A importância da Recuperação Judicial em substituição ao instituto da concordata. RESUMO

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1 1 A importância da Recuperação Judicial em substituição ao instituto da concordata. Fábio de Holanda Monteiro 1 Maria Isabel Boavista Gomes Castelo Branco Marques 2 Maria Leonildes Boavista Gomes Castelo Branco Marques 3 Thamires Oliveira de Holanda Monteiro 4 Thiago Henrique Costa Marques 5 RESUMO O instrumento da Recuperação Judicial, criado pela Lei 11101/2005 em substituição ao instituto da concordata, tem desempenhado um importante papel nesse período de crise econômica, pois ele tem evitado que várias empresas venham decretar falência. A criação desse mecanismo pela nova Lei de Falências reflete a ideia de que o ordenamento jurídico se preocupa com a função social da empresa. O número crescente de requisições de recuperação à Justiça mostra a sua importância para a manutenção das empresas. Palavras-chave: Contabilidade. Contador. Documentos Contábeis. Empresa. Recuperação Judicial. 1 Mestrando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. Especialista em Processo Administrativo pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Especialista em Direito Tributário pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Professor Efetivo do Curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí - UESPI. Procurador do Estado do Piauí. Advogado. fabiodeh@terra.com.br. 2 Estudante de graduação de direito da Universidade Federal do Piauí UFPI. Isabelboavista@hotmail.com 3 Graduada em direito pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI. Especialista em Direito Público pela Escola Superior da Magistratura do Piauí-ESMEPI. Especialista em Direito Privado pela Escola Superior da Magistratura do Piauí-ESMEPI. Mestranda na Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em Direito. Professora de Direito na Faculdade Tecnológica do Piauí FATEPI. nildescb@hotmail.com 4 Acadêmica do oitavo período do Curso de Direito da Universidade Federal do Piauí. 5 Doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal do Piauí UFPI. Mestre em Farmacologia pela Universidade Federal do Piauí UFPI. Especialista em Psiquiatria pela Universidade Federal do Piauí UFPI. Especialista em Atenção Psicossocial pela Universidade Federal do Piauí UFPI. Médico do Instituto Federal do Piauí IFPI. thiagohenriquemarques@gmail.com.

2 2 INTRODUÇÃO Segundo dados da pesquisa divulgada pela Boa Vista/SCPC no dia 07 de janeiro de 2013, o número de pedidos de Recuperação Judicial teve um crescimento de 54,8% no ano de 2012 em relação ao ano de A interpretação de tal informação expõe a grande participação desse instituto perante nossa sociedade. A Recuperação Judicial foi instituída pela Lei /05, que trouxe uma maior flexibilidade e aplicabilidade em relação a concordata, e é um dos principais responsáveis pela sobrevivência de muitas empresas que passaram pela crise econômica vivenciada no último ano Para tanto, foi estabelecido como objetivo geral, a identificação de como a Contabilidade está presente no Processo de Recuperação Judicial. O desenvolvimento desse trabalho científico segue uma linha eminentemente bibliográfica, utilizando autores de livros e trabalhos científicos, que assegurem a qualidade da pesquisa estabelecida, inseridos no campo da Contabilidade e do Direito Empresarial. A utilização da internet possui papel essencial no embasamento do texto, pois ela irá proporcionar o acesso a noticias, artigos, pesquisas estatísticas, e trabalhos acadêmicos acerca do tema. Assim a pesquisa também se apresenta como exploratória, visto que esse tipo de pesquisa proporciona a expansão do conhecimento sobre o tema trabalhado. Quanto à forma de análise, a pesquisa se enquadra no tipo de pesquisa qualitativa. 1. RECUPERAÇÃO JUDICIAL A Lei /05, Lei de Falências e Recuperação de Empresas, trouxe o instituto da recuperação judicial de empresas em substituição ao da concordata, o que acarretou, com a sua implementação, que um número elevado de entidades empresariais evitassem a decretação de falência. A concordata preventiva era um instrumento que não agradava a maioria dos juristas, ela tinha como finalidade concessão de prazos e melhores condições para que o devedor pudesse cumprir suas obrigações, o que não englobava a totalidade dos credores. Com isso a concordata tinha uma eficácia duvidosa, haja vista que a maioria das empresas que entravam em concordata decretavam falência e gerava controvérsias relativas a interpretação de seu texto legal, além de ser extremamente formal. Nesse ponto fica perfeita a colocação de Jorge Lobo, que diz:

