SOROPREVALÊNCIA DO VÍRUS DA HEPATITE B EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM NA RODOVIA BR 364 NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SOROPREVALÊNCIA DO VÍRUS DA HEPATITE B EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM NA RODOVIA BR 364 NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO BIOLOGIA DE AGENTES INFECCIOSOS E PARASITÁRIOS SOROPREVALÊNCIA DO VÍRUS DA HEPATITE B EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM NA RODOVIA BR 364 NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL CRISTINA MOREIRA BARBOSA NUNES Belém-Pará 2013

2 CRISTINA MOREIRA BARBOSA NUNES SOROPREVALÊNCIA DO VÍRUS DA HEPATITE B EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM NA RODOVIA BR 364 NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários. Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Almeida Machado. Belém-Pará 2013

3

4 1 CRISTINA MOREIRA BARBOSA NUNES SOROPREVALÊNCIA DO VÍRUS DA HEPATITE B EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM NA RODOVIA BR 364 NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários. Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Almeida Machado Departamento de Imunologia, UFPA Banca Examinadora: Prof. Dr. Ricardo Ishak Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Prof. Dr. José Alexandre Rodrigues de Lemos Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Profa. Dra. Rosimar Neris Martins Feitosa Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Prof. Dr. Antonio Carlos Rosário Vallinoto (suplente) Instituto de Ciências Biológicas, UFPA Belém, 05 de abril de 2013

5 2 O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis. José de Alencar

6 3 DEDICATÓRIA Aos meus pais, que com todo amor, dedicação e sabedoria me ensinaram os principais valores da vida. Às minhas irmãs pela unidade, carinho e incentivo. Ao meu amado esposo pelo apoio incondicional.

7 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por todos os momentos da minha vida, por me dar sabedoria, força e coragem para vencer os obstáculos, por colocar-me de pé nos instantes de fraqueza e insegurança, por guiar meu caminho e tornar tudo possível. Aos caminhoneiros que aceitaram participar da pesquisa, os quais foram fundamentais para a realização deste trabalho. A minha família, em especial meus pais Joaquim e Ormezinda, irmãs Cristiane e Crislaine, sogra Mirian, afilhadas Isabela e Karina, cunhada Gleice, cunhados Celestino, Alessander e Rafael, pelo amor, carinho, incentivo e apoio em todos os momentos. Ao meu esposo Luciano pela dedicação, paciência e compreensão das horas de convívio e lazer não compartilhadas, para que dedicasse maior tempo a este trabalho. Ao Prof. Dr. Luiz Fernando Almeida Machado pela valiosa orientação, sugestões e críticas essenciais para a consolidação deste trabalho, além da disponibilidade, dedicação, sabedoria e tranquilidade. Minha gratidão e estima. A todos os professores que contribuíram para minha formação, aos membros da banca avaliadora pelas dicas e contribuição, em especial ao Prof. Dr. Ricardo Ishak, pelo carinho e atenção. A minha irmã Crislaine, cunhado Celestino, esposo Luciano e amigos Célio e Cíntia, que auxiliaram e possibilitaram que as 240 amostras fossem coletadas. Aos meus amigos de turma por todos os bons momentos juntos, em especial, Vera, Débora e Milene, pelos favores por vezes prestados, pela amizade, companheirismo e força, por acreditar que seríamos capazes. Ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) de Porto Velho-RO, que possibilitou a realização das sorologias e a todos os funcionários pela receptividade e colaboração, principalmente a bioquímica Jaqueline pela paciência e dedicação. Em fim, a todos aqueles que direta ou indiretamente participaram e colaboraram para a concretização deste trabalho, o meu muito obrigada.

8 5 SUMÁRIO RESUMO... ABSTRACT INTRODUÇÃO BIOLOGIA DO VHB... Classificação e Morfologia... Organização Genômica... Modos de Transmissão do VHB... Modos de Prevenção do VHB... PATOLOGIA/PATOGENIA... Características da Doença... Fase Aguda... Fase Crônica... EPIDEMIOLOGIA DO VHB... Distribuição Geográfica do VHB... No Mundo... No Brasil... Na Região Norte... Em Rondônia... DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CAMINHONEIROS E A RODOVIA BR OBJETIVOS... Objetivo Geral... Objetivos Específicos MATERIAL E MÉTODOS... TIPO DE ESTUDO... POPULAÇÃO DO ESTUDO... ASPÉCTOS ÉTICOS... CRITÉRIOS DE INCLUSÃO... CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO... COLETA DAS AMOSTRAS... SOROLOGIA... ANÁLISE ESTATÍSTICA

9 RESULTADOS... DISCUSSÃO... CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES ANEXO... 53

10 7 RESUMO A infecção causada pelo Vírus da hepatite B (VHB) é um grande problema de saúde pública no Brasil e no Mundo e a epidemiologia deste agente entre os caminhoneiros no Brasil ainda é pouco conhecida. Sendo assim o presente estudo teve o objetivo de investigar a prevalência de marcadores sorológicos da infecção pelo VHB em caminhoneiros que trafegam a rodovia BR 364, no Estado de Rondônia, Brasil. O estudo foi de cunho quantitativo descritivo transversal e foram coletados dados epidemiológicos e sangue de 240 caminhoneiros, no Posto Fiscal de Vilhena, o Portal da Amazônia, no período de março de As análises sorológicas foram realizadas no LACEN-RO com a finalidade de investigar a presença de marcadores sorológicos específicos do VHB: HBsAg, anti-hbs e anti-hbc total. As amostras positivas para anti-hbc total foram testadas para os marcadores HBeAg, anti-hbe, anti-hbc IgM. A prevalência global ao VHB foi de 33,75%, sendo que 30,83% apresentaram positividade ao anti-hbc total e 2,92% ao HBsAg. Ser residente do Estado de Rondônia e ter baixa escolaridade foram associados aos fatores de risco com significância estatística. Pode-se concluir que a população estudada apresentou uma alta prevalência de infecção para o VHB, revelando uma alta circulação desse vírus nessa população, assim como são altamente suscetíveis, resultados que apontam para uma necessidade de intensificação nas políticas públicas de saúde voltadas a essa população a fim de evitar a disseminação do VHB. Palavras chave: Hepatite por vírus; Hepatite B Rondônia; Motoristas de caminhão doenças.

11 8 ABSTRACT The infection caused by the hepatitis B virus (HBV) is a big public health problem in Brazil and in the world and the epidemiology of this agent among truck drivers in Brazil is still little known. So the present study aimed to investigate the prevalence of serological markers of HBV infection among truck drivers that travel the highway BR-364, in the State of Rondônia, Brazil. The study was a quantitative descriptive cross epidemiological data were collected and blood of 240 truckers in Fiscal Tour de Vilhena, the "Gateway to the Amazon" from March The analyzes were performed in serum LACEN-RO in order to investigate the presence of specific serum markers of HBV HBsAg, anti-hbs and anti-hbc. Samples positive for anti-hbc were tested for HBeAg, Anti-HBe, anti-hbc IgM. The overall prevalence of HBV was 33, 75%, and 30.83% were positive for anti-hbc and HBsAg to 2.92%. Be a resident of the State of Rondônia and low education were associated with risk factors with statistical significance. It can be concluded that the population showed a high prevalence of HBV infection, revealing a high circulation of the virus in this population, as they are highly susceptible, which results point to a need for the intensification of public health policies aimed this population to prevent the spread of HBV. Keywords: Viral hepatitis; Hepatitis B Rondônia; Truck drivers diseases.

12 9 1. INTRODUÇÃO As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, de distribuição universal, que representam problemas importantes de saúde pública no Brasil. Todas elas possuem semelhanças nas características clínicas e laboratoriais, com diferenças epidemiológicas e na evolução. Entre os diversos agentes virais que podem causar hepatite, destacam-se o Vírus da hepatite A (VHA), o Vírus da hepatite B (VHB), o Vírus da hepatite C (VHC), o Vírus da Hepatite D (VHD) e o Vírus da Hepatite E (VHE) (Guirão et al., 2006; Cruz et.al., 2009). O comportamento epidemiológico do VHB no país e no mundo tem sofrido grandes mudanças. As condições do país como a heterogeneidade socioeconômica e demográfica, a distribuição irregular dos serviços de saúde, a desigualdade na tecnologia para o diagnóstico e o tratamento de enfermidades, são elementos importantes que devem ser considerados na avaliação do processo endemo-epidêmico das hepatites virais (Ferreira & Silveira, 2006; Brasil, 2008). Os estudos soroepidemiológicos permitem avaliar as características de diferentes populações, nas quais valores e práticas culturais distintas podem afetar o processo de saúde e doença (Ferreira et al., 2006). O VHB é um grande problema de saúde pública, em todo mundo com mais de 2 bilhões de pessoas infectadas. Estima-se mortes a cada ano em decorrência de infecção aguda ou crônica da hepatite B, e cerca de 25% dos adultos que foram infectados durante a infância morrem por câncer no fígado ou por cirrose. As estatísticas de saúde revelam que a infectividade do VHB é 50 a 100 vezes maior que o HIV (Brasil, 2008). Apesar dos avanços recentes nos diagnósticos, tratamentos e profilaxias, a busca do conhecimento da circulação viral e da prevalência representam exercícios de grande importância na vigilância epidemiológica, pois possibilita estabelecer grupos de risco e estratégias de controle (Pelegrini et al., 2007; Martins et al., 2008) BIOLOGIA DO VHB Classificação e Morfologia O VHB pertence à família Hepadnaviridae e ao gênero Orthohepadnavirus, medindo, aproximadamente, 40 nm de diâmetro, contendo um envelope mais externamente, formado por proteínas, lipídios e carboidratos, além de uma fita de DNA dupla circular, de

13 10 aproximadamente, pares de bases, a qual é circundada por um capsídeo icosaédrico (Khouri & Santos, 2004) (Figura 1). Figura 1 - Figura esquemática do VHB e seus antígenos (Fonte: Ballalai et al., 2007). O genoma do VHB é composto de quatro genes, sendo que cada um codifica uma proteína específica ou proteínas estruturais: o gene S, para o envelope viral (antígeno de superfície), o gene C, para o núcleo (nucleocapsídeo antígeno) e os pré-core (e) antígeno, o gene X, por duas proteínas reguladoras necessárias para a replicação do VHB e o gene P, para a DNA polimerase (Elgouhari et al., 2008; Khawaja & Khawaja, 2009) Organização Genômica Quatro antígenos são codificados pelo genoma do VHB: o antígeno de superfície do VHB (HBsAg), o antígeno e do VHB (HBeAg), o antígeno central (core) do VHB (HBcAg) e o antígeno x do VHB (HBxAg). A exata função do HBxAg durante a replicação do VHB e sua influência associada a carcinogenese hepática, ainda não está totalmente definida, no entanto, acredita-se que a expressão contínua do HBxAg nos hepatócitos possa influenciar a transformação celular (Bouchard & Scheider, 2004; Fonseca, 2007) (Figura 2). A cadeia mais longa (negativa) é completa, tendo cerca de 3200 pares de bases. A cadeia menor (positiva) é incompleta, variando entre 50 a 70% da cadeia longa. A molécula adota uma configuração circular devido à sobreposição das duas cadeias complementares na região coesiva. Flanqueando esta região existem 2 sequências repetidas de 11 bases (DR1 e DR2, direct repeats), importantes para a replicação do genoma do VHB (Moura, 1997).

