***I PROJECTO DE RELATÓRIO

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1 PARLAMENTO EUROPEU Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor PROVISÓRIO 2003/0205(COD) 9 de Janeiro de 2004 ***I PROJECTO DE RELATÓRIO sobre a proposta de directiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes às medidas a tomar contra a emissão de gases e partículas poluentes provenientes dos motores de ignição por compressão utilizados em veículos e a emissão de gases poluentes provenientes dos motores de ignição comandada alimentados a gás natural ou a gás de petróleo liquefeito utilizados em veículos (COM(2003) 522 C /0205(COD)) Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor Relator: Bernd Lange PR\ doc PE

2 PR_COD_1am Legenda dos símbolos utilizados * Processo de consulta Maioria dos votos expressos **I Processo de cooperação (primeira leitura) Maioria dos votos expressos **II Processo de cooperação (segunda leitura) Maioria dos votos expressos para aprovar a posição comum Maioria dos membros que compõem o Parlamento para rejeitar ou alterar a posição comum *** Parecer favorável Maioria dos membros que compõem o Parlamento, excepto nos casos visados nos artigos 105º, 107º, 161º e 300º do Tratado CE e no artigo 7º do Tratado UE ***I Processo de co-decisão (primeira leitura) Maioria dos votos expressos ***II Processo de co-decisão (segunda leitura) Maioria dos votos expressos para aprovar a posição comum Maioria dos membros que compõem o Parlamento para rejeitar ou alterar a posição comum ***III Processo de co-decisão (terceira leitura) Maioria dos votos expressos para aprovar o projecto comum (O processo indicado tem por fundamento a base jurídica proposta pela Comissão) Alterações a textos legais Nas alterações do Parlamento, as diferenças são assinaladas simultaneamente a negrito e em itálico. A utilização de itálico sem negrito constitui uma indicação destinada aos serviços técnicos e tem por objectivo assinalar elementos do texto legal que se propõe sejam corrigidos, tendo em vista a elaboração do texto final (por exemplo, elementos manifestamente errados ou lacunas numa dada versão linguística). Estas sugestões de correcção ficam subordinadas ao aval dos serviços técnicos visados. PE /12 PR\ doc

3 Í N D I C E Página PÁGINA REGULAMENTAR...4 PROJECTO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU...5 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS...10 PR\ doc 3/12 PE

4 PÁGINA REGULAMENTAR Por carta de 5 de Setembro de 2003, a Comissão apresentou ao Parlamento, nos termos do nº 2 do artigo 251º e do artigo 95º do Tratado CE, a proposta de directiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes às medidas a tomar contra a emissão de gases e partículas poluentes provenientes dos motores de ignição por compressão utilizados em veículos e a emissão de gases poluentes provenientes dos motores de ignição comandada alimentados a gás natural ou a gás de petróleo liquefeito utilizados em veículos (COM(2003) /0205(COD)). Na sessão de 8 de Outubro de 2003, o Presidente do Parlamento comunicou o envio da referida proposta à Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor, competente quanto à matéria de fundo, e à Comissão da Indústria, do Comércio Externo, da Investigação e da Energia, encarregada de emitir parecer. (C5-0456/2003). Na sua reunião de 2 de Dezembro de 2003, a Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor designou relator Bernd Lange. Na sua reunião/nas suas reuniões de..., a comissão procedeu à apreciação da proposta da Comissão e do projecto de relatório. Na mesma/última reunião, a comissão aprovou o projecto de resolução legislativa por... votos a favor,... contra e... abstenção(abstenções)/por unanimidade. Encontravam-se presentes no momento da votação... (presidente/presidente em exercício),... (vice-presidente),... (vice-presidente), Bernd Lange (relator),...,... (em substituição de...),... (em substituição de..., nos termos do nº 2 do artigo 153º do Regimento),... e.... (O parecer (Os pareceres) da Comissão... (e da Comissão...) encontra(m)-se apenso(s) ao presente relatório.) (Em..., a Comissão... decidiu não emitir parecer.) O relatório foi entregue em.... PE /12 PR\ doc

