Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social

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1 JUNHO 2016 FORMAÇÃO Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social DIS3616 Fernando Silva

2 FICHA TÉCNICA Título: Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social Autor: Fernando Silva Capa e paginação: DCI - Departamento de Comunicação e Imagem da Ordem dos Contabilistas Certificados Ordem dos Contabilistas Certificados, 2016 Não é permitida a utilização deste Manual, para qualquer outro fim que não o indicado, sem autorização prévia e por escrito da Ordem dos Contabilistas Certificados, entidade que detém os direitos de autor. 2

3 Índice 1. OBJECTIVOS Objectivos Gerais Objectivos específicos 7 2. RESUMO 9 3 INTRODUÇÃO DISPOSIÇÕES GERAIS E COMUNS Disposições Gerais Disposições Comuns REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL Regime geral dos trabalhadores por conta de outrem Âmbito Relação Jurídica de Vinculação Relação Jurídica Contributiva Base de Incidência Contributiva Taxas Contributivas Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas Membros dos Órgãos Estatutários das Pessoas Coletivas e Entidades Equiparadas Trabalhadores no Domicílio Praticantes Desportivos Profissionais Trabalhadores em regime de contrato de trabalho de muito curta duração Trabalhadores em situação de pré-reforma Pensionistas em atividade Trabalhadores que exercem funções públicas Trabalhadores em regime de trabalho intermitente Trabalhadores de actividades economicamente débeis Trabalhadores de atividades agrícolas Trabalhadores da pesca local e costeira, apanhadores de espécies marinhas e pescadores apeados Disposições gerais referentes ao regime de incentivos ao emprego Incentivos à permanência no mercado de trabalho Incentivos à contratação de trabalhadores com deficiência Trabalhadores ao serviço de entidades empregadoras sem fins lucrativos Trabalhadores que exercem funções sindicais Trabalhadores do Serviço Doméstico Regime aplicável às situações equiparadas a trabalho por conta de outrém Membros das igrejas, associações e confissões religiosas Trabalhadores em Regime de acumulação Regime dos Trabalhadores Independentes Âmbito de Aplicação Relação Jurídica de Vinculação Relação Jurídica Contributiva Regime de Seguro Social Voluntário 109 3

4 Âmbito de aplicação Relação Jurídica de vinculação Relação Jurídica Contributiva INCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA DIsposições gerais Dívida à segurança social Causas de extinção da dívida Pagamento a Pronto Pagamento em prestações Dação em pagamento Transmissão da dívida Assunção da dívida Garantias Garantias gerais e especiais Situação contributiva regularizada Exigência da Declaração de situação contributiva regularizada Responsabilidade solidária Relatório da empresa Requerimento da Certidão Competência para Emissão de Certidões Declarações negativas Efeitos do Incumprimento Juros de mora Outros Meios para a Recuperação de Dívida REGIME CONTRA ORDENACIONAL Da contra ordenação Definição de contra ordenação Aplicação no tempo Das Coimas e Sanções acessórias em geral Classificação das contra ordenações Das Coimas e Sanções Acessórias em especial Situações atenuantes da coima Da Prescrição Prescrição do procedimento Processo e procedimento Regime aplicável DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES, TRANSITÓRIAS E FINAIS Disposições aplicáveis ao pagamento voluntário de contribuições Inexistência de entidade empregadora Pagamento voluntário de contribuições prescritas Disposições aplicáveis ao reembolso de quotizações Disposições aplicáveis à restituição de contribuições e quotizações DiSposições transitórias e finais Situações especiais Situações especiais transitórias Ajustamento progressivo da base de incidência contributiva Ajustamento progressivo da base de incidência contributiva dos trabalhadores do serviço doméstico 175 4

5 Disposições finais Quadro do Anexo I Norma revogatória SUPORTES DE INFORMAÇÕES E FONTES Suportes de informação Diplomas Impressos Modelo ( Formulários ) Siglas ( Abreviaturas ) Glossário Fontes 197 5

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7 1. OBJECTIVOS 1.1. OBJECTIVOS GERAIS No final desta ação, os Formandos deverão ser capazes de: Conhecer as alterações introduzidas pelo novo Código Contributivo; 1.2. Reconhecer os procedimentos a adotar no relacionamento com a Segurança Social; Conhecer as diferenças entre Regime Geral e outros Regimes; Analisar e conhecer os pressupostos do Incumprimento da Obrigação Contributiva; Identificar os tipos de contraordenações e coimas; OBJECTIVOS ESPECÍFICOS Identificar a preparação de documentação para preenchimento de requisitos de Inscrição e Enquadramento na Segurança Social; Conhecer as novas e diferentes rúbricas sujeitas a desconto para a Segurança Social; Enumerar as eventualidades cobertas pelo Regime Geral Identificar as diferentes situações de categorias específicas; Identificar as diferentes taxas na Desagregação por eventualidades Conhecer as diferenças relativas às novas taxas contributivas; Enumerar as taxas que reduziram o valor com a aplicação deste Código; Conhecer os mecanismos de regularização de dívidas; Identificar as implicações da não regularização de dívidas; Distinguir as diferenças entre os três tipos de contraordenações; Enumerar os valores das coimas a aplicar. 7

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9 2. RESUMO A abordagem desta matéria é feita, como de costume, de uma forma tão leve quanto possível e prática, com a referência mínima necessária ao articulado da legislação, o suficiente para clarificar algumas situações mais específicas, para mais fácil se situar a questão abordada. Contudo e para que os Formandos tenham a perceção do articulado que diz respeito a determinadas questões, entendeu-se fazer uma referência à legislação, sem contudo entrar muito em pormenor, particularizando por exemplo estas situações, quando: - Se diz ( art.º 5.º da Lei ), estamos a referir-nos à Lei n.º 110/2009 ( Código ); - Se diz ( art.º 7.º do D. Reg. ), referimo-nos ao Dec.Regulamentar n.º 1-A/2011; - Se diz ( art.º 69.º do O.E. ), estamos a referir-nos à Lei n.º 55-A/2010 do O. E Por outro lado, as referências aos posteriores O.E.s ( Orçamentos de Estado ) a 2011, como sejam o O.E ( Lei n.º 64-B/2011 ), O.E ( Lei n.º 66-B/2012 ), O.E ( Lei n.º 83-C/2013 ) e O.E ( Lei n.º 82-B/2014 ), bem como o Dec. Lei n.º 20/2012, têm chamadas de roda pé. O tempo disponível para a exposição prática deste trabalho, naturalmente insuficiente para uma pormenorização de todas as situações e articulados, leva a que se faça uma pequena seleção em termos de exposição dos assuntos mais importantes e frequentes, servindo este manual como auxiliar para futuras dúvidas de tratamento, já que o índice apresentado (Sumário) permite muito rapidamente localizar as matérias referenciadas. Mesmo assim e dado que a legislação tem sofrido inúmeras alterações, o que por vezes nos pode levar a dúvidas até mesmo sobre a real interpretação dos serviços, importa assim dedicar mais algum tempo a determinadas rubricas. Com esse intuito foram construídos alguns quadros que procuram sintetizar determinadas situações por forma a fazer uma melhor ligação à matéria tratada, o que vai certamente contribuir para algum esclarecimento e enriquecimento profissional, sendo certo que as questões levantadas na ação, vão ter o esclarecimento necessário. Para aqueles que ao longo dos anos se têm familiarizado com esta matéria, apenas as alterações produzidas no último ano terão importância, contudo como há sempre novos Formandos que estão no início de carreira, manteve-se toda a estrutura e conteúdos anteriores para que seja de facto um suporte completo à sua atividade. 9

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11 3. INTRODUÇÃO As áreas do Trabalho e da Segurança Social têm sido das que mais legislação tem promovido nos últimos 10 anos, da qual se destaca o novo Código do Trabalho ( Lei n.º 7/2009 ) e ainda o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, que aqui passaremos a designar apenas por Código ( Lei n.º 110/2009, alterada pela Lei n.º 119/2009, também pela Lei n.º 55-A/2010, de 31/12 - Orçamento de Estado de 2011 e orçamentos seguintes até 2015 e um conjunto de outras situações ). Este ano de 2016 seguramente não será diferente e preveem-se aí já algumas alterações no que diz respeito designadamente às Reformas e ao Desemprego e outras prestações familiares e no final do ano iniciou-se já um novo procedimento quanto à entrega e registo da Declarações de Remunerações. O Código sintetiza num único diploma toda a legislação, total ou parcialmente revogada (cerca de 80 diplomas), vem tornar a Segurança Social mais acessível ao Cidadão e às Empresas, com maior clareza e transparência do sistema e introduzindo mecanismos tendentes a uma significativa simplificação e modernização administrativa. Deste modo ficam mais clarificados os princípios que determinam os direitos e as obrigações, introduzindo maior justiça e equidade no esforço contributivo ao concretizar maior exigência na determinação da obrigação contributiva, a qual no mesmo sentido reforça os mecanismos do combate à fraude e à evasão fiscal e também uma melhoria dos serviços e da sua inform,ação, através das novas regras de entrega e comunicação das Declarações de Remunerações. Por outro lado aproxima o esforço contributivo, com base nos rendimentos reais dos trabalhadores, melhorando também a protecção social com o alargamento e melhoria da taxa de substituição de algumas prestações a determinados grupos de trabalhadores. Como vamos ver nesta matéria, são três os Institutos que trabalham com esta área ( o I.S.S., I.P. Instituto de Segurança Social o I.I., I.P. Instituto de Informática da Segurança Social e o I.G.F.S.S., I.P. Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social ), que intercomunicam entre si, se bem que nesta data ainda sem um sistema informático único que permita evitar ( direi mesmo muitas ) situações constrangedoras e incompreensíveis para os Contribuintes, pela diferenciação de informação que cada um contém, no entanto a situação tende a melhorar ( há esperança ), mas ainda levará o seu tempo, por forma a trazer melhorias significativas para ambas as partes. A referência que em muitas das situações se fará ( nomeadamente em relação a alguns dos quadros apresentados ) tem a ver com o ajustamento anual, designadamente na progressividade do aumento das taxas contributivas. 11

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13 4. DISPOSIÇÕES GERAIS E COMUNS Da estrutura desta Brochura fazem parte os seguintes temas do Código Contributivo: Disposições gerais e comuns; Regimes contributivos do sistema previdencial; Incumprimento da Obrigação Contributiva; Regime Contraordenacional; Disposições complementares, transitórias e finais. Com a entrada em vigor, em 1 Janeiro 2011 ( 1 ), do Código Contributivo foram revogados total ou parcialmente cerca de 50 diplomas ( inicialmente, desde 1963 até 2010 ), tais como: Decreto n.º 45266/63 Legislação mais antiga sobre S.Social ainda em vigor; Decreto -Lei n.º 103/80 Normas sobre o combate à evasão e fraude fiscal; Decreto -Lei n.º 124/84 Declarações exercício atividade e extemporânea; Decreto -Lei n.º 140-D/86 Fixação de taxas contributivas; Decreto -Lei n.º 40/89 Regime do Seguro Social Voluntário; Decreto -Lei n.º 411/91 Regime Jurídico de Regularização de Dívidas; Decreto -Lei n.º 327/93 Regime dos Membros dos Órgãos Estatutários; Decreto -Lei n.º 328/93 Regime dos Trabalhadores Independentes; Decreto -Lei n.º 89/95 Regula os Incentivos ao Emprego; Decreto -Lei n.º 8-B/2002 Inscrição das Ent. Emp. e Proc. Cobrança; entre outros... e depois as alterações introduzidas pelos O.E.s e outra legislação, a partir de 2011 que vieram a alterar ou corrigir situações constantes do Código, tais como; Lei n.º 64-B/2011, de 30/12 - Orçamento Estado 2012 Lei n.º 32/2012, de 25/06 3.ª alteração ao Código do Trabalho ( Lei n.º 7/2009 ) Lei n.º 20/2012, de 14/05 - Âmbito da Iniciativa p/ Reforço da Estabilidade Financeira Dec. Regulam. N.º 50/2012, 25/09-2.ª alteração ao Dec. Regulamentar n.º 1-A/2011 Lei n.º 66-B/2012, de 31/12 - Orçamento Estado 2013 Dec.Lei n.º 12/2013, 25/01 Estabelece o Regime Jurídico da Proteção no Desemprego aos TI com atividade Empresarial e aos MOE s de Pessoas Coletivas Lei n.º 83-C/2013, de 31/12 - Orçamento Estado 2014 Dec. Regulamentar N.º 11/2014,de 24/02 Decl. Retificação n.º 11/2014, de 24/02 Alteração ao Orçamento Estado de E Dec. Lei n.º 63/2014, 28/04 Alteração ao Dec. Lei n.º 42/2001 ( Secções Processo) Lei n.º 82-B/2014,de 31/12 - Orçamento Estado O Art.º 6.º da Lei, que foi alterado pelo Art.º 69.º do O.E. 2011, regista que as alíneas r), x) e aa) do n.º 2 do Art.º 46.º e o Art.º 55.º, ambos do Código, só entrariam em vigor quando fossem regulamentados e não antes de Janeiro 2014, sendo precedida de reunião a efetuar na Comissão Permanente da Concertação Social. As disposições constantes dos artigos 277.º a 281.º passaram a ter como primeiro ano de referência, para a entrada em vigor, o ano de 2011, adaptando-se consecutivamente aos anos seguintes 13

14 O Orçamento de Estado para 2016 ainda não foi aprovado, pelo que as eventuais alterações a este Código que o mesmo possa contemplar, serão objeto de uma adenda a fornecer na oportunidade No final da brochura encontra-se na íntegra o conteúdo da norma revogatória para melhor esclarecimento. 14

15 4.1. DISPOSIÇÕES GERAIS Este Código regula os regimes abrangidos pelo sistema previdencial aplicáveis: aos trabalhadores por conta de outrem ou em situação legalmente equiparada para efeitos de segurança social, que compreende o regime aplicável: à generalidade dos trabalhadores por conta de outrem; aos trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas; às situações equiparadas a trabalho por conta de outrem. aos trabalhadores independentes; ao regime de inscrição facultativa ( Seguro Social Voluntário ) O presente Código define: o âmbito pessoal; o âmbito material; a relação jurídica de vinculação; a relação jurídica contributiva dos regimes atrás indicados, regulando igualmente o respetivo quadro sancionatório. São subsidiariamente aplicáveis quanto à: relação jurídica contributiva, a Lei Geral Tributária; responsabilidade civil, o Código Civil; matéria procedimental, o Código do Procedimento Administrativo; matéria substantiva contraordenacional, o Regime Geral das Infrações Tributárias. 15

16 4.2. DISPOSIÇÕES COMUNS A relação jurídica de vinculação é a ligação estabelecida entre as pessoas singulares ou coletivas ( 2 ) e o sistema previdencial de segurança social, tem por objecto a determinação dos titulares do direito à proteção social, bem como dos sujeitos das suas obrigações. Esta vinculação efectiva-se através da inscrição na instituição de segurança social competente. A inscrição pressupõe a identificação do interessado no sistema de segurança social através de um número de identificação na segurança social (NISS - Ex: ) Porque ainda hoje há quem não reconheça o seu número de beneficiário antigo (Pessoa Singular) convertido no NISS, que é composto por 11 algarismos, exemplifica-se aqui o seu modo de composição inicial, para todos os Beneficiários que na altura se encontravam inscritos no sistema, já lá vão mais de 15 anos. Depois para as novas inscrições a partir dessa altura a composição do NISS veio a ser considerada deste modo No que respeita às Pessoas Coletivas ( PC ) como Entidades Empregadoras ( EE ) ( 3 ) a sua inscrição e atribuição de NISS, processa-se desta forma 2 As Pessoas Singulares e as Pessoas Coletivas representam o grupo das entidades sobre as quais a Segurança Social deve ter informação para o exercício das suas atribuições e são como tal consideradas uma ERSS ( Entidade Relevante para a Segurança Social ). Considera-se Pessoa Singular qualquer cidadão, nacional ou estrangeiro, que tem como elementos identificativos o Bilhete de Identidade ou outro documento de identificação civil com o mesmo valor e/ou número de Identificação Fiscal, independentemente de ter ou não uma situação profissional identificada com um NIPC. Consideram-se Pessoas Coletivas toda e qualquer entidade sujeita a registo obrigatório no Registo Nacional de Pessoas Coletivas Sociedades Comerciais (Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade por Quotas, Sociedade Anónima, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade em Comandita por Ações), Cooperativas, Empresas Públicas, Agrupamentos Complementares de Empresas, Agrupamentos Europeus de Interesse Económico, entre outros, que tem como elemento identificativo o NIPC e que não se enquadra no grupo das Pessoas Singulares (os empresários em nome individual (ENI), por exemplo, são incluídos no grupo das pessoas singulares). 3 Entidade Empregadora é toda e qualquer entidade, pessoa singular ou coletiva, que, para o desempenho de uma atividade económica, emprega trabalhadores subordinados, sendo, por isso, obrigada a contribuir para a Segurança Social sobre as remunerações pagas a esses trabalhadores. 16

17 Para as Pessoas Coletivas que já se encontravam inscritas, os quatro primeiros dígitos seriam 2 000, sendo os restantes 6 atribuídos sequencialmente e mais o Check Digit. Posteriormente ( desde Abril/2008 ) veio a considerar-se a atribuição do NIF como fazendo parte integrante do NISS de cada Entidade, o que veio determinar conforme exemplo a seguir A inscrição é o ato administrativo pelo qual se efetiva a vinculação ao sistema previdencial da segurança social, conferindo: A qualidade de beneficiário às pessoas singulares que preenchem as condições de enquadramento no âmbito pessoal de um dos regimes abrangidos pelo sistema previdencial; A qualidade de contribuinte às pessoas singulares ou coletivas que sejam entidades empregadoras. A inscrição dos beneficiários é obrigatória e vitalícia permanecendo independentemente dos regimes em cujo âmbito o indivíduo se enquadre ( 4 ). A inscrição das entidades empregadoras é obrigatória, única e definitiva ( 5 ). O enquadramento é o acto administrativo pelo qual a instituição de segurança social competente reconhece, numa situação de facto, a existência dos requisitos materiais legalmente definidos para ser abrangido por um regime de segurança social. Sempre que ocorra em relação à mesma pessoa mais de um enquadramento estes são efetuados por referência ao mesmo NISS. 4 Os impressos de inscrição e enquadramento de Beneficiários, são o Mod. RV 1005 DGSS, o Mod. RV 1000 DGSS e o Mod. RV 1007 DGSS, respetivamente dos Trabalhadores do Regime Geral ( TCO ), de Independentes e do Seguro Social Voluntário. 5 O impresso de inscrição e enquadramento de Entidades Empregadoras é o Mod. RV 1005 DGSS. 17

18 NISS PS Nome António José João Joaquim Passante NISS PS Nome Tipo NISS EE Nome EE Data Início Data Fim Motivo Fim António José João J TCO Padaria Valente Mais António José João J MOE Garagem Corre Bem Mudança António José João J TI António José João J TCO Restaurante Bom Petisco Sem salários António José João J PDSS António José João J ASS Como se vê pelo exemplo o Beneficiário teve vários enquadramentos e mantém dois deles ( TI Trabalhador Independente e TCO Trabalhador por Conta de Outrem ) em aberto, ou seja, com atividade. A relação jurídica contributiva consubstancia se no vínculo de natureza obrigacional que liga ao sistema previdencial: Os trabalhadores e as respetivas entidades empregadoras; Os trabalhadores independentes e quando aplicável as pessoas coletivas e as pessoas singulares com atividade empresarial que com eles contratam; Os beneficiários do regime de seguro social voluntário. A relação jurídica contributiva mantém se mesmo nos casos em que normas especiais determinem a dispensa temporária, total ou parcial, ou a redução do pagamento de contribuições. A obrigação contributiva tem por objeto o pagamento regular de contribuições e de quotizações por parte das pessoas singulares e coletivas que se relacionam com o sistema previdencial de segurança social. As contribuições são da responsabilidade das entidades empregadoras, dos trabalhadores independentes, das entidades contratantes e dos beneficiários do seguro social voluntário, consoante os casos, e as quotizações são da responsabilidade dos trabalhadores, nos termos previstos no presente Código. As contribuições e quotizações destinam-se ao financiamento do sistema previdencial que tem por base uma relação sinalagmática direta entre a obrigação legal de contribuir e o direito às prestações. As contribuições e as quotizações são prestações pecuniárias destinadas à efetivação do direito à segurança social. O montante das contribuições e das quotizações é determinado pela aplicação da taxa contributiva às remunerações que constituem base de incidência contributiva, nos termos previstos no presente Código. Considera-se base de incidência contributiva o montante das remunerações, reais ou convencionais, sobre as quais incidem as taxas contributivas, para efeitos de apuramento do montante das contribuições e das quotizações. 18

