TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº /03 ACÓRDÃO. Jet-ski DANGA X Jet-ski VALENTE. Abalroação. Morte de proprietário/condutor de um deles. Condenação.

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1 TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº /03 ACÓRDÃO Jet-ski DANGA X Jet-ski VALENTE. Abalroação. Morte de proprietário/condutor de um deles. Condenação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. No dia 29 de março de 2003 às 16h30min no município de Uberlândia/MG, no reservatório da Usina Hidrelétrica de Miranda, faleceu Daniel Paulo de Souza, vítima do abalroamento envolvendo o jet-ski DANGA pilotado por Leovânio Luiz Silva e o jet-ski VALENTE pilotado pela vítima. Conforme consta dos depoimentos das testemunhas os dois jet-skis navegavam em linha um atrás do outro; o jet-ski VALENTE pilotado por Daniel cerca de 30 metros a frente do jet-ski DANGA pilotado por Leovânio. Daniel efetuou uma manobra brusca guinando 360º. Não houve tempo e espaço para Leovânio desviar, ocorrendo o abalroamento. O DANGA atingiu de proa a borda de BB do jet-ski VALENTE lançando n água o seu condutor (Daniel), que veio a falecer. Os condutores dos jet-ski não eram habilitados nem usavam coletes salva-vidas. O jet-ski DANGA, conforme consta às fls. 22/23 era de propriedade de Alice Aguirre Franco que o vendeu a Edivar Humberto da Silva que não o transferiu para o seu nome dentro do prazo legal de 15 dias corridos, contados a partir da data da compra; não o fez porque pretendia vendê-lo. Já o jet-ski VALENTE, de propriedade de Celso Valente Oliveira Cunha (fls. 20/21) estava com o seguro vencido.

2 Celso, em seu depoimento justificou que o seguro estava vencido porque a embarcação estava à venda e estas providências ficariam por conta de quem fosse adquirí-lo. Celso também confirmou que o jet-ski VALENTE havia sido vendido no dia do acidente, a Daniel Paulo de Souza, e que o pagamento somente seria efetuado no dia seguinte ao acidente. Posteriormente, a mãe do falecido não quis arcar com o pagamento e a embarcação foi devolvida, não havendo nenhuma prova documental da venda, apenas depoimento da testemunha Lívia Maria Batista Costa (fls. 41/42). Conforme prevê a NORMAM-9, item 0203, letra b, as embarcações DANGA e VALENTE, foram apreendidas e lacradas, e tiveram como fiel depositário a 9ª Companhia de Polícia Militar do Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais (fls. 7), a fim de melhor instruir o competente inquérito, sendo devolvidas aos respectivos proprietários em 9 de maio de 2003, conforme os termos de entrega de embarcação constantes das fls. 24/25. Dados característicos das embarcações: Embarcação: DANGA Classificação: Jet-ski AB: XXX Nº inscrição: 521M Proprietário: Edivar Humberto da Silva Bandeira: Brasileira Porto de inscrição: Brasília Comprimento: 2,20 metros Embarcação: Classificação: VALENTE Jet-ski 2

3 AB: XXX Nº inscrição: 405M Proprietário: Celso Valente Oliveira Cunha Bandeira: Brasileira Porto de inscrição: Barra Bonita Comprimento: 2,20 metros Foram realizados 4 interrogatórios de 4 testemunhas e efetuado laudo de exame pericial indireto. De tudo quanto contêm os presentes autos, conclui-se: Fatores que contribuíram para o acidente: Fator humano: não contribuiu; Fator material: não contribuiu; e Fator operacional: contribuiu, pois Daniel Paulo de Souza e Leovânio Luiz Silva, que pilotavam as embarcações, não eram habilitados. Que, em conseqüência, houve o falecimento por traumatismo crânio-encefálico de Daniel Paulo de Souza, conforme consta a fls. 8; Os possíveis responsáveis diretos pelo acidente são o falecido, Daniel Paulo de Souza e Leovânio Luiz Silva, por imperícia, por falta de habilitação para conduzir embarcações a motor; Os possíveis responsáveis indiretos, por negligência, são os proprietários da embarcações DANGA, o Sr. Edivar Humberto da Silva e VALENTE, o Sr. Celso Valente Oliveira Cunha, por terem permitido que as respectivas embarcações fossem conduzidas por pessoas não habilitadas e com os seguros obrigatórios vencidos. Notificados, Edivar Humberto da Silva apresentou defesa prévia as fls. 53/55 e Celso Valente de Oliveira Cunha às fls. 56/61. 3

