0.1 Colapso de Supernova

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "0.1 Colapso de Supernova"

Transcrição

1 0.1 Colapso de Supernova Uma supernova tipo Ia ocorre quando a massa acrescida de uma binária próxima faz com que a massa do núcleo degenerado supere a massa de Chandrasekhar. Neste momento ocorre uma detonação em uma camada acima do núcleo, pois a parte central é resfriada pela emissão de neutrinos. A detonação se move para dentro e para fora, rompendo a estrela. A liberação de energia na combustão degenerada do C é tão rápida que se dá instantaneamente em uma camada extremamente fina. Somente depois da queima total é que a próxima camada esquenta o suficiente para iniciar a queima. Ocorre portanto uma frente de queima que provoca uma onda de choque, supersônica. Se esta compressão é suficiente para iniciar a queima, a frente de combustão coincide com a frente de choque, e chama-se frente de detonação. Se a compressão pela onda de choque não for suficiente para iniciar a ignição, o transporte de energia por convecção ou condução aumentará a temperatura mais lentamente, gerando uma frente de queima subsônica e chama-se deflagração. Neste caso a densidade e pressão diminuem. A ignição do C em núcleo degenerado procede instantaneamente com a queima do O, do Si, chegando a Fe. Não existe ainda uma teoria completamente desenvolvida para este evento, mas as soluções numéricas favorecem a deflagração subsônica), pois u e = E ρ = P e ρ 1, ergs/g enquanto a queima de carbono e oxigênio libera ergs/g 7% de u e ) e portanto o excesso de pressão não é muito grande e o choque não é muito forte. O ponto crítico no cálculo da frente de detonação é que uma teoria de convecção dependente do tempo é necessária. Embora a frente mova-se subsonicamente, o núcleo é normalmente destruído pela ignição do carbono em núcleo degenerado. 1. Um ejecta de supernova tem a linha Hα = λ656å observada em λ644å. Calcule a energia cinética de cada massa solar do ejecta.. Uma estrela de massa intermediária explode como supernova quando ρ 10 9 g/cm e T 10 8 K. O gás está degenerado? Calcule E F /kt.. Calcule a energia gravitacional para e E G GMc R c M c 0, 7 M R c R AB, 10 9 cm 1

2 e compare com a energia liberada pela queima do carbono e compare. E carbono =, ergs/g M c 4. Uma estrela de M = 15 M fotodesintegra-se com ρ g/cm e T c K. a) O gás está degenerado? Calcule E F /kt b) A energia térmica é maior do que a massa de repouso do elétron? Calcule kt/m e c c) A energia térmica é maior do que a energia de ligação do ferro? Calcule kt/0, 001 m F e. Porque utilizamos E lig 0, 001 m F e e não 0, 008 m F e? 5. A existência de estrelas de nêutrons garante que houve colapso, pois não é possível chegar a este estado em equilíbrio hidrostático. Em um colapso para estrela de nêutrons, podemos estimar a energia liberada como: 1 E G GMc 1 ) R EN R AB já que o núcleo que colapsa tem uma massa de 1,4 M e o raio da ordem do da Terra, prximo de 5600 km. Calcule a energia liberada no colapso. O envelope acima do núcleo tem uma energia gravitacional da ordem de E envelope GM envelope R AB Calcule esta energia, supondo que o envelope tenha 10 M. 0. Avermelhamento Gravitacional Utilizando a relação entre o tempo próprio τ=tempo no sistema de repouso na coordenada r) e a coordenada temporal t, dτ = 1 GM ) 1 dt c r podemos calcular a diferença entre a frequência emitida em r 1 ν 1 = 1 dτ 1 e a frequência recebida em um ponto qualquer r ν = 1 dτ

3 que é dada por ν ν 1 = dτ 1 dτ = ) 1 1 GM c r 1 ) 1 1 GM c r Podemos aproximar esta relação para um ponto r r 1 como e, se o campo gravitacional for fraco ν = 1 GM ) 1 ν 1 c r 1 de modo que e vescape GM c r 1 ν = 1 GM ) ν 1 c r 1 ν ν 1 ν 1 GM c r 1 dν ν = dλ λ GM c r 1 1. Calcule o avermelhamento gravitacional gravitational redhift) λ na linha Hα = λ656 Å de a) Uma anã branca com M = 1 M e R=6000 km. b) Uma estrela de nêutrons com M = 1, 4 M e R=10 km.. A equação de Tolman-Oppenheimer-Volkoff para o equilíbrio hidrostático na relatividade geral é: dp dr = GM r r ρ 1 + P ) ) ρc 1 + 4πr P M r c 1 GM ) 1 r rc Lembrando que calcule ) dp dr não relativístico = GM r r ρ dp ) dr dp ) dr TOV não relativístico