19 A taxa contributiva representa um valor em percentagem, determinado actuarialmente em função do custo da protecção das eventualidades, sendo afeta à cobertura das diferentes eventualidades e às políticas ativas de emprego e valorização profissional. A instituição de segurança social competente procede ao registo das remunerações sobre as quais incidiram as contribuições e as quotizações, bem como dos respectivos períodos contributivos. O registo referido constitui a carreira contributiva dos beneficiários ( 6 ) relevante para efeitos de atribuição das prestações. No quadro seguinte registam-se situações de Declarações de Remunerações, que por não se encontrarem validadas ( por motivos diferentes, que têm a ver com a qualificação diferente da mencionada na Declaração de Remunerações ou aplicação de taxas diferentes, número de dias superior a 30, etc... ), são consideradas com erros e determinam faltas na carreira contributiva dos Beneficiários ( 7 ). 6 De registar que no que respeita à Carreira Contributiva aqueles Beneficiários que hoje estão ou se aproximam de estar próximo de uma Reforma ( Normal ou Antecipada ) são do tempo em que as inscrições atribuídas aos Beneficiários tinha a ver com as Caixas de Atividade ou mesmo as Distritais, razão porque em muitos casos os Beneficiários tiveram várias inscrições e nesta fase é importante saber se estão agregadas no mesmo NISS todas estas situações para não ficarem penalizados nas prestações a que têm direito ou terem mais dificuldade em comprovar esse registo de atividade. Sugerese assim um pedido de extrato do período completo. 7 Importante Faz-se lembrar que aquando da entrada em vigor das Novas Declarações de Remunerações ( em 2000 ) se verificaram um número muito avultado de anomalias, que hoje em dia ainda se vão encontrando com alguma frequência (principalmente quando os Beneficiários vão para uma situação de Reforma ), que determinaram erros que não permitem validar essas Declarações de Remunerações e como tal há trabalhadores que em vez de terem 360 dias de trabalho registados num ano, têm apenas 90, 120 ou 150 dias. A normalização destas situações têm que ser providenciadas pelos serviços de Segurança Social, quando detetadas, mas a requerimento do Contribuinte. 19

20 Nele se pode observar que isto pode determinar no futuro diferenças no cômputo dos anos de carreira ( e até de valores a considerar no cálculo ), já que a partir de 1994 é necessária que haja uma densidade contributiva mínima de dias de trabalho ( 120 ) no ano, para se considerar um ano para a taxa de formação Se porventura o beneficiário também tivesse estado em Serviço Militar em zona de perigo, o que lhe conferia ( conforme o caso ) uma Bonificação ( ex: de dois anos ) isso lhe permitia também antecipar 24 meses na data da Reforma ( 8 ). Esta circunstância é ainda mais importante quando se trata de uma Reforma Antecipada (pela via do Desemprego única via que nesta data era possível de antecipação de Reforma ( 9 ) para efeitos de despenalização do fator de antecipação. Numa situação de pedido de Reforma pela via do Desemprego, a contagem dos períodos de carreira contributiva para avaliação dos anos para efeitos de despenalização é feita aos 57 anos de idade e 32 de carreira contributiva, o que no caso em apreço seria de apenas 1 conjunto inteiro de 3 anos ( 32 para 37 ), conforme quadros seguintes. X anos para taxa de formação 39 Antecipação X melhores anos a considerar para cálculo 39 Nº de anos de carreira na situação X anos com remunerações até Desemprego Idade à data do Requerimento X anos com remunerações após Aos 57 anos Limite máximo 12 vezes o I.A.S (419,22) 5.030, Este novo exemplo já conta com 43 anos de carreira ( sendo 40 aos 57 anos de idade ), o que permite a redução de 24 meses na antecipação. X anos para taxa de formação 40 Antecipação X melhores anos a considerar para cálculo 40 Nº de anos de carreira na situação X anos com remunerações até Desemprego X anos com remunerações após Aos 57 anos Idade à data do Requerimento Limite máximo 12 vezes o I.A.S (419,22) 5.030, Isto, enquanto vigorou a possibilidade de antecipação do acesso à idade de reforma, a chamada flexibilização, já que agora isso só se tornou possível aos 65 anos e com mais de 40 anos de carreira ( pelo menos 3 ), dado que em 2016, em termos normais, já são necessários 66 anos e 2 meses para os trabalhadores se reformarem. 9 Ou ainda pelo indicado no Art. 5.º do Dec. Lei n.º 167-E/2013, que altera o D.L. n.º 187/2007 no seu n.º 8 do Art.º 20.º que prevê uma antecipação para os 65 anos ( em vez dos 66 em 2015 ) sempre que o beneficiário tenha naquela idade mais de 40 anos de carreira e por cada ano a mais beneficie de uma redução de 4 meses. Mais recentemente, através do Decreto-Lei n.º 8/2015, de 14 de janeiro, foi publicada uma disposição transitória para o ano de 2015, considerando a possibilidade aos beneficiários com 60 anos de idade e 40 ou mais anos de carreira contributiva poderem aceder à antecipação da idade normal de pensão. Para 2016 prevê-se considerar a flexibilidade, apenas com a ressalva de já ter pelo menos 40 anos de carreira contributiva e 60 de idade, mas já não a antecipação via de Desemprego nas mesmas condições ainda vigentes.. 20

21 Outro novo exemplo é este já com base na nova legislação ( indicada na footnote 9 ), a seguir. X anos para taxa de formação 40 Antecipação Nº de anos de X melhores anos a considerar para cálculo 40 carreira na situação Idade à data do X anos com remunerações até Normal Requerimento X anos com remunerações após Aos 55 anos 5.030,6 Limite máximo 12 vezes o I.A.S ( 419,22 ) Como aos 65 anos já tinha 51 de carreira ( que inclui bonificação por Serviço Militar ), já se podia Reformar em 2015, com esta idade e não os 66 anos em vigor. Já no ano de 2015, com aplicação das alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 8/2015, de 14 de janeiro, voltou a ter direito, uma vez que se manteve a permissa de reduzir 4 meses por cada ano a mais dos 40 anos de carreira contributiva. O registo de remunerações pode efetuar-se por equivalência à entrada de contribuições nos termos legalmente previstos. A equivalência à entrada de contribuições ( art.º 17.º da Lei e art.º 71.º e 72.º do D. Reg. ) é o instituto jurídico que permite manter os efeitos da carreira contributiva dos beneficiários com exercício de atividade que, em consequência da verificação de eventualidades protegidas pelo regime geral, ou da ocorrência de outras situações ( ) consideradas legalmente relevantes, deixem de receber ou vejam diminuídas as respetivas remunerações. Situações relevantes para a equivalência de Contribuições 1 - Sem prejuízo do estabelecido em legislação própria, designadamente nos diplomas que regulam os regimes jurídicos de proteção nas eventualidades, consideram-se equivalentes à entrada de contribuições, durante os períodos em que se verifiquem, as seguintes situações: Incapacidade temporária para o trabalho que dê direito à atribuição de subsídio de doença ou à concessão provisória do mesmo subsídio; Incapacidade temporária ou indisponibilidade para o trabalho que dê direito à atribuição dos subsídios previstos no regime jurídico de proteção na parentalidade; Incapacidade temporária para o trabalho que dê direito à atribuição do subsídio de gravidez a artistas, intérpretes e executantes; Incapacidade temporária absoluta para o trabalho por doença profissional ou por acidente de trabalho que dê direito à atribuição de indemnização; 21

22 Incapacidade temporária parcial para o trabalho por doença profissional ou acidente de trabalho que dê direito à atribuição de indemnização; Desemprego que dê direito à atribuição dos respetivos subsídios, salvo se o seu montante for pago de uma só vez; Cumprimento de serviço militar efetivo decorrente de convocação ou de mobilização e, ainda, de serviço cívico, desde que tenha existido prévio registo de remunerações; Cumprimento de serviço de jurado; Redução de atividade ou suspensão do contrato de trabalho em situação de crise empresarial nos termos do disposto no Código do Trabalho. 2 - Para efeitos do disposto no primeiro item do número anterior são igualmente relevantes os períodos de espera estabelecidos na lei, salvo nas situações respeitantes a trabalhadores independentes. 3 - Há lugar ao registo de remunerações por equivalência à entrada de contribuições sempre que os trabalhadores independentes se encontrem em situação de incapacidade temporária absoluta, com direito a indemnização por acidente de trabalho ou doença profissional Situação similar a período com registo de remunerações Para preenchimento do prazo de garantia, índice de profissionalidade ou para cálculo das prestações pode ainda ser atribuída em legislação própria relevância a períodos em que não houve efetivo exercício de atividade pelo trabalhador e que não consubstanciem o instituto da equivalência à entrada de contribuições. A proteção social conferida pelos regimes do sistema previdencial integra a proteção nas eventualidades ( âmbito material - art.º 19.º da Lei ) de doença ( ), maternidade, paternidade e adoção, desemprego, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte, de acordo com o especificamente regulado para cada eventualidade. O elenco das eventualidades protegidas pode ser reduzido em função de determinadas situações e categorias de beneficiários nos termos e condições previstas no presente Código ou alargado em função da necessidade de dar cobertura a novos riscos sociais. As eventualidades de maternidade, paternidade e adoção são abreviadamente designadas por parentalidade. São condições gerais de acesso à proteção social garantida pelos regimes do sistema previdencial a inscrição e o cumprimento da obrigação contributiva dos trabalhadores, e quando for caso disso, das respetivas entidades empregadoras e dos beneficiários do regime de inscrição facultativa. Nas falsas declarações constitui contraordenação muito grave: 11 Período de concessão ( Art. 23.º do Dec. Lei nº 28/2004 ) O subsídio de doença é concedido pelos períodos máximos de 1095 dias e de 365 dias, consoante se trate, respetivamente, de trabalhadores por conta de outrem ou de trabalhadores independentes 22

23 A utilização de qualquer outro meio de que resulte enquadramento em regime de segurança social sem que se verifiquem as condições legalmente exigidas; A utilização de qualquer outro meio de que resulte a isenção indevida da obrigação de contribuir ou a aplicação de um regime contributivo indevido quer quanto à base de incidência quer quanto às taxas contributivas; A adoção de procedimentos, por ação ou omissão, tendentes à obtenção indevida de prestações. As instituições de segurança social disponibilizam, designadamente no sítio da Internet da segurança social, a cada beneficiário, informação ( ) do que conste, relativamente a cada ano ( ) e em relação a cada mês: O número de dias de trabalho ou situação equivalente e as respetivas remunerações registadas; O número de dias correspondente a remunerações registadas por equivalência à entrada de contribuições. O beneficiário ou terceiro interessado pode apresentar reclamação do registo dos elementos constantes do número anterior nos termos do Código do Procedimento Administrativo. As instituições de segurança social disponibilizam ainda, designadamente no sítio da Internet da segurança social, a cada contribuinte, informação sobre a sua situação contributiva ( 14 ). São obrigados a possuir caixa postal eletrónica, nos termos previstos no serviço público de caixa postal eletrónica ( 15 ): As entidades empregadoras, com exceção das pessoas singulares sem atividade empresarial; As entidades contratantes; 12 O impresso de requerimento de Pedido de Declaração de Pessoa Singular é o Mod. MG 05 DGSS, o qual serve para, entre outras situações: - Identificação no sistema de Segurança Social e respetiva data; - Extrato de registo de Remunerações do período de... a...; - Inexistência de identificação no sistema de Segurança Social; - Titular de prestação de segurança social ( ex. Desemprego, Doença, etc... ). 13 Esta é uma das situações que tem a ver com o que se tratou no ponto 4, designadamente na página 13, relativamente aos períodos de meses em falta em determinados anos, na Carreira Contributiva do Beneficiário, designadamente nos anos de 2001 a 2003, por força da alteração das comunicações por Folhas para Declarações de Remunerações 14 Esta é outra das situações em que nem sempre as informações prestadas por Certidões emitidas on-line, correspondem à realidade, levando muitos Contribuintes a ter que se dirigir aos Serviços Informativos para clarificar a situação existente. 15 O Art. 23.º-A foi aditado ao Código pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro. 23

24 A todos os trabalhadores independentes enquadrados neste regime e não apenas aos que tionham uma base de incidência fixada igual ou superior ao 3.º escalão ( 16 ). O pagamento das contribuições das Entidades Empregadoras e Entidades Contratantes é feito, por regra Via Homebanking Instituição Bancária CGD MILLENIUM BCP BPI SANTANDER TOTTA BANCO BEST NOVO BANCO MONTEPIO CCCAM BBVA BARCLAYS BANIF CAM LEIRIA CAM OLIVEIRA DE AZEMEIS CAM VILA FRANCA de XIRA CAM TORRES VEDRAS CAM BOMBARRAL CAM MAFRA CAM PINHAL CAM CHAMUSCA Internet - Pagamento TSU Caixa e-banking:transferências e Pagamentos \Pagamentos\Taxa Social Única Home Empresas: Operações bancárias\pagamentos ao Estado\Segurança Social opções: Empresas TSU BPI net empresas: Operações\Pagamentos\PagamentosTSU NET Empresas: Pagamentos\Pagamento de Serviços\Pagamentos ao Estado\Pagamentos à Segurança Social por entidades Patronais Gestão Diária\Pagamentos e Carregamentos\Taxa Social Única Nbnetwork Empresas: Pagamentos Nacionais\Setor Público\Taxa Social Única Montepio Net24: Pagamentos\Estado e Setor Público\Pagamentos Seg. social\ TSU - Taxa social Única Crédito Agrícola On-line: Pagamentos/Carregamentos\Estado e Setor Público\Pagamento TSU - Taxa Social Única BBVANETC@SH: Pagamento\ Segurança Social (TSU) Net Business\Pagamentos\Pagamentos Segurança Social\TSU Banif@ast: Pagamentos\Estado/Setor Público\Taxa social Única Homebanking - Pagamentos \Estado e Setor Público\Segurança Social\Taxa Social Única Crédito Agrícola On-line: Pagamentos/Carregamentos\Estado e Setor Público\Pagamento TSU - Taxa Social Única Crédito Agrícola On-line: Pagamentos/Carregamentos\Estado e Setor Público\Pagamentos à Segurança Social Pagamentos\Segurança social/ Pagamento TSU cc@mbonline: Pagamentos\Seg. Social Ent. Pat\Pagamento TSU net.cccammafra: Pagamentos\Segurança Social Ent. Patronal\Pagamentos TSU Crédito Agrícola On-line: Pagamentos\Carregamentos\Estado e Setor Público \Pagamentos à Segurança Social NetContas: Pagamentos\Seg. Social Ent Pat\Pagamentos TSU 16 Alteração ao Código pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro 24

25 BANCO POPULAR BANCO BIC Banca online: Operações correntes\pagamentos\taxa Social Única Pagamentos de Serviços\Pag. Seg. Social p/entidades Patronais O regime da obrigação aqui prevista é regulamentado em diploma próprio. A nova disposição sobre comunicação e entrega das Declarações de Remunerações, trás desde logo duas novas referências a seguir indicadas: Representatividade A relação de representação é o reconhecimento pela Segurança Social de uma autorização dada, de forma explicita, por uma Entidade a outra Entidade, ambas utilizadoras da Segurança Social Direta, para a segunda ( a Representante ) efetuar. Em nome da primeira ( a Representada ), ações específicas junto da Segurança Social, através da Segurança Social Direta. Estas relações carecem de autorização e concordância do Representante para se estabelecerem, sendo limitadas à finalidade que abrangem e ao respetivo período de aplicabilidade. Novo pedido de representação Para fazer um pedido de representação, a Entidade representada deve enviar o pedido de representação através das opções disponíveis para o efeito na Segurança Social Direta, identificar o seu Representante, o período da representação e as respetivas ações que pretende delegar no mesmo Após receber esse pedido, o representante deve aceitá-lo para que passe a ser válido. A relação de representação termina no final do período de representação indicado, no entanto pode ser unilateralmente denunciada, por qualquer uma das partes, a qualquer momento. 25

26 26

27 5. REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL No âmbito dos regimes contributivos do sistema previdencial, vamos abordar as seguintes áreas principais: Regime geral dos trabalhadores por conta de outrem; Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas; Regime aplicável às situações equiparadas a trabalho por conta de outrem; Regime dos trabalhadores independentes ; Regime de seguro social voluntário REGIME GERAL DOS TRABALHADORES POR CONTA DE OUTREM Âmbito São abrangidos pelo regime geral, com carácter de obrigatoriedade, os trabalhadores que exercem atividade profissional remunerada ao abrigo de contrato de trabalho nos termos do disposto no Código do Trabalho, e bem assim as Pessoas Singulares equiparadas a TCO para efeitos da relação jurídica com a Segurança Social Nas alterações introduzidas no Regime Geral visa-se essencialmente, a simplificação do cumprimento da obrigação contributiva, a aproximação da proteção social dos Trabalhadores ao seu rendimento real e bem assim a adequação do esforço contributivo com base no custo dessa proteção social e finalmente promover também relações laborais estáveis. Consideram-se, em especial, também abrangidos pelo regime geral: Os trabalhadores destacados sem prejuízo do disposto em legislação própria e em instrumentos internacionais a que Portugal se encontre vinculado; Os trabalhadores que exercem a respetiva atividade em estabelecimentos de turismo rural, turismo de habitação e agroturismo; Os trabalhadores que prestam serviço de limpeza em prédios em regime de propriedade horizontal. Neste amplo conjunto incluem-se por exemplo: Todos os trabalhadores vinculados a uma entidade empregadora por Contrato Trabalho ou equiparado; Sócios trabalhadores remunerados e subordinados à administração; Gerentes comerciais; Trabalhadores da Administração pública contratados; 27

28 Técnicos e gestores eleitos ou requisitados; Praticantes Desportivos Profissionais; Docentes do ensino particular e cooperativo; Membros das Igrejas, Associações e Confissões Religiosas; Pescadores ( pesca Local e Costeira ); Militares ( Voluntários e de Contrato ); Formandos; Trabalhadores no domicílio; Trabalhadores do Serviço Doméstico; São excluídos do âmbito de aplicação do regime geral, os trabalhadores abrangidos pelo regime de proteção social convergente dos trabalhadores que exercem funções públicas ou que nos termos da lei tenham optado pelo regime de proteção social pelo qual estão abrangidos, desde que este seja de inscrição obrigatória. A exclusão respeita exclusivamente à atividade profissional que determina a inscrição nos regimes de proteção social de inscrição obrigatória. É nulo o enquadramento de trabalhadores que tenha resultado de falsas declarações prestadas pelo contribuinte, nomeadamente por não ser verdadeira a relação laboral comunicada, conforme alteração ao Código pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro. As pessoas singulares ou coletivas que beneficiem da atividade dos trabalhadores são abrangidas pelo regime geral dos trabalhadores por conta de outrem na qualidade de entidades empregadoras, independentemente da sua natureza e das finalidades que prossigam. Para efeitos do disposto no presente Código as empresas de trabalho temporário são consideradas entidades empregadoras dos trabalhadores temporários. O fim não lucrativo das entidades empregadoras, qualquer que seja a sua natureza jurídica, não as exclui do âmbito de aplicação do presente Código. 28

29 Relação Jurídica de Vinculação A admissão dos trabalhadores é obrigatoriamente comunicada, pelas entidades empregadoras à instituição de segurança social competente, no sítio da Internet da Segurança Social ( 17 ), com exceção dos trabalhadores do serviço doméstico, em que aquela pode ser efetuada através de qualquer meio escrito ( 18 ), e deve ser efetuada: Nasao início da produção de efeitos do contrato de trabalho ( 19 ) ; Nas ao início da atividade sempre que, por razões excecionais e devidamente fundamentadas, ligadas à celebração de contratos de trabalho de muito curta duração ou à prestação de trabalho por turnos a comunicação não possa ser efetuada no prazo previsto no item anterior Com a comunicação, a entidade empregadora declara à instituição de segurança social o NISS, se o houver, se o contrato de trabalho é a termo resolutivo ou sem termo e os demais elementos necessários ao enquadramento do trabalhador ( 20 ). Sem prejuízo de incorrer em contraordenação, na falta de cumprimento da obrigação de comunicação, presume-se que o trabalhador iniciou a prestação de trabalho ao serviço da entidade empregadora faltosa no 1.º dia do 6.º mês anterior ao da verificação do incumprimento ( 21 ). Na falta da comunicação da admissão do trabalhador no caso de o mesmo se encontrar a receber prestações de doença ou de desemprego, presume-se que a prestação de trabalho teve início na data em que começaram a ser concedidas as referidas prestações, sendo a entidade empregadora solidariamente responsável pela devolução da totalidade dos montantes indevidamente recebidos pelo trabalhador. 17 Competência para proceder à inscrição e enquadramento 1 - A entidade de segurança social competente para proceder à inscrição das entidades empregadora é, salvo competência especial das caixas sindicais de previdência: a) O Instituto da Segurança Social, I. P., se o local de trabalho for no território continental; b) O Centro de Segurança Social da Madeira, se o local de trabalho for na Região Autónoma da Madeira; c) O Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores, se o local de trabalho for na Região Autónoma dos Açores. 2 - Para efeitos de aplicação do artigo 282.º do Código, compete ao Instituto da Segurança Social, I. P., proceder à inscrição e enquadramento dos trabalhadores não residentes em Portugal. 18 Comunição ( quando em papel também ) através do Modelo RV 1009/2011 DGSS e pode ser comunicada também através de Fax, por carta ou entregue nos próprios Serviços Informativos ou Lojas do Cidadão. 19 A legislação vigente nesta matéria foi alterada pelo Dec. Lei n.º 72/2010, de 18 de Junho, que veio alterar o Dec. Lei n.º 124/84, de 18 de Abril, designadamente no n.º 2 e 4 do seu Art.º 2º. 20 Tratando-se de Trabalhador Estrangeiro, a Entidade Empregadora, para além dos elementos referenciados, exige os documentos considerados necessários de acordo com a legislação que regula a entrada, permanência e afastamento de estrangeiros de território nacional. O impresso próprio é o Mod. RV 1006/2011 DGSS - Folha complementar. 21 Caso o Trabalhador não esteja identificado, no sistema da Segurança Social, é-lhe oficiosamente atribuído um número de identificação NISS, com base nos elementos existentes. 29

