TASM DEFINIÇÃO DE UMA NOVA TABELA DE CONVERSÃO
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- Pedro Botelho Pinheiro
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1 TASM O TASM (Telemark Assembler) é um assemblador baseado em tabelas de conversão que corre em MS-DOS ou Linux. Código Assembly escrito de acordo com uma determinada sintaxe pode ser compilado usando o TASM, sendo possível, à posteriori, transferir o código objecto gerado para o microprocessador alvo. No caso do nosso trabalho, a linguagem PL define um conjunto de comandos ( tipo Assembly ) que serão utilizados na definição de percursos. Do ponto de vista do TASM, a sequência de comandos utilizada para a definição de um percurso representa o código fonte que terá que ser convertido em código objecto (ou código máquina). O TASM interpretará os comandos presentes no código fonte, recorrendo a uma tabela de conversão que terá que ser definida por nós, e retornará como resultado o respectivo código objecto, que pode ser depois transferido para a Memória de Dados Interna (MDI) do 80C51, usando a porta série. Neste documento é apresentado o procedimento a seguir para a definição de uma tabela de conversão, a sintaxe a utilizar na escrita do código fonte e a sintaxe associada ao código objecto gerado pelo TASM. DEFINIÇÃO DE UMA NOVA TABELA DE CONVERSÃO O TASM define uma sintaxe simples para a definição de tabelas de conversão. No nosso caso teremos que criar uma tabela de conversão correspondente à linguagem PL, que vamos utilizar para a programação de percursos. O nome do ficheiro que contém a tabela de conversão a utilizar é determinado pela opção numérica que indicamos ao invocar o TASM na linha de comandos. Esse valor numérico é acrescentado à string TASM, sendo depois adicionada a extensão.tab, para completar o nome do ficheiro. Assim, se for indicado o comando: tasm -51 test.asm o TASM utilizará o ficheiro TASM51.TAB para ler a tabela de conversão a utilizar na interpretação do código fonte. Deste modo, no nosso caso, a tabela de conversão para a linguagem PL pode ser definida, por exemplo, no ficheiro TASM99.TAB, sendo o TASM invocado com a opção -99. RLC Utilização do TASM para geração de código objecto Pág. 1
2 Na Tabela 1 estão indicados os principais campos de uma tabela de conversão (os campos adicionais que poderão fazer parte de uma tabela de conversão estão descritos no manual que acompanha o software [2]). A separação dos campos na tabela de conversão é feita através de espaços em branco (espaços ou tabulações). Na definição da tabela, o carácter * é usado para indicar qualquer valor de 8 bits, as aspas são usadas para indicar ausência de operandos e o carácter, é utilizado para separar operandos pertencentes à mesma instrução (o exemplo apresentado abaixo ajuda a compreender a utilização deste caracteres). Tabela 1. Principais campos de uma tabela de conversão. NOME DESCRIÇÃO INSTRUCTION Mnemónica da instrução ARGS Operandos OPCODE Código hexadecimal da instrução que indica a respectiva instrução no código objecto gerado pelo TASM NBYTES Número de bytes ocupados RULE Determina se é necessária alguma operação especial relativamente ao código gerado para esta instrução (no nosso caso, será NOTOUCH ou NOP, dado que queremos simplesmente converter o código fonte em código objecto, de acordo com a tabela de conversão) CLASS Especifica se uma instrução faz parte do conjunto de instruções standard ou se faz parte de um conjunto de instruções de extensão (no nosso caso, devemos especificar o valor 1) RLC Utilização do TASM para geração de código objecto Pág. 2
3 Exemplo de uma tabela de conversão: ============================================================= mnem. args. opcode bytes modop. class ============================================================= COMMAND1 * NOTOUCH 1 COMMAND2 * NOTOUCH 1 COMMAND3 * NOTOUCH 1 COMMAND4 "" NOTOUCH 1 COMMAND5 "" NOTOUCH 1 COMMAND6 "" NOTOUCH 1 COMMAND7 R,* NOTOUCH 1 JP * NOTOUCH 1 HALT "" NOTOUCH 1 EOP "" 454F50 03 NOTOUCH 1 Considerações relativamente ao exemplo apresentado: os comandos apresentados são apenas ilustrativos e não fazem parte de nenhuma linguagem específica os opcodes usados são também ilustrativos. No caso dos comandos PL, tal como está indicado no guião do trabalho integrador, sugere-se que se utilizem os códigos ASCII da primeira letra do comando, ou no caso de haver sobreposições, uma letra que seja elucidativa DEFINIÇÃO DO CÓDIGO FONTE Nesta secção apenas se apresentam os aspectos mais relevantes para a criação de um ficheiro.asm com o código fonte. Para mais detalhes consulte o manual que acompanha o software [1]. O código fonte no ficheiro.asm deve ser definido de acordo com o formato seguinte (excepto as directivas do assemblador): etiqueta instrução operando comentário Todos os campos são opcionais sob as circunstâncias apropriadas; por exemplo, se uma determinada instrução não define qualquer operando, então o campo operando pode ser omitido. Um número arbitrário de espaços ou tabulações pode ser usado para separar os campos, desde que o número máximo de caracteres por RLC Utilização do TASM para geração de código objecto Pág. 3
