contrario, para a sentença aberta x 3 =27 em R teremos as duas proposições: I. ( x Є R)(x 3 =27) II. X 3 = 27 ^ y 3 = 27 => x=y A primeira proposição diz que existe pelo menos um x Є R tal que x 3 =27 (x=3): é uma afirmação de existência. A segunda proposição diz que não pode existir mais de um x Є R tal que x 3 =27: é uma afirmação de unicidade.

61 Quantificadores Quantificador Existencial e Unicidade A conjunção das duas proposições diz que existe um x Є R e um só tal que x 3 =27. Para indicar este fato, escreve-se: (! x Є R)(x 3 =27) Onde o símbolo! é chamado quantificador existencial de unicidade e se lê: Existe um e um só. Muitas proposições da Matemática encerram afirmações de existência e unicidade. Assim, p.ex., no universo R: a 0=> ( V b)(!x)(ax=b) Exemplificando, são obviamente verdadeiras as proposições: (! x Є N) (x 2 9 = 0) (! x Є Z) (-1 < x < 1) (! x Є R) ( x =0)

62 Quantificadores Negação de Proposições com Quantificador É claro que um quantificador universal ou existencial pode ser precedido do símbolo de negação (~). Por exemplo, no universo H dos seres humanos, as expressões: i. ( V x) (x fala francês) ii. ~ ( V x) (x fala francês) iii. ( x) (x foi a Lua) iv. ~ ( x) (x foi a Lua) São proposições que, em linguagem comum, se podem enunciar, respectivamente: (*) Toda a pessoa fala frances (**) Nem toda a pessoa fala frances (***) Alguem foi a Lua (****) Ninguem foi a lua

63 Quantificadores Negação de Proposições com Quantificador São também evidentes as equivalências: ~ ( V x) (x fala francês) ( x) ( ~ x fala francês) ~ ( x) (x foi a Lua) ( V x) (~ x foi a Lua) De modo geral, a negação da proposição ( V x Є A) (p(x)) é equivalente a afirmação de que, para ao menos um x Є A, p(x) é falsa ou ~p(x) é verdadeira. Logo, subsiste a equivalência: ~ [( V x Є A) (p(x))] ( x Є A) (~p(x)) Analogamente: ~ [( x Є A) (p(x))] ( V x Є A) (~p(x)) Segundas Regras de negação DE MORGAN: A negação transforma o quantificador universal em quantificador existencial (seguido de negação) e vice-versa.

64 Quantificadores Negação de Proposições com Quantificador Exemplos: 1. A negação da proposição: Todo o aluno da turma A é bem comportado é a proposição: Existe pelo menos um aluno da turma A que não é bem comportado, ou seja, mais simplesmente: Nem todo aluno da turma A é bem comportado. 2. A negação da proposição: Para todo o numero natural n, tem-se n+2>8 é a proposição: Existe pelo menos um numero natural n tal que n+2 > 8. Simbologicamente: ~ ( V n Є N) (n+2 > 8) ( n Є N) (n+2 8)

65 Exercícios (cap16)

Lógica Matemática - Quantificadores

Lógica Matemática - Quantificadores Lógica Matemática - Quantificadores Prof. Elias T. Galante - 2017 Quantificador Universal Seja p(x) uma sentença aberta em um conjunto não-vazio A e seja V p o seu conjunto verdade: V p = {x x A p(x)}.

Leia mais

Atenção: Esse conectivo transmite a ideia de e / ou e não apenas a de exclusão como muitas pessoas imaginam.

Atenção: Esse conectivo transmite a ideia de e / ou e não apenas a de exclusão como muitas pessoas imaginam. CONCEITO DE PROPOSIÇÃO É todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem uma ideia de sentido completo e que, além disso, pode ser julgado como verdadeiro (V) ou falso (F). NÃO SÃO PROPOSIÇÕES Frases

Leia mais

Lógica Matemática UNIDADE I. Professora: M.Sc. Juciara do Nascimento César

Lógica Matemática UNIDADE I. Professora: M.Sc. Juciara do Nascimento César Lógica Matemática UNIDADE I Professora: M.Sc. Juciara do Nascimento César 1 A Lógica na Cultura Helênica A Lógica foi considerada na cultura clássica e medieval como um instrumento indispensável ao pensamento

Leia mais

Lógica Matemática UNIDADE II. Professora: M. Sc. Juciara do Nascimento César

Lógica Matemática UNIDADE II. Professora: M. Sc. Juciara do Nascimento César Lógica Matemática UNIDADE II Professora: M. Sc. Juciara do Nascimento César 1 1 - Álgebra das Proposições 1.1 Propriedade da Conjunção Sejam p, q e r proposições simples quaisquer e sejam t e c proposições

Leia mais

Lógica Matemática. Prof. Gerson Pastre de Oliveira

Lógica Matemática. Prof. Gerson Pastre de Oliveira Lógica Matemática Prof. Gerson Pastre de Oliveira Programa da Disciplina Proposições e conectivos lógicos; Tabelas-verdade; Tautologias, contradições e contingências; Implicação lógica e equivalência lógica;

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CÂMPUS ALEGRETE

INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CÂMPUS ALEGRETE 1 1. LÓGICA SETENCIAL E DE PRIMEIRA Conceito de proposição ORDEM Chama-se proposição todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo, seja este verdadeiro ou falso.