14 11 Figura 2 - Representação estrutural do genoma do VHB (Fonte: Ljunggren et al., 2002) O VHB apresenta uma diversidade viral complexa com diferentes subtipos e genótipos. As diferenças antigênicas no HBsAg estabelecem quatro subtipos: adw, ayw, adr e ayr. O VHB foi classificado em oito genótipos (A, B, C, D, E, F, G, H), que são associados com diferentes mutações nas regiões dos genes pré-core durante a soroconversão do HBeAg para anti-hbe (Datta et al., 2006; Fonseca, 2007) e possuem diferentes distribuições geográficas e associações com diferentes grupos de risco para infecção. O genótipo G foi bem identificado em poucas amostras nos Estados Unidos da América (EUA) e França, já os genótipos B, C e D são predominantes no mundo, com uma estimativa de 240 milhões de pessoas infectadas com o genótipo B e C, e de 40 milhões de infectados com o genótipo D (Tengan & Araújo, 2006). Os genótipos A, D e F são predominantes no Brasil com proporções variadas por região, devido à miscigenação populacional (Mello et al., 2007) (Figura 3).

15 12 Figura 3 - Distribuição geográfica dos genótipos do VHB nas regiões brasileiras (Adaptado de: Mello et al., 2007). Dependendo do genótipo que infectou o indivíduo, o prognóstico em longo prazo, o quadro clínico inicial e a resposta ao tratamento, podem variar, sendo que a gravidade e evolução da hepatite B crônica são mais graves em pacientes infectados com o genótipo C e A em relação ao genótipo B (Khawaja & Khawaja, 2009) Modos de Transmissão do VHB A transmissão do VHB pode ocorrer horizontalmente, pelo contato com fluidos orgânicos contendo vírus, através de solução de continuidade (pele e mucosas), relações sexuais não protegidas, exposição percutânea (parenteral) por meio de agulhas ou outros instrumentos contaminados, pela transfusão de sangue e hemoderivados, pelo uso de drogas intravenosas, entre contatos domiciliares e pela transmissão vertical (Ferreira & Silveira, 2004; Tengan & Araújo, 2006; Mincis et al., 2007; Aquino et al., 2008). Certos grupos populacionais são considerados de alto risco para aquisição do VHB, entre eles, incluem-se, profissionais de saúde das áreas médico-odontológicas, hemodialisados, homossexuais masculinos, hemofílicos, prostitutas, toxicômanos e imunossuprimidos (Ferreira, 2000; Tengan & Araújo, 2006). O sangue e os outros líquidos orgânicos de uma pessoa portadora do VHB já podem ser infectantes duas a três semanas antes de aparecerem os primeiros sinais da doença e se mantêm assim durante a fase aguda, sendo necessário dar-se uma especial atenção, pois

16 13 podem permanecer infectantes por toda a vida (Ferreira & Silveira, 2004). Sabe-se que o VHB circula em altas concentrações no sangue e em títulos baixos nos outros fluidos orgânicos, e que é aproximadamente 100 vezes mais infectante do que o HIV e 10 vezes mais do que o VHC (CDC, 2003). Acredita-se que a maior prevalência de marcadores sorológicos encontra-se nos homens, o que pode indicar que estes podem ser mais expostos aos vírus estudados, provavelmente devido ao comportamento sexual (Silveira et al., 1999; Valente et al., 2005; Aquino et al., 2008). Embora o HBsAg tenha sido identificado numa variedade de fluidos corpóreos, somente o sangue e o sêmen mostram-se contagiosos, enquanto o leite materno, a saliva e a urina permanecem controversos (Tengan & Araújo, 2006). Segundo Elgouhari et al. (2008), saliva, fluído da nasofaringe, leite materno, urina e secreções do colo do útero podem abrigar o VHB. A infecção por fezes, urina, lágrimas, leite materno, bile ou suco pancreático não foi relatada, embora HBsAg ou as partículas do VHB tenham sido identificadas nesses fluídos (Elgouhari et al., 2008). O VHB é estável em superfícies ambientais por mais de 7 dias, é resistente ao calor e outros agentes físicos. Os plasmas infectados podem ser inativados com o aquecimento por 5 horas a 60ºC (Khouri & Santos, 2004). A disseminação pessoa a pessoa pode ocorrer em situações de contato interpessoal não-sexual por longos períodos, como entre os contatos domiciliares de uma pessoa cronicamente infectada, embora os mecanismos exatos de transmissão ainda sejam desconhecidos, sabe-se que o frequente contato interpessoal de pele ou membranas mucosas não intactas com secreções, sangue ou saliva é o veículo mais provável de transmissão (Brasil et al., 2003; Tengan & Araújo, 2006). A prostituição esta associada ao risco de infecção do VHB devido aos comportamentos típicos adotados como: o elevado número de parceiros e relações sexuais de risco; as práticas e situações relacionadas incluindo o consumo de drogas ilícitas e bebidas alcoólicas; a exposição nas prisões; o baixo nível educacional e a marginalização socioeconômica (Passos et al., 2007; Pelegrini et al., 2007). Profissionais do sexo com positividade para o HBsAg apresentam alto risco de transmitir o VHB, pois a maioria dos infectados crônicos não são conscientes da situação e acabam servindo como transportadores silenciosos (Tengan & Araújo, 2006). O uso de preservativos nas relações sexuais é apontado como um instrumento para conter a disseminação do VHB (Brasil, 2007).

17 14 Passos et al. (2007) em seu estudo realizado com profissionais do sexo em Ribeirão Preto-SP, evidenciaram associações entre marcadores da infecção pelo VHB e as seguintes co-variáveis: idade, baixo nível socioeconômico, consumo de crack, relações sexuais com indivíduos infectados pelo Vírus da imunodeficiência humana (HIV), história de hepatite prévia, relações sexuais com pessoas portadoras de hepatite e positividade para o VHC. Coelho et al. (2009) em estudo realizado em uma prisão em Ribeirão Preto-SP encontraram infecção pelo VHB em percentuais elevados nos participantes com tatuagem, antecedente de DST e relação sexual com usuário de drogas ilícitas. A figura abaixo demonstra os prováveis mecanismos de infecção pelo VHB, por ano de notificação, em estudo realizado no Brasil nos anos de 1999 a 2011 (Figura 4). Figura 4 - Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notificação. Brasil, 1999 a (Fonte: Ministério da Saúde,2012) Modos de Prevenção do VHB Nos últimos 50 anos as conquistas no que se referem à prevenção e ao controle das hepatites virais foram notáveis. Os mais significativos progressos contra a doença incluem: a identificação dos agentes virais, o desenvolvimento de testes laboratoriais específicos, o rastreamento dos indivíduos infectados, o surgimento da vacina contra o VHB, as novas técnicas moleculares de diagnóstico, assim como a melhoria das condições de higiene e de saneamento das populações (Brasil, 2008).

18 15 A grande dificuldade que se verifica em relação às hepatites virais, é que são doenças silenciosas, significando que muitos são portadores e não sabem, tornando-se potenciais disseminadores da doença (Brasil, 2008). As elevadas prevalências de infecções pelo VHB requerem programas de prevenção baseados na vacinação contra hepatite B e o diagnóstico precoce dessas infecções nos serviços de saúde (Brito et al., 2007), pois as infecções causadas por hepatites virais geram problemas enormes relacionados à morbimortalidade, além de custos com as doenças e também com aumento no número de transplantes de fígado (Ferreira & Silveira, 2006). A vacinação contra o VHB é a maneira mais eficaz na prevenção de infecção aguda ou crônica. As principais finalidades dessa vacinação são prevenir a doença aguda, impedir a cronificação da hepatopatia e sua evolução para cirrose e/ou hepatocarcinoma e ainda contribuir para minimizar a transmissão viral (Ferreira & Silveira, 2006). Existe uma vacina segura e eficaz contra hepatite B a qual é feita com doses de 20 mg do antígeno que devem ser administradas por via intramuscular aos 0, 30 e 180 dias levando ao aparecimento do anticorpo (anti-hbs) em 95% dos indivíduos (Mincis et al., 2007). Indivíduos que não tenham apresentado resposta completa devem repetir o esquema de vacinação, com a possibilidade de obter imunização (em 70% a 80% dos casos), sendo contraindicada repetir pela terceira vez, se não houver resposta (na segunda vez). Se o esquema for interrompido após a primeira dose, a segunda poderá ser administrada na ocasião e a terceira pelo menos dois meses após e se faltar a terceira dose, esta deverá ser administrada o mais breve possível (Mincis et al., 2007). A utilização da vacina representa um dos maiores avanços, pois com sua utilização pode prevenir não somente hepatite aguda, hepatite crônica e cirrose, como também, comprovadamente, neoplasia do fígado (Mincis et al., 2007) Segundo Ferreira & Silveira (2004) as estratégias utilizadas para eliminar a transmissão viral são constituídas por quatro componentes: a) prevenção de infecção perinatal, através de triagem materna e de profilaxia pós exposição dos recém-nascidos de mães com HBsAg positivo; b) a vacinação contra hepatite B de todas as crianças, visando prevenir a infecção na infância e em idade mais avançadas; c) vacinação dos adolescentes que não foram protegidos e d) promover a vacinação de indivíduos pertencentes a grupos de risco. Para a redução da transmissão sexual são utilizadas campanhas de esclarecimento e distribuição de preservativos, assim como para as populações específicas, com grau elevado de risco como homossexuais, presidiários, prostitutas, usuários de drogas ilícitas e também são promovidas campanhas com distribuição de material informativo (Ferreira & Silveira, 2004).

