MESA 7: POLÍTICA ECONÔMICA E CRESCIMENTO
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1 MESA 7: POLÍTICA ECONÔMICA E CRESCIMENTO ESTHER DWECK Chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento Professora Adjunta IE/UFRJ Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento Brasileiro Aspectos Econômicos
2 Padrão de desenvolvimento recente da economia Brasileira Política macroeconômica pró-crescimento com garantia de estabilidade interna e redução da exposição a choques externos Políticas sociais distributivas e aumento do salário mínimo que ampliaram a renda do trabalho e a dos mais pobres Papel do Estado na elevação do investimento: elevação do investimento público e coordenação e financiamento dos investimentos privados Reativação da política industrial e tecnológica para o adensamento industrial e tecnológico das cadeias produtivas O resultado foi um crescimento econômico sustentado pelo mercado interno, com importante redução de desigualdade. Slide 2
3 NOVOS MOTORES DO CRESCIMENTO Modelo brasileiro diversificou as fontes de crescimento 2000 Exportações 2005 Consumo de massa + Exportações 2007 Consumo de massa + Infraestrutura + Exportações 2009 Consumo de massa + Habitação + Infraestrutura + Exportações Setores Típicos Demanda Relevante Perfil do Investimento Commodities Grandes países "emergentes" Grandes projetos integrados Bens duráveis, não duráveis, serviços Comunicações, Energia, Logística Construção Civil Classes A,B,C,D Classes A,B,C,D,E... Classes B,C,D Muitos setores: Investimentos em expansão, modernização Fonte: Apresentação Ministro Fernando Pimentel, MDIC Grandes projetos, presentes em todo o território Concentrado na construção, com forte efeito sobre emprego Slide 3
4 CRESCIMENTO INCLUSIVO Crescimento do PIB per capita com redução do Índice de Gini R$ 22000, , , , ,0 PIB Per Capita Real* cresceu 29% e Índice de GINI** reduziu de forma expressiva ,0,57000,56000,55000,54000,53000, , , ,180 0,500,51000,5000, , PIB per capita real (escala esquerda) GINI PNAD ( Escala Direita),48000 * a preços de 2011 ** APNAD não foi coletada em 2010, devido à realização do Censo do IBGE Fonte: NSCN/IBGE e PNAD/IBGE Slide 4
5 O INVESTIMENTO É O GRANDE MOTOR DO CRESCIMENTO A partir do PAC, investimento cresceu mais que o consumo 190,00 180,00 170,00 160,00 150,00 140,00 130,00 120,00 110,00 100,00 90,00 PIB Consumo das Famílias e Investimento (FBCF) Índice 2004 = PAC Consumo das Famílias FBCF Fonte: IBGE Slide 5
6 POLÍTICA MACROECONÔMICA O funcionamento do Mix na prática A adaptação do mix de política macroeconômica à conjuntura é fundamental para a estabilidade econômica Pode-se identificar 5 períodos distintos desde a implantação do atual regime de política econômica: : consolidação do instrumentos da política macroeconômica (1º semestre): Inflexão da Política macroeconômica e ambiente externo favorável 2008 (2º semestre) 2010 (2º semestre): Reação à crise financeira mundial e recuperação 2010 (2º semestre) 2011 (1º semestre): nova inflexão, política contracionista 2011 (2º semestre) hoje: aperfeiçoamento da política em contexto de crise da área do Euro e piora da crise internacional. Slide 6
7 Política Cambial Flutuação com valorização Âncora Cambial Flutuação Ambiente externo desfavorável Flutuação com valorização Fonte: BCB Slide 7
8 NOVO PADRÃO MONETÁRIO PADRÃO DÓLAR Price-adjusted Broad Dollar Index -- Monthly Index VALORIZÇÃO Depois da Crise, Guerra Cambial DESVALORIZÇÃO Slide 8 jan/73 dez/74 nov/76 out/78 set/80 ago/82 jul/84 jun/86 mai/88 abr/90 mar/92 fev/94 jan/96 dez/97 nov/99 out/01 set/03 ago/05 jul/07 jun/09 mai/11 Fonte: FED