4 Figura 1: Estrutura de uma estrela de nêutrons calculada por David Pines 1980) utilizando uma equação de estado de rigidez média. A densidade na superfície, ρ = 7, 85 g/cm é a densidade do ferro sólido. para uma estrela de nêutrons com ρ g/cm, R=10 km e M = 1, 4 M, e a equação da pressão para o caso não relativístico mas degenerado ) P nr = h 5 N 0m π ) ) h n E F T = 0) = 8m π m e = 9, g k = 1, ergs/k h = 6, ergs s G = 6, dina cm /g m H = 1, g 4

5 m p = 1, g m n = 1, g m uma = 1, g N A = 6, 0 10 mol 1 5

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 12 ESTATÍSTICA QUÂNTICA Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 12 ESTATÍSTICA QUÂNTICA ÍNDICE 12-1- Introdução 12.2- Indistinguibilidade

Leia mais

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche Evolução Estelar II Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche 1 Características básicas Resultado de estágios finais de evolução

Leia mais

Curso de Extensão Universitária Evolução Estelar. prof. Marcos Diaz

Curso de Extensão Universitária Evolução Estelar. prof. Marcos Diaz Curso de Extensão Universitária 2010 Evolução Estelar prof. Marcos Diaz Evolução Estelar O ingresso na Seqüência Principal Evolucao de uma estrela de 1.0 M Evolução de estrelas de massa elevada Diagrama

Leia mais

O exótico mundo das estrelas compactas

O exótico mundo das estrelas compactas O exótico mundo das estrelas compactas Marcio G. B. de Avellar IAG-USP 22/09/2011 Marcio G. B. de Avellar (IAG-USP) seminario 22/09/2011 1 / 24 Introdução Contexto Estrelas compactas são os objetos mais

Leia mais

Problemas Capítulo 4: Solução e Dicas

Problemas Capítulo 4: Solução e Dicas Problemas Capítulo 4: Solução e Dicas José Fernando de Jesus & Rodrigo Fernandes Lira de Holanda 6 de junho de 2007 4. - Se estamos nos movimentando na direção do grande atrator, podemos dizer que nossa

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas orte das estrelas Índice 1 Evolução final 2 Morte estelar 3 Cadáveres estelares 4 Supernovas 5 Bibliografia 2 / 29 Índice 1 Evolução final 2 Morte estelar 3 Cadáveres estelares 4 Supernovas 5 Bibliografia

Leia mais

Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I Introdução Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I 1 1 GERAÇÃO E EMISSÃO DE ENERGIA NAS ESTRELAS CONSIDERAÇÕES DE CARÁTER GERAL: ENERGIA E COMPOSIÇÃO ESPECTRAL determinadas a partir do estudo

Leia mais

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO Eder Cassola Molina Universidade de São Paulo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Departamento de Geofísica Elementos Químicos número atômico

Leia mais

Evolução Estelar I. Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP. AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B

Evolução Estelar I. Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP. AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B Evolução Estelar I Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B O que é uma estrela? É um corpo gasoso no interior do qual ocorrem reações de fusão nuclear

Leia mais

Fundamentos de Transferência Radiativa. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Fundamentos de Transferência Radiativa. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I Fundamentos de Transferência Radiativa Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I 1 1 O espectro eletromagnético Sabemos que a luz pode ser estudada, a partir de suas características ondulatórias

Leia mais

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Binárias: novas, novas recorrentes Supernova tipo Ia Nucleossíntese Sandra dos Anjos IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas ma 12: A morte das estrelas Outline 1 Evolução e morte estelar 2 Cadáveres estelares 3 Supernovas 4 Bibliografia 2 / 22 Outline 1 Evolução e morte estelar 2 Cadáveres estelares 3 Supernovas 4 Bibliografia

Leia mais

Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação. AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez

Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação. AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez Equação de Conservação de Massa dm r = ρ dv dr Equilíbrio hidrostálco P+dP

Leia mais

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF I. Introdução. Aula I II. Visão geral de estrelas compactas. III. Física nuclear relativística. Aula II IV. Estrelas de Nêutrons no contexto da física nuclear.