19 PATOLOGIA/PATOGENIA Características da Doença O VHB causa doença hepática de graus e severidade que podem variar, o curso da doença varia de acordo com alguns fatores como: idade no momento da infecção, sexo, estágio da doença no momento do diagnóstico, nível de replicação viral e a associação à infecção com outros vírus (Mendonça & Vigani, 2006). Isto se deve também a fatores como o quadro imunológico do hospedeiro, a resposta inata, humoral, celular e a fatores virais, como certos genótipos, mutações e a carga viral do VHB (Viso & Barone, 2006). Não se sabe exatamente em quais órgãos o VHB persiste, mas o vírus já foi detectado em ductos biliares, pâncreas, rins, pele, cérebro, tecido endócrino e linfonodos (Viso & Barone, 2006). Devido à alta especificidade o VHB infecta o homem, que constitui o reservatório natural. O risco de desenvolver doença aguda ictérica aumenta com a idade do paciente e inversamente à possibilidade de cronificação (Ferreira & Silveira, 2004). O período de incubação varia de 4 a 26 semanas, seguida de doença aguda, com duração de algumas semanas à 6 meses. Nas infecções pós-transfusional, o período de incubação pode variar de 12 a 14 semanas (Khouri & Santos, 2004). Acredita-se que a infecção aguda pelo VHB evolui para a cura em 90% a 95% dos casos, e para o estado de portador crônico nos restantes 5% a 10%. Desses portadores a metade não apresentam doença hepática (portadores sãos), e a outra metade mostra sinais de atividade inflamatória no fígado, intensidade variada, por muitos anos, podendo desenvolver cirrose hepática e/ou hepatocarcinoma nas fases mais tardias da enfermidade (Ferreira, 2000) Fase Aguda O período de incubação da hepatite B aguda é variável, com duração média de 75 dias e caracteriza-se pela presença do antígeno de superfície do VHB (HBsAg) e ausência de sintomas (Mendonça & Vigani, 2006). O surgimento de sintomas inespecíficos como anorexia, náusea, vômitos, fraqueza, intolerância alimentar, artralgia, desconforto abdominal e febre, caracterizam o período préictérico, onde ocorre elevação das transaminases e os anticorpos anti-hbc das classes IgM e IgG estão presentes no soro (Mendonça & Vigani, 2006).

20 17 O surgimento de icterícia, hipocolia fecal e colúria caracterizam o período ictérico, o qual apresenta as transaminases muito elevadas no soro, geralmente maiores que UI/L, demonstrando intensa lesão hepatocítica. O período ictérico pode prolonga-se por aproximadamente 20 dias e após este período o paciente entra na fase de convalescença com melhora progressiva da sintomatologia por um período de 20 a 30 dias (Mendonça & Vigani, 2006; Elgouhari et al., 2008). O mecanismo de lesão do VHB após a infecção dos hepatócitos não é claramente estabelecido, embora algumas evidências indiquem que células T citotóxica dirigidas ao antígeno HBcAg que é expresso na superfície celular podem levar à destruição de hepatócitos (Khouri & Santos, 2004). No início da doença aguda os marcadores de replicação viral, HBeAg e VHB-DNA são encontrados em altas concentrações, assim como o anti-hbc IgM. Adultos com infecção aguda pelo VHB desenvolvem doença auto limitada com resolução do quadro em até 6 meses e uma minoria (1%) evolui para hepatite fulminante em decorrência da lise maciça, mediada pelo sistema imunológico, dos hepatócitos infectados (Mendonça & Vigani, 2006). A hepatite fulminante é definida como desenvolvimento de encefalopatia e coagulopatia até 8 semanas após o início dos sintomas e apresenta altas taxas de letalidade. Assim como existe a probabilidade de um indivíduo com infecção aguda pelo VHB tornar-se cronicamente infectado, o que depende da idade na qual o indivíduo adquiriu a infecção, entre os infectados na idade adulta, 5% dos imunocompetentes e 20% daqueles com infecção pelo HIV, tornam-se portadores crônicos do VHB (Mendonça & Vigani, 2006). Considera-se que a hepatite aguda esta resolvida quando não há mais sintomas, os valores de alanina aminotransferase (ALT/TGP) e aspartato aminotransferase (AST/TGO) se normalizaram e quando houver negativação de HBsAg e o aparecimento do anti-hbs (Mincis et al., 2007) Fase Crônica A hepatite B crônica pode ser assintomática ou pode ser manifestada por sinais e sintomas, cirrose, carcinoma hepatocelular ou ambos. Manifestações extra-hepáticas, incluindo doença do soro, glomerulonefrite membranosa e anemia aplástica foram relatados em pacientes com infecção pelo VHB (Elgouhari et al., 2008). A infecção crônica causada pelo VHB é caracterizada pela persistência do HBsAg por um período maior ou igual a 6 meses, altos níveis de VHB-DNA e a presença do HBeAg no

21 18 soro, que é caracterizada pela interação entre o VHB e o sistema imunológico do hospedeiro. Quando a resposta imune é suficiente para controlar a replicação viral, a doença estabiliza (fase não replicativa) e o indivíduo torna-se um portador inativo do VHB, por outro lado, quando a resposta imune não é suficiente para controlar a replicação viral, a doença progride com atividade inflamatória e fibrose hepática (Mendonça & Vigani, 2006). A infecção pelo VHB tem maior probabilidade de persistir e tornar-se crônica se for adquirida no nascimento ou na primeira infância, do que quando adquirida na vida adulta. Embora muitos casos de hepatite B crônica resolverem-se espontaneamente, alguns podem progredir para cirrose, carcinoma hepatocelular e morte (Elgouhari et al., 2008). Essa infecção crônica causada pelo VHB tem se revelado uma doença complexa, de difícil manejo, devido às peculiaridades na relação vírus-hospedeiro, surgimento de mutações, heterogeneidade viral e diversidade das formas clínicas (Ferreira & Silveira 2006). Os principais riscos relacionados à progressão para hepatite B crônica são: indivíduos imunodeprimidos, renais crônicos em diálise, renais crônicos pós-transplantados, portadores de HIV e leucêmicos (Mincis et al., 2007). A incidência de cirrose em pacientes com infecção crônica pelo VHB pode ser influenciado por fatores como a idade avançada, replicação viral persistente e longos períodos de necroinflamação hepática (Mendonça & Vigani, 2006), alta carga viral, uso crônico de bebidas alcoólicas, tabagismo, co-infecção ou superinfecção viral por VHC, HIV e VHD, entre outros fatores (Fonseca, 2007) EPIDEMIOLOGIA DO VHB Distribuição Geográfica do VHB A grande importância das hepatites não se limita ao enorme número de pessoas infectadas, mas às possíveis complicações, pois o VHB pode determinar várias apresentações clínicas: de portador assintomático à hepatite aguda ou crônica, podendo estar associado à cirrose e ao carcinoma hepatocelular (Brasil, 2005). Por produzirem um contingente de infecções assintomáticas, acabam por disseminarse na coletividade de uma maneira mais intensa que a evidenciada pelo aparecimento de casos clínicos, podendo deixar de ser diagnosticadas (Pelegrini et al., 2007). A hepatite viral sofre variação de uma região para outra, devido às características culturais, econômicas e geográficas (Brasil, 2005).

22 No Mundo A incidência da infecção pelo VHB e os padrões de transmissão variam muito no mundo em diferentes subgrupos de populações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) no mundo, são identificados cerca de 50 milhões de casos novos por ano e 350 milhões de pessoas sofrem de infecção crônica. Em áreas geográficas de maior incidência, 60% a 85% das pessoas já foram expostas ao vírus e 8% a 25% dessa população sofrem de hepatite B crônica (Ballalai et. al., 2007). Nessas áreas, quase todas as infecções ocorrem durante o período perinatal ou infância precoce, sendo este o fato responsável pelas altas taxas de infecção crônica pelo VHB nessas populações (Tengan & Araújo, 2006). Relacionado à endemicidade da infecção pelo VHB, pode-se classificar as regiões em baixa, media e alta endemicidade. Na Ásia, região Oriental e Sul e a África subsaariana é alta, ou seja, hiperendêmica. Nos países do sul da Europa Central e Oriental, bem como os países da bacia mediterrânica e África do Norte são as regiões de soroprevalência média, enquanto os países do Norte da Europa Ocidental e América do Norte são considerados países com baixa endemicidade (Pantazis et al., 2008). Em Manipur, na Índia, foram detectados entre usuários de drogas injetáveis taxas de exposição de 100% para VHB e 92% para VHC, sendo que 95% das esposas dos usuários de drogas injetáveis tiveram exposição aos vírus (Datta et al., 2006). Dados obtidos dos bancos de sangue na América Latina revelaram que os portadores de VHB excedem os 6 milhões, estando o Brasil e outros países da América do Sul como Colômbia, Venezuela e Peru, entre os que apresentam alta endemicidade (Tanno & Fay, 2005). Na América Latina, as maiores taxas foram na República Dominicana (21,4%) e no Brasil (7,9%), seguido pela Venezuela (3,2%) e Argentina (2,1%). Os menores valores foram encontrados no México (1,4%) e Chile (0,6%) (Khouri & Santos, 2004). Cerca de 23% dos imigrantes asiáticos, residentes em Nova York são positivos para HBsAg e estima-se que cerca de pessoas nos EUA se infectam a cada ano (Mincis et al., 2007). Na maioria das regiões desenvolvidas do mundo, a prevalência da infecção crônica pelo VHB é menor que 1% e a taxa total de infecção varia de 5 a 7% (Tengan & Araújo, 2006). Os pacientes que apresentam doença hepática em atividade estão propensos a complicações, sendo que 25% a 30% deles evoluirão para cirrose hepática e 5% a 10% desenvolverão CHC (Mincis et al., 2007).

