UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PÂMELLA DOS SANTOS O INTERROGATÓRIO POR SISTEMA DE VIDEOCONFERÊNCIA EM FACE DO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PÂMELLA DOS SANTOS O INTERROGATÓRIO POR SISTEMA DE VIDEOCONFERÊNCIA EM FACE DO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA São José 2010

2 1 PÂMELLA DOS SANTOS O INTERROGATÓRIO POR SISTEMA DE VIDEOCONFERÊNCIA EM FACE DO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA Monografia apresentada à Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, como requisito parcial a obtenção do grau em Bacharel em Direito. Orientador: Prof. Msc. Rodrigo Mioto dos Santos São José 2010

3 A sociedade é constituída por cidadãos de gostos e ideais diferentes, de estruturas psicológicas diversas, de direitos e deveres como sujeito integral, que se harmonizam em favor do todo. Das aparentes divergências surge o equilíbrio possível para uma vida saudável em grupo, no qual uns aos outros se ajudam, favorecendo o progresso comunitário. Não se pode banir da sociedade quem erra; seus direitos e garantias constitucionais devem ser preservados. E aí está um julgamento para todos. (Divaldo Pereira, 2009). 2

4 As tecnologias de telecomunicações, hoje disponíveis, atendem perfeitamente o desiderato de se aproximar diretamente o julgador sem intermediários [...] (Fioreze, 2009, p. 404). 3

5 O binômio da Justiça do terceiro milênio é a eficiência, tolerância, e garantismo. E sempre preservados os direitos e garantias fundamentais. [...] (Fioreze, 2009, p. 404) 4

6 5 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. São José, 03 de novembro de PÂMELLA DOS SANTOS

7 6 RESUMO Este estudo abordou o tema Videoconferência. A Lei nº / Lei da Videoconferência, que trata da viabilidade do interrogatório do acusado por sistema de videoconferência. O objetivo geral do estudo foi analisar e identificar se a adoção do sistema de videoconferência no momento do interrogatório do acusado fere os direitos e garantias inerentes ao mesmo, com enfoque no princípio da Ampla Defesa. Para nortear os passos do trabalho de pesquisa foi adotado o método dedutivo e a forma de pesquisa bibliográfica e documental. No término da pesquisa identificou-se que há possibilidade de adotar as regras da Lei n /2009 sem ferir os direitos e as garantias constitucionais, bem como atender o art. 185 do Código de Processo Penal. A lei atende o Princípio da Ampla Defesa. Palavras-chave: Interrogatório; Videoconferência; Ampla Defesa.

8 7 ABSTRACT This study addressed the issue Videoconferencing. Law Nº / Videoconferencing Act, which addresses the feasibility of the interrogation of the defendant by video conferencing system. The overall objective of the study was to analyze and identify whether the adoption of videoconferencing system at the time of the interrogation of the accused violates the rights and guarantees inherent to it, focusing on the principle of defense. To guide the steps of the research method was adopted and the deductive form of bibliographic and documentary research. At the end of the study identified that there are likely to adopt the rules of Law /2009 without hurting the rights and constitutional guarantees, as well as attending art. 185 of the Code of Criminal Procedure. The law meets the principles of legal defense. Keywords: Interrogation; Videoconferencing; Legal Defense.

9 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO DO INTERROGATÓRIO ASPECTOS CONCEITUAIS DO INTERROGATÓRIO NATUREZA JURÍDICA DO INTERROGATÓRIO CARACTERÍSTICAS DO INTERROGATÓRIO MOMENTO PROCESSUAL DO INTERROGATÓRIO ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DA VIDEOCONFERÊNCIA VIABILIDADE DO INTERROGATÓRIO ON LINE NO BRASIL OS PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROCESSO PENAL PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA DO INTERROGATÓRIO POR SISTEMA DE VIDEOCONFERÊNCIA A LEI DA VIDEOCONFERÊNCIA DIANTE DO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA: POSIÇÕES CONTRÁRIAS O INTERROGATÓRIO ON LINE DIANTE DO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA: POSIÇÕES FAVORÁVEIS JULGADOS ACERCA DA VIDEOCONFERÊNCIA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 80

10 9 INTRODUÇÃO Esse trabalho de pesquisa aborda a Lei da Videoconferência (Lei n /2009), editada em 2009, e que tem como objetivo principal viabilizar oficialmente o interrogatório do acusado por sistema de videoconferência. A linha de pesquisa situa-se no âmbito do Direito Processual Penal, sendo que a aplicabilidade da Lei /2009 tem como pressuposto os princípios regentes ao Processo Penal, com foco no Princípio da Ampla Defesa (CRFB, art. 5º, LV), como também, o art. 185 do Processo Penal. Aqueles que são favoráveis ao interrogatório por videoconferência baseiamse em argumentos como: coibição de fugas; celeridade processual; economia para os cofres públicos; realocação de policiais em suas funções primordiais de patrulhamento e garantia da ordem pública; inexistência de vedação legal e o fato de o CPP admitir a realização de qualquer meio de prova não proibido por lei, e atualmente, a nova regulamentação trazida pela Lei n /09. Já aqueles que são os contrários a essa modalidade de interrogatório, dizem que este fere princípios e direitos constitucionais do acusado, argumentando que há falta de contato físico entre acusado e juiz, o ferimento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e a Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), pois seria direito do acusado, ser conduzido, pessoalmente, à presença do juiz. A justificativa em nível acadêmico ocorre frente a uma exigência curricular. Tem como contribuição acadêmico-científica a inovação jurídica, onde se utiliza a tecnologia dos tempos atuais no intuito de facilitar os atos praticados pelo Poder Judiciário. Diante do exposto, formulou-se o problema a ser respondido nesta pesquisa: é viável, para o ordenamento jurídico brasileiro, adotar - o sistema de videoconferência no interrogatório do acusado, sendo este morador da comarca ou de outra comarca, sem ferir os direitos e garantias constitucionais dispostos na Constituição da República Federativa do Brasil, de 1998, e no art. 185 do Código de Processo Penal?