Leia mais

Evolução Estelar II. Estágios iniciais de evolução estelar

Evolução Estelar II. Estágios iniciais de evolução estelar Evolução Estelar II Estágios iniciais de evolução estelar 1 Premissas básicas Estrelas são formadas a partir da matéria no meio interestelar O mecanismo mais provável é a instabilidade gravitacional Em

Leia mais

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Evolução Estelar Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Ciclo de vida do Sol colapso colapso colapso nuvem glóbulo protoestrela Sol estável por 10 bilhões de anos anã negra esfriamento anã branca colapso gigante

Leia mais

Aula - 8 A Física das estrelas

Aula - 8 A Física das estrelas Aula - 8 A Física das estrelas Valdir Guimaraes ( ) Curso Astrofísica Nuclear - 016 O que ocorre dentro das estrelas Reações nucleares geram energia e calor. Com isso aumenta a pressão e empurra a matéria

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar Introdução à Astrofísica Lição 21 Fontes de Energia Estelar A taxa de energia que sai de uma estrela é extremamente grande, contudo ainda não tratamos da questão que relaciona à fonte de toda essa energia.

Leia mais

Evolução Estelar II. Modelagem estelar e polítropos

Evolução Estelar II. Modelagem estelar e polítropos Evolução Estelar II Modelagem estelar e polítropos 1 Princípios básicos Para construir um modelo estelar é necessário conhecer: Massa total e composição química (como f(r) ou f(m) Variáveis primárias Temperatura,

Leia mais

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M EVOLUÇÃO ESTELAR I Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal

Leia mais

Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (V)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP Evolução de estrelas de alta massa Supernova tipo II Estrela de nêutron Pulsar Buraco negro Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ AGA 210 1 semestre/2016

Leia mais

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016 Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016 Nome: Identificação USP: I- Meio Interestelar (MIS) 1- O tipo mais complexo de molécula encontrado no MIS e o mais comum, são: (0,5) a) Aminoácido, H

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2010 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA A 2.a PROVA 2012/1 - TURMA C - Profa. Maria de Fátima Saraiva

Leia mais

Problema 1 (9 Pontos)

Problema 1 (9 Pontos) Problema 1 (9 Pontos) Este problema consiste em três partes independentes. Parte A Lançamento de um Satélite Um satélite é lançado de um planeta esférico de raio R. A velocidade inicial do satélite não

Leia mais

Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames

Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames João Lima jlima@astro.up.pt Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço Centro de Astrofísica Departamento

Leia mais

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Binárias: novas, novas recorrentes Supernova tipo Ia Nucleossíntese Sandra dos Anjos IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima

Leia mais

ÁTOMOS E NÚCLEOS. núcleo carga elétrica positiva (+) eléctron carga elétrica negativa (-) mantido coeso por forças elétricas

ÁTOMOS E NÚCLEOS. núcleo carga elétrica positiva (+) eléctron carga elétrica negativa (-) mantido coeso por forças elétricas ÁTOMOS E NÚCLEOS Átomo = o núcleo envolto numa nuvem de eléctrons núcleo carga elétrica positiva (+) eléctron carga elétrica negativa (-) mantido coeso por forças elétricas Núcleo = sistema coeso de núcleons

Leia mais

INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA

INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA Introdução à Astrofísica INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA LIÇÃO 21 O EQUILÍBRIO HIDROSTÁTICO Lição 20 O Equilíbrio Hidrostático As estrelas se formam a partir de regiões densas e frias, chamadas de nebulosas.

Leia mais

2 bt2 20 o C. O calor trocado pelo sistema é, fazendo a = 5,4 cal/g.k, b = 0,0024 cal/g.k 2, c = 0, cal.k/g, dt, T 2. = 230,2kcal.