23 No Brasil A frequência da infecção pelo VHB no Brasil varia de 0,5% a 1,1% no sul do país até 1,5% a 3,0% na região central, podendo alcançar até 15% na região amazônica (Tanno & Fay, 2005). Estima-se que haja no Brasil cerca de dois milhões de casos crônicos pelo VHB, sendo que a prevalência aumenta no sentido do Sul para o Norte (Mincis et al., 2007), com taxas de anti-hbc variando de 61,5% no Acre, 10,2% em São Paulo e 5,5% no Rio de Janeiro e Santa Catarina (Cruz, 2009). Clemens et al. (2000) em seu estudo realizado em quatro centros do Brasil encontrou a prevalência de anti-hbc de 7,9% na população geral, com padrões intermediários de endemicidade, sendo determinada a soroprevalência do anti-hbc de 1,2% para região Nordeste, 5,5% na região Sudeste, 7,6% na região Sul e 21,4% na região Norte. Dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) revelaram a confirmação de casos de hepatite B na cidade de São Paulo, no período de 1998 a 2006, num total de casos investigados em todo o Estado (CVE, 2007) Na Região Norte Aquino et al. (2008) encontrou em seu estudo realizado no Pará nos anos de 2002 a 2005, a prevalência do HBsAg de 3,6%, predominante na faixa etária de 20 a 29 anos, e o anti-hbc em 37,7% dos indivíduos, sendo que a maioria dos indivíduos reagentes eram do sexo masculino. A taxa de prevalência de portadores do HBsAg encontrada em Lábrea localizada na região amazônica, identifica um padrão de endemicidade moderada, com 3,3% de portadores do HBsAg e 49,9% de anti-hbc total, mais frequente em populações de 15 e 29 anos, seguido das crianças de 5 a 14 anos (Braga et al., 2005) Em Rondônia No estudo realizado em Monte Negro, a soroprevalência do VHB encontrada foi de 61,79%, sendo que na análise de dados dos possíveis fatores de risco mostrou que a prevalência da infecção pelo VHB aumenta com a idade, especialmente após a adolescência, e maior naqueles nascidos em Rondônia (Khouri et al., 2005). No estado de Rondônia foram relatados segundo o Ministério da Saúde (2007) 57% de infecções causadas pelo VHB, de 666 casos confirmados de hepatites.

24 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O diagnóstico das formas clínicas da hepatite B realiza-se através de técnicas sorológicas, com modernas técnicas laboratoriais capazes de avaliar a carga viral, o índice de replicação do agente infeccioso, a avaliação do quadro clínico e a monitorização da eficácia terapêutica. A aplicação de técnicas de biologia molecular permitiu também notáveis avanços no conhecimento do próprio VHB e na demonstração da sua importância como fator etiológico de hepatopatias crônicas e do hepatocarcinoma (Ferreira, 2000). Vários métodos foram desenvolvidos e utilizados para realizar a genotipagem do VHB, tais como a reação em cadeia mediada por polimerase (PCR), o polimorfismo do fragmento de restrição (RFLP) e a PCR em tempo real (Khawaja & Khawaja, 2009). Os marcadores sorológicos do VHB são: HBsAg, HBeAg, o Anti-HBC IgM e o Anti- HBc IgG. O período de incubação do VHB varia de 30 a 180 dias, seguida por uma doença aguda que permanece por algumas semanas a seis meses. O primeiro marcador sorológico a ser detectado é o HBsAg, antes mesmo do aparecimento dos sintomas e permanece positivo nos casos agudos por até 180 dias. O Anti-HBc IgM é marcador sorológico da fase aguda da doença, sendo detectável no soro logo após o início dos sintomas e representa o primeiro sinal de uma resposta imune após a infecção pelo VHB, pois vem antes da detecção de anticorpos anti-hbs e anti-hbe. O anticorpo IgG contra o HBcAg também encontra-se presente na vigência da infecção aguda, quando aumenta progressivamente seus títulos no soro, permanecendo positivo em valores mais baixos, na maioria dos indivíduos pelo resto da vida. O anti-hbcigg constitui o marcador clínico e epidemiológico mais importante da infecção pelo VHB. A presença do HBeAg está associado à replicação viral ativa, com o seu clareamento surge consequentemente o anticorpo respectivo (anti-hbe) (Khouri & Santos, 2004). O anti-hbs indica imunidade contra o VHB, que pode surgir após a recuperação de uma infecção aguda e se manter detectável no soro indefinidamente ou de um a três meses após a vacinação (Ministério da Saúde, 2007) (Figura 5).

25 22 Figura 5 Curso sorológico de infecção aguda pelo VHB (Fonte: Adaptado de Se o HBsAg ou HBeAg não podem ser detectados, o anti-hbc poderá ser o marcador sorológico, que aponta para uma infecção pelo VHB presente ou passada, sendo o sangue potencialmente contaminado. Dessa forma o anti-hbc é um marcador sorológico que representa um contato prévio com o VHB (Khouri & Santos, 2004; Mincis et al., 2007). A detecção do HBsAg, anti-hbc (IgM e IgG) e HBeAg/anti-HBe se faz utilizando-se técnicas imunoenzimáticas (ELISA) e mais raramente por radioimunoensaio e o DNA-viral detecta-se por PCR (Ferreira, 2000). Pacientes com hepatite B crônica define-se sorologicamente com a persistência do antígeno de superfície HBsAg do VHB por mais de 6 meses (Ferreira, 2000; Fonseca, 2007) (Figura 6). Figura 6 - Curso sorológico da infecção crônica pelo VHB (Fonte: Adaptado de

26 23 Para diminuir o risco do surgimento de hepatocarcinoma os pacientes devem se submeter a um protocolo de vigilância a cada 3 ou 4 meses, com dosagem da alfafetoproteína sérica e realização de ultra-sonografia de alta resolução, a fim de detectar precocemente a presença de lesões neoplásicas de pequeno tamanho (< 2cm), passíveis de tratamento cirúrgico (Ferreira, 2000) CAMINHONEIROS E A RODOVIA BR 364 A BR 364 é a principal via terrestre do estado e se estende do município de Vilhena (cidade de Rondônia que faz divisa com o Estado de Mato Grosso) até a capital Porto Velho, estado de Rondônia. O fato de estar às margens da BR 364 é considerado um corredor de escoamento e de entrada de mercadorias e produtos para região amazônica, sendo parada obrigatória dos caminhões. Os caminhoneiros são profissionais de grande importância para a economia do país e do mundo, pois são responsáveis pelo escoamento das cargas e transporte de mercadorias, representando uma importante fração para a economia. A BR 364 recebe diariamente uma média de 600 caminhoneiros, todos passando pelo Posto Fiscal Portal da Amazônia, localizado no município de Vilhena (Rocha, 2008). Villarinho (2002) diz que os longos períodos que os caminhoneiros ficam fora de casa, servem como facilitadores para as práticas sexuais e comportamentais, levando ao alto risco de contrair infecções transmitidas pelo sexo. Realidade confirmada por Rocha (2008), que revelou em sua pesquisa que a maioria dos caminhoneiros mantinha relações sexuais durante as viagens e não eram conscientes dos riscos submetidos, fator relevante, frente às patologias relacionadas ao comportamento sexual. Sendo assim, por a profissão de caminhoneiro ser praticamente de predomínio masculino, por serem viajantes e permanecerem longos períodos distantes de sua família, eles podem manter relações sexuais com profissionais do sexo, bem como expor-se a outros tipos de contaminações, em virtude disto, tais profissionais poderiam ser considerados uma população de risco para contaminação ao VHB (Villarinho et al., 2002; Nascimento et al., 2007; Teles et al., 2008, ). Diante das condutas dos caminhoneiros, por a Região Amazônica ser conhecida pela elevada ocorrência de hepatites (Braga et al., 2005) e pelo Estado de Rondônia ter apresentado soroprevalência do VHB de 61,79% (Khouri et al., 2005) observou-se a necessidade de mais estudos para a avaliação da vigilância epidemiológica, que servirão de

27 24 ferramentas imprescindíveis para a determinação do risco de infecção de doenças transmissíveis, como a hepatite B, a fim de estimar a prevalência, estratificarem riscos, bem como conhecer o perfil dos infectados, possibilitando a implantação de propostas adequadas de prevenção e rastreamento.

28 OBJETIVOS Objetivo Geral Investigar a prevalência de marcadores sorológicos da infecção pelo VHB em caminhoneiros que trafegam pela rodovia BR 364, no Estado de Rondônia-Brasil Objetivos Específicos Determinar a soroprevalência do HBsAg, anti-hbs e anti-hbc (IgG e IgM) em caminhoneiros que trafegam a BR 364 do Estado de Rondônia, Brasil; Descrever a cobertura vacinal contra o VHB nessa população; Elucidar os fatores de risco para aquisição da infecção pelo VHB nessa população; Investigar correlações entre os marcadores sorológicos do VHB e as informações epidemiológicas da população em estudo.

29 26 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. TIPO DE ESTUDO Nesse estudo foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva transversal POPULAÇÃO DO ESTUDO Para a realização do presente estudo, utilizou-se uma amostra de 240 caminhoneiros que transitavam pela rodovia BR 364. A coleta das amostras de sangue foi efetuada no Posto Fiscal de Vilhena, o Portal da Amazônia ASPECTOS ÉTICOS O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED (projeto ), conforme a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde (Anexo I). Ao abordar os caminhoneiros foram elucidados os objetivos e realizado o convite para participar da pesquisa. Aos que aceitaram, foi solicitada a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, e promovido à coleta de dados CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Os critérios utilizados para inclusão nesse trabalho foram: ter idade igual ou superior a 18 anos, ter a profissão de caminhoneiro, transitar pela BR 364 no Estado de Rondônia, Brasil (Apêndice I) CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO A exclusão ocorreu aos que não declararam a profissão de caminhoneiro, menores de 18 anos, aos que referiram nunca ter transitado anteriormente na rodovia BR 364 do Estado de Rondônia-Brasil COLETA DAS AMOSTRAS A coleta dos dados foi realizada nos dias 16 e 17 de março de Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foi aplicado aos participantes o questionário epidemiológico.

