JOÃO MANUEL GALÃO BONIN APLICABILIDADE DE CLOUD COMPUTING (COMPUTAÇÃO EM NUVEM) COMO FATOR DE REDUÇÃO DE CUSTOS NAS DIVERSAS ÁREAS DE NEGÓCIOS

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1 JOÃO MANUEL GALÃO BONIN APLICABILIDADE DE CLOUD COMPUTING (COMPUTAÇÃO EM NUVEM) COMO FATOR DE REDUÇÃO DE CUSTOS NAS DIVERSAS ÁREAS DE NEGÓCIOS Londrina 2011

2 JOÃO MANUEL GALÃO BONIN APLICABILIDADE DE CLOUD COMPUTING (COMPUTAÇÃO EM NUVEM) COMO FATOR DE REDUÇÃO DE CUSTOS NAS DIVERSAS ÁREAS DE NEGÓCIOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Ciência da Computação do Centro Universitário Filadélfia de Londrina UniFil, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Ciência da Computação. Orientador: Prof. Ms. Sérgio Akio Tanaka e Co-orientador: Prof. Msc. Adail Roberto Nogueira. Londrina 2011

3 JOÃO MANUEL GALÃO BONIN APLICABILIDADE DE CLOUD COMPUTING (COMPUTAÇÃO EM NUVEM) COMO FATOR DE REDUÇÃO DE CUSTOS NAS DIVERSAS ÁREAS DE NEGÓCIOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Ciência da Computação do Centro Universitário Filadélfia de Londrina - UniFil em cumprimento a requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação. APROVADA PELA COMISSÃO EXAMINADORA EM LONDRINA, 16 DE NOVEMBRO DE Prof. Ms. Sergio Akio Tanaka - Orientador (UniFil) Prof. Msc. Moisés Fernando Lima Examinador (UniFil) Prof. Roberto Yukio Nishimura - Examinador (UniFil)

4 Londrina, 16 de Novembro de Ao Aluno João Manuel Galão Bonin Prezado(a) Senhor(a): Tem a presente a finalidade de NOTIFICAR-LHE nos termos do art. 867 e seguintes do Código de Processo Civil com vistas a prevenir responsabilidades, provendo a conservação e ressalva de direitos. A UNIFIL em razão da apresentação recorrente de trabalhos onde se tem efetuado a cópia de trechos e até capítulos ou trabalhos inteiros, vem notificá-lo que tal pratica é vedada pela Lei de Direitos Autorais nº 9.610/98 em seus artigos 1º, 5º incisos VI e X, 7º, 22º, 24º inciso IV, 29º e 41º, cumulados com a nova redação dos artigos 184 e 186 do Código penal dados pela lei /2003, que prevê não apenas a proibição de cópia total ou parcial sem atribuição da devida autoria como inclusive pena de detenção de até quatro anos mais multa para quem assim proceder. Assim sendo, considera-se o aluno: João Manuel Galão Bonin, série: 3, ciente de previsão legal que veda tal prática e se mesmo assim optar por fazê-lo deverá arcar sozinho com o ônus de tal ato, quer seja ele penal, cível ou administrativo, não podendo a Instituição de Ensino ser responsabilizada por opção do aluno sem seu consentimento ou anuência.. Na esfera administrativa desde já ficam, também devidamente notificados, que os trabalhos copiados na íntegra ou que apresentem cópia parcial, serão sumariamente reprovados; bem como estarão sujeitos a outras medidas cabíveis. Conforme Artigo 20º do Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC do Curso de Ciência da Computação o qual relata o seguinte: Na correção do TCC ou do Relatório Final de Estágio o professor orientador deverá verificar a existência de plágio e caso seja confirmada, o(a) aluno(a) não poderá fazer a apresentação à banca e estará automaticamente reprovado no TCC ou na disciplina de Estágio Supervisionado, devendo cursar a disciplina no ano seguinte para concluir o curso.. Sem mais para o momento. Atenciosamente. Assinaturas: Prof. Orientador: Aluno:

5 Dedico este trabalho aos meus pais, Márcia Bonin e Adão Bonin, que formaram os fundamentos do meu caráter para vida.

6 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus familiares que me permitirão ter um ensino de qualidade. Aos meus professores, que ao passar destes três anos de curso foram de extrema competência e colaboração ao meu futuro crescimento profissional. Ao Prof. Ms. Sergio Akio Tanaka, pela orientação e atenção especial no desenvolvimento deste trabalho. Especialmente ao Prof. Msc. Adail Roberto Nogueira, por ter dado a oportunidade de ter participado e colaborado na confecção de seu projeto de pesquisa na qual é fundamentado este trabalho.