Leia mais

Unidade III. Essa estruturação por meio de diagramas permite uma codificação posterior praticamente em qualquer linguagem de programação.

Unidade III. Essa estruturação por meio de diagramas permite uma codificação posterior praticamente em qualquer linguagem de programação. Unidade III 7 FLUXOGRAMAS O uso da lógica é fundamental para a execução de tarefas do dia a dia de todos os profissionais, em especial para os profissionais de TI. Esses profissionais continuamente se

Leia mais

Portas lógicas Arquitetura e Organização de Computadores Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Portas lógicas Arquitetura e Organização de Computadores Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas Portas lógicas Arquitetura e Organização de Computadores Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas 1 Componentes Álgebra dos de computadores Boole Vimos anteriormente que os números binários não representam

Leia mais

Lógica Matemática e Computacional. 2.3 Equivalência Lógica

Lógica Matemática e Computacional. 2.3 Equivalência Lógica Lógica Matemática e Computacional 2.3 Equivalência Lógica Equivalência Lógica Definição: Dadas as proposições compostas P e Q, diz-se que ocorre uma equivalência lógica entre P e Q quando suas tabelas-verdade

Leia mais

Argumentação em Matemática período Prof. Lenimar N. Andrade. 1 de setembro de 2009

Argumentação em Matemática período Prof. Lenimar N. Andrade. 1 de setembro de 2009 Noções de Lógica Matemática 2 a parte Argumentação em Matemática período 2009.2 Prof. Lenimar N. Andrade 1 de setembro de 2009 Sumário 1 Condicional 1 2 Bicondicional 2 3 Recíprocas e contrapositivas 2

Leia mais

LÓGICA PROPOSICIONAL

LÓGICA PROPOSICIONAL FACULDADE PITÁGORAS Curso Superior em Tecnologia Redes de Computadores e Banco de dados Matemática Computacional Prof. Ulisses Cotta Cavalca LÓGICA PROPOSICIONAL Belo Horizonte/MG

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1 Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados

Leia mais

Gestão Empresarial Prof. Ânderson Vieira

Gestão Empresarial Prof. Ânderson Vieira NOÇÕES DE LÓGICA Gestão Empresarial Prof. Ânderson ieira A maioria do texto apresentado neste arquivo é do livro Fundamentos de Matemática Elementar, ol. 1, Gelson Iezzi e Carlos Murakami (eja [1]). Algumas

Leia mais

Lógica. Fernando Fontes. Universidade do Minho. Fernando Fontes (Universidade do Minho) Lógica 1 / 65

Lógica. Fernando Fontes. Universidade do Minho. Fernando Fontes (Universidade do Minho) Lógica 1 / 65 Lógica Fernando Fontes Universidade do Minho Fernando Fontes (Universidade do Minho) Lógica 1 / 65 Outline 1 Introdução 2 Implicações e Equivalências Lógicas 3 Mapas de Karnaugh 4 Lógica de Predicados

Leia mais

Raciocínio lógico matemático: proposições, conectivos, equivalência e implicação lógica, argumentos válidos. PART 01

Raciocínio lógico matemático: proposições, conectivos, equivalência e implicação lógica, argumentos válidos. PART 01 Raciocínio lógico matemático: proposições, conectivos, equivalência e implicação lógica, argumentos válidos. PART 01 PROPOSIÇÕES Denomina-se proposição a toda frase declarativa, expressa em palavras ou

Leia mais

Introdução à Lógica Matemática

Introdução à Lógica Matemática Introdução à Lógica Matemática Disciplina fundamental sobre a qual se fundamenta a Matemática Uma linguagem matemática Paradoxos 1) Paradoxo do mentiroso (A) Esta frase é falsa. A sentença (A) é verdadeira

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Folha 1 Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica

Leia mais

Fundamentos da Computação 1. Introdução a Argumentos

Fundamentos da Computação 1. Introdução a Argumentos Fundamentos da Computação 1 Introdução a s Se você tem um senha atualizada, então você pode entrar na rede Você tem uma senha atualizada Se você tem um senha atualizada, então você pode entrar na rede

Leia mais

Lóg L ica M ca at M em e ática PROF.. J EAN 1

Lóg L ica M ca at M em e ática PROF.. J EAN 1 Lógica Matemática PRO. JEAN 1 LÓGICA MATEMÁTICA - CONTEÚDO Definição de Termo e Proposição alor Lógico Proposição Simples e Proposição Composta Conectivos Tabela-erdade 2 LÓGICA MATEMÁTICA INTRODUÇÃO ao