30 27 Foi coletada uma amostra de 10 ml de sangue por punção venosa. Após a coleta, as amostras foram centrifugadas à rotações por minuto (rpm) durante 5 minutos para separação do soro, após isso foram transportadas sob refrigeração (8ºC) ao laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) de Porto Velho-RO e armazenadas à temperatura de -20º C até a realização dos testes sorológicos, SOROLOGIA Os testes sorológicos para o VHB foram realizados pelo método da eletroquimioluminescencia (ROCHE, Elecsys) através do equipamento Cobas E411, para investigar a presença de marcadores sorológicos da fase aguda e crônica: HBsAg, anti-hbs e anti-hbc total. As amostras positivas para HBsAg foram testadas os marcadores HBeAg, anti-hbe, anti-hbc IgM e anti-hdv IgG. A pesquisa do anti-hdv IgG foi realizada por meio de um ensaio imunoenzimático, ELISA (DIASORIN, Ortho Clinical Diagnostics Inc) conforme as recomendações do fabricante. Todos os testes foram efetuados no LACEN de Porto Velho-RO, seguindo o modo de uso e as recomendações do fabricante e dos equipamentos ANÁLISE ESTATÍSTICA Os dados foram copilados e analisados estatisticamente, utilizando cálculos percentuais, e para elucidar os fatores de risco para aquisição da infecção pelo VHB, foi utilizado o método de análise de regressão logística múltipla BioEstat versão 5.0 (Ayres, et al, 2007).

31 28 3. RESULTADOS 3.1. CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DA POPULAÇÃO Os participantes do estudo (n=240) eram em sua maioria do sexo masculino (99,58%), tendo apenas uma participante do sexo feminino (0,42%). As idades variaram de 24 a 75 anos, com média de 43,2 anos. Quanto ao estado civil, 75,83% (182/240) eram casados, 16,25% (39/240) solteiros, 2,08% (5/240) separados, 1,25% (3/240) viúvos e 4,59% (11/240) mantinham outros estados de união (Tabela 1). Em relação ao grau de escolaridade, a maioria dos participantes possuía apenas o ensino fundamental, sendo 41,25% (99/240) completo e 29,17% (70/240) incompleto, os demais 18,33% (44/240) ensino médio completo, 7,08% (17/240) incompleto, 2,5% (6/240) ensino superior incompleto, 0,42% completo (1/240) e 1,25% (3/240) deles declaram-se analfabetos (Tabela 1). Quanto à renda mensal, a maioria deles declarou receber de 3 a 4 salários mínimos (64,17%; 154/240), seguido de 20% (48/240) com renda de 1 a 2 salários, 13,75% (33/240) recebiam de 5 a 8 salários e 2,08% (5/240) afirmaram receber acima de 9 salários mínimos (Tabela 1). Tabela 1 - Características sociodemográficas dos caminhoneiros que trafegaram na BR 364, no estado de Rondônia, Brasil, Características Sociodemográficas N % Casado ,83 Solteiro 39 16,25 Estado Civil Separado 5 2,08 Viúvo 3 1,25 Outros 11 4, anos 25 10, anos 75 31,25 Faixa etária anos 80 33, anos 50 20, anos 10 4,17 Não Alfabetizado 3 1,25 Ensino Fundamental incompleto e completo ,42 Médio incompleto e completo 61 25,41 Superior incompleto e completo 7 2, salários 48 20,00 Renda mensal 3-4 salários , salários 33 13,75 > de 9 salários 5 2,08

32 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO Relacionado ao tempo de profissão, a grande maioria (82,5%; 198/240) declarou possuir acima de 6 anos de profissão, 7,5% (18/240) de 4 a 6 anos, 6,67% (16/240) 1 a 3 anos e, apenas, 3,33% (8/240) possuíam menos de 1 ano de profissão. Dos participantes, 37,91% (91/240) ficavam mais de 15 dias em viagem, 20,42% (49/240) de 11 a 15 dias, 20% (48/240) de 5 a 10 dias e 21,67% (52/240) até 5 dias. Quanto à jornada diária 32,92% (79/240) trabalhava mais de 16 horas, quantidade equivalente declarou de 8 a 12 horas, 27,91% (67/240) de 12 a 16 horas e apenas 6,25% (15/240) menos de 8 horas diárias (Tabela 2). Foi perguntado se eles eram vacinados contra o VHB, dos quais, 30% (72/240) afirmaram ser, 14,17% (34/240) não eram e 55,83% (134/240) responderam não saber se eram ou não. Também foi questionado sobre antecedentes de doença sexualmente transmissível (DST), 85,83% (206/240) afirmaram nunca ter tido nenhuma DST e 14,17% (34/240) tinham relatos de DST. Nesse contexto, eles foram questionados se já haviam tido hepatite viral, 9,17% (22/240) responderam sim, 44,58% (107/240) não e 46,25% (111/240) não sabiam (Tabela 2). Tabela 2 - Caracterização dos caminhoneiros que trafegam na rodovia BR 364, no estado de Rondônia, Brasil, Características da Profissão N % < 1 ano 8 3,33 Tempo de profissão 1-3 anos 16 6, anos 18 7,50 > 6 anos ,5 < 8 horas 15 6,25 Horas de trabalho 8-12 horas 79 32, horas 67 27,91 > 16 horas 79 32,92 Até 5 dias 52 21,67 Dias de Trabalho De 5 a 10 dias 48 20,00 11 a 15 dias 49 20,42 Mais de 15 dias 91 37,91 Antecedente de DST Sim 34 14,17 Não ,83 Sim 72 30,00 Vacina do VHB Não 34 14,17 Não sabiam ,83 História pregressa Sim 22 9,17 de hepatites virais Não ,80 Não sabiam ,25

33 COMPORTAMENTO DE RISCO PARA AQUISIÇÃO DO VHB Em se tratando do comportamento sexual, foi verificado se eles haviam relacionamentos eventuais durante as viagens, 8,33% (20/240) responderam que sim, 31,25% (75/240) às vezes mantinham e 60,42% (145/240) responderam que não. Dos que mantinham relacionamentos eventuais (95/240), perguntou-se o número de parceiras por semana, no qual a maioria (57,89%; 55/95) responderam ter uma parceira por semana, 20% (19/95) 2 a 3 parceiras, 3,16% (3/95) 4 a 5 parceiras e 18,95% (18/95) afirmaram não ter parceiras semanalmente. Dos que referiram ter parceiras, 80% (76/95) sempre faziam uso de preservativo nas relações sexuais, 9,47% (9/95) às vezes usavam e 10,53% (10/95) afirmaram não usar. Nessa mesma população foi verificada a história pregressa de DST, na qual 18,95% (18/95) declaram já ter tido e 81,05% (77/95) não. Também foi verificado quantos dias ficavam fora de casa em viagens, no qual 44,21% (42/95) ficavam mais de 15 dias, 16,84% (16/95) ficavam de 11 a 15 dias, igual quantidade ficavam de 5 a 10 dias e 22,11% (21/95) ficavam até 5 dias em viagens (Tabela 3). Todos os participantes foram questionados se usavam preservativo com a parceira fixa, 18,75% (45/240) responderam que sim, 76,25% (183/240) afirmaram não usar e 5%(12/240) disseram que às vezes usavam. Tabela 3 - Comportamento de risco relacionado ao sexo dos caminhoneiros que trafegam na rodovia BR 364, Rondônia, Brasil, Relaciona-se com parceiras eventuais Usa preservativo com as parceiras eventuais Usa preservativo com as parceiras fixas N % N % N % Sim 20 8, ,75 Não , , ,25 Às vezes 75 31,25 9 9, ,00 Total A fim de verificar o grau de conhecimentos dos caminhoneiros quanto ao risco de transmissão de DST, foi solicitada a opinião destes segundo o tipo de relação sexual. Quanto ao sexo vaginal, 4,58% (11/240) deles consideraram baixo o risco de transmissão, 18,75% (45/240) médio risco e a maioria, 76,67% (184/240) consideraram alto o risco de transmissão de DST. Quanto ao sexo anal, 5,42% (13/240) consideraram o risco baixo, 12,92% (31/240) médio risco e 81,66% (196/240) alto o risco de transmissão de DST. Em relação ao sexo oral 63,75% (153/240) classificaram como alto risco, 26,67% (64/240) médio risco e 9,58% (23/240) baixo risco. No sexo com beijo 53,33% (128/240) referiram baixo risco, 36,25%

34 31 (87/240) médio risco e 10,42% (25/240) alto risco de transmissão de DST. Por fim foram questionados sobre o sexo com preservativo, sendo que 87,5% (210/240) consideraram baixo risco, 8,75% (21/240) médio risco e 3,75% (9/240) alto risco de transmissão de DST. Relacionado ao uso de drogas, 33,75% (81/240) referiram não fazer uso de nenhum tipo de droga, 44,58% (107/240) responderam fazer uso de álcool, 30,42 (73/240) de cigarro, 3,75% (9/240) usavam maconha, 5,42% (13/240) usavam outros tipos de drogas e 15,42% (37/240) usavam mais de um tipo de droga, em decorrência disso, as porcentagens se somadas passaram o valor de 100%. Quanto às drogas endovenosas 3,75% (9/240) referiram já ter feito uso destas e apenas 1 (0,42%) compartilhou a seringa. Quanto à tatuagem 92,5% (222/240) afirmaram não ter e 7,5% (18/240) referiram possuir. No uso de brinco ou piercing, 98,33 % (236/240) não usavam e 1,67% (4/240) usavam. Quanto à realização de transfusões sanguíneas, 92,08% (221/240) nunca fizeram e 7,92% (19/240) já realizaram o procedimento (Tabela 4). Tabela 4 - Comportamento de risco não sexual dos caminhoneiros que trafegam na rodovia BR 364, no estado de Rondônia, Comportamento de Risco N % Nenhuma 81 33,75 Álcool ,58 Uso de drogas * Cigarro 73 30,42 Maconha 9 3,75 Outros 13 5,42 Usa mais de um tipo de droga 37 15,42 Uso de Drogas Endovenosas Sim 9 3,75 Não ,25 Tatuagem Sim 18 7,5 Não ,5 Brinco ou Piercing Sim 4 1,67 Não ,33 Transfusão Sanguínea Sim 19 7,92 Não ,08 * devido os participantes relatarem o uso de mais de um tipo de droga, o N e o % excedem o valor de 240 e 100%, respectivamente SOROLOGIA A análise sorológica para a pesquisa de marcadores específicos do VHB revelou que 41,67% (100/240) das amostras estudadas foram soropositivas a pelo menos um dos marcadores, sendo que 24,58% (59/240) apresentaram o anti-hbs e o anti-hbc total

1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES. Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C. Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009

1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES. Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C. Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009 1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES REGIONAIS DE HEPATITES VIRAIS Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009 CADEIA DE TRANSMISSÃO DOS VÍRUS Depende:

Leia mais

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Hepatites Virais Hepatites Inflamação do fígado Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Sinais clínicos: Náuseas, dor abdominal,

Leia mais

Hepatites. Introdução

Hepatites. Introdução Hepatites Introdução As hepatites virais são importantes causas de morbidade e mortalidade em todo mundo. As hepatites B e C são etiologias de grande relevância na população com cirrose hepática, sendo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS. Adriéli Wendlant

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS. Adriéli Wendlant UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS Adriéli Wendlant Hepatites virais Grave problema de saúde pública No Brasil, as hepatites virais

Leia mais

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink 15 g / dia).