5 PROJECTO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU sobre a proposta de directiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes às medidas a tomar contra a emissão de gases e partículas poluentes provenientes dos motores de ignição por compressão utilizados em veículos e a emissão de gases poluentes provenientes dos motores de ignição comandada alimentados a gás natural ou a gás de petróleo liquefeito utilizados em veículos (COM(2003) 522 C5-0456/ /0205(COD)) (Processo de co-decisão: primeira leitura) O Parlamento Europeu, Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2003) 522) 1, Tendo em conta o nº 2 do artigo 251º e o artigo 95º do Tratado CE, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C5-0456/2003), Tendo em conta o artigo 67º do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor (A5-0000/2003), 1. Aprova a proposta da Comissão com as alterações nela introduzidas; 2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo esta proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto; 3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão. Texto da Comissão Alterações do Parlamento Alteração 1 Considerando 6 bis (novo) (6 bis) Em todas as situações de carga, escolhidas aleatoriamente, os valores-limite não podem ser ultrapassados em mais de 50%. A alteração visa assegurar que os valores-limite não sejam só pontualmente ajustados ao 1 JO C... / Ainda não publicada em JO. PR\ doc 5/12 PE

6 ciclo de ensaio, mas sejam igualmente respeitados em condições normais de funcionamento, em pontos de ensaio escolhidos aleatoriamente. Alteração 2 Considerando 15 bis (novo) (15 bis) A Comissão deverá propor, com a maior brevidade possível, um nível adicional de valores-limite para as emissões de NOx e de partículas. As reduções já efectuadas das emissões de partículas de veículos ligeiros e de veículos pesados não são ainda suficientes para assegurar futuramente o respeito dos valores-limite de emissão prescritos pela legislação europeia em matéria de qualidade do ar. Nessa medida, impõe-se uma nova redução dos valores-limite das emissões de partículas dos veículos ligeiros e pesados. Além disso, importa examinar se não será eventualmente necessário fixar novos valores-limite em função do número de partículas. Alteração 3 Considerando 16 (16) A Comissão deve ter em conta a tecnologia existente para confirmar a norma obrigatória para os NO x em 2008 no âmbito de um relatório a apresentar ao Parlamento Europeu e ao Conselho, acompanhado, se necessário, de propostas adequadas. Suprimido O valor-limite para as emissões de NOx de 2,0 g/kwh a partir de 2008 foi, há muito, confirmado, por um estudo e reconhecido como sendo realista. O relatório obrigatório da Comissão, que deveria ter sido de facto apresentado até finais de 2002, ainda não foi elaborado e deixou de ser necessário. O considerando torna-se assim obsoleto, pelo que deve ser suprimido. Alteração 4 Artigo 2, nº 9 bis (novo) 9 bis. Em todas as situações de carga, escolhidas aleatoriamente, os valores-limite indicados nas linhas B1, B2 PE /12 PR\ doc

7 e C da tabela constante do ponto do Anexo I não podem ser ultrapassados em mais de 50%. A alteração visa assegurar que os valores-limite não sejam só pontualmente ajustados ao ciclo de ensaio, mas sejam igualmente respeitados em condições normais de funcionamento, em pontos de ensaio escolhidos aleatoriamente. Alteração 5 Artigo 3, nº 1, último parágrafo A partir de 1 de Outubro de 2005, quanto aos novos tipos e a partir de 1 de Outubro de 2006 quanto a todos os tipos, os certificados de homologação dos veículos deverão confirmar igualmente o bom funcionamento dos dispositivos de controlo das emissões durante o tempo de vida normal do veículo, em condições normais de funcionamento (conformidade dos veículos em funcionamento devidamente utilizados e manutencionados) Anular a supressão A questão do denominado controlo em circulação é claramente uma questão política e não deve ser, em princípio, deixada ao critério do Comité de Regulamentação. Este é apenas competente no que se refere aos detalhes técnicos e não no que se refere à decisão se deve ser previsto esse controlo. E esta decisão, diga-se de passagem, foi já tomada e é uma das missões decorrentes da Directiva 199/96/CE. PR\ doc 7/12 PE

