Coluna Cervical. Anatomia Palpatória. Anatomia clínica. Anatomia clínica. Anatomia clínica - Objetivos. Princípios da palpação 22/10/2010
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- Victoria Maria do Pilar Silveira Ribeiro
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1 Coluna Cervical Prof. João Murilo Brandão Magalhães Anatomia Palpatória Anatomia clínica Definição: Utilização do tato para investigar e obter informações ou para completar as informações já obtidas por outros meios. A palpação é um exame minucioso que permite que o terapeuta extraia informações de estruturas abaixo da pele e da fáscia. Anatomia clínica Percepção: Alguma áreas são mais sensíveis aos estímulos do que outras. Discriminação de dois pontos: (Guyton, 1991) Ex: lombar=70mm Ponta dos dedos = 1-2mm Efeito psicológico Anatomia clínica - Objetivos Princípios da palpação Avaliar a ADM Avaliar a simetria da posição das estruturas Perceber alterações na textura e elasticidade tecidual Perceber alterações nos contornos ósseos e musculares Perceber temperatura, umidade, dor, crepitação e edema Aprimoramento é atingido por meio da prática e do uso contínuo em pessoas com biótipos diferentes Paciente e terapeuta devem estar relaxados Comunicar ao paciente o que será feito e delimitar a região a ser investigada Requerem delicadeza e diplomacia, cuidado, precisão e suavidade 1
2 Princípios da palpação Princípios da palpação Palpações dolorosas devem ser deixadas por último O movimento das mãos é necessário para que as estruturas passem sob os dedos de maneira controlada A velocidade dos movimentos e a profundidade devem ser ajustadas de maneira que percebam o máximo de informações possíveis É necessário um conhecimento prévio de anatomia Fechar os olhos pode ajudar a ter melhor percepção da estrutura palpada Observar a face do paciente e ouvir seus comentários Utilizar o olho dominante ao comparar simetria de estruturas Cuidados com as mãos Estrutura Para garantir boa mobilidade, sensibilidade e destreza Lavar e secar as mãos Evitar o uso de cremes Unhas cortadas e limpas 33 vértebras 5 regiões: Cervical (7) Torácica (12) Lombar (5) Sacral (5) Coccígenas (4) Coluna vertebral Função Base para costelas Conexão entre membros superiores e inferiores Proteção para medula Absorção das forças de reação do solo Estabilidade e Mobilidade Curvaturas Interdependentes Primárias Cifose torácica Cifose sacral Secundárias Lordose cervical Lordose lombar 2
3 Vértebra cervical típica Corpos: Pequeno Grande diâmetro transverso, Processo uncinato Processo espinhoso Horizontal Bifurcado Processo transverso Forame transverso Facetas Horizontalizadas Coluna cervical Complexo atlanto-axial Atlas: Nenhum corpo ou processo espinhoso Grande processo transverso Facetas superiores côncavas para o côndilo occipital Facetas inferiores convexas Faceta no arco anterior para o dente do áxis Complexo atlanto-axial Áxis: Dente (projeção Vertical) Facetas anterior e posterior no dente para o Atlas e ligamento transverso Facetas superiores Facetas inferiores 50% movimento de rotação da coluna cervical Cervical alta C0 C2 50% movimento de rotação Cervical baixa C3 C7 Coluna cervical Coluna vertebral Cervical Protuberância occipital externa Processo mastóide do temporal Processos espinhosos de C2 a L5 Processos transversos de C1 Processos transversos de C2 a C7 Articulações facetárias Coluna vertebral Cervical - C2 primeira depressão após o occipto - C3 ossohioide - C4 angulo inferior da mandibula - C5 mento - C6 cricoide 3
