AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 5 DE MAIO DE 2004
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- Otávio Santana Corte-Real
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1 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 5 DE MAIO DE 2004 Estabelece os procedmentos para o cálculo do montante correspondente à energa de referênca de empreendmento de geração de energa elétrca, para fns de partcpação no Programa de Incentvo às Fontes Alternatvas de Energa Elétrca PROINFA, nos termos do Decreto n o 5.025, de 30 de março de 2004, e dá outras provdêncas. O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas atrbuções regmentas, de acordo com delberação da Dretora, tendo em vsta o dsposto nos ncsos I, IV e V, art. 4 o, Anexo I, do Decreto n o 2.335, de 6 de outubro de 1997, no art. 3 o da Le nº , de 26 de abrl de 2002, com a redação dada pelo art. 9 o da Le nº , de 11 de novembro de 2003, nos arts. 2 o, ncso V, e 11, ncso I, do Decreto n o 5.025, de 30 de março de 2004, o que consta no Processo n o /04-32, e consderando que: o Decreto n o 5.025, de 30 de março de 2004, alterou o Decreto n o 4.541, de 23 de dezembro de 2002, dando nova regulamentação à prmera etapa do Programa de Incentvo às Fontes Alternatvas de Energa Elétrca PROINFA, assm afetando a Resolução Normatva n o 50, de 23 de março de 2004, que regulamentou a metodologa do cálculo da energa de referênca; conforme o art. 2 o, ncso V, do Decreto n o 5.025, de 2004, a energa de referênca é defnda como a quantdade de energa passível de ser produzda pela central geradora e que servrá como base de contratação com a Centras Elétrcas Brasleras S.A. ELETROBRÁS, no âmbto do PROINFA; e a Portara MME n o 45, de 30 de março de 2004, no Anexo I, estabelece parâmetros a serem assocados ao cálculo da energa de referênca, resolve: Art. 1 o Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedmentos para o cálculo do montante correspondente à energa de referênca de Central Geradora de Energa Elétrca CGEE, correspondente ao montante passível de ser produzdo pela central e que servrá de base para a contratação com a Centras Elétrcas Brasleras S.A. ELETROBRÁS no âmbto do Programa de Incentvo às Fontes Alternatvas de Energa Elétrca - PROINFA. 1 o No caso de Pequena Central Hdrelétrca - PCH, ndependentemente da opção de partcpação no Mecansmo de Realocação de Energa MRE, a energa de referênca é gual a energa assegurada estabelecda conforme a regulamentação em vgor na data da solctação ou da respectva revsão. 2 o Fca o agente responsável autorzado a utlzar a energa assegurada como base do cálculo da energa a ser contratada pela ELETROBRÁS no âmbto do PROINFA, ndependentemente da opção de partcpação no MRE. Art. 2 o Para os fns e aplcação do dsposto nesta Resolução consderam-se as seguntes defnções:
2 I - agente responsável: todo detentor de autorzação do poder concedente para produzr energa elétrca no âmbto do PROINFA; II energa gerada: soma da produção de energa elétrca referente a cada uma das undades geradoras da CGEE; e III energa efetvamente gerada: energa gerada pela CGEE, descontada das perdas elétrcas contablzadas segundo as regras e procedmentos do Mercado Atacadsta de Energa Elétrca - MAE, ou do órgão que venha a sucedê-lo. Art. 3 o A solctação de cálculo da energa de referênca para uma CGEE deverá ser formalzada pelo agente responsável e acompanhada, conforme cada caso, das seguntes nformações: I no caso de Usna Termelétrca UTE a bomassa: a) o valor da potênca nstalada, em MW; b) o tpo de combustível utlzado; c) o valor esperado, para cada mês, do poder calorífco nferor PCI do combustível utlzado em [kj/kg] ou [kj/nm 3 ], conforme o caso; d) o valor esperado, para cada mês, do consumo do combustível (vazão mássca) destnado à central geradora ou cogeradora, conforme for o caso, em [kg/da] ou [Nm 3 /da], que devem levar em consderação as ndsponbldades forçadas e programadas; e) o valor esperado, para cada mês, do rendmento elétrco global obtdo da razão entre a energa