7 Quando a árvore é pequena, o jardineiro orienta-a como quer. Mas quando a árvore cresceu, já não pode reorientar as suas curvas e sinuosidades. (Shakur, Abu).

8 Bonin, João Manuel. Galão. Aplicabilidade de Cloud Computing (Computação em Nuvem) como Fator de Redução de Custos nas Diversas Áreas de Negócio f Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) - Centro Universitário Filadélfia de Londrina - UniFil, Londrina, RESUMO Este trabalho teve como objetivo criar um mapeamento das ferramentas que estão mais em evidência quando o assunto é computação nas nuvens, isso separando em seus principais modelos de serviços, ou seja, software como um serviço (SaaS), plataforma como um serviço (PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS). Foi realizado um panorama de qual a melhor solução que uma empresa pode adotar para diminuir os custos de infraestrutura e de negócios. Um estudo de caso foi utilizado para simulação e testes de benchmark, com o intuito de ajudar na melhor escolha de um provedor de infraestrutura para implantação interna em uma empresa. Tudo isto visando uma real contribuição e a forma de aplicação em empresas com o âmbito focado nos negócios. Os resultados auxiliaram no direcionamento de companhias na decisão pela adoção desta modalidade computacional em seus modelos de negócio. Palavras-chave: Cloud computing. Serviços. Nuvem.

9 Bonin, João M. Galão. Applicability of Cloud Computing as Cost Reduction Factor in Various Business Areas s Completion of Course Work (undergraduate in Computer Science) - Filadélfia University Center of Londrina - UniFil, Londrina, ABSTRACT This work aimed to create a mapping of the tools that are more high when it comes to cloud computing, separating it into its flagship service, or software as a service (SaaS), platform as a service (PaaS) and infrastructure as a service (IaaS). This was a picture of what the best solution that a company can adopt to reduce infrastructure costs and business. A case study was used for simulation and benchmark tests, in order to better assist in choosing a provider of infrastructure for internal deployment in an enterprise. All this in order to form a real contribution and application companies in connection with the business focused. The results helped in guiding companies in the decision by the adoption of this modality in computing their business models. Key-words: Cloud computing. Services. Cloud.

10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Tendências tecnológicas (GARTNER IT, 2009 citado por CAMBIUCCI, 2011).. 19 Figura 2 - Modelos de Serviços (CHIRIGATI, 2009) Figura 3 - Tela do Cadastro de Contatos Figura 4 - Crescimento de Cloud Computing (CERALEY, 2011)... 58

11 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Teste de Benchmark das Infraestruturas Pesquisadas Tabela 2 - Teste De Benchmark Do Serviço Criado... 57

12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS API AJAX AWS CDN CRM CRUD DNS GAE HTTP IaaS ISV IP MSHTML OS PaaS QoS SaaS SDK SI RIA ROI SLA Application Programming Interface Asynchronous Javascript and XML Amazon Web Services Content Delivery Network Customer Relationship Management Create, Retrieve, Update and Delete Domain Name System Google App Engine HyperText Transfer Protocol Infrastructure as a Service Independent Software Vendor Internet Protocol Renderizador HTML Operating System Plataform as a Service Quality of Service Software as a Service Software Development Kit System Information Rich Internet Applications Return of investment Service Level Agreement

13 SSL TCO TLS URL TI Security Sockets Layer Total cost of ownership Transport Layer Security Uniform Resource Locator Tecnologia da Informação

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Justificativa Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos REVISÃO DA LITERATURA O que é Cloud Computing? Características Principais Modelos de Negócios Software com um Serviço (SaaS) Plataforma como um Serviço (PaaS) Infraestrutura como um Serviço (IaaS) Modelos de Implantação Desafios Atuais Interoperabilidade Segurança Disponibilidade Confiabilidade Nuvens nos Negócios Ferramentas de Cloud Computing Separadas por Modelo de Serviços SaaS Suite de colaboração e produtividade corporativa Google apps for business Microsoft BPOS (business productivity online standard suite) Zoho FreshBooks Sistemas operacionais CloudMe EyeOS... 34