11 10 Portanto, o objetivo geral da pesquisa foi analisar e identificar se o uso do sistema de videoconferência fere os direitos e garantias inerentes ao acusado. Para respondê-lo foram definidos como objetivos específicos: a) identificar os princípios basilares do Direito Processual Penal brasileiro; b) identificar os princípios inerentes ao interrogatório on line; c) analisar a discussão/polêmica sobre o uso da videoconferência no interrogatório do acusado. Para nortear os passos do trabalho, a presente pesquisa utilizou o método de abordagem dedutivo, pois se buscou no estudo de doutrinas, jurisprudências, e legislação pertinente, os elementos que auxiliem na análise da lei da Videoconferência. Foi utilizada a técnica de documentação indireta, por meio da pesquisa documental, que envolveu o estudo da Lei n /2009, em seu art. 2º, no que tange à viabilidade do interrogatório do acusado por sistema de videoconferência. O estudo utilizou, também, a forma de uma pesquisa bibliográfica e documental, utilizando de livros e artigos. Diante do exposto, o trabalho de pesquisa está estruturado conforme segue. O primeiro capítulo aborda o interrogatório em seus aspectos gerais, como também os aspectos históricos e conceituais da videoconferência sua viabilidade na realização do interrogatório, com base na Lei /2009 No segundo capítulo introduzir-se-á a importância dos princípios no ordenamento jurídico brasileiro, dando maior atenção aos princípios do contraditório e da ampla defesa, foco do presente estudo. O terceiro e último capítulo apresenta o interrogatório por videoconferência diante do Princípio da Ampla Defesa, e expõe as posições doutrinárias e jurisprudenciais, contrárias e favoráveis, no que diz respeito ao interrogatório do acusado. Por último, a conclusão, onde com suas palavras a aluna expõe o que entendeu do tema.

12 11 1 DO INTERROGATÓRIO Antes de entrar na discussão sobre a aplicabilidade da videoconferência na tomada do interrogatório no Processo Penal, faz-se necessário expor e entender o termo interrogatório. Neste sentido, este capítulo abordará a sua conceituação, natureza jurídica e características, como também qual o momento processual na instrução criminal, para em seguida abordar o sistema por videoconferência, em seus aspectos históricos e conceituais, e a viabilidade para a realização do interrogatório on line. 1.1 ASPECTOS CONCEITUAIS DO INTERROGATÓRIO Etimologicamente, a palavra interrogatório tem sua origem no latim interrogatorius, de interrogare (perguntar, interrogar, inquirir), literalmente significando a soma de perguntas ou indagações feitas pelo juiz no curso de um processo (PLÁCIDO E SILVA, 2010, p. 767). Em mesmo sentido, o termo interrogatório para Fioreze (2009, p. 109) é o conjunto das perguntas que a autoridade dirige ao réu. A respeito do conceito de interrogatório, Nucci (2009, p. 417) o subdivide em judicial e policial. O primeiro procedimento se trata do ato processual que confere oportunidade ao réu se dirigir diretamente ao juiz, apresentando a sua versão defensiva aos fatos que lhe foram imputados pela acusação, como também, possibilita a indicação de meios de provas, bem como confessar ou, se preferir, permanecer em silêncio (p. 417); já o segundo procedimento, é o que se realiza durante o inquérito, quando a autoridade policial ouve o indiciado, acerca da imputação indiciária (p.417). Nessa linha de raciocínio, Fioreze (2009, p. 109) aponta, também, que o interrogatório [...] é um ato judicial presidido pelo juiz, momento em que o réu é indagado sobre os fatos imputados contra ele, advindo de uma queixa ou denúncia, ao tempo em que oferece oportunidade de defesa.

13 12 Leciona Avena (2010, p. 554) que o termo interrogatório pode ser conceituado como o ato por meio do qual procede o magistrado à oitiva do réu. Corolário da ampla defesa e do contraditório, sua oportunidade está prevista em todos os procedimentos criminais. Em mesmo sentido, Capez (2007, p. 327) afirma que interrogatório [...] é o ato judicial, no qual o juiz ouve o réu sobre a imputação contra ele formulada. É ato privativo do juiz e personalíssimo daquele, possibilitando a este último o exercício da sua defesa ou autodefesa. Adepto da mesma visão, Bonfim (2007, p. 133) conceitua interrogatório como aquele ato processual conduzido pelo juiz no qual o réu é perguntado acerca dos fatos que lhe são imputados, abrindo-lhe oportunidade para que deles se defenda ou nada diga (valendo-se do direito constitucional ao silêncio). Finalmente, Marques (1997, p. 297) conceitua interrogatório dizendo que este consiste em declarações do réu, resultantes de perguntas formuladas para esclarecimento do fato delituoso, que se lhe atribui e de circunstâncias pertinentes a esse fato. [...] É a audiência do réu. Desse modo, pode-se entender que o interrogatório na esfera criminal é um ato processual, pelo qual o acusado dirige-se à presença do juiz para que seja indagado sobre os fatos a ele imputados de uma denúncia ou queixa-crime, tendo ao mesmo tempo, a oportunidade de oferecer defesa perante a acusação. Quanto ao procedimento do interrogatório do acusado encontra-se previsto no Código de Processo Penal. Art O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. Nucci (2009, p. 410) leciona que o interrogatório do réu preso passa a ser realizado, como regra, no estabelecimento penal em que se encontrar o acusado, e não mais no fórum. Evita-se o deslocamento do preso sob escolta e risco de fuga do prédio do Judiciário, constituindo em meio mais fácil a ida do magistrado ao presídio, desde que garantida a sua segurança e de seus auxiliares. O local do interrogatório

