Problemas e Desafios do Financiamento do Estado com Recurso à Dívida

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1 Problemas e Desafios do Financiamento do Estado com Recurso à Dívida Fernanda Massarongo e Carlos Muianga Maputo, 25 de Fevereiro de 2011

2 Sequência da apresentação I. Introdução: Porque Falar sobre financiamento do Estado? II. Contextualização III. Dívida Pública no financiamento ao Estado e problemas IV. Desafios

3 I. Porque Falar sobre financiamento do Estado? Alta Probabilidade de declínio da ajuda externa dada a insustentabilidade política e financeira: Alternativas de financiamento do Investimento público? Reflecte escolha de política e relaciona-se com o Padrão de crescimento. Questão de cidadania (prestação de contas, flexibilidade do Estado, sustentabilidade).

4 II. Contextualização Défice orçamental (DO) a mais de duas décadas e meia fontes de financiamento concentradas a volta de ajuda externa (em média, 50% da despesa pública e 97% do DO ( )) fraca capacidade de auto financiamento do Estado

5 % do Défice Orçamental II. Contextualização (cont.) Fontes de Financiamento do Défice Orçamental ( ) 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 29% 23% 67% 36% 45% 20% 41% 26% 13% 2% 8% 33% 33% 43% 58% 65% 57% 2% 3% 8% 6% 25% 13% 17% 31% 30% 42% 42% 10% 11% 42% 23% 34% 16% 35% 75% 79% 77% 72% 76% 70% 71% 74% 74% 63% 64% 54% 35% 41% 39% 72% 58% 62% 42% 1% 1% 32% 23% 29% 94% 81% 75% 71% 14% 2% 38% 30% 56% 60% 0% -20% -3% -6% -11% -13% -5% -6% -1% -36% -13% -40% Donativos (% do Défice Orçamental) Empréstimos Externos Líquidos (% do Défice Orçamental) crédito Interno Líquido (% do Défice Orçamental) Fonte: INE (vários anuários); CGE (vários anos); Lei Orçamental 2010 e 2011ei Orçamental 2010 e 2011

6 % do Défice Orçamental II. Contextualização (Cont.) Fontes de Financiamento da Despesa Pública ( ) 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 11% 17% 10% 63% 5% 1% 0% 0% 4% 3% 1% 1% 0% 17% 0.5% 0% 17% 8% 9% 19% 16% 20% 21% 18% 16% 13% 17% 18% 13% 13% 6% 6% 10% 15% 7% 1% 18% 10% 21% 15% 17% 38% 21% 39% 34% 32% 34% 40% 45% 40% 41% 34% 35% 28% 33% 31% 40% 36% 28% 30% 37% 33% 45% 45% 29% 27% 11% 23% 32% 8% 43% 43% 45% 48% 43% 47% 43% 47% 47% 51% 50% 56% 52% 46% 50% 52% 52% 59% 58% 56% 47% 49% 55% 37% 40% 40% 0% -2% -3% -6% -6% -2% -3% -1% -15% -5% -20% -40% Receitas Públicas Donativos Empréstimos externos líquidos Crédito Interno Líquido Fonte: INE (vários anuários); CGE (vários anos); Lei Orçamental 2010 e 2011

7 II. Contextualização (Cont.) Ineficácia do crescimento económico no alargamento da base fiscal crescimento lento das receitas Incentivos fiscais generosos aos mega projectos Padrão de acumulação mega-projectos minerais e energéticos (70% do PIB) fraca capacidade retenção da riqueza gerada

8 III. Dívida Pública no Financiamento do Estado Reflecte as características da economia, traduzidas pela fraca arrecadação de receitas, e surge como alternativa à insuficiência ou ausência de donativos Dívida Pública Externa contraída junto das instituições financeiras multilaterais (BM, FMI, BAD) e bilaterais. maior fonte de financiamento do DO (32% em média, ) depois dos donativos redução nos últimos anos quer em valor absoluto e como proporção receitas públicas e do PIB (actualmente 217% das receitas e 36% do PIB) actuais níveis de sustentabilidade devem-se principalmente a iniciativas de perdões da dívida (ex: iniciativa HIPC) previsão do aumento nos próximos anos (dívida comercial no valor de 900 milhões USD).

9 Dívida Pública (cont.) Stock da DPE em milhões de Meticais ( ) 110, ,000 90,000 80,000 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0 DPE (milhões de meticais) Fonte: Depto. de Controle Cambial e Divida Externa do Banco de Moçambique

10 % do PIB e das Receitas Públicas Stock da DPE em Percentagem do PIB e das Receitas Públicas ( ) 2250% 2000% 1750% 1500% 1250% 1000% 750% 500% 250% 0% Dívida Pública Externa (% do PIB) Dívida Pública Externa (% das Receitas Públicas Totais) Fonte: INE (vários anuários); CGE (vários anos); BM

11 Dívida Pública (cont.) Dívida Pública Interna Mobiliária contraída junto dos agentes económicos domésticos (bancos comerciais, empresas e particulares) e constituída essencialmente por OT s e BT s usada para cobrir os atrasos no desembolso, ou o não desembolso, de ajuda externa por parte dos doadores e credores Indexada as taxas de Bilhetes de tesouro Emissão a partir de 1999 (60 milhões MT) e crescimento rápido a partir de 2000, cerca de 6 mil milhões de MT em 2004 e uma previsão de cerca de 16 mil milhões para % como proporção das Receitas públicas e 4% do PIB

12 % PIB e das Receitas Públicas Milhões de Meticais Dívida Pública (cont.) Stock da DPIM em milhões de Meticais e em percentagem do PIB e das Receitas Públicas ( ) 40% 35% 30% 18,000 16,000 14,000 25% 20% 15% 10% 5% 12,000 10,000 8,000 6,000 4,000 2,000 0% * DPIM (% PIB) DPIM (% das Receitas Públicas) Stock da DPIM (milhões de Meticais) Fonte: INE (vários anuários); CGE (vários anos) -

13 Milhões de Meticais Dívida Pública (cont.) Juros da Dívida Pública em Milhões de Meticais ( ) 3,000 2,500 2,000 1,500 1, Dívida Interna Dívida Externa Total Fonte: INE (vários anuários); CGE (vários anos)

14 Problemas Pressão que o serviço da dívida põe sobre os restantes recursos competição por recursos financeiros entre o Estado e o sector privado (aumento taxa de juro) incentivo ao sistema financeiro para se concentrar em actividades financeiras especulativas, em detrimento de actividades directamente produtivas (taxa de remuneração das OT s e BT s ronda a uma média de 16% - Dados Banco Moç.) capacidade de gestão da dívida dentro dos limites de sustentabilidade Tendência de concentração da despesa pública em projectos de alto retorno financeiro a curto prazo e médio prazo em detrimento do retorno social mais alargado.

15 IV. Desafios Sustentabilidade da dívida no contexto de dependência e de porosidade da economia, A probabilidade de redução dos fluxos de ajuda externa (principal fonte de financiamento do DO), Expansão da base fiscal: redução de incentivos fiscais e renegociação dos contratos com mega-projectos Endividamento como forma de ampliar e diversificar a base produtiva e social do país? PPPs como forma de endividamento: até que ponto são eficazes do ponto de vista de sustentabilidade social, fora do interesse do grande capital?

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