SIMULADO CESPE-UNB CEF-RJ (Nível Médio) 12/03/2010 PROF. ANTÔNIO CARLOS ALVES

Transcrição

1 SIMULADO CESPE-UNB PROF. ANTÔNIO CARLOS ALVES Texto para as questões 1 a 5 O Pitagorismo na Cultura Grega São muitas vezes os gregos acusados de haverem imposto um modelo ao mundo, de terem racionalizado de tal modo o mundo fenomênico, que o modelo, por eles construído, impôs-se como sendo a própria realidade. Nessa capacidade de ultrapassar fronteiras da aparência estaria, em suma, toda a razão do chamado milagre grego. E ainda se acrescenta que esse modelo foi apenas um ato de fé. Essa maneira dual de visualizar o mundo não surge com a filosofia grega. Esta apenas lhe deu novos contornos e novas justificações. Ela pertence a toda maneira religiosa e psicológica do grego considerar o mundo, sempre feito à imagem dos deuses, em que o mundo dos fenômenos copia ou participa da realidade superior do mundo das formas. Assim se pode estabelecer que o mais típico no pensamento grego é a visualização dos dois planos, o plano das idéias puras e imutáveis, eternas e ingeneradas, e o plano do mundo da aparência, do fenômeno, do mundo do devir, da constante mutação das coisas. É precisamente em Pitágoras que essa maneira de ver toma uma forma filosófica e torna-se o fundamento de toda a sua doutrina. Para muitos, é esse o grande mito grego, e, quando dele se afasta, a Grécia afunda-se nas formas viciosas da sofística e marca seu grand finale. Poder-se-ia dizer à imitação de Spengler, que toda a essência da cultura grega está na aceitação desse mito, suficiente para explicar sua arte, sua religião, sua filosofia, sua política, seus ideais e também o seu desfecho melancólico. SANTOS, Mário Ferreira dos. Pitágoras e o tema do número. São Paulo: IBRASA, 00, p Considerando os fatos morfossintáticos expressos no texto acima, assinale a opção correta. a) A forma verbal contida em surge (l. 12) não estabelece relações de concordância com Essa maneira dual (l. 11). b) A preposição com (l. 12) estabelece no texto valor complementar e indica relações de posse. c) A forma devir em mundo do devir (l. 23) equivale gramaticalmente à forma ver em maneira de ver, por ambas se tratarem de formas do infinitivo pessoal. d) O uso do acento indicativo de crase em à imitação de Spengler (l ) é proveniente da regência do verbo dizer (l.31). e) O verbo estar contido em está na aceitação (l. 33) está sem o seu característico complemento verbal. 2- Assinale a opção correta acerca dos fatos lingüísticos do texto. a) acusados (l.1) possui o mesmo papel morfossintático do que ocorre com um ato de fé (l. 9-). b) por eles construído (l.4) é uma oração reduzida de particípio e possui valor circunstancial dentro do contexto em que se insere. c) Nessa capacidade de ultrapassar fronteiras da aparência (l. 6) mostra um elemento de valor locativo e seu termo complementar. d) Em ainda se acrescenta (l.8-9), o se é forma de apassivamento de um sujeito determinado e, com isso, não dá ao texto um tom de impessoalização do discurso do autor. e) Em Assim se pode estabelecer (l.19), o verbo auxiliar demarca o sentido de algo hipotético, noção típica de sua conformidade condicional em outros contextos. 3- Assinale a opção incorreta no que se refere ao emprego das formas pronominais, das nominalizações e verbalizações e dos paralelismos diante da substituição dos termos do período Poder-se-ia dizer à imitação de Spengler, que toda a essência da cultura grega está na aceitação desse mito, suficiente para explicar sua arte, sua religião, sua filosofia, sua política, seus ideais e também o seu desfecho melancólico..