Alterações recentes ao Decreto-Lei n.º 220/2008 de 11 de novembro (RJ-SCIE) (Introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 224/2015 de 9 de outubro)
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- Amadeu Miranda Azevedo
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1 (Introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 224/2015 de 9 de outubro) António Varela Portimão - 27 de maio de 2016
2 Objetivos das alteração ao RJ-SCIE: Clarificação de alguns aspetos do articulado; Correção de erros ou gralhas; Harmonização de requisitos técnicos.
3 Artigo 2.º Definições Desde que o percurso máximo de evacuação no duplex seja 10 m
4 Artigo 3.º Âmbito Estão sujeitos ao regime de segurança contra incêndios: Edifícios, ou suas fracções autónomas, qualquer que seja a utilização e respectiva envolvente; Edifícios de apoio a postos de abastecimento de combustíveis; Recintos permanentes; Recintos provisórios ou itinerantes;
5 Artigo 3.º Âmbito Estão sujeitos ao regime de segurança contra incêndios (Cont.): Edifícios de apoio a instalações de armazenagem e tratamento industrial de petróleos brutos, seus derivados e resíduos; Edifícios de apoio a instalações de receção, armazenamento e regaseificação de gás natural liquefeito (GNL);
6 Artigo 3.º Âmbito Estão sujeitos ao regime de segurança contra incêndios (Cont.): Edifícios de apoio a instalações afetas à indústria de pirotecnia e à indústria extrativa; Edifícios de apoio a instalações dos estabelecimentos que transformem ou armazenem substâncias e produtos explosivos ou radioativos.
7 Artigo 3.º Âmbito NÃO ESTÃO ABRANGIDOS : Estabelecimentos prisionais; Espaços classificados de acesso restrito das instalações de forças armadas ou de segurança; Paióis de munições ou de explosivos; Carreiras de tiro; Espaços interiores de cada habitação (excepto para as condições de segurança das instalações técnicas e exceções previstas no RT-SCIE). Incumbe às entidades responsáveis promover a adoção das medidas de segurança adequadas ouvida a ANPC, quando entendido conveniente
8 Artigo 3.º Âmbito Apenas sujeitos para acessibilidade e água para combate as instalações que; disponibilidade de Não disponham de legislação específica; Dispondo de legislação específica a mesma não contemple as referidas matérias.
9 Artigo 3.º Âmbito Nos imóveis classificados ou em vias de classificação, são adotadas as medidas de autoproteção adequadas, quando o cumprimento das normas de segurança contra incêndio sejam: Lesivo dos mesmos; Concretização manifestamente desproporcionada. Carecem de parecer da ANPC
10 Artigo 6.º Responsabilidade no caso de edifícios ou recintos Em fase de projeto e construção são responsáveis pela aplicação e pela verificação das condições: Os autores e os coordenadores dos projetos de operações urbanísticas, relativamente à elaboração, bem como às intervenções acessórias ou complementares no decurso da obra; A empresa responsável pela execução da obra; O diretor de obra e o diretor de fiscalização de obra, quanto à conformidade da execução com o projeto aprovado. Os responsáveis subscrevem termos de responsabilidade constando que foram cumpridas as disposições de SCIE
11 Durante o ciclo de vida dos edifícios ou recintos são responsáveis pela manutenção das condições de segurança CRI e pela implementação das medidas de autoproteção: O proprietário, no caso do edifício ou recinto estar na sua posse; Alterações recentes ao Decreto-Lei n.º 220/2008 de 11 de novembro (RJ-SCIE) Artigo 6.º Responsabilidade no caso de edifícios ou recintos O administrador do condomínio nas partes comuns (habitação); Quem detiver a exploração do edifício ou do recinto; As entidades gestoras no caso de espaços comuns, espaços partilhados ou serviços coletivos.
12 Artigo 6.º Responsabilidade no caso de edifícios ou recintos Os intervenientes sobrescrevem termos de responsabilidade, nos quais deve constar: Autor do projeto de SCIE, a referência ao cumprimento das disposições de SCIE na elaboração do projeto; Coordenador de projeto, a compatibilidade dos demais projetos de especialidade com o projeto de SCIE; Diretor de obra e do diretor de fiscalização de obra, a execução da mesma em conformidade com o projeto de SCIE.