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink 15 g / dia). CASO CLÍNICO HMA: LCU, 43 a, sexo masculino, com anorexia, náuseas, vômitos, mal-estar geral há uma semana. Nos últimos dois dias apresentou cefaleia, fotofobia, tosse e coriza. HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro,

Leia mais

MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C

MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C HEPATITE C PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EDUARDO C. DE OLIVEIRA Infectologista DIVE HCV HCV RNA vírus família Flaviviridae descoberta do HVC (1989) Vírus da hepatite não

Leia mais

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Conferência Latino Americana de Saúde no Trabalho São Paulo, 10 a 12 de Outubro

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN

DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN Luan Caio Andrade de Morais*; Universidade Federal da Paraíba; luancaio_7@hotmail.com Maira Ludna Duarte; Universidade Federal

Leia mais

ENFERMAGEM. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Hepatites Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Hepatites Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM Doenças Infecciosas e Parasitárias Hepatites Aula 1 Profª. Tatiane da Silva Campos degeneração do fígado = vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para reprodução. Fonte: www.google.com.br/imagens

Leia mais

Diagnóstico laboratorial das hepatites virais. Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes

Diagnóstico laboratorial das hepatites virais.  Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes Diagnóstico laboratorial das hepatites virais www.profbio.com.br Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes ETIOLOGIA DAS HEPATITES Bacteriana Viral Parasitária Drogas Toxina Álcool Outras Doenças

Leia mais

Informe Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN

Informe Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN Informe Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN 1806-4272 Publicação Expediente DownLoad Fevereiro, 2005 Ano 2 Número 14 Hepatites Virais B e C retorna Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre

Leia mais

Hepatite A. Género Hepatovírus, Família dos Picornaviridae

Hepatite A. Género Hepatovírus, Família dos Picornaviridae Hepatite A Género Hepatovírus, Família dos Picornaviridae 160 casos de Hepatite A foram notificados de 1 de janeiro a 7 de abril 50% dos quais foram internados Do total de doentes, 93% eram adultos jovens

Leia mais

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink 15 g / dia).

HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista (um maço/dia), consumo moderado de álcool (1 drink 15 g / dia). CASO CLÍNICO HMA: LCU, 43 a, sexo masculino, com anorexia, náuseas, vômitos, mal-estar geral há uma semana. Nos últimos dois dias apresentou cefaleia, tosse e coriza. HÁBITOS DE VIDA: caminhoneiro, tabagista

Leia mais

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS Profa. Ms.: Themis Rocha MARCADORES INESPECÍFICOS Aminotransferases ALT ou TGP e AST ou TGO. Bilirrubinas. Fosfatase alcalina. Linfocitose. ISOTIPOS DE ANTICORPOS

Leia mais

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Hepatites Virais Hepatites Inflamação do fígado Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Sinais clínicos: Náuseas, dor abdominal,

Leia mais

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO HEPATITES VIRAIS PROGRAMA MUNICIPAL DE HEPATITES VIRAIS CENTRO DE CONTROLE DE DOENÇAS (CCD) COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (COVISA) SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE IMPORTÂNCIA DO FÍGADO O fígado é

Leia mais

Hepatites Virais. Prof. Claudia L. Vitral

Hepatites Virais. Prof. Claudia L. Vitral Hepatites Virais Prof. Claudia L. Vitral Hepatites virais Hepatite A Hepatite B Hepatite C Hepatite D Hepatite E Agente etiológico HAV HBV HCV HDV HEV Classificação (família) Picornaviridae Hepadnaviridae

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 7. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 7. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 7 Profª. Lívia Bahia Doenças Sexualmente Transmissíveis Hepatites Virais As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes

Leia mais

Vigilância sindrômica 2: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2018

Vigilância sindrômica 2: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2018 Vigilância sindrômica 2: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2018 Estratégias de Vigilância Perfil clínico-epidemiológico e vigilância Várias doenças com apresentações sindrômicas semelhantes Várias formas

Leia mais

ANÁLISE DOS MARCADORES SOROLÓGICOS PARA HEPATITE B EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE GOIÂNIA-GOIÁS*

ANÁLISE DOS MARCADORES SOROLÓGICOS PARA HEPATITE B EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE GOIÂNIA-GOIÁS* ANÁLISE DOS MARCADORES SOROLÓGICOS PARA HEPATITE B EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE GOIÂNIA-GOIÁS* EMANUELA BRITO CUNHA, RENATA GOULART NUNES, RENATA CARNEIRO FERREIRA SOUTO

Leia mais

PAINEL SOROLÓGICO DOS MARCADORES VIRAIS DA HEPATITE B NUMA POPULAÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UEPG

PAINEL SOROLÓGICO DOS MARCADORES VIRAIS DA HEPATITE B NUMA POPULAÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UEPG 7. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE PAINEL SOROLÓGICO DOS MARCADORES VIRAIS DA HEPATITE B NUMA POPULAÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UEPG Apresentador 1 BORGES,

Leia mais

HEPATITE B e HEPATITE C

HEPATITE B e HEPATITE C Trabalho de Biologia HEPATITE B e HEPATITE C Grupo de Trabalho T.13 : Arthur Zanatta Nº: 06 Guilherme Ramos Nº: 11 Gustavo Duarte Nº: 12 Matheus Georges Nº: 22 Pedro Aguiar Nº: 28 Ricardo Mello Nº: 32

Leia mais

Afinal, o. que é isso

Afinal, o. que é isso HEPATITES VIRAIS? Afinal, o Hepatites são um grupo de doenças caracterizadas por uma inflamação das células do fígado. Elas podem ser causadas por agressões de agentes tóxicos, como o álcool, (e) medicamentos

Leia mais

Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2018

Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2018 Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2018 Estratégias de Vigilância Perfil clínico-epidemiológico e vigilância Várias doenças com apresentações sindrômicas semelhantes Várias formas

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE NATÁLIA DI GIAIMO GIUSTI PERFIL SOROLÓGICO PARA HEPATITE B EM EXAMES ADMISSIONAIS NO IAMSPE

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE NATÁLIA DI GIAIMO GIUSTI PERFIL SOROLÓGICO PARA HEPATITE B EM EXAMES ADMISSIONAIS NO IAMSPE SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL NATÁLIA DI GIAIMO GIUSTI PERFIL SOROLÓGICO PARA HEPATITE B EM EXAMES ADMISSIONAIS NO IAMSPE Prevalência de Imunizados para Hepatite

Leia mais

HEPATITES VIRAIS. Prof. Orlando Antônio Pereira Pediatria e Puericultura FCM - UNIFENAS

HEPATITES VIRAIS. Prof. Orlando Antônio Pereira Pediatria e Puericultura FCM - UNIFENAS HEPATITES VIRAIS Prof. Orlando Antônio Pereira Pediatria e Puericultura FCM - UNIFENAS HEPATITES VIRAIS Manifestações clínicas: p Icterícia p Urina marrom (escura) p Dor à palpação do fígado (a percussão

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DOS MARCADORES SOROLÓGICOS DAS HEPATITES VIRAIS

INTERPRETAÇÃO DOS MARCADORES SOROLÓGICOS DAS HEPATITES VIRAIS INTERPRETAÇÃO DOS MARCADORES SOROLÓGICOS DAS HEPATITES VIRAIS Francisco José Dutra Souto Hospital Universitário Júlio Müller Universidade Federal de Mato Grosso 31 de agosto de 2016 UFMT HEPATITES VIRAIS

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITE A NOTIFICADOS EM UM ESTADO NORDESTINO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITE A NOTIFICADOS EM UM ESTADO NORDESTINO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITE A NOTIFICADOS EM UM ESTADO NORDESTINO Rayana Cruz de Souza; Universidade Federal da Paraíba; rayana_souza@hotmail.com Maira Ludna Duarte; Universidade Federal

Leia mais

HEPATITE B: Diagnóstico e Prevenção - Adesão dos acadêmicos à investigação da soroconversão Uma avaliação de 10 anos de atividade

HEPATITE B: Diagnóstico e Prevenção - Adesão dos acadêmicos à investigação da soroconversão Uma avaliação de 10 anos de atividade 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

Acidentes Ocupacionais com Material Biológico

Acidentes Ocupacionais com Material Biológico Acidentes Ocupacionais com Material Biológico Orientações para o atendimento no PS - 2016 Atualizado por CCIH/HU-USP Risco de transmissão Quadro 1 Agente Material Exposição Risco estimado HIV sangue percutânea

Leia mais

Fatores Associados à Hepatite Viral no Estado do Pará

Fatores Associados à Hepatite Viral no Estado do Pará Fato Associados à Hepatite Viral no Estado do Pará 1 Introdução Débora Fernanda Castro Vianna Oliveira 1 Cristiane Nazaré Pamplona de Souza 1 Emanuele Jesus Silva de Lima 2 Adrilayne dos Reis Araújo 1

Leia mais

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (X) SAÚDE AVALIAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES MÉDICAS PARA MARCADORES DA HEPATITE B EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas Síndromes respiratórias

Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas Síndromes respiratórias Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas Síndromes respiratórias Estratégias de Vigilância Perfil clínico-epidemiológico e vigilância Várias doenças com apresentações sindrômicas semelhantes