Leia mais

Campos Sales (CE),

Campos Sales (CE), UNIERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO PROGRAD UNIDADE DESCENTRALIZADA DE CAMPOS SALES CAMPI CARIRI OESTE DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DISCIPLINA: Tópicos de Matemática SEMESTRE:

Leia mais

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: LÓGICA MATEMÁTICA E COMPUTACIONAL. APOSTILA 4 Construção de Tabelas-Verdade

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: LÓGICA MATEMÁTICA E COMPUTACIONAL. APOSTILA 4 Construção de Tabelas-Verdade OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: LÓGICA MATEMÁTICA E COMPUTACIONAL APOSTILA 4 Construção de Tabelas-Verdade Autor do Conteúdo: Prof. Msc. Júlio Cesar da Silva juliocesar@eloquium.com.br Alterações eventuais

Leia mais

Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES

Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES Lógica Matemática e Computacional Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES 2. Conceitos Preliminares 2.1. Sentença, Verdade e Proposição Cálculo Proposicional Como primeira

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica 2 Conteúdo

Leia mais

Lógica. Cálculo Proposicional. Introdução

Lógica. Cálculo Proposicional. Introdução Lógica Cálculo Proposicional Introdução Lógica - Definição Formalização de alguma linguagem Sintaxe Especificação precisa das expressões legais Semântica Significado das expressões Dedução Provê regras

Leia mais

Proposições. Belo Horizonte é uma cidade do sul do Brasil = 4. A Terra gira em torno de si mesma. 5 < 3

Proposições. Belo Horizonte é uma cidade do sul do Brasil = 4. A Terra gira em torno de si mesma. 5 < 3 Proposições Lógicas Proposições O principal conceito usado nos estudos da lógica matemática é o de uma proposição. Uma proposição é essencialmente uma afirmação, transmite pensamentos completos, afirmando

Leia mais

Aula 1 Aula 2. Ana Carolina Boero. Página:

Aula 1 Aula 2. Ana Carolina Boero.   Página: Elementos de lógica e linguagem matemática E-mail: ana.boero@ufabc.edu.br Página: http://professor.ufabc.edu.br/~ana.boero Sala 512-2 - Bloco A - Campus Santo André Linguagem matemática A linguagem matemática

Leia mais

RECEITA FEDERAL ANALISTA

RECEITA FEDERAL ANALISTA SENTENÇAS OU PROPOSIÇÕES São os elementos que expressam uma idéia, mesmo que absurda. Estudaremos apenas as proposições declarativas, que podem ser classificadas ou só como verdadeiras (V), ou só como

Leia mais

Professor conteudista: Ricardo Holderegger

Professor conteudista: Ricardo Holderegger Lógica Professor conteudista: Ricardo Holderegger Sumário Lógica Unidade I 1 SISTEMAS DICOTÔMICOS...3 1.1 Proposições...3 1.1.1 Proposições lógicas...3 1.1.2 Símbolos da lógica matemática...4 1.1.3 A negação...4

Leia mais

Unidade III LÓGICA. Profª. Adriane Paulieli Colossetti

Unidade III LÓGICA. Profª. Adriane Paulieli Colossetti Unidade III LÓGICA Profª. Adriane Paulieli Colossetti Algoritmos É uma seqüência de passos que tem como objetivo solucionar um problema. São comuns em nosso cotidiano, como, por exemplo, uma receita de

Leia mais

Eletrônica Digital Portas Lógicas

Eletrônica Digital Portas Lógicas Eletrônica Digital Portas Lógicas ELETRÔNICA DIGITAL Portas Lógicas Expressões Booleanas Tabela Verdade Simbologia 3 Portas Lógicas As portas lógicas são componentes básicos da eletrônica digital usados

Leia mais

Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter. Introdução ao Cálculo Proposicional

Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter. Introdução ao Cálculo Proposicional Bacharelado em Sistemas de Informação Lógica Matemática Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter Introdução ao Cálculo Proposicional 1 LÓGICA MATEMÁTICA - CONTEÚDO Definição de Termo e Proposição Valor Lógico Proposição

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/53 1 - LÓGICA E MÉTODOS DE PROVA 1.1) Lógica Proposicional

Leia mais

CCAE. Lógica Aplicada a Computação - Cálculo Proposicional - Parte I. UFPB - Campus IV - Litoral Norte. Centro de Ciências Aplicadas e Educação

CCAE. Lógica Aplicada a Computação - Cálculo Proposicional - Parte I. UFPB - Campus IV - Litoral Norte. Centro de Ciências Aplicadas e Educação CCAE Centro de Ciências Aplicadas e Educação UFPB - Campus IV - Litoral Norte Lógica Aplicada a Computação - Cálculo Proposicional - Parte I Estes slides foram criados pelo Professor Alexandre Duarte Para

Leia mais

Prof. Tiago Semprebom, Dr. Eng. 09 de abril de 2013

Prof. Tiago Semprebom, Dr. Eng. 09 de abril de 2013 Lógica Clássica e Lógica Simbólica Prof. Tiago Semprebom, Dr. Eng. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Santa Catarina - Campus São José tisemp@ifsc.edu.br 09 de abril de 2013 Prof. Tiago

Leia mais

Ao utilizarmos os dados do problema para chegarmos a uma conclusão, estamos usando o raciocínio lógico.