(l ) a) Poderia ser dito, imitando Spengler, que toda a essência da cultura deles, dos gregos, está em aceitar desse mito, suficiente para explicá-los: sua arte, sua religião, sua filosofia, sua política, seus ideais e também seu desfecho melancólico.. b) Poderia dizer-se à imitação de Spengler, que toda a essência da cultura grega está na aceitação desse mito, suficiente para explicar a sua arte, a sua religião, a sua filosofia, a sua política, os seus ideais e também o seu desfecho melancólico.. c) Poder-se-ia dizer à imitação de Spengler, que toda a essência da cultura grega está no aceitar desse mito, suficiente ao explicá-los sua arte, sua religião, sua filosofia, sua política, seus ideais e também do seu desfecho melancólico.. d) Poder-se-ia dizer, à maneira de Spengler, que toda a essência da cultura dela, da Grécia, está em aceitar esse mito, fato suficiente para explicar sua arte, sua religião, sua filosofia, sua política, seus ideais e também o seu desfecho melancólico.. e) Poder-se pensar em dizer, ao imitar Spengler, que toda a essência da cultura grega está na aceitação desse mito, suficiente para a explicação de sua arte, sua religião, sua filosofia, sua política, seus ideais e também do seu desfecho melancólico.. 1

2 4- Com base no texto, julgue os itens a seguir. I- eternas e ingeneradas (l. 22)estão no mesmo plano morfossintático e semântico de puras e imutáveis (l. 21) pois que são a continuidade de uma enumeração. II- o mais típico (l. 19) significa denotativamente o mais freqüente. III- É precisamente (l. 25) equivale a É de modo preciso que não ocorre prejuízo semântico nem sintático para o período. IV- à imitação de (l. 31) equivale sintática e semanticamente a de acordo com o entendimento de. V- E ainda se acrescenta que esse modelo foi (l. 8-9) pode ser reescrito como E ainda se acrescenta o fato de essse modelo ter sido que não prejudica a correção gramatical nem o sentido do texto. O número de itens corretos é igual a: (a) 1 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (e) 5 5- Assinale a opção que apresenta um fragmento do texto com erro gramatical. a) Ela pertence a toda maneira religiosa e psicológica do grego considerar o mundo, sempre feito à imagem dos deuses, em que o mundo dos fenômenos copia ou participa da realidade superior do mundo das formas.. b) Para muitos, é esse o grande mito grego, e, quando dele se afasta, a Grécia afunda-se nas formas viciosas da sofística e marca seu grand finale.. c) E ainda se acrescenta que esse modelo foi apenas um ato de fé.. d) Essa maneira dual de visualizar o mundo não surge com a filosofia grega.. e) São muitas vezes os gregos acusados de haverem imposto um modelo ao mundo, de terem racionalizado de tal modo o mundo fenomênico, que o modelo, por eles construído, impôs-se como sendo a própria realidade Texto para as questões 6 a 8 Por intenção quero designar, aqui, o que usa um signo no pensamento. A intenção parece interpretar, dar a interpretação final; que não é mais um signo ou imagem, mas outra coisa, a coisa que não pode mais ser interpretada. Mas o que conseguimos é um termo psicológico, não lógico. Pense em uma linguagem de signos, uma linguagem abstrata, quero dizer, uma que nos seja estranha, na qual não nos sintamos em casa, na qual, como diríamos, não pensamos (usamos uma expressão similar antes) e imaginemos essa linguagem interpretada por uma tradução para como gostaríamos de dizer uma linguagem de imagens sem ambigüidades, uma linguagem consistindo em imagens pintadas sem perspectiva. Está bem claro que é muito mais fácil imaginar interpretações diferentes da linguagem escrita do que uma imagem pintada da maneira usual, retratando, digamos, um quarto com móveis normais. No caso, também estaremos inclinados a pensar que não há nenhuma possibilidade adicional de interpretação. Aqui poderíamos também dizer que não entramos na linguagem dos signos, mas entramos na imagem pintada. WITTGENSTEIN, Ludwig. A proposição e seu sentido. In.: Gramática Filosófica. São Paulo: Edições Loyola, 03, p Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho Por intenção quero designar, aqui, o que usa um signo no pensamento. altera o sentido ou afeta a correção gramatical do período. a) Sobre intenção, aqui, quero designar o que usa um signo no pensamento. b) Acerca de intenção, quero, aqui, designar o que usa um signo no pensamento. c) Aqui, quero designar o que usa por intenção um signo no pensamento. d) Quero, aqui, designar, para o sentido de intenção, o que usa um signo no pensamento. e) Quero, para entendermos intenção, designar aqui o que usa um signo no pensamento. 7- Considerando os aspectos lingüísticos do texto, marque a opção correta. a) Em Está bem claro que é muito mais fácil imaginar... (l ) há, nas duas primeiras orações, o mesmo fato morfossintático, considerando as relações com as orações subseqüentes. b) A oração que usa um signo no pensamento (l. 2) possui o mesmo valor morfossintático da que ocorre em que não entramos na linguagem dos signos (l ), haja vista o mesmo apelo semântico. 2