Leia mais

Vigilância sindrômica 2: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2019

Vigilância sindrômica 2: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2019 Vigilância sindrômica 2: Síndromes febris ictero-hemorrágicas 2019 Síndromes febris ictéricas e icterohemorrágicas Síndrome Febril (Íctero-Hemorrágica Aguda) Vigilância Sindrômica na Amazônia Síndrome

Leia mais

Alexandre Naime Barbosa MD, PhD Professor Doutor - Infectologia

Alexandre Naime Barbosa MD, PhD Professor Doutor - Infectologia Alexandre Naime Barbosa MD, PhD Professor Doutor - Infectologia Encontro de Ligas de Infectologia/SP Associação Paulista de Medicina - APM Mai/2016 - São Paulo - SP - Brasil O material que se segue faz

Leia mais

Vigilância sindrômica - II

Vigilância sindrômica - II Vigilância sindrômica - II Vigilância Sindrômica Síndrome Febril indeterminada com manifestações íctero-hemorrágicas (aguda ou crônica) Síndrome Respiratória aguda Síndrome Neurológica Febril Síndrome

Leia mais

Guia de Serviços Atualizado em 02/05/2019

Guia de Serviços Atualizado em 02/05/2019 Guia de Serviços Atualizado em 02/05/2019 Solicitar diagnóstico de referência em hepatite B Atualizado em: 02/05/2019 Descrição O Laboratório de Hepatites Virais (LAHEP) atua como Laboratório de Referência

Leia mais

HEPATITE B INTRODUÇÃO À PATOLOGIA

HEPATITE B INTRODUÇÃO À PATOLOGIA INTRODUÇÃO À PATOLOGIA O vírus da Hepatite B (VHB) é o agente etiológico da Hepatite B vírica, uma das doenças infecciosas mais frequentes a nível mundial. A infecção aguda pelo VHB pode ter uma apresentação

Leia mais

AIDS& Na folia. //// Saúde corporativa. Paraná. o importante é curtir cada momento com segurança, consciência e alegria.

AIDS& Na folia. //// Saúde corporativa. Paraná. o importante é curtir cada momento com segurança, consciência e alegria. ////////////////////////////////// AIDS& hepatites //// Saúde corporativa Especial Carnaval // Na folia ou na calmaria o importante é curtir cada momento com segurança, consciência e alegria. Paraná AIDS/

Leia mais

Acidentes Ocupacionais com Material Biológico

Acidentes Ocupacionais com Material Biológico Acidentes Ocupacionais com Material Biológico Orientações para o atendimento no PA Elaborado por CCIH/HU-USP Risco de transmissão QUADRO 1 Agente Material Exposição Risco estimado HIV sangue percutânea

Leia mais

Vírus Hepatotrópicos A B C D E G TT SEN V -

Vírus Hepatotrópicos A B C D E G TT SEN V - HEPATITES VIRAIS Vírus Hepatotrópicos A B C D E G TT SEN V - PERSPECTIVA HISTÓRICA Infecciosa Hepatites virais Sangue A NANB B D E C Transmissão entérica Transmissão parenteral Hipócrates hepatite infecciosa

Leia mais

SOROPREVALÊNCIA DE HEPATITE B EM DOADORES DE SANGUE NA CIDADE DE ANÁPOLIS-GO.

SOROPREVALÊNCIA DE HEPATITE B EM DOADORES DE SANGUE NA CIDADE DE ANÁPOLIS-GO. DOI: 10.18605/2175-7275/cereus.v7n3p176-186 SOROPREVALÊNCIA DE HEPATITE B EM DOADORES DE SANGUE NA CIDADE DE ANÁPOLIS-GO. PIMENTEL, Daniela da Silva¹ SILVA, Mayara Karla¹ SILVA, Rosinei Nogueira Garcia

Leia mais

PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV. UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos

PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV. UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos 2010 DÚVIDAS MAIS FREQUENTES A transmissão pelo HPV é só sexual? Peguei do meu parceiro? Quando?

Leia mais

Políticas de Prevenção, Assistência e Tratamento das Hepatites Virais

Políticas de Prevenção, Assistência e Tratamento das Hepatites Virais Políticas de Prevenção, Assistência e Tratamento das Hepatites Virais Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Brasília, 07 de Agosto de 202 Dados Epidemiológicos

Leia mais

SOROPREVALÊNCIA DA HEPATITE B EM ALUNOS DO CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM DA UEPG

SOROPREVALÊNCIA DA HEPATITE B EM ALUNOS DO CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM DA UEPG 9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO (

Leia mais

Vigilância sindrômica Síndromes febris ictero-hemorrágicas

Vigilância sindrômica Síndromes febris ictero-hemorrágicas Vigilância sindrômica Síndromes febris ictero-hemorrágicas Estratégias de Vigilância Perfil clínico-epidemiológico e vigilância Várias doenças com apresentações sindrômicas semelhantes Várias formas clínicas

Leia mais

Hepatites Virais. Prof. Claudia L. Vitral

Hepatites Virais. Prof. Claudia L. Vitral Hepatites Virais Prof. Claudia L. Vitral HEPATITES VIRAIS DE TRANSMISSÃO PARENTERAL Hepatite B Duas bilhões de pessoas infectadas pelo HBV 350 milhões de portadores crônicos Infecção pelo HBV: possibilidades

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 34/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

SÍFILIS MATERIAL DE APOIO.

SÍFILIS MATERIAL DE APOIO. SÍFILIS MATERIAL DE APOIO www.hilab.com.br Segundo o Ministério da Saúde, a sífilis, em sua forma adquirida, teve um crescimento de 5.174% entre 2010 e 2015. A forma congênita, transmitida da mãe para

Leia mais

Acidentes com materiais perfurocortantes

Acidentes com materiais perfurocortantes Acidentes com materiais perfurocortantes Forma de transmissão: Oral-fecal Via respiratória (gotículas ou aérea) Contato Via sanguínea Alto risco Risco Intermediário Sem risco Sangue e fluidos contendo

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 33/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA 2006-2015. Introdução: João Paulo Teixeira da Silva (1); Augusto Catarino Barbosa (2). (1) Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia

Leia mais

PAINEL SOROLÓGICO DOS MARCADORES VIRAIS DA HEPATITE B NUMA POPULAÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UEPG

PAINEL SOROLÓGICO DOS MARCADORES VIRAIS DA HEPATITE B NUMA POPULAÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UEPG 8. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE PAINEL SOROLÓGICO DOS MARCADORES VIRAIS DA HEPATITE B NUMA POPULAÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UEPG Apresentador 1 SCHUNEMANN,

Leia mais

Agentes de viroses multissistêmicas

Agentes de viroses multissistêmicas Agentes de viroses multissistêmicas Sarampo, Caxumba e Rubéola São viroses de transmissão respiratória, doenças comuns da infância, porém podem ocorrer também em adultos não vacinados. As infecções produzem

Leia mais

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 35/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

Regina Helena Santos Amaral Dias

Regina Helena Santos Amaral Dias CURSO DE ATUALIZAÇÃO Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde Trabalhadores de Enfermagem de uma Unidade de Pronto Atendimento em Cascavel, PR: Caracterização da situação imunológica

Leia mais

NORMA TÉCNICA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS HEPATITES VIRAIS

NORMA TÉCNICA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS HEPATITES VIRAIS ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA GERÊNCIA DE VIG. DE DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS E IMUNIZAÇÃO PROGRAMA

Leia mais

Hepatites A e E. Hepatite E 3/7/2014. Taxonomia. Características do vírus. Não envelopado nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb.

Hepatites A e E. Hepatite E 3/7/2014. Taxonomia. Características do vírus. Não envelopado nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb. Hepatites A e E Hepatite E Fábio Gregori Taxonomia Características do vírus Não envelopado 27-35 nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb Diagnóstico Diagnóstico Infecção: a) sorodiagnóstico IgM e IgG*. b)

Leia mais

Co-infecção HIV/HBV. Quando e como tratar?

Co-infecção HIV/HBV. Quando e como tratar? Co-infecção HIV/HBV. Quando e como tratar? XVI WORKSHOP INTERNACIONAL DE HEPATITES VIRAIS DE PERNAMBUCO, 2012 Marcos Caseiro Médico Infectologista IIER-II Santos SP Centro de Referência em AIDS de Santos

Leia mais

A portaria 29, de 17 de dezembro de 2013 SVS/MS, regulamenta o diagnóstico da infecção pelo HIV, no Brasil.

A portaria 29, de 17 de dezembro de 2013 SVS/MS, regulamenta o diagnóstico da infecção pelo HIV, no Brasil. Aula 3 Base racional da portaria 29 de 17/12/2013 SVS/MS A portaria 29, de 17 de dezembro de 2013 SVS/MS, regulamenta o diagnóstico da infecção pelo HIV, no Brasil. Ao se elaborar uma portaria para normatizar

Leia mais

Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas Síndromes respiratórias

Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas Síndromes respiratórias Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas Síndromes respiratórias Estratégias de Vigilância Perfil clínico-epidemiológico e vigilância Várias doenças com apresentações sindrômicas semelhantes

Leia mais

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se!

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se! AIDS e HPV Cuide-se e previna-se! O que é AIDS? Existem várias doenças que são transmissíveis através das relações sexuais e por isso são chamadas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). As mais conhecidas

Leia mais

APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE B. Maio

APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE B. Maio APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE B Maio - 2009 BIOLOGIA MOLECULAR & HEPATITE B INFECÇÃO CRÔNICA PELO VÍRUS B Afeta mais de 300 milhões de indivíduos em todo o mundo.

Leia mais

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical - 2014 Tuberculose Chagas, Malária Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis congênita HIV-AIDS Hepatites B e C Rubéola congênita

Leia mais

Rotina de condutas para atendimento de acidentes ocupacionais com material biológico

Rotina de condutas para atendimento de acidentes ocupacionais com material biológico Rotina de condutas para atendimento de acidentes ocupacionais com material biológico 1- Introdução: A finalidade desta rotina é orientar a equipe multiprofissional a tomar os cuidados necessários para

Leia mais

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo.

