Desjudicialização. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DO BRASIL Secretaria de Reforma do Judiciário

Transcrição

1 Desjudicialização XI ENCONTRO ESTADUAL DOS REGISTRADOS CIVIS DE PESSOAS NATURAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO Wagner Augusto da Silva Costa Coordenador-Geral da Barra Bonita, 13 de novembro de 2009

2 Papel e atribuições da Criada em 2003 como Secretaria Nacional do Ministério da Justiça: Colaborar, articular e sistematizar propostas de aperfeiçoamento e normativo e acesso à Justiça; Interlocução e negociação das reformas com órgãos do Sistema de Justiça, entidades representativas das carreiras jurídicas e sociedade civil; Proposição de Emendas Constitucionais e projetos de lei para aperfeiçoamento da Justiça; Produção de políticas públicas voltadas à democratização do acesso à Justiça e efetividade de direitos fundamentais; Coordenação da Reforma do Judiciário EC 45/2004 e da reforma infraconstitucional; Gestora da formulação e execução do I e II Pacto de Estado para Reforma do Sistema de Justiça.

3 A missão da SRJ: Aumentar a eficiência e a celeridade da prestação jurisdicional através de alterações legislativas que visem a modernizar e a aperfeiçoar o funcionamento do Poder Judiciário; Apresentar novas propostas de Desjudicialização e Democratização do Acesso à Justiça.

4 REFORMA CONSTITUCIONAL: BREVE BALANÇO EC nº 45, de Criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP); - Súmula vinculante e Repercussão Geral para os Recursos Extraordinários; - Autonomia da Defensoria Pública; - Constitucionalidade dos Tratados e Convenções Internacionais sobre Direitos Humanos, reconhecimento da Jurisdição de Tribunal Penal Internacional e federalização de graves violações contra direitos humanos.

5 REFORMA INFRACONSTITUCIONAL: BREVE BALANÇO PACTO DE ESTADO EM FAVOR DE UM JUDICIÁRIO MAIS RÁPIDO E REPUBLICANO - Pacto com 39 projetos de lei sobre a reforma processual civil, penal e trabalhista; - Implementação da Reforma Constitucional do Poder Judiciário; - Reforma infraconstitucional (Aprovação da Reforma Processual Civil, Penal e Trabalhista); - Autonomia das Defensorias Públicas(revisão da LC nº 80/94);

6 Reforma de Direito e Processo Civil a 16 Leis aprovadas: Lei n.º /05 Recurso de Agravo Lei n.º /05 Execução de Títulos Judiciais Lei n.º /06 Súmula Impeditiva Lei n.º /06 Processos Repetitivos Lei n.º /06 Prazos para vista, prescrição e uso de meios eletrônicos Lei n.º /06 Execução de Títulos Extrajudiciais Lei n.º /06 Processo eletrônico Lei n.º /06 Súmula Vinculante Lei n.º /06 Repercussão geral do Recurso Extraordinário Lei n.º /07 Informatização dos procedimentos judiciais Lei n.º /07 Separação, divórcio, inventário e partilha extrajudiciais Lei n.º /07 Legitimação da Defensoria Pública para propor ações coletivas Lei n.º /08 Recursos Repetitivos no STJ Lei nº /08 Registro Civil Proíbe inserção da condição de pobreza e outras categorizações sociais nas CERTIDÕES de NASCIMENTO e ÓBITO; Lei nº /08 Registro de nascimento fora do prazo até 18 anos(combate ao subregistro)

7 Lei nº /07, de 04 de janeiro de 2007: Altera dispositivos da Lei n , de 11 de janeiro de 1973 Código de Processo Civil, possibilitando a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por via administrativa.