4 Palpação Coluna torácica Vértebra torácica típica Processo espinhoso: Inclinado inferiormente Facetas: orientadas no plano frontal 19 Coluna vertebral Torácica Processos espinhosos T1 a T12 T1 - Ângulo superior da escápula T3 - Base da espinha da escápula T7 - Ângulo inferior da escápula e processo xifóide Coluna vertebral Torácica - T1 a T3 processotransversono mesmonivelqueo espinhoso - T4 a T6 processotransversoum dedoacimaqueespinhoso - T7 a T9 processotransversodoisdedosacimaqueespinhoso - T10 a T12 processotransversoe espinhosono mesmonivel Coluna lombar Vértebra lombar típica Processo espinhoso: Grande e horizontal Facetas: Orientadas no plano sagital Lombar - L3 ultimas costelas - L4L5 crista iliaca - S2 EIPS Coluna vertebral 4
5 22/10/2010 Facetas da coluna vertebral Coluna cervical Movimentos da coluna vertebral Coluna cervical (posterior) Artéria vertebral Coluna cervical (lateral) Ligamentos da coluna cervical Ligamento atlanto-axial anterior (C2-C0) Continuação Lig. Longitudinal Anterior Membrana tectorial (C2-C0) Continuação Lig. Longitudinal Posterior Ligamento atlanto-axial posterior (C2-C0) Continuação Lig. Flavum 5
6 Ligamentos da coluna cervical Ligamento nucal (C7-C0) Continuação Lig. Supraespinhal Ligamento transverso Estabiliza dente áxis ao occipital Tensos em flexão Relaxados em extensão Direito limita a rotação e flexão lateral para esquerda Esquerdo limita a rotação e flexão lateral para direita Movimentos possíveis Flexão Extensão Flexão lateral Rotação Mobilidade ADM de rotação e flexão Lateral maior na coluna Flexão lateral e rotação para o mesmo lado ocorrem acoplados 50% de rotação ao nível de C1-C2 Mobilidade Cervical mais móvel que torácica e lombar Ausência de disco entre C0-C1, C1-C2, transfere compressão axial para facetas Cápsulas na cervical mais frouxas Processo uncinado aumenta estabilidade lateral Estabilidade Fatores afetando mobilidade e estabilidade de C1-C2 Extensão limitada por: Lig. atlanto-axial anterior Membrana tectorial Flexão limitada por: Membrana tectorial Lig atlanto-axial posterior Lig. nucal Lig. interespinhoso Mm. posteriores Deslocamento anterior de C1-C2 limitado por: Lig. transverso Rotação e flexão lateral limitado por: Lig. alares Fatores afetando mobilidade e estabilidade de C2-C7 Extensão limitada por: Lig. longitudinal anterior Contato dos processos espinhosos Flexão limitada por: Lig. longitudinal posterior Lig. Flavum Lig. Nucal Mm. posteriores Flexão lateral limitada por: Processo uncinato Cápsulas articulares apofisárias frouxas: Mobilidade Presença de disco: Estabilidade 6
7 Coluna cervical Posicão de Repouso (loose packed) Discreta extensão Posição de ajuste (Closed-packed) Extensão completa Padrão capsular Rotação e flexão lateral (igualmente limitadas) e, a seguir, extensão Movimentos Cervicais - Flexão ADM: 90 graus Queixo encosta no tórax, 2 dedos de distância normal Comentários: Forame intervertebral abre Músculos CABEÇA Reto anterior e lateral da cabeça Longo da cabeça mm. Hióides Oblíquo superior da cabeça Esternocleidomastóideo PESCOÇO Longo do pescoço Escalenos Músculos Reto anterior e lateral da cabeça Longo da cabeça Longo do pescoço Esternocleidomastóideo Escalenos Reto anterior e lateral da cabeça C1 Occipital (antero-inferior) Flexão coluna cervical alta Flexão lateral ipsilateral C1 e C2 Longo da cabeça Longo do pescoço Processos transversos de C3 a C6 Occipital Flexão coluna cervical alta Flexão lateral ipsilateral C1, C2 Corpo e T1 a T3 Corpo C1 Flexão coluna cervical Flexão lateral ipsilateral Retificação cervical Nervos espinhais C1 a C4 7