4 A PEM, pela Advogada da União que subscreve, no uso de suas atribuições determinadas pela Lei nº 7.642/87, vem à presença de V. Exª oferecer representação em face de 1º Leovânio Luiz Silva, brasileiro, solteiro, maior, técnico em enfermagem, carteira de identidade MG SSP/MG, inscrito no CPF sob o nº , residente a rua Ipiranga, bairro Cazeca, município de Uberlândia, MG., piloto, inabilitado do jet-ski DANGA e 2º Edivar Humberto da Silva, brasileiro, divorciado, comerciante, carteira de identidade nº M SSP/MG, inscrito no CPF nº , residente na rua da Secretária 238, bairro Planalto, município de Uberlândia, MG., proprietário do jet-ski DANGA, por entender, o primeiro, responsável pelo acidente da navegação abalroação seguida de morte, previsto no Art. 14, letra a, da Lei nº 2.180/54 e o segundo, proprietário do jet-ski, em razão do fato da navegação todos os fatos... (colocar em risco a embarcação e as vidas), determinado no art. 15, letra e da Lei nº 2.180/54, pelo fatos e fundamentos a seguir expostos. Dos fatos. Consta dos autos que no município de Uberlândia, MG, no reservatório da Usina Hidrelétrica do Miranda, fls. 15, no dias 20 de março de 2003, cerca das 16h30min, ocorreu abalroamento entre dois jet-ski inscritos, nas pilotadas por dois rapazes de 25 anos e inabilitados, tendo como grave conseqüência a morte do piloto do jet-ski denominado VALENTE, Daniel Paulo de Souza, cujo laudo de necropsia, às fls. 8 e 9 dos autos, determina como causa mortis traumatismo crânio-encefálico em decorrência de acidente com jet-ski. Além do homicídio culposo acima referido, houve avarias em ambos os jet-skis, conforme as fotos 5 e 7 de fls.16 e 18. As características das motos aquáticas encontravam-se das fls. 20 e 23 dos autos, sendo as principais as abaixo determinadas: 4

5 a) embarcação: VALENTE ; classificação jet-ski, inscrito em Barra Bonita, nº de inscrição 405m , cor vermelha, proprietário de direito Celso Valente Oliveira Cunha, mas sendo a vítima Daniel Paulo de Souza seu proprietário de fato; b) embarcação: DANGA, classificação jet-ski, inscrito em Brasília, DF., nº de inscrição 521m , cor amarela, proprietário de direito Alice Aguirre Franco em cujo nome se encontrava inscrito o jet-ski, mas de fato de propriedade de Edivar Humberto da Silva. Após o acidente as motos aquáticas DANGA e VALENTE foram apreendidas, lacradas e tiveram como fiel depositário a 9ª Companhia de Polícia Militar do Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais, sendo devolvidas aos respectivos proprietários, em 9 de maio de 2003, após a produção das provas necessárias, conforme os termos de embarcação constantes das fls. 24/25. De acordo com as provas recolhidas as condições do tempo não contribuíram para a eclosão do acidente. Também não foi fator contribuinte ou determinante para a eclosão da abalroação qualquer tipo de falha ou avaria nos jet-skis envolvidos. Das provas. Testemunhal: A primeira testemunha ouvida foi o proprietário do jet-ski Edivar Humberto da Silva, ora segundo representado, às fls. 35/36 dos autos, que em seu depoimento confirmou ser de fato o proprietário do jet-ski DANGA, apesar deste se encontrar inscrito ainda em nome de Alice Aguirre Franco (fls. 23), pois ao adquiri-lo pretendia revende-lo, razão pela qual não providenciara a transferência de propriedade e nem o pagamento do Seguro Obrigatório DPEM, afirmando, ainda, que não possuía habilitação nem de motonauta nem de arrais amador. 5