30 Esta presunção é ilidível por prova de que resulte a data em que teve, efetivamente, início a prestação de trabalho. A violação do disposto nos 3 itens inicias constitui contraordenação leve quando seja cumprida nas vinte e quatro horas subsequentes ao termo do prazo e constitui contraordenação grave nas demais situações. O incumprimento do Trabalhador determina a irrelevância dos períodos para efeitos de acesso ou mesmo de cálculo das prestações sociais. De igual modo se não for cumprida a obrigação de comunicação da natureza de contrato é em relação a esse trabalhador aplicada a taxa contributiva mais elevada. Após o cumprimento da comunicação, pelas entidades empregadoras, a instituição de segurança social competente procede à inscrição dos trabalhadores que não se encontrem já inscritos. A inscrição reporta-se à data do início do exercício de atividade profissional. A entidade empregadora é obrigada a declarar ( 22 ) à instituição de segurança social competente a cessação, a suspensão do contrato de trabalho e o motivo que lhes deu origem, bem como a alteração da modalidade de contrato de trabalho ( 23 ). Sem prejuízo da aplicação de contra-ordenação, enquanto não for cumprido o disposto da comunicação, presume-se a existência da relação laboral, mantendo-se a obrigação contributiva. Sequencialmente é efetuado o enquadramento ( 24 ), o qual se reporta também à data do início do exercício da atividade profissional, conforme exemplo que já se deu e aqui assinalado nestas duas vertentes. 22 Até ao dia 10 do mês seguinte ao da sua ocorrência em que, nos casos de Pessoas Singulares com apenas um trabalhador ao serviço, pode ser feito em formulário próprio ( Modelo RV 1011/2011 DGSS ). 23 O impresso de requerimento de Alteração de Morada é o Mod. MG 02 DGSS. 24 O enquadramento pode ser feito também por um Familiar, em caso de impedimento do Trabalhador. Antigamente a inscrição e o enquadramento, constituíam a mesma situação, já que só se efetivava a inscrição quando havia de facto um exercício de atividade. Depois, tudo se alterou com a atribuição do NISS, desde logo com o requerimento do Abono, pelo Nascimento dos Filhos ou da atribuição do Rendimento Mínimo e a constituição do Agregado Familiar, independentemente da existência ou não de uma atividade. No que respeita ao enquadramento e como se regista no exemplo atrás indicado, ele pode coexistir simultaneamente em tantas quantas as situações que um Trabalhador tenha, ressalvando apenas a questão do Seguro Social Voluntário, situação que não permite um enquadramento em simultâneo. 30

31 NISS PS Nome António José João Joaquim Passante NISS PS Nome Tipo NISS EE Nome EE António José João J António José João J António José João J António José João J António José João J António José João J TCO Padaria Valente Mais MOE Garagem Corre Bem TI TCO PDS S ASS Restaurante Bom Petisco Data Início Data Fim Motivo Fim Mudança Sem salários Os trabalhadores abrangidos pelo regime geral devem declarar ( 25 ) à instituição de segurança social competente o início de atividade profissional ou a sua vinculação a uma nova entidade empregadora e a duração do contrato de trabalho, para que haja relevância dos períodos de atividade profissional não declarados. A inscrição das pessoas coletivas é feita oficiosamente na data da sua constituição sempre que esta obedeça ao regime especial de constituição imediata de sociedades e associações ou ao regime especial de constituição online de sociedades e bem assim das representações permanentes em Portugal de entidades estrangeiras ( 26 ) e pode ainda ser feita, com base em acções de fiscalização, no que respeita a Entidades irregularmente constituídas que tenham Trabalhadores ao seu serviço. Quando estas inscrições de pessoas coletivas e de representações permanentes de entidades estrangeiras, não sejam efetuadas nos termos acima previstos, bem como a das pessoas singulares, que beneficiam da actividade profissional de terceiros, prestada em regime de contrato de trabalho, é feita oficiosamente na data da participação de início do exercício de atividade, ou no caso das Pessoas Singulares pode ser feita ainda na data da admissão do primeiro As entidades empregadoras devem comunicar obrigatoriamente à instituição de segurança social competente a alteração de quaisquer dos elementos relativos à sua identificação, incluindo os relativos aos estabelecimentos, bem como o início, suspensão ou cessação de atividade ( 27 ) bem como a alteração da modalidade ( 28 )de contrato de trabalho. 25 A comunicação deve ser feita entre a data da celebração do contrato e o final do 2.º dia da prestação de trabalho, podendo esta ser apresentada em conjunto com a declaração da Entidade Empregadora. A declaração referida no número anterior determina, para efeitos de acesso ou de cálculo das prestações de segurança social, a relevância dos períodos de atividade profissional não declarados que sejam anteriores ao período de tempo previsto ( seis meses anteriores à data ) quando se verifique que: a) Não tenha sido efetuada a comunicação prevista ( 24 horas antes do início atividade ); b) Não tenha dado entrada a correspondente declaração de remunerações 26 Art.º 5.º do Dec. Lei n.º 64/93, de 05/03 27 A cessação, suspensão do contrato de trabalho e respetivo motivo até ao dia 10 do mês seguinte ao da sua ocorrência, através do formulário Comunicação de Admissão de trabalhador/ Início de atividade de trabalhador/ Vínculo a nova entidade empregadora/ Cessação/ Suspensão da atividade do trabalhador, Mod. RV1009-DGSS. 28 A alteração da modalidade do contrato de trabalho deve ser entregue até ao dia 10 do mês seguinte ao da sua ocorrência. 31

32 Estas comunicações consideram-se cumpridas sempre que sejam do conhecimento oficioso do sistema de segurança social. Sempre que os elementos referidos acima não possam ser obtidos oficiosamente ou suscitem dúvidas, são as entidades empregadoras notificadas para, no prazo de 10 dias úteis ( 29 ), os apresentarem à instituição de segurança social competente, ficando sujeito a uma contraordenação Constitui contraordenação leve a violação deste dispositivo ( comunicação dos elementos de registo atrás citados ). No entanto, se a documentação entregue para efeitos de inscrição/enquadramento não estiver completa, a Entidade tem um prazo de 90 dias após o registo no serviço do Registo Nacional de Pessoas Coletivas. Qualquer alteração aos elementos de registo de uma Entidade ou a própria Cessação tem um prazo de 10 dias úteis após a verificação dos factos, para o fazer ( 30 ). Em termos normais as inscrições das Pessoas Coletivas eram consideradas desde logo nos serviços informativos dos Centros Distritais de Segurança Social, e dos registos constariam os seguintes elementos preenchendo o modelo RV 1011/2011 DGSS : Razão social e Nome comercial ; Morada (codificada para efeitos de identificação do respetivo bairro fiscal ou Repartição de Finanças); Código de atividade exercida; Data de início de atividade declarada nas Finanças; Data de entrada do Boletim de Identificação de Contribuinte e restante documentação; Morada para correspondência; Tipo de contribuinte (com ou sem fins lucrativos); Natureza do contribuinte (regime geral c/ ou s/ fins lucrativos, clero e associações religiosas, agrícolas diferenciados e indiferenciados, pesca artesanal ); Postos ( taxas-percentagens de contribuições a que os contribuintes estão sujeitos sempre que houver lugar ao pagamento das mesmas ); Data à qual se reportam aquelas contribuições; NIF Número de Identificação Fiscal ou NIPC - Número de Identificação de Pessoa Coletiva ou ainda Empresário em nome individual ou singular; Fundamento de inscrição (documento que serviu de base àquela inscrição); Estatuto jurídico e Forma jurídica; 29 Designadamente no que se refere ao enquadramento dos MOE S e Trabalhadores estrangeiros. 30 O Dec. Lei nº. 121/2007, de 25 de Janeiro, veio indicar que para os Trabalhadores Independentes passam a ser comunicadas oficiosamente as situações de participação de início, suspensão ou cessação de atividade, sendo que com as necessárias adaptações, o mesmo tratamento se deverá aplicar às demais entidades contribuintes, designadamente as situações previstas no Dec. Lei nº. 8-B/2002, de 15 de Janeiro. Com efeitos a partir de 1 de Março de

33 Situação contributiva ( obrigatoriedade ou não de pagamento de contribuições, designadamente em relação aos MOE s ). Conforme a natureza jurídica da Empresa que se apresenta para inscrição/enquadramento assim eram exigidos determinado número de documentos, como exemplo o que se indica no quadro seguinte. Natureza Jurídica Documentos a apresentar Cartão de Contribuinte de pessoa coletiva; Escritura de constituição; Declaração de início de atividade nas Finanças; Sociedades por Quotas (Lda.) Sociedades Anónimas (S.A.) Modelos 22 do IRC ( caso seja necessário ); Acta(s) de nomeação dos órgãos estatutários e a sua situação quanto à forma de remuneração; Declaração de vínculo a um regime de Segurança Social Obrigatório, se não remunerados; Fotocópia do cartão de contribuinte fiscal de pessoa singular e B.I. s dos MOE s. As Sociedades Unipessoais têm igual enquadramento no Regime Geral que as outras Sociedades conforme estipula o Dec. Lei nº 275/96, de 31 de Dezembro ( 31 ). O livro de atas onde conste a ata da deliberação que nomeou os Membros dos Órgãos Estatutários e indicando se é com ou sem remuneração, deve ser sempre apresentado no ato de inscrição, sempre que esta situação não esteja definida no pacto social. De há muito tempo a esta parte, com a aplicação do Programa SIMPLEX 2006, já é possível agilizar mais os procedimentos e concluir os processos mais rapidamente. O mesmo acontece com a aplicação do Empresa na Hora ( 32 ) e Empresa on-line ( 33 ), se bem que aqui é considerada a inscrição oficiosamente, mas em caso de falta de elementos, as entidades empregadoras obrigam-se a uma série de procedimentos que depois ainda têm de ser feitos junto dos balcões da Segurança Social, até à identificação completa dos dados necessários. 31 Com posterior esclarecimento pela circular nº 8, de 13 de Maio da DGRSS. Não têm enquadramento neste Regime, mas sim no dos Trabalhadores Independentes, as Sociedades Unipessoais, de Transparência fiscal. 32 Através da Medida 59 do Simplex. 33 Dec. Lei n.º 111/2005, de 08 de Julho e Dec. Lei n.º 125/2006, de 29 de Junho, respetivamente. 33

34 A inscrição e o enquadramento dos trabalhadores por conta de outrem compete aos serviços do ISS, I. P., ou aos serviços da segurança social das Regiões Autónomas em cujo âmbito territorial se situe a sede ou o estabelecimento da entidade empregadora, sem prejuízo do estabelecido quanto ao âmbito pessoal de caixas de previdência social. A inscrição e o enquadramento dos trabalhadores independentes e dos beneficiários do seguro social voluntário compete aos serviços do ISS, I. P., ou aos serviços da segurança social das Regiões Autónomas em cujo âmbito territorial se situe a residência do trabalhador, sem prejuízo do estabelecido quanto ao âmbito pessoal de caixas de previdência social Relação Jurídica Contributiva A obrigação contributiva constitui-se com o início do exercício de atividade profissional pelos trabalhadores ao serviço das entidades empregadoras. A obrigação contributiva das entidades contribuintes compreende a declaração em relação a cada um dos trabalhadores ao seu serviço, dos tempos de trabalho, do valor das remunerações devidas aos trabalhadores e o pagamento das contribuições e das quotizações, de acordo com a taxa contributiva aplicável. A obrigação contributiva vence-se no último dia de cada mês do calendário. As entidades empregadoras, para efeitos de segurança social, são consideradas entidades contribuintes. A declaração atrás prevista deve ser efetuada até ao dia 10 do mês seguinte àquele a que diga respeito. Sem prejuízo do disposto nos termos do Código do Procedimento Administrativo, a falta ou a insuficiência das declarações previstas nos itens anteriores podem ser supridas oficiosamente pela instituição de segurança social competente designadamente por recurso aos dados de que disponha no seu sistema de informação, no sistema de informação fiscal ou decorrente de ação de fiscalização. O suprimento oficioso das declarações previstas nos itens anteriores é notificado à entidade contribuinte nos termos do disposto no Código do Procedimento Administrativo. A não inclusão de trabalhador na declaração de remunerações constitui contra-ordenação muito grave ( coima mínima ver quadro no ponto ). Sem prejuízo do disposto no item anterior, as violações ( falta ou insuficiência das declarações e entrega fora de prazo ) constitui contraordenação leve quando seja cumprida nos 30 dias subsequentes ao termo do prazo e constitui contraordenação grave nas demais situações ( respetivamente coima mínima de 75 e ver quadro no ponto ). A declaração de remunerações é apresentada obrigatoriamente por transmissão eletrónica de dados ( 34 ), através do sítio na Internet da segurança social 34 A Declaração de Remunerações dos Trabalhadores Independentes e do Seguro Social Voluntário, é representada pelo próprio pagamento das contribuições que dará lugar ao respetivo registo de remunerações. 34

35 A não utilização dos suportes previstos nos números anteriores, determina a rejeição da declaração por parte dos serviços competentes, considerando-se a declaração como não entregue ( 35 ). Os tempos de trabalho são sempre declarados em dias, quer a atividade seja prestada a tempo parcial ( 36 ) ou a tempo completo ( 30 dias ). As declarações de remunerações ( 37 ) devem ser autónomas: Sempre que existe mais do que um estabelecimento, devem ser incluídos na Declaração Remunerações, os trabalhadores que integram cada estabelecimento; Devem entregar uma Declaração de Remunerações por cada taxa contributiva (não devem ser incluídos na mesma Declaração de Remunerações trabalhadores com taxas diferentes); Por mês de referência a que se referem as remunerações declaradas. As actualizações e acertos de remunerações, comissões, gratificações, prémios e bónus referentes a mais do que um mês, são declarados no mês em que forem pagos e reportamse aos meses de referência a que respeitam. Se houver um erro no preenchimento das declarações de remunerações, as entidades empregadoras podem corrigir ( 38 ) os seus elementos, na declaração de remunerações no mês seguinte, com a referência ao mês a que as correções respeitam. Se não corrigir o erro dentro desse prazo, só poderá ser corrigido através de declaração de remuneração autónoma, sendo no entanto, considerada como entregue fora de prazo. Se pretender anular ou corrigir totalmente a declaração de remunerações, deve requerer ao serviço de segurança social competente ( o que abrange a área da sede da empresa ), apresentando prova que fundamente a anulação ou a correção total da declaração de remunerações. A declaração de remunerações referente aos honorários ( pagamentos pelos serviços prestados ) dos trabalhadores em regime de acumulação, deve ser feita autonomamente sempre que, sejam prestados para outra entidade empregadora diferente, mas que pertença ao mesmo grupo empresarial. As entidades contribuintes são responsáveis pelo pagamento das contribuições e das quotizações ( 39 ) dos trabalhadores ao seu serviço. 35 Este item, assim como a footnote anterior foram alterações consideradas na redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro. 36 Por força de uma situação de início, cessação ou suspensão de atividade ou ainda quando se trate de trabalho a tempo parcial, resultante de situações de Contrato de Trabalho de Muito Curta Duração ou de Trabalho Intermitente, situação em que os tempos em dias são convertidos por múltiplos de 6 horas. 37 As Declarações de Remunerações devem ser apresentadas no sítio da Internet da Segurança Social ( salvo as exceções identificadas ), através de Modelo próprio RC 3008/2011 DGSS. 38 Se se tratar de uma Declaração rejeitada, por não obedecer aos requisitos do art.º 13.º, do código ( montante das Contribuições e Cotizações ) a entidade Empregadora deve corrigir essa situação no prazo de 5 dias a contar da data da receção da comunicação que a Segurança Social lhe faz, alertando-a para o erro. 39 Por definição de Contribuições é tido como a parte da Contribuição Global que cabe à responsabilidade da Entidade Empregadora ( Pessoa Coletiva ou Pessoa Singular ), que se tomarmos como exemplo o Regime Geral dos TCO s, será de 23,75%, enquanto por outro lado as Quotizações ( ou Cotizações, conforme se queira ) são a parte da responsabilidade do 35

36 Aquelas descontam nas remunerações dos trabalhadores ao seu serviço o valor das quotizações por estes devidas e remetem-no, juntamente com o da sua própria contribuição, à instituição de segurança social competente. Sem prejuízo do disposto no Regime Geral das Infrações Tributárias, a violação destes requisitos constitui contra-ordenação leve quando seja cumprida nos 30 dias subsequentes ao termo do prazo e constitui contra-ordenação grave nas demais situações ( ver quadro no ponto ).. O pagamento das contribuições e das quotizações é mensal e é efetuado do dia 10 até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que as contribuições e as quotizações dizem respeito Base de Incidência Contributiva Para a determinação do montante das contribuições das entidades empregadoras e das quotizações dos trabalhadores, considera-se base de incidência contributiva a remuneração ilíquida devida em função do exercício da atividade profissional ou decorrente da cessação do contrato de trabalho nos termos do presente Código. Isto não prejudica a fixação de bases de incidência convencionais ( 40 ) ou a sua sujeição a limites mínimos ou máximos. As bases de incidência convencionais são fixadas por referência ao valor do indexante dos apoios sociais (IAS) e a atualização desta base de incidência produz efeitos a partir do 1.º dia do mês seguinte ao da publicação do diploma que concretize a atualização do IAS. Para efeitos de delimitação da base de incidência contributiva consideram-se remunerações as prestações pecuniárias ou em espécie que nos termos do contrato de trabalho, das normas que o regem ou dos usos são devidas pelas entidades empregadoras aos trabalhadores como contrapartida do seu trabalho. Integram a base de incidência contributiva, designadamente, as seguintes prestações cujas Remunerações estão sujeitas a descontos para a segurança social na sua totalidade (Art.º 46.º da Lei ): A remuneração base, em dinheiro ou em espécie ( alínea a) ); As diuturnidades e outros valores estabelecidos em função da antiguidade dos trabalhadores ao serviço da respetiva entidade empregadora ( alínea b) ); As comissões, os bónus e outras prestações de natureza análoga (alínea c) ); Os prémios de rendimento, de produtividade, de assiduidade, de cobrança, de condução, de economia e outros de natureza análoga que tenham carácter de regularidade ( 41 ) ( alínea d) ); Trabalhador no valor de 11%, o que vai assim perfazer a Contribuição Global de 34,75%, cuja responsabilidade de entrega na Segurança Social cabe à Entidade Empregadora. De registar que quer no caso dos Trabalhadores Independentes, quer dos Trabalhadores do Seguro Social Voluntário, apenas se considera as Contribuições que é um pagamento global. 40 Quando esta não corresponde de facto à remuneração real do trabalhador, sendo fixadas com base no valor do IAS ( Indexante dos Apoios Sociais ), que foi definido pelo Dec. Lei n.º 53-B/2006, de 29/12, e que para o ano de 2011 se situa ainda nos 419,22, o mesmo valor que foi fixado pelo Dec. Lei n.º 323/2009, de 24/12, e o manteve até agora. 36

37 A remuneração pela prestação de trabalho suplementar( alínea e) ); A remuneração por trabalho noturno [ alínea f) ( 42 )]; A remuneração correspondente ao período de férias a que o trabalhador tenha direito ( alínea g) ); Os subsídios de Natal, de Férias, de Páscoa e outros de natureza análoga (alínea h) ); Os subsídios por penosidade, perigo ou outras condições especiais de prestação de trabalho ( alínea i) ); Os subsídios de compensação por isenção de horário de trabalho ou situações equiparadas ( alínea j) ); Os valores dos subsídios de refeição, quer sejam atribuídos em dinheiro, quer em títulos de refeição ( 43 ) ( alínea l) ); Os subsídios de residência, de renda de casa e outros de natureza análoga, que tenham carácter de regularidade ( alínea m) ); As gratificações ( 44 ), pelo valor total atribuído, devidas por força do contrato ou das normas que o regem ou dos usos, como contrapartida de trabalho, ainda que a sua atribuição esteja condicionada aos bons serviços dos trabalhadores bem como as que pela sua importância e carácter regular (alínea o) ); Os valores correspondentes às retribuições a cujo recebimento os trabalhadores não tenham direito, consequência de sanção disciplinar [ alínea u) ( 45 )]; As prestações a seguir assinaladas estiveram sujeitas a incidência contributiva, com ajustamento progressivo, com início em 2011 e até A integração na base de incidência contributiva destas prestações, fez-se nos seguintes termos: 33 % do valor no ano de 2011; 66 % do valor no ano de 2012; 100 % do valor a partir do ano de ( 46 ) 41 É exemplo disso o direito do trabalhador pré-estabelecido, independentemente da frequência com que é pago. 42 A remuneração por trabalho noturno ( acréscimo à retribuição a que dá direito trabalho equivalente durante o dia) 43 Por exemplo o que for acima de 4,27, se for em dinheiro ou 6,83, se for em tickets ( vales ou senhas ), deixou de haver aquela majoração de 50% e mais recente de 20% face aos valores originais da Função Pública. 44 As gratificações de Balanço, só serão de considerar ( e neste caso ao abrigo da alínea aa) ), se de facto não forem consideradas como uma liberalidade, estando previstas quer nos contratos, quer regulamentos ou normas das Empresas e revistam um caracter de regularidade. 45 Aplica-se a base de incidência contributiva sobre as remunerações correspondentes ao período de suspensão. 46 Esta situação sofreu naturalmente um ajustamento quer no tempo quer na percentagem, face à suspensão da entrada em vigor do presente Código n.º 2 do art.º 6.º da Lei n.º 119/2009, de 30 de Dezembro. 37