Ao utilizarmos os dados do problema para chegarmos a uma conclusão, estamos usando o raciocínio lógico. CENTRO UNVERSITÁRIO UNA NOÇÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO Professor: Rodrigo Eustáquio Borges A disciplina Lógica Matemática tem como objetivo capacitar o aluno a reconhecer e aplicar os conceitos fundamentais

Leia mais

Prof. João Giardulli. Unidade I LÓGICA

Prof. João Giardulli. Unidade I LÓGICA Prof. João Giardulli Unidade I LÓGICA Introdução A primeira qualidade do estilo é a clareza. Aristóteles Introdução Aristóteles é considerado o precursor da lógica. Aristóteles (384-322 a.c.) Introdução

Leia mais

Lógica Formal. Matemática Discreta. Prof Marcelo Maraschin de Souza

Lógica Formal. Matemática Discreta. Prof Marcelo Maraschin de Souza Lógica Formal Matemática Discreta Prof Marcelo Maraschin de Souza Implicação As proposições podem ser combinadas na forma se proposição 1, então proposição 2 Essa proposição composta é denotada por Seja

Leia mais

A Linguagem dos Teoremas - Parte II. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto

A Linguagem dos Teoremas - Parte II. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto Material Teórico - Módulo de INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA A Linguagem dos Teoremas - Parte II Tópicos Adicionais Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto 12 de maio

Leia mais

Apostila de Sistemas Digitais e Computadores MÓDULOS I & II: REVISÃO ÁLGEBRA DE BOOLE.

Apostila de Sistemas Digitais e Computadores MÓDULOS I & II: REVISÃO ÁLGEBRA DE BOOLE. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO METROPOLITANO DE ANGOLA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E ENGENHARIAS Apostila de Sistemas Digitais e Computadores MÓDULOS I & II: REVISÃO ÁLGEBRA DE BOOLE. SDC LCC1N

Leia mais

Cálculo de Predicados

Cálculo de Predicados Cálculo de Predicados (Lógica da Primeira Ordem) Prof. Tiago Semprebom, Dr. Eng. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Santa Catarina - Campus São José tisemp@ifsc.edu.br 18 de maio de 2013

Leia mais

MATEMÁTICA Questões comentadas Daniela Arboite

MATEMÁTICA Questões comentadas Daniela Arboite MATEMÁTICA Questões comentadas Daniela Arboite TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível

Leia mais

UNIP Ciência da Computação Prof. Gerson Pastre de Oliveira

UNIP Ciência da Computação Prof. Gerson Pastre de Oliveira Aula 6 Lógica Matemática Álgebra das proposições e método dedutivo As operações lógicas sobre as proposições possuem uma série de propriedades que podem ser aplicadas, considerando os conectivos inseridos

Leia mais

CAPÍTULO I. Lógica Proposicional

CAPÍTULO I. Lógica Proposicional Lógica Proposicional CAPÍTULO I Lógica Proposicional Sumário: 1. Lógica proposicional 2. Proposição 2.1. Negação da proposição 2.2. Dupla negação 2.3. Proposição simples e composta 3. Princípios 4. Classificação

Leia mais

n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS

n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS As sentenças em que não é possível atribuir valor lógico verdadeiro ou falso, porque isso

Leia mais

Bases Matemáticas. Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática. Prof. Rodrigo Hausen. 24 de junho de 2014

Bases Matemáticas. Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática. Prof. Rodrigo Hausen. 24 de junho de 2014 Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Prof. Rodrigo Hausen 24 de junho de 2014 Definição Uma proposição é uma sentença declarativa que é verdadeira ou falsa, mas não simultaneamente ambas.