2 bt2 20 o C. O calor trocado pelo sistema é, fazendo a = 5,4 cal/g.k, b = 0,0024 cal/g.k 2, c = 0, cal.k/g, dt, T 2. = 230,2kcal. FÍSICA - LISTA 4 Termodinâmica 1. Uma substância possui calor específico dado por c = a+bt, em cal/g., com a = 0,1 cal/g., b = 0,005 cal/g. 2. Calcule o calor trocado por 100 g dessa substância se a temperatura

Leia mais

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011 Tópicos Especiais em Física Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011 Propriedades fundamentais das estrelas Formação estelar Evolução estelar Estágios finais das estrelas Estrelas: o que são? Enormes

Leia mais

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M EVOLUÇÃO ESTELAR I Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal : 1) Fusão do H transformando-se em He

Leia mais

Anãs Brancas: As Sobras Degeneradas de Estrelas. Elvis Soares. Coloquinho dos Estudantes - 09/05/14

Anãs Brancas: As Sobras Degeneradas de Estrelas. Elvis Soares. Coloquinho dos Estudantes - 09/05/14 Anãs Brancas: As Sobras Degeneradas de Estrelas Elvis Soares Coloquinho dos Estudantes - 09/05/14 1 Sumário Fatos Históricos e um pouco de Astronomia Elétrons e Degenerescência Limite de Chandrasekhar

Leia mais

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie Nossa Estrela: O Sol Adriana Válio Roque da Silva Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie O Sol Parâmetros físicos do sol Estrutura solar Evolução solar

Leia mais

2 bt2 20 o C. O calor trocado pelo sistema é, fazendo a = 5,4 cal/g.k, b = 0,0024 cal/g.k 2, c = 0, cal.k/g, dt, T 2. = 230,2kcal.

2 bt2 20 o C. O calor trocado pelo sistema é, fazendo a = 5,4 cal/g.k, b = 0,0024 cal/g.k 2, c = 0, cal.k/g, dt, T 2. = 230,2kcal. FÍSICA BÁSICA II - LISTA 3 Termodinâmica 1. Uma substância possui calor específico dado por c = a+bt, em cal/g., com a = 0,1 cal/g., b = 0,005 cal/g. 2. Calcule o calor trocado por 100 g dessa substância

Leia mais

Capítulo 6 Astrofísica estelar: estrutura e evolução das estrelas

Capítulo 6 Astrofísica estelar: estrutura e evolução das estrelas UFABC NHZ3043 NOÇÕES DE ASTRONOMIA E COSMOLOGIA Curso 2016.2 Prof. Germán Lugones Capítulo 6 Astrofísica estelar: estrutura e evolução das estrelas Equilíbrio hidrostático A primeira condição que precisa

Leia mais

Relatividade Geral e Buracos Negros

Relatividade Geral e Buracos Negros AGA0293 Astrofísica Estelar Profa. Jane Gregorio-Hetem Capítulo 17 Relatividade Geral e Buracos Negros 17.1 A teoria geral da relatividade 17.2 Intervalos e Geodésia 17.3 Buracos negros AGA0293 "Cap. 17.3

Leia mais

O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio

O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio Introdução Quando olhamos para um céu limpo, sem lua e sem poluição luminosa, podemos contar

Leia mais

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1 Flavio D Amico damico@das.inpe.br estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato A Constelação de Orion e as 3 Marias super Betelgeuse:

Leia mais

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF Evolução Estelar Introdução à Astronomia 2015.2 Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF http://www.univasf.edu.br/~ccinat.bonfim http://www.univasf.edu.br/~alessandro.moises

Leia mais

Exercícios da 10 a aula. 1. Explosões nucleares e TNT comparadas.

Exercícios da 10 a aula. 1. Explosões nucleares e TNT comparadas. Exercícios da 10 a aula 1. Explosões nucleares e TNT comparadas. (a) Quanta energia é liberada na explosão de uma bomba de ssão supondo que ele contém 3,0kg de matéria que pode ssionar? Supor que 0,1%

Leia mais

Estágios Finais da Evoluçao Estelar: Estrelas Compactas e Buracos Negros

Estágios Finais da Evoluçao Estelar: Estrelas Compactas e Buracos Negros Estágios Finais da Evoluçao Estelar: Estrelas Compactas e Buracos Negros Felipe de Lima Kelemen Orientador: Profa. Dra. Cecilia B. M. H. Chirenti Centro de Matemática, Computação e Cognação (CMCC) Santo

Leia mais

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FÍSICA Mestrado Profissional em Ensino de Física Vitor Cossich O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca IMAGEM: Concepção artística do sistema

Leia mais

Evolução estelar. Roberto Ortiz EACH USP

Evolução estelar. Roberto Ortiz EACH USP Evolução estelar Roberto Ortiz EAC USP O que é uma estrela? Um corpo celeste dentro do qual processam se reações termonucleares de fusão O Sol é uma estrela! Fusão nuclear em estrelas São reações nas quais

Leia mais

Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11)

Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11) Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11) AGA15 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Caps. 11) Introductory Astronomy & Astrophysics,

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Tibério B. Vale Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final

Leia mais

Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M EVOLUÇÃO ESTELAR Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal

Leia mais

CIAA 2007 Flavio D Amico. Divisão de Astrofísica, INPE, Brasil.