3 3 O que se verificava é que o sistema anterior não conseguia proteger os credores da empresa concordatária ou falida e não conseguia também, por outro lado, preservar a atividade empresária, apresentando-se como sistema incapaz de preservar qualquer tipo de interesse, atendendo apenas, na grade maioria das vezes, ao empresário oportunista e desonesto. (LOBO, 2009) O mecanismo da recuperação de empresas não pode ser utilizado como mero instrumento de satisfação dos interesses particulares dos empresários, pois não se trata de favorecimento da empresa ou ainda do empresário, mas sim da recuperação da fonte produtiva, do emprego e dos interesses dos credores. Como consequência temos a continuidade da cadeia produtiva da empresa que irá contribuir para o crescimento econômico do País. 1.1 NATUREZA JURÍDICA DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL Apesar da apreciação na esfera judicial, na recuperação judicial há prevalência do interesse das partes interessadas, ou seja, há autonomia privada da vontade das partes. Nesse contexto pode-se determinar que a natureza jurídica da recuperação judicial é de um contrato judicial, como bem define Sérgio Campinho: O instituto da recuperação judicial deve ser visto com a natureza de um contrato judicial, com feição novativa, realizável através de um plano de recuperação, obedecidas por parte do devedor, determinadas condições de ordens objetiva e subjetiva para sua implementação. (CAMPINHO, 2008). 1.2 PRINCÍPIOS DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL A recuperação judicial possui princípios basilares, que fazem parte da interpretação da legislação. Os princípios da preservação da empresa e da função social da empresa norteiam a interpretação dos artigos da lei abordada. Tais princípios traduzem os objetivos superiores que inspiram os procedimentos adotados pelo legislador. A verificação destes princípios passa também pela análise da viabilidade da empresa. Uma empresa que respeita os supracitados princípios, por consequência pode ser considerada uma empresa viável, podendo então se submeter ao processo de recuperação Princípio da Preservação da Empresa

4 4 O princípio da preservação da empresa está contextualizado no artigo 47 da lei /2005, tal qual é sua grande importância. Dispõe o artigo 47 : Art.47º. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Esse princípio é um princípio geral de direito que tem por finalidade preservar as organizações econômicas produtivas, em consequência a prejuízos que a extinção de uma entidade empresarial pode causar na sociedade. Com isso, fica claro que o legislador deseja a continuidade da empresa, visando o bem da sociedade. Esse principio envolve todos os artigos que tratam da recuperação. Waldo Fazzio Júnior destaca em sua obra Lei de Falência e Recuperação de Empresas que a preservação da empresa não significa a preservação dos empresários ou dos administradores da sociedade empresário, em seguida ele frisa que proteger a atividade da empresa implica separar o interesse dos sócios dos reais interesses envolvidos na empresa Função Social da Empresa A definição de função social de empresa esta intimamente ligada a função social da propriedade, e em consequência dessa função social a empresa não deve visar somente os lucros, como também atentar-se ao impactos que sua atuação e decisões têm perante a sociedade para todos os casos, alcançando seus interesses e os interesses da coletividade. A empresa, assim como o Estado tem que preocupar-se com os interesses da sociedade, assegurando os seus direitos O Estado não tem o interesse de recuperar uma empresa que não cumpre com sua função social, isso implica que para a implementação da recuperação judicial a empresa deve ter o seu valor perante a sociedade. Deste modo, a função social é um dos pressupostos em que se baseiam os mecanismos oferecidos pela Lei de Princípio da viabilidade econômica O princípio da viabilidade econômica da empresa propaga que uma empresa que esta em crise e que busca o benefício da recuperação judicial, deve demonstrar a viabilidade de sua recuperação. Para tanto, existem fatores que devem estar presentes para que da Recuperação Judicial seja cabível, como bem destaca Waldo Fazzio Júnior (2010). Esses fatores se complementam e são enumeradas da por Fazzio Junior:

5 5 Importância social e econômica da atividade do devedor no contexto local, regional ou local; mão de obra e tecnologia empregados; volume do ativo e do passivo; tempo de constituição e funcionamento do negócio; e faturamento anual e nível de endividamento da empresa. (FAZZIO JUNIOR, 2010). Com isso, fica claro que o instituto da recuperação de empresas foi implementado com intuito de ser utilizado por entidades que efetivamente possam se reerguer, ou seja, que tenham viabilidade econômica Princípio da relevância do interesse dos credores A recuperação judicial desde seu inicio preocupa-se com o interesse dos credores, tendo o Estado, com a criação de tal instituto, finalidade de preservar o direito dos vários credores da empresa em eminente situação de insolvência. Quando se fala de credores, esses credores são tratados de forma genérica, de unidade, não sendo possível privilegiar algum credor em detrimento de outro. A sobrevivência da empresa está intimamente ligado a satisfação creditícias, pois com o seu saneamento fica possível a quitação das dívidas. A proteção ao interesse dos credores tem relação com o interesse da sociedade perante a empresa, como bem destaca Fazzio Junior: É no intimo do interesse social que se deve manifestar a realização dos creditos. A predominância do interesse dos credores deve identificar-se com o interesse público inerente a empresa Princípio da maximização dos ativos Durante o processo de recuperação da empresa, os ativos da empresa devedora devem ser preservados, ou até mesmo maximizados. Isso evita a dissipação dos ativos, o que acarreta prejuízo para a implantação do processo, pois prejudicará os credores Princípio da par conditio creditorum Este princípio corresponde ao princípio da equidade aos credores, que significa que os credores estão em iguais situações. Assim os créditos devem ser considerados sob uma perspectiva de igualdade, de paridade um frente ao outro. Isso se deve ao fato de em processos de natureza falimentar os credores de uma só vez cobram seus créditos.