14 13 está sendo amplamente discutido na doutrina e na jurisprudência, após o advento da Lei de Videoconferência. No decurso da instrução criminal, há a possibilidade da realização de um novo interrogatório. Preceitua o art. 196 do Código de Processo Penal que a qualquer momento o juiz poderá realizar um novo interrogatório se julgar necessário, ou se quaisquer das partes solicitar, desde que o pedido seja fundamentado: Art A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentando de qualquer das partes. Dentre as razões para um novo interrogatório pode-se destacar: - o juiz sentenciante não é o mesmo que realizou o ato [...]; - o juiz sentenciante ou o que preside a instrução constata a pobreza do interrogatório, realizado em poucas linhas, sem nenhum conteúdo [...]; - o juiz interrogante entra em confronto com o réu, havendo nítida parcialidade na colheita do depoimento [...]; - o tribunal entende deva ouvir diretamente o réu [...]; - o acusado resolve retratar-se, situação expressamente admitida [...]; - surge uma prova nova, como uma testemunha, [...]; - há co-réu envolvido que tenha proferido uma delação, envolvendo outro co-réu já interrogado [...] (NUCCI, 2009, p.432). Portanto, com a nova redação estipula-se poder essa renovação ser feita de ofício ou a requerimento fundamentado de qualquer das partes, facilitando, pois, a sua concretização. Quanto ao seu conteúdo, o interrogatório será constituído de duas partes, conforme disposto no Código de Processo Penal. Art O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. 1º. Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. 2º. Na segunda parte será perguntado sobre: I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser

15 14 imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve ates da prática da infração o depois dela; III - onde estava ao tempo que foi cometida a infração e se teve notícia desta; IV - as provas já apuradas; V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração; VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa. Conforme Mirabete (2006, p. 279), o interrogatório não é apenas um termo do processo com uma série de perguntas determinadas, sacramentais, a que o acusado dá respostas de antemão estudadas, para não comprometer-se, mas uma franca oportunidade de obtenção de prova (art. 187, I a VIII supracitado). Neste sentido, este mesmo autor (p. 279) entende que a finalidade do interrogatório é tríplice: a) facultar ao magistrado o conhecimento do caráter, da índole, dos sentimentos do acusado; compreender-lhe a personalidade; b) transmitir ao julgador a versão, que, do acontecimento, dá sincera ou tendenciosamente, o inculpado, com a menção dos elementos, de que o último dispõe ou pretende dispor, para convencer da idoneidade de sua versão; c) verificar as reações do acusado, ao lhe ser dada diretamente, pelo juiz, a ciência do que os autos encerram contra ele. 1.2 NATUREZA JURÍDICA DO INTERROGATÓRIO Quanto à natureza jurídica do interrogatório, Feitoza (2009, p. 742) aponta que esta é dúplice: 1) é meio de prova, pois para a lei o procedimento está inserido no capítulo que trata da prova; 2) é meio de defesa, que para a doutrina e a jurisprudência, também é ato de defesa. Ou seja, o interrogatório é meio de prova e oportunidade de defesa do acusado. Entretanto, Feitoza (2009) observa que o interrogatório não é apenas meio de defesa, pois se assim fosse o juiz iniciaria o mesmo, e deixaria que o acusado fizesse a exposição que desejasse (p. 742). Assim sendo, como também é

16 15 entendido como meio de prova para a lei, o juiz deve conduzir as perguntas e a narrativa do acusado, segundo os critérios do Código de Processo Penal. Art Após proceder o interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. Nucci (2010) defende a última posição, pois como se pode entender, o interrogatório é, fundamentalmente, um meio de defesa, e a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 assegura ao acusado o direito ao silêncio. Entretanto, [...] caso opte por falar, abrindo mão do direito ao silêncio, seja lá o que disser, constitui meio de prova inequívoco, pois o magistrado poderá levar em consideração suas declarações para condená-lo ou absolvê-lo (p. 418). No entendimento de Bonfim (2007, p. 319), a natureza do interrogatório apresenta três posições: 1) é meio de prova, fornecendo ao juiz elementos de convicção; 2) é meio de defesa, pois nele o acusado expõe sua versão dos fatos, contestando a acusação (constitui fonte de prova); 3) tem natureza mista, é meio de defesa e também meio de prova, porquanto, ao expor suas alegações, estará o acusado fornecendo elementos que influirão na apuração da verdade. Também Avena (2010, p ) aponta que até o advento da Lei n /2003 existiam somente três posições acerca da natureza jurídica do interrogatório: 1) é meio de prova; 2) é meio de defesa; 3) é meio de prova e meio de defesa. Porém, Nucci (2010, p. 417) leciona que há quatro posições dos doutrinadores a respeito do interrogatório do acusado: 1) é meio de prova, fundamentalmente; 2) é meio de defesa (em segundo plano como fonte de prova); 3) é meio de prova e de defesa; 4) é meio de defesa, primordialmente (em segundo plano é meio de prova). Neste sentido, Mirabete (2006) observa que a Lei n /2003 não descaracterizou o interrogatório como meio de prova e ato de defesa. As modificações introduzidas no Código de Processo Penal objetivam o aperfeiçoamento do ato em sua dúplice natureza, embora com ênfase na perspectiva da defesa (p. 272). Para Avena (2010, p. 558), ingressando em vigor a Lei citada acima, consolidou-se o entendimento de que o interrogatório, embora não tenha perdido