8 Esternocleidomastóideo Esterno e clavícula Processo mastóideo Flexão coluna cervical (bilateral) Inclinação lateral ipsilateral (unilateral) Rotação para o lado oposto (unilateral) Acessório (XI par) C2, C3 Escalenos Processos transversos das vértebras cervicais 1ª e 2ª costelas Flexão cervical (bilateral) flexão lateral cervical (unilateral) Cervical inferior C4, C5, C6 Movimento cervical Extensão ADM: 70 graus Nariz quase se horizontaliza Comentários: Processos espinhosos pouco desenvolvidos, podem fraturar e não bloquear a hiperextensão ( chicote ) Músculos CABEÇA Trapézio Esplênio da cabeça Semiespinhal da cabeça Longuíssimo da cabeça Espinhal da cabeça Reto maior e menor posterior da cabeça Oblíquo superior e inferior da cabeça PESCOÇO Esplênio do pescoço Semiespinhal do pescoço Longuíssimo do pescoço Lev antador da escápula Multífido Espinhais do pescoço Íliocostal cervical Multífido Iliocostal do pescoço Interespinhais do pescoço Trapézio Rotadores longos e curtos Reto maior posterior da cabeça Íliocostal cervical 4 a a 7 a costelas Processo transverso C4 a C7 Extensão Inclinação lateral Cervical Semiespinhal da cabeça Esplênio da cabeça C4 a T6 Occipital Extensão coluna cervical alta Inclinação lateral ipsilateral Nervos espinhais C2 a T5 C4 A T3 Occipital e temporal Extensão cervical Rotação ipsiliateral Inclinação lateral ipsilateral Nervos espinhais C2 a C4 8
9 Esplênio do pescoço Multífido T3 a T5 C1 e C2 Extensão cervical Rotação ipsiliateral Inclinação lateral ipsilateral Nervos espinhais C2 a C4 Processos espinhosos Processos transvessos Estabilização Rotação contra-lateral Extensão Nervo do segmento correspondente Músculos Trapézio Semiespinhal da cabeça Semiespinhal do pescoço Longuíssimo da cabeça Longuíssimo do pescoço Íliocostal cervical Multífido Trapézio (parte descendente) Osso occipital, ligamento nucal Terço lateral da clavícula, acrômio Elevação e rotação superior da escápula Espinhal acessório (XI nervo craniano) C3, C4 Trapézio (parte transversa) Trapézio (parte ascendente) Processo espinhoso de C7 a T3 Espinha da escápula Retração da escápula Espinhal acessório (XI nervo craniano) C3, C4 Processo espinhoso de vértebras torácicas médias e inferiores Base da espinha da escápula Depressão e rotação superior da escápula Espinhal acessório (XI nervo craniano) C3, C4 9
10 Longuíssimo da cabeça Longuíssimo do pescoço C3 a T3 Temporal Extensão cervical Inclinação lateral C1 a L5 T1 a T4 C2 a C7 Extensão cervical Inclinação lateral C1 a L5 Íliocostal torácico Músculos 6 últimas costelas 6 primeiras costelas Extensão Inclinação lateral C1 a L5 Reto anterior e lateral da cabeça Longo da cabeça Longo do pescoço Esternocleidomastóideo Escalenos Músculos Esternocleidomastóideo Escalenos Íliocostal cervical Músculos Esternocleidomastóideo Semiespinhal da cabeça Esplênio da cabeça Esplênio do pescoço Multífido 10
11 Músculos Trapézio Semiespinhal da cabeça Semiespinhal do pescoço Longuíssimo da cabeça Longuíssimo do pescoço Íliocostal cervical Multífido Movimentos cervicais - Flexão lateral ADM: graus Comentários: Maior parte ocorre entre C0 C1 C2 Ocorre em conjunto com rotação ipsilateral Músculos CABEÇA Trapézio Esplênio da cabeça Longuíssimo da cabeça Semiespinhal da cabeça Oblíquo inferior da cabeça Reto lateral da cabeça Longo da cabeça Esternocleidomastóideo PESCOÇO Levantador da escápula Esplênio do pescoço Íliocostal do pescoço Longuíssimo do pescoço Semiespinhal do pescoço Multífido Intertransversos Escalenos Esternocleidomastóideo Oblíquo inferior da cabeça Rotadores curtos e longos Longo do pescoço Movimentos cervicais - Rotação ADM: graus Queixo quase atinge o plano do ombro Comentários: Maior parte ocorre entre C0-C1-C2 Ocorre com flexão lateral ipsilateral Músculos CABEÇA Esternocleidomastóideo Trapézio Semiespinhal da cabeça Esplênio da cabeça Longuíssimo da cabeça Oblíquo inferior da cabeça PESCOÇO Esplênio do pescoço Multífido Iliocostal do pescoço Longuíssimo do pescoço Semiespinhal do pescoço Intertransversos Escalenos Esternocleidomastóideo Oblíquo inferior da cabeça Rotadores longos e curtos Caso Clinico Paciente do sexo feminino, 39 anos, secretária, trabalha em media 8 horaspordia. Permanecea maiorparte no tempo no computador e atendendo telefone. Sedentária, solteira, nega uso de medicamento ou