6 6 1.3 REQUISITOS PARA O PROCESSAMENTO DO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL Condições para o pedido A Lei de Falência e Recuperação de Empresas trouxe em seu artigo 48 os requisitos necessários a serem respeitados para que o processo de recuperação seja deferida. Esses requisitos dizem respeito tão somente ao deferimento, não a concessão do pedido do devedor. O art. 48 da LRE diz: Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I - não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; II - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; III - não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; IV - não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. Parágrafo único. A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. A interpretação do texto do artigo 48 da Lei /05 estabelece que somente quem esteja exposto ao risco de ter falência pode pleitear o mecanismo da recuperação judicial. Assim a lei só vai deferir o processamento de que realmente pode falir, e nessa mesma linha tem-se como pressuposto para o deferimento, que o titular da empresa (devedor) tem que desejar o beneficio da recuperação. portanto a legitimidade para o pedido é das sociedades empresarias e do empresário individual, desde que suas atividades tenham sido exercidas por mais de 2 (dois) anos. Os dispositivo também traz que há vedação no caso de um devedor já ter obtido o beneficio da recuperação há menos de 5 (cinco) anos, nos casos de microempresa e sociedade de pequeno porte o prazo é de 8 (oito) anos. No inciso IV fica a vedação a possibilidade de condenação do devedor por crimes falimentares. Nesse caso fica aludido a figura do administrador ou controlador da empresa assim como o empresário individual, haja vista que pessoa jurídica não pode cometer crime falimentar. Sergio Campinho propaga a ideia de que: Os indivíduos sem idoneidade para continuar no controle devem ser afastados, mas a empresa por eles desenvolvida deve prosseguir enquanto viável, visto que os interesses nela envolvidos superam a condição pessoal do sócio e do administrador. (CAMPINHO,2008).

7 Requisitos formais Para que o pedido de recuperação judicial seja processado, deve-se obedecer algumas formalidades. Uma das formalidades diz respeito ao juízo competente. Nesse sentido, o pedido de recuperação deve estar em conformidade com o artigo 3º da /05, que diz: Art. 3 o É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. Como bem destaca André Luiz Santa Cruz (2011) o foro do principal estabelecimento é aquele em que se encontra o local de maior volume de negócios da empresa. A petição inicial a ser elaborada deve ter como fundamentação a situação patrimonial e as razões da crise da empresa, sendo necessário a inserção de todos os documentos enumerados pela lei. Assim a petição inicial deve obedecer o exposto no artigo 51 da LRE. O inciso II do artigo 51 da Lei de Falência traz a exigência de que sejam apresentados as demonstrações contábeis relativas aos últimos três anos exercícios e as especialmente levanta. Conforme o inciso III do mesmo artigo o devedor deverá apresentar também, a relação nominal de todos os credores, com a obrigações de informar as especificações pertinentes a cada credor, o que contribui para a celeridade do processo. A relação de todos os empregados também será fornecida com todas as especificações exigidas no inciso IV. O texto do inciso V representa a obrigatoriedade, exigida pelo artigo 48, de se comprovar o exercício regular da atividade, haja vista que somente se pode exercer a atividade com o devido registro no Registro Público de Empresas. A relação de bens particulares dos sócios controladores e dos administradores também é necessário como conteúdo da petição inicial, sobretudo pelo fato de o artigo 82, 2º da referida lei determinar que: 2 o O juiz poderá, de ofício ou mediante requerimento das partes interessadas, ordenar a indisponibilidade de bens particulares dos réus, em quantidade compatível com o dano provocado, até o julgamento da ação de responsabilização. 1.4 ÓRGÃOS DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL Administrador Judicial