17 16 sua natureza de meio de prova, assume, predominantemente, a condição de meio de defesa, coerente com o que já sinalava a Constituição da República Federativa do Brasil de Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...]; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; Este dispositivo garante ao acusado o direito de permanecer calado, como também as alterações introduzidas ao Capítulo III do Título VII do Código de Processo Penal, no sentido de tornar obrigatória a presença de defensor e facultar ao acusado o direito de entrevista prévia e reservada com seu advogado. Entretanto, Fioreze (2009, p. 110) observa que há discussão se o interrogatório é meio de defesa ou meio de prova. Para a autora: O cerne da questão reside em questões de política processual, o que cada legislador quis imprimir a esse procedimento, pois o mesmo pode se destinar às duas funções. Sobre isso Mirabete (2006, p. 272) aponta que é preciso considerar que, perante a nossa legislação, o interrogatório do acusado é meio de prova. O autor aponta que os estudiosos defendem que, como se pode observar agudamente na doutrina, não se pode ignorar que é ele, também, ato de defesa, pois não há dúvida que o réu pode dele valer-se para se defender da acusação, apresentando álibi, dando a sua versão dos fatos (2006, p. 272). Conforme afirma Tourinho Filho (1999, p ), com fundamento na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e na legislação comparada, o interrogatório não é meio de prova e sim de defesa. Portanto, esse caráter misto, de que o interrogatório é meio de prova e oportunidade de defesa do acusado, está afirmado pela doutrina. Compartilhando deste entendimento, Tornaghi (1997, p. 359) alega que: [...] o interrogatório, pois na lei é meio de prova. O fato de ser assim não significa que o acusado não possa valer-se dele para se defender; é uma excelente oportunidade para fazer alegações defensivas [...]. O objetivo do interrogatório é provar, a favor ou contra, embora dele possa aproveitar para defender-se.

18 17 Na mesma linha de pensamento, Marques (1997, p. 299) afirma que o interrogatório do acusado é: [...] fonte de convicção das mais relevantes, pelos indícios que dele surgem e emergem; esse meio de prova nada tem de condenável ou iníquo [...] ao interrogar o acusado, pois busca-se obter a confissão do crime de que a ele é imputado. O inocente negará a imputação e poderá fazê-lo com absoluto êxito porque nenhum crime praticou. Ao culpado a situação se apresentará mais difícil, porque a sua negativa mentirosa o obriga a rodeios e ginásticas de dialética que acabarão por deixar vestígios e contradições que se constituirão em indícios e provas circunstanciais de real valor para o veredicto final dos órgãos jurisdicionais. Portanto, o interrogatório como meio de defesa tem como fundamento a possibilidade da ampla defesa. O acusado pode apresentar a sua versão dos fatos imputados contra ele, podendo inclusive indicar meios de provas ou até mesmo manter-se em silêncio. Salienta Debs (2002) que aqueles que têm reconhecido o interrogatório como meio de defesa, o fazem por ver nesse ato a manifestação de um dos momentos do direito de ampla defesa, qual seja, o direito de autodefesa, na forma de direito de audiência. Completamente favorável ao fundamento que considera o procedimento do interrogatório do acusado como sendo meio de defesa, afirma Rosa (1982, p. 296): [...] mediante ele pode o acusado expor antecedentes que justifiquem ou atenuem o crime, opor exceções contra as testemunhas e indicar fatos ou provas que estabeleçam sua inocência. Então ele é o próprio advogado de si mesmo, é a natureza que pugna pela conservação de sua liberdade e vida, que fala perante juízes que observam seus gestos e emoções. Rebatendo os argumentos daqueles que acreditam ser o interrogatório apenas um meio de prova, e tendo como base o Direito Constitucional do acusado em manter-se em silêncio, expressa-se Tourinho Filho (1999, p. 240) da seguinte forma: [...] sempre pensamos, em face da sua posição topográfica, fosse o interrogatório, também, meio de prova. E, como tal, era e é considerado. Meditando sobre o assunto principalmente agora que a

19 18 Constituição de 1988, no art. 5º, LXIII, reconheceu o direito do silêncio, chegamos à conclusão de ser ele, apenas, um meio de defesa. Embora o juiz possa formular perguntas que lhe parecerem oportunas e úteis, transformando o ato numa oportunidade para a obtenção de provas, o certo é que esta Constituição consagrou o direito ao silêncio. Por último, frente a um entendimento majoritário, o interrogatório como meio de prova e como meio de defesa tem um caráter híbrido, explica Fioreze (2009, p. 111): [...] como o caráter híbrido do interrogatório se justifica, pois quando o acusado exerce a sua autodefesa, narrando a sua visão do ocorrido e indicando as provas que deseja produzir, o magistrado poderá buscar elementos para apuração da verdade. Não muito diferente, Mirabete (2006, p. 272) afirma que mesmo quando o acusado se defende no interrogatório, não deixa de apresentar ao julgador os elementos que podem ser utilizados na apuração da verdade. Alega, ainda, Mossim (1998, p. 235) que: [...] independentemente da colocação topográfica o instituto do interrogatório no Código de Processo Penal, a verdade imutável verte no sentido de que o juiz pode com base nele decidir a lide, principalmente contra o réu quando ocorre a confissão. Ora, a confissão não é elemento estranho ao interrogatório, mas nele integrada, elevando-se quase sempre a elemento de prova capaz de permitir ao magistrado o acolhimento do pedido condenatório; da mesma forma que o está sua negativa quanto à prática delitiva. Portanto, sem qualquer dúvida, por mais remota que seja, o interrogatório, além de meio de defesa, constitui-se em considerável meio probatório. Assim sendo, tendo em vista a dupla natureza do interrogatório, o juiz faz as perguntas estabelecidas em lei e outras que entender cabíveis, para que possa se aproximar da verdade real dos fatos, formando assim, o seu convencimento; é este o momento para que possa obter a confissão, possuindo esta um valor probante indiscutível (FIOREZE, 2009, p. 110). O acusado tem a oportunidade de apresentar suas alegações, independente de perguntas judiciais (FEITOSA, 2009, p. 742). Isto é, a prática da autodefesa permite ao acusado negar no todo ou em parte a acusação, indicar meios de provas para defender-se, ou até mesmo

