A EFETIVIDADE DA PROTEÇÃO AO DIREITO À DIVERSIDADE CULTURAL E A PERSPECTIVA UNIVERSALISTA DOS DIREITOS HUMANOS

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1 0 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Direito A EFETIVIDADE DA PROTEÇÃO AO DIREITO À DIVERSIDADE CULTURAL E A PERSPECTIVA UNIVERSALISTA DOS DIREITOS HUMANOS Verônica Vaz de Melo Belo Horizonte 2008

2 1 Verônica Vaz de Melo A EFETIVIDADE DA PROTEÇÃO AO DIREITO À DIVERSIDADE CULTURAL E A PERSPECTIVA UNIVERSALISTA DOS DIREITOS HUMANOS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Direito, do Curso de Mestrado em Direito Público da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, na linha de pesquisa Direitos Humanos, Processos de Integração e Constitucionalização do Direito Internacional, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Direito Público. Área de concentração: Direito Público Orientador: Prof. Dr. José Luiz Quadros de Magalhães Belo Horizonte 2008

3 FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais M528e Melo, Verônica Vaz de A efetividade da proteção ao direito à diversidade cultural e a perspectiva universalista dos direitos humanos / Verônica Vaz de Melo. Belo Horizonte, f. Orientador: José Luiz Quadros de Magalhães Dissertação (Mestrado) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Direito. 1. Proteção. 2. Multiculturalismo. 3. Direitos humanos. 4. Universalismo. I. Magalhães, José Luiz Quadros de. II. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Direito. III. Título. CDU: 342.7

4 2 Verônica Vaz de Melo A efetividade da proteção ao direito à diversidade cultural e a perspectiva universalista dos Direitos Humanos. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Direito, do Curso de Mestrado em Direito Público da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, na linha de pesquisa Direitos Humanos, Processos de Integração e Constitucionalização do Direito Internacional, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Direito Público. Dissertação defendida e aprovada, cum laude, com a média final 100 (cem), com recomendação de publicação, em 01 de dezembro de 2008, pela Banca Examinadora constituída pelos seguintes Professores: BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. José Luiz Quadros de Magalhães (ORIENTADOR) PUC MINAS Prof. Dr. Bruno Wanderley Júnior PUC MINAS Prof. Dr. Arthur José Almeida Diniz UFMG Prof. Dr. Lucas de Alvarenga Gontijo (SUPLENTE) PUC MINAS

5 3 Aos meus pais pelo amor e apoio de toda uma vida. Ao querido Eder pelo carinho e amor incondicional. Ao professor José Luiz Quadros de Magalhães pelos ensinamentos e atenção. Ao Professor Jair Eduardo Santana pela amizade e exemplo. Ao Professor Lucas de Alvarenga Gontijo pelo apoio e incentivo.

6 4 AGRADECIMENTO O ato de agradecer e tudo mais na vida pode se transformar em uma formalidade ou pode significar a expressão verdadeira de uma intenção. Na esperança de estar trilhando esse segundo caminho a maior parte do tempo, agradeço... A Deus por todas minhas conquistas. Aos meus pais por terem me guiado e me incentivado nesta trajetória acadêmica. Ao querido Eder por todo amor, incentivo e carinho. Ao Professor José Luiz Quadros de Magalhães pelos ensinamentos e confiança. Ao Professor Jair Eduardo Santana pelo exemplo e sincera amizade. Ao Professor Lucas Alvarenga Gontijo pela apoio e incentivo. Ao apoio institucional da Pós-Graduação em Direito, do Curso de Mestrado em Direito Público da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Aos demais Professores do Mestrado que contribuíram para o meu crescimento acadêmico e profissional: Bruno Wanderley Júnior, Carlos Augusto Canêdo Gonçalves da Silva, Leonardo Nemer Caldeira Brant, Álvaro Ricardo de Souza Cruz, Lusia Ribeiro Pereira e Márcio Antônio de Paiva. Expresso ainda minha gratidão a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho.

7 5 Vivemos em um mundo inteiramente interligado, sem distâncias e dividido por fronteiras formais. Os acontecimentos se fazem sentir automaticamente em todo o globo, provocando reações imediatas, que mexem profundamente em nossa compreensão sobre a vida, sobre a nossa era e a nossa missão como partes de uma engrenagem que não pode parar. Bruno Wanderley Júnior

8 6 RESUMO A cultura é um fenômeno dinâmico e transformador das diferentes sociedades. Ela proporciona para os seres humanos valores comuns, sentimento de identidade e de pertença ao grupo. A diversidade cultural é necessária para o aprimoramento da espécie humana, sendo relevante para a evolução dos indivíduos, constituindo um importante patrimônio comum da humanidade. Desta forma, a diversidade cultural faz parte dos Direitos Humanos consagrados através de relevantes instrumentos do Direito Internacional como a Carta Internacional dos Direitos Humanos das Nações Unidas. Esta Carta representa um dos principais documentos internacionais acerca da universalidade dos Direitos Humanos. Diante da importância da variedade cultural, o objetivo deste trabalho é analisar a possibilidade de compatibilização da universalidade dos Direitos Humanos com a realidade multicultural do globo para a efetiva proteção dos Direitos Humanos referentes à diversidade cultural e à construção de uma coexistência harmoniosa entre as variadas sociedades e culturas do globo. Para isso serão analisados, neste trabalho, o significado e a relevância da cultura para os seres humanos; o fenômeno cultural sob a visão do antropólogo norte-americano Clifford James Geertz; os principais instrumentos e instituições internacionais de proteção ao direito à diversidade cultural; a perspectiva universalista dos Direitos Humanos e o direito à diversidade cultural; a questão acerca da universalidade ou ocidentalização dos Direitos Humanos, conforme consagrados na atualidade pelas principais instituições e documentos do Direito Internacional sobre este tema; o universalismo e a efetiva possibilidade de proteção ao direito à diversidade cultural; e, por último, a ideologia da universalidade dos Direitos Humanos sob o ponto de vista doutrinário de José Luiz Quadros de Magalhães e Slavoj Žižek. Palavras-chave: Proteção Diversidade cultural Direitos Humanos Universalismo