9 ALÍVIO NA RESTRIÇÃO EXTERNA Fonte: BCB Slide 9
10 POLÍTICA CAMBIAL Evitar excessiva volatilidade 2,25 Nominal Exchange Rate 2,15 estabilização da flutuação do câmbio 2,05 1,95 1,85 flexibilização do recebimento de exportações, redução de prazo de empréstimo externo c/ IOF liberalização das posições vendidas 1,75 1,65 crise externa e deterioração do cenário mundial 1,55 1,45 FinancialOperation Tax Increase Medida no Mercado à vista para redução da posição vendida dos bancos e no Mercado de Derivativos Fonte: BCB Slide 10
11 POLÍTICA FISCAL Fonte: BCB Slide 11
12 POLÍTICA FISCAL Caráter anticíclico Brasil aos poucos implementou uma política fiscal anticíclica: Permite descontar PPI e PAC(2006) Retira as principais empresas Estatais(2009) Permite descontar desonerações(2013) Retira obrigatoriedade de compensar Estados e Municípios(2013) Slide 12
13 POLÍTICA FISCAL - espaço para ampliar os investimentos sociais e econômicos */ Acumulado em 12 meses até outubro de 2012 ** Compreende benefícios previdenciários, abono e seguro desemprego, benefícios assistenciais (LOAS e RMV) e Bolsa Família *** Compreende apenas investimentos classificados no GND 4 Fonte: SIAFI, extração MF Slide 13
14 POLÍTICA FISCAL Novo padrão de endividamento Fonte: BCB Slide 14
15 POLÍTICA MONETÁRIA meta de inflação com taxas de juros declinantes Taxa de juro real ex ante 1,81 Slide 15 nov/01 mai/02 nov/02 mai/03 nov/03 mai/04 nov/04 mai/05 nov/05 mai/06 nov/06 mai/07 nov/07 mai/08 nov/08 mai/09 nov/09 mai/10 nov/10 mai/11 nov/11 mai/12 nov/12
16 Expectativas de mercado sobre taxa de juros TaxaBásica de Juros -Meta SELIC (% aa) 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 Projeção Atual: Meta SELIC 2013: 8,50% aa 2014: 8,50% aa (mediana das expectativas de mercado -BCB/Focus, de 12/04/2013) 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,5 8,0 7,5 7,0 Meta SELIC (COPOM) Projeção Anterior: 2013: 7,25% aa 2014: 8,25% aa (BCB/Focus, de 01/03/2013) 8,0 7,5 7,0 6,5 6,5 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 Fonte: BCB. Slide16 16
17 Efeito do choque agrícola sobre inflação Inflação ao Consumidor (IPCA) Var. % acumulada em 12 meses 8 6 6,59 4,52 Expectativa de mercado 4 2 dez/09 mar/10 jun/10 IPCA observado set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 * Expectativas de mercado para os dados a partir de abril/2013. Mediana - BCB/Focus, de 12/04/2013. Fonte: IBGE e BCB. Slide17 17
18 POLÍTICA MONETÁRIA meta de inflação com expansão de crédito Fonte: BCB Slide 18
19 POLÍTICA MONETÁRIA meta de inflação com expansão de crédito Fonte: BCB Slide 19
20 CRESCIMENTO DO PIB Do crescimento acelerado à desaceleração Fonte: IBGE Slide 20
21 Conjuntura Internacional desaceleração em 2011/ Slide 21
22 Desaceleração do cenário internacional Cenário Internacional Crescimento do PIB global, em % ao ano * 2014* Fonte: FMI Slide 22
23 Comércio internacional muito afetado, acirrando concorrência Cenário Internacional Crescimento do Comércio Mundial (valor), em % ao ano Fonte: FMI Slide 23
24 Redução do comércio internacional impactos no Brasil Diferença entre as exportações por parceiro 2013* , , , ,0948 União Européia China EUA Argentina Demais -256,5859 Fonte: SECEX Slide 24
25 Conjuntura Doméstica combinou estes elementos externos com elementos internos 25 Slide 25
26 Duas observações 1. Investimento flutua mais do que o PIB 25,00 Taxa de crescimento acumulada em 4 trimestres 20,00 PIB Investimento 15,00 10,00 5,00,00-5,00-10,00 Fonte: IBGE Slide 26