3 01 c) A vírgula depois de signos (l.8) pode ser substituída por travessão, desde que se insira também outro travessão logo após dizer (l. 9) que não altera a correção gramatical do período. d) Não é correta a retirada da partícula do em do que uma imagem pintada da maneira usual (l. -21), pois isso afetaria tanto a correção gramatical como a lógica do texto. e) O sujeito sintático e semântico de nos sintamos (l. ) e digamos (l. 21) é o mesmo. 8- Assinale a alternativa que apresenta um segmento do texto com erro gramatical no que diz respeito à pontuação. a) Está bem claro que é muito mais fácil imaginar interpretações diferentes da linguagem escrita do que uma imagem pintada da maneira usual, retratando, digamos, um quarto com móveis normais.. b) A intenção parece interpretar, dar a interpretação final; que não é mais um signo ou imagem, mas outra coisa, a coisa que não pode mais ser interpretada.. c) Pense em uma linguagem de signos, uma linguagem abstrata, quero dizer, uma que nos seja estranha, na qual não nos sintamos em casa.... d) Aqui poderíamos também dizer que não entramos na linguagem dos signos, mas entramos na imagem pintada.. e) Por intenção quero designar, aqui, o que usa um signo no pensamento.. Texto para as questões 9 e OPERAÇÃO TRANSPARÊNCIA COMBATE A CORRUPÇÃO DE SERVIDORES /12/09 Florianópolis/SC - Por iniciativa da Polícia Federal foi instaurado Inquérito Policial para apurar possível prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e advocacia administrativa, a qual foi acompanhada diretamente pela Procuradoria-Geral de Justiça de Santa Catarina. No ano de 08, durante investigações de corrupção por parte de servidores federais na região de Joinville/SC, foi detectada outra situação de corrupção com o envolvimento de servidores estaduais. No início deste ano, 09, foi instaurado um inquérito policial para apurar esta situação específica, resultando no indiciamento de sete pessoas: cinco servidores estaduais e dois empresários. Ontem, dia 09, foi entregue ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina o Inquérito, que corre sobre segredo de justiça. A Desembargadora Salete Somariva, relatora do caso, disse que somente analisará o pedido de quebra de sigilo após o oferecimento da denúncia. O Superintendente Ademar Stocker em coletiva à imprensa, hoje pela manhã, informou que houve pagamento por parte dos empresários à servidor a fim de se beneficiar em situação de fiscalização Acerca dos fatos morfossintáticos e semânticos, assinale a alternativa correta. a. A preposição Por (l. 1) introduz valor circunstancial de causa e equivale à locução A despeito de de mesmo valor semântico. b. O referente textual de foi instaurado (l. 2) é Polícia Federal (l. 1-2), não obstante a concordância se dê com Inquérito Policial (l. 12. c. Para efeito de maior clareza do leitor acerca do que trata o problema investigado e tendo em vista mostrar a localização e as pessoas envolvidas, o texto deveria ter colocado o segundo parágrafo no lugar do primeiro. d. dia 09 (l. ) desempenha a função de adjunto adverbial de tempo. e. O pronome relativo a qual (l. 5) se refere simultaneamente aos referentes corrupção (l. 3), violação (l. 4) e advocacia (l. 4). - A respeito dos fatos morfossemânticos do texto, marque a alternativa correta. a. Desrespeitam-se a correção gramatical e o sentido do texto a substituição de No ano de 08 (l. 7) por Há pouco em 08. b. Na locução verbal foi entregue (l. ), o verbo entregar é apenas de natureza transitiva indireta, haja vista a presença do complemento preposicionado ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (l. -16). c. O trecho...o Inquérito, que corre sobre segredo de justiça. (l ) está redigido dentro dos padrões prescritos pela gramática normativa e com a estrutura semântica bem construída. d....com o envolvimento dos servidores estaduais. (l. ) se relaciona sintática e semanticamente com outra situação (l. 9). e. Infere-se do texto que a situação de corrupção apresentada é algo que esteja acontecendo pela primeira vez. SIMULADO CESPE-UNB PROF. ANTÔNIO CARLOS ALVES GABARITO 01- E 02- C 03- D 04- B - A 06- C 07- A 08- B 09- C - D 3