comorbidades. Anamnese: Dor piora ao longo do dia principalmente quando trabalha muito. Negaparestesia, negaperdade força, relatacefaleia. Caso Clinico 2 Paciente do sexo feminino, 39 anos, secretária, trabalha em media 8 horaspordia. Permanecea maiorparte no tempo no computador e atendendo telefone. Dor em regiao cervical apos exercicios de musculaçao. Relata que acordou travada. Dor referidaparaombroe cinturaescapulard. Negaperdade forçae parestesia em MMSS. Movimento limitado pela dor. Caso Clinico 3 Paciente sexo masculino, 23 anos, estudante, futebol 3 vezes por semana. Acidente automobilistico(seu carro foi batido na traseira). Inicio de dor cervical apos 24 horas do acidente. Piora intensados sintomasapos5 dias. Iniciode parestesiae perdade força em MSD. Nega uso de medicamento ou comorbidades. Anamnese Dor constante, sintomas piores em MSD. Nega cefaleia. 11
12 Cervicalgia História Dor irradiada? Parestesia? Posição x dor: Retração Flexão cervical alta e extensão cervical baixa Protrusão de cabeça Extensão da cervical alta e flexão da cervical baixa História Respira pela boca? Distúrbio visual, tonteiras? Sintomas bilaterais Dor a deglutição? ( Instabilidade C1-C2) Cefaléia? Altera com movimento unilateral? Idade (Hérnia discal, espondilose ) Mecanismo de lesão ( chicote,...) Restrição de movimentos Postura Cabeça Ombro Expressão facial Sentado e de pé Observação Movimentação Ativa Passiva End Feel normal Alongamento de tecidos para todos movimentos Resistida 12
13 Tratamento Estágios do processo inflamatório Alongamentos musculares Fortalecimento / Estabilização Mobilização Cervical Correção postural Recursos eletrotermoterápicos Massagem Epidemiologia - 22 a 70% dapopulaçãovaoterdorum algummomentodavida - Prevalênciade cervecalgiaé de 10 a 20% - 30% das pessoas com episodio de dor cervical cronificam - 26% apresentaram recorrencia em 1 ano - 42% afastaramdo trabalhoporumasemana - 5% apresentam incapacidade - 2 maiorcausade afastamentodo trabalho - 25% procuram fisioterapia 73 Cervicalgia Incidência de cervicalgiana população em geral é cerca de 14,6%. ( Côtéatal, 2004) Mulheres apresentam uma incidência maior 1,67 X 1,08 homens ( Côtéatal, 2004) Prognóstico Melhora 32.7% Persistência 37.3% Piora 9.9% Recorrência 22.8% ( Côtéatal, 2004) Prognóstico Fatores psicossociais influenciando a melhora do paciente Fatores psicossociais como cinesiofobia, castastrofização e a longa duração da queixa estão relacionados com a presença de dor ou Desconforto persistentes. (Karels et al, 2007) Fatores prognósticos: Curto prazo: idade acima de 40 anos, presença de dor lombar e dor de cabeça estão associadas a um pior prognóstico. Longo prazo: idade acima de 40 anos concomitante com dor lombar, longa duração da dor, dor cervical prévia e dor localizada estão associadas a um pior prognóstico. (Hoving et al, 2004) 13
14 Fatores prognósticos Prognóstico ruim: mulheres, baixo nível de escolaridade, dor inicial acentuada, alto índice de somatização e dificuldade no sono. (Kivioja et al, 2005) Mensurando a Avaliação Registro da evolução do paciente EVA Incapacidade (Índice de Incapacidade do pescoço) Irritabilidade Facilidade com que os sintomas sejam agravados Guia de tratamento O que provoca a dor? Quanto os sintomas são exarcerbados ao reproduzirmos a posição mais dolorosa? Quanto tempo leva para a sintomatologia regredir? Pacientes Irritáveis X Não irritáveis Irritáveis: - dor em mais de uma direção - Dor limitante e durante todo o movimento Não irritáveis: - Dor ao final da ADM - Dor não incapacitante Radiculopatia 14
