PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM ADMINISTRAÇÃO (PMDA-UP) SEMINÁRIOS DE DISSERTAÇÃO PLANO DE ENSINO

Transcrição

1 PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM ADMINISTRAÇÃO (PMDA-UP) SEMINÁRIOS DE DISSERTAÇÃO PLANO DE ENSINO I. OBJETIVOS A disciplina possui como objetivo geral promover o desenvolvimento dos projetos de dissertação de mestrado a partir de apresentações realizadas por seus respectivos autores durante o processo de elaboração. Durante o período, pretende-se, por meio de debates estimulados entre os integrantes da turma, promover a reflexão sobre a pesquisa a que estão se dedicando, bem como estimular a troca de experiências e conhecimento. II. EMENTA Bases ontológicas e epistemológicas na pesquisa em Administração. Relevância e rigor na pesquisa em Administração. Concatenação entre teoria e método na pesquisa em Administração. Ética na pesquisa em Administração. III. DINÂMICA METODOLÓGICA Exposições dialogadas entre docente(s) e discentes, apresentações e debates. Destaca-se a relevância da interação e da troca de ideias entre os discentes participantes da disciplina, tendo em mente os temas discutidos a cada encontro, havendo espaço também para o resgate de conteúdos (previamente ou paralelamente) contemplados em outras disciplinas, quando válidos de menção e abordagem. Dentre as atividades previstas de serem demandadas aos discentes, listam-se: IV. AVALIAÇÃO 3.1. Leituras e participação nos debates: para as aulas onde houver leitura de cunho obrigatório, os discentes, individualmente, discorrerão acerca da leitura indicada no plano de ensino. A participação nos debates é critério de avaliação e dela depende a qualidade da aula Apresentações dos projetos de dissertação: Conforme calendário definido no primeiro encontro, cada discente deverá apresentar as respectivas partes dos seus projetos de dissertação, de acordo com o conteúdo demandado, a fim de manter ativo o desenvolvimento do seu projeto. Espera-se, nas apresentações, que se possa: (i) promover questionamentos que incentivem o debate e reflexão em sala entre os integrantes do grupo; e, (ii) indicar outros trabalhos de natureza teórico-empírica sobre os respectivos temas dos projetos em questão. Instruções mais detalhadas serão informadas no decorrer do curso. 1

2 O programa será desenvolvido com base nas apresentações dos projetos de dissertação, incluindo, necessariamente, questionamentos por parte do professor e dos colegas de turma, voluntários ou escolhidos. Cada discente deverá apresentar seu projeto de dissertação em duas oportunidades no decorrer da disciplina. Na primeira apresentação, será dado destaque aos aspectos teóricos e conceituais do projeto. Já na segunda, além dos demais itens apresentados, o(a) discente deve apresentar as definições constitutivas e operacionais das variáveis/categorias da pesquisa e a metodologia a ser adotada para se atingir o objetivo proposto. A leitura e conhecimento prévio dos projetos de todos os participantes da disciplina a serem apresentados serão considerados requisitos para a avaliação da participação. A interação e a troca de ideias entre os participantes da disciplina são consideradas especialmente importantes. A avaliação será realizada com base nos seguintes elementos: 4.1. presença às aulas e apresentação do projeto de dissertação nas aulas indicadas; 4.2. qualidade dos pareceres de avaliação dos projetos apresentados aos colegas; 4.3. grau de aprimoramento do projeto na comparação entre a primeira e segunda versão apresentadas, atendendo às críticas e sugestões recebidas na primeira série de apresentações e consultando professores orientadores, para que na segunda rodada sejam apresentadas e justificadas as escolhas realizadas na construção do projeto, além de considerar vantagens e limites da nova formulação. Discentes deverão providenciar a leitura prévia dos projetos indicados para a respectiva aula, emitindo parecer aos colegas. Para que isso seja possível, o mestrando deverá disponibilizar eletronicamente cópia de seu projeto ao professor e colegas de sala nas datas agendadas para entrega de trabalhos. O conceito 'A' é atribuído inicialmente a todos(as) os(as) discentes. Contudo, sua manutenção fica condicionada às seguintes situações: Em síntese: presença em pelo menos dois encontros de cada rodada de apresentação de projetos, além da primeira aula; conhecimento e contribuições ao desenvolvimento dos projetos apresentados; clara melhora do projeto na comparação entre a primeira e segunda versão apresentadas. Entende-se por 'clara melhora' o empenho de cada discente em considerar as críticas e sugestões na primeira série de apresentações, consultando seus respectivos professores orientadores, para que na segunda rodada sejam apresentadas e justificadas as escolhas realizadas na construção do projeto, além de considerar vantagens e limites da nova formulação. 2