27 Duas observações sobre este resultado 2. Desempenho da Indústria de Transformação e o do investimento estão muito correlacionados Série encadeada (R$ 1995) valor acumulado em 4 trimestres (ln) FBCF (esc. à esquerda) Ind. Transformação (esc. à direita) I 1997.III 1998.I 1998.III 1999.I 1999.III 2000.I 2000.III 2001.I 2001.III 2002.I 2002.III 2003.I 2003.III 2004.I 2004.III 2005.I 2005.III 2006.I 2006.III 2007.I 2007.III 2008.I 2008.III 2009.I 2009.III 2010.I 2010.III 2011.I 2011.III 2012.I 2012.III Fonte: IBGE Slide 27
28 Produção Industrial e FBKF Produção de Bens de Capital por Atividade (Var. %) Variação (%) Destino Peso set/ set/2004 mar/ out/2008 set/ set/2009 out/ out/2011 fev/ fev/2012 Máquinas e equipamentos 27,1% 56,9-43,1 22,1-5,0 0,3 Máquinas p/ escritório e equip. de informática 6,8% 100,5-26,8 18,6-29,9-7,6 Máquinas, apar. e mat. elétricos 10,1% 102,8-50,0-23,9-0,4 8,1 Material eletrônico, apar. e equip. de comunicações 13,6% - 12,5-32,5-26,9-2,4 3,2 Veículos automotores 20,8% 70,2-39,6 61,4-18,4 24,4 Outros equip. de transporte 14,3% 83,0-3,8 3,3 33,3 17,2 Demais Atividades 7,4% 19,3-18,7 4,4-2,2 2,4 Bens de Capital 100,0% 61,9-34,3 15,9-5,1 9,0 Fonte: IBGE Elaboração: MP/Assec. Slide 28
29 Desempenho recente dos investimentos 85 Nível de Utilização da Capacidade Instalada (%) fev/yy ago/yy fev/yy ago/yy fev/yy ago/yy fev/yy ago/yy fev/yy ago/yy fev/yy ago/yy fev/yy ago/yy fev/yy ago/yy fev/yy Fonte: CNI Slide 29
30 Investimento Público Taxa de investimento do setor público cresceu 52% com o PAC 2, , , , , , , , , , , , , , ,97311, , , , , , , , , , , ,09475,36480,39426,32779, , , ,15335,26215,38537,19752,21613,33520,38894,56032,54154,68503,79248,94256,89525,11580,18517,13227, União Estados e Municípios (Transf. União) Estados e Municípios (Rec. Próprios) Estatais Federais Investimento do Setor Público (%PIB) PAC Setor Público Fonte: MF Slide 30
31 Programa Integrado de Logística - PIL PAC - Primeira iniciativa estruturada para dotar o País de um sistema de infraestrutura de transporte adequado, após duas décadas de baixo investimento. Restabelecer a capacidade de planejamento integrado do sistema de transportes Integração entre rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos Articulação com as cadeias produtivas e definir nova regulação Empresa de Planejamento e Logística - EPL Slide 31
32 Maior Desafio - Indústria da Transformação Impacto maior pós-crise Fonte: IBGE Slide 32
33 Indústria da Transformação maior concorrência internacional 24 Coeficiente de Penetração das Importações Fonte: FUNCEX Preços Correntes Preços Constantes (2007) Slide 33
34 Câmbio mais competitivo Ações de aumento na produtividade e redução de custos Combinado a ganhos de produtividade do lado real da economia: Investimentos em Infraestrutura Mudança estrutural em direção a setores de maior produtividade Qualificação da mão-de-obra Mudanças na incidência tributária para estímulos à produção e investimento PIS-COFINS sobre investimento, IPI sobre bens de capital e material de construção e Folha de pagamento Redução nas taxas de juros: taxa básica, BNDES e spread Redução na tarifa de energia elétrica Slide 34
35 Integração Regional Share of Exportsto the same Region 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 53% 49% 54% 67% 68% 65% 74% 71% % 48% 40,0% 30,0% 26% 27% 20,0% 10,0% 0,0% Asia Ásia* to Asia European Union European Union to Europe North America (*)Hong Kong, China, Rep. of Korea, Singapore and Separate Customs Territory of Taiwan, Penghu, Kinmen and Matsu (Taipei, Chinese). Fonte: WTO Elaboração: MP/Assec. Latin America Slide 35
36 Obrigada ESTHER DWECK Chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento Professora Adjunta IE/UFRJ Slide 36
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