Leia mais

APOSTILA DE LÓGICA. # Conceitos iniciais INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE

APOSTILA DE LÓGICA. # Conceitos iniciais INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE INSTITUTO EDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE CÂMPUS APODI Sítio Lagoa do Clementino, nº 999, RN 233, Km 2, Apodi/RN, 59700-971. one (084) 4005.0765 E-mail: gabin.ap@ifrn.edu.br

Leia mais

n. 6 Equivalências Lógicas logicamente equivalente a uma proposição Q (p, q, r, ), se as tabelas-verdade destas duas proposições são idênticas.

n. 6 Equivalências Lógicas logicamente equivalente a uma proposição Q (p, q, r, ), se as tabelas-verdade destas duas proposições são idênticas. n. 6 Equivalências Lógicas A equivalência lógica trata de evidenciar que é possível expressar a mesma sentença de maneiras distintas, preservando, o significado lógico original. Def.: Diz-se que uma proposição

Leia mais

Fundamentos 1. Lógica de Predicados

Fundamentos 1. Lógica de Predicados Fundamentos 1 Lógica de Predicados Predicados e Quantificadores Estudamos até agora a lógica proposicional Predicados e Quantificadores Estudamos até agora a lógica proposicional A lógica proposicional

Leia mais

Fundamentos de Lógica e Algoritmos. Aula 1.3 Proposições e Conectivos. Prof. Dr. Bruno Moreno

Fundamentos de Lógica e Algoritmos. Aula 1.3 Proposições e Conectivos. Prof. Dr. Bruno Moreno Fundamentos de Lógica e Algoritmos Aula 1.3 Proposições e Conectivos Prof. Dr. Bruno Moreno bruno.moreno@ifrn.edu.br Argumentos Lógicos As premissas do argumento são chamadas de proposições; A conclusão

Leia mais

Os Fundamentos: Lógica de Predicados

Os Fundamentos: Lógica de Predicados Os Fundamentos: Lógica de Predicados Área de Teoria DCC/UFMG Introdução à Lógica Computacional 2019/01 Introdução à Lógica Computacional Os Fundamentos: Lógica de Predicados Área de Teoria DCC/UFMG - 2019/01

Leia mais

ÁLGEBRA DE BOOLE B.1 - DIAGRAMA DE VENN

ÁLGEBRA DE BOOLE B.1 - DIAGRAMA DE VENN ÁLGEBRA DE BOOLE B.1 - DIAGRAMA DE VENN No século XIX Georges Boole desenvolveu uma teoria matemática com base nas leis da lógica - a Álgebra de Boole - cuja aplicação nos circuitos digitais e computadores

Leia mais

18/01/2016 LÓGICA MATEMÁTICA. Lógica é usada para guiar nossos pensamentos ou ações na busca da solução. LÓGICA

18/01/2016 LÓGICA MATEMÁTICA. Lógica é usada para guiar nossos pensamentos ou ações na busca da solução. LÓGICA LÓGICA MATEMÁTICA Prof. Esp. Fabiano Taguchi fabianotaguchi@gmail.com http://fabianotaguchi.wordpress.com Lógica é usada para guiar nossos pensamentos ou ações na busca da solução. LÓGICA A lógica está

Leia mais

Unidade 1 Sentenças, Representação Simbólica, Tautologia, Contradição e Contingência.

Unidade 1 Sentenças, Representação Simbólica, Tautologia, Contradição e Contingência. Unidade 1 Sentenças e Representação simbólica Unidade 1 Sentenças, Representação Simbólica, Tautologia, Contradição e Contingência. 1 Introdução e Conceitos Iniciais: Geralmente nos expressamos, em português,

Leia mais

MDI0001 Matemática Discreta Aula 01

MDI0001 Matemática Discreta Aula 01 MDI0001 Matemática Discreta Aula 01 e Karina Girardi Roggia karina.roggia@udesc.br Departamento de Ciência da Computação Centro de Ciências Tecnológicas Universidade do Estado de Santa Catarina 2016 Karina

Leia mais

Gabarito da Avaliação 3 de Lógica Computacional 1

Gabarito da Avaliação 3 de Lógica Computacional 1 Questões iguais em todas as provas: Gabarito da Avaliação 3 de Lógica Computacional 1 1. (5 pts) Utilize a Regra DC para mostrar que é válido o seguinte argumento: p q r, s ~r ~t, s u p u De acordo com

Leia mais

Aula 8 Portas Lógicas. Programação de Computadores

Aula 8 Portas Lógicas. Programação de Computadores Aula 8 Portas Lógicas Programação de Computadores Introdução As portas lógicas são os componentes básicos da eletrônica digital. Elas são usadas para criar circuitos digitais e até mesmo circuitos integrados

Leia mais

1 TEORIA DOS CONJUNTOS

1 TEORIA DOS CONJUNTOS 1 TEORIA DOS CONJUNTOS Definição de Conjunto: um conjunto é uma coleção de zero ou mais objetos distintos, chamados elementos do conjunto, os quais não possuem qualquer ordem associada. Em outras palavras,

Leia mais

Aula 1 Aula 2 Aula 3. Ana Carolina Boero. Página:

Aula 1 Aula 2 Aula 3. Ana Carolina Boero.   Página: Elementos de lógica e linguagem matemática E-mail: ana.boero@ufabc.edu.br Página: http://professor.ufabc.edu.br/~ana.boero Sala 512-2 - Bloco A - Campus Santo André Linguagem matemática A linguagem matemática