15 CRM SalesForce - CRM &cloudcomputing Alfresco HighRise Sugar CRM Capsule Armazenamento Drop box Gosth Shared PaaS Ferramentas de desenvolvimento Magic software Force.com cloud computing platform Google appengine Windows Azure Aneka Cordy sprocess factory IaaS Fornecedores de infraestrutura completa Amazon web services (AWS) Google AppEngine RackSpace Voxel TerreMark GoGrid PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO Sugestões de Trabalhos Futuros... 61

16 REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO... 66

17 15 1 INTRODUÇÃO Com o avanço da sociedade humana moderna, serviços básicos e essenciais são entregues a quase todos de uma forma completamente transparente. Serviços de utilidade pública como água, eletricidade, telefone e gás tornaram-se fundamentais para nossa vida diária, e são explorados por meio do modelo de pagamento baseado no uso. Vecchiola et al. (2009). Esta ideia a princípio parece ser bem simples no ponto de vista cotidiano, ou seja, trata-se apenas de um serviço sob demanda no qual você paga pelo uso. Mas ao longo dos últimos anos, um novo conceito veio ganhando destaque na computação, esse novo conceito também se utiliza do padrão de pay-as-you-go (traduzindo o termo seria, você paga conforme usa). Essa nova terminologia tem como nome Cloud Computing, e vem sendo empregada por muitas empresas e abordada por muitos profissionais engajados no ramo da tecnologia da informação (TI). A característica principal do Cloud Computing segundo Lowe (2009 apud PRADO, 2010) é ter todas estas informações e aplicativos salvos e sendo executados a partir de um lugar na internet (nuvem). Estes dados serão administrados pela própria empresa junto com o nível de privacidade (perfil) de cada usuário que determinará quem pode acessar o que. No primeiro momento, a perspectiva que muitas pessoas têm sobre o Cloud Computing é de que o conceito está restrito apenas a grandes empresas e corporações, o que é errôneo. Na verdade o acesso a Cloud Computing está mais presente em nosso cotidiano do que se imagina. Podem se citar vários exemplos diários de sua utilização, que vão desde uma simples caixa de , até soluções corporativas avançadas, podendo ter até mesmo um sistema operacional (OS) com todos os seus recursos sendo processados e armazenados em nuvem. Esta pesquisa tratou as diferentes formas de aplicação de Cloud Computing, dividindo as em modelos de serviços e suas respectivas ferramentas, elencadas de forma mais relevante no cenário atual e das necessidades mais prioritárias de uma empresa, visando sempre colaborar para a redução de custos de infraestrutura, manutenção e licenças de software. No capítulo dois será abordada à forma contextual do tema, tais como, modelos de negócio, tipagem de nuvens, características essenciais de uma nuvem, segurança e por último uma visão geral nos negócios, assim como será demonstrado um mapeamento das ferramentas mais evidentes no contexto tecnológico atual.

18 O capítulo três será mostrado um estudo de caso no qual o objetivo será realizar testes de bechmark nas infraestruturas mais relevantes encontradas no mercado atual e com isso disponibilizar uma tabela com os resultados coletados. Para este CASE serão utilizadas ferramentas de simulação e medição de desempenho como: Global Provider View, Cloudsleuth (2011) e Monitor Your Cloud Apllication Cloudsleuth (2011b) que visa alcançar resultados na ordem de mais reais possíveis. Lembrando que tudo isso será feito para auxiliar a empresa na tomada de decisões. Por fim, os capítulos quatro e cinco, serão discutidos os resultados finais, assim como as conclusões e trabalhos futuros Justificativa As organizações de desenvolvimento de software estão cada vez mais buscando soluções para reduzir os custos na área da tecnologia da informação (TI). A computação em nuvem apresenta diversas vantagens que serão discutidas neste trabalho, mas também possui uma série de desafios de implantação da tecnologia a serem superados neste tipo de ambiente. A pesquisa se justifica em um estudo introdutório sobre as diferentes formas de aplicação do Cloud Computing, dividindo em modelos, e suas respectivas ferramentas que estão atualmente mais em alta, separando os mitos das formas aplicáveis de uso que podem contribuir sensivelmente para apoiar a decisão de empresas que pretendam investir e adotar a computação em nuvem em seu negócio. 1.2 Objetivos trabalho. A seguir será apresentado o objetivo geral, assim como os objetivos específicos do Objetivo Geral Através da realização desta pesquisa, pretende-se obter um mapeamento concreto