9 7 ABSTRACT Culture is a dynamic and transforming phenomenon of different societies. It provides to human beings shared values, sense of identity and of belonging to the group. Cultural diversity is necessary for the human species improvement, and relevant to the development of individuals as an important common mankind heritage. Thus, cultural diversity is part of human rights enshrined in relevant international law instruments such as the International Bill of Human Rights of the United Nations. This Charter is a major international document about the universality of human rights. Given the importance of cultural variety, the goal of this study is examining the possibility of compatibilization of human rights universality with the multicultural reality of the world for the effective protection of human rights relating to cultural diversity and concerning the construction of an harmonious coexistence between different societies and cultures of the globe. In order to achieve this goal, several aspects are to be analysed in this work: culture significance and relevance to human beings; the cultural phenomenon according to the American anthropologist Clifford James Geertz s point of view; the main instruments and international institutions to protect the right to cultural diversity; the universal perspective of human rights and the right to cultural diversity; the question about the universality or Westernization of human rights, as enshrined today by major institutions and documents of international law on this subject; universalism and the effective possibility of protecting the right to cultural diversity; and, finally, the ideology of the universality of human rights from the doctrinal point of view of José Luiz Quadros de Magalhães and Slavoj Žižek. Key-words: Protection Cultural diversity Human Rights Universalism

10 8 LISTA DE ABREVIATURAS Artigo (art.) Artigos (arts.) Coordenador (Coord.) Edição (Ed.) Júnior (Jr.) Número (nº) Organizador (Org.) Organizador (org.) Página (p.) Senhor (Sr.) Tradução (Trad.) Versus (vs.) Volume (v.) (vol.)

11 9 LISTA DE SIGLAS Conferência Mundial sobre Políticas Culturais de 1982 (MONDIACULT). Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS). Editora da Universidade de Santa Catarina (EDUSC). Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP). Organização das Nações Unidas (ONU). Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Universidade de Brasília (UnB). Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

12 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 12 2 CULTURA: significado e relevância para o ser humano As teorias sobre o conceito de cultura Teorias que consideram a cultura como sistema adaptativo Teorias idealistas de cultura Práticas culturais diversificadas 20 3 O FENÔMENO CULTURAL SOB A VISÃO DE CLIFFORD JAMES GEERTZ 27 4 OS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS E INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS REFERENTES À DIVERSIDADE CULTURAL A Declaração de Independência dos Estados Unidos da América de 1776 e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de O Pós Segunda Guerra Mundial e a Carta Internacional dos Direitos Humanos das Nações Unidas Primeira Conferência Mundial de Direitos Humanos Teerã, Segunda Conferência Mundial de Direitos Humanos Viena, A Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e as principais declarações sobre a proteção do direito à diversidade cultural 38 5 A PERSPECTIVA UNIVERSALISTA DOS DIREITOS HUMANOS E O DIREITO À DIVERSIDADE CULTURAL A doutrina de Immanuel Kant e o universalismo dos Direitos Humanos A perspectiva universalista de direitos humanos sob a visão de Antônio Augusto Cançado Trindade 49 6 DIREITOS HUMANOS: UNIVERSAIS OU OCIDENTAIS? O discurso universalista ocidental e o imperialismo do século XIX Direitos humanos: ocidentais no sentido institucional A influência ocidental na elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos Pactos Internacionais sobre os Direitos Civis e Políticos e sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais O debate acerca da universalidade dos Direitos Humanos durante a Segunda Conferência Mundial de Direitos Humanos em Viena no ano de Direitos Humanos: uma concepção das elites ocidentais e ocidentalizadas Direitos Humanos: universais ou ocidentais? Breve análise desta questão sob o ponto de vista de Boaventura de Souza Santos 73 7 O UNIVERSALISMO E A POSSIBILIDADE DE PROTEÇÃO AO DIREITO À DIVERSIDADE CULTURAL A efetiva possibilidade de proteção ao direito à diversidade cultural sob visão de Charles Taylor 75

13 A proteção ao direito à diversidade cultural sob a ótica do interculturalismo de Boaventura de Sousa Santos Desigualdade e exclusão O universalismo diferencialista e o universalismo antidiferencialista A política assimilacionista Os Direitos Humanos no cenário da globalização Os quatro processos de globalização Processos de globalização hegemônica: localismo globalizado, globalismo localizado Processos de globalização contra-hegemônica: cosmopolitismo insurgente subalterno e o patrimônio comum da humanidade Completude ou incompletude cultural? A hermenêutica diatópica Da completude a incompletude cultural Considerações finais sobre a visão interculturalista de Boaventura de Sousa Santos 95 8 A IDEOLOGIA DA UNIVERSALIDADE DOS DIREITOS HUMANOS ANALISADA SOB A PERSPECTIVA DOUTRINÁRIA DE JOSÉ LUIZ QUADROS DE MAGALHÃES E SLAVOJ ŽIŽEK 97 9 CONCLUSÃO 102 REFERÊNCIAS 107