Leia mais

Para provar uma implicação se p, então q, é suficiente fazer o seguinte:

Para provar uma implicação se p, então q, é suficiente fazer o seguinte: Prova de Implicações Uma implicação é verdadeira quando a verdade do seu antecedente acarreta a verdade do seu consequente. Ex.: Considere a implicação: Se chove, então a rua está molhada. Observe que

Leia mais

Matemática Computacional

Matemática Computacional Matemática Computacional SLIDE 1I Professor Júlio Cesar da Silva juliocesar@eloquium.com.br site: http://eloquium.com.br/ twitter: @profjuliocsilva facebook: https://www.facebook.com/paginaeloquium Google+:

Leia mais

RACIOCÍNIO LÓGICO LÓGICA PROPOSICIONAL

RACIOCÍNIO LÓGICO LÓGICA PROPOSICIONAL RACIOCÍNIO LÓGICO LÓGICA PROPOSICIONAL Atualizado em 12/11/2015 LÓGICA PROPOSICIONAL Lógica é a ciência que estuda as leis do pensamento e a arte de aplicá-las corretamente na investigação e demonstração

Leia mais

NHI Lógica Básica (Lógica Clássica de Primeira Ordem)

NHI Lógica Básica (Lógica Clássica de Primeira Ordem) NHI2049-13 (Lógica Clássica de Primeira Ordem) página da disciplina na web: http://professor.ufabc.edu.br/~jair.donadelli/logica O assunto O que é lógica? Disciplina que se ocupa do estudo sistemático

Leia mais

Elementos de Lógica Matemática p. 1/2

Elementos de Lógica Matemática p. 1/2 Elementos de Lógica Matemática Uma Breve Iniciação Gláucio Terra glaucio@ime.usp.br Departamento de Matemática IME - USP Elementos de Lógica Matemática p. 1/2 Vamos aprender a falar aramaico? ǫ > 0 ( δ

Leia mais

Vimos que a todo o argumento corresponde uma estrutura. Por exemplo ao argumento. Se a Lua é cúbica, então os humanos voam.

Vimos que a todo o argumento corresponde uma estrutura. Por exemplo ao argumento. Se a Lua é cúbica, então os humanos voam. Matemática Discreta ESTiG\IPB 2012/13 Cap1 Lógica pg 10 Lógica formal (continuação) Vamos a partir de agora falar de lógica formal, em particular da Lógica Proposicional e da Lógica de Predicados. Todos

Leia mais

Unidade II. A notação de que a proposição P (p, q, r,...) implica a proposição Q (p, q, r,...) por:

Unidade II. A notação de que a proposição P (p, q, r,...) implica a proposição Q (p, q, r,...) por: LÓGICA Objetivos Apresentar regras e estruturas adicionais sobre o uso de proposições. Conceituar implicação lógica, tautologias, e as propriedade sobre proposições. Apresentar os fundamentos da dedução,

Leia mais

Lógica Proposicional Parte I. Raquel de Souza Francisco Bravo 11 de outubro de 2016

Lógica Proposicional Parte I. Raquel de Souza Francisco Bravo   11 de outubro de 2016 Lógica Proposicional Parte I e-mail: raquel@ic.uff.br 11 de outubro de 2016 Lógica Matemática Cáculo Proposicional Uma aventura de Alice Alice, ao entrar na floresta, perdeu a noção dos dias da semana.

Leia mais

Conteúdo. Correção de Exercício Quantificadores Rosen (pg 33) Tradução Português Lógica Rosen (pg 42)

Conteúdo. Correção de Exercício Quantificadores Rosen (pg 33) Tradução Português Lógica Rosen (pg 42) Conteúdo Correção de Exercício Quantificadores Rosen (pg 33) Tradução Português Lógica Rosen (pg 42) Correção exercicios 11) P(x) = x = x 2 P(0) P(1) P(2) 12) Q(x) = x + 1 = 2x Q(0) Q(-1) Q(1) Correção

Leia mais

LÓGICA - 2. ~ q. Argumentos Regras de inferência. Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva. 1) Proposição recíproca de p q :

LÓGICA - 2. ~ q. Argumentos Regras de inferência. Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva. 1) Proposição recíproca de p q : LÓGICA - 2 Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva 1) Proposição recíproca de p q : q p 2) Proposição contrária de p q : ~ p 3) Proposição contra positiva de p q : ~ p ex. Determinar:

Leia mais

Matemática Régis Cortes. Lógica matemática

Matemática Régis Cortes. Lógica matemática Lógica matemática 1 INTRODUÇÃO Neste roteiro, o principal objetivo será a investigação da validade de ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais um é a CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS. Os argumentos

Leia mais

Lógica e Matemática Discreta

Lógica e Matemática Discreta Lógica e Matemática Discreta Proposições Prof clezio 20 de Março de 2018 Curso de Ciência da Computação Proposições e Conectivos Conceito de proposição Definição: Chama-se proposição a todo conjunto de

Leia mais

Como primeira e indispensável parte da Lógica Matemática temos o Cálculo Proporcional ou Cálculo Sentencial ou ainda Cálculo das Sentenças.