4 SIMULADO CESPE-UNB COMENTÁRIOS SOBRE CADA ITEM. 1- E a) Está errado, porque o verbo surgir estabelece relações de concordância com o sujeito Essa maneira dual. b) Está errado, porquanto a preposição com não introduzir a ideia de posse, mas de origem. c) Está errado, já que, em mundo do devir, devir é um substantivo e ver, em maneira de ver, é um verbo. d) Está errado, visto que o uso do acento indicativo de crase em à imitação de Spengler é decorrente do fato de à imitação de ser uma locução prepositiva com palavra feminina na base. Não há relação de regência, nesses casos, com o verbo dizer. e) Está certo, porque o verbo estar, típico verbo de ligação, está sem o seu respectivo complemento verbal, o predicativo. 2- C a) Está errado, porquanto acusados é caso de verbo principal no particípio da locução verbal são acusados e um ato de fé é predicativo do sujeito do verbo ser, sob a forma foi. b) Está errado, já que por eles construído é caso de oração subordinada adjetiva reduzida de particípio, e não uma oração subordinada adverbial, ou seja, circunstancial. c) Está certo, visto que, em Nessa capacidade de ultrapassar fronteiras da aparência, Nessa capacidade indica lugar e de ultrapassar... é o termo que complementa o substantivo capacidade. d) Está errado, pelo fato de que o se não é índice de indeterminação do sujeito, mas sim partícula apassivadora do sujeito da oração subordinada substantiva subjetiva que esse modelo foi apenas um ato de fé. e) Está errado, porque o verbo auxiliar poder em se pode estabelecer não indica algo hipotético nesse momento do texto, mas algo factual, que realmente é dado como fato presente acontecendo. 3- D d) Está errado quanto ao paralelismo. Na enumeração explicar sua arte, sua religião, sua filosofia, sua política, seus ideais e também o seu desfecho... não poderia ter surgido o artigo definido destacado no último item, já que os itens antecedentes não se apresentaram também definidos. Todos os itens da enumeração tinham que estar com o artigo definido se se optasse pelo definir. Isso quebrou a simetria da estrutura sintática e, portanto, não houve paralelismo nesse aspecto. 4- B I- Está errado, porque eternas e ingeneradas só estariam no mesmo plano morfossintático e semântico se fossem uma seqüência enumerativa de um mesmo referente. II- Está errado, porquanto o mais típico não equivale a o mais freqüente. Este significa algo relativo a uma freqüência no tempo e aquele um hábito rotineiro. III- Está errado, visto que É precisamente não equivale a É de modo preciso. IV- Está certo, já que de acordo com o entendimento de equivale sintática e semanticamente a à imitação de. V- Está certo, já que a reescritura do trecho E ainda acrescenta que esse modelo foi equivale a E ainda se acrescenta o fato de esse modelo ter sido. 5- A a) Está errado no segmento do grego considerar o mundo, pois o sujeito do verbo considerar, que é o grego, está preposicionado, o que a gramática normativa condena. O correto é de o grego considerar o mundo, desvinculando a preposição de do artigo definido o, já que este pertence ao sujeito. 6- C c) Está errado, no momento em que a reescritura diz: usa por intenção um signo. O sentido do texto equivale dessa maneira a usa intencionalmente um signo. Isso afeta o sentido original, tornando a reescritura não mais correspondente ao original. 