14 12 1 INTRODUÇÃO Um dos grandes feitos da humanidade foi superar suas próprias limitações físicas e biológicas no processo de aprimoramento do convívio entre os homens e adaptação no mundo. Isso foi possível em grande parte graças ao fenômeno cultural que fez com que o homem se diferenciasse dos outros animais. A cultura pode ser compreendida como um processo dinâmico, variável e cumulativo, resultante das experiências históricas de cada sociedade, formando um conjunto de práticas, conhecimentos e significados intersubjetivos, abrangendo crenças, morais e costumes adquiridos pelos indivíduos como membro de uma comunidade. As culturas são formadas pelas criações e transformações ocorridas nos próprios sistemas culturais e também pelas práticas oriundas de outros sistemas culturais, sendo o resultado da evolução histórica marcada pelas permanentes influências e mudanças sofridas por cada sociedade. Assim, todas as culturas estão intimamente relacionadas, se construindo e se modificando através das influências que exercem e sofrem umas das outras. Uma das principais características do fenômeno cultural é a promoção de valores comuns, sentimento de identidade, de pertença ao grupo e reconhecimento do outro. A cultura determina o comportamento do ser humano e justifica as suas realizações. A cultura é o elo entre o que os homens são capazes de ser e o que eles realmente são. O mundo é um espaço multicultural em permanente transformação. Essa diversidade está presente na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que integram a espécie homo sapiens. A cultura pode proporcionar importantes intercâmbios, inovações e possibilita a construção da harmonia entre os povos. A diversidade cultural é imprescindível para o aperfeiçoamento das relações entre os povos, sendo relevante para a evolução dos indivíduos e desenvolvimento dos sistemas culturais, constituindo um importante patrimônio comum da humanidade, devendo ser respeitada e reconhecida por todos. Neste contexto, a proteção do direito à cultura e à diversidade cultural é de extrema importância tendo em vista que a cultura [...] não é apenas um ornamento da existência humana, mas [...] uma condição essencial para ela [...]. Não existe algo como uma natureza humana independente de cultura. (GEERTZ, 1973, p.46; 49).

15 13 Dada a relevância do fenômeno cultural para o aprimoramento dos homens, os direitos culturais são parte integrante dos Direitos Humanos, estando protegidos por diversas instituições e instrumentos do Direito Internacional como, por exemplo, na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 no artigo 27 e nos artigos 13 e 15 do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais de Após a Segunda Guerra Mundial, cresceram as preocupações, no âmbito internacional, acerca da proteção dos Direitos Humanos, sobretudo, em decorrência das atrocidades causadas pelo nazismo durante a Guerra. Nesta época foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU) e, posteriormente, adotada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, parte integrante da Carta Internacional dos Direitos Humanos das Nações Unidas que é composta também pelo Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e pelo Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e por protocolos adicionais a estes dois Pactos. Embora já existisse, anteriormente à própria criação da Organização das Nações Unidas e da Declaração Universal dos Direitos do Homem, a proteção a alguns direitos do indivíduo no âmbito internacional, conforme se percebe na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, só houve um efetivo progresso nesta esfera no pós Segunda Guerra Mundial, quando a comunidade internacional se mobilizou para a promoção da universalização dos Direitos Humanos e para a criação de um efetivo sistema internacional de proteção a tais direitos. A Carta Internacional de Direitos Humanos da ONU representa um dos mais relevantes documentos internacionais sobre o caráter universal dos Direitos Humanos. Para a tradicional perspectiva universalista, os Direitos Humanos seriam provenientes da dignidade humana, valor intrínseco à condição humana, sendo naturalmente universais e perceptíveis por todos os indivíduos através da razão. Esta visão universalista dos Direitos Humanos possui como um dos seus principais fundamentos a defesa de valores, julgamentos morais e escolhas comportamentais aplicáveis de forma absoluta a todos os homens, indistintamente. Os Direitos Humanos seriam todos aqueles direitos que o indivíduo possui pelo simples fato de ser humano. Assim, a universalidade desses direitos estaria baseada no fato desses serem inerentes a todos os seres humanos,

16 14 independentemente da diversidade cultural, constituindo a própria natureza humana, sendo anteriores ao Estado, as instituições internacionais e a todas as formas de organização política. Dessa forma, os Direitos Humanos não poderiam ser suprimidos tanto na esfera nacional quanto na internacional, nem pelos Estados nem pelas organizações internacionais. Os principais argumentos da visão universalista dos Direitos Humanos possuem origem no Iluminismo, tendo grande influência do pensamento de Immanuel Kant. Os defensores da corrente universalista acreditam que a descrença nos valores iluministas, especialmente em relação à aplicação da razão como condição humana, gera a destruição dos processos cognitivos e dificulta a aceitação da universalidade dos Direitos Humanos. Com o fortalecimento da política internacional de universalização dos Direitos Humanos após a Segunda Guerra Mundial, aflorou a questão em torno do fato de serem os Direitos Humanos, dispostos na Carta Internacional dos Direitos Humanos, naturalmente universais ou apenas uma perspectiva ocidental. O problema central em relação a esta situação refere-se ao fato de que se os Direitos Humanos, consagrados na Carta Internacional de Direitos Humanos, não forem naturalmente universais, mas sim uma perspectiva histórica e política ocidental, isso representará, na realidade, uma imposição do sistema cultural ocidental aos demais sistemas culturais, prejudicando, dessa forma, a própria argumentação e efetividade desses Direitos Humanos, sobretudo, em relação aos Direitos Humanos referentes à diversidade cultural. No presente trabalho serão abordados este tema e a efetiva possibilidade de compatibilização da universalidade dos Direitos Humanos com a realidade multicultural do mundo para a proteção dos Direitos Humanos referentes à diversidade cultural. Para isso, serão abordados no capítulo 2, o significado e a relevância da cultura para os seres humanos; no capítulo 3, o fenômeno cultural sob a visão do antropólogo norte-americano Clifford James Geertz; no capítulo 4, os principais instrumentos e instituições internacionais de proteção ao direito à diversidade cultural; no capítulo 5, a perspectiva universalista dos Direitos Humanos e o direito à diversidade cultural; no capítulo 6, a universalidade ou ocidentalização dos Direitos Humanos, conforme consagrados na atualidade pelas principais instituições e documentos do Direito Internacional sobre este tema; no capítulo 7, o universalismo

17 15 e a possibilidade de proteção ao direito à diversidade cultural; e, por último, no capítulo 8, a ideologia da universalidade dos Direitos Humanos sob a perspectiva doutrinária de José Luiz Quadros de Magalhães e Slavoj Žižek. Feitas essas breves considerações e buscando responder aos questionamentos levantados, inicia-se então a exposição do presente trabalho a partir do estudo da importância do fenômeno cultural para os homens.