Como primeira e indispensável parte da Lógica Matemática temos o Cálculo Proporcional ou Cálculo Sentencial ou ainda Cálculo das Sentenças. NE-6710 - SISTEMAS DIGITAIS I LÓGICA PROPOSICIONAL, TEORIA CONJUNTOS. A.0 Noções de Lógica Matemática A,0.1. Cálculo Proposicional Como primeira e indispensável parte da Lógica Matemática temos o Cálculo

Leia mais

Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos

Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos Unidade 1 Proposições Páginas 13 a 9 1. a) 3 é uma designação. b) 3 = 6 é uma proposição. c) é o único número primo par é uma proposição. d)

Leia mais

Aula 04 Operações Lógicas sobre Proposições. Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes

Aula 04 Operações Lógicas sobre Proposições. Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes Aula 04 Operações Lógicas sobre Proposições Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes Agenda da Aula Tabela da Verdade; Operações Lógicas sobre Proposições; Revisando As proposições

Leia mais

Lógica de Programação

Lógica de Programação Lógica de Programação Autor: Jusdewbe Tatiane de Souza Mora 1 Introdução: LÓGICA O estudo da Lógica, é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto. Esta definição

Leia mais

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO SENTENÇAS OU PROPOSIÇÕES MODIICADORES São os elementos que expressam uma idéia, mesmo que absurda. Estudaremos apenas as proposições declarativas, que podem ser classificadas ou só como verdadeiras (),

Leia mais

LÓGICA MATEMÁTICA. Quando a precedência não estiver explicitada através de parênteses, a ordem é a seguinte: RELEMBRANDO 23/02/2016

LÓGICA MATEMÁTICA. Quando a precedência não estiver explicitada através de parênteses, a ordem é a seguinte: RELEMBRANDO 23/02/2016 LÓGICA MATEMÁTICA Prof. Esp. Fabiano Taguchi fabianotaguchi@gmail.com http://fabianotaguchi.wordpress.com RELEMBRANDO Quando a precedência não estiver explicitada através de parênteses, a ordem é a seguinte:

Leia mais

1. = F; Q = V; R = V.

1. = F; Q = V; R = V. ENADE 2005 e 2008 Nas opções abaixo, representa o condicional material (se...então...), v representa a disjunção (ou um, ou outro, ou ambos) e ~ representa a negação (não). Com o auxílio de tabelas veritativas,

Leia mais

Anotações LÓGICA PROPOSICIONAL DEFEITOS DO RACIOCÍNIO HUMANO PROPOSIÇÕES RICARDO ALEXANDRE - CURSOS ON-LINE RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 01 DEFINIÇÃO

Anotações LÓGICA PROPOSICIONAL DEFEITOS DO RACIOCÍNIO HUMANO PROPOSIÇÕES RICARDO ALEXANDRE - CURSOS ON-LINE RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 01 DEFINIÇÃO RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 01 LÓGICA PROPOSICIONAL DEFINIÇÃO A Lógica estuda o pensamento como ele deveria ser, sem a influência de erros ou falácias. As falácias em torno do raciocínio humano se devem a atalhos

Leia mais

RLM Material de Apoio Professor Jhoni Zini

RLM Material de Apoio Professor Jhoni Zini PRINCÍPIOS LÓGICOS 1. Segundo a lógica aristotélica, as proposições têm como uma de suas propriedades básicas poderem ser verdadeiras ou falsas, isto é, terem um valor de verdade. Assim sendo, a oração

Leia mais

Iniciação a Lógica Matemática

Iniciação a Lógica Matemática Iniciação a Lógica Matemática Faculdade Pitágoras Prof. Edwar Saliba Júnior Julho de 2012 1 O Nascimento da Lógica É lógico que eu vou!, Lógico que ela disse isso! são expressões que indicam alguma coisa

Leia mais

LÓGICA COMPUTACIONAL. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em:

LÓGICA COMPUTACIONAL. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: LÓGICA COMPUTACIONAL Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: http://www.oxnar.com.br/aulas/logica 1 CODIFICAÇÃO DA CONJECURA DE COLLATZ QUE FALEI NA AULA PASSADA. 2 3 4 A lógica é usada para guiar

Leia mais

AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3. AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5. AULA 3 Negação de proposições 8

AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3. AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5. AULA 3 Negação de proposições 8 Índice AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3 AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5 AULA 3 Negação de proposições 8 AULA 4 Tautologia, contradição, contingência e equivalência 11 AULA 5 Argumentação

Leia mais

Matemática para controle:

Matemática para controle: Matemática para controle: Introdução à Lógica Amit Bhaya, Programa de Engenharia Elétrica COPPE/UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro amit@nacad.ufrj.br http://www.nacad.ufrj.br/ amit Introdução