CIAA 2007 Flavio D Amico. Divisão de Astrofísica, INPE, Brasil. CIAA 2007 Flavio D Amico Divisão de Astrofísica, INPE, Brasil damico@das.inpe.br CIAA 2007 Flavio D Amico Divisão de Astrofísica, INPE, Brasil damico@das.inpe.br Aula : Estágios Finais de Estrelas Bom

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA QUÂNTICA Edição de junho de 2014 CAPÍTULO 3 MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA QUÂNTICA ÍNDICE 3.1-

Leia mais

Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (IV)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP Equilíbrio na seq. principal Evolução estrelas de baixa massa Nebulosas planetárias Anã branca Evolução estrelas de alta massa Estrelas de nêutrons e buracos negros Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera

Leia mais

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo Os fundamentos da Física Volume 1 Capítulo 0 Física Nuclear AS FORÇAS FUNDAMENTAIS DA NATUREZA Força nuclear forte Mantém a coesão do núcleo atômico. Intensidade 10 8 vezes maior do que a força gravitacional.

Leia mais

Saída da Sequência Principal. Na Sequência Principal ocorre uma lenta transformação de H em He ~ 10 bilhões de ano

Saída da Sequência Principal. Na Sequência Principal ocorre uma lenta transformação de H em He ~ 10 bilhões de ano Saída da Sequência Principal Na Sequência Principal ocorre uma lenta transformação de H em He ~ 10 bilhões de ano Começa a acabar o H em condições de fazer reações nucleares - Diminui a produção de energia

Leia mais

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema:

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema: Evolução Estelar Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema: nebulosas gasosas (H e He) comprimidas por turbulências, como explosões

Leia mais

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Exame de admissão para o programa de pós-graduação em Astrofísica 16/12/2013 - Duração: 4h00 Nome: Instruções para realização do exame: a) a prova é individual,

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS ÍNDICE 4.1- Modelo de Thomson 4.2- Modelo de Rutherford 4.2.1-

Leia mais

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2016 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2016 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2016 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO Caro professor, cara professora, esta prova tem 2 partes; a primeira parte é objetiva, constituída por 14 questões de múltipla escolha,

Leia mais

Evolução Final das Estrelas

Evolução Final das Estrelas Introdução à Astrofísica Evolução Final das Estrelas Rogemar A. Riffel Destino das estrelas O destino final das estrelas, depois de consumir todo o seu combustível nuclear, depende de duas coisas: 1) Se

Leia mais

Propriedades Físicas da Matéria

Propriedades Físicas da Matéria Propriedades Físicas da Matéria Condutividade Térmica k Massa Específica ρ Calor Específico a Pressão Constante cp Difusividade Térmica α Viscosidade Cinemática (ν) ou Dinâmica (μ) Coeficiente de Expansão

Leia mais

ESTRELAS ANÃS SUAS ORIGENS

ESTRELAS ANÃS SUAS ORIGENS ESTRELAS ANÃS SUAS ORIGENS 1 PALAVRAS CHAVES ANÃS CASTANHAS ANÃS VERMELHAS ANÃS BRANCAS ANÃS PRETAS 2 ESTRELAS ORIGEM As estrelas formam-se no interior de nuvens de gás g s e poeiras por ação a gravitacional

Leia mais

Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (IV)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP Regiões HII Regiões de formação estelar Função de massa inicial Evolução pré-seq. principal Equilíbrio na seq. principal Evolução estrelas de baixa massa Nebulosas planetárias anã branca Estrelas (IV)

Leia mais

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas Questão 01: Qual(is) informação(ões) podemos extrair das observações astrométricas? Qual a relevância em se estimar a posição das estrelas

Leia mais

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana 1 Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana Laerte Sodré Jr. August 15, 2011 objetivos: abordagem rápida dos principais conceitos de cosmologia foco no modelo cosmológico padrão veremos como

Leia mais

O Efeito Fotoelétrico

O Efeito Fotoelétrico O Efeito Fotoelétrico O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons por um material, geralmente metálico, quando exposto a uma radiação eletromagnética (como a luz) suficientemente energética, ou seja,