18 16 2 CULTURA: significado e relevância para o ser humano As diferenças existentes entre os homens [...] não podem ser explicadas em termos das limitações que lhes são impostas pelo seu aparato biológico ou pelo seu meio ambiente. A grande qualidade da espécie humana foi a de romper com suas próprias limitações. [...] Tudo isso porque difere dos outros animais por ser o único que possui cultura. Roque de Barros Laraia A palavra cultura deriva do verbo latino colo, cujo particípio futuro é culturus. Por sua vez, culturus significa culto dos mortos, uma das primeiras formas de manifestações humanas que possibilitou a criação das religiões. O sepultamento dos mortos é um evento que, de acordo com indícios históricos, já era praticado nos tempos do Homem de Neanderthal, há mais de oitenta mil anos atrás. Durante o século XVIII e XIX, o vocábulo germânico Kultur simbolizava todos os aspectos espirituais de um determinado povo e a palavra Civilization estava relacionada às conquistas materiais. O antropólogo Edward Taylor, no primeiro parágrafo de seu livro Primitive Culture, em 1871, criou o termo inglês Culture e assim o definiu: é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. (TAYLOR apud LARAIA, 2006, p.25). Edward Taylor acreditava que a diversidade cultural existente entre os povos era proveniente do fato destes estarem em desiguais estágios no processo de evolução. Na escala de civilização, a sociedade européia estaria no topo e as tribos selvagens ao final, na base. 1 Durante a última metade do século XIX, prevaleceu, em relação à origem do fenômeno cultura, a Teoria do Ponto Crítico do antropólogo americano Alfred Kroeber. Segundo este autor, o desenvolvimento da capacidade de adquirir cultura 1 Edward Taylor publicou o seu livro numa época em que a Europa assimilava os estudos de Charles Darwin, A origem das espécies. Assim, para melhor compreender os estudos de Edward Taylor, é importante perceber o contexto histórico no qual se encontrava inserido. Para Taylor, todas as culturas deveriam passar por todos os estágios de evolução, do menos ao mais desenvolvido, ou seja, acreditava no desenvolvimento através de uma estreita concepção do evolucionismo unilinear.

19 17 foi uma conquista repentina do ser humano. Assim, num dado momento da história da humanização de um ramo da linha dos primatas ocorreu uma relevante alteração orgânica que tornou possível que o ser humano se comunicasse, aprendesse e ensinasse a partir de sentimentos e atitudes diferenciadas. Em conseqüência dessa alteração orgânica inicial teria surgido o fenômeno da cultura, cujo desenvolvimento seria completamente independente da ulterior evolução orgânica do homem. Para melhor explanar sua teoria, Kroeber comparou o surgimento da cultura com o congelamento da água: a temperatura pode reduzir grau a grau sem que a água perca fluidez até que, de repente, se solidifica a O o C. Em 1917, Alfred Kroeber publicou o artigo O Superorgânico e demonstrou como a cultura atua sobre os seres humanos. Através deste artigo, Kroeber desvinculou a idéia de existência de ligação entre a cultura e o aspecto biológico dos homens. Nesse sentido, Kroeber afirmava que não se podia negar que o homem dependia da sua estrutura biológica para continuar vivo, independentemente do sistema cultural ao qual pertencia. Todavia, embora as funções biológicas vitais fossem comuns a todos os seres humanos, o antropólogo observou que a maneira de satisfazer tais necessidades biológicas variava de cultura para cultura. Para Kroeber, era exatamente este fato que tornava o homem um ser predominantemente cultural, não podendo o comportamento humano ser considerado, desta forma, biologicamente determinado. Segundo o antropólogo, a herança genética não possui correlação com o pensamento e com a forma de agir dos indivíduos, pois todos os atos humanos dependeriam, essencialmente, do processo de aprendizagem. Pelos estudos de Kroeber, pode-se compreender como o homem, apesar de suas limitações biológicas, foi capaz de sobreviver e adaptar-se em todas as regiões da Terra. Isso se deve em grande parte à cultura, ou seja, a todas as possibilidades de realização humana e a todos os comportamentos aprendidos. De acordo com Kroeber, citado por Laraia (2006): a cultura, mais do que a herança genética, determina o comportamento do homem e justifica as suas realizações. O homem age de acordo com os seus padrões culturais. Os seus instintos foram parcialmente anulados pelo longo processo evolutivo por que passou [...]. A cultura é o meio de adaptação aos diferentes ambientes ecológicos [...]. Em decorrência da afirmação anterior, o homem foi capaz de romper barreiras das diferenças ambientais e transformar toda a Terra em seu habitat. Adquirindo cultura, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que a agir através de atitudes geneticamente determinadas. Como já era do conhecimento da humanidade, desde o Iluminismo, é este processo de

20 18 aprendizagem [...] que determina o seu comportamento e a sua capacidade artística ou profissional. A cultura é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência histórica das gerações anteriores [...]. (LARAIA, 2006, p.48). 2.1 As teorias sobre o conceito de cultura O antropólogo Roger Keesing, no artigo denominado Theories of Culture (1974), estudou as principais categorias teóricas sobre o que seja cultura, quais sejam, teorias que consideram a cultura como sistema adaptativo e teorias idealistas sobre cultura. Analisaremos a seguir tais categorias Teorias que consideram a cultura como sistema adaptativo Esta idéia de cultura como sistema adaptativo foi defendida, sobretudo, pelo antropólogo Leslie White. Os principais pontos destas teorias de cultura como sistemas adaptativos são: primeiro, as culturas formam sistemas, ou seja, padrões de comportamento socialmente transmitidos através dos quais as comunidades se adaptam à estrutura biológica. Esses sistemas culturais são constituídos por tecnologias, organização econômica, padrões de agrupamento social, organização política, crenças e práticas religiosas, dentre outros fatores. Segundo, as modificações culturais constituem processos de adaptação assemelháveis à seleção natural. O homem é um animal e, como todos animais, deve manter uma relação adaptativa com o meio circundante para sobreviver. Embora ele consiga esta adaptação através da cultura, o processo é dirigido pelas mesmas regras de seleção natural que governam a adaptação biológica [...]. (LARAIA, 2006, p.60). Terceiro, a tecnologia, a economia de subsistência e as noções de organização social e produção formam a esfera mais adaptativa da cultura em que, geralmente, iniciam-se as alterações adaptativas.