8 Alteração 6 Artigo 4, nº 3 bis (novo) 3 bis. Será obrigatoriamente assegurado o acesso ilimitado e normalizado ao sistema OBD para fins de inspecção, diagnóstico, manutenção e reparação, em conformidade com as disposições pertinentes da Directiva 70/220/CEE e as disposições aplicáveis a peças sobresselentes a fim de garantir a compatibilidade com os sistemas OBD. A alteração reintroduz o texto suprimido pela Comissão na parte política. Trata-se claramente de uma questão política, que não deve ser da competência do Comité de Regulamentação. Alteração 7 Artigo 7, nº 1 bis (novo) 1 bis. A Comissão apresentará ao Parlamento Europeu e ao Conselho, até 2004, uma proposta com vista a uma nova limitação das emissões de NOx e de partículas dos motores pesados. Nesse relatório, analisará a necessidade de se prever um valor-limite adicional para o número e as dimensões das partículas e fixará, se for caso disso, esse valor-limite. As reduções já efectuadas das emissões de partículas de veículos ligeiros e de veículos pesados não são ainda suficientes para assegurar futuramente o respeito dos valores-limite de emissão prescritos pela legislação europeia em matéria de qualidade do ar. Nessa medida, impõe-se uma nova redução dos valores-limite das emissões de partículas dos veículos ligeiros e pesados. Além disso, importa examinar se não será eventualmente necessário fixar novos valores-limite em função do número de partículas. Alteração 8 Artigo 7, nº 4 PE /12 PR\ doc

9 4. A Comissão procederá, até 31 de Dezembro de 2002, o mais tardar, a um estudo das tecnologias disponíveis, a fim de confirmar a norma obrigatória para os NO x prevista para 2008, num relatório a apresentar ao Parlamento Europeu e ao Conselho, acompanhado, se necessário, de propostas adequadas. Suprimido O valor-limite para as emissões de NOx de 2,0 g/kwh a partir de 2008 foi, há muito, confirmado, por um estudo e reconhecido como sendo realista. O relatório obrigatório da Comissão, que deveria ter sido de facto apresentado até finais de 2002, ainda não foi elaborado e deixou de ser necessário. O número torna-se assim obsoleto, pelo que deve ser suprimido. PR\ doc 9/12 PE