elétrca gerada e a energa térmca do combustível, sendo esta calculada com base no PCI e no consumo de combustível; II no caso de Usna Eoloelétrca - UEE: a) os dados apresentados no Anexo 7 do Gua de Habltação Eólca, nclusve os valores esperados para a produção anual, em MWh/ano, e mensal, em MWh/mês, da energa elétrca, obtdos com base no dsposto no Anexo I da Portara MME n o 45, de 30 de março de 2004; b) o valor esperado da Taxa Equvalente de Indsponbldade Forçada TEIF e da Taxa Equvalente de Indsponbldade Programada TEIP. 1 o No caso de PCH, deverá ser solctado o cálculo do montante de energa assegurada conforme a regulamentação em vgor no ato da solctação. 2 o Especfcamente no que concerne a UTE, cuja partcpação no PROINFA seja resultante de amplação, conforme o dsposto nos ncsos III e IV do art. 9 o do Decreto 5.025, de 2004, deverão ser apresentados os parâmetros relaconados no ncso I deste artgo referdos à stuação da central antes e após a referda amplação. Art. 4 o O montante de energa de referênca de cada CGEE, a ser estabelecdo pela ANEEL, será calculada, conforme cada caso, por ntermédo das seguntes equações: I no caso de UTE a bomassa: 2
3 E ER = h ano (MWh/ano) 12 E = 1 E = (kwmedo); 12 E = PCI Q 1 da η eg (kwmedo); s ER (MWh/ano) energa de referênca da UTE; E (kwmedo) - valor esperado da produção; E (kwmedo)- capacdade de produção da UTE no mês consderando-se o valor da vazão mássca Q, do Poder Calorífco Inferor PCI e do rendmento elétrco-global ηeg do mês correspondente; índce referente ao mês, de janero a dezembro; PCI (kj/kg ou kj/nm 3 ) valor esperado para o mês do poder calorífco nferor do combustível utlzado; Q (kg/da ou Nm 3 /da) valor esperado da méda mensal do consumo dáro do combustível (vazão mássca), destnado à produção de energa elétrca e a outros fns, quando for o caso, já levando em consderação as ndsponbldades forçada e programada; ηge (admensonal)- valor médo esperado do rendmento elétrco global, obtdo da razão entre energa elétrca gerada e energa térmca do combustível, sendo esta calculada com base no PCI e no consumo do combustível; II no caso de UEE: ( TEIF ) ( TEIP) ER = E 1 1 (MWh/ano) Sendo: ER (MWh/ano) energa de referênca da UTE; E (MWh/ano) - valor esperado da produção anual, consderando 100% de dsponbldade, obtdo segundo o dsposto no Anexo 7 do Gua de Habltação Eólca, constante do Anexo 1 da Portara MME n o 45, de 2004; TEIF (admensonal) taxa equvalente de ndsponbldade forçada; e TEIP (admensonal) taxa equvalente de ndsponbldade programada; 1 o Especfcamente no que concerne a UTE, cuja partcpação no PROINFA seja resultante de amplação, conforme o dsposto nos ncsos III e IV do art. 9 o do Decreto 5.025, de 2004, serão 3
4 calculados os montantes de energa de referênca correspondentes à stuação da central antes e após a referda amplação. 2 o No caso específco da UTE referda no parágrafo anteror, o montante de energa contratada com a ELETROBRÁS deverá estar lmtado à capacdade de produção assocada à potênca nstalada adconal da planta. Art. 5 o O montante de energa de referênca será revsto perodcamente, a cada 2 anos, no caso de UEE e UTE a partr do níco da oferta de energa para o PROINFA. 1 o O montante de energa de referênca revsto de uma UEE ou UTE será calculado por ntermédo da segunte equação: ( Eger ) = 1 ERrev = 8760 NH Sendo: n h ano MWh ano ER rev (MWh/ano) montante revsto de energa de referênca; Eger (MWh) quantdade mensal de energa gerada referente ao mês, contemplando o período compreenddo entre o prmero mês de oferta de energa para o PROINFA e o décmo segundo mês anteror ao mês da revsão da energa de referênca; n quantdade de meses de observação da geração de energa elétrca (múltplo de 12). NH quantdade de horas correspondente ao período contemplado pelos n meses de observação da energa gerada. 