20 19 permanecer em silêncio, sem que haja prejuízo de sua defesa (BEZERRA, s/d.). Neste sentido, o Código de Processo Penal assim dispõe: Art Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. Art Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em parte, poderá prestar esclarecimentos e indicar provas. Desse modo, vê-se a tendência de considerar o procedimento do interrogatório tanto como meio de defesa, pois permite ao acusado alegar a sua versão sobre os fatos, apresentar meios de provas, ou ficar em silêncio, quanto como meio de prova, permitindo ao magistrado utilizar-se do mesmo para descobrir a verdade real, Neste sentido, no Processo Penal o que se extrai do interrogatório do acusado serve como meio de prova, pois está assim disposto no Código de Processo Penal: Art O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. Conforme este dispositivo, neste momento o juiz poderá utilizar-se das declarações oferecidas pelo acusado para a formação de sua convicção sobre a verdade real dos fatos. O Código de Processo Penal prevê, em fortalecimento do interrogatório como meio de defesa, a necessidade da presença ao ato de advogado, constituído ou nomeado (art. 185, caput); o direito do acusado com seu defensor, antes do início do interrogatório (art. 185, 2º); que o silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa (art. 186, parágrafo único). Entretanto, a intenção do legislador também é de aproveitar o ato do interrogatório como meio de prova. Assim, o julgador pode livremente fazer perguntas ao acusado, no intuito de esclarecer os fatos, na busca da verdade real, e

21 20 então firmar seu convencimento com base nestas afirmações, embasando nelas as suas convicções. Desse modo, é o interrogatório uma das melhores oportunidades para se obter a confissão do acusado, possuindo esta um valor probante indiscutível (FIOREZE, 2009, p.110). 1.3 CARACTERÍSTICAS DO INTERROGATÓRIO Segundo Feitoza (2009, p. 742), o interrogatório tem como características ser um ato processual personalíssimo, pois somente o réu pode ser interrogado, contraditável; oral; e realizável a qualquer momento antes do trânsito em julgado da sentença. Acrescenta Bonfim (2007, p. 320) que o interrogatório é ato público. Neste sentido, Mirabete (2006, p.274) leciona que o ato público como característica do interrogatório, gozando o acusado de liberdade e da garantia de que não se praticará extorsão das confissões. Aranha (1994, p. 72) aponta uma das características do interrogatório é pessoalidade. É ato personalismo porque só o acusado pode ser interrogado. Este deve comparecer pessoalmente perante o seu interrogante, não podendo, em hipótese alguma, se fazer representar por outra pessoa, por mais próxima que possa ser ou por mais que conheça os fatos. Tourinho Filho (1999, p. 255) aponta a característica judicialidade, na qual cabe ao juiz, e só a ele, interrogar o acusado. Sobre isto, Bonfim (2007, p. 134) aponta que esta característica deixou de existir (CPP, art. 188 supracitado). A característica oralidade é citada por Tornaghi (1997, p. 362), que diz se o interrogatório deve ser pessoal, deve mais ainda ser oral; o principal meio de comunicação ainda é a fala [...]. Avena (2010, p ) leciona que o interrogatório do acusado em ainda as seguintes características: obrigatoriedade, que é a oportunidade de que dispõe o acusado de informar ao juízo sua versão quanto aos fatos, em verdadeiro exercício de autodefesa, o aprazamento do interrogatório no curso do processo penal é imprescindível, sob pena de nulidade processual (CPP, art. 564, III); ato personalíssimo do imputado, pois se o acusado não possuir condições mentais para

22 21 ser interrogado é preciso distinguir duas hipóteses: as hipóteses são a incapacidade sobreveio à prática da infração penal, e a incapacidade mental do acusado preexistia ao tempo da infração penal ; oralidade, normatizada pelo Código de Processo Penal (art. 192 e art. 193); individualidade, pois não é permitido o interrogatório conjunto, se existirem dois ou mais acusados no mesmo processo (CPP, art. 191); isso é importante para que juiz possa identificar versões contraditórias e, assim, podendo o magistrado acareá-los, prova esta que restaria sem nenhuma eficácia caso um dos interrogados tivesse assistido a versão do outro; faculdade de perguntas pela acusação e defesa, é contemplado às partes a faculdade de realizarem questionamentos ao acusado (CPP, art. 188). Capez (2007, p. 329) acrescenta mais algumas características: ato privativo do juiz, pois somente o juiz pode interrogar o acusado, sendo vedado ao defensor e ao Ministério Público, quando este se fizer presente, interferirem no ato ; o Código de Processo Penal, em seu art. 188, prevê a formulação de reperguntas para esclarecimento se isso for necessário; ato preculsivo, pois o interrogatório não preclui, podendo ser realizado a qualquer momento, dada a sua natureza de meio de defesa (CPP, art. 196). Deve-se ressaltar que a Lei n /2003 estabeleceu, também, ao acusado a possibilidade de confessar, negar, silenciar ou mentir (CPP, art. 186, Parágrafo único supracitado), em conformidade com a Constituição da República de 1988, em seu art. 5º, LXIII (supracitado). Por fim, Gomes e Piovesan (2000, p. 239) apontam a característica publicidade, a qual ressalta que o interrogatório é audiência pública, como os demais atos processuais; decorre da garantia do processo público. 1.4 MOMENTO PROCESSUAL DO INTERROGATÓRIO Ao se referir sobre o momento processual adequado para a realização do interrogatório, Nucci (2009, p ) observa que debate-se em doutrina se o momento mais adequado para o juiz ouvir o réu deveria ser o início ou o final da instrução; vale dizer, a primeira inquirição a ser feita ou a última.