38 Os valores efetivamente devidos a título de despesas de representação desde que se encontrem pré-determinados e dos quais não tenham sido prestadas contas até ao termo do exercício ( 47 ) ( alínea n) ); As despesas resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador de viatura automóvel que gere encargos para a entidade empregadora, nos termos adiante indicados ( 48 ) ( alínea s) ( art.º 46.º A Aditamento pelo art.º 70.º do O.E ); As despesas de transporte, pecuniárias ou não, suportadas pela entidade empregadora para custear as deslocações em benefício dos trabalhadores ( alínea t) ); As importâncias atribuídas a título de ajudas de custo, abonos de viagem, despesas de transporte e outras equivalentes, na parte em que excedam os limites legais ou quando não sejam observados os pressupostos da sua atribuição aos servidores do Estado ( 50 ) ( alínea p) ); 47 São consideradas como despesas de representação, por exemplo, os encargos que digam respeito a, refeições, viagens, despesas de receções, passeios ou espetáculos oferecidos a clientes, fornecedores ou outras Pessoas ou Entidades. Exemplo : Se o trabalhador não provar ter gasto a trabalhar 740,26 que recebeu para o efeito de despesas de representação, mas apenas provar ter gasto 450,00, então, considera-se que os restantes 290,26, são considerados como um valor de remuneração do trabalhador e deve ser sujeito a descontos para a Segurança Social (por regra seria no mês de Dezembro, no final do exercício, que seria apresentado este valor ). 48 Para efeitos desta rúbrica ( disposto na alínea s) do n.º 2 do Art.º 46.º e n.º 1 do Art.º 46-A ), considera-se que a viatura é para uso pessoal sempre que tal se encontre previsto em acordo escrito entre o trabalhador e a entidade empregadora do qual conste: a) A afetação, em permanência, ao trabalhador, de uma viatura automóvel concreta; b) Que os encargos com a viatura e com a sua utilização sejam integralmente suportados pela entidade empregadora; c) Menção expressa da possibilidade de utilização para fins pessoais ou da possibilidade de utilização durante 24 horas por dia e o trabalhador não se encontre sob o regime de isenção de horário de trabalho. Considera-se ainda que a viatura é para uso pessoal sempre que no acordo escrito seja afeta ao trabalhador, em permanência, viatura automóvel concreta, com expressa possibilidade de utilização nos dias de descanso semanal. Nos casos previstos no item anterior, esta componente não constitui base de incidência nos meses em que o trabalhador preste trabalho suplementar em pelo menos dois dos dias de descanso semanal obrigatório ou em quatro dias de descanso semanal brigatório ou complementar. O valor sujeito a incidência contributiva corresponde a 0,75% do custo de aquisição da viatura. Exemplo: Uma viatura com o custo de aquisição de , 00, o valor a descontar seria de 135,00 ( ou seja , 00 X 0,75% = 135,00 ). No entanto como em 2011 apenas se descontam 33%, o valor a considerar seria de 44, Estas situações são mais identificadas com as deslocações de casa emprego e emprego casa. 50 Tratando-se de uma situação normal ( TCO s ) será sujeita a valores acima de 50,20 por deslocações em Portugal ou de 89,35 se for no Estrangeiro ou então numa situação extraordinária ( MOE s ), será de valores acima de 69,19 por deslocações em Portugal ou de 100,24 se for no Estrangeiro. O Dec. Lei n.º 137/2010, de 28 de Dezembro, considerou estes valores, para Membros do Governo e para Funcionários superiores, tendo os mesmos sido ajustados à situação da Segurança Social. 38

39 Os abonos para falhas ( 51 ) ( alínea q) ); Compensação por cessação do contrato de trabalho por acordo, apenas nas situações com direito a prestações de desemprego ( 52 ) ( alínea v) ); As importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço da entidade empregadora ( 53 ) ( alínea z) ). De todas as rúbricas atrás indicadas as das alíneas l), q), u), v), z) e bb), estão sujeitas a incidência contributiva nos mesmos termos previstos no Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares. Neste sentido também as alíneas p), q), v) e z), relativamente ao limite previsto, este pode ser acrescido até 50%, desde que esse acréscimo resulte da aplicação, de forma geral ( 54 ) por parte da Entidade Empregadora, de Instrumento de Regulação Coletiva de Trabalho ( art.º 32.º do D.Reg e Declaração Rectificativa n.º 11/2014, de 24 de Fevereiro ). As remunerações seguintes são sujeitas a descontos para a segurança social só após regulamentação, a qual deverá ser precedida de avaliação efectuada em reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, com indicação de que nunca seria antes de 1 de Janeiro de Os montantes atribuídos aos trabalhadores a título de participação nos lucros da empresa, desde que ao trabalhador não esteja assegurada pelo contrato uma remuneração certa, variável ou mista adequada ao seu trabalho ( 55 ) ( alínea r) ); Esta é a nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro. 51 No caso dos abonos para falhas ( só na parte que ultrapasse 5% do valor da remuneração mensal fixa, fica sujeito a desconto). Exemplo: Um Trabalhador em serviço de tesouraria recebe 800,00 por mês e abono para falhas no valor de 150,00. Deste modo os 5% de 800,00 são 40,00 ( até este valor não há lugar a descontos para a segurança social ). Como o valor de abono para falhas são 150,00, a base de incidência contributiva será 110,00 ( 100,00 40,00 = 110,00 ). 52 Estão considerados nestes casos as situações de reestruturação da empresa, viabilização ou recuperação da empresa ou por esta se encontrar em situação económica difícil, ou ainda por motivo que permita o despedimento coletivo ou a extinção do posto de trabalho e os valores devem ser declarados no último mês da vigência do contrato, ou no 1.º mês da vigência de novo contrato, quando se tratar da mesma Entidade Empregadora. Exemplo: Um trabalhador recebeu de indemnização e vai requerer Desemprego ( o mesmo tinha 15 anos de casa e recebia nos últimos anos uma remuneração de 1.100, ou seja, a 1,5 vezes o valor da remuneração pelos 15 anos daria ), pelo que teria que estar sujeito a descontos para a Segurança Social no valor de 250 apenas. 53 O valor considerado para transporte em automóvel próprio, só é sujeito acima do limite que é de 0,36, por Km, ou se for em veículo de carreira pública o valor já passa a ser de 0,11 Km. Exemplo: Um Trabalhador utilizando a própria viatura percorreu 310 Km ao serviço da Empresa, a qual lhe pagou 155, o que representa um valor de 0,50 por Km, assim sendo terá que ficar sujeito a um desconto para a Segurança Social de 43,40, ou seja, ,60 ( 0,36 o que está definido como limite ) 54 Sempre que a Entidade Empregadora obedeça a um mesmo critério de aplicação relativamente a todos os trabalhadores. 55 Estas situações devem ser muito claramente definidas em termos de Empresa e se necessário asseguradas por decisões em Assembleia Geral da Empresa. Em qualquer caso estando definida uma remuneração certa ao trabalhador, esta rúbrica não fica sujeita a desconto para a Segurança Social 39

40 Os valores despendidos obrigatória ou facultativamente pela entidade empregadora com aplicações financeiras, a favor dos trabalhadores, designadamente seguros do ramo «Vida», fundos de pensões e planos de poupança reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social, quando sejam objeto de resgate, adiantamento, remissão ou qualquer outra forma de antecipação de correspondente disponibilidade ou em qualquer caso de recebimento de capital antes da data da passagem à situação de pensionista, ou fora dos condicionalismos legalmente definidos ( 56 ) ( alínea x) ); As prestações relacionadas com o desempenho obtido pela empresa quando, quer no respetivo título atributivo quer pela sua atribuição regular e permanente, revistam carácter estável independentemente da variabilidade do seu montante (alínea aa) ) ); O valor mensal atribuído pela entidade patronal ao trabalhador em vales de transportes públicos coletivos ( 57 ) ((alínea bb) ). Constituem base de incidência contributiva, além de todas as prestações atrás referidas, ainda todas as outras que sejam atribuídas ao trabalhador, com carácter de regularidade, em dinheiro ou em espécie, direta ou indiretamente como contrapartida da prestação do trabalho. Conceito de regularidade - Considera-se que uma prestação reveste carácter de regularidade quando constitui direito do trabalhador, por se encontrar preestabelecida segundo critérios objetivos e gerais, ainda que condicionais, por forma a que este possa contar com o seu recebimento e a sua concessão tenha lugar com uma frequência igual ou inferior a cinco anos ( ). Remunerações especialmente abrangidas ( art.º 68.º da Lei ) que integram ainda a remuneração dos Membros dos Órgãos Estatutários: Os montantes pagos a título de gratificação ( 59 ), desde que atribuídos em função do exercício da atividade de gerência sem adstrição à qualidade de sócio e sem que sejam imputáveis aos lucros, os quais devem ser parcelados por referência aos meses a que se reportam; Os montantes pagos a título de senhas de presença ( 60 ); Os subsídios de Férias e Natal, quando pagos. 56 Para as prestações destas rúbricas ( alíneas p), q), v) e z) do n.º 2 do artigo 46.º deste Código ), o limite previsto no Código do imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares pode ser acrescido até 50%, desde que o acréscimo resulte de aplicação, de forma geral por parte da entidade empregadora, de Instrumento de Regulação Coletiva de Trabalho, e é aplicado de forma geral sempre que a Entidade Empregadora obedeça a um mesmo critério de aplicação relativamente a todos ao Trabalhadores por ela abrangidos. 57 Aditada pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro 58 Esta última referência faz parte da redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro 59 Aqui apenas são de considerar este tipo de Gratificações, as quais nada têm a ver com Distribuição de Lucros ou de Dividendos. 60 Sabido que é, que existem muitas situações de MOE s que não têm qualquer remuneração atribuída que não seja a da senhas de presença ( que até aqui não estavam sujeitas ), agora todas estas situações passam a estar abrangidas pela BIC, pelo que mesmo aqueles que estavam com direito à isenção ( neste caso exclusão ) da obrigação contributiva, terão necessariamente que fazer agora a sua nova qualificação com obrigação contributiva por essa Entidade. 40

41 Não integram a base de incidência contributiva as seguintes prestações, sendo que as alterações à anterior legislação estão também assinaladas com ( P ) designadamente (art.º 48.º ): Os valores compensatórios pela não concessão de férias ou de dias de folga; As importâncias atribuídas a título de complemento de prestações do regime geral de segurança social; Os subsídios concedidos a trabalhadores para compensação de encargos familiares, nomeadamente os relativos à frequência de creches, jardins-deinfância, estabelecimentos de educação, lares de idosos e outros serviços ou estabelecimentos de apoio social ( 61 ); Os subsídios eventuais destinados ao pagamento de despesas com assistência médica e medicamentosa do trabalhador e seus familiares ( 24 ); Os valores correspondentes a subsídios de férias, de Natal e outros análogos relativos a bases de incidência convencionais ( P ); Os valores das refeições tomadas pelos trabalhadores em refeitórios das respetivas entidades empregadoras; As importâncias atribuídas ao trabalhador a título de indemnização, por força de declaração judicial da ilicitude do despedimento ( P ); A compensação por cessação do contrato de trabalho no caso de despedimento coletivo, por extinção do posto de trabalho e por inadaptação, por não concessão de aviso prévio, por caducidade ( 62 ) e por resolução por parte do trabalhador ( P); A indemnização paga ao trabalhador pela cessação, antes de findo o prazo convencional, do contrato de trabalho a prazo; As importâncias referentes ao desconto concedido aos trabalhadores na aquisição de ações da própria entidade empregadora ou de sociedades dos grupos empresariais da entidade empregadora ( P ). No quadro seguinte identifica-se os códigos que passaram a ser aplicados na elaboração das Declarações de Remunerações com início no mês de Janeiro de 2011, por força do Despacho n.º 2-I/SESS/2011, de 16 de Fevereiro. 61 No que concerne aos limites com estes encargos ou subsídios o Código Contributivo não impõe qualquer tecto mínimo ou máximo, pelo que tais limites devem ser determinados nas regras internas de cada empresa na qualidade de entidade empregadora, devendo haver um critério uniforme quanto à sua atribuição. No que concerne ao documento a apresentar deverá ser o trabalhador a diligenciar na obtenção desse mesmo documento, juntos das respetivas entidades, no qual será exigível que evidencie a identificação da pessoa relativamente à qual incide esse mesmo subsídio, bem como do valor relativamente ao encargo da mesma. 62 Os custos relativos às compensações devidas pela caducidade dos contratos de trabalho, são considerados não elegíveis, para efeitos contabilísticos, já que não podem ser subsumíveis ao conceito de remuneração, como contrapartida do seu trabalho. 41

42 Taxas Contributivas A taxa contributiva do regime geral é determinada, de forma global, de harmonia com o seu âmbito material, e integra o custo correspondente a cada uma das eventualidades (*), sendo este calculado em função do valor de cada uma das seguintes parcelas: Custo técnico das prestações; Encargos de administração; 42

43 Encargos de solidariedade laboral; Encargos com políticas ativas de emprego e valorização profissional. ( * ) Eventualidades de doença, parentalidade, desemprego, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte Desagregação da taxa contributiva global A taxa contributiva global é desagregada por cada eventualidade que integra o regime geral dos trabalhadores por conta de outrem nos termos apresentados no 1º dos dois quadros seguintes. A taxa contributiva global desagregada deve ser revista quinquenalmente, com base estudos atuariais a desenvolver para o efeito. A taxa contributiva global do regime geral correspondente ao elenco das eventualidades protegidas é de 34,75 %, cabendo 23,75 % à entidade empregadora e 11 % ao trabalhador, sem prejuízo de as taxas contributivas aplicáveis a categorias de trabalhadores ou a situações específicas serem fixadas por referência ao custo de proteção social de cada uma das eventualidades garantidas, tendo em conta as parcelas que compõem o custo previsto para cada uma. Da anterior legislação contemplada no Dec. Lei n.º 200/99, comparativamente com a Desagregação da Taxa ( % ) Eventualidades % Total Custo Técnico Administração Solidariedade Formação Profissional Doença 1,41 1,34 0,03 0,04 Doença Profissional 0,50 0,06 0,00 0,44 Parentalidade 0,76 0,72 0,02 0,02 Desemprego 5,14 3,76 0,09 0,12 1,16 Invalidez 4,29 3,51 0,09 0,12 0,58 Velhice 20,21 19,10 0,48 0,63 Morte 2,44 2,30 0,06 0,08 Total Global 34,75 30,79 0,77 1,45 1,74 referida agora do Código, existem algumas diferenças com percentagens melhoradas nas eventualidades de Maternidade ( +0,03% ) e nas de Reforma por Invalidez ( +0,87% ) e por Velhice ( + 4,20% ). São consignadas às políticas ativas de emprego e valorização profissional, 5 % das contribuições orçamentadas no território continental ( n.º 1 do art.º 52.º da Lei ) e no mesmo sentido constitui receita própria das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores 5% das contribuições orçamentadas nos respetivos territórios. 43

44 As contribuições consignadas nestes termos constituem receitas próprias dos organismos com competências na matéria nos termos fixados no Orçamento do Estado. TAXA GLOBAL 11% A parcela da taxa contributiva a cargo da entidade empregadora ( art.º 55.º da Lei ) ( 64 ) é: Reduzida em um ponto percentual nos contratos de trabalho por tempo indeterminado. Acrescida em três pontos percentuais nos contratos de trabalho a termo resolutivo. Esta situação não se aplica aos contratos de trabalho a termo resolutivo celebrados para: Substituição de trabalhador que se encontre no gozo de licença de parentalidade; Substituição de trabalhador com incapacidade temporária para o trabalho, por doença, por período igual ou superior a 90 dias Nas situações aqui previstas a taxa contributiva é determinada nos termos gerais ( ou seja, 34,75 %, cabendo 23,75 % à entidade empregadora e 11 % ao trabalhador, ou situações de taxas reduzidas ) em função das eventualidades concedidas. No quadro seguinte estão representados os regimes em que não se aplica, nem a redução nem o acréscimo de taxa percentual previstas nos n.ºs 1 e 2 do Art.º 55.º do Código. 63 Esta taxa decompõe-se em 23,25% de taxa normal e 0,5% das Doenças profissionais. 64 De acordo com a Lei do Orçamento de estado a aplicação deste dispositivo só se fará depois da correspondente regulamentação, precedida de reunião no Conselho Nacional de Concertação Social, mas nunca antes de 1 de Janeiro de

45 Considera se celebrado a termo resolutivo o contrato de trabalho em comissão de serviço de trabalhador que não seja titular de contrato de trabalho sem termo e que no âmbito do contrato de comissão de serviço não tenha acordado a sua permanência na empresa, após o termo da comissão, através de contrato de trabalho sem termo. A declaração à segurança social competente, em pelo menos duas declarações de remunerações consecutivas, de que um determinado contrato de trabalho foi celebrado sem termo quando de facto foi celebrado a termo resolutivo determina a sua conversão em contrato de trabalho sem termo para todos os efeitos legais, designadamente os previstos no Código do Trabalho. Sempre que a instituição de segurança social competente receba uma declaração de remunerações que em relação a um trabalhador declare pela primeira vez o contrato de trabalho como sendo sem termo, informa a entidade empregadora da consequência a que se refere o ponto anterior Taxas contributivas mais favoráveis A fixação de taxas contributivas mais favoráveis do que a que está em geral estabelecida ( 34,75% ), traduz-se na redução da taxa contributiva global na parte imputável à entidade empregadora, ao trabalhador ou a ambos, conforme o interesse que se visa proteger, como é por exemplo o caso das Entidades sem fins lucrativos, abaixo indicado. Ter em atenção que a taxa atual para estas Entidades que antes estava fixada em 30,6 % ( 19,6% - 11 % ) foi actualizada progressivamente até atingir a taxa aqui indicada no exemplo em 2016, para as IPSS e 2013 para as restantes Entidades sem fins lucrativos, conforme quadro exemplificativo seguinte. As taxas contributivas mais favoráveis previstas são calculadas de harmonia com o custo das eventualidades protegidas e a relação custo/benefício das mesmas, e quando do 45

46 cálculo da taxa contributiva, efetuada de acordo com esses dados, resulte um valor expresso em centésimas é o mesmo arredondado para a primeira casa decimal. Trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social Ano Trabalhador Ent. Empregadora Total % 20% 31% % 20,4% 31,4% % 20,8% 31,8% % 21,2% 32,2% % 21,6% 32,6% % 22% 33% % 22,3% 33,3% As taxas contributivas mais favoráveis, conforme o interesse que se visa proteger, dependem da verificação de uma das seguintes situações: Redução do âmbito material do regime geral; Prossecução de atividades por entidades sem fins lucrativos; Sectores de atividade economicamente débeis; Adopção de medidas de estímulo ao aumento de postos de trabalho; Adopção de medidas de estímulo ao emprego relativas a trabalhadores que, por razões de idade, incapacidade para o trabalho ou de inclusão social sejam objeto de menor procura no mercado de trabalho; Inexistência de entidade empregadora. Podem ser estabelecidas medidas excepcionais e temporárias de incentivo ao emprego que determinam a isenção ou redução da taxa contributiva tendo em vista: O aumento de postos de trabalho; A reinserção profissional de pessoas afastadas do mercado de trabalho; A permanência dos trabalhadores em condições de acesso à pensão de velhice nos seus postos de trabalho. As medidas excecionais aqui previstas são estabelecidas, nos termos do disposto nos pontos a e em diploma legal próprio. Sem prejuízo do direito à redução acumulada com o previsto no art.º 55 (contrato trabalho por tempo indeterminado), a coexistência de situações determinantes da redução das taxas contributivas respeitantes às entidades empregadoras em função dos mesmos trabalhadores não pode dar lugar à respectiva aplicação cumulativa, devendo serlhes oficiosamente aplicada a taxa mais favorável. 46