19 sobre as tendências de tecnologias da computação em nuvem para apoiar a decisão de empresas na adoção de qual a melhor ferramenta para a resolução dos problemas internos de forma consistente Objetivos Específicos a) definir o conjunto de aplicações da computação em nuvem, em modelos de negócios reais; b) listar a gama de possibilidades para a adoção da arquitetura de computação em nuvem; c) elaborar uma implementação de Cloud Computing, que satisfaça um estudo de caso sobre as formas de funcionamento das diversas opções de nuvem, junto com uma solução e um simulador para conhecer os seus reais benefícios e riscos para determinada necessidade; d) compilar e disponibilizar as informações de maneira a apoiar a decisão de empresas na avaliação do modelo tecnológico.

20 18 2 REVISÃO DA LITERATURA Este capítulo apresenta os principais conceitos teóricos utilizados neste trabalho. 2.1 O que é Cloud Computing? Cloud Computing, (em português, computação em nuvens) é uma nova tendência que promete ser a mais marcante da segunda década do século XXI e tem como principal filosofia, segundo Wb Internet (2011) deslocar a localização de toda a infraestrutura computacional para a rede. Fazendo com que, os custos de software e principalmente de hardware podem ser consideravelmente reduzidos. Ou seja, o modelo de computação em nuvem foi desenvolvido com o objetivo de fornecer serviços de fácil acesso, baixo custo e com garantias de disponibilidade e escalabilidade. O entendimento pleno do conceito torna se necessário para compreendermos o atual impacto da tecnologia, Taurion (2009 apud por PRADO, 2010) diz que o Cloud Computing é um fenômeno recente e muito atual, que trará diversas vantagens competitivas para as organizações. Já Lowe (2009 apud por PRADO, 2010) faz uma estimativa de que até 2013 não haverá mais a necessidade de arquivos, documentos e qualquer núcleo de informações ainda estarem salvo no disco local de um computador. Pode-se identificar está tendência através da Figura 1 de Gartner IT (2009 apud por CAMBIUCCI, 2010), que demonstra quais as tecnologias estarão despontando nos próximos anos.

21 19 Fonte: (GARTNER IT, 2009 apud por CAMBIUCCI, 2011). Figura 1 - Tendências tecnológicas O início deste paradigma está associado diretamente à área de computação, e tem como principais empresas pioneiras no segmento de Cloud Services nomes como Google (2011) e Amazon Web Services - (AWS) Amazon (2011). Mas a computação em nuvem não é um conceito tão recente quanto pensamos. Desde a década de 60, John McCarthy já havia descrito que a computação deveria ser entregue em forma de serviço, isto só não foi concretizado por fatores que são óbvios, sendo a falta de tecnologia e prestação de serviços de rede o principal fator dominante. O modelo de computação em nuvem é composto, tipicamente, por cinco características essenciais, três modelos de serviços e quatro modelos de implantação da nuvem (MELL; GRACE, 2009 apud por SOUSA, 2010).