10 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A proposta da Comissão em apreço visa dois objectivos: 1. Colmatar a lacuna ainda existente no processo legislativo relativo à Directiva 199/96/CE (alteração da Directiva 88/77/CEE); 2. Aplicar a nova abordagem regulamentar mediante a reformulação da directiva (e revogação da anterior directiva), procedendo a uma subdivisão em directiva política e directiva técnica. No caso da proposta em apreço trata-se de "sobras" da Directiva 1999/96/CE relativa às emissões poluentes de veículos pesados. Nos termos do artigo 7º desta directiva, a Comissão deveria apresentar ao Parlamento Europeu e ao Conselho, até finais de 2000 (!), uma proposta destinada a colmatar a lacuna existente. De facto, trata-se de dar conteúdo a disposições já definidas. Os artigos 4º a 6º da referida directiva prevêem que obrigatoriamente, a partir de 1 de Outubro de 2005, - todos os novos modelos de veículos estejam equipados com um sistema de diagnóstico a bordo (OBD) ou um sistema de medição a bordo (OBM) para controlar as emissões gasosas em funcionamento, - os certificados de homologação de todos os novos tipos de motores e veículos confirmem o bom funcionamento dos dispositivos de redução das emissões durante o tempo de vida normal do veículo ou do motor, - os certificados de homologação de todos os novos tipos de veículos confirmem igualmente o bom funcionamento dos dispositivos de controlo de emissões durante o tempo de vida normal do veículo, em condições normais de funcionamento. Por outras palavras: a Comissão apresenta a sua proposta com três anos de atraso e compromete, assim, a aplicação correcta e o respeito das disposições! Na sua proposta, ela própria afirma que o processo de co-decisão para a parte política da directiva deverá estar concluído na primeira metade de o que é efectivamente a última possibilidade. Mas, nestas condições, um processo de co-decisão correcto e meticuloso tornou-se praticamente impossível! A data de execução de 1 de Outubro de 2005 exige agora uma actuação rápida e direccionada. Não podemos deixar de suspeitar que a Comissão, a encoberto da introdução da nova abordagem a dois níveis, procura dissimular que não cumpriu a sua missão. Neste contexto, importa esclarecer igualmente em que medida o prazo de 30 de Junho de 2004, estabelecido para a adopção da directiva técnica por parte do Comité de Regulamentação, é vinculativo. Se tivermos em conta que a Comissão teve tempo, desde Dezembro de 1999, para cumprir o seu dever, o resultado é um duplo desaforo: em primeiro lugar, em virtude do atraso de três anos, em segundo lugar, pelo facto de a parte política apenas conter três novidades, a saber, a introdução de valores-limite OBD, assim como a definição de sistemas OBD e de requisitos PE /12 PR\ doc

11 de durabilidade. Acresce que os respectivos detalhes continuam absolutamente em aberto e são inteiramente da responsabilidade do Comité de Regulamentação: a) Instalação em amplas fases dos sistemas OBD e introdução de valores-limite OBD: durante a primeira fase, a partir de Outubro de 2005, o sistema deverá detectar deficiências no sistema de controlo do motor que levem a que sejam ultrapassados os valores-limite dos gases de escape. Além disso, deve detectar "deficiências importantes" em qualquer sistema de pós-tratamento das emissões a jusante, assim como filtros de partículas ou catalisadores. Na segunda fase, a partir de Outubro de 2008, o sistema OBD deve ser não só capaz de reconhecer deficiências no sistema de controlo do motor, mas também insuficiências na eficácia dos sistemas de pós-tratamento dos gases de escape a jusante. b) Definição da durabilidade dos sistemas de controlo de emissões: neste caso, a Comissão retomou a reivindicação do PE em primeira leitura (= de Outubro de 1998!), pelo menos, no que diz respeito ao número de quilómetros. Teria sido, portanto, possível alcançar um acordo já anteriormente: - para os veículos da categoria N1: km ou 5 anos - para veículos das categorias N2 e M2: km ou 6 anos - para veículos das categorias N3 e M3: km ou 7 anos. c) Controlo do respeito dos sistemas em funcionamento ("in-use-compliance"): no tocante ao denominado controlo dos veículos em circulação, que devia ser igualmente regulamentado, não são adoptadas disposições inequívocas. Antes pelo contrário, são formuladas disposições vagas, que suscitam ainda mais confusão quanto à questão de saber se os controlos devem ser de facto prescritos a título obrigatório. Ora esta questão é claramente uma questão política, que não deve ser deixada ao critério do Comité de Regulamentação. Além disso, a decisão política nesta matéria foi já tomada! É de acolher com satisfação o facto de finalmente dispormos de um texto consolidado. Não deve ser confiada a gabinetes de consultoria a tarefa de, contra remuneração, elaborar textos legislativos de molde a torná-los mais compreensíveis. Estes textos devem ser, à partida, apresentados pela Comissão de forma inteligível e ser acessíveis a todos. A legibilidade é, em última análise, importante para assegurar a transparência e a democracia. Mas um texto consolidado deste tipo, precisamente quando se trata de uma novidade, como é o caso vertente, requer, com efeito, uma análise aprofundada. Em princípio, é de acolher com satisfação a nova abordagem a dois níveis. Segundo esta abordagem, o Parlamento e o Conselho acordam, no âmbito do processo de co-decisão, os conteúdos e os objectivos políticos, ao passo que os detalhes técnicos são definidos pela Comissão. Deste modo, o processo legislativo torna-se mais eficaz e o legislador pode concentrar-se nas questões essenciais. Controversa é, no entanto, a divisão correcta em parte política e parte técnica. Na proposta em apreço, foram feitas divisões manifestamente incorrectas e inseridas, na parte técnica, duas questões eminentemente políticas. Tal diz respeito, como acima indicado, por um lado, às disposições referentes ao controlo do veículo em circulação. Por outro lado, foi suprimida da parte política uma questão importante relacionada com os sistemas OBD, designadamente, a garantia de um acesso ilimitado e normalizado para efeitos de inspecção, diagnóstico, manutenção e reparação. A nova PR\ doc 11/12 PE