23 22 Sobre isso Feitoza (2009, p. 742) aponta que o acusado, de modo geral, será interrogado apenas no final da instrução criminal, tanto no procedimento comum, seja o rito ordinário ou sumário (CPP, art. 400 e art. 531), quanto no procedimento de competência do tribunal do júri (CPP, art. 474, caput). Essa é, a partir da vigência da Lei n /2008, a regra geral no processo penal, tendo em vista a aplicação subsidiária do procedimento comum (no qual se incluem os procedimentos ordinário e sumário) a quaisquer procedimentos (art. 394, 2º). O interrogatório para Feitoza (2009, p. 743) é, por conseguinte, reforçado como meio de defesa: A oitiva do réu em processo de julgamento ou réu julgado antes (ou no início) da instrução criminal parte do pressuposto de que ele é culpado, possibilitando que seja utilizado mais para obter elementos incriminadores de orientação da instrução criminal do que para defendê-lo. Assim sendo, se interrogado no final da instrução, o acusado poderá ter ciência de todas as provas produzidas e, desse modo, melhor defender-se, com o que se confere efetividade ao princípio constitucional da ampla defesa (FEITOSA, 2009, p. 744). Sobre o momento processual, o Código de Processo Penal o fixa para que o interrogatório possa ser realizado. - no inquérito policial: art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: [...]; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por 2 (duas) testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura (NUCCI, 2009, p grifo nosso). - no auto de prisão em flagrante: art Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando a autoridade, afinal, o auto (NUCCI, 2009, p grifo nosso);

24 23 - após o recebimento da denúncia ou queixa crime: art Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, á inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado (NUCCI, 2009, p grifo nosso); - na instrução preliminar dos processos de competência do Tribunal do Júri: art Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendose o debate ; e na Instrução do plenário do júri - art Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação ; e art A seguir será o acusado interrogado, se estiver presente, na forma estabelecida no Capítulo III, do Título VII do Livro I deste Código, com as alterações introduzidas nesta Seção (NUCCI, 2009, p e 807 a grifo nosso). - nos tribunais, nos processos originários de sua competência ou no curso de apelação: art No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder o ovo interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras diligências (NUCCI, 2009, p grifo nosso). Além dos momentos citados, o Código de Processo Penal (art. 196 supracitado) autoriza que se o juiz achar necessário novo interrogatório, isso poderá ocorrer no intuito de dar melhores esclarecimentos dos fatos.

25 24 Por fim, Nucci (2009, p ) observa que a ausência do interrogatório no curso do processo, em qualquer momento que a lei o exija, gerará a nulidade do ato processual, conforme dispõe o Código de Processo Penal. Art A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: [...] III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: [...] e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; Todavia, quando trata-se da Lei n /2006 (Lei de Tóxicos), não se aplicam as alterações trazidas pela Lei n /2008, sendo o interrogatório o primeiro ato a ser realizado na instrução. Com relação a isso, afirma Gomes e Donati (2009) que o art. 400 do CPP não se aplica para as leis especiais, assim, o interrogatório na lei de drogas vem em primeiro lugar. Assim sendo, se deve, pois, seguir o rito estabelecido em lei. A alteração trazida pela Lei n /2008 e Lei n /2008 passou o interrogatório para o último ato da instrução no procedimento comum (ordinário, sumário e sumaríssimo) e no procedimento do júri (NUCCI, 2009, p. 406), com exceção à Lei de Tóxicos onde o interrogatório continua a ser o primeiro ato da instrução criminal. 1.5 ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS DA VIDEOCONFERÊNCIA Videoconferência, segundo a União Internacional de Telecomunicações, é um serviço de teleconferência audiovisual de conversação interativa que prevê uma troca bidirecional e em tempo real, de sinais de áudio (voz) e vídeo (imagem), entre grupos de usuários em dois ou mais locais distintos (MORAES FILHO e PEREZ, 2003, p ). Conceituando videoconferência, Fioreze (2009, p. 56) aponta que é a comunicação interativa nos dois sentidos, utilizando áudio e vídeo. A videoconferência facilita a comunicação entre as pessoas, viabilizando uma interação rápida, fácil, e dinâmica, pois tem por objetivo colocar em contato, através de um sistema de vídeo e áudio, duas ou mais pessoas separadas geograficamente

26 25 (FIOREZE, 2009, p. 56). O serviço existe desde os anos 70 e, atualmente, com o uso de novas tecnologias digitais e à oferta universal de linhas adequadas para sua implementação pelas companhias telefônicas, pode-se observar o seu desenvolvimento (p. 56). No Direito Comparado, Fioreze (2009), Bezerra (2009) e Aras (2005) apontam que esta tecnologia já vem sendo utilizada em outros países como, por exemplo, os Estados Unidos, desde 1983; o Reino Unido, em 2003; a Espanha; a Itália; a Austrália; o Canadá, em 1998; a Índia; o Chile; a Suíça; a Holanda; em Cingapura, em 2003; em Portugal, em 2002, o Timor Leste; e a França, em Quanto aos tratados e convenções internacionais, a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (Convenção de Mérida), de 2003, dispõe expressamente o uso da videoconferência para coletar depoimentos de acusados colaboradores, vítimas, testemunhas, peritos, e para a produção de prova, em procedimentos de cooperação jurídica internacional, conforme art. 32, 2º, b e art. 46, 18 (FIOREZE, Também a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional (Convenção de Palermo), de 2003, também prevê a utilização de videoconferência em hipótese semelhante, conforme o art. 24, 2º, b (FIOREZE, 2009). No Brasil, o primeiro interrogatório por videoconferência ocorreu na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, em 27 de agosto de 1996, onde o magistrado Dr. Edison Aparecido Brandão utilizou-se de recursos de áudio e vídeo em tempo real para a oitiva do acusado que se encontrava em estabelecimento prisional. Foi garantido ao preso o acompanhamento de dois defensores, um na sala onde foi realizada a transmissão, e outro no fórum junto ao magistrado. Ainda no ano de 1996, ocorreu outro interrogatório à distância, que foi realizado pelo juiz Dr. Luiz Flávio Gomes da 26ª Vara Criminal da Capital paulista. (FIOREZE, 2009, p. 116) Estes depoimentos, na época, foram tomados com o uso de um sistema rudimentar, em decorrência da falta de recursos tecnológicos suficientes para se fazer uma videoconferência. Diante disso, foram tecidas inúmeras críticas quanto à realização dos interrogatórios à distância, principalmente pelo fato de, na época, não existir legislação que regulamentasse tal procedimento (FIOREZE, 2009, p ).