8 A Lei , revogou o parágrafo único do art. 983 do Código de Processo Civil CPC (Lei nº ), trazendo a faculdade de realização da separação consensual e do divórcio consensual por escritura pública, desde que não haja filhos menores ou incapazes do casal, e observados os requisitos legais. Retirou da intervenção do Estado o âmbito da vida privada dos cônjuges, facilitando a dissolução da sociedade conjugal, no mesmo diapasão que disciplina a liberdade de casar; - Promove a justiça de forma célere e adequada o quanto possível, adequando-se ä realidade contemporânea. -Trata-se de verdadeiro processo de desjudicialização.

9 Normatizações advindas da Lei /07 Resolução Nº 35, de 24 de abril de 2007, do Conselho Nacional de Justiça: disciplina a aplicação da Lei nº /07 pelos serviços Notariais e de Registro.

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11 Segundo a estimativa da Associação dos Notários e Registradores do Brasil Anoreg-, com a lei, o crescimento do volume desses serviços nos cartórios brasileiros cresceu em torno de 40%.

12 Decreto Presidencal de 22 de outubro de 2008 Cria o Grupo de Trabalho Interministerial sobre os Serviços Notariais e de Registro. Objetivo: Revisar a legislação atual e de elaborar propostas para o aperfeiçoamento e a modernização dos serviços notariais e de registro brasileiros.

13 Decreto de 22 de outubro de 2008 Art. 3º Poderão ser convidados a participar dos debates do Grupo de Trabalho Interministerial especialistas e representantes de outros órgãos, instituições públicas ou privadas, e de organizações da sociedade civil.

14 Portaria Nº 150 do MJ, publicada no Diário Oficial da União de 05 de fevereiro de Nomeação dos integrantes Titulares e Suplentes do Grupo de Trabalho Interministerial: I - Ministério da Justiça, que o coordenará; II - Casa Civil da Presidência da República; III - Advocacia-Geral da União; IV - Ministério da Fazenda; V - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; VI - Ministério da Saúde; VII - Ministério do Desenvolvimento Agrário; VIII - Ministério da Previdência Social; IX - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e X - Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

15 Subgrupos Temáticos Registro Civil; Registro de Pessoas Jurídicas; Registro de Imóveis; Notas/Protesto; Informatização

16 Representantes de outros órgãos, e de organizações da sociedade civil. CNJ/CORREGEDORIA NACIONAL DE JUSTIÇA COLÉGIO DE CORREGEDORES DE JUSTIÇA ARPEN-BR ANOREG-BR COLÉGIO NOTARIAL DO BRASIL ARISP IRIB

17 Projetos de Lei que estão tramitando no Congresso Nacional sobre a desjudicialização do Registro Civil que apoiados pela SRJ: - PLS nº 95/2007 Altera o art A do Código de Processo Civil, para permitir a conversão consensual da separação em divórcio via administrativa. - PLC nº 44/2009 Dá nova redação aos arts. 40, 57, e 110 da Lei 6.015, de 31 de dezembro de 1973, para permitir ao oficial de registro realizar, de ofício, a retificação de erros evidentes de qualquer natureza, incluindo o assentamento de registro civil.

18 GRUPO DE TRABALHO INTERMINISTERIAL Criação do Conselho Nacional de Notários e Registradores; SIRC Cadastro Nacional de Serventias/MJ/CNJ

19 Propostas Legislativas que estão sendo tratadas no grupo de desjudicialização Alterações na LEI Supressão do incio VI do artigo 33, ARTIGOS 43 E 44, dos 1º, 3º e 4º do artigo 67, 69, artigo 74. Nova redação ao 4º do artigo 70, com o seguunite teor: 4) a data da celebração do casamento. TODOS RELATIVOS A EDITAIS DE CASAMENTO (PROCLAMAS) ARTIGOS 32, 78, 97, CÓDIGO CIVIL - LEI Supressão do artigo 1.527, Nova redação do artigo (PROCLAMAS). - ARTIGO 1.526, 1623, 1726,

20 Propostas Legislativas que estão sendo tratadas no grupo de desjudicialização LEI INCLUSÃO DO ARTIGO 50-A REDAÇÃO SUGERIDA Art. 50-A. Os Oficiais deverão comunicar o registro à Secretaria Municipal de Saúde do local do nascimento, até o dia 15 do mês subseqüente, indicando o número da Declaração de Nascido Vivo - DN. 1º As Secretarias Municipais de Saúde deverão notificar os Oficiais de Registro Civil e os Conselhos Tutelares dos Municípios do local de nascimento e de domicílio da genitora para a busca ativa de casos não registrados, com base nas Declarações de Nascido Vivo - DN expedidas e não-registradas.