Leia mais

Origem, evolução e morte das estrelas

Origem, evolução e morte das estrelas 1 Origem, evolução e morte das estrelas (c) da 2012/2014 2 As estrelas formam-se a partir de nuvens de gás e poeiras... http://www.physics.unc.edu/ evans/pub/a31/lecture17-stellar-birth/... em particular

Leia mais

Apresentações com base no material disponível no livro: Atkins, P.; de Paula, J.; Friedman, R. Physical Chemistry Quanta, Matter, and Change

Apresentações com base no material disponível no livro: Atkins, P.; de Paula, J.; Friedman, R. Physical Chemistry Quanta, Matter, and Change Físico-Química Apresentações com base no material disponível no livro: Atkins, P.; de Paula, J.; Friedman, R. Physical Chemistry Quanta, Matter, and Change, 2nd Ed., Oxford, 24 Prof. Dr. Anselmo E de Oliveira

Leia mais

Desintegração Nuclear. Paulo R. Costa

Desintegração Nuclear. Paulo R. Costa Desintegração Nuclear Paulo R. Costa Sumário Introdução Massas atômicas e nucleares Razões para a desintegração nuclear Decaimento nuclear Introdução Unidades e SI Introdução Comprimento metro Tempo segundo

Leia mais

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF I. Introdução. Aula I II. Visão geral de estrelas compactas. III. Física nuclear relativística. Aula II IV. Estrelas de Nêutrons no contexto da física nuclear.

Leia mais

Capítulo 12 ESTÁGIOS FINAIS DA EVOLUÇÃO ESTELAR

Capítulo 12 ESTÁGIOS FINAIS DA EVOLUÇÃO ESTELAR 134 Capítulo 12 ESTÁGIOS FINAIS DA EVOLUÇÃO ESTELAR Vimos anteriormente que após chegar na seqüência principal, a estrela recém-nascida entra numa fase de certa estabilidade, ou seja, suas características

Leia mais

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino INTRODUÇÃO Estrelas mais importante fonte/sorvedouro de matéria na evolução

Leia mais

Equação Geral da Condução

Equação Geral da Condução Equação Geral da Condução Para um sistema unidimensional demonstrouse: q x = k A T x x Para um sistema multidimensional o fluxo de calor é vetorial: q,, =q x,, i q y,, j q z,, k = k T i k T j k T k =k

Leia mais

Massa: fator determinante para o Fim

Massa: fator determinante para o Fim Massa: fator determinante para o Fim Vimos que estrelas na SP: L * M * 3,3 L * / L = (M * / M ) 3,3 Tempo de vida da estrela (t * ): depende da E que tem armazenada (massa. c 2 ) e da taxa com que despende

Leia mais

Física D Super Intensivo

Física D Super Intensivo uper Intensivo Exercícios 01) C 0) 08 01 Falsa Escalar 0 Falsa Escalar 04 Falsa Escalar Escalar 04) E I Verdadeira Q 0) 01 0 Falsa ressão é escalar 04 Falsa Quantidade de movimento é vetorial Impulso e

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Rogério Riffel Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final das

Leia mais

Origem, evolução e morte das estrelas

Origem, evolução e morte das estrelas Origem, evolução e morte das estrelas As estrelas formam-se a partir de nuvens de gás e poeiras, Instabilidades de diversa ordem podem levar ao colapso gravitacional de zonas mais densas... http://www.physics.unc.edu/

Leia mais

ESTRELAS FORMAÇÃO, VIDA E MORTE JONATHAN T. QUARTUCCIO

ESTRELAS FORMAÇÃO, VIDA E MORTE JONATHAN T. QUARTUCCIO ESTRELAS FORMAÇÃO, VIDA E MORTE JONATHAN T. QUARTUCCIO Podemos contar cerca de 3000 estrelas a olho nu. Mas esse valor não chega nem perto da quantidade de estrelas em toda a nossa galáxia (algo entre

Leia mais

Everton e Bruno Steger

Everton e Bruno Steger Everton e Bruno Steger PROBLEMA 01: Poder calorífico em kj por grama (Etanol) 46g 1400 kj 1g X X = 30,4 kj O poder calorífico do etanol é 30,4 kj/grama. (Octano) 114g 5400 kj 1g Y Y = 47,4 kj O poder calorífico

Leia mais

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 15 Cosmologia Parte II

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 15 Cosmologia Parte II Noções de Astronomia e Cosmologia Aula 15 Cosmologia Parte II Modelo cosmológico atual Parâmetros Cosmológicos São determinados experimentalmente Constante de Hubble Densidade de matéria Idade do universo

Leia mais

TERMODINÂMICA. Encontro 5: Como a energia produzida pelo Sol chega até a Terra?