Leia mais

COMO LER NOTAÇÃO LÓGICA

COMO LER NOTAÇÃO LÓGICA COMO LER NOTAÇÃO LÓGICA DARREN BRIERTON TRADUÇÃO DE AISLAN ALVES BEZERRA Conectivos Proposicionais O primeiro conjunto de símbolos que introduzir-vos-ei são chamados de conectivos proposicionais porque

Leia mais

Matemática Discreta - 01

Matemática Discreta - 01 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 01 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019 Material Teórico - Módulo de INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA Expandindo o Vocabulário Tópicos Adicionais Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto 12 de junho de 2019

Leia mais

Lógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios...

Lógica Texto 11. Texto 11. Tautologias. 1 Comportamento de um enunciado 2. 2 Classificação dos enunciados Exercícios... Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 11 Tautologias Sumário 1 Comportamento de um enunciado 2 1.1 Observações................................ 4 2 Classificação dos enunciados 4 2.1

Leia mais

Universidade Aberta do Brasil - UFPB Virtual Curso de Licenciatura em Matemática

Universidade Aberta do Brasil - UFPB Virtual Curso de Licenciatura em Matemática Universidade Aberta do Brasil - UFPB Virtual Curso de Licenciatura em Matemática Argumentação em Matemática Prof. Lenimar Nunes de Andrade e-mail: numerufpb@gmail.com ou lenimar@mat.ufpb.br versão 1.0

Leia mais

Prof. Jorge Cavalcanti

Prof. Jorge Cavalcanti Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 01 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

MATEMÁTICA 3 MÓDULO 1. Lógica. Professor Renato Madeira

MATEMÁTICA 3 MÓDULO 1. Lógica. Professor Renato Madeira MATEMÁTICA 3 Professor Renato Madeira MÓDULO 1 Lógica SUMÁRIO 1. Proosição. Negação 3. Conectivos 4. Condicionais 4.1. Relação de imlicação 4.. Relação de equivalência 5. Álgebra das roosições 6. Quantificadores

Leia mais

Expoente 10 Dossiê do Professor 2

Expoente 10 Dossiê do Professor 2 Expoente 0 Dossiê do Professor Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos Unidade Proposições Páginas a 9. a) é uma designação. b) = 6 é uma proposição. c) é o único número primo par

Leia mais

Questões de Concursos Aula 02 CEF RACIOCÍNIO LÓGICO. Prof. Fabrício Biazotto

Questões de Concursos Aula 02 CEF RACIOCÍNIO LÓGICO. Prof. Fabrício Biazotto Questões de Concursos Aula 02 CEF RACIOCÍNIO LÓGICO Prof. Fabrício Biazotto Raciocínio Lógico 1. Considere as afirmações: I. A camisa é azul ou a gravata é branca. II. Ou o sapato é marrom ou a camisa

Leia mais

Alfabeto da Lógica Proposicional

Alfabeto da Lógica Proposicional Ciência da Computação Alfabeto da Lógica Sintaxe e Semântica da Lógica Parte I Prof. Sergio Ribeiro Definição 1.1 (alfabeto) - O alfabeto da é constituído por: símbolos de pontuação: (, ;, ) símbolos de

Leia mais

Métodos para a construção de algoritmo

Métodos para a construção de algoritmo Métodos para a construção de algoritmo Compreender o problema Identificar os dados de entrada e objetos desse cenário-problema Definir o processamento Identificar/definir os dados de saída Construir o

Leia mais

Unidade II LÓGICA. Profa. Adriane Paulieli Colossetti

Unidade II LÓGICA. Profa. Adriane Paulieli Colossetti Unidade II LÓGICA Profa. Adriane Paulieli Colossetti Relações de implicação e equivalência Implicação lógica Dadas as proposições compostas p e q, diz-se que ocorre uma implicação lógica entre p e q quando

Leia mais

GRATUITO RACIOCÍNIO LÓGICO - EBSERH. Professor Paulo Henrique PH Aula /

GRATUITO RACIOCÍNIO LÓGICO - EBSERH. Professor Paulo Henrique PH Aula / 1 www.romulopassos.com.br / www.questoesnasaude.com.br GRATUITO RACIOCÍNIO LÓGICO - EBSERH Professor Paulo Henrique PH Aula 02 R A C I O C Í N I O L Ó G I C O E B S E R H a u l a 0 2 Página 1 2 www.romulopassos.com.br

Leia mais

Inteligência Artificial IA II. LÓGICA DE PREDICADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

Inteligência Artificial IA II. LÓGICA DE PREDICADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO Inteligência Artificial IA Prof. João Luís Garcia Rosa II. LÓGICA DE PREDICADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO 2004 Representação do conhecimento Para representar o conhecimento do mundo que um sistema

Leia mais