8 8 O administrador judicial é um cargo criado por lei para auxiliar nos processos de recuperação e falência, sendo ele é nomeado pelo juiz no ato em que defere o processo de recuperação. o artigo 21 da LRE estabelece que o administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada O artigo 22, I e II da Lei /04 traz o rol de competências que o administrador possui durante o processo, que são: Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe: I na recuperação judicial e na falência: a) enviar correspondência aos credores constantes na relação de que trata o inciso III do caput do art. 51, o inciso III do caput do art. 99 ou o inciso II do caput do art. 105 desta Lei, comunicando a data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a classificação dada ao crédito; b) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores interessados; c) dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, a fim de servirem de fundamento nas habilitações e impugnações de créditos; d) exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer informações; e) elaborar a relação de credores de que trata o 2 o do art. 7 o desta Lei; f) consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art. 18 desta Lei; g) requerer ao juiz convocação da assembléia-geral de credores nos casos previstos nesta Lei ou quando entender necessária sua ouvida para a tomada de decisões; h) contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá-lo no exercício de suas funções; i) manifestar-se nos casos previstos nesta Lei; II na recuperação judicial: a) fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial; b) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação; c) apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das atividades do devedor; d) apresentar o relatório sobre a execução do plano de recuperação, de que trata o inciso III do caput do art. 63 desta Lei; A atuação do administrador judicial no processo de recuperação judicial vai depender da instalação ou não do comitê de credores, pois muitas das funções desses dois órgãos irão ser a mesma. Assim se haver o comitê de credores a atuação do administrador judicial ficará

9 9 limitada. Também ficará limitada a atuação dos administrador judicial se os administradores ou controladores da empresa não forem afastados durante o processo Assembleia geral de credores A assembleia geral dos credores possibilita a participação dos credores no processo de recuperação de empresas. Sergio Campinho define bem o seu conceito: Consiste na reunião dos credores sujeitos a recuperação judicial, ordenados em categorias derivadas da natureza de seus respectivos créditos, com o fim de deliberar sobre as matérias que a lei venha exigir sua manifestação, ou sobre aquelas possa lhes interessar. Revela um foco facultativo e não permanente de decisões dos credores, instalado e operado em estrita obediência das prescrições legais, para decidir situação especifica eventualmente surgida no decurso do processo. (CAMPINHO, 2008) Assembleia geral de credores é repleta de atribuições, que são estabelecidas pelo artigo 35 da seguinte forma: Art. 35. A assembleia geral de credores terá por atribuições deliberar sobre: I na recuperação judicial: a) aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor; b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição; c) (VETADO) d) o pedido de desistência do devedor, nos termos do 4 o do art. 52 desta Lei; e) o nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor; f) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores; Comitê de credores Comitê de credores não é um órgão obrigatório na recuperação judicial, e no caso de sua não constituição o administrador judicial assumirá as suas atribuições O comitê de credores é constituído por deliberação de qualquer umas das classes da assembleia geral e tem a seguinte composição: Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de credores na assembleia geral e terá a seguinte composição: I 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes; II 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes;

10 10 III 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes. A partir do deferimento do processamento da recuperação judicial, os credores poderão, a qualquer momento, requerer a convocação de Assembleia Geral para a constituição do Comitê de Credores. Para a constituição do comitê tem que ficar evidenciado a sua necessidade, pois se não houver necessidade poderá evitar custos com a manutenção, e provocaria mais celeridade no processo, Waldo Fazzio Junior (2010) quando destaca que a constituição do Comitê deve ser fundamentada na necessidade, ditada pela complexidade do procedimento e/ou pelo porte econômico-financeiro da empresa. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Paulo Jeyson Gomes. Recuperação Judicial. Disponível em : < 05 de novembro de 2008> Acesso em 23 de Outubro de A RECUPERAÇÃO DA EMPRESA E OS TRÊS PRICÍPIOS FUNDAMENTAIS. Disponível em: < Acesso em: 13 de Outubro de BEZERRA FILHO, M. J. Nova lei de recuperação de empresas e falências: comentada: lei / 2005, comentada artigo por artigo. 4 ed., atual., e amp. São Paulo. Revista dos Tribunais. BOA VISTA SERVIÇOS: PEDIDOS DE FALÊNCIA CRESCEM EM 2012, APÓS DOIS ANOS DE QUEDA. Disponível em: < Acesso em: 13 de Janeiro de BRASIL. Lei n o 5.869, de 11 de janeiro Institui o Código de Processo Civil.. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de Dispõe sobre as Sociedades por Ações.. Lei n o , de 10 de janeiro de Institui o Código Civil.. Lei n , de 09 de fevereiro de Regulamenta a falência, a recuperação judicial e a extrajudicial do empresário e da sociedade empresária. CAMPINHO, Sérgio. Falência e Recuperação de Empresas: O novo regime de insolvência empresarial. 2 ed. Rio de Janeiro: Renovar, p. CASTRO, Rodrigo R. Monteiro de.; ARAGÃO, Leandro Santos de. Direito societário e nova lei de falências e recuperação de empresas. 1ed. São Paulo: Quartier Latin, 2006.

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