6 Afirmou que deixou o jet-ski na beira da represa sem ninguém se responsabilizar por ele e foi a um bar, a um quilômetro de distância. Entretanto, próximo ao jet-ski encontravam-se sua namorada e um amigo devidamente acompanhado. Quanto aos fatos que culminaram com o acidente nada pode informar, uma vez que não se encontrava no local. O piloto do jet-ski DANGA, e ora primeiro representado, Leovânio Luiz Silva, em seu depoimento de fls. 39/40, confirma que se encontrava pilotando a moto aquática de propriedade do Edivar, sem estar usando o obrigatório colete salva-vidas. Confirma que não possuía qualquer tipo de habilitação para conduzir o jet-ski e que o Edivar nunca havia lhe perguntado se era habilitado e jamais conversaram a esse respeito. Declara que (sic): pegou o jet-ski para andar, pois estava todo mundo andando. Esta declaração comprova a negligência e imprudência do proprietário do jet-ski na guarda e bom uso da moto aquática de sua responsabilidade. Relata o acidente da seguinte forma: (sic) - tem uma rampa e uns quiosques, eu estava brincando próximo a este local e ele estava em outro local distante uns trinta metros, ele veio e se aproximou de onde eu estava e retornou, então fui atrás dele distante uns trinta metros quando ele rodou e não tive tempo de desviar, ainda tentei, mas peguei na parte de trás do jet dele (grifo e ressalto nosso) Celso Valente Oliveira Cunha, proprietário de direito do jet-ski VALENTE, em seu depoimento às fls. 37/38 dos autos, declara que havia vendido a moto aquática, naquele dia, para Daniel Paulo de Souza, que veio a falecer em decorrência do acidente por estar conduzindo o VALENTE. 6

7 Afirma que o vendera de boca naquele dia e que somente receberia a produto da venda no dia seguinte, não havendo qualquer documento que comprovasse a venda acordada. Mas que havia testemunhas da negociação. Informou que, em razão da morte do Daniel, sua mãe não quis arcar com o pagamento do mesmo, razão pela qual o jet-ski lhe foi devolvido. Complementa sua narrativa confirmando que o Seguro Obrigatório DPEM estava vencido por ocasião da abalroação. A namorada do recém proprietário do jet-ski VALENTE, Lívia Maria Batista Costa, em seu depoimento às fls. 41 e 42, confirma que o Daniel Paulo de Souza havia comprado o referido jet-ski e que estava, havia já duas semanas, conversando para compra-lo do Sr. Celso, tendo sido testemunha deste fato. Declara, também, que se encontrava na margem de represa quando do acidente e que o Daniel não portava colete salva-vidas pois era negligente, sendo que havia sido alertado por todos para colocar o colete, mas que ele insistiu em não coloca-lo. Declara, ainda, que entende ter sido causa do acidente a distração dos dois que estavam pilotando os jets envolvidos. Pericial: O laudo pericial, às fls. 4/5, devidamente acompanhado de fotos do local e das embarcações, e de documentos provando a morte de um dos pilotos, a retirada de ambas as embarcações de tráfego e entrega à Autoridade Policial conforme determinam as normas em vigor e posterior devolução das mesmas a seus responsáveis e proprietários, documentos de inscrição dos dois jet-skis, e os documentos pessoais dos envolvidos, das fls. 6/27, tece considerações sobre a dinâmica do acidente e aponta como fatores contribuintes; O material, devido os condutores dos jet-skis não usarem coletes salva-vidas, e; 7