3 A Clara melhoria da apresentação 1 para 2 e contribuição ao demais B Clara melhoria da apresentação 1 para 2 e conhecimento dos demais trabalhos C Clara melhoria da apresentação 1 para 2 Para estimular o debate, a turma será dividida em grupos, cada qual responsável pela arguição de um dos projetos de cada data agendada, por meio da presença de um ou mais de seus representantes presentes nas aulas. V. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. ALASUUTARI, P.; BICKMAN, L.; BRANNEN, J. (Ed.). The SAGE handbook of social research methods. 1. ed. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, BUCHANAN, D. A.; BRYMAN, A. (Ed.). The SAGE handbook of organizational research methods. 1. ed. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em Administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, DEMO, P. Introdução à metodologia da ciencia. 2. ed. São Paulo: Atlas, DEMO, P. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, RAGIN, C. C.; AMOROSO, L. M. Constructing social research: the unity and diversity of method. 2. ed. London: Sage Publications, VI. BIBLIOGRAFIA GERAL (NÃO EXAUSTIVA) 1. ADLER, P. S. (Ed.). The Oxford handbook of sociology and organization studies: classical foundations. 1. ed. England: Oxford University Press, ARAÚJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. 3. ed. rev. Curitiba: Editora da UFPR, ARAÚJO, I. L. Curso de teoria do conhecimento e epistemologia. Barueri: Minha Editora, AVENIER, M. J.; CAJAIBA, P. The dialogical model: developing academic knowledge for theory and from practice. European Management Review, v. 9, n. 4, p , BABBIE, E. The practice of social research. Belmont: Cengage, BARRY, D.; HANSEN, H. (Ed.). The SAGE handbook of new approaches in management and organization. 1. ed. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, BECKER, H. Métodos de pesquisa em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Hucitec, BRYMAN, A. Research methods and organization studies. London: Routledge, BRYMAN, A. Quantity and quality in social research. London: Routledge,

4 10. BRYMAN, A.; BELL, E. Business research methods. 3. ed. England: Oxford University Press, BURREL, G.; MORGAN, G. Sociological paradigms and organizational analysis: elements of the sociology of corporate life. Heineman, London, CASSELL, C.; LEE, B. Challenges and controversies in management research. London: Routledge, CLEGG, S.; HARDY, C.; NORD, W. (Org.). Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1997 (v. 1), 2001 (v. 2), 2004 (v. 3). 14. CLEGG, S. R.; HARDY, C.; LAWRENCE, T. B.; NORD, W. R. (Ed.). The SAGE handbook of organization studies. 2. ed. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, COOPER, D.; SCHINDLER, P. Business research methods. 12. ed. Boston: McGraw- Hill/Irwin, CORBETTA, P. Social research: theory, methods and techniques. London: Sage, CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, ECO, U. Como se faz uma tese. 21. ed. São Paulo: Perspectiva, GERGEN, K. J. Everyday understanding. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, GIDDENS, A. New rules of sociological method. 2. ed. California: Polity Press, HEDSTROM, P. Dissecting the social. New York: Cambridge University Press, HESSEN, J. Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, JARVIE, I. C.; ZAMORA-BONILLA, J. (Ed.). The SAGE handbook of the philosophy of social sciences. 1. ed. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, MERTON, R. K. On social science and science. Chicago: University of Chicago Press, MORGAN, G. (Ed.). Beyond method: strategies for social research. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, OUTHWAITE, W.; TURNER, S. P. (Ed.). The SAGE handbook of social science methodology. 1. ed. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix e Editora da USP, RAGIN, C. C.; BECKER, H. S. (Ed.). What is a case? Exploring the foundations of social inquiry. 1. ed. Cambridge: Cambridge University Press, STINCHCOMBE, A. L. The logic of social research. Chicago: The University of Chicago Press,

5 31. TSOUKAS, H.; KNUDSEN, C. (Ed.). The Oxford handbook of organization theory. England: Oxford University Press, WEBER, M. Metodologia das ciências sociais (Parte 1). 2ª ed. São Paulo: Cortez; Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, WEBER, M. Metodologia das ciências sociais (Parte 2). São Paulo: Cortez; Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, WILLIAMS, M.; VOGT, W. P. (Ed.). The SAGE handbook of innovation in social research methods. 1. ed. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, WITZEL, M.; WARNER, M. (Ed.). The Oxford handbook of management theorists. 1. ed. England: Oxford University Press, VII. ARTIGOS 1. ABRAHAMSON, E. 22 Things I hate: mini rants on management research. Journal of Management Inquiry, v. 17, n. 4, p , ALVESSON, M.; SANDBERG, J. Generating research questions through problematization. Academy of Management Review, v. 36, n. 2, p , ASTLEY, W. G. Administrative science as socially constructed truth. Administrative Science Quarterly, v. 30, n. 4, p , BENTO, A. M., FERREIRA, M. R. D. A prática da pesquisa em ciência social: uma estratégia de decisão e ação. Revista de Administração Pública, v. 17, n. 4, p. 4-39, out./dez BRYMAN, A. Integrating quantitative and qualitative research: how is it done? Qualitative Research, v. 6, n. 1, p , BUCHANAN, D. A.; BRYMAN, A. Contextualizing methods choice in organizational research. Organizational Research Methods, v. 10, n. 3, p , CILLIERS, P. Why we cannot know complex things completely. Emergence, v. 4, n. 1/2, p , COLYAR, J. Becoming writing, becoming writers. Qualitative Inquiry, v. 15, n. 2, p , DEMO, P. Teoria para que? GESTÃO.Org: Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, v. 3, n. 2, p , DIMAGGIO, P. J. Comments on "What Theory is Not". Administrative Science Quarterly, v. 40, n. 3, p , DOWNEY, H. K.; IRELAND, R. D. Quantitative versus qualitative: environmental assessment in organizational studies. Administrative Science Quarterly, v. 24, p , December FAY, B.; MOON, J. D. What would an adequate philosophy of social science look like? Philosophy of the Social Sciences, v. 7, n. 3, p , FERNANDES, J. A. L.; LOPES, F. D; FILHO, R. B. As dificuldades na construção do tema e do problema em dissertações de mestrado: um estudo de caso em um curso de 5