47 De igual modo a redução das taxas contributivas respeitantes a um trabalhador não pode dar lugar à respetiva aplicação cumulativa, devendo ser-lhe oficiosamente aplicada a taxa mais favorável. A concessão da isenção ou redução, com exceção da resultante da redução do âmbito material, e a sua manutenção dependem da verificação da situação contributiva regularizada ( 65 ) perante a segurança social e a administração fiscal. No âmbito do Regime Geral verificam-se ainda outras situações que têm a ver com o acréscimo de taxas contributivas de diferentes trabalhadores abrangidos por Caixas de Previdência de Entidades Empregadoras, para efeitos de: Fundos Especiais, conforme consta do quadro seguinte, ou Bonificação de tempos de serviço para melhoria das pensões de invalidez, velhice e sobrevivência. Conforme se discrimina em alguns casos indicados no quadro seguinte REGIMES APLICÁVEIS A TRABALHADORES INTEGRADOS EM CATEGORIAS OU SITUAÇÕES ESPECÍFICAS Membros dos Órgãos Estatutários das Pessoas Coletivas e Entidades Equiparadas São obrigatoriamente abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, na qualidade de beneficiários, os membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e entidades equiparadas, ainda que sejam seus sócios ou membros, e desde que não exerçam funções de gerência e administração, designadamente: 65 A Redução ou Isenção da taxa contributiva, pode cessar a partir do momento em que verifique a existência de uma dívida, com efeitos a partir do mês seguinte aquele em que contraída e naturalmente também pode ser retomada a partir do mês seguinte aquele em que a mesma ( dívida ) for regularizada. 47

48 Os administradores, diretores e gerentes das sociedades e das cooperativas ( 66 ); Os administradores de pessoas coletivas gestoras ou administradoras de outras pessoas coletivas, quando contratados a título de mandato para aí exercerem funções de administração, desde que a responsabilidade pelo pagamento das respetivas remunerações seja assumida pela entidade administrada; Os gestores de empresas públicas ou de outras pessoas coletivas, qualquer que seja o fim prosseguido, que não se encontrem obrigatoriamente abrangidos pelo regime de proteção social convergente dos trabalhadores em funções públicas e que não tenham optado, nos termos legais, por diferente regime de proteção social de inscrição obrigatória; Os membros dos órgãos internos de fiscalização das pessoas coletivas qualquer que seja o fim prosseguido, que não se encontrem obrigatoriamente abrangidos pelo regime de proteção social convergente dos trabalhadores em funções públicas e que não tenham optado, nos termos legais, por diferente regime de proteção social de inscrição obrigatória ( 67 ); (Redação dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro); Os membros dos demais órgãos estatutários das pessoas coletivas, qualquer que seja o fim prosseguido, que não se encontrem obrigatoriamente abrangidos pelo regime de proteção social convergente dos trabalhadores em funções públicas e que não tenham optado, nos termos legais, por diferente regime de proteção social de inscrição obrigatória. (Redação dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro). São excluídos do âmbito de aplicação deste regime: Os membros de órgãos estatutários de pessoas coletivas sem fim lucrativo que não recebam pelo exercício da respetiva atividade qualquer tipo de remuneração; Os sócios que, nos termos do pacto social, detenham a qualidade de gerentes mas não exerçam de facto essa atividade, nem aufiram a correspondente remuneração ( 68 ); Os trabalhadores por conta de outrem eleitos, nomeados ou designados para cargos de gestão nas entidades a cujo quadro pertencem, cujo contrato de trabalho na data em que iniciaram as funções de gestão tenha sido celebrado há pelo menos um ano e tenha determinado inscrição obrigatória em regime de proteção social; Os sócios gerentes de sociedades constituídas exclusivamente por profissionais incluídos na mesma rubrica da lista anexa ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares e cujo fim social seja o exercício daquela profissão ( 69 ) ; 66 São exemplo: Conselho de Administração Conselho Geral Direção (que não sejam trabalhadores da própria sociedade em comissão de serviço ) Gerência ( Gerentes Sociais ). 67 Este e o item seguinte tiveram alteração com a redação dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro. 68 As situações de não remuneração devem ser devidamente documentadas, designadamente com cópia do Livro de Atas ( e registada em Conservatória ) e outra documentação contabilística. 69 Estes Trabalhadores devem estar enquadrados no âmbito do Regime dos Trabalhadores Independentes ( o que já era considerado pelo Dec. Lei n.º 327/93 e agora este Código reforça ), devendo os serviços, se esse enquadramento for 48

49 As pessoas que, integrando as categorias abrangidas, sejam nomeadas por imperativo legal para funções a que corresponda inscrição em lista oficial especialmente elaborada para esse efeito, identificativa das pessoas habilitadas para o exercício de tais funções, designadamente as correspondentes às funções de gestores oficiais e revisores oficiais de contas ( 70 ); Os membros dos órgãos estatutários das sociedades de agricultura de grupo e das cooperativas de produção e serviços; Os liquidatários judiciais (aqueles que verificam os bens que ainda existem na empresa que foi declarada insolvente); Administradores, diretores e gerentes de uma sociedade ou cooperativa que sejam estrangeiros e que exerçam atividade temporária em Portugal por um período limitado e provem que estão enquadrados na Segurança Social de outro país.. Exclusão ainda dos MOE s de Pessoas Coletivas com fins lucrativos que não recebam, pelo exercício da respetiva atividade, qualquer tipo de remuneração e se encontrem numa das seguintes situações: Sejam abrangidos por regime obrigatório de proteção social em função do exercício de outra atividade em acumulação com aquela, pela qual aufiram rendimento superior a uma vez o valor do IAS; Sejam pensionistas de invalidez ou de velhice de regimes obrigatórios de proteção social, nacionais ou estrangeiros ( * ). ( * ) São considerados Regimes Obrigatórios : o regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem, ainda que com âmbito material reduzido; o regime de segurança social dos trabalhadores independentes; o regime de proteção convergente dos trabalhadores que exercem funções públicas; o regime que abrange os advogados e solicitadores; os regimes de proteção social estrangeiros relevantes para efeitos de coordenação com os regimes de segurança social portugueses Relativamente á situação de isenção ( neste caso considera-se mais uma exclusão da obrigação de efetuar descontos ), ela verifica-se quando o beneficiário ( PS ) já se extemporâneo, fazer o correspondente ajustamento contributivo, de acordo com as instruções que vierem a ser determinadas superiormente São exemplos: Médicos, Engenheiros, Advogados, etc...). Esta situação está mais desenvolvida no ponto , em nota de rodapé. 70 Outros exemplos são os casos de : Amas, Angariadores Imobiliários, Angariadores de seguros, Ajudantes Familiares, Familiares de Acompanhamento e Notários. 49

50 encontra abrangido por um regime de proteção social e não tem remuneração atribuída ( o que deve constar em ata ). Para estas situações não é necessário formalizar o pedido de isenção, verificando-se pontualmente, quer quando se concretiza a inscrição das Pessoas Coletivas, quer quando há necessidade de requerer uma certidão de situação Contributiva e esses dados ainda não constem dos registos anteriores. Os membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e entidades equiparadas têm direito à proteção nas eventualidades de doença, parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte. E quando exerçam funções de gerência ou de administração têm ainda direito à proteção na eventualidade de desemprego ( 71 ), nos termos de legislação própria. A inscrição das pessoas coletivas é obrigatória e feita oficiosamente, por transmissão de dados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) à Segurança Social. A inscrição é feita diretamente à Segurança Social sempre que as pessoas coletivas sejam criadas através da criação on-line de sociedades. A comunicação é feita oficiosa e gratuitamente, por via eletrónica, através das conservatórias do registo comercial quando as pessoas coletivas (sociedades) se inscrevem no registo comercial Base de incidência contributiva Sem prejuízo do disposto nos artigos 44.º e seguintes a base de incidência contributiva dos membros dos órgãos estatutários corresponde ao valor das remunerações efetivamente auferidas em cada uma das pessoas coletivas em que exerçam atividade, com o limite mínimo igual ao valor do IAS ( 72 ). Este limite mínimo não se aplica nos casos de acumulação da atividade de membro de órgão estatutário com outra atividade remunerada que determine a inscrição em regime obrigatório de proteção social ou com a situação de pensionista desde que o valor da base de incidência considerado para o outro regime de proteção social ou de pensão seja igual ou superior ao valor do IAS Remunerações especialmente abrangidas Remunerações especialmente abrangidas que integram ainda a remuneração dos Membros dos Órgãos Estatutários: Os montantes pagos a título de gratificação ( 73 ), desde que atribuídos em função do exercício da atividade de gerência sem adstrição à qualidade de sócio e sem 71 Esta outra eventualidade surge com a redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro 72 Este item e o seguinte tiveram alteração com a redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, bem como foi revogado o n.º 3 do art.º 66.º.. 73 Aqui apenas são de considerar este tipo de Gratificações, as quais nada têm a ver com Distribuição de Lucros ou de Dividendos. 50

51 que sejam imputáveis aos lucros, os quais devem ser parcelados por referência aos meses a que se reportam; Os montantes pagos a título de senhas de presença ( 74 ) ; Os valores dos Subsídios de Férias e Natal, quando pagos Taxa contributiva A taxa contributiva relativa aos membros dos órgãos estatutários é de 29,6 %, que cobre a proteção na doença, parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte. A taxa contributiva relativa aos membros das pessoas coletivas que exerçam funções de gerência ou de administração é de 34,75 %, ( 75 ). conforme quadro seguinte. Situação face à legislação Membros dos Órgãos Estatutários Taxas Contributivas Trabalhador Entidade Total Articulado de apoio Empregadora Anterior 10% 21,25% 31,25% Nova 9,3% 20,3% 29,6% 11% 23,75% 34,75% Artigo 13.º do Decreto Lei n.º 199/99 n.º 1 do Art.º 69.º Lei n.º 110/2009 n.º 2 do Art.º 69.º Lei n.º 110/2009 Em igualdade de circunstâncias, também os Membros dos Órgãos Estatutários que se encontrem nas situações de Pensionistas por Invalidez ou Velhice, podem beneficiar da aplicação de taxas mais reduzidas ( 28,2% - 19,3% e 8,9% ) e ( 23,9% - 16,4% e 7,5% ), respetivamente, tal como acontece para o Regime Geral ( 76 ). 74 Sabido que é, que existem muitas situações de MOE s que não têm qualquer remuneração atribuída que não seja a da senhas de presença ( que até aqui não estavam sujeitas ), agora todas estas situações passam a estar abrangidas pela BIC, pelo que mesmo aqueles que estavam com direito à isenção ( neste caso exclusão ) da obrigação contributiva, terão necessariamente que fazer agora a sua nova qualificação com obrigação contributiva por essa Entidade. 75 Redação que foi dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro e que passou a contemplar também a eventualidade de Desemprego, para este conjunto de trabalhadores. 76 Ter em atenção que os Membros dos Órgãos Estatutários que sejam reformados pelo regime de flexibilização de idade ( Antecipação ) deverão renunciar ao cargo e disso fazer prova junto dos serviços da Segurança Social, conforme art.º 79.º do Dec. Lei n.º 187/2007, de 10/05 ( Não é suficiente a elaboração de uma ata com a indicação de que passam a não ser remunerados ). A única excepção a esta situação tem a ver com os Trabalhadores Independentes. Anteriormente a taxa global de Pensionistas de Invalidez em atividade era de 26,5 % e de Velhice era de 23,1 %. 51

52 À taxa contributiva a cargo das entidades empregadoras dos membros dos órgãos estatutários não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato. Cessação de atividade dos membros dos órgãos estatutários: Para efeitos da relação jurídica contributiva, os membros dos órgãos estatutários cessam a respetiva atividade nos termos do contrato por destituição, renúncia ou quando se verificar o encerramento da liquidação da empresa. Excecionalmente, os membros dos órgãos estatutários podem requerer a cessação da respetiva atividade desde que a pessoa coletiva tenha cessado atividade para efeitos de IVA e não tenha trabalhadores ao seu serviço Trabalhadores no Domicílio Âmbito pessoal e material São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores em regime de trabalho no domicílio, nos termos definidos na legislação laboral. Os trabalhadores no domicílio têm direito à proteção nas eventualidades de doença, parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte Taxa Contributiva A taxa contributiva relativa aos trabalhadores no domicílio é de 29,6 %, conforme ( 77 ) quadro seguinte. Anteriormente à entrada em vigor do Código, a taxa global sem a eventualidade de Doença era de 27% ( 8,5% - 18,5%) ou de 30% se incluísse essa eventualidade. À taxa contributiva a cargo dos beneficiários da atividade de trabalho no domicílio, não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato. Trabalhadores no Domicílio Situação face à legislação Trabalhador Taxas Contributivas Beneficiários Total da atividade Anterior 9,3% 20,7% 30% ) Articulado de apoio art.º 14.º D. Lei n.º 199/99 77 O valor da remuneração é igual à RMMG quando igual a 30 dias ( mês completo ). Em caso de remuneração diária, o valor do RMMG é dividido pelo número de dias de trabalho. 52

53 Nova 9,3% 20,3% 29,6% Praticantes Desportivos Profissionais Âmbito pessoal e material Art.º 73.º Lei n.º 110/2009 São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os desportistas profissionais que, através da celebração de contrato de trabalho desportivo e após a necessária formação técnico-profissional, praticam uma modalidade desportiva como profissão exclusiva ou principal, auferindo por via dela uma remuneração, nos termos de legislação própria. Os praticantes desportivos profissionais têm direito à proteção nas eventualidades de parentalidade, desemprego, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte Base de incidência contributiva Remuneração mensal efetiva Considera-se remuneração mensal efetiva dos praticantes desportivos profissionais as prestações pecuniárias ou em espécie estabelecidas no contrato que os vincula à respetiva entidade empregadora. Para este efeito, integram o valor das remunerações os montantes pagos a título de prémios de assinatura de contrato, os quais são parcelados por cada um dos meses da sua duração, e os atribuídos por força de regulamento interno do clube ou de contrato em vigor. Não integra o conceito de remuneração mensal efetiva as importâncias despendidas pela entidade empregadora, a favor do trabalhador, na constituição de seguros de doença, de acidentes pessoais e de seguros de vida que garantam exclusivamente o risco de morte, invalidez ou reforma por velhice, no último caso desde que o benefício seja garantido após os 55 anos de idade, desde que não garantam o pagamento e este se não verifique nomeadamente por resgate ou adiantamento de qualquer capital em vida durante os primeiros cinco anos. Constitui base de incidência contributiva dos praticantes desportivos profissionais um quinto do valor da sua remuneração efetiva com o limite mínimo do valor de um IAS. Mediante acordo ( 78 ) entre o trabalhador e a entidade empregadora ( art.º 78.º da Lei), celebrado por escrito no início do contrato de trabalho para durar por toda a sua vigência, pode ser considerada como base de incidência contributiva a remuneração mensal efetiva do trabalhador desde que seja superior a uma vez o valor do IAS. Taxa contributiva A taxa contributiva relativa aos praticantes desportivos profissionais é de 33,3 %, conforme quadro seguinte. 78 A Entidade Empregadora deve remeter à Segurança Social, cópia do contrato para o efeito celebrado. 53

54 Situação face à legislação Praticantes Desportivos Profissionais Taxas Contributivas Entidade Trabalhador Total Articulado de apoio Empregadora art.º 15.º Anterior 11% 17,5% 28,5% D.Lei n.º 199/99 Nova 11% 22,3% 33,3% Art.º 79.º Lei n.º 110/2009 Em % 22,3% 33,3% Art.º 281.º Lei n.º 110/2009 e Lei n.º 119/2009 A progressividade ( art.º 281.º da Lei ) desta nova taxa começou em 2011 com os 29,5% e atingiu os 33.3%, em 2015, conforme consta de tabela seguinte Praticantes desportivos profissionais Ano Ent. Empregadora Trabalhador Total ,5% 11% 29,5% ,5% 11% 30,5% ,5% 11% 31,5% ,5% 11% 32,5% ,3% 11% 33,3% Antes do Código apenas estavam abrangidos por esta faculdade, os Profissionais de Futebol e do Basquetebol. Agora são todos os praticantes de qualquer modalidade. À taxa contributiva a cargo das entidades empregadoras dos praticantes desportivos profissionais, não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato Trabalhadores em regime de contrato de trabalho de muito curta duração Âmbito pessoal e material 80 São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores em regime de contrato de trabalho de muito curta duração, nos termos do disposto na legislação laboral ( 79 ). Os trabalhadores em regime de contrato de trabalho de muito curta duração têm direito à proteção nas eventualidades de invalidez, velhice e morte Base de incidência contributiva 79 Art.º 142º do Código do Trabalho ( Lei n.º 7/2009 ) Contrato não sujeito a forma escrita, não superior a uma semana e a duração total dos contratos não pode exceder os 60 dias. Normalmente concretiza-se numa actividade sazonal agrícola ou para a realização de eventos turísticos de curta duração. 54

55 Constitui base de incidência contributiva a remuneração convencional calculada com base no número de horas de trabalho prestado e na remuneração horária, calculada de acordo com a seguinte fórmula: Rh = IAS 12 / em que, Rh corresponde ao valor da remuneração horária e IAS ao valor do indexante dos apoios sociais Taxa contributiva A taxa contributiva é de 26,1 % da responsabilidade das entidades empregadoras. À taxa contributiva a cargo das entidades empregadoras não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato Trabalhadores em situação de pré-reforma 84 ) Âmbito pessoal e material São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores por conta de outrem com 55 ou mais anos que nos termos estabelecidos na legislação laboral tenham celebrado acordo de pré-reforma com as respetivas entidades empregadoras. O regime aqui previsto aplica se aos trabalhadores atrás indicados até ao momento em que completem a idade normal de acesso à pensão por velhice acrescida do número de meses necessários à compensação do fator de sustentabilidade nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de Maio, alterado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, salvo se até essa data ocorrer a extinção do acordo. Os trabalhadores em regime de pré-reforma mantêm o direito à proteção nas eventualidades garantidas no âmbito do regime geral, bem como se mantém nas situações de redução da prestação de trabalho, com base na remuneração auferida referente ao trabalho prestado. Esse direito mantém-se ainda com o exercício de outra atividade remunerada que determine a entrada de contribuições. Nas situações em que o acordo de pré-reforma estabeleça a suspensão da prestação de trabalho, não é reconhecido o direito à proteção nas eventualidades de doença, doenças profissionais, parentalidade e desemprego. São excluídos do regime da pré-reforma os trabalhadores cujo âmbito de proteção não integre as eventualidades de invalidez, velhice e morte Base de incidência contributiva A base de incidência contributiva corresponde ao valor da remuneração que serviu de base ao cálculo da prestação de pré-reforma. 55

56 O valor é acordado entre o trabalhador e a entidade empregadora, mas de qualquer forma, a prestação de pré-reforma inicialmente fixada não pode ser inferior a 25% do último salário ganho pelo trabalhador, nem superior ao valor desse salário. A menos que o contrário conste no acordo de pré-reforma, a prestação é atualizada anualmente na mesma percentagem do aumento de salário que o trabalhador beneficiaria se estivesse a trabalhar a tempo inteiro, ou, não havendo tal aumento, na percentagem da taxa de inflação Taxa contributiva Relativamente aos trabalhadores em situação de pré-reforma com o âmbito de proteção do Regime Geral é mantida a taxa contributiva que lhe era aplicada no momento da passagem à situação de pré-reforma. À taxa contributiva a cargo das entidades empregadoras ( no caso dos Trabalhadores abrangidos pelo n.º 2 do art.º 86 com suspensão da prestação de trabalho ) não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato. A taxa contributiva relativa aos trabalhadores em situação de pré-reforma com o âmbito de proteção reduzido é de 26,9 %, conforme quadro seguinte. Trabalhadores em Situação de Pré-Reforma Taxas Contributivas Situação face à legislação Trabalhado Entidade Articulado Total r Empregadora de apoio > ou = 37 anos n.º 2, art.º 3% 7% 10% C.C. 9.º DL n.º Anterior 261/91 e < 37 anos C.C. 7% 14,6% 21,6% DL n.º 87/2004 Nova Art.º Sem suspensão 11% 23,75% 34,75% a) 88.º Com suspensão Lei n.º 8,6% 18,3% 26,9% trabalho 110/2009 a ) É mantida a taxa contributiva que lhe vinha sendo aplicada no momento da passagem à Pré-Reforma ( que poderia ser a de 34,75% ou outra que o trabalhador apresentasse nessa altura) Pensionistas em atividade Âmbito pessoal e material 89 São abrangidos pelo regime geral ( a partir do mês seguinte ao da verificação das situações ), com algumas especificidades, os pensionistas de invalidez e velhice de qualquer regime de proteção social ( 80 ) que cumulativamente exerçam atividade profissional: 80 Se for do mesmo sistema é feito oficiosamente esse enquadramento, mas se for de outro sistema, deve ser providenciada a entrega de documento da Instituição que atribuiu a Reforma ou o cartão de Pensionista. 56

57 Os pensionistas de invalidez têm direito à proteção nas eventualidades de parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte. Os pensionistas de velhice têm direito à proteção nas eventualidades de parentalidade, doenças profissionais, velhice e morte Taxa contributiva À taxa contributiva a cargo das entidades empregadoras dos pensionistas em atividade não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato. A taxa contributiva relativa aos pensionistas de invalidez é de 28,2 % ( 8,9% + 19,3% ), conforme quadro seguinte. A taxa contributiva relativa aos pensionistas de velhice é de 23,9 % ( 7,5% + 16,4% ) de igual modo representado no quadro seguinte. Pensionistas em atividade Taxas Contributivas Situação face à legislação Entidade Articulado Trabalhador Total Empregadora de apoio Invalidez 8,3% 18,2% 26,5% art.º 17.º Anterior D.Lei n.º Velhice 7,8% 15,3% 23,1% 199/99 Invalidez 8,9% 19,3% 28,2% Art.º 91.º Nova Lei n.º Velhice 7,5% 16,4% 23,9% 110/ Trabalhadores que exercem funções públicas Âmbito pessoal São abrangidos pelo regime geral com as especificidades aqui previstas: 91-A Os trabalhadores titulares de relação jurídica de emprego público constituída a partir de 1 de janeiro de 2006, independentemente da modalidade de vinculação ( vinculo de nomeação ); Os demais trabalhadores titulares de relação jurídica de emprego constituída até 31 de dezembro de 2005 que à data se encontravam enquadrados no regime geral de segurança social ( vinculo de contrato ); Âmbito material Aos trabalhadores que exercem funções públicas é garantida a proteção nas eventualidades previstas no regime geral, como a doença, maternidade, paternidade e adoção, desemprego, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte, de acordo com o especificamente regulado para cada eventualidade. 57