22 Características Principais Para o termo Cloud Computing ter validade, a empresa ou usuário contratante do serviço deve atentar para algumas características essenciais desta tecnologia. Estas características juntas fazem o termo de Cloud Computing se diferenciar de outros paradigmas, como Grid Computing e servidores dedicados. Segundo Cio (2009 apud por SOUZA, 2009) trata-se de um estilo de computação escalável e elástica, na qual os recursos de TI são fornecidos como um serviço para clientes externos a partir da internet. Abaixo são elencadas cinco características de cunho essencial para adoção do conceito: a) entrega sob demanda: o usuário pode adquirir unilateralmente recurso computacional, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na rede, na medida em que necessite e sem precisar de interação humana com os provedores de cada serviço (SOUSA, 2010); b) acesso amplo aos serviços: os serviços são oferecidos por meio de protocolos e formatos web (como URLs, HTTPs e IP) (SOUZA, 2009). O acesso aos serviços podem ser realizados por diversos dispositivos com o mínimo de capacidade computacional, como smartphones, netbooks e tablets. Lembrando que o usuário não tem a necessidade de mudar suas condições e ambientes de trabalho, como por exemplo, linguagens de programação e sistema operacional (SOUSA, 2010); c) pooling de recursos: de acordo com Jacobs e Aulbach (2007, citado por SOUSA, 2010) os recursos computacionais oferecidos pelo provedor de infraestrutura são organizados em um pool de recursos para satisfazer múltiplos usuários. Estes recursos podem ser alocados ou realocados dependendo da demanda do usuário e da política do provedor. Isto acaba se tornando invisível para o usuário do serviço, já que o mesmo não tem a necessidade de saber a localização física dos recursos; d) elasticidade: uma característica essencial, (se não principal) é que a nuvem provê elasticidade, ou seja, a capacidade do serviço contratado poder escalar os recursos computacionais (processamento, memória e armazenamento) ou diminuí-los dependendo da demanda do serviço prestado. Para o utilizador isto acaba se tornando uma forma de se obter recursos infinitos, pois a elasticidade age de forma independente e rápida.

23 e) medido por uso: esta característica permite que os provedores ofereçam vários modelos de cobrança para o pacote contratado, sendo por quantidade de usuários, politicas de uso entre outras. Cada provedora de serviços de infraestrutura controla a forma de cobrança e disponibilidade do seu serviço. Segundo Souza (2009) o uso de recursos pode ser monitorado e controlado, possibilitando transparência para o provedor e o usuário do serviço utilizado Modelos de Negócios A computação em nuvem é composta de três modelos de serviços. Estes modelos são importantes, pois eles definem um padrão arquitetural para soluções de computação em nuvem. Sousa (2010). A camada mais baixa trata se da camada de infraestrutura como um serviço (IaaS). E é através dela que provedores de infraestrutura disponibilizam os seus serviços de armazenamento e rede. Já a camada de plataforma como um serviço (PaaS), possui uma certa abstração para o usuário final, e provê ferramentas para que as aplicações possam ser desenvolvidas, testadas, implementadas e mantidas no ambiente da nuvem pelos provedores de serviços. Por último, a camada de aplicação (SaaS) é a que tem o maior nível de abstração, e oferece diversas aplicações nos mais variados segmentos, como serviços para os usuários finais. A Figura 2 apresenta a hierarquia dos três modelos de serviços. Fonte: CHIRIGATI, Figura 2 - Modelos de Serviços

24 Cada segmento demonstrado na imagem provê uma estrutura bem definida e organizada para camada superior a ela. Este cenário de camadas será apresentado abaixo com as suas respectivas definições Software com um Serviço (SaaS) SaaS é a camada que está no topo da pilha e que representa maior abstração para o usuário final. Ela é entregue em forma de serviço on-demmand e representa uma aplicação completa para o utilizador, no qual o mesmo não tem acesso a configurações de infraestrutura, gozando apenas do serviço oferecido pela empresa desenvolvedora do aplicativo. Segundo Sousa (2010) como o software está na web, ele pode ser acessado pelos usuários de qualquer lugar e a qualquer momento, bastando apenas uma conexão com a internet e um navegador que suporte os recursos oferecidos. SaaS permite maior integração entre unidades de uma mesma empresa ou com outros serviços de software. As vantagens da utilização desta abordagem pela empresa são inúmeras, de acordo com Colangelo (2009) pode se destacar neste modelo quatro itens que aumentam o custo total de propriedade (TCO) das soluções internas de TI, são eles: a) o mau aproveitamento dos recursos de TI, que está diretamente relacionado aos gastos dos orçamentos de TI, que além dos custos com licenças de software obrigatoriamente incluem hardware e recursos humanos de TI; b) a falha na estimativa dos gastos com os recursos humanos de TI. Ou seja, muitas das empresas atuais não conseguem estimar os custos com as pessoas responsáveis pelo funcionamento de determinada aplicação utilizada, por isso acabam não contabilizando esse custo no cálculo final de seu TCO; c) uma falta de escalabilidade ou ociosidade na implantação de uma solução de TI. As soluções atuais não fornecem a possibilidade de se expandirem junto à empresa e por esse motivo as empresas precisam adquirir soluções maiores do que elas necessitam, o que acaba gerando um desperdício de recursos e ociosidade; d) o suporte de software, pois como todas as licenças de software foram adquiridas, muitas vezes o fornecedor possui poucas obrigações de dar suporte ao produto vendido, algumas empresas mantém contratos de manutenção de software, o que deixa o TCO ainda mais caro.