13 Artigo 8.º Utilizações-tipo de edifícios e recintos Utilização-Tipo VII Hoteleiros e Restauração Edifícios ou partes de edifícios, recebendo público, fornecendo alojamento temporário ou exercendo atividades de restauração e bebidas, em regime de ocupação exclusiva ou não. Exemplo: Empreendimentos turísticos, alojamento local quando aplicável, estabelecimentos de restauração ou de bebidas, dormitórios e, quando não inseridos num estabelecimento escolar, residências de estudantes e colónias de férias.
14 Artigo 8.º Utilizações-tipo de edifícios e recintos Aplicam-se as disposições da utilização-tipo onde se inserem, aos seguintes espaços: Actividades administrativas, de arquivo documental e armazenamento das entidades que exploram as UT-III a XII, geridas sob sua responsabilidade, sem acesso ao público e com área bruta não superior a: 10 % da área bruta afecta às UT - III a VII, IX e XI; 20 % da área bruta afecta às UT - VIII, X e XII;
15 Artigo 8.º Utilizações-tipo de edifícios e recintos A 10% da Área Área UT - III a VII, IX e XI Sem acesso ao público Atividades administrativas, de arquivo documental e armazenamento A 20% da Área Área UT VIII, X E XII
16 Artigo 8.º Utilizações-tipo de edifícios e recintos Aplicam-se as disposições da utilização-tipo onde se inserem, aos seguintes espaços (cont.): Espaços comerciais, oficinas, de bibliotecas e de exposição; Postos médicos, de socorros e de enfermagem. Espaços A 200 m² UT III a XII Desde que geridos pelas entidades exploradoras das UT III a XII e possuam área útil bruta não superior a 200 m². 16
17 Artigo 10.º Classificação dos locais de risco Todos os locais dos edifícios e dos recintos, com exceção dos espaços interiores de cada fogo, das vias horizontais e verticais de evacuação e dos espaços ao ar livre, são classificados de acordo com a natureza do risco.
18 Artigo 10.º Classificação dos locais de risco Local de risco C local que apresenta riscos particulares agravados de eclosão e de desenvolvimento de incêndio devido, quer às atividades nele desenvolvidas, quer às características dos produtos, materiais ou equipamentos nele existentes, designadamente à carga de incêndio modificada, à potência útil e à quantidade de líquidos inflamáveis e, ainda, ao volume dos compartimentos;
19 Artigo 10.º Classificação dos locais de risco Local de risco D local de um estabelecimento com permanência de pessoas acamadas ou destinado a receber crianças com idade não superior inferior a seis anos ou pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de percepção e reacção a um alarme;
20 São locais de risco C: [ ]; Alterações recentes ao Decreto-Lei n.º 220/2008 de 11 de novembro (RJ-SCIE) Artigo 10.º Classificação dos locais de risco Lavandarias ou rouparias engomadorias com área 50 m² em que sejam instalados aparelhos, ou grupos de aparelhos, para lavagem, secagem ou engomagem, com potência total útil 20 kw; Instalações de frio para conservação cujos aparelhos possuam potência útil total 70 kw; Arquivos, depósitos, armazéns e arrecadações de produtos ou material diverso com volume de compartimento 100 m³;
21 São locais de risco C (cont.): [ ]; Locais de pintura e aplicação de vernizes em que sejam utilizados produtos inflamáveis; Locais cobertos de estacionamento de veículos com área bruta compreendida entre 50 m² e 200 m², com exceção dos estacionamentos individuais, em edifícios da UT-I; Alterações recentes ao Decreto-Lei n.º 220/2008 de 11 de novembro (RJ-SCIE) Artigo 10.º Classificação dos locais de risco Locais com densidade de carga de incêndio modificada MJ, associada à presença de materiais facilmente inflamáveis e, os que comportem riscos de explosão.
22 São locais de risco F: [ ]; Alterações recentes ao Decreto-Lei n.º 220/2008 de 11 de novembro (RJ-SCIE) Artigo 10.º Classificação dos locais de risco Centrais de bombagem para serviço de incêndio.