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017 Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. Considerando a ocorrência de casos e óbitos suspeitos de Febre Amarela

Leia mais

Vigilância sindrômica Síndromes febris ictero-hemorrágicas

Vigilância sindrômica Síndromes febris ictero-hemorrágicas Vigilância sindrômica Síndromes febris ictero-hemorrágicas Estratégias de Vigilância Perfil clínico-epidemiológico e vigilância Várias doenças com apresentações sindrômicas semelhantes Várias formas clínicas

Leia mais

Curso Preparatório para Residência em Enfermagem Hepatites Virais. Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc

Curso Preparatório para Residência em Enfermagem Hepatites Virais. Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc Curso Preparatório para Residência em Enfermagem-2012 Hepatites Virais Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc Hepatite = distúrbio inflamatório do fígado Fonte: www.gastroalgarve.com Hepatites Infecciosas

Leia mais

O QUE É HEPATITE? QUAIS OS TIPOS?

O QUE É HEPATITE? QUAIS OS TIPOS? HEPATITES ABORDAGEM PRÁTICA O QUE É HEPATITE? QUAIS OS TIPOS? SINTOMAS Variáveis Ictericia fraqueza Cansaço NA MAIORIA DAS VEZES NADA HISTÓRIA NATURAL DA HEPATITE HEPATITE A Transmissao fecal-oral Mais

Leia mais

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE C

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE C MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE C RESUMO CAPELETI, Mariangela 1 CARBONE, José Marcelo 2 BANDEIRA. Thiago 3 PEDER, Leyde Daiane 4 SILVA, Claudinei M. 5 A hepatite C é uma doença

Leia mais

Retrovírus Felinos. Fernando Finoketti

Retrovírus Felinos. Fernando Finoketti Retrovírus Felinos Fernando Finoketti Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Maio de 2014 Retrovírus - Características Capsídeo icosaédrico. Possuem envelope. Genoma composto de duas moléculas idênticas

Leia mais

FÍGADO UM ÓRGÃO COM MUITAS FUNÇÕES

FÍGADO UM ÓRGÃO COM MUITAS FUNÇÕES FÍGADO UM ÓRGÃO COM MUITAS FUNÇÕES Armazenamento de glicose, ferro, vitaminas e outros minerais Síntese de proteínas plasmáticas (albumina, fatores de coagulação) Produção da bile para auxiliar a digestão

Leia mais

PREVALÊNCIA DE HEPATITE C EM PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO EM CAMPINA GRANDE, PB

PREVALÊNCIA DE HEPATITE C EM PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO EM CAMPINA GRANDE, PB PREVALÊNCIA DE HEPATITE C EM PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO EM CAMPINA GRANDE, PB Maria Franncielly Simões de Morais 1 Egberto Santos Carmo 1 1 Universidade Federal de Campina

Leia mais

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa Enfermeira, Doutora em Ciências Membro do GEOTB e do GEO-HIV/aids Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Quais imagens temos do HIV? O

Leia mais

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS Thaís A MARINHO, Regina MB MARTINS, Carmem LR LOPES, Fernando AF BARTHOLO, Aline

Leia mais

Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Secretaria de Vigilância em

Leia mais

FERNANDO DA ROCHA CAMARA/ prof. dr./médico UROLOGISTA

FERNANDO DA ROCHA CAMARA/ prof. dr./médico UROLOGISTA DST/ HEPATITES: FERNANDO DA ROCHA CAMARA/ prof. dr./médico UROLOGISTA Como essas patologias são da alçada do hepatologista e do infectologista, e não do urologista, as informações deste artigo se originam

Leia mais

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HEPATITE C COM BASE NO SINAN

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HEPATITE C COM BASE NO SINAN AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HEPATITE C COM BASE NO SINAN INTRODUÇÃO GUÊDIJANY HENRIQUE PEREIRA ROGÉRIA MÁXIMO DE LAVOR IRIS SANT`ANNA ARAÚJO RODRIGUES THALINY BATISTA SARMENTO DE OLIVEIRA ALESSANDRO

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA BOTELHO

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA BOTELHO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA BOTELHO PREVALÊNCIA DA SOROPOSITIVIDADE DOS MARCADORES DE HEPATITE B (HBsAg

Leia mais

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES Alessandro Henrique da Silva Santos (1); Monique de Lima Santana (1). UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - alessandrohss@yahoo.com.br Resumo: De

Leia mais

Hepatites Virais PASSATEMPOS. Bom pra cabeça. l CAÇA-PALAVRAS l DOMINOX l CRIPTOGRAMA. l JOGO DOS ERROS E MUITO MAIS

Hepatites Virais PASSATEMPOS. Bom pra cabeça. l CAÇA-PALAVRAS l DOMINOX l CRIPTOGRAMA. l JOGO DOS ERROS E MUITO MAIS Hepatites Virais Bom pra cabeça PASSATEMPOS l CAÇA-PALAVRAS l DOMINOX l CRIPTOGRAMA l JOGO DOS ERROS E MUITO MAIS 2 coquetel Batalha contra a hepatite O Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais é celebrado

Leia mais

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Soroprevalência

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO. Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho):

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO. Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho): UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR,

Leia mais

Vigilância sindrômica - 1

Vigilância sindrômica - 1 Vigilância sindrômica - 1 Estratégias de Vigilância Perfil clínico-epidemiológico e vigilância Várias doenças com apresentações sindrômicas semelhantes Várias formas clínicas para uma mesma doença* Vigilância

Leia mais

Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Testes inespecíficos:

Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Testes inespecíficos: Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Os vírus do papiloma humano são classificados na família Papillomaviridae, gênero Papilomavírus. São vírus envelopados, de simetria icosaédrica, com 72 capsômeros

Leia mais

PROGRAMA DE PG EM BIOLOGIA EXPERIMENTAL - PGBIOEXP

PROGRAMA DE PG EM BIOLOGIA EXPERIMENTAL - PGBIOEXP Questão 5 Considerando os estudos sobre genética de microrganismos, Lederberg e Tatum receberam o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1958. O Esquema abaixo mostra a descoberta dos cientistas. Diante

Leia mais

Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A)

Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A) Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A) Disciplina : Microbiologia Curso: Nutrição Professora: Adriana de Abreu Corrêa (adrianacorrea@id.uff.br) DOENÇAS TRANSMITIDAS POR

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. ZIKA VIRUS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. ZIKA VIRUS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS ZIKA VIRUS Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO DE ZIKA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL Caso suspeito: - Pacientes que apresentem

Leia mais

AMBULATÓRIO DE HEPATITES VIRAIS DE FOZ DO IGUAÇU AVENIDA PARANÁ Nº1525 POLO CENTRO- CEM TELEFONE/FAX: (45)

AMBULATÓRIO DE HEPATITES VIRAIS DE FOZ DO IGUAÇU AVENIDA PARANÁ Nº1525 POLO CENTRO- CEM TELEFONE/FAX: (45) AMBULATÓRIO DE HEPATITES VIRAIS DE FOZ DO IGUAÇU AVENIDA PARANÁ Nº1525 POLO CENTRO- CEM TELEFONE/FAX: (45) 35211821 Vigilância Epidemiológica Das Hepatites Virais Ambulatório Das Hepatites Virais Serviço

Leia mais

Hepatites e Infecção pelo HIV

Hepatites e Infecção pelo HIV Hepatites e Infecção pelo HIV Sirlene Caminada Programa Estadual de Hepatites Virais- Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac Coordenadoria de Controle de Doenças- SES-SP HEPATITE C

Leia mais

Objetivo. Investigar o conhecimento da população brasileira sobre hepatite C.

Objetivo. Investigar o conhecimento da população brasileira sobre hepatite C. Objetivo Investigar o conhecimento da população brasileira sobre hepatite C. 1 Metodologia Amostra Foram realizadas 2.125 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 120 municípios. A margem de erro

Leia mais

HBsAg Quantitativo Sistema ARCHITECT / Abbott (Clareamento do HBsAg)

HBsAg Quantitativo Sistema ARCHITECT / Abbott (Clareamento do HBsAg) HBsAg Quantitativo Sistema ARCHITECT / Abbott (Clareamento do HBsAg) USO PRETENDIDO O ensaio HBsAg é um imunoensaio de micropartículas por quimioluminescência (CMIA) para a determinação quantitativa do

Leia mais

HIAE - SP R1-1 Homem de 28 anos de idade, sem antecedentes patológicos prévios, procurou pronto atendimento após acidente com material biológ

HIAE - SP R1-1 Homem de 28 anos de idade, sem antecedentes patológicos prévios, procurou pronto atendimento após acidente com material biológ HIAE - SP - 2014 - R1-1 Homem de 28 anos de idade, sem antecedentes patológicos prévios, procurou pronto atendimento após acidente com material biológico há 3 horas. Relata que após puncionar acesso venoso

Leia mais

Hepatite A: saiba como se pega o vírus, quais são os sintomas e tratamentos

Hepatite A: saiba como se pega o vírus, quais são os sintomas e tratamentos Neste verão, além da habitual preocupação com doenças como a dengue, a população do Rio de Janeiro foi surpreendida com um grande número de pessoas infectadas com o vírus da Hepatite A. Um surto, com concentração

Leia mais

HEPATITES EM IDOSOS NO RIO GRANDE DO NORTE: UM ESTUDO PELO SINAN

HEPATITES EM IDOSOS NO RIO GRANDE DO NORTE: UM ESTUDO PELO SINAN HEPATITES EM IDOSOS NO RIO GRANDE DO NORTE: UM ESTUDO PELO SINAN José Felipe Costa da Silva 1 ; Edson Mendes Marques 2 ; George Sillas Silva Gomes 3 ; Vanusa Ferreira da Costa 4. 1 Universidade Federal

Leia mais

RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE

RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE I ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE 1987-2013 DÊNIS FRANCISCO ROQUE PEREIRA 1, Dra. DEUSILENE SOUZA VIEIRA 2 INTRODUÇÃO A AIDS Síndrome

Leia mais

MANEJO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAIS BIOLÓGICOS

MANEJO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAIS BIOLÓGICOS MANEJO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAIS BIOLÓGICOS UNITERMOS EXPOSIÇÃO A AGENTES BIOLÓGICOS, HIV, HEPATITE B, HEPATITE C Rodrigo Douglas Rodrigues Thomas Dal Bem Prates Aline Melo Kramer Maria Helena

Leia mais