4 linha não exceda 255. Cada um dos campos mencionados é descrito em detalhe abaixo. etiqueta se o primeiro carácter da linha for alfabético é assumido que isso indica o início de uma etiqueta. Os caracteres subsequentes são aceites como parte da etiqueta até que um espaço, tab ou o carácter : seja encontrado. O TASM atribui um valor à etiqueta que corresponde ao valor do contador de localização, inicializado a 0. uma etiqueta pode ter no máximo 32 caracteres e ser composta por maiúsculas e/ou minúsculas, dígitos, underscores ou pontos, sendo que o primeiro carácter terá sempre que ser alfabético. as etiquetas são case sensitive a etiqueta START é diferente de start a menos que a opção i (ignore case) seja indicada aquando da invocação do TASM na linha de comandos instrução o campo instrução contém uma mnemónica correspondente a uma instrução que especifica a acção a executar pelo microprocessador alvo quando esta instrução é interpretada a interpretação de cada mnemónica é dependente do microprocessador alvo e ocorre de acordo com a tabela de conversão indicada aquando da invocação do TASM o campo instrução poderá começar em qualquer coluna (excepto na primeira) e é case insensitive operando o campo operando especifica os dados que serão usados pela instrução em causa pode incluir expressões e/ou símbolos especiais que descrevem o modo de endereçamento a ser usado o real formato depende da tabela de conversão indicada aquando da invocação do TASM podem ser incluídos mais do que um operando (separados por vírgulas) comentário o campo comentário começa sempre pelo carácter ; RLC Utilização do TASM para geração de código objecto Pág. 4
5 o que resta da linha é ignorado aquando da geração do código objecto o campo comentário deve ser o último campo numa linha, mas poderá ser o único campo definido numa linha, iniciando, se desejado, na primeira coluna O código fonte definido num ficheiro.asm deve sempre terminar com a directiva.end. SINTAXE DO CÓDIGO OBJECTO GERADO PELO TASM O TASM é capaz de gerar código objecto em vários formatos. Nesta secção descrevese apenas o formato por omissão; para a descrição dos restantes formatos consulte o manual que acompanha o software [1]. Formato Intel Hex Object O formato Intel Hex Object é orientado à linha e utiliza apenas caracteres ASCII, excepto para o carriage return/line feed no fim de cada linha. O formato pode ser simbolicamente representado da seguinte forma: :NN AAAA RR HH CC CRLF A Tabela 2 indica o significado de cada um destes símbolos. Tabela 2. Tabela de símbolos relativos ao formato Intel Hex object. SÍMBOLO DESCRIÇÃO : Carácter de início de registo NN Número de bytes (2 dígitos hexadecimais) AAAA Endereço do primeiro byte (4 dígitos hexadecimais) RR Tipo de registo (00 excepto o último que é 01) HH Data bytes (par de dígitos hexadecimais para cada byte de dados no registo); por exemplo, uma instrução será representada por 2 dígitos hexadecimais. CC Checksum (2 dígitos hexadecimais) CRLF Terminação de linha RLC Utilização do TASM para geração de código objecto Pág. 5
6 A última linha do ficheiro com o código objecto segue o formato indicado na Tabela 2 com NN=0. CRIAÇÃO DA TABELA DE CONVERSÃO PARA A LINGUAGEM PL E RESPECTIVO TESTE A criação da tabela de conversão correspondente à linguagem PL poderá basear-se no exemplo apresentado neste documento. Depois de criada a tabela de conversão, deverá testar-se a geração do código objecto, a partir de um código fonte exemplo. Para tal, poderá ser usado o código fonte exemplo apresentado no guião do trabalho integrador. Devemos então criar um ficheiro.asm com o código fonte (por exemplo, teste.asm ), usando a sintaxe apresentada neste documento. De seguida, invocamos o TASM, indicando na linha de comandos o número que identifica a tabela de conversão que deverá ser usada na conversão do código fonte (ficheiro teste.asm) no respectivo código objecto (ficheiro teste.obj). Finalmente, devemos analisar cuidadosamente o código objecto gerado pelo TASM, a fim de compreender com detalhe a sintaxe do ficheiro teste.obj. Este é um aspecto importante, uma vez que o conjunto de bytes incluídos neste ficheiro constituirá o conteúdo que será carregado para a MDI do 80C51 e que terá que ser interpretado pelo código Assembly a desenvolver. O diagrama abaixo resume os passos a efectuar neste pequeno teste: Criar tabela de Criar ficheiro.asm Invocar o TASM, Análise do ficheiro conversão para a com código fonte indicando a tabela.obj linguagem PL de conversão (tasm XX nome.asm) REFERÊNCIAS [1] Thomas N. Anderson, The Telemark Assembler (TASM) User Manual, v. 3.2, Sep [2] Thomas N. Anderson, TASM table syntax description, Sep RLC Utilização do TASM para geração de código objecto Pág. 6
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