15 Coluna cervical Tipos de lesão neural Conseqüência mecânica e fisiológica Atrito Compressão Estiramento Doença Exame neurológico subjetivo Devem ser analisados Força Muscular Miótomos Sensibilidade Dermátomos Dor Reflexos Miótomos MMII C1-C2: flexão cervical C3: flexão lateral cervical C4: elevaçãodo ET C5: abduçãodo GU C6: flexão do cotovelo e/ou extensão do punho C7: extensão do cotovelo e/ou flexão do punho C8: extensão polegar e/ou desvio ulnar T1: abduçãoe/ouaduçãodos dedos 5 segundosno mínimoem isometria 15
16 22/10/2010 Reflexos Bicipital C5-C6 Tríceps C7-C8 Outros testes Tinel (1915) Somente para nervos superficiais 58% de acurácia para STC (Phalen, 1966) Testes de tensão neural do membro superior 16
17 Respostas dos testes de tensão Reprodução dos sintomas Resistência encontrada End feel Vazio Espasmo Alongamento tecido? Respostas a tensão e após a retirada do teste Desordens Irritáveis Não irritáveis ULTT 1 OMBRO: Depressão e 110º de abdução COTOVELO: Extensão ANTEBRAÇO: Supinado PUNHO: Extensão DEDOS E POLEGAR: Extensão CERVICAL: Flexão lateral contralateral Nervos mediano, nervo interósseo anterior, C5, C6, C7 ULTT 2 OMBRO: Depressão, 10º de abdução, rotação externa COTOVELO: Extensão ANTEBRAÇO: Supinado PUNHO: Extensão DEDOS E POLEGAR: Extensão CERVICAL: Flexão lateral contralateral Nervos mediano, nervo musculocutâneo, nervo axilar ULTT 3 OMBRO: Depressãoe 10º de abdução, rotação medial COTOVELO: Extensão ANTEBRAÇO: Pronação PUNHO: Flexão e desvio ulnar DEDOS E POLEGAR: Flexão CERVICAL: Flexão lateral contralateral Nervo radial ULTT 4 OMBRO: Depressão e 10º a 90º de abdução, rotação externa COTOVELO: Flexão ANTEBRAÇO: Supinado PUNHO: Extensão e desvio radial DEDOS E POLEGAR: Extensão CERVICAL: Flexão lateral contralateral Nervos ulnar, C8 e T1 Teste da artéria vertebral 17
18 Teste de compressão (Spurling) Teste de distração Estabilização Cervical Introdução Dá sustentação ao aparato sensorial, distribuindo o peso da cabeça e dos MMSS enquanto mantém a estabilidade mecânica. Sistema muscular do pescoço está intimamente relacionado com a estabilização da cabeça, dos olhos, do sistema vestibular e da articulação temporomandibular. Introdução Estabilidade cervical requer um controle complexo devido à grande mobilidade e às múltiplas funções que ela exerce simultaneamente. 18
19 Propriocepção Controle dos Movimentos Dos Olhos Estabilidade Cervical Resposta a demandas externas Resposta Coordenada Estabilidade da cabeça Controle cinemático intrínceco Estabilidade Postural Estabilidade Cervical É de fundamental o entendimento das mudanças que podem ocorrer no sistema com dor, lesão ou alguma patologia para o desenvolvimento de programas de reabilitação (Jull et al 2005) Estabilidade Cervical Estabilidade Cervical O sistema ligamentar colabora com 20% da estabilidade mecânica da coluna cercical. 80% músculos ao redor do pescoço. (Panjabi et al 1998) Distúrbio de coordenação entre os músculos cervicais profundos, superficiais e escapulares. (Falla et al, 2004) (Jull et al 2008) Pacientes tem a tendência de retrair a cabeça em substituição à rotação sagital. (Falla et al 2004) Estabilidade Cervical Alguns estudos propõem uma divisão funcional na estabilização da coluna. Músculos superficiais: respostas às forças externas. Músculos profundos: estabilidade interseguimentar. Estabilidade Cervical A atividade eletromiográfica dos flexores profundos é menor em pacientes com dor cervical. (Falla et al 2004)(Jull et al 2008) Pacientes com dor cervical apresentam maior atividade eletromiográfica dos flexores superficiais (esternocleidomastóideo e escaleno anterior) do que sujeitos assintomáticos. (Jull et al, 2004) (Falla et al 2004) 19