21 19 Quarto e último, os elementos ideológicos dos sistemas culturais podem ter diversas implicações adaptativas como, por exemplo, no controle populacional e na conservação dos ecossistemas Teorias idealistas de cultura As teorias idealistas de cultura podem ser subdivididas em três perspectivas. De acordo com a primeira perspectiva, a cultura seria um sistema cognitivo, ou seja, um sistema de conhecimento. Nas palavras de W. Goodenough: consiste em tudo aquilo que alguém tem de conhecer ou acreditar para operar de maneira aceitável dentro de sua sociedade. (GOODENOUGH apud LARAIA, 2006, p.61). Para a segunda perspectiva, a cultura seria formada por sistemas estruturais. Um dos principais expoentes desta abordagem foi Lévi-Strauss que definiu cultura como sistema simbólico que é uma criação acumulativa da mente humana. (LÉVI- STRAUSS apud LARAIA, 2006, p.61). Nos seus trabalhos, Lévi-Strauss analisou como as estruturas culturais, por exemplo, o mito, a linguagem e a arte, se formam e se desenvolvem entre as diversas sociedades, formando a cultura. A terceira e última perspectiva considera que a cultura seja formada por sistemas simbólicos e tem como principais defensores dois antropólogos norteamericanos: Clifford James Geertz, cuja visão sobre o fenômeno cultural será mais bem analisada no capítulo 3, e David Schneider. Para Geertz (1989) a cultura não deve ser vista como um conjunto de comportamentos concretos, mas como um complexo de mecanismos de controle, planos, regras e instruções para dominar o comportamento humano. Para Geertz, todos os homens são geneticamente aptos para receber um programa, e este programa é o que chamamos de cultura. E esta formulação que consideramos uma maneira de encarar a unidade da espécie permitiu a Geertz afirmar que um dos mais significativos fatos sobre nós pode ser finalmente a constatação de que todos nascemos com um equipamento para viver mil vidas, mas terminamos no fim tendo vivido uma só! Em outras palavras, a criança está apta ao nascer a ser socializada em qualquer cultura existente. Esta amplitude de possibilidades, entretanto, será limitada pelo contexto real e específico onde de fato ela crescer. (LARAIA, 2006, p.62).

22 20 Desta forma, conforme o pensamento de Geertz (1989), todos os seres humanos quando nascem são capazes de participar de qualquer cultura, ficando, no entanto, restritos aos liames culturais em que crescer. Já para David Schneider, conforme descreveu no seu livro American Kinship: a cultural account, no ano de 1968: a cultura é um sistema de símbolos e significados. Compreende categorias ou unidades e regras sobre relações e modos de comportamento. O status epistemológico das unidades ou coisas culturais não depende da sua observabilidade: mesmo fantasmas e pessoas mortas podem ser categorias culturais. (SCHNEIDER apud LARAIA, 2006, p.63). Assim, para David Schneider, compreender os diversos sistemas culturais significa interpretar símbolos, mitos, ritos e seus significados. Estas são as principais categorias teóricas existentes sobre o conceito de cultura. É importante ressaltar que tais teorias não se excluem, mas se complementam. Os estudos sobre a cultura estão em constante desenvolvimento e são importantes porque dizem respeito à própria compreensão dos seres humanos. 2.2 Práticas culturais diversificadas A diversidade cultural é uma característica da sociedade humana, sendo importante para a evolução dos indivíduos e desenvolvimento dos sistemas culturais. Neste tópico, serão abordadas diversas práticas culturais localizadas em diferentes tempos e espaços. Heródoto ( a.c.), filósofo grego, ao descrever os hábitos lícios, observou que os indíviduos desta comunidade se identificavam pelo nome da mãe e não pelo nome do pai, como era comum na maioria das outras culturas. Pergunte-se a um lício quem é, e ele responde dando o seu próprio nome e o de sua mãe, e assim por diante, na linha feminina. Além disso, se uma mulher livre desposa um homem escravo, seus filhos são cidadãos integrais; mas se um homem livre desposa uma mulher estrangeira, ou vive com uma concubina, embora seja ele a primeira pessoa do Estado, os filhos não terão qualquer direito à cidadania. (PELTO, 1967, p.22).

23 21 Tácito (55-120), cidadão romano, ao observar as diferenças de sua cultura em relação às tribos germânicas afirmou que: o casamento na Alemanha é austero, não há aspecto de sua moral que mereça maior elogio. São quase únicos, entre os bárbaros, por se satisfazerem com uma mulher para cada. As exceções, que são extremamente raras, constituem-se de homens que recebem ofertas de muitas mulheres devido ao seu posto. Não há questão de paixão sexual. O dote é dado pelo marido à mulher, e não por esta àquele. (PELTO, 1967, p.23). Michel Eyquem de Montaigne, pensador e escritor humanista do período renascentista ( ), ao ter conhecimento sobre os costumes antropofágicos dos Tubinambá, alegou não considerar bárbaros ou selvagens as práticas exercidas por aquele povo, visto que cada indivíduo considera bárbaro o que não se pratica na sua cultura e asseverou que: não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade, mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a cães e porcos a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre vizinhos nossos conterrâneos. (MONTAIGNE apud LARAIA, 2006, p.12). Outro exemplo interessante relacionado à diversidade cultural refere-se ao hábito que existia no Japão de os devedores insolventes praticarem o suicídio ritual (harakiri) na véspera do ano novo como forma de preservar a dignidade de sua família. Este ato era considerado pela cultura japonesa como demonstração de honra, coragem e heroísmo. O homossexualismo, atualmente discriminado em várias culturas ocidentais, era um comportamento aceito e respeitado por tribos das planícies norteamericanas: o homossexual era visto como um ser dotado de propriedades mágicas, capaz de servir de mediador entre o mundo social e o sobrenatural, e, portanto, respeitado. (LARAIA, 2006, p.68). Na Antiguidade, jovens da Lícia mantinham relações sexuais por moedas de ouro como forma de conseguir um bom dote para o casamento. Atualmente, na cultura ocidental, as prostitutas femininas são discriminadas por serem consideradas mulheres fáceis, indignas para o casamento.