8 O operacional, em razão de ter ocorrido uma manobra arriscada do jet-ski pilotado pelo Daniel Paulo de Souza e o jet-ski pilotado pelo Leovânio Luiz Silva não estava a uma distância segura do jet-ski a sua proa. Os peritos concluem o laudo apontando como causa determinante do acidente a imprudência de Daniel Paulo de Souza em realizar manobra arriscada próxima de outra embarcação e de Leovânio Luiz Silva por trafegar muito próximo da embarcação a sua proa. Documental: Os documentos de inscrição das embarcações encontram-se nos autos das fls. 20/23, e já foram mencionados nesta peça, da mesma foram que os demais documentos necessários para provar a apreensão das motos aquáticas envolvidas, sua devolução aos proprietários e a morte do piloto condutor do jet-ski VALENTE. De acordo com as provas dos autos e ao ora aduzido, resta, de forma cabal e concludente, comprovado que a conduta culposa dos representados foram causas determinantes para a eclosão da abalroação e sua gravíssima conseqüência, a morte de Daniel Paulo de Souza. Infere-se, das provas produzidas, que os pilotos de ambos os jet-skis estavam praticando esporte náutico com as motos aquáticas envolvidas, primeiramente efetuando manobras radicais, comuns àqueles que gostam de brincar com jet-skis, distantes uns trinta metros da margem. Em determinado momento, aproximaram-se e, ainda por brincadeira, passaram a navegar um atrás do outro, em alta velocidade, estando o jet-ski VALENTE, pilotado por Daniel Paulo de Souza, à frente e o DANGA, pilotado por Leovânio Luiz Silva, atrás e em perseguição, ambos navegando em linha reta, separados por pouca distância (alegados 30 metros), quando Daniel efetuou com o VALENTE uma manobra radical e brusca, guinando 360º exatamente à frente do jet-ski DANGA, pilotado por Leovânio. 8

9 Mesmo com a alegada tentativa de manobra efetuada pelo piloto do DANGA, exatamente por não haver espaço suficiente entre as embarcações para realização de manobra eficiente a fim de evitar a abalroação, é que o aludido jet-ski foi atingido, em seu costado de BB, pela proa do jet-ski VALENTE, pilotado por Daniel Paulo de Souza, que foi lançado na água e submergiu não mais retornando à tona. Seu corpo somente foi encontrado e resgatado pelo Corpo de Bombeiros no dia seguinte, sendo causa da morte traumatismo crânio-encefálico. Realmente, ambos os pilotos estavam brincando com os jet-skis, conforme afirmou o representado Leovânio Luiz Silva em seu depoimento. Exibiam-se para as pessoas que se encontravam na margem da represa, inclusive namoradas, fazendo manobras radicais e pega, aproximando-se de forma tão perigosa e desnecessária que deram causa à abalroação. E mais, ambos foram imprudentes ao assim se conduzirem e, ainda, não possuíam habilitação para conduzir a moto aquática, não estavam portando o obrigatório colete salva-vidas, conforme determina a NORMAM-03, item 0429 equipamentos de segurança, em sua letra a, tópico 1, e muito menos, ainda, os equipamentos recomendáveis, indicados na referida norma, os equipamentos recomendáveis, indicados na referida norma, no mesmo item, mas em sua letra b, isto é, luvas, óculos e capacete. Este último se estivesse sendo usado pela vítima, certamente hoje ainda estaria vivo e, após habilitar-se, poderia conduzir jet-ski por muitos anos. Em razão da morte de Daniel Paulo de Souza, de 25 anos de idade, deixamos de apresentar representação contra o mesmo, porém entendemos que sua conduta culposa contribuiu para o acidente ora em apreciação. Entretanto, representamos contra Leovânio Luiz Silva, condutor inabilitado do jet-ski DANGA, em razão de sua conduta imprudente e imperita ao pilotar e conduzir o jet-ski, em alta velocidade, sem manter distância segura do outro jet-ski, a fim de 9