25 23 Estes problemas, de forma geral, são sanados com a adoção de uma solução de SaaS, que pode ser tanto free ou on-demmand. O importante neste cenário e fazer um estudo conciso sobre o problema que está sendo enfrentado e estudar a melhor solução para os negócios, visando diminuir o TCO da empresa e aumentar o retorno de investimento (ROI) Plataforma como um Serviço (PaaS) É a capacidade oferecida pelo provedor de serviços para que o usuário desenvolva aplicações que serão executadas e disponibilizadas em nuvem (VERDI, 2009). Os utilizadores desta camada são geralmente desenvolvedores que buscam implementar suas soluções em provedores de Cloud Computing. As aplicações desenvolvidas pelo usuário rodam na infraestrutura contratada, sendo que não existe a possibilidade do mesmo controlar especificações internas da infraestrutura (isto é abstrato para o desenvolvedor), ele deve apenas conhecer as características aceitas pelo provedor de serviço, tais como: linguagens, API e regras de negócio. Para um maior esclarecimento Nogueira (2009) diz que a utilização de uma plataforma como serviço, fornece todas as facilidades necessárias para suportar o ciclo de vida completo de construção e entrega de aplicações web, sem a necessidade de downloads e instalações de aplicativos para desenvolvedores, gerentes de TI e usuários finais Infraestrutura como um serviço (IaaS) IaaS é a camada responsável por prover toda a infraestrutura necessária para a PaaS e SaaS Souza (2009). É a camada mais baixa e mais abstrata ao usuário final, por meio dela são ofertados recursos computacionais como processamento e armazenamento, sendo eles agrupados e entregues de forma efetiva e transparente ao usuário final. De acordo com Verdi (2009), neste cenário o usuário não tem o controle da infraestrutura física, mas através de mecanismos de virtualização possui controle sobre os sistemas operacionais, armazenamento, aplicações instaladas e possivelmente um controle limitado dos recursos de rede. Sabendo que uma característica essencial que um provedor de

26 Cloud Computing deve oferecer é escalabilidade em seus recursos locados, aumentando ou diminuindo os recursos computacionais de acordo com o comportamento da aplicação Modelos de Implantação Para implantar o conceito de Cloud Computing, tem-se que atentar para qual tipo de nuvem será usada no projeto. Isto porque dependendo do modelo de negócio que a empresa pretende adotar, ela pode decidir qual será o nível de restrição, ou abertura de acesso que as informações poderão ter. Uma empresa pode optar por usar um provedor de serviços em nuvem, ou até mesmo construir sua própria. Sendo que cada modelo de implantação possui suas próprias características fundamentais e finalidades básicas. Segundo Mell e Grace (2009 apud por SOUSA, 2010) certas empresas não desejam que todos os usuários possam acessar e utilizar determinados recursos no seu ambiente de computação em nuvem. Neste sentido, surge a necessidade de ambientes mais restritos, onde somente alguns usuários devidamente autorizados possam utilizar os serviços providos. Atualmente existem três modelos de implantação, que podem ser divididos em nuvem pública, privada e hibrida. Abaixo uma descrição de cada uma, com suas principais características: a) nuvem pública - O modelo de implantação da nuvem pública na maioria das vezes se utiliza do padrão de pay-per-use, ou seja, o serviço geralmente é oferecido por empresas de grande porte, com alto poder de armazenamento e processamento em seus servidores tais como AWS e Google. O usuário ou a empresa paga apenas o que utilizar da infraestrutura contratada. O serviço é disponibilizado para o público em geral, sendo que o acesso pode ser feito por qualquer pessoa que conheça o endereço a ser acessado do serviço ou aplicação; b) nuvem privada - Nuvens privadas são uma boa opção para empresas que lidam com proteção de dados e com questões de nível de serviço. Elas são construídas exclusivamente para um único usuário e ficam dentro da infraestrutura da própria empresa, tendo como principal responsável pela manutenção da infraestrutura a própria companhia. Os recursos dos servidores são disponibilizados apenas para um público limitado de usuários internos da empresa. Levando em consideração a