23 A afetação dos espaços interiores de um edifício a locais de risco B acessíveis a público deve respeitar: Situar-se, sempre que possível, próximo do piso de saída para o exterior ou com saída direta para o exterior; [ ]; Artigo 11.º Restrições do uso em locais de risco
24 Artigo 11.º Restrições do uso em locais de risco A afectação dos espaços interiores de um edifício a locais de risco C agravado, deve respeitar as regras seguintes: Situar-se sempre que possível ao nível do plano de referência e na periferia do edifício; Não comunicar directamente com locais de risco B, D, E ou F, nem com vias verticais que sirvam outros espaços do edifício.
25 Artigo 12.º Categorias e fatores do risco Utilização-tipo VII Hoteleiros e Restauração (Quadro VI, do Anexo III, do Decreto-Lei 220/2008, de 12 de Novembro) 1ª Categoria de Risco 2ª Categoria de Risco 3ª Categoria de Risco 4ª Categoria de Risco Altura 9 m Efetivo 100 Efetivo em locais risco E 50 (*) Altura 928 m Efetivo 500 Efetivo em locais risco E 200 Altura 28 m Efetivo 1500 Efetivo em locais risco E 800 Altura: > 28 m Efetivo > 1500 Efetivo em locais risco E > 800 (*) Locais de risco E com saídas independentes diretas ao exterior no plano de referência
26 Artigo 13.º Classificação do risco No caso de estabelecimentos com uma única UT distribuídos por vários edifícios independentes, a categoria de risco é atribuída a cada edifício e não ao seu conjunto. Aos edifícios e recintos de utilização mista aplicam -se as exigências mais gravosas de entre as diversas utilizações -tipo no que respeita às: condições de autoproteção dos espaços comuns; condições de resistência ao fogo dos elementos estruturais comuns; condições de resistência ao fogo dos elementos de compartimentação comuns, entre si e das vias de evacuação comuns; condições de controlo de fumos em vias de evacuação comuns. Podendo partilhar os sistemas e equipamentos de segurança contra risco de incêndio do edifício.
27 Quando as disposições de SCIE para edifícios novos sejam comprovadamente desadequadas face às dimensões em altimetria ou planimetria ou às características de funcionamento, ou de exploração ou construtivas, os recintos e edifícios, ficam sujeitos a soluções que, cumulativamente sejam: Devidamente fundamentadas, com base em análises de risco ou métodos de ensaio ou modelos de cálculo; Baseadas em novas tecnologias ou tecnologias não previstas na legislação; Alterações recentes ao Decreto-Lei n.º 220/2008 de 11 de novembro (RJ-SCIE) Artigo 14.º Perigosidade atípica Explicitamente referidas como não conformes no termo de responsabilidade do autor do projecto; Sejam aprovadas pela ANPC.
28 Artigo 14.º -A Edifícios e recintos existentes Estão sujeitos ao RJSCIE as operações urbanísticas referentes a edifícios, ou suas frações autónomas, e recintos existentes, construídos ao abrigo do direito anterior. Pode ser dispensada a aplicação de disposições do RTSCIE quando a sua aplicação seja manifestamente desproporcionada pelas suas características: Construtivas; Arquitetónicas; Funcionamento; Exploração.
29 Artigo 14.º -A Edifícios e recintos existentes A dispensada a aplicação de disposições do RTSCIE implica meios de segurança compensatórios que cumulativamente: Sejam compatíveis com a natureza da intervenção e com o grau de proteção; Sejam mencionados no termo de responsabilidade, pelo autor do projeto; Sejam objeto de fundamentação adequada na memória descritiva do projeto; Sejam aprovados pela ANPC.
30 Artigo 16.º Projetos de SCIE e medidas de autoproteção Para projetos da 1.ª CR da UT-IV e V e da 2.ª, 3.ª e 4.ª CR, a elaboração é exclusiva por arquiteto, engenheiro ou engenheiro técnico com certificação de especialização, obtida por: Proposta das respetivas associações profissionais com: Mínimo de 5 anos de experiência profissional comprovada em SCIE (adquirida até 15 de Julho de 2011); Ações de formação na área específica de SCIE.
31 Artigo 16.º Projetos de SCIE e medidas de autoproteção Para projetos da 1.ª Categoria da UT-IV e V e da 2.ª Categoria, a elaboração é exclusiva por arquiteto, engenheiro ou engenheiro técnico com certificação de especialização, obtida por: Proposta das respetivas associações profissionais com: Experiência profissional comprovada, mas sem o reconhecimento para 3.ª e 4.ª Categoria.