6 pós-graduação em administração. In: ENCONTRO DE ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE, 1, 2007, Recife. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, CD-ROM. 14. FINLEY, S.; KNOWLES, J. G. Researcher as artist/artist as researcher. Qualitative Inquiry, v. 1, n. 1, p , FREITAS, M. E. Viver a tese é preciso! Reflexões sobre as aventuras e desventuras da vida acadêmica. Revista de Administração de Empresas, v. 42, n. 1, p , GRIX, J. Introducing students to the generic terminology of social research. Politics, v. 22, n. 3, p , GUETZKOW, J.; LAMONT, M.; MALLARD, G. What is originality in the Humanities and the Social Sciences? American Sociological Review, v. 69, p , April JICK, T. D. Mixing qualitative and quantitative methods: triangulation in action. Administrative Science Quarterly, v. 24, p , December JOGULU, U. D.; PANSIRI, J. Mixed methods: a research design for management doctoral dissertations. Management Research Review, v. 34, n. 6, p , LEE, B.; CASSELL, C. Research methods and research practice: history, themes and topics. International Journal of Management Reviews, v. 15, n. 2, p , LEITE, N. R. P.; KNIESS, C. T.; RODRIGUES, A. C. A.; MACCARI, E. A. A ética na produção, orientação, submissão, avaliação e publicação científicas: quem assume a responsabilidade? In: ENCONTRO DE ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE, 3, 2011, João Pessoa. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, CD- ROM. 22. LINDEN, A. I.; BITENCOURT, C. C.; SOUZA, Y. S. A ética nas pesquisas em administração. In: ENCONTRO DE ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE, 4, 2013, Brasília. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, CD-ROM. 23. MANNING, K. Authenticity in constructivist inquiry: methodological considerations without prescription. Qualitative Inquiry, v. 3, n. 1, p , MANTERE, S.; KETOKIVI, M. Reasoning in organization science. Academy of Management Review, v. 38, n. 1, p , MARSH, D.; FURLONG, P. A skin, not a sweater: ontology and epistemology in Political Science. In: MARSH, D.; STOKER, G. (Ed.). Theory and methods in political science. New York: Pallgrave McMillan, 2002, p MATTOS, P. L. C. L. "Os resultados desta pesquisa (qualitativa) não podem ser generalizados": pondo os pingos nos is de tal ressalva. Cadernos EBAPE.BR, v. 9, p , jul Edição especial. 27. MCKINLEY W.; MONE, M.; MOON, G. Determinantes e desenvolvimento de escolas na teoria organizacional. Revista de Administração de Empresas, v. 43, n. 3, p , O'REILLY, M.; PARKER, N. 'Unsatisfactory saturation': a critical exploration of the notion of saturated sample sizes in qualitative research. Qualitative Research, v. 13, n. 2, p , PARK, C. In other (people's) words: plagiarism by university students literature and lessons. Assessment & Evaluation in Higher Education, v. 28, n. 5, p ,

7 30. SANCHEZ, O. P.; INNARELLI, P. B. Desonestidade acadêmica, plágio e ética. GV Executivo, v. 11, n. 1, p , SERVA, M. Epistemologia e sociologia da ciência da Administração. Cadernos EBAPE.BR, v. 11, n. 4, p , SUTTON, R. I.; STAW, B. M. What theory is not. Administrative Science Quarterly, v. 40, n. 3, p , THIRY-CHERQUES, H. R. A validade da generalização. Cadernos EBAPE.BR, v. 7, n. 4, p , TSOUKAS, H.; CHIA, R. Introduction: why philosophy matters to organization theory. Research in the Sociology of Organizations Philosophy and Organization Theory (Emerald Book Series), v. 32, p. 1-21, VAN DE VEN, A. H. Nothing is quite so practical as a good theory. Academy of Management Review, v. 14, n. 4, p , VASCONCELOS, F. C. Editorial: relevância e rigor na academia. Revista de Administração de Empresas, v. 49, n. 1, p. 5, WHETTEN, D. A. What constitutes a theoretical contribution? Academy of Management Review, v. 14, n. 4, p , WHETTEN, D. A.; FELIN, T.; KING, B. G. The practice of theory borrowing in organizational studies: current issues and future decisions. Journal of Management, v. 35, n. 3, p , ZUNDEL, M.; KOKKALIS, P. Theorizing as engaged practice. Organization Studies, v. 31, n. 9&10, p ,