58 Sem prejuízo do disposto no item anterior, o pagamento das prestações sociais na eventualidade de desemprego atribuídas aos trabalhadores que exercem funções públicas, em condições específicas ( ), é da responsabilidade das entidades empregadoras competentes, nos termos previstos na Lei n.º 4/2009, de 29 de janeiro, alterada pela Lei n.º 10/2009, de 10 de março. Esta situação é aplicável aos trabalhadores referidos no item anterior ( ), cuja relação jurídica de emprego foi instituída entre 1 de janeiro de 2006 e a data da entrada em vigor da referida norma Taxa contributiva A taxa contributiva relativa aos trabalhadores que exercem funções públicas é de 34,75%, sendo, respetivamente, de 23,75% e de 11% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores. Trabalhadores que exercem funções públicas Situação face à legislação Anterior Nova Admitidos até Dezembro de 2005 Admitidos após Janeiro de 2006 Admitidos até Dezembro de 2005 Admitidos após Janeiro de 2006 Trabalhador Taxas Contributivas Entidade Total Empregadora 8% 21% 29% 11% 12,8% 23,8% Articulado de apoio art.º 31.º D.Lei n.º 199/9 art.º 10.º Lei n.º 12- A/2008 e Lei n.º 4/ % 23,75% ( a ) 34,75% Art.º 91.º-C Lei n.º 11% 18,6% ( b ) 29,6% 110/2009 a) Trabalhadores com vínculo de contrato e b) Trabalhadores com vínculo de nomeação A taxa contributiva relativa aos trabalhadores que exercem funções públicas, abrangidos por situações especiais ( ) é de 29,6%, sendo, respetivamente, de 18,6% e de 11% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores, conforme indica o quadro anterior. A estes últimos trabalhadores aqui referidos não se aplica o disposto no artigo 55.º 81 Abrangidos pelo artigo 10.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, alterada pelas Leis n.ºs 64-A/2008, de 31 de dezembro, 3-B/2010, de 28 de abril, 34/2010, de 2 de setembro, 55-A/2010, de 31 de dezembro, e 64-B/2011, de 30 de dezembro 82 Trabalhadores referidos no n.º 4 do artigo 88.º da Lei n.º 12-A/2008, com as alterações verificadas na footnote anterior 83 Trabalhadores referidos nos dois itens finais do ponto anterior 58

59 Trabalhadores em regime de trabalho intermitente Âmbito pessoal 92 São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores com contrato de trabalho intermitente ou em exercício intermitente da prestação de trabalho, nos termos do disposto na legislação laboral aplicável ( 84 ) Base de incidência contributiva A base de incidência contributiva corresponde à remuneração base auferida pelo trabalhador no período de atividade e à compensação retributiva nos períodos de inatividade. Registo de remuneração por equivalência Durante o período de inatividade a diferença entre a compensação retributiva paga ao trabalhador e a sua remuneração é registada por equivalência ( 85 ) à entrada de contribuições. Sempre que durante o período de inatividade o trabalhador exerça outra atividade profissional, só é registada por equivalência a diferença entre a remuneração desta atividade e a correspondente ao período de atividade no contrato de trabalho intermitente TRABALHADORES DE ACTIVIDADES ECONOMICAMENTE DÉBEIS Trabalhadores de atividades agrícolas Âmbito pessoal 95 São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores que exercem atividades agrícolas ou equiparadas, sob a autoridade de uma entidade empregadora, prestadas em explorações que tenham por objeto principal a produção agrícola, sem prejuízo do disposto no artigo 80.º ( trabalho de muito curta duração ). São ainda abrangidos os trabalhadores que exercem a respetiva atividade em explorações de silvicultura, pecuária, hortifruticultura, floricultura, avicultura e apicultura, e em 84 Art.º 157 e seguintes do Código do Trabalho ( Lei n.º 7/2009 ) Contrato sujeito a forma escrita e não pode ser superior a 6 meses a tempo completo. Quando o contrato tiver forma escrita, este deve conter: - A identificação do domicílio e sede das partes; - A atividade de trabalho e a remuneração; - A data de início do contrato; - O local do contrato; - E a duração desse contrato 85 O registo e Remunerações por equivalência tem a duração máxima de 6 meses em cada período de 12 meses de vigência do contrato. 59

60 atividades agrícolas ainda que a terra tenha uma função de mero suporte de instalações, as quais são equiparadas a atividades e explorações agrícolas. Exclusão do Âmbito pessoal Não são considerados trabalhadores de atividades agrícolas os trabalhadores que exerçam a respetiva atividade em explorações que se destinem essencialmente à produção de matéria-prima para indústrias transformadoras que constituam, em si mesmas, objetivos dessas empresas Taxa contributiva A taxa contributiva relativa aos trabalhadores de atividades agrícolas é de 33,3 %, conforme se indica no quadro seguinte. Situação face à legislação Trabalhadores de Atividades Agrícolas Taxas Contributivas Entidade Trabalhador Total Articulado de apoio Empregadora Anterior 9,5% 23% 32,5% Nova 11% 22,3% 33,3% art.º 28.º D.Lei n.º 199/99 Art.º 96.º Lei n.º 110/2009 A partir de Janeiro de 2011, procedeu-se à elaboração de 3 Declarações de Remunerações, considerando as taxas de 32,5%, 29% (art.º 273, n.º 2 do Código como Grupo Fechado) e de 33,3% (art.º 96.º do Código - a nova, se já tivesse trabalhadores admitidos em Janeiro 2011). Na prática só foram aplicadas as novas condições previstas no Código Contributivo para os trabalhadores de atividades agrícolas que entrassem neste regime a partir de 1 de Janeiro de Em 2011, existiam três taxas contributivas para os trabalhadores de atividades agrícolas: Novos trabalhadores agrícolas a partir de 1 de Janeiro 2011 taxa de 33,30% (22,3% da entidade empregadora e 11% do trabalhador); Trabalhadores agrícolas diferenciados em 31 de Dezembro 2010 taxa de 32,5% (23% da entidade empregadora e 9,5% do trabalhador); Trabalhadores agrícolas indiferenciados em 31 de Dezembro de 2010 taxa de 29% (21% da entidade empregadora e 8% do trabalhador) Trabalhadores da pesca local e costeira, apanhadores de espécies marinhas e pescadores apeados 97 60

61 Âmbito pessoal São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores inscritos marítimos que exercem atividade profissional na pesca local e costeira, sob a autoridade de um armador de pesca ou do seu representante legal, bem como os proprietários de embarcações de pesca local e costeira, que integrem o rol de tripulação e exerçam efetiva atividade profissional nestas embarcações, e ainda os apanhadores de espécies marinhas e os pescadores apeados Base de incidência contributiva A contribuição relativa aos trabalhadores que exercem atividade na pesca local e aos proprietários de embarcações, que integrem o rol de tripulação e exerçam efetiva atividade profissional nestas embarcações corresponde a 10 % do valor do produto bruto do pescado vendido em lota, a repartir de acordo com as respetivas partes ( 86 ). A contribuição relativa aos apanhadores de espécies marinhas e aos pescadores apeados, bem como a outros sujeitos que estejam autorizados à primeira venda de pescado fresco, fora das lotas, corresponde a 10% do valor do produto bruto do pescado vendido de acordo com as respetivas notas de venda. Esta contribuição equivale à aplicação da taxa contributiva à base de incidência e determina a respetiva remuneração a registar. O disposto nos itens anteriores também se aplica aos trabalhadores e proprietários de embarcações que exerçam a sua atividade a bordo de embarcações de pesca costeira que à data da entrada em vigor do presente Código estivessem abrangidas pelo disposto no n.º 2 do artigo 34.º do Decreto-Lei n.º 199/99, de 8 de Junho. Sem prejuízo do disposto nos itens anteriores, a base de incidência contributiva pode ser determinada nos termos previstos nos artigos 44.º e seguintes do presente Código (delimitação da BIC ) desde que para tal exista manifestação de vontade da entidade contribuinte, sendo esta irrevogável. A cobrança das contribuições referidas nos primeiros itens é efetuada pela entidade que explorar a lota, no ato da venda do pescado em lota ou no ato da entrega da nota de venda, conforme aplicável. Sem prejuízo do disposto no item relativo aos trabalhadores e proprietários de embarcações, a base de incidência dos trabalhadores inscritos marítimos que exercem a sua atividade a bordo de embarcações de pesca costeira determina-se nos termos do disposto nos artigos 44.º e seguintes Taxa contributiva A taxa para efeitos de cálculo de remuneração dos sujeitos abrangidos pelos itens anteriores, corresponde a 29%, sendo, respetivamente, de 21% e de 8% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores Disposições gerais referentes ao regime de incentivos ao emprego 86 A Declaração de Remunerações é preenchida e entregue pelos proprietários das embarcações, nas Entidades que asseguram os serviços de vendagem em lota ( retirada a parte do Proprietário do barco ). 61

62 Disposição geral São fixadas pelo Governo, mediante decreto-lei, de forma transitória, medidas de isenção ou deferimento contributivo, total ou parcial ( 87 ), que se destinem: Ao estímulo à criação de postos de trabalho e à reinserção profissional de pessoas afastadas do mercado de trabalho; À redução de encargos não salariais ( 88 ) em situação de catástrofe, de calamidade pública ou de fenómenos de gravidade económica ou social, nomeadamente de aleatoriedades climáticas. As medidas referentes a redução de encargos não salariais ( 89 ) podem ser determinadas por portaria do Governo responsável pelas áreas da solidariedade e da Segurança Social, desde que tenham sido previstas em resolução do Conselho de Ministros. As medidas de isenção ou deferimento contributivo previstas nos termos do número anterior são integralmente financiadas por transferências do Orçamento de Estado. Situações excluídas Não têm direito às dispensas previstas no ponto anterior: As entidades empregadoras, no que respeita a trabalhadores abrangidos por esquemas contributivos com taxas inferiores à estabelecida para a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem, com exceção das entidades cuja redução de taxa resulte do facto de serem pessoas coletivas sem fins lucrativos ou por pertencerem a sectores considerados no presente Código como economicamente débeis; As entidades empregadoras, no que respeita a trabalhadores abrangidos por bases de incidência fixadas em valores inferiores à remuneração real ou convencionais Cessação da dispensa As dispensas de pagamento de contribuições, cessam sempre que: Termine o período de concessão; Deixem de se verificar as condições de acesso ( 90 ); Se verifique a falta de entrega, no prazo legal, das declarações de remuneração ou falta de inclusão de quaisquer trabalhadores nas referidas declarações; Cesse o contrato de trabalho. 87 O impresso de requerimento de Dispensa de Pagamento ou Redução de Taxa é o Mod. GTE 01 DGSS. 88 Os que correspondem a taxas contributivas da Segurança Social 89 Relativamente à dispensa de Pagamento de Contribuições, para além das duas situações adiante tratadas nos pontos e 5.3.5, existem outras com apoios semelhantes tais como: Rotação Emprego-Formação - Emprego a reclusos em regime aberto - Regiões com problemas de interioridade e - Dispensa de pagamento de contribuições - 1º emprego ou desempregado de longa duração. 90 A cessação da isenção ou redução por dívida das contribuições, a partir do mês seguinte e retoma após pagamento no mês seguinte. 62

63 A transmissão de estabelecimento em que se verifique a manutenção dos contratos de trabalho celebrados com a anterior entidade empregadora não determina a cessação da dispensa desde que a nova entidade empregadora, mantenha a situação contributiva regularizada Exigibilidade de contribuições A cessação do contrato de trabalho por iniciativa do empregador, com base em despedimento sem justa causa, despedimento coletivo, despedimento por extinção do posto de trabalho ou despedimento por inadaptação torna exigíveis as contribuições relativas ao período durante o qual tenha vigorado a dispensa, No mesmo sentido se aplica quando a cessação ocorra dentro dos 24 meses seguintes ao termo do período de concessão da dispensa. Nos casos em que haja lugar à exigência de contribuições, não são devidos juros de mora relativos aos períodos a que as mesmas se referem, se forem pagas no prazo de 60 dias após a cessação do contrato. As entidades empregadoras não têm direito à concessão de novas dispensas do pagamento de contribuições nos 24 meses seguintes à cessação do contrato por algum dos motivos anteriormente indicados Incentivos à permanência no mercado de trabalho Âmbito pessoal e material São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores ativos com, pelo menos, 65 anos de idade e carreira contributiva não inferior a 40 anos ( 91 ) e os que se encontrem em condições de aceder à pensão de velhice sem redução no âmbito do regime de flexibilização da idade de acesso à pensão de velhice. Os trabalhadores aqui enquadrados têm direito à proteção na eventualidades de doença, parentalidade, doenças profissionais, velhice e morte Taxa contributiva A taxa contributiva relativa aos trabalhadores referidos é de 25,3 %, conforme quadro seguinte. Neste caso há uma redução da taxa contributiva no que respeita às entidades empregadoras, como incentivo à manutenção dos postos de trabalho. À taxa contributiva a cargo das entidades empregadoras destes trabalhadores não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato. 91 Sempre que seja do conhecimento dos serviços que o Beneficiário tem os 40 anos de carreira e as demais condições, procedem oficiosamente ao seu novo enquadramento e taxa diferente. Em caso de não se verificar esta situação oficiosa, o Trabalhador deve comunicar à Entidade Empregador que reúne as condições previstas para beneficiar desta redução e apresentar documentos comprovativos. 63

64 Incentivos à permanência no mercado de trabalho Situação Taxas Contributivas face à Entidade Trabalhador legislação Empregadora Total Articulado de apoio Anterior 8,3% 18,2% 26,5% art.º 16.º D.Lei n.º 199/99 Nova 8% 17,3% 25,3% Art.º 107.º Lei n.º 110/ Incentivos à contratação de trabalhadores com deficiência Âmbito pessoal São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores com deficiência ( 92 ), considerados como os trabalhadores que possuam capacidade de trabalho inferior a 80 % da capacidade normal exigida a um trabalhador não deficiente no mesmo posto de trabalho. Para efeitos do disposto no presente incentivo apenas são abrangidos o trabalhadores com deficiência ( 93 ) com contratos de trabalho sem termo Taxa contributiva A taxa contributiva relativa aos trabalhadores referidos é de 22,9 %, conforme quadro seguinte. Neste caso há também uma redução da taxa contributiva no que respeita às entidades empregadoras, como incentivo à manutenção dos postos de trabalho. À taxa contributiva a cargo das entidades empregadoras destes trabalhadores não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato. Incentivos à contratação de trabalhadores com deficiência Situação Taxas Contributivas face à Entidade legislação Trabalhador Total Articulado de apoio Empregadora art.º 36.º Anterior 11% 12,5% 23,5% D.Lei n.º 199/99 Art.º 109.º Nova 11% 11,9% 22,9% Lei n.º 110/ Trabalhadores ao serviço de entidades empregadoras sem fins lucrativos 92 Considera-se pessoa com deficiência aquela que, por motivo de perda ou anomalia congénita ou adquirida, de estrutura ou função psicológica, intelectual, fisiológica ou anatómica suscetível de provocar restrições de capacidade, pode estar considerada em situações de desvantagem para o exercício de atividades consideradas normais tendo em conta a idade, o sexo e os fatores socioculturais dominantes. (art.º 2.º Lei n.º 9/89, de 02/05) 93 O atestado Médico de Incapacidade Multiusos é por regra passado pelos serviços de Saúde ou pelo IEFP. 64

65 Entidades abrangidas Para efeitos do presente Código consideram-se entidades sem fins lucrativos, nomeadamente, as seguintes: Instituições particulares de solidariedade social; Igrejas, associações e confissões religiosas; Associações, fundações, comissões especiais e cooperativas; Associações de empregadores, sindicatos e respetivas uniões, federações e confederações; Ordens profissionais; Partidos políticos; Casas do povo; Caixas de crédito agrícola mútuo; Entidades empregadoras do pessoal do serviço doméstico; Condomínios de prédios urbanos Taxa contributiva As entidades empregadoras sem fins lucrativos têm direito à redução da taxa contributiva global. A taxa contributiva é determinada em função do âmbito material de proteção e pela dedução da percentagem imputada à parcela da solidariedade laboral correspondente ao respetivo âmbito material ( 94 ). O disposto no presente capítulo não é aplicável às entidades e serviços públicos, nomeadamente às entidades da administração direta e indireta do Estado, das regiões autónomas e da administração local, bem como às respetivas instituições personalizadas ou de utilidade pública ( 95 ). A taxa contributiva relativa aos trabalhadores de entidades sem fins lucrativos é, quando referente a todas as eventualidades, de 33,3%, quer sejam IPSS s ou outras Entidades sem fins lucrativos é, quando referente também a todas as eventualidades, de 33,3%, conforme consta do quadro seguinte. 94 No caso dos Trabalhadores do Ensino Português no estrangeiro, o Instituto Camões comparticipa com a taxa contributiva aplicável que é de 5%. 95 Alteração produzida pela redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro. 65

66 Trabalhadores ao serviço de entidades sem fins lucrativos Situação Taxas Contributivas face à Entidade Trabalhador legislação Empregadora Total Articulado de apoio Anterior 11% 20,6% 31,6% art.º 27.º D.Lei n.º 199/99 Anterior 11% 19,6% 30,6% art.º 30.º D.Lei n.º 199/99 Nova Art.º 112.º 11% 22,3% 33,3% (Para futuro) Lei n.º 110/2009 IPSS s b) n.º 1 Art.º Em % 22% 33% 281.º Lei n.º 110/2009 Outras c) n.º 1 Art.º Em % 22,3% 33,3% 281.º Lei n.º 110/2009 Porém de acordo com a alínea b) do art.º 281 do presente Código esta nova taxa é gradual com progressividades diferentes até atingir aquele valor global em 2017, no caso das IPSS s ( ajustamento feito de acordo com a Lei n.º 119/2009, de 30 de Dezembro ). Ou 2014 e se mantém, conforme se trate de Outras Entidades Sem Fins Lucrativos, com base na alínea c) do art.º 281 do presente Código, de acordo com os quadros que se seguem. Trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social Ano Trabalhador Ent. Empregadora Total % 20% 31% % 20,4% 31,4% % 20,8% 31,8% % 21,2% 32,2% % 21,6% 32,6% % 22% 33% % 22,3% 33,3% Trabalhadores das demais entidades sem fins lucrativos Ano Trabalhador Ent. Empregadora Total % 21% 32% % 21,4% 32,4% % 21,8% 32,8% % 22,3% 33,3% Trabalhadores que exercem funções sindicais Âmbito pessoal 66

67 São abrangidos pelo regime geral ( 96 ) os dirigentes e os delegados sindicais na situação de faltas justificadas que excedam o crédito de horas e na situação de suspensão do contrato de trabalho para o exercício de funções sindicais, nos termos da legislação laboral. Para efeitos de segurança social, as associações sindicais são consideradas entidades empregadoras dos dirigentes e delegados sindicais na situação de faltas justificadas que excedam o crédito de horas e na situação de suspensão do contrato de trabalho para o exercício de funções sindicais. O disposto nos itens anteriores não se aplica aos dirigentes e delegados sindicais abrangidos por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho que preveja funções sindicais a tempo inteiro ou outras situações específicas, por o direito às prestações retributivas ser garantido pela entidade empregadora Base de incidência Constitui base de incidência contributiva a compensação paga pelas associações sindicais aos dirigentes e delegados sindicais pelo exercício das correspondentes funções sindicais Trabalhadores do Serviço Doméstico Âmbito pessoal São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os trabalhadores que prestem a outrem, de forma remunerada, com carácter regular, sob a sua direção e sua autoridade, atividades destinadas à satisfação das necessidades próprias ou específicas de um agregado familiar, ou equiparado, nos termos definidos em legislação própria. Destacam-se das referidas atividades desenvolvidas as seguintes: Confeção de refeições; Lavagem e tratamento de roupas; Limpeza e arrumo de casa; Vigilância e assistência a crianças, pessoas idosas e doentes; Tratamento de animais domésticos; Execução de serviços de jardinagem; Execução de serviços de costura; Coordenação e supervisão de tarefas do tipo mencionadas anteriormente; Execução de tarefas externas relacionadas com as anteriores. A prestação deste serviço com carácter acidental, não é considerado abrangido por este regime. 96 Este e o número seguinte foram Artigos ( 115-A e 115- B ) aditados pela Lei 83-C/2013, de 31 de dezembro. 67