27 proteção de dados e informações sigilosas, o uso de praticas de autenticação é totalmente válido, assim como quais serão os usuários que estarão autorizados a utilizar a infraestrutura interna da empresa; c) Nuvem hibrida - As nuvens híbridas combinam modelos de nuvens públicas e privadas com a vantagem de manter os níveis de serviço, mesmo que haja flutuações rápidas na necessidade dos recursos. Segundo Sousa (2010) No modelo de implantação de nuvem híbrida, existe uma composição de duas ou mais nuvens, que permanecem como entidades únicas, ligadas por uma tecnologia padronizada ou proprietária que permite aportabilidade de dados e aplicações Desafios Atuais A cada dia novas tecnologias surgem no mercado, enquanto outras acabam se tornando obsoletas. Com o Cloud Computing não é diferente. Por se tratar de um conceito relativamente novo, certos quesitos em sua implementação e contratação merecem uma atenção especial, isto para que o usuário ou empresa não tenha problemas futuros na utilização deste ambiente. Alguns fatores precisam de atenção especial na hora da contratação de um serviço de Cloud Computing. Segundo Golden (2009) existem cinco pontos na implementação deste ambiente que merecem atenção. São eles: a) a dificuldade na migração de aplicativos corporativos para nuvem de forma adequada, ou em diferentes plataformas; b) riscos: legais, regulatórios e de negócios; c) dificuldade de gerenciamento das aplicações em Cloud; d) falta de SLA e QoS, pelos provedores; e) dificuldade de mensurar as vantagens de custo desse modelo. Todas as dificuldades citadas acima difundem de alguns problemas mais genéricos como: interoperabilidade, segurança, disponibilidade, confiabilidade e gerencia de recursos.

28 Interoperabilidade O problema da interoperabilidade demonstra a necessidade que corporações têm em migrar seus sistemas de forma efetiva e segura para nuvem sem maiores gastos. A interoperabilidade diz respeito à capacidade dos usuários de executar os seus programas e os seus dados em diferentes nuvens e plataformas. Isso permite, por exemplo, que as aplicações não fiquem restritas a somente uma nuvem. Essa é uma característica amplamente desejável no ambiente da computação em nuvem. Ultimamente, muitas aplicações têm sido desenvolvidas considerando esse fator. Porém, ainda há a necessidade da implementação de padrões e interfaces para que essa portabilidade seja possível (DIKAIAKOS et al apud por CHIRIGATI, 2009). Esta deficiência acaba causando um receio em grande parte das corporações atuais, pois a ideia de não poder migrar seus dados para outra operadora de serviços faz com que o contratante se sinta preso a um serviço que às vezes não responde as expectativas iniciais Segurança Um fator que caminha junto com a interoperabilidade e que merece um cuidado redobrado é para o requisito de segurança. Cerca de 70% das empresas dizem que o maior entrave para a adoção de Cloud Computing ainda se trata da segurança. Abaixo é descrito alguns fatores de segurança que de acordo com Pontes (2010), são pontos interessantes de se tomar nota quando se pensa em contratar um provedor de serviços. a) o provedor de infraestrutura oferece certificações de segurança?; b) quais os recursos e procedimentos de segurança física oferecidos? Este ponto e crucial para que a empresa não seja alvo de ataques de pessoas mal intencionadas; c) qual é a política de segurança dos servidores virtuais?; d) Qual o nível de segurança da rede e do firewall do provedor?; e) qual a política de backups do provedor IaaS?. Estas questões fazem toda diferença na hora da contratação de uma empresa fornecedora de infraestrutura, pois com a adoção destas medidas podem ser evitadas catástrofes envolvendo a integridade dos dados e informações da empresa contratante.