21 Propostas Legislativas que estão sendo tratadas no grupo de desjudicialização Alteração do Regime de Bens. Propõe a modificação do art , do Código Civil, para permitir a alteração do regime de bens, mediante autorização judicial ou escritura pública, em pedido motivado de ambos os cônjuges, e ressalvados os direitos de terceiros. Art É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. 1º O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento. 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial ou escritura pública, em pedido motivado de ambos os cônjuges, e ressalvados os direitos de terceiros.

22 II PACTO REPUBLICANO DE ESTADO POR UM SISTEMA DE JUSTIÇA MAIS ACESSÍVEL, ÁGIL E EFETIVO I Acesso universal à Justiça, especialmente dos mais necessitados; II Aprimoramento da prestação jurisdicional, mormente pela efetividade do princípio constitucional da razoável duração do processo e pela prevenção de conflitos; III Aperfeiçoamento e fortalecimento das instituições de Estado para uma maior efetividade do sistema penal no combate à violência e criminalidade, por meio de políticas de segurança pública combinadas com ações sociais e proteção à dignidade da pessoa humana.

23 POLÍTICAS PÚBLICAS DE EFETIVAÇÃO DE DIREITOS

24 No âmbito do PRONASCI a SRJ coordena e executa 6 Políticas Públicas de efetivação de direitos. Quais sejam: Assistência Jurídica Integral ao Preso, Presa e seus Familiares Efetivação da Lei Maria da Penha Justiça Comunitária Pacificar Capacitação de Operadores do Direito em Técnicas de Mediação Capacitação de Operadores do Direito em Direitos Humanos

25 Ministério da Justiça MINISTÉRIO Capacitação DA JUSTIÇA de Operadores DO BRASILdo Direito em Técnicas de Mediação A ação representa um novo paradigma para pacificação social e objetiva capacitar estudantes e operadores do direito em técnicas de composição e mediação de conflitos. Ainda, pretende-se construir uma metodologia de abordagem e de aplicação dos Direitos Humanos e Fundamentais no âmbito dos casos jurídicos concretos. INVESTIMENTO 2008/2009 R$ ,15 Cursos realizados em 2008: TJ/RJ, TJ/RS, TJ/TO, Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, Escola Nacional de Advocacia*, TRF da 4ª Região e TRF da 5ª Região. Cursos em 2009: TJ/AP, TJ/RJ, TJ/RS, TRF da 3ª Região, Advocacia Geral da União, Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados. * Foram realizados 4 cursos de formação de multiplicadores com 300 magistrados de todos os estados.

26 SISTEMA DE CADASTRO NACIONAL DE CARTÓRIOS O Ministério da Justiça, desde 1960, administra o Cadastro de Cartórios do Brasil e, a partir de 1995, mantém atualizado seu banco de dados. Este cadastro, que engloba mais de serventias judiciais e extrajudiciais, encontra-se disponível na Internet, servindo de referência para os demais órgãos do judiciário e do governo federal, orientando procedimentos e facilitando o encaminhamento de ações da sociedade. O Cadastro Nacional de Cartórios do Brasil democratiza o acesso às informações para identificar as serventias judiciais e extrajudiciais que detêm a base de dados que possibilita subsidiar políticas públicas, bem como a eficiência do Poder Judiciário; Totais de Acessos ao Sistema de Cadastro:

27 WAGNER AUGUSTO DA SILVA COSTA Coordenador-Geral Ministério da Justiça Telefone: (61)