24 22 É importante observar que tais diferenças culturais não se restringem apenas aos povos e costumes do passado. Atualmente, podemos observar uma variada gama de diferentes costumes existentes entre as diversas comunidades que povoam o globo. Assim, por exemplo, o sentido do tráfego na Inglaterra segue a mão esquerda, ao contrário do Brasil que segue a mão direita. Os ciganos na Califórnia consideram a obesidade como sinal de virilidade, já o Estado norte-americano considera a obesidade uma deficiência física. Devido a esta peculiaridade cultural, muitas vezes estes ciganos se aproveitam desta diferença de perspectiva cultural para obter do governo norte-americano benefícios nos programas de assistência social. Em diversas praias européias, o nudismo é uma prática aceita. Já nas sociedades árabes, as mulheres devem usar a burca, mostrando apenas parte do seu rosto em público. Nos países de orientação islâmica, o adultério é considerado como um grave atentado à moral, podendo ser punido inclusive com a pena de morte. Ao contrário, no Ocidente, apesar de o adultério ser considerado como uma prática atentatória à moral e aos bons costumes, tal ato não é punido de forma tão severa. Ressalta-se ainda que estas diferenças culturais existem não só entre os países como também no interior de um mesmo país. No Brasil, por exemplo, em algumas partes das regiões Norte e Nordeste, ao contrário do Sul e Sudeste, a gravidez é vista como uma enfermidade e o ato de dar à luz a uma criança é popularmente conhecido como descansar. Algumas práticas culturais surgem a partir da necessidade do homem em se adaptar às condições físicas e climáticas de uma determinada região do globo. Porém, isso não significa que haja um determinismo geográfico, visto que povos diferentes que vivem numa mesma região geográfica ou de clima semelhante lidam com isso, geralmente, de formas variadas. Por exemplo, os habitantes dos pólos: Os esquimós constroem suas casas (iglus) cortando blocos de neve e amontoando-os num formato de colméia. Por dentro, a casa é forrada com peles de animais e com o auxílio do fogo conseguem manter o sue interior suficientemente quente. É possível, então, desvencilhar-se das pesadas roupas, enquanto no exterior da casa a temperatura situa-se a muitos graus abaixo de zero grau centígrado. Quando deseja, o esquimó abandona a casa tendo que carregar apenas o seus pertences e vai construir um novo retiro. Os lapões, por sua vez, vivem em tendas de peles de rena. Quando desejam mudar os seus acampamentos, necessitam realizar um árduo

25 23 trabalho que se inicia pelo desmonte, pela retirada do gelo que se acumulou sobre as peles, pela secagem das mesmas e o seu transporte para o novo sítio. Em compensação, os lapões são excelentes criadores de renas, enquanto tradicionalmente os esquimós limitam-se à caça desses mamíferos. (LARAIA, 2006, p.22). Outro exemplo está aqui no Brasil, mais precisamente no Parque Nacional do Xingu: Os xinguanos propriamente ditos (Kamayurá, Kalapalo, Trumai, Waurá etc.) desprezam toda a reserva de proteínas existente nos grandes maníferos, cuja caça lhes é interditada por motivos culturais, e se dedicam mais intensamente à pesca e caça de aves. Os Kayabi, que habitam o Norte do Parque, são excelentes caçadores e preferem justamente os mamíferos de grande porte, como a anta, o veado, o caititu etc. (LARAIA, 2006, p.23). Desta feita, percebemos que a cultura é um fenômeno dinâmico e variável que forma um complexo de práticas e significados intersubjetivos com grande relevância para o aprimoramento do convívio entre os homens. Ela gera para os grupos de indivíduos valores comuns, sentimento de identidade, reconhecimento do outro e de pertença ao grupo. Ainda a respeito do fenômeno cultural, é importante ressaltar que, conforme observou Heródoto, temos uma tendência a considerar o sistema cultural ao qual pertencemos superior aos demais sistemas: [...] Se oferecêssemos aos homens a escolha de todos os costumes do mundo, aqueles que lhes parecessem melhor, eles examinariam a totalidade e acabariam preferindo os seus próprios costumes, tão convencidos estão de que estes são melhores do que todos os outros. (HERÓDOTO apud PELTO, 1967, p.22). Todavia, isso não é uma realidade. Todos os sistemas culturais possuem seus aspectos positivos e negativos. Assim, apesar de muitas vezes, termos a sensação de que nosso sistema cultural é o melhor e, essencialmente, autopoiético 2, perceberemos que isso não ocorre, visto que todas as culturas estão intimamente relacionadas e que se constroem e se modificam através das influências que exercem e sofrem umas das outras. O pequeno texto a seguir ilustra bem este fato. 2 A palavra autopoiese é proveniente do grego: auto significa próprio; poiesis significa criação, ou seja, autopoiese se refere à criação, formação do objeto a partir dele mesmo. Assim, o sistema cultural ser autopoiético significa que o próprio sistema se cria e se transforma, sem a necessidade ou influência de elementos externos.