2 o No caso de PCH, a energa assegurada será revsta conforme a regulamentação em vgor. 3 o Até o últmo da do tercero mês anteror ao mês de revsão da energa de referênca de qualquer CGEE ntegrante do PROINFA, o MAE, ou órgão que venha sucedê-lo, deverá envar à ANEEL a sére das quantdades mensas das medções da energa gerada e da energa medda no ponto de conexão com a rede de dstrbução ou Rede Básca, conforme o caso, e a sére das quantdades mensas da apuração da energa efetvamente gerada a ser nformada pelo MAE. Art. 6 o A CGEE partcpante do PROINFA, ndependentemente da fonte utlzada, mesmo aquela que contratar somente parte de sua produção, deverá possur sstema de medção para faturamento de energa equvalente ao exgdo das usnas despachadas centralzadamente, nclusve com a medção na(s) saída(s) do(s) gerador(es), atendendo ao Módulo 12 dos Procedmentos de Rede Medção para Faturamento, elaborado pelo ONS, e ao documento Sstema de Medção para Faturamento de Energa Especfcação Técnca, elaborado pelo MAE e ONS. Art. 7 o Para cada UEE e PCH ntegrante do PROINFA devem ser arquvados os dados referentes à dsponbldade do recurso energétco, para fns de fscalzação da ANEEL e ELETROBRÁS, conforme a segur especfcado: I - no caso de UEE, o agente responsável deve manter ao longo de todo o período do contrato, os dados horáros de velocdade e dreção de vento, devdamente consstdos, não sendo admtdas ausêncas de dados superores a: 4
5 a) 360 (trezentos e sessenta) horas no total e 72 (setenta e duas) horas consecutvas, para cada cclo de 12 (doze) meses; e b) (dos ml cento e sessenta) horas, consderando todo o período de contrato. II - no caso de PCH, o agente responsável deve manter os dados de vazão, conforme o dsposto na Resolução n o 396, de 4 de dezembro de 1998; III no caso de UTE, o agente responsável deve manter dados mensas referentes ao consumo, em [kg/da] ou [Nm 3 /da], e ao PCI, em [kj/kg] ou [kj/nm 3 ], do combustível utlzado. Art. 8 o O agente responsável responde pela veracdade das nformações referdas nos arts. 3ºe 6º, nclusve por eventuas danos causados a terceros, sem prejuízo das penaldades aplcáves pela ANEEL. Parágrafo únco. Caso seja constatado erro ou nconsstênca na documentação a que se referem os arts. 3 o e 6 o, ou mesmo modfcação na CGEE que mplque em alteração da capacdade de produção de energa elétrca, o montante de energa de referênca estabelecdo poderá ser modfcado. Art. 9 o Especfcamente no caso de UEE, para fns da adequação do preço da energa elétrca a cada Plano Anual do PROINFA, de que trata o ncso II, art. 12, do Decreto n o 5.025, de 2004, o fator de capacdade será obtdo da razão entre a energa medda no ponto de conexão com a rede de dstrbução ou Rede Básca, conforme o caso, em [MWh], e a potênca nstalada da central, em [MW], prevamente multplcada pelo fator horas. Art. 10. Para fns da contratação concernente à prmera chamada públca referente à prmera etapa do PROINFA, a solctação para o cálculo da energa de referênca ou energa assegurada deve ser protocolzada na ANEEL até o décmo da útl anteror à data a que se refere a alínea a, ncso I, art. 3 o, da Le n o , de 26 de abrl de 2002, alterada pelo art. 2 o da Medda Provsóra n o 181, de 12 de abrl de o No caso das UTEs e UEEs para as quas já haja solctação do cálculo da energa de referênca protocolzada na ANEEL, os agentes responsáves devem entregar dentro do prazo referdo no caput deste artgo os documentos necessáros à adequação com o dsposto no art. 3 o desta Resolução.. 2 o No caso de PCH que já tenha solctado o cálculo da energa de referênca, a energa assegurada será calculada com base na documentação apresentada para o cálculo da energa de referênca. Art 11. A energa a ser contratada pela ELETROBRÁS, no âmbto do PROINFA, deverá ser determnada com base na energa de referênca de que trata esta resolução, subtrando-a do consumo própro e das perdas elétrcas, conforme o dsposto no art. 11 do Decreto n o 5.025, de Art. 12. Fca revogada a Resolução n o 50, de 23 de março de Art. 13. Esta Resolução entra em vgor na data de sua publcação. 5
6 JOSÉ MÁRIO MIRANDA ABDO Publcado no D.O de , seção 1, p. 69, v. 141, n. 86. Este texto não substtu o publcado no D.O de
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