7- A a) Está certo, porque a oração que é muito mais fácil funciona como sujeito da antecedente Está bem claro, assim como a oração imaginar funciona como sujeito da antecedente que é muito mais fácil. Por isso, há o mesmo fato morfossintático nas duas primeiras orações, considerando as orações seguintes a cada uma das duas primeiras. b) Está errado, visto que a oração que usa um signo no pensamento é uma oração subordinada adjetiva restritiva, que se refere ao pronome demonstrativo o (=aquilo), e a segunda oração que não entramos na linguagem dos signos é uma subordinada substantiva objetiva direta, completando o verbo dizer, transitivo direto. Portanto, são diferentes sintática e semanticamente. c) Está errado, porque a inserção dos travessões depois de signos e depois de dizer afeta a correção gramatical do período. Tal substituição só estaria correta se fosse o caso de haver algum temo intercalado ou de valor explicativo entre os travessões, o que não é o caso. 4

5 d) Está errado, já que é também correta, em estruturas comparativas de superioridade com mais... do que, a retirada do do antes do que, ficando mais...que. e) Está errado, porquanto o sujeito de nos sintamos apela para uma generalização, para todas as pessoas, enquanto que o sujeito de digamos é apenas o autor do texto. 8- B b) Está errado o uso do ponto e vírgula separando a oração subordinada adjetiva de sua principal. Sendo o intuito do texto produzir uma oração adjetiva explicativa, os sinais cabíveis nesse momento do texto e tendo em vista a seqüência discursiva seriam apenas a vírgula ou o travessão antes de que não é mais um signo ou imagem. necessariamente tem que ser a priori de natureza transitiva direta, pois sem esta natureza não é possível uma frase na voz passiva. O que ocorre, nesse caso, é que o verbo entregar é transitivo direto e indireto, já que realmente ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina é objeto indireto dele. c) Errado, pelo fato de o texto ter utilizado a preposição sobre no lugar de sob, que indicaria adequadamente a condição em que se encontra o Inquérito. Assim, o correto seria:...o Inquérito, que corre sob segredo de Justiça., e não sobre. d) Certo, visto que o segmento com o envolvimento dos servidores estaduais se relaciona sintática e semanticamente com situação, e não com corrupção. Repare que o entendimento é de ter uma situação de algo e a situação se dá com alguém. e) Errado, já que o texto ao dizer, no segundo parágrafo, que foi detectada outra situação de corrupção deixa claro o fato de que tal situação não ocorre pela primeira vez. 9- C a) Errado, porque, apesar de a preposição Por introduzir valor circunstancial de causa, não equivale à locução prepositiva A despeito de, já que esta indica a ideia de concessão. b) Errado, porquanto o referente textual de foi instaurado é Inquérito Policial, termo com o qual faz também o verbo fazer concordância, haja vista o fato de ser o seu sujeito. c) Certo, visto que o segundo parágrafo localiza imediatamente o tempo, o espaço, as pessoas envolvidas e o problema mencionado com a clareza e a objetividade necessárias para a informação do leitor logo no primeiro momento da leitura do texto. Repare que com o primeiro parágrafo, muitos dos itens listados se tornam gerais demais e, portanto, imprecisos. O primeiro parágrafo faz com que o leitor tenha que buscar no restante do texto, ou seja, sobretudo no segundo parágrafo, o que é realmente o problema apontado pela notícia. Por isso, o segundo parágrafo no lugar do primeiro daria logo a mostragem do que está sendo veiculado. Apresenta mais rápido e melhor a notícia e seus pormenores. d) Errado, já que dia 09 é aposto explicativo de Ontem, e não adjunto adverbial de tempo. e. Errado, em razão de o pronome relativo a qual se referir à possível prática dos crimes. Se se referisse a corrupção, violação e advocacia, o pronome relativo deveria estar no plural (as quais), fazendo a concordância com esses três referentes. - D a) Errado, em virtude de não haver desrespeito nem gramatical nem semântico ao se substituir No ano de 08 por Há pouco em 08, expressão equivalente nesse caso, tendo-se em vista o fato de que o texto foi publicado em 09. b) Errado, na medida em que a locução verbal foi entregue é de uma estrutura oracional de voz passiva. Na passiva, o verbo principal, o último, 5