20 Eletromiografia Eletromiografia (Jull,2008) (Leary,2005) (Jull et al 2008) Manutenção da orientação e da postura escapular. Cintura Escapular Atividade dos músculos escapulares coordenada. Transferência correta de cargas para o esqueleto axial. Padrão Postural Correto neutro Extensão cervical e retorno Teste Cranio-cervical Controle Muscular da Postura Testes Musculares Específicos Avaliação Análise dos Padrões de Movimento Orientação escapular Padrão da atividade escapular e o controle com o movimento dos braços Retração e Depressão escapular (Padrão de ativação e sustentação) Controle Muscular da Postura Adultos assintomáticos tem a habilidade de reproduzirem a postura neutra da cabeça. (Christensen et al 1999) Pacientes com dor cervical crônica demonstram reduzida capacidade de manter a postura em neutro. (Jull,2007) Controle Muscular da Postura É evidente uma disfunção no senso posicional em indivíduos com dor cervical. (Armstrong et al, 2008) 20
21 Padrão de Movimento Movimentos dão uma boa indicação dos músculos usados para o suporte articular e o controle da região cervical e escapular. Padrão de Movimento Extensão da cabeça o esternocleidomatóideo reduz muito seu momento de força flexor (cerca de 25% do seu valor em neutro). (Vasavada et al 1998) Dessa forma o controle da extensão da cabeça fica a cargo dos flexores profundos do pescoço Padrões Incorretos Presença de pobre controle excêntrico pode levar a padrões evidentes: Padrões Incorretos Neutro para extensão Paciente se recusa a permitir que o centro de gravidade da cabeça se mova posteriormente para atrás dos ombros. Dominante extensão da coluna cervical sem nenhuma ou mínimo movimento da cabeça posteriormente. Flexorespodem Pontodeextensãoquehásobrecargadas Neutro para extensão Posiçãodesconfortável oferecerumcontroleadequado. estruturasosteoligamentares. nãosercapazesde Padrões Incorretos Retornoaposiçãoinicial Podedescreverperdadecontrole Padrões Incorretos Extensão para neutro Coordenação concêntrica dos flexores profundos. Padrão ruim: iniciado com o movimento de flexão do externocleidomatóideo e pelo escaleno anterior. Resultado: flexão da cervical baixa. Ausência da flexão crânio-cervical. 21
22 Teste Crânio-Cervical Cervical Supino e coluna em neutro. Posicionar o esfigmo abaixo da coluna cervical.(abaixo do occipital) Inflar até 20mmHg Orientar como deve ser realizado o movimento Observar ECM, trapézio superior, esternocleidomastóideo, escalenos... Teste Crânio-Cervical Cervical Teste Dentes separados da língua e contra o palato. Movimento do sim até 22mmHg Evoluir de 2 em 2 mmhg enquanto houver controle. Limite de 30mmHg. Exercícios de estabilização cervical Treinamento dos Flexores Profundos Padrões Incorretos Retração pura Elevação da cabeça Espasmos e fibrilações Queda da pressão no esfigmo. Contração dos músculos superficiais. Treinamento dos Flexores Profundos Treinamento do extensores profundos Progressão para a posição assentado e de pé. Treinamento excêntrico e concêntrico dos flexores cervicais. Progredir com cuidado. Flexão de cabeça: excêntrico. Extensão de cabeça até a posição neutra:concêntrico. Associar com a reeducação escapular. 22
23 Treinamento do extensores profundos Evitar a extensão cervical excessiva: extensores superficiais (semiespinhal da cabeça). Co-contração do flexores e extensores. Facilitada com a rotação. Auto administrado. Progredir o exercício realizando pequenas amplitudes de flexão e extensão cervical alta.(semiespinhal do pescoço e multífidos) Evidências Maior eficiência e menor fadiga do flexores superficiais após treinamento de resistência em pacientes com dor cervical leve.(jull et al,2006) Déficit da contração voluntária máxima e reduzida capacidade de sustentar os flexores cranio-cervicais. (Gwendolen,2006) Evidências Exercícios de reabilitação podem precisar incorporar vários tipos de duração e intensidade. Pacientes com dor cervical crônica demonstram reduzida capacidade de manter a postura em neutro.(jull,2007) Evidências Imediata hipoalgesia local em resposta a exercícios específicos da coluna cervical em pacientes crônicos. (Leary et al,2007) Mobilização Coluna Cervical 23