TERMODINÂMICA. Encontro 5: Como a energia produzida pelo Sol chega até a Terra? TERMODINÂMICA Encontro 5: Como a energia produzida pelo Sol chega até a Terra? COMO A ENERGIA PRODUZIDA PELO SOL CHEGA ATÉ A TERRA? Vídeo ABC da astronomia COMO A ENERGIA PRODUZIDA PELO SOL CHEGA ATÉ A

Leia mais

Origem, evolução e morte das estrelas

Origem, evolução e morte das estrelas Origem, evolução e morte das estrelas Laurindo Sobrinho 24 de novembro de 2012 1 As estrelas formam-se a partir de nuvens de gás e poeiras... 2 ... Em particular no interior de nebulosas escuras. http://www.physics.unc.edu/

Leia mais

O NÚCLEO ATÔMICO. 4 ª Aula. 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear

O NÚCLEO ATÔMICO. 4 ª Aula. 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear O NÚCLEO ATÔMICO 4 ª Aula 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear 1 - O Núcleo e Sua Estrutura Questões em aberto: como garantir

Leia mais

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho. CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME Rui Jorge Agostinho Outubro de 2017 Conteúdo Este curso destina-se a qualquer pessoa interessada

Leia mais

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA Estrelas Laurindo Sobrinho 05 janeiro 2015 NASA 1 Luminosidade e brilho aparente Luminosidade (L) - energia emitida por uma estrela por unidade de tempo. Brilho aparente (b) fluxo de energia por unidade

Leia mais

Capítulo 12 ESTÁGIOS AVANÇADOS DA EVOLUÇÃO ESTELAR

Capítulo 12 ESTÁGIOS AVANÇADOS DA EVOLUÇÃO ESTELAR Capítulo 12 ESTÁGIOS AVANÇADOS DA EVOLUÇÃO ESTELAR Após chegar na seqüência principal, a estrela entra numa fase de tranqüilidade e estabilidade, suas características não se alteram e assim ela permanece

Leia mais

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P2 13 de outubro de 2016

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P2 13 de outubro de 2016 Física IV - 4323204 Escola Politécnica - 2016 GABARITO DA P2 13 de outubro de 2016 Questão 1 Uma partícula 1 com massa de repouso m 0 e energia total igual a duas vezes sua energia de repouso colide com

Leia mais

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE UMA SUPERNOVA ATINGE UM BRILHO DE CERCA DE CERCA DE 10 9-10 10 L POR ALGUMAS HORAS DEPOIS DA EXPLOSÃO Existem dois tipos básicos de supernova : 1. Tipo II 2. Tipo Ia TIPO II

Leia mais

Física IV GABARITO DA PS 8 de dezembro de 2016

Física IV GABARITO DA PS 8 de dezembro de 2016 Física IV - 4323204 GABARITO DA PS 8 de dezembro de 2016 Questão 1 (I) (1,0 ponto) Uma onda plana monocromática de comprimento de onda λ incide com um ângulo ψ sobre um anteparo com duas fendas separadas

Leia mais

Módulo II Energia, Calor e Trabalho

Módulo II Energia, Calor e Trabalho Módulo II Energia, Calor e Trabalho Energia A energia pode se manifestar de diversas formas: mecânica, elétrica, térmica, cinética, potencial, magnética, química e nuclear. A energia total de um sistema

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA 2011/2 NOME: TURMA:C I. ( 0,2 pontos cada) Nas questões

Leia mais

Principais modelos atômicos. Principais modelos atômicos Modelo Atômico de Rutherford (1911)

Principais modelos atômicos. Principais modelos atômicos Modelo Atômico de Rutherford (1911) Principais modelos atômicos Modelo Atômico de Thomson (898) Com a descoberta dos prótons e elétrons, Thomson propôs um modelo de átomo no qual os elétrons e os prótons, estariam uniformemente distribuídos,