26 24 O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originário do Oriente Próximo, mas modificado na Europa Setentrional, antes de ser transmitido à América. Sai debaixo de cobertas feitas de algodão cuja planta se tornou doméstica na Índia; ou de linho ou de lã de carneiro, um e outro domesticados no Oriente Próximo; ou de seda, cujo emprego foi descoberto na China. Todos estes materiais foram fiados e tecidos por processos inventados no Oriente Próximo. Ao levantar da cama faz uso dos mocassins que foram inventados pelos índios das florestas do Leste dos Estados Unidos e entra no quarto de banho cujos aparelhos são uma mistura de invenções européias e norte-americanas, umas e outras recentes. Tira o pijama, que é vestiário inventado na Índia e lava-se com sabão que foi inventado pelos antigos gauleses, faz a barba que é um rito masoquístico que parece provir dos sumerianos ou do antigo Egito. Voltando ao quarto, o cidadão toma as roupas que estão sobre uma cadeira do tipo europeu meridional e veste-se. As peças de seu vestuário têm a forma das vestes de pele originais dos nômades das estepes asiáticas; seus sapatos são feitos de peles curtidas por um processo inventado no antigo Egito e cortadas segundo um padrão proveniente das civilizações clássicas do Mediterrâneo; a tira de pano de cores vivas que amarra ao pescoço é sobrevivência dos xales usados aos ombros pelos croatas do século XVII. Antes de ir tomar o seu breakfast, ele olha a rua através da vidraça feita de vidro inventado no Egito; e, se estiver chovendo, calça galochas de borracha descoberta pelos índios da América Central e toma um guarda-chuva inventado no sudoeste da Ásia. Seu chapéu é feito de feltro, material inventado nas estepes asiáticas. De caminho para o breakfast, pára para comprar um jornal, pagando-o com moedas, invenção da Líbia antiga. No restaurante, toda uma série de elementos tomados de empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de cerâmica inventada na China. A faca é de aço, liga feita pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é inventado na Itália medieval; a colher vem de um original romano. Começa o seu breakfast com uma laranja vinda do Mediterrâneo Oriental, melão da Pérsia, ou talvez uma fatia de melancia africana. Toma café, planta abissínia, com nata e açúcar. A domesticação do gado bovino e a idéia de aproveitar o seu leite são originárias do Oriente Próximo, ao passo que o açúcar foi feito pela primeira vez na Índia. Depois das frutas e do café vêm waffles, os quais são bolinhos fabricados segundo uma técnica escandinava, empregando como matéria-prima o trigo, que se tornou planta doméstica na Ásia Menor. Rega-se com xarope de maple, inventado pelos índios das florestas do Leste dos Estados Unidos. Como prato adicional talvez coma o ovo de uma espécie de ave domesticada na Indochina ou delgadas fatias de carne de um animal domesticado na Ásia Oriental, salgada e defumada por um processo desenvolvido no Norte da Europa. Acabando de comer, nosso amigo se recosta para fumar, hábito implantado pelos índios americanos e que consome uma planta originária do Brasil; fuma cachimbo, que procede dos índios da Virgínia, ou cigarro, proveniente do México. Se for fumante valente, pode ser que fume mesmo um charuto, transmitido à America do Norte pelas Antilhas, por intermédio da Espanha. Enquanto fuma, lê notícias do dia, impressas em caracteres inventados pelos antigos semitas, em material inventado na China e por um processo inventado na Alemanha. Ao inteirar-se das narrativas dos problemas estrangeiros, se for bom cidadão conservador, agradecerá a uma divindade hebraica, numa língua indo-européia, o fato de ser cem por cento americano. (LINTON, 1959, p ). Compreender que as culturas são formadas pelas transformações oriundas de seus próprios sistemas culturais e também a partir de práticas originárias de

27 25 outros sistemas culturais ajuda a atenuar possíveis choques culturais e possibilita uma maior interação entre as diversas sociedades. A manipulação adequada e criativa desse patrimônio cultural permite as inovações e as invenções. Estas não são, pois, o produto da ação isolada de um gênio, mas o resultado do esforço de toda uma comunidade. (LARAIA, 2006, p.45). A partir da análise intercultural, percebemos também que, geralmente, os diversos sistemas culturais explicam um mesmo fenômeno das mais variadas formas. Isso não significa que devemos julgar qual é o sistema que melhor explica um dado fenômeno. Até porque tendemos a fazer isso a partir da nossa própria cultura e experiência, concluindo, quase sempre, que o nosso sistema cultural é o mais apropriado para explicar o fenômeno. Assim, algumas culturas vão analisar determinado fato a partir de meios materiais específicos, outras utilizando apenas os cinco sentidos. No entanto, não há uma regra que possa garantir com exatidão qual dos sistemas culturais está correto na interpretação do fato. Um exemplo disso são as várias explicações culturais que existem sobre os fenômenos do surgimento e o fim da vida. O homem sempre buscou explicações para fatos tão cruciais como a vida e a morte. [...] Explicar a vida implica a compreensão dos fenômenos da concepção do nascimento. Estas são importantes para a ordem social. Da explicação que o grupo aceita para a reprodução humana resulta o sistema de parentesco, que vai regulamentar todo o comportamento social. Nem sempre as relações de causa e efeito são percebidas da mesma maneira por homens de culturas diferentes. E hoje todos sabem que o homem só pode compreender o mistério da vida quando dispõe de instrumentos que lhe permitam desvendar o mundo do infinitamente pequeno. (LARAIA, 2006, p.89). Alguns exemplos de sistemas culturais que interpretam de forma diversificada o fenômeno são: para os habitantes das ilhas Trobriand, no Pacífico, não existe nenhuma relação entre a cópula e a concepção. Sabem, apenas, que uma jovem não deve mais ser virgem para ser penetrada por um espírito de sua linhagem materna, que vai gerar em seu útero uma criança. Esta criança estará ligada por laços de parentesco, apenas, aos parentes da jovem, não existindo em Trobriand nenhuma palavra correspondente a que utilizamos para definir pai. O homem que vive com a mulher será chamado pela criança por um termo que podemos traduzir como companheiro da mãe.