32 Artigo 16.º Projetos de SCIE e medidas de autoproteção Responsabilidade pela elaboração das medidas de autoproteção : Para 1.ª Categoria da UT-IV e UT-V, 2.ª, 3.ª e 4.ª Categorias, elaboração exclusiva por arquiteto, engenheiro ou engenheiro técnico propostos pelas respetivas associações profissionais, com certificação de especialização: Para 1.ª Categoria da UT-IV e V, e da 2.ª Categoria, com experiência profissional comprovada, mas sem o reconhecimento para 3.ª e 4.ª Categoria. Tenham concluído com aproveitamento as necessárias ações de formação na área específica de SCIE
33 Artigo 18.º Utilização dos edifícios O pedido de autorização de utilização instruído com termo de responsabilidade subscrito pelos autores de projeto de obra e do diretor de fiscalização de obra; Quando haja lugar a vistorias deve ser apreciado o cumprimento das condições de SCIE e dos respetivos projetos ou fichas de segurança; As vistorias referentes à 1.ª Categoria de risco para a UT-IV e V e à 2.ª, 3.ª e 4.ª categorias de risco, integram um representante da ANPC ou de uma entidade por ela credenciada.
34 Artigo 19.º Inspeções Categoria UT UT Periodicidade Periodicidade (*) de de Risco 1.ª IV e V três em três anos 1.ª IV e V seis em seis anos 2.ª todas dois em dois anos 3ª e 2.ª 4ª todas todas cinco anual em cinco anos 3ª todas quatro em quatro anos 4.ª todas três em três anos Realizadas pela ANPC ou entidade credenciada Pedidas pelas entidades responsáveis (*) Excluída Ou extraordinárias a UT-I da 2.ª CR quando exclusiva
35 Artigo 22.º Implementação das medidas de autoproteção Aplicam-se a todos os edifícios e recintos, incluindo os existentes, com exceção da UT-I da 1.ª e 2.ª CR; As modificações às MAP aprovadas devem ser apresentadas na ANPC, para parecer, sempre que se verifique a alteração da CR ou da UT; As modificações das MAP que não impliquem alteração da CR ou da UT, devem ser aprovadas pelo RS, constar dos registos de segurança e ser implementadas; A mudança da entidade responsável pela manutenção das condições de SCIE da utilização-tipo deve ser comunicada à ANPC. 35
36 Artigo 24.º Competência de fiscalização São competentes para fiscalizar o cumprimento das condições de SCIE: Autoridade Nacional de Proteção Civil; Municípios para a 1.ª categoria de risco, excluindo UT-IV e V; Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (relativamente à colocação no mercado dos equipamentos).
37 Artigo 25.º Contraordenações e coimas [ ]; Inexistência ou a deficiente instalação, funcionamento, ou manutenção, dos hidrantes; Falta do pedido de inspeção regular; A inexistência ou a deficiente instalação, funcionamento ou manutenção das instalações técnicas; A inexistência ou a deficiente instalação, funcionamento ou manutenção das fontes centrais de energia de emergência; A existência de MAP não entregues na ANPC, para parecer;
38 Artigo 25.º Contraordenações e coimas A inexistência de projeto de SCIE ou da ficha de segurança, quando exigível; O incumprimento das condições de SCIE, em infração ao disposto no n.º 3 do artigo 17.º; O incumprimento da obrigação de notificação da ANPC das alterações que respeitem ao registo, previsto no artigo 32.º e no artigo 3.º, da Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho; A realização da manutenção de extintores por entidades com o serviço não certificado de acordo com a NP 4413; A inexistência ou a deficiente instalação, funcionamento ou manutenção de portas e divisórias resistentes ao fogo.
39 ANEXO IV Elementos do projeto da especialidade de SCIE, exigido para os edifícios e recintos, a que se refere o n.º 1 do artigo 17.º Artigo 1.º Projeto da especialidade de SCIE No projeto de especialidade devem constar as seguintes peças escritas e desenhadas: Memória descritiva e justificativa ; Peças desenhadas ; Tratando -se de projetos de alteração, as peças desenhadas devem incluir a representação das alterações de arquitetura (com amarelos e vermelhos).
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