24 Exame Físico Coluna Cervical Superior (C0-C2 e C3) Coluna Cervical Média: C3-C5 Coluna Cervical Inferior: C5-C7 Achados Comuns Exame Físico Proeminência de C3 - cefaléia Proeminência de C4- dor cervical média Proeminência de C5- dor média/baixa Proeminência de C6- dor escapular Proeminência de C7-dor escapular e supra escapular (Maitland,2007) Movimentos Fisiológicos Ativos Extensão Flexão Rotação Retração Protrusão Insuficiência Vertebrobasilar Extensão: 10 Rotação D:10 Rotação E:10 Extensão+Rotação D: 10 Extensão+Rotação E: 10 (Intervalo de 10 entre cada movimento) Insuficiência Vertebrobasilar Contra indicação ao empregos de técnicas de terapia manual. HP de vertigem?associa com movimento de cabeça e pescoço? Riscos:AVE, morte... Insuficiência Vertebrobasilar Observar durante e após o teste: Parestesia Fascial. Diplopia. Visão embaçada. Náusea. Vômito. Instabilidade. Nistagmo. 24
25 Movimentos Acessórios Intervertebrais Passivos Resposta dolorosa. Direções variadas. Procedimentos de avaliação usados como tratamento. Reprodução dos sintomas Pressões vertebrais. Osteoporose Artrite reumatóide Osteomalácea Espondilite anquilosante Espondilolistese Espondilólise Hemofilia Crianças Gestantes Cuidados Contra Indicações Pacientes idosos Bandeiras vermelhas Pacientes neurológicos Uso prolongado de corticóide Estenose foraminal Distúrbios do colágeno (down, morfen) Contra Indicações Osteomielite Osteogênese imperfeita Instabilidade (C1-C2) Tumor Fraturas em consolidação Luxações Artrite reumatóide ativa End fell Vazio Manipular X Mobilizar Evidências Evidências (Hurwitz et al 2002) (Hurtwits et al 2002) 25
26 Evidências Evidências Avaliar a hipomobilidade é importante? Avaliação do end fell não contribui para alívio imediado após o uso da manipulação cervical. (Haas et al) Isso sugere que a modulação da dor parece não estar relacionada a restrições de movimentos. (Hass et al, 2003) A hipomobilidade diminue com o tratamento, no entanto ela não se correlaciona com a dor e a incapacidade. (Ferreira et al,2004) Evidências Prognóstico Taxa de sucesso em 7 semanas 68.3% terapia manual. 50.8% fisioterapia. 35.9% continued care. Para cada 3 pacientes que recebem terapia manual e para cada 7 que recebem fisioterapia,1 paciente a mais ficará completamente recuperado do que se tivesse se submetido ao continuad care (Hoving et al 2002) (Hoving et al,2002) Efeito Central X Local Evidências Mobilização C7-T1 induz a mudanças na pressão dolorosa C5-C6 nas articulações zigoapofisárias. Isso sugere que efeitos biomecânicos e neurofisiológicos podem estar presentes. (Peñas et al, 2008) Evidências Efeito Central X Local Mobilização cervical leva a uma hipoalgesia. Forte evidência do sistema nervoso central mediando a resposta ao tratamento com terapia manual. (Schmid et al, 2008) 26
27 Evidências Evidências Qual é a implicação desses achados para a minha prática clínica? O efeito da hipoalgesia se estende ao longo do segmento corporal que recebeu o tratamento. (Schmid et al, 2008) Terapia manual na dor cervical crônica é eficaz? Há moderada a forte evidência que a dor cervical crônica mostra um melhora clínica importante com a manipulação ou mobilização. (Vernon et al, 2007) Evidências Cefaléia Crônica? Moderada evidência que a terapia manual tem eficácia similar à amitriptilina no tratamento profilático da dor de cabeça de origem cervicogênica. (Bronfort et al 2001) Exercícios X Terapia manual Fortes evidências sugerem que estratégias de tratamentos combinados são benéficos para pacientes com dor cervical de origem mecânica. (Gross et al 2002) Evidências Pacientes mais satisfeitos ao receberem mobilização associada a exercícios de fortalecimento do que apenas um tratamento ou outro.(gross et al 2004) Obrigado!!! 27
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