68 Pessoas excluídas São excluídas do âmbito de aplicação do presente regime as pessoas ligadas à entidade empregadora pelos seguintes vínculos familiares: O cônjuge; Os descendentes até ao 2.º grau ou equiparados e afins; Os ascendentes ou equiparados e afins; Os irmãos e afins. São igualmente excluídas as pessoas que em relação à entidade empregadora se encontrem em regime de união de facto, por com ela viverem há mais de dois anos em condições análogas às dos cônjuges Inscrição e enquadramento na Segurança Social O empregador tem de inscrever o trabalhador doméstico na Segurança Social da área onde ele irá trabalhar, se este não estiver inscrito. A Segurança Social enquadra o trabalhador e inscreve-o no regime geral de trabalhador por conta de outrem ( que inclui o serviço doméstico). O trabalhador recebe uma carta a confirmar a inscrição, com o Número de Identificação da Segurança Social (NISS) Base de incidência contributiva Base de incidência contributiva do trabalho em regime horário e diário Constitui base de incidência contributiva a remuneração convencional calculada com base no número de horas ou de dias de trabalho prestados e a remuneração horária ou diária determinada, de acordo com as seguintes fórmulas: Rd = IAS / 30 e Rh = IAS 12 / Nestas fórmulas, Rd corresponde ao valor da remuneração diária, IAS ao valor do indexante dos apoios sociais e Rh ao valor da remuneração horária, conforme quadro abaixo indicado. Para determinação das contribuições devidas por trabalho prestado por trabalhadores não contratados ao mês em regime de tempo completo é considerado o valor da remuneração horária, não podendo, em qualquer circunstância, ser inferior a 30 horas por cada trabalhador e respetiva Entidade Empregadora. Há no entanto que salvaguardar que desde 1994, e por força do Dec. Lei n.º 326/93, de 25 de Setembro, é requerido um mínimo de 120 dias para efeitos de contagem e formação de densidade de um ano com vista à taxa de formação para efeitos de reforma, pelo que para validar esta situação é necessário um número mínimo de 80 horas mensais. Caso contrário com 30 horas mensais ( se só descontar por uma Entidade ), tem necessidade de descontar 3 anos para contar um com densidade mínima. 68

69 Cálculo da remuneração diária e horária, conforme quadro seguinte. REMUNERAÇÕES DE PESSOAL DO SERVIÇO DOMÉSTICO ( Consideradas com o mesmo valor de IAS de 2010 ) Remuneração Mensal (RM) = IAS = 419,22 IAS Remuneração Diária (RD) = = 13,97 30 IAS x 12 Remuneração Horária (RH) = = 2,42 52x Base de incidência contributiva para trabalho em regime de tempo completo A base de incidência contributiva dos trabalhadores contratados ao mês em regime de tempo completo corresponde à remuneração efetivamente recebida ou pelo menos 505,00,sem prejuízo do disposto seguinte. Mediante acordo escrito ( 97 ) entre o trabalhador e a entidade empregadora, pode ser considerada como base de incidência a remuneração efetivamente auferida nos termos do disposto (Regime Geral) nos artigos 44.º e seguintes (delimitação da base de incidência contributiva ). Nas situações em que os trabalhadores com contrato mensal não prestem serviço durante todo o mês, por motivo de admissão, cessação de contrato de trabalho, baixa por doença ou qualquer outra causa, é considerada a remuneração correspondente ao número de dias de trabalho efetivamente prestado. Nas situações de trabalhadores com contrato mensal, tratando-se de remuneração convencional ( 98 ), a remuneração diária é determinada nos termos das fórmulas (diária e horária ) indicadas no ponto anterior. A opção ( 99 ) pela base de incidência do Regime Geral ( com delimitação da base de incidência contributiva ), só pode ser formulada se o trabalhador tiver idade inferior à prevista no mapa do anexo I do Código ( em 2010 era de 56 anos e em 2016 é de 59 anos ) e a capacidade para o exercício da atividade se encontre atestada por médico assistente. 97 A Entidade Empregadora deve remeter à Segurança Social cópia do contrato de acordo e também atestado comprovativo da capacidade para o exercício dessa atividade conforme determina o n.º 5 do art.º 120.º do Código, e os efeitos do contrato são considerados a partir do mês seguinte ao da apresentação do documento. O Trabalhador tem de ter idade inferior à que está considerada na Tabela do anexo 1, para 2015 de 58,5 anos. A eventual atualização da remuneração do Trabalhador deve ser comunicada pela Entidade Empregadora à Segurança Social no prazo de 5 dias. 98 Ter em atenção a alínea e) do art.º 48.º, alterado pelo art.º 69.º do OE 2011, quanto à não exigência das contribuições destas rúbricas. Os valores correspondentes a subsídios de férias, de Natal e outros análogos relativos a bases de incidência convencionais. 99 A alteração para opção deve ser comunicada no prazo de 5 ( cinco ) dias. 69

70 Taxa contributiva A taxa contributiva relativa aos trabalhadores do serviço doméstico, quando o âmbito material da proteção não integre a eventualidade de desemprego, é de 28,3 %, sendo, respetivamente, de 18,9 % e de 9,4 % para as entidades empregadoras e para os trabalhadores. Quando o âmbito material de proteção integrar a eventualidade de desemprego, a taxa contributiva é de 33,3 %, sendo, respetivamente, de 22,3 % e de 11 % para as entidades empregadoras e para os trabalhadores. No quadro seguinte faz-se a demonstração das diferenças de taxas a vigorar em 2010 e as novas taxas que entraram em vigor em Janeiro de À taxa contributiva a cargo das entidades empregadoras dos trabalhadores do serviço doméstico não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato. Situação face à legislação Trabalhadores do serviço doméstico Trabalhador Taxas Contributivas Entidade Total Empregadora Articulado de apoio Anterior Sem Desemprego 9,3% 17,4% 26,7% art.º 28.º D.Lei n.º Com Desemprego 11% 20,6% 31,6% 199/9 Nova Sem Desemprego 9,4% 18,9% 28,3% Art.º 121.º Lei n.º Com Desemprego 11% 22,3% 33,3% 110/2009 O pagamento das contribuições pode também ser efetuado nas Instituições Bancárias, conforme consta do quadro do ponto adiante indicado Ajustamento progressivo da base de incidência contributiva dos trabalhadores do serviço doméstico A base de incidência contributiva dos trabalhadores do serviço doméstico prevista no n.º 1 do artigo 120.º do Código Contributivo, foi fixada em 85 % do valor do IAS para o ano de 2011 e no valor de um IAS a partir de 2012 ( 100 ), sendo esta a situação que continua a vigorar em A convergência referida no item anterior produziu efeitos no dia 1 de Janeiro do ano em causa. Resumo das Situações dos Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados em categorias ou situações específicas 100 De acordo com n.º 2 do art.º 6.º da Lei n.º 119/2009, de 30 de Dezembro, que vem ajustar os valores e as situações a partir de Janeiro de

71 Nos dois quadros seguintes estão resumidas todas as situações das categorias de trabalhadores tratadas nestes pontos 5.2 e 5.3, designadamente quanto a eventualidades cobertas, taxas e articulado de apoio, conforme por regra não é mencionado no início do texto, relativo a cada categoria de Trabalhador. Regimes Aplicáveis a Trabalhadores integrados em Categorias ou Situações Específicas Eventualidades - Taxas Contributivas Articulado de Apoio Situação por actividade Taxa Articulado de Eventualidades Cobertas Anterior Actual apoio Trabalhadores Pesca Local e Costeira, Apanhadores de Espécies Marinhas e Pescadores Apeados Incentivos à Permanência no Mercado Trabalho Incentivo à contratação de Trabalhadores com Deficiência Trabalhadores ao Serviço de Entidades Empregadoras sem fins Lucrativos Trabalhadores que exercem Funções Públicas Trabalhadores do Serviço Doméstico Regimes Aplicáveis a Trabalhadores integrados em Categorias ou Situações Específicas Eventualidades - Taxas Contributivas Articulado de Apoio Situação por Taxa Articulado de actividade Eventualidades Cobertas Anterior Actual apoio Membros dos Orgãos Estatutários Membros dos Orgãos Estatutários, com funções de Gerência e Administração Trabalhador no Domicílio Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais, Velhice e Morte Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte e Desemprego a) Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte e Desemprego b) Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais, Desemprego Invalidez, Velhice e Morte Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte 29% 29% 26,5% 25,3% 23,5% 22,9% 32,5% 33,3% 23,8% 29% 26,7% 31,6% 31,25% 29,6% 31,25% 34,75% 30% 29,6% 34,75% 29,6% 28,3% 33,3% a) Com a taxa mais elevada têm direito a todas as eventualidades do Regime Geral, Quanto à taxa menor o Desemprego è da responsabilidade da EE ( Lei n.º 4/2009 ) b) Com a taxa mais elevada têm direito à eventualidade de Desemprego art.º 97.º a art.º 99.º da Lei n.º 110/2009 art.º 105.º a art.º 107.º da Lei n.º 110/2009 art.º 108.º a art.º 109.º da Lei n.º 110/2009 art.º 110.º a art.º 112.º da Lei n.º 110/2009 art.º 91-C n.º 1 e 91-C n.º 2 e 3 Lei n.º 110/2009 art.º 116.º a art.º 121.º da Lei n.º 110/2009 art.º 61.º a art.º 70.º da Lei n.º 110/2009 Lei n.º 66- B/2012 art.º 71.º a art.º 73.º da Lei n.º 110/

72 Praticantes Desportivos Profissionais Trabalhador em Regime de Contrato de Trabalho de Muito Curta Duração Trabalhador em Situação de Pré- Reforma Pensionistas em Actividade Trabalhadores de Actividades Agrícolas 5.4. Parentalidade Doenças Profissionais, Invalidez, Velhice e Morte Invalidez, Velhice e Morte - Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice, Morte e Desemprego b) Parentalidade Doenças Profissionais, Invalidez, Velhice e Morte c) Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte 28,5% 33,3% 34,75% 21,6% 26,5% 23,1% 26,1% a) 34,75% 26,9% 28,2% 23,9% 32,5% 33,3% a) Taxa da responsabilidade da Ent.Empregadora b) Em regime de Suspensão não conferem direito às eventualidades de Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais e Desemprego c) Os Pensionistas de Velhice não têm direito à eventualidade de Invalidez art.º 74.º a art.º 79.º da Lei n.º 110/2009 art.º 80.º a art.º 83.º da Lei n.º 110/2009 art.º 84.º a art.º 88.º da Lei n.º 110/2009 art.º 89.º a art.º 91.º da Lei n.º 110/2009 art.º 95.º a art.º 96.º da Lei n.º 110/2009 REGIME APLICÁVEL ÀS SITUAÇÕES EQUIPARADAS A TRABALHO POR CONTA DE OUTRÉM Membros das igrejas, associações e confissões religiosas Âmbito pessoal São abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, como beneficiários, os membros do clero secular e religioso da Igreja Católica, os membros dos institutos religiosos, das sociedades de vida apostólica e dos institutos seculares da Igreja Católica, bem como os membros do governo das outras igrejas, associações e confissões religiosas legalmente existentes nos termos da lei. São ainda abrangidos pelo disposto no item anterior: Os religiosos e as religiosas que tenham votos ou compromissos públicos e vivam em comunidade ou a ela pertençam; Os noviços e as noviças, nas condições da parte final do item anterior; Os ministros das confissões não católicas que desempenhem o seu múnus em atividades de formação próprias daquelas confissões. São ainda abrangidos pelo regime geral com algumas especificidades, como contribuintes: 72

73 as dioceses, os institutos religiosos, os institutos seculares, as sociedades da vida apostólica, as fábricas da Igreja e os centros paroquiais da Igreja Católica, bem como as demais associações ou confissões religiosas legalmente existentes, de que dependam ou em que se integrem os beneficiários Enquadramento Geral O enquadramento dos beneficiários no âmbito deste regime é efetuado por referência a uma única entidade contribuinte, independentemente do número de entidades de que dependam ou em que se integrem Enquadramento facultativo O enquadramento ao abrigo deste regime é facultativo nos casos em que a atividade religiosa seja secundária e o exercício da atividade principal não religiosa determine a inscrição obrigatória num regime de segurança social. Considera-se atividade secundária a que for exercida, em média, por período inferior a 30 horas semanais Âmbito material Os beneficiários referidos no âmbito pessoal deste regime, têm direito à proteção nas eventualidades de invalidez e velhice, podendo estes mesmos beneficiários, optar por um âmbito de proteção material que inclui a doença, parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte. O direito de opção previsto no item anterior é exercido mediante acordo escrito entre a entidade contribuinte e o beneficiário Base de incidência contributiva A base de incidência contributiva corresponde ao valor de um indexante dos apoios sociais, no entanto os beneficiários abrangidos por este regime, podem requerer que a base de incidência contributiva seja fixada de acordo com um dos escalões previstos para o regime de seguro social voluntário. À opção pela incidência prevista no item anterior aplicam-se as regras de alteração da base de incidência contributiva previstas no regime do seguro social voluntário. O direito de opção previsto, é exercido mediante acordo escrito entre a entidade contribuinte e o beneficiário, o que deve ser requerido à Segurança Social e donde conste o respetivo escalão, tendo este efeitos a partir do mês seguinte ao da apresentação do requerimento Taxa contributiva A taxa contributiva relativa ao âmbito material de proteção previsto no n.º 1 do artigo 125.º ( eventualidades de Invalidez e Velhice ) é de 23,8 %, e relativa ao âmbito material 73

74 de proteção previsto no n.º 2 do artigo 125.º ( eventualidades do Regime Geral, com exceção de Desemprego ) ( 101 ) é de 28,3 %, conforme quadro seguinte. Membros das Igrejas, Associações e Confissões religiosas Situação face à legislação Eventualidades cobertas Trabalhador Taxas Contributivas Entidade Total Empregadora Articulado de apoio Anterior Invalidez, Velhice e Morte 4% 8% 12% art.º 29.º D.Lei n.º 199/9 Nova (Para futuro) Em 2016 Invalidez, Velhice e Morte Doença, Parentalidade Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte Invalidez, Velhice e Morte Doença, Parentalidade Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte 7,6% 16,2% 23,8% 8,6% 19,7% 28,3% 7,6% 14% 21,6% 8,6% 16,7% 25,3% Art.º 127.º Lei n.º 110/2009 Art.º 281.º Lei n.º 110/2009 A progressividade da nova taxa começou em 2011 com os 14%,, vai atingir os 23.8% em 2018, conforme consta da tabela seguinte, de acordo com o que está previsto no n.º 1 do art.º 127.º ( Membros das Igrejas Associações e Confissões Religiosas só com direito às eventualidades de Invalidez e Velhice). Membros das igrejas, associações e confissões religiosas Ano Ent. Empregadora Trabalhador Total % 5% 14% % 6% 16% % 7% 18% % 7,6% 19,6% % 7,6% 20,6% % 7,6% 21,6% % 7,6% 22,6% ,2% 7,6% 23,8% De igual modo a progressividade da nova taxa começou em 2011 com os 15,35%, com mais eventualidades cobertas e vai atingir os 28,3%, em 2018, conforme consta da tabela seguinte de acordo com o que seja prevista no n.º 2 do art.º 127.º ( Membros das Igrejas Associações e Confissões Religiosas com direito a todas as eventualidades de Doença, Parentalidade, Doenças Profissionais e Invalidez, Velhice e Morte). 101 A opção pelo âmbito das prestações mais alargado, deve ser feita mediante acordo entre as partes e remeter cópia do mesmo à Segurança Social, tendo este efeitos a partir do mês seguinte ao da apresentação do requerimento. 74

75 Membros das igrejas, associações e confissões religiosas Ano Ent. Empregadora Trabalhador Total ,7% 5,6% 15,3% ,7% 6,6% 17,3% ,7% 7,6% 19,3% ,7% 8,6% 21,3% ,7% 8,6% 23,3% ,7% 8,6% 25,3% ,7% 8,6% 27,3% ,7% 8,6% 28,3% À taxa contributiva a cargo das entidades contribuintes não se aplica o disposto no artigo 55.º, ou seja, a redução ou aumento percentual determinado pelo tipo de contrato Cessação da obrigação de contribuir Estas entidades contribuintes podem requerer a cessação ( 102 ) da obrigação de contribuir relativa aos beneficiários que tendo completado 65 anos de idade tenham uma carreira contributiva igual ou superior a 40 anos Trabalhadores em Regime de acumulação Âmbito Pessoal São abrangidos pelo Regime Geral, com algumas especificidades, os Trabalhadores que acumulem trabalho por conta de outrem com atividade Independente ( 103 ) para a mesma Entidade Empregadora ou para empresa do mesmo Agrupamento Empresarial. Requisitos relativos ao regime da acumulação São requisitos de consideração de trabalho em Regime de acumulação: acumulação de trabalho dependente com atividade independente; para a mesma empresa ou agrupamento empresarial Conforme se documenta no quadro a seguir: 102 A não inclusão do Trabalhador na Declaração de Remunerações é considerada como cessação. 103 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro 75

76 Ou seja: Se for TCO ou MOE dessa Empresa e aí prestar serviços, tem que passar a constar na Declaração de Rendimentos mensal da Empresa (com o código P (remuneração) e com o código H (honorários), na mesma Declaração Remunerações e com a mesma taxa. Se for TCO ou MOE e prestar serviços à Empresa do Grupo, essa empresa terá que elaborar Declaração Autónoma com o código H (honorários) e sem n.º dias e a questão dos 5%, para a entidade contratante, não se coloca nestes prestadores de serviços, já que passam a estar suspensos do Regime de Independentes, enquanto se verificar essa simultaneidade com o Regime Geral. Todavia, se a prestação de serviços for a outra Empresa que não seja do grupo empresarial, o enquadramento no Regime dos Independentes mantém-se em aberto (ativo), e o profissional livre, como independente, pode beneficiar da isenção, como referimos supra, e a ser assim, liberta a Entidade Contratante da obrigação contributiva dos 5%. Reportando estas situações e outras, para um novo quadro, vamos encontrar aqui situações novas de exclusão ( suspensão ) do Regime de independentes por acumulação, mas também outras na situação de ativo por não se verificar a acumulação. Permite este quadro, colocar outro conjunto de situações possíveis, conjugando-as com os números que identificam cada situação profissional. 76

77 Grupo ou Agrupamento de Empresas Conceito de Agrupamento empresarial para efeitos do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, tal como consta do sítio de internet da Segurança Social As normas constantes dos artigos 129.º e 140.º do Código dos Regimes Contributivos, que estabelecem determinados direitos e obrigações para trabalhadores e entidades empregadoras que pertencem ao mesmo agrupamento empresarial, referem-se às sociedades coligadas previstas nas alíneas c) e d) do artigo 482.º do Código das Sociedades Comerciais, ou seja, às sociedades em relação de domínio e às sociedades em relação de grupo. Sociedades em relação de domínio Este tipo de relação traduz-se no exercício pela sociedade dominante de uma influência sobre a dependente traduzida nas circunstâncias (alternativas e não cumulativas) de aquela, direta ou indiretamente: Ter uma participação maioritária de capital; Dispor de mais de metade dos votos; Ter a possibilidade de designar mais de metade dos membros do órgão de administração ou do órgão de fiscalização. Sociedades em relação de grupo A relação de grupo pode constituir-se nas seguintes modalidades: 77

78 Relação de domínio total inicial - permite que uma sociedade possa constituir, mediante escritura pública por ela outorgada, uma sociedade anónima de cujas ações ela seja a única titular (artigo 488.º). Relação de domínio total superveniente - sociedade que direta ou indiretamente (através de outras sociedades ou pessoas) tem o domínio total de outra sociedade por não haver outros sócios na sociedade dependente (artigo 489.º). Relação de grupo paritário, duas ou mais sociedades, que não sejam dependentes nem entre si nem de outras sociedades, através de contrato, constituem um grupo de sociedades que aceita submeter-se a uma direção unitária e comum (artigo 492.º) Relação de grupo de subordinação, que se constitui por contrato através do qual uma sociedade subordina a sua própria atividade à direção de outra sociedade quer seja sua dominante, quer não (artigo 493.º). Sociedades de Transparência Fiscal Independentemente da situação atual, ou seja, de estarem ou não enquadradas como MOE s e de terem uma remuneração atribuída ou não, doravante ( ), em termos de Segurança Social passam todos a descontar como pelo valor dos seus resultados apurados, relativamente a cada sócio da Sociedade de Profissionais, pelo que devem enquadrar-se todos os sócios, mesmo aqueles que apresentem as condições de isenção, no Regime dos trabalhadores Independentes, mesmo as Sociedades Unipessoais de transparência fiscal. De notar, que esta situação tem a ver apenas com a, mantendo-se o que está definido para efeito de enquadramento fiscal Base de Incidência Contributiva A base de incidência contributiva referente à atividade profissional Independente corresponde ao montante ilíquido dos honorários ( 105 ) devidos pelo seu exercício Taxa Contributiva A taxa contributiva relativa aos Trabalhadores atrás referidos, é exatamente a mesma que for aplicada aos Trabalhadores Independentes, ou seja, de 29,6% REGIME DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES Âmbito de Aplicação Trabalhadores abrangidos 104 Já assim acontecia ao abrigo do Dec. Lei n.º 328/93, mas de facto não estava a ser considerado e a verdade é que a grande maioria dos Sócios ou Membros das Sociedades de Transparência fiscal, continuam a estar enquadrados no âmbito do Regime Geral e vão ter agora de se enquadrar corretamente no Regime dos Trabalhadores Independentes. 105 Esses valores devem constar da mesma Declaração de Remunerações mensal, com o Código H. 78