28 26 Esta idéia de reprodução sexual não impediu que os habitantes de Trobriand notassem a semelhança física que ocorre entre a criança e o companheiro da mãe. A explicação encontrada foi a de que a criança convive diariamente com aquele homem e dele copia os gestos, o modo de falar, as expressões faciais, dando a ilusão de semelhança. [...] Por outro lado, os índios Jê, do Brasil, correlacionam a relação sexual com a concepção, mas acreditam que só uma cópula é insuficiente para formar um novo ser. É necessário que o homem e a mulher tenham várias relações para que a criança seja totalmente formada e torne-se apta para o nascimento. O recém-nascido pertencerá tanto à família do pai como à da mãe. E se ocorrer que a mulher tenha, em um dado período que antecede ao nascimento, relações sexuais com outros homens, todos estes serão considerados pais da criança e agirão socialmente como tal. (LARAIA, 2006, p.90). Todas as interpretações formuladas pelas diversas culturas para os fenômenos da vida são logicamente plausíveis e possuem coerência no âmbito do próprio sistema cultural. Os sistemas culturais são o resultado da evolução histórica marcada pelas permanentes influências e mudanças de cada sociedade, através de um processo fundamentalmente dinâmico e transformador. a cultura, portanto, não é uma herança passiva, mas um processo ativo de criação de significados, que não são dados, mas constantemente redefinidos e construídos. Ela tem uma estrutura que direciona e delimita o espectro de novos valores, mas a estrutura é relativamente frouxa e alterável. (PAREKH, 2000, p. 153, tradução nossa). 3 3 Culture thus is not a passive inheritance but an active process of creating meaning, not given but constantly redefined and reconstituted. It does have a structure which directs and delimits the range of new meanings, but the structure is relatively loose and alterable.

29 27 3 O FENÔMENO CULTURAL SOB A VISÃO DE CLIFFORD JAMES GEERTZ O antropólogo estadunidense Clifford James Geertz (1989) observou que os iluministas do século XVIII defendiam a idéia de que a grande diversidade entre os homens no que diz respeito às crenças e valores, costumes e instituições era, essencialmente, sem significância para a definição de natureza humana. Considerava que tais diferenças eram simples acréscimos que sobrepunham e obscureciam o que era verdadeiramente humano. De acordo com os fundamentos iluministas, o que compunha, realmente, o ser humano era sua natureza constante, geral e universal, independente de tempo, lugar e circunstância, de estudos e profissões, modas passageiras e opiniões temporárias. Todavia, ao contrário do pensamento iluminista, para Geertz (1989) o que o homem, realmente, é está diretamente relacionado ao ambiente em que vive e no que ele próprio acredita ser. De acordo com o antropólogo, são esses fatos que possibilitaram o desenvolvimento do conceito de cultura e a decadência da idéia uniforme do homem. Geertz (1989) aponta para o fato de que é terrivelmente difícil diferenciar o que é natural, universal e constante no homem e o que é convencional e variável. Ademais, Geertz (1989) defende a idéia de que não há homens nãomodificados pelas culturas, nunca existiram e não o poderiam, levando-se em consideração a própria realidade do mundo e dos homens. Segundo Geertz (1989), as tentativas de compreender o ser humano a partir de seus costumes levaram a uma única estratégia intelectual ampla, a qual ele denominou de concepção estratigráfica das relações entre os fatores biológico, psicológico, social e cultural na vida humana. De acordo com essa concepção, o ser humano é formado por níveis superpostos. E, quando se analisa o ser humano, remove-se cada um dos níveis, sendo cada um desses completos e irredutíveis em si mesmos. Assim, analisando mais profundamente esses níveis, percebe-se que ao se retirar as várias formas de cultura, encontram-se as regularidades estruturais e funcionais da organização social; retirando-se estas encontram-se os fatores psicológicos; e, retirando-se os fatores psicológicos, encontram-se os fundamentos biológicos do ser humano.

30 28 Para esta concepção, o homem seria um animal hierarquicamente estratificado, uma espécie de depósito evolutivo com níveis pré-determinados (orgânico, psicológico, social e cultural). No século XVIII, com as influências do Iluminismo, o homem passou a ser considerado um ser basicamente racional, despido da cultura. No final do século XIX e início do século XX, esta imagem foi novamente substituída pela imagem do ser humano composto também pelos elementos culturais. A partir daí, foram desenvolvidas pesquisas e análises, visando encontrar universais nas culturas por uniformidades empíricas que, apesar das diversidades de costumes entre os povos no espaço geográfico e no tempo, podiam ser percebidas em todas as culturas e, praticamente, da mesma forma. Assim, Geertz (1989) destaca que a noção de um consensus gentium, ou seja, a concordância de todos os povos em torno de determinados valores e ideais, já estava presente no pensamento iluminista. Ressalta que o desenvolvimento desta idéia na antropologia moderna iniciou-se com a criação de Clark Wissler, nos anos 1920, do padrão cultural universal ; progrediu através da apresentação de uma lista de tipos institucionais universais no princípio dos anos de 1940 por Bronislaw Malinowski; e culminou na elaboração de um conjunto de denominadores comuns da cultura por G. P. Murdock durante o período da Segunda Guerra Mundial. Sobre este assunto, Geertz (1989) cita Clyde Kluckhohn, considerado por ele um dos teóricos mais persuasivos do consensus gentium: alguns aspectos da cultura assumem suas forças específicas como resultado de acidentes históricos; outros são modelados por forças que podem ser designadas corretamente como universais. (KLUCKHOHN apud GEERTZ, 1989, p.50). Para que seja possível a concretização do consensus gentium, Geertz (1989) aponta alguns requisitos que devem ser cumpridos, quais sejam, os universais propostos devem ser substanciais e não categorias vazias; devem ser especificamente fundamentados em processos particulares biológicos, psicológicos ou sociológicos, e não vagamente associados a realidades subjacentes ; e tais universais devem ser, sobretudo, convincentemente defendidos como elementos essenciais ao seres humanos; e as particularidades culturais devem ser vistas como elementos de importância secundária. De acordo com Geertz (1989), a abordagem do consensus gentium falha em todos esses três itens, visto que, em vez de se mover em direção aos elementos

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