Leia mais

Tópicos de Física Contemporânea SANDRO FERNANDES

Tópicos de Física Contemporânea SANDRO FERNANDES Tópicos de Física Contemporânea SANDRO FERNANDES TENHO DÓ DAS ESTRELAS (FERNANDO PESSOA) Tenho dó das estrelas Luzindo há tanto tempo, Há tanto tempo Tenho dó delas. Não haverá um cansaço Das coisas, De

Leia mais

Eletromagnetismo I. Prof. Daniel Orquiza. Eletromagnetismo I. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho

Eletromagnetismo I. Prof. Daniel Orquiza. Eletromagnetismo I. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho de Carvalho - Eletrostática Densidade de Corrente e Eq. da Continuidade (Capítulo 4 Páginas 109 a 113) Densidade de corrente Elétrica Equação da Continuidade Forma Integral Equação da Continuidade Forma

Leia mais

aceleração da gravidade g = 10 m/s 2 índice de refração do ar n = 1 π = 3,14

aceleração da gravidade g = 10 m/s 2 índice de refração do ar n = 1 π = 3,14 FÍSICA (Cada questão desta prova vale até cinco pontos) Use, quando necessário, os seguintes valores numéricos: aceleração da gravidade g = 10 m/s 2 índice de refração do ar n = 1 π = 3,14 Questão 01 Um

Leia mais

Estrelas de nêutrons como laboratórios para testar a Relatividade Geral

Estrelas de nêutrons como laboratórios para testar a Relatividade Geral NASA/Swift/Dana Berry UFES, 12.03.2019 Estrelas de nêutrons como laboratórios para testar a Relatividade Geral Raissa F. P. Mendes Universidade Federal Fluminense Estrelas de nêutrons Pulsares Credit:

Leia mais

Estrelas Parte I. Victoria Rodrigues 10/05/14

Estrelas Parte I. Victoria Rodrigues 10/05/14 Estrelas Parte I Victoria Rodrigues victoria_souzarodrigues@hotmail.com 10/05/14 Sumário Parte I O que são? Nascimento estelar; Evolução Parte II Evolução: Estrelas maiores que o Sol; Aglomerados estelares;

Leia mais

PROPRIEDADES FÍSICAS

PROPRIEDADES FÍSICAS O SOL PROPRIEDADES FÍSICAS Definição: uma bola brilhante de gás mantida por sua própria gravidade e cuja energia é produzida por fusão nuclear no seu centro. O Sol é uma estrela típica, cai dentro do intervalo

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 2 RADIAÇÃO TÉRMICA E CORPO NEGRO Edição de janeiro de 2009 CAPÍTULO 2 RADIAÇÃO TÉRMICA E CORPO NEGRO ÍNDICE 2.1- Radiação Térmica 2.2-

Leia mais

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 3 30/11/2017

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 3 30/11/2017 Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 3 30/11/2017 Nome: Identificação USP: Teoria de Formação do Sistema Solar 1- Dentro da Teoria de Ciência Planetária existe a previsão de que ocorrem processos que

Leia mais

Física IV Escola Politécnica PS 14 de dezembro de 2017

Física IV Escola Politécnica PS 14 de dezembro de 2017 Física IV - 432324 Escola Politécnica - 217 PS 14 de dezembro de 217 Questão 1 Uma espaçonave de comprimento próprio L move-se com velocidade,5 c em relação à Terra. Um meteorito, que também se move com

Leia mais

Estrutura de Aglomerados de Galáxias

Estrutura de Aglomerados de Galáxias Estrutura de Aglomerados de Galáxias Gastão o B. Lima Neto IAG/USP Nova Física 02/2004 Maiores estruturas no Universo Grande Muro SDSS, 2003 [450 Mpc] Estruturas não relaxadas! Grande Muro CfA, 1988 [250

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas Introdução à Astrofísica Lição 25 A Morte das Estrelas Nós já falamos a respeito da evolução das estrelas com massas próximas a do Sol. Vimos que no fim de suas vidas, essas estrelas formarão as nebulosas

Leia mais

1. Um feixe permamente de partículas alfa (q = +2e) deslocando-se com energia cinética constante de 20MeV transporta uma corrente de 0, 25µA.

1. Um feixe permamente de partículas alfa (q = +2e) deslocando-se com energia cinética constante de 20MeV transporta uma corrente de 0, 25µA. 1. Um feixe permamente de partículas alfa (q = +2e) deslocando-se com energia cinética constante de 20MeV transporta uma corrente de 0, 25µA. (a) Se o feixe estiver dirigido perpendicularmente a uma superfície

Leia mais