79 São obrigatoriamente abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes as pessoas singulares que exerçam atividade profissional sem sujeição a contrato de trabalho ou a contrato legalmente equiparado, ou se obriguem a prestar a outrem o resultado da sua atividade, e não se encontrem por essa atividade abrangidos pelo regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem ( 106 ) Categorias de trabalhadores abrangidos São, designadamente, abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes: As pessoas que exerçam atividade profissional por conta própria geradora de rendimentos a que se reportam os artigos 3.º e 4.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares; Os sócios ou membros das sociedades de profissionais ( 107 ) definidas na alínea a) do n.º 4 do artigo 6.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas; Os cônjuges dos trabalhadores referidos no 1.º item, que com eles exerçam efetiva atividade profissional com carácter de regularidade e de permanência ( 108 ); Os sócios de sociedades de agricultura de grupo ainda que nelas exerçam atividade integrados nos respetivos órgãos estatutários; Os titulares de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas, ainda que a atividade nelas exercida se traduza apenas em atos de gestão, desde que tais atos sejam exercidos diretamente, de forma reiterada e com carácter de permanência ( atividade regular ). 106 O impresso de requerimento de Enquadramento no Regime dos T.I. s é o Mod. RV 1000 DGSS. 107 Transparência fiscal do CIRC - Artigo 6.º 1 - É imputada aos sócios, integrando-se, nos termos da legislação que for aplicável, no seu rendimento tributável para efeitos de IRS ou IRC, consoante o caso, a matéria coletável, determinada nos termos deste Código, das sociedades ( ) a) Sociedades civis não constituídas sob forma comercial; b) Sociedades de profissionais; c) Sociedades de simples administração de bens, ( ) 4 - Para efeitos do disposto no n.º 1, considera-se: a) Sociedade de profissionais - a sociedade constituída para o exercício de uma atividade profissional especificamente prevista na lista de atividades a que alude o artigo 151.º do Código do IRS, na qual todos os sócios pessoas singulares sejam profissionais dessa atividade;( ) Independentemente da situação atual, ou seja, de estarem ou não enquadradas como MOE s e de terem uma remuneração atribuída ou não, doravante, em termos de Segurança Social passam a descontar como Trabalhadores Independentes, pelo valor dos seus resultados apurados, relativamente a cada sócio da Sociedade de Profissionais, pelo que devem enquadrarse todos os sócios, mesmo aqueles que apresentem as condições de isenção, no Regime dos trabalhadores Independentes. De notar, que esta situação tem a ver apenas com a Segurança Social, mantendo-se o que está definido para efeito de enquadramento fiscal. 108 Os Beneficiários do Regime de Independentes nas condições e situações exigidas ( alínea a) do n.º 1 do art.º 133.º do Código ) devem comunicar obrigatoriamente o início de atividade dos cônjuges nesse próprio mês., através de formulário próprio Modelo RV 1009/2001 DGSS. 79

80 As pessoas que vivem em união de facto nas condições previstas na Lei n.º 7/2001, de 11 de maio, alterada pela Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto, são abrangidas pelo regime dos trabalhadores independentes ( 109 ) nos termos aplicáveis aos cônjuges. O caráter de permanência afere-se pela adstrição dos titulares de explorações agrícolas ou equiparadas a atos de gestão que exijam uma atividade regular, embora não a tempo completo Categorias de trabalhadores especialmente abrangidos São obrigatoriamente abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes com as especificidades previstas no presente título: Os produtores agrícolas que exerçam efetiva atividade profissional na exploração agrícola ou equiparada, bem como os respetivos cônjuges ( 110 ) que exerçam efetiva e regularmente atividade profissional na exploração; Os empresários em nome individual com rendimentos decorrentes do exercício de qualquer atividade comercial ou industrial, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º do Código do IRS, e os titulares de Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada, bem como os respetivos cônjuges que com eles exerçam efetiva atividade profissional com caráter de regularidade e de permanência; Trabalhadores com apoio à criação de atividade Independente. Para efeitos do número anterior: Consideram-se sendo equiparadas a explorações agrícolas as atividades e explorações de silvicultura, pecuária, hortofloricultura, floricultura, avicultura e apicultura, ainda que nelas a terra tenha uma função de mero suporte de instalações; Não se consideram explorações agrícolas as atividades e explorações que se destinem essencialmente à produção de matérias-primas para indústrias transformadoras que constituam, em si mesmas, objetivos dessas atividades Direito de opção das cooperativas As cooperativas de produção e serviços podem optar, nos seus estatutos, pelo enquadramento dos seus membros trabalhadores no regime dos trabalhadores independentes, mesmo durante os períodos em que integrem os respetivos órgãos de gestão e desde que se encontrem sujeitos ao regime fiscal dos trabalhadores por conta própria. Uma vez manifestado o direito de opção previsto no item anterior, este é inalterável pelo período mínimo de cinco anos. 109 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro 110 Nova redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro 80

81 Esta opção a tomar na altura ( já que o art.º 275.º do presente Código prevê a manutenção dos trabalhadores membros das cooperativas de produção e serviços, enquadrados no Regime à data da entrada em vigor do diploma ), deve ser devidamente ponderada, dado que é uma opção individual e podem coexistir na mesma Entidade trabalhadores com diferentes enquadramentos de Regime, foi por isso aqui considerada uma amostragem do apuramento de valores a ter em linha de conta por cada Regime, tendo por base um valor de vencimento ( ou honorários, conforme o caso ), de Apuramento de Encargos Mensais por Regime Cooperativas de Produção e Serviços Situação Entidade Independente 29,6 % Regime Geral 32% (21% + 11%) Prestação Serviços (70%) 1.489,08 Beneficiário (11%) 1.320,00 Entidade Empregadora (21%) 2.520,00 Entidade Contratante (5%) 600 Total 2.089, , Apuramentos feitos com base no valor de anuais Outras atividades abrangidas pelo Regime dos Trabalhadores Independentes Trabalhadores intelectuais. Presumem-se trabalhadores independentes os trabalhadores intelectuais, sendo como tais considerados os autores de obras protegidas nos termos do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, qualquer que seja o género, a forma de expressão e o modo de divulgação e utilização das respetivas obras, como criadores intelectuais no domínio literário, científico e artístico, nomeadamente: Os autores de obras literárias, dramáticas e musicais; Os autores de obras coreográficas, de encenação e pantomimas; Os autores de obras cinematográficas ou produzidas por qualquer processo análogo ao da cinematografia; Os autores de obras plásticas, figurativas ou aplicadas e os fotógrafos; 81

82 Os tradutores; Os autores de arranjos, instrumentações, dramatizações, cinematizações e outras transformações de qualquer obra Trabalhadores abrangidos por diferentes regimes O exercício cumulativo de atividade independente e de outra atividade profissional abrangida por diferente regime obrigatório de proteção social não afasta o enquadramento obrigatório no regime dos trabalhadores independentes, sem prejuízo do reconhecimento do direito à isenção da obrigação de contribuir. Consideram-se regimes obrigatórios de proteção social, para efeitos do item anterior, o regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem, ainda que com âmbito material reduzido, o regime de proteção social convergente dos trabalhadores que exercem funções públicas e os regimes de proteção social estrangeiro relevantes para efeitos de coordenação com os regimes de segurança social portugueses. Para efeitos do reconhecimento do direito à isenção da obrigação de contribuir, as situações de pagamento voluntário de quotas no âmbito do regime de proteção social convergente dos trabalhadores que exercem funções públicas e dos regimes de proteção social estrangeiros relevantes para efeitos de coordenação com os regimes de segurança social portugueses são equiparadas a regimes obrigatórios de proteção social Trabalhadores a exercer atividade em país estrangeiro Os trabalhadores independentes que vão exercer a respetiva atividade em país estrangeiro por período determinado podem manter o seu enquadramento neste regime ( 111 ). Salvo o disposto em instrumento internacional a que Portugal se encontre vinculado, o período a que se refere o item anterior tem o limite de um ano, podendo ser prorrogado por outro ano, a requerimento do interessado, mediante autorização da entidade competente. Quando se trate de trabalhador independente cujos conhecimentos técnicos ou aptidões especiais o justifiquem ( 112 ), a autorização pode ser dada por período superior ao previsto no item anterior Situações excluídas São excluídos do âmbito pessoal do regime dos trabalhadores independentes: Os advogados e os solicitadores que, em função do exercício da sua atividade profissional, estejam integrados obrigatoriamente no âmbito pessoal da respetiva Caixa de Previdência, mesmo quando a atividade em causa seja exercida na 111 O impresso de requerimento de Manutenção de Enquadramento no Regime dos Trabalhadores Independentes é o Mod. RV 1024 DGSS. 112 São situações normalmente equiparáveis ao do destacamento de Trabalhadores, que se passa com as Entidades Empregadoras, mas que neste caso se trata de Pessoa Singular. 82

83 qualidade de sócios ou membros das sociedades referidas na alínea b) do artigo 133.º ( Sociedade de Profissionais ) ( 113 ); Os titulares de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas, ainda que nelas desenvolvam alguma atividade, desde que da área, do tipo e da organização da exploração se deva concluir que os produtos se destinam predominantemente ao consumo dos seus titulares e dos respetivos agregados familiares e os rendimentos de atividade não ultrapassem o montante anual de quatro vezes o valor do IAS 1.676,88 ( 114 ); Trabalhadores que acumulem funções como Trabalhador por Conta de Outrem (TCO) ou Membro de Órgãos Estatutários (MOE) com a atividade de trabalhador independente para a mesma entidade ou entidades do mesmo grupo empresarial (neste caso o trabalhador independente é equiparado a TCO, sendo os seus honorários recebidos pela sua atividade independente sujeitos à taxa contributiva de TCO ou MOE); Os trabalhadores que exerçam em Portugal, com carácter temporário, atividade por conta própria e que provem o seu enquadramento em regime de proteção social obrigatório de outro país ( 115 ). Os proprietários de embarcações de pesca local e costeira, que integrem o rol de tripulação e exerçam efetiva atividade profissional nestas embarcações ( 116 ); Os apanhadores de espécies marinhas e os pescadores apeados. Os titulares de rendimentos da categoria B resultantes exclusivamente da produção de eletricidade por intermédio de unidades de microprodução ( 117 ), quando estes rendimentos sejam excluídos de tributação em IRS, nos termos previstos no regime jurídico próprio; Os agricultores que recebam subsídios ou subvenções no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) de montante anual inferior a quatro vezes o valor do IAS e que não tenham quaisquer outros rendimentos suscetíveis de os enquadrar no regime dos trabalhadores independentes. Para efeitos do item anterior ( estrangeiros que exerçam em Portugal ) apenas relevam os regimes de proteção social estrangeiros cujo âmbito material integre, pelo menos, as eventualidades de invalidez, velhice e morte, sendo ainda aplicável, com as devidas adequações ( limites temporais indicados superiores a 1 ano) Entidades contratantes 113 Quando porém exercerem outra atividade que em complemento com a Advocacia tenha também outro enquadramento nas Finanças, aí sim já se coloca a questão de um outro enquadramento no Regime de Independentes. 114 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro 115 O impresso de requerimento de Exclusão de Enquadramento no Regime dos Trabalhadores Independentes Trabalhadores Estrangeiros é o Mod. RV 1025 DGSS. de 116 Os trabalhadores indicados neste item, bem como no seguinte, estão abrangidos pelo Regime Geral ao abrigo dos art.ºs 97.º a 99.º. 117 Neste e no item seguinte, consta a nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro 83

84 As pessoas coletivas e as pessoas singulares com atividade empresarial, independentemente da sua natureza e das finalidades que prossigam, que no mesmo ano civil beneficiem de pelo menos 80% do valor total da atividade de trabalhador independente, são abrangidas pelo presente regime na qualidade de entidades contratantes. A qualidade de entidade contratante é apurada apenas relativamente aos trabalhadores independentes que se encontrem sujeitos ao cumprimento da obrigação de contribuir e tenham um rendimento anual obtido com prestação de serviços igual ou superior a seis vezes o valor do IAS ( ). Para efeitos do item anterior considera-se como prestado à mesma entidade contratante os serviços prestados a empresas do mesmo agrupamento empresarial (ver ponto e Trabalho em Regime de Acumulação ). De acordo com as alterações legislativas entretanto ocorridas, a declaração do valor de atividade é feita por preenchimento de Anexo da Segurança Social (Anexo SS) ao modelo 3 da declaração do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), efectuada no prazo legal para a entrega da declaração fiscal, o qual é remetido para os serviços da Segurança Social pela entidade tributária competente. Quando esteja em causa o acesso a subsídio por cessação de atividade que ocorra em momento anterior ao prazo referido, a declaração do valor de atividade é efetuada com o requerimento do subsídio Âmbito material A proteção social conferida pelo regime dos trabalhadores independentes integra a proteção nas eventualidades de doença ( 119 ), parentalidade ( 120 ), doenças profissionais, invalidez, velhice e morte. Os trabalhadores independentes que sejam considerados economicamente dependentes de uma única entidade contratante beneficiam ainda do regime jurídico de proteção social na eventualidade de desemprego ( 121 ), estabelecido no Decreto-Lei n.º 65/2012, de 15 de março. Os trabalhadores independentes que sejam empresários em nome individual ou titulares de estabelecimento individual de responsabilidade limitada, e respetivos cônjuges 118 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro 119 O direito ao processamento do Subsídio tem um período de espera de 30 dias ( exceto nas situações de internamento e tuberculose ) e um período máximo de 365 dias ( salvo nas situações de internamento e tuberculose, sem limite de tempo ). Os trabalhadores independentes têm de pagar contribuições no primeiro mês de doença. Só a partir do 31º dia de doença é que deixam de contribuir, tendo a partir daí direito ao subsídio de doença. 120 Parentalidade Inclui: Subsídio por risco clínico durante a gravidez Subsídio por interrupção da gravidez Subsídio parental (subsídio parental inicial, subsídio parental inicial exclusivo do pai, subsídio parental inicial exclusivo da mãe e subsídio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro) Subsídio parental alargado Subsídio por adoção Subsídio por assistência a filhos com deficiência ou doença crónica 121 Nova redação dada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio 84

85 referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 134.º têm igualmente direito a proteção na eventualidade de desemprego ( 122 ), nos termos de legislação própria. Manutenção do direito na proteção social Nas situações de cessação ou suspensão do exercício de atividade de trabalho independente, nos termos previstos no presente Código, há lugar à manutenção do direito à proteção nas eventualidades de doença e de parentalidade, nos termos da legislação ao abrigo da qual o mesmo foi reconhecido. A cessação ou suspensão do exercício de atividade não prejudica o direito à proteção na eventualidade de parentalidade desde que se encontrem satisfeitas as respetivas condições de atribuição Relação Jurídica de Vinculação Comunicação de início de atividade A administração fiscal comunica oficiosamente, por via eletrónica, à instituição de segurança social competente o início de atividade dos trabalhadores independentes, fornecendo-lhe todos os elementos de identificação, incluindo o número de identificação fiscal. Com base na comunicação efetuada, nos termos do item anterior, a instituição de segurança social competente procede à identificação do trabalhador independente no sistema de segurança social, ou à atualização dos respetivos dados, caso este já se encontre identificado Inscrição e enquadramento A partir dos elementos constantes da comunicação referida no item anterior a instituição de segurança social competente procede à inscrição do trabalhador, quando necessário, e ao respetivo enquadramento no regime dos trabalhadores independentes A inscrição e o enquadramento dos trabalhadores independentes compete aos serviços do ISS, I. P., ou aos serviços da segurança social das Regiões Autónomas em cujo âmbito territorial se situe a residência do trabalhador, sem prejuízo do estabelecido quanto ao âmbito pessoal de caixas de previdência social ( 123 ). 123 A pessoa que se candidate a trabalho independente ou que o exerce tem direito à igualdade de oportunidades e de tratamento no acesso ao trabalho, à formação e às condições da prestação do serviço, não podendo ser beneficiada ou prejudicada em razão de qualquer factor de discriminação, consignado na Lei n.º 3/2011, de 15/02. Esta lei transpõe para a ordem jurídica interna, na parte respeitante ao trabalho independente e à legitimidade processual de organizações cujo fim seja a defesa ou a promoção dos direitos e interesses das pessoas contra a discriminação, algumas diretivas do Conselho Europeu. 85

86 Os trabalhadores independentes ( 124 ), estão sujeitos a enquadramento no regime mesmo que se encontrem nas condições determinantes do direito à isenção. O enquadramento dos cônjuges tem lugar mediante comunicação, está sujeito às limitações estabelecidas no presente regime e dá lugar a inscrição se esta ainda não existir, devendo a instituição de segurança social competente notificar o trabalhador independente da inscrição e do enquadramento efetuados, bem como dos respetivos efeitos Produção de efeitos No caso de primeiro enquadramento no regime dos trabalhadores independentes, o enquadramento só produz efeitos quando o rendimento relevante anual do trabalhador ultrapasse seis vezes o valor do IAS e após o decurso de pelo menos 12 meses, nestes termos: No 1.º dia do 12.º mês posterior ao do início de atividade quando tal ocorra em data posterior a Setembro e até final do ano; No 1.º dia do mês de Novembro ( 125 ) do ano subsequente ao do início de atividade nos restantes casos. No caso de reinício de atividade, o enquadramento produz efeitos no 1.º dia do mês do reinício. Em caso de cessação de atividade no decurso dos primeiros 12 meses, a contagem do prazo ( previsto no 1.º enquadramento ) é suspensa, continuando a partir do 1.º dia do mês do reinício da atividade, caso este ocorra nos 12 meses seguintes à cessação. No caso de requerimento apresentado por cônjuge de trabalhador independente, o enquadramento produz efeitos no mês seguinte ao da apresentação do requerimento, após prévia produção de efeitos de enquadramento do Trabalhador Independente. 1.º Enquadramento no Regime dos Trabalhadores Independentes ( Início de Actividade ) Anos Meses º exemplo início em 15AGO2014 Enquadra. I E Esta mesma lei é aplicável ao acesso e exercício do trabalho independente nos sectores privado, cooperativo e social, na administração pública central, regional e local, nos institutos públicos e em quaisquer pessoas coletivas de direito público. 124 Para efeitos da presente lei, entende-se por trabalho independente a actividade profissional exercida sem sujeição a contrato de trabalho ou situação legalmente equiparada. 125 No âmbito da produção dos efeitos do enquadramento as alterações produzidas ao Código foram com a redação dada pelas Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro e Lei n.º 83-C/2013, de 31/12. 86

87 01NOV º exemplo início em 28MAR2015 Enquadra. 01NOV º exemplo início em 09NOV2015 Enquadra. 01NOV2016 I I E E Enquadramentos no Regime dos Trabalhadores independentes Enquadramento Obrigatório Facultativo Situações 1º Enquadramento (12 ou mais meses) Outros enquadramentos Produção de Efeitos Reinício Cônjuges Independentes com R < 6 X IAS (alínea a) nº1 artº 146º) Independentes que antecipem 1º enquadramento obrigatório (alínea b) nº1 artº 146º) Efeitos do Enquadramento Dia 1, do 12º mês seguinte ao do início de atividade quando posterior a Setembro (alínea a), nº 2 art. 145º) Dia 1, do mês de Novembro nos restantes casos (alínea b), nº 2 artº 145º) Dia 1, do mês do reinício ( nº 3 artº 145º- L. 64- B/2012) Dia 1, do mês seguinte ao apresentação do requerimento ( nº 4 artº 145º ) Dia 1, do mês seguinte ao da apresentação do requerimento ( nº2 artº 146º ) Prazo Declaração Início Atividade Os prazos que anteriormente existiam ( à entrada em vigor do Código ), de entrega da documentação até ao dia 15, do 13º mês seguinte ao do início de atividade ( nos 1ºs enquadramentos ) ou até ao dia 15, do 2º mês seguinte ao do início de atividade ( nas outras situações ) deixou de existir, e no entretanto houve outras alterações por força das Leis n.º 55- A/2010, de 31/12, Lei n.º 64-B/2011, de 30/12, Lei n.º 20/2012, de 14/05 e Lei n.º 83-C/ 2013, de 31/12 Os dois quadros que foram apresentados identificam os diferentes enquadramentos que se verificam agora no Regime dos Trabalhadores Independentes, e que nalguns aspetos são substancialmente diferentes dos Enquadramentos anteriores à entrada em vigor do Código e suas alterações até à presente data. Produção de efeitos facultativa 87

88 Como vimos no 1.º quadro anterior, os trabalhadores independentes podem requerer que o enquadramento facultativo neste regime produza efeitos: Quando o rendimento relevante anual seja igual ou inferior a seis vezes o valor do IAS; Em data anterior às datas previstas nos enquadramentos obrigatórios. Nas situações previstas nos itens anteriores o enquadramento produz efeitos no 1.º dia do mês seguinte ao da apresentação do requerimento. O Dec. Lei n.º 121/2007, de 25/11