10 evitar que ambos se aproximassem em demasia, em evidente conduta exibicionista. E, ainda, por ter participado de verdadeiro pega entre as motos aquáticas, em aproximação perigosa e desnecessária que resultou no acidente e sua grave conseqüência. Representamos, também, contra o proprietário do jet-ski DANGA, Edivar Humberto da Silva, em razão do fato da navegação colocar em risco a embarcação e as vidas de bordo, na medida em que largou seu jet-ski na margem da represa, com as chaves na ignição, estando, na melhor das hipóteses, indiferente ao fato de que pessoas, habilitadas ou não, poderiam dele fazer uso e causar acidentes, perfeitamente evitáveis. Como proprietário de uma embarcação é seu dever guardar e zelar para que seu jet-ski fique a salvo de pessoas inabilitadas ou inescrupulosas, qualificadas desta forma ao fazerem uso de jet-ski que não é de sua propriedade e para o qual não possuem autorização para utilizar. O depoimento do condutor do jet-ski DANGA e ora representado Leovânio Luiz Silva, determina, também, a conduta negligente e imprudente do proprietário do referido jet-ski, quando este afirma que tomou posse do jet-ski para andar, pois estava todo mundo andando. O representado, Edivar Humberto da Silva, também inabilitado, levou o jet-ski para a margem da represa e largou-o lá sem ninguém responsável pela embarcação, com a chave na ignição, afastando um quilômetro para ir a um bar. Perguntamos, o que pretendia ele com esta conduta? Exibir-se ou bancar uma boa pessoa que empresta seu jet-ski para qualquer um. É, portanto, responsável pelo fato da navegação ao colocar em risco a embarcação, a vida a bordo e a navegação no local, risco perfeitamente previsível e evitável. Apontamos a infração à RLESTA praticada por ambos os proprietários das embarcações envolvidas, Edivar Humberto da Silva e Celso Valente Oliveira Cunha, 10

11 que deixaram de efetuar a transferência de propriedade dos jet-skis dentro do prazo determinado nas normas em vigor. Contra os mesmos proprietários imputamos a infração à Lei nº 8.374/91, pois ambos os jet-skis não possuíam Seguro Obrigatório DPEM em vigor. Deixamos de representar contra Celso Valente Oliveira Cunha por ter restado provado nos autos que havia acertado a venda do jet-ski VALENTE à vítima, embora verbalmente e no dia do acidente, conforme testemunhou a namorada da própria vítima, em seu depoimento às fls. 41. Por todo o exposto, requer esta Procuradoria o recebimento da presente representação nos termos em que se encontra, requerendo a condenação dos representados na forma da lei e custa processuais. Requer, ainda, a citação dos representados na forma da lei e protesta pela produção de todos os gêneros de provas em direito admitidas. Recebida a representação, citados Leovânio Luiz Silva, técnico em enfermagem e Edivar Humberto da Silva, comerciante, por intermédio do advogado que esta subscreve, dirige-se à presença de Vossa Excelência, no prazo legal, para apresentar defesa, pelos relevantes motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: Súmula da espécie: Narra a r. representação, a ocorrência de delito de homicídio culposo, bem como abalroamento em duas unidades jet-skis, ocorrendo a instauração de procedimento administrativo a fim de se apurar a eventual culpa dos representados, com a aplicação das sanções previstas na Lei Federal nº 8.471/91. Dos fatos: De fato ocorreu o sinistro noticiado na r. representação, conforme se verifica dos próprios depoimentos colhidos na fase de inquérito. 11

12 A todo teor, vislumbra-se a ausência de qualquer dos requisitos essenciais previstos em lei, a embasar uma sanção, senão vejamos: O primeiro representado, Leovânio Luis Silva, não logrou com culpa ao envolver-se no sinistro que deu cabo a vida Daniel Paulo de Souza, tendo sido o resultado do laudo pericial, elaborado pelos Srs. Peritos conclusivos a esse respeito. Ora, o fato de não estar o representado utilizando os dispositivos de segurança, por si só, nos leva à inarredável conclusão que tenha ele logrado com culpa, no lamentável episódio que culminou com a morte da vítima. O próprio laudo pericial nos mostra que a vítima deu causa ao acidente, e pela perícia médica realizada, verifica-se que o traumatismo sofrido pela vítima foi em razão do forte impacto sofrido no acidente. Não há, portanto, que se falar em culpa do representado no acidente, razão pela qual é de rigor que o feito seja julgado improcedente totalmente. Assim sendo, a representação promovida contra sua pessoa deve, dmv, ser de plano rejeitada. O feito também deve ser julgado improcedente com relação a Leovânio Luiz Silva, senão vejamos: O representado em nada participou do acidente que vitimou de forma trágica a pessoa de Daniel Paulo de Souza, encontrando-se ausentes, todos os requisitos necessários à admissibilidade do feito com relação à sua pessoa. Ora, simplesmente a unidade móvel que lhe pertencera fora utilizada de forma não concedida pela pessoa do representado Leovânio, que lamentavelmente foi vítima de abalroamento aquático, que culminou com a morte da infeliz vítima. Redobrada vênia, não há que se aquilatar à pessoa do representado nenhuma culpa pelo evento trágico, mesmo porque, não existe nenhum nexo de causalidade entre a sua ação de deixar a unidade móvel no lago com o sinistro. 12

13 A r. representação não descreve minuciosamente qual teria sido a participação do representado, mesmo porque, pelo seu próprio depoimento em fase inquisitorial, verifica-se que nenhum culpa teve o representado pela ocorrência do sinistro. Assim sendo, por falta de pressupostos de admissibilidade, requer-se, na forma da lei, a extinção do feito, com a conseqüente absolvição do representado, na forma da lei. Nenhuma prova foi produzida. Em alegações finais permaneceram silentes as partes. Extrai-se dos autos que no dia 29 de março de 2003, no reservatório da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) ocorreu a morte de Daniel Paulo de Souza que conduzia o jet-ski VALENTE. Segundo as testemunhas ouvidas no inquérito, Daniel Paulo de Souza, conduzindo o jet-ski VALENTE e Leovânio Luiz Silva, conduzindo o Jet-ski DANGA estavam praticando esportes náuticos a trinta metros da praia, realizando singradura em linha reta, um através do outro. Ao chegarem próximo a um trapiche que estava parado na margem, do lado da marina Miranda, Daniel fez uma guinada de 360º ocorrendo o abalroamento. O Jet-ski DANGA abalroou com sua proa a borda de bombordo do Jet-ski VALENTE, conduzido por Daniel que foi lançado na água e submergiu. Os condutores não eram habilitados e não portavam coletes salva-vidas. O acidente ocorreu de uma manobra arriscada do condutor do Jet-ski VALENTE conduzido por Daniel e da imprudência de Leovânio, condutor do Jet-ski DANGA em não manter uma distância segura do jet que estava a sua proa, que vem demonstrar a culpabilidade de ambos condutores dos jet-skis, porém, em razão de sua morte, Daniel Paulo de Souza deixa de ser penalizado. 13

14 Daniel Paulo, segundo Lívia Maria Batista Costa, sua namorada, havia adquirido o Jet-ski VALENTE há duas semanas mas não transferiu a propriedade razão porque Celso Valente Oliveira Cunha (proprietário anterior) não foi incluído na representação, entretanto o proprietário do Jet-ski DANGA, Edival Humberto da Silva, inabilitado, deve ser responsabilizado por ter deixado o jet-ski na margem da represa, com as chaves na ignição possibilitando que pessoa inabilitada, dele fizesse uso e se envolvesse em acidente. Assim, A C O R D A M os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à natureza e extensão do acidente e fato: abalroação envolvendo jet-skis. Morte do proprietário/condutor de um deles; b) quanto à causa determinante: imprudência dos condutores não habilitados, negligência do proprietário que deixou o jet-ski com a chave na ignição possibilitando o seu uso por pessoa inabilitada; c) decisão: julgar culpado Leovânio Luiz Silva, piloto inabilitado, incurso no art. 14, letra a, e Edivar Humberto da Silva, proprietário, incurso no art. 15, letra e, ambos da Lei n o 2.180/54, aplicando a cada um dos representados a pena de multa de R$ 1.000,00 (mil reais) e custas proporcionais. Oficiar à Diretoria de Portos e Costas a infração ao RLESTA (deixar de efetivar a transferência de propriedade) a ser atribuída aos proprietários das embarcações envolvidas (Edivar Humberto da Silva e Celso Valente Oliveira Cunha), e a infração à Lei nº 8.374/91 (falta de seguro obrigatório-dpem) a ser atribuída aos proprietários dos jet-skis. P.C.R. Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de JOSÉ DO NASCIMENTO GONÇALVES Juiz-Relator 14

15 WALDEMAR NICOLAU CANELLAS JÚNIOR Almirante-de-Esquadra (RM1) Juiz-Presidente 15

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