12 abordagem a dois níveis significa, porém, que na parte política se decide "se", ao passo que o Comité de Regulamentação deve reflectir, na parte técnica, sobre o "como". É, pois, inadmissível que a decisão política seja igualmente deixada a seu cargo! Quanto ao fundo, a legislação em apreço apresenta, além disso, como maior défice a disparidade entre os resultados no ciclo de ensaios e em condições reais de circulação. Os autocarros, por exemplo, circularam em grande parte fora da grelha do ciclo de ensaios. Existem indícios de que alguns motores são especificamente ajustados ao ciclo de ensaio, mas têm, fora do ciclo, uma linha de escape completamente diferente. Tal comportamento é possibilitado através de uma gestão electrónica do motor. Tal pode, na realidade, levar a que motores modernos tenham afinal níveis de emissões mais elevados do que motores antigos. Esta possibilidade tem de ser limitada, a fim de não levar as medições de valores-limite ao absurdo. Por esse motivo, deverá ser introduzida uma limitação percentual das ultrapassagens dos valores-limite em qualquer ponto escolhido aleatoriamente. As reduções já efectuadas das emissões de partículas dos veículos ligeiros e dos veículos pesados não são ainda suficientes para assegurar o respeito dos valores-limite de emissão prescritos pela legislação europeia em matéria de qualidade do ar (a partir de 1 de Janeiro de 2001, é aplicável um novo valor-limite para as PM10). Nesta medida, é indispensável proceder a uma nova redução dos valores-limite das emissões de partículas de veículos ligeiros e veículos pesados, que provavelmente exigirá igualmente a aplicação de novas tecnologias. Além disso, convinha examinar se não deverão ser igualmente estabelecidos novos valores-limite em função do número e das dimensões das partículas. Suspeita-se que precisamente as partículas ultrafinas comportem riscos elevados. A Comissão deverá, por esse motivo, apresentar ainda este ano uma proposta para os Euro VI. Por último, deve ser igualmente suprimido o nº 4 do artigo 7º, que entretanto se tornou obsoleto e foi, de certo modo, ultrapassado pela história da legislação em matéria de emissões poluentes. O valor-limite para as emissões de NOx de 2,0 g/kwh a partir de 2008 foi, há muito, confirmado por um estudo e considerado realista. O relatório obrigatório da Comissão, que deveria ter sido apresentado de facto até finais de 2002, ainda não foi elaborado e provavelmente já não o será. Nas condições descritas, não dispomos infelizmente de tempo suficiente para uma análise aprofundada. A única possibilidade de concluir o processo legislativo com antecedência suficiente para que as disposições relativas aos Euro IV possam ser aplicadas dentro do prazo previsto, reside num acordo em primeira leitura. E esta deverá estar concluída, o mais tardar, até à sessão de Abril, caso contrário, será igualmente comprometida a fase seguinte dos Euro V. PE /12 PR\ doc