27 26 Posteriormente, em 17 de junho de 1999, o Deputado Luiz Antônio Fleury apresentou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei n , que modificava a redação dos arts. 6º, 10, 16, 23, 28, 185, 195, 366 e 414 do Código de Processo Penal. As alterações mudavam os critérios para a realização do inquérito policial e possibilitava a realização de interrogatórios e audiências à distância por meio telemático, através de um canal reservado de comunicação entre o acusado e seu defensor ou curador. (ARAS, 2004) Em apenso ao citado Projeto foi apresentado, pelo Deputado Proença, o Projeto de Lei n , em 23 de fevereiro de 2000, que salientava a importância que tal procedimento traria para o judiciário, no que diz respeito à celeridade dos processos, maior segurança oferecida pela videoconferência perante a sociedade e uma significativa redução nos gastos do erário. (BEZERRA, s/d) Em 24 de fevereiro de 2000, Germano Rigotto apresentou o Projeto de Lei n , que tinha por objetivo acrescentar um parágrafo ao art. 217 do Código de Processo Penal, com o intuito de permitir que testemunhas pudessem depor via televisão em caso de ameaças. (BEZERRA, s/d) Em 12 de julho de 2001, o Deputado Aldir Cabral, relator designado pela Comissão de Constituição e Justiça e Redação da Câmara, emitiu parecer pela aprovação, com substitutivo, do Projeto de Lei de autoria do Deputado Luiz Antônio Fleury (Projeto de Lei n /1999), e pela rejeição do Deputado Proença (Projeto de Lei n /2000). (BEZERRA, s/d) O Deputado Edson Gomes apresentou o Projeto de Lei n. 704/01, em 2001, que dispõe sobre a instalação de aparelhos de videoconferência para interrogatórios à distância dos presidiários. (BEZERRA,s/d) A partir daí, o Senador Romeo Jucá apresentou o Projeto de Lei n. 238, de 29 de setembro de 2002, que altera os arts. 185 e 792 e acrescenta o art. 217-A ao Código de Processo Penal, para dispor sobre a realização de interrogatório a distância e a utilização de meios de presença virtual do réu preso nas audiências de inquirição de testemunhas. (BEZERRA, s/d) Em 7 de novembro de 2002, o Senador Romeu Tuma apresentou o Projeto de Lei n. 248, que acrescenta um Parágrafo único ao art. 185 e 3º e ao art. 792 do Código de Processo Penal, para dispor sobre a realização de interrogatório a distância e a dispensa do comparecimento físico do acusado e das testemunhas nas

28 27 audiências, mediante a utilização de recursos tecnológicos de presença virtual. (BEZERRA, s/d) A Medida Provisória n. 28, de 4 de fevereiro de 2002, autorizou o uso de equipamentos que permitiam o interrogatório e a inquirição de presidiários pela autoridade judiciária, bem como a prática de outros atos processuais, de modo a dispensar o transporte dos presos para fora do local de cumprimento da pena. (BEZERRA, s/d) Art. 6º. O estabelecimento penitenciário ou prisional poderá ter instalações e equipamentos que permitam o interrogatório e a inquirição de presidiários pela autoridade judiciária, bem como a prática de outros atos processuais, de modo a dispensar o transporte dos presos para fora do local de cumprimento de pena. O Projeto de Lei n , de 10 de junho de 2003, de autoria do Deputado Luiz Antônio Fleury, visa alterar o Código de Processo Penal, disciplinando o interrogatório de acusado pelo sistema de videoconferência e possibilita a realização de audiência sem sua presença nas hipóteses previstas. (BEZERRA, s/d) Dentro deste contexto, no Brasil, pode-se destacar a iniciativa dos juristas Luiz Flávio Gomes e Edison Aparecido Brandão, que realizaram os primeiros interrogatórios por sistema de videoconferência no ano de 1996, respectivamente na cidade de São Paulo e de Campinas. Sobre isso, Brandão (2004) ensina que recriminar pura e simplesmente a tecnologia, jamais ajudará a justiça a cumprir bem o seu papel no futuro. A partir daí, o Estado da Paraíba tornou-se o primeiro a regulamentar o interrogatório por sistema de videoconferência no País. O Tribunal de Justiça da Paraíba, em 2002, baixou a Portaria n , onde permitia aos juízes das Varas de Execuções Criminais de João Pessoa utilizar-se da tecnologia da teleaudiência para coletar depoimentos de acusados que estivessem aprisionados na penitenciária do Roger, prevendo o respeito a todos os direitos assegurados aos acusados e sentenciados pela Constituição da República Federativa do Brasil de (ARAS, 2004) O Estado da Paraíba, em 2001, também foi um dos Estados pioneiros na utilização do sistema por videoconferência para a ouvida do acusado, devido a alguns motivos determinantes na crise instalada entre a Secretaria de Justiça e Cidadania e o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambúco. (FIOREZE. 2009, p )

29 28 Outros Estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já vêm se utilizando, com sucesso, da tecnologia do sistema de videoconferência, também sempre observando as garantias constitucionais. (FIOREZE, 2009, p. 344) Segundo Feitoza (2009, p. 746), a videoconferência foi prevista pela primeira vez na legislação especificamente processual penal no art. 217 do Código de Processo Penal (com a redação dada pela Lei n /2008), como meio para oitiva de testemunhas e de ofendidos. Assim sendo, em nível internacional e nacional, os dados históricos sobre o sistema por videoconferência já demonstravam que garantir o acesso à justiça por parte do acusado significa, primordialmente no Processo Penal, a garantia dos direitos constitucionais. Neste sentido, Bonato (2003, p. 121) leciona que possibilitar ao acusado todos os meios de exercer as garantias fundamentais que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 lhe confere, tornando efetiva a sua defesa perante os órgãos estatais. Com esta visão, Pedrosa (2005, p. 74) entende o acesso à justiça [...] não como um mero protocolo judiciário aberto para receber petições. [...]. Isto é, o sentido de acesso à justiça deve ultrapassar a proposta instrumental para ser considerado como possibilidade real, concreta, material, de efetiva resposta e atuação do Poder Judiciário, para conceder a cada indivíduo tudo o que lhe é devido e exatamente o que lhe é devido (p. 74). Diante do exposto, apesar da viabilidade e da necessidade de se modernizar, como também agilizar o Poder Judiciário, ainda é possível constatar muitas posições contrárias e favoráveis dentro da doutrina e na jurisprudência, sendo que estas serão apontadas no item a seguir. 1.6 VIABILIDADE DO INTERROGATÓRIO ON LINE NO BRASIL Com o surgimento dos diversos meios eletrônicos e tecnologias presentes na sociedade moderna, o Poder Judiciário vem se utilizado destes instrumentos modernos na prática dos seus atos processuais com o intuito de dar maior celeridade aos seus processos, diminuindo a morosidade tanto reclamada pela

30 29 sociedade. Esta prática pode ser vista após a publicação da Lei n , de 12 de junho de 2001, em seu art. 14, 3º, que instituiu os Juizados Especiais Federais e criou a possibilidade de reunião virtual para as turmas de uniformização de jurisprudência daqueles juizados. Este dispositivo permite a realização de uma sessão de julgamento por sistema de videoconferência quando os juízes não estão presentes no mesmo local, evitando-se, assim, o dispendioso deslocamento dos magistrados de diversas unidades da federação ao local físico designado para a sessão. Pode-se notar, também, o incorporamento dos meios eletrônicos na esfera judicial, disposto na Lei n , de 19 de dezembro de 2006, que regulamenta a informatização do processo judicial. Dentro deste contexto, pode-se perceber a preocupação do legislador em dar maior celeridade aos atos processuais praticados pelo Poder Judiciário, utilizando-se das tecnologias disponíveis a seu favor. Entretanto, há uma grande resistência na implementação nos procedimentos criminais, principalmente em relação à coleta do interrogatório, de um sistema de videoconferência. Mas, inicialmente, há necessidade de se entender quais os recursos materiais necessários para o procedimento do interrogatório por sistema de videoconferência. Segundo Bezerra (s/d), no interrogatório on line, câmeras e recepção de áudio podem ser monitorados por controle remoto, identificando os presentes em cada sala. A conexão é via linha telefônica, com Redes ISDN (Integrated Services Digital Network) que formam uma conexão de 512 Kbps (quilobit por segundo). Fioreze (2009, p. 56) aponta que o sistema funciona como um canal de TV bidirecional (e é usado todo o tempo pelas emissoras) e proporciona uma grande naturalidade à colaboração entre essas pessoas. Um sistema de videoconferência de alta qualidade utiliza linhas digitais do tipo ISDN, que têm um número de discagem como qualquer outra linha e que transmite tipicamente em múltiplos de 64 kbits por segundo. É possível fazer uma videoconferência com modernos equipamentos, que funcionam com dois tipos de protocolos (ISDN e IP), como também, via satélite, dentre outros (FIOREZE, 2009, p. 56). Assim sendo, os principais recursos materiais são: câmera de vídeo (para

31 30 captação de imagens); microfones (para captação de áudio); TV ou telão (para acompanhar sons e imagens vindas do outro ponto); um Codec (codificador/decodificador dos sinais de sons e imagens de transmissão de um ponto para outro); modem (modulador/demodulador, que recebe os sinais digitais, transforma em sinais analógicos e os transmite para outro modem); conexão ISDN (adaptados NT ou outro meio de transmissão); interface usuária (controles automáticos, teclados, aparelho de fax, etc.); câmara de documentos (para scanear documentos e transmiti-los ao receptor). Sobre isso, Moraez e Peres (2003, p. 22) apontam que a ISDN transformou a videoconferência em um meio de comunicação privilegiado, tornando as comunicações rápidas, confiáveis, integradas, e econômicas. Há, no mercado, diversos tipos de softwares que podem ser utilizados numa sessão de videoconferência. Segundo sua aplicabilidade, os sistemas de videoconferência são classificados em sistemas de salas (Room System), sistemas set top e sistema Desktop (FIOREZE, 2009, p. 63). Por sua vez, os tipos de comunicação em videoconferência são: conexão ponto a ponto, conexão por difusão e conexão por difusão seletiva. Assim sendo, no universo da tecnologia de comunicação, o interrogatório on line surge facilitando a comunicação de longa distância utilizando não só o som, mas também as imagens em tempo real (BEZERRA, s/d.). Quanto às formas de utilização, Fioreze (2009, p ) aponta que pode ser estabelecida uma classificação dos tipos de intervenções processuais que podem ser realizadas por sistema de videoconferência. a) Teleinterrogatório: para tomada de declarações do indiciado ou suspeito, na fase policial, ou do acusado ou réu, na fase judicial; b) Teledepoimento: para a tomada de declarações de vítimas, testemunhas e peritos; c) Telerreconhecimento: para a realização de reconhecimento do suspeito ou do acusado, a distância, ato que hoje já se faz com o uso de meras fotografias; d) Telessustentação: ou sustentação oral a distância, perante tribunais, por advogados, defensores e membros do Ministério Público; e) Telecomparecimento: mediante o qual as partes ou seus advogados e os membros do Ministério Público acompanham os atos processuais a distância, neles intervindo quando necessário; f) Telessessão: reunião virtual de juízes integrantes de tribunais, Turmas Recursais ou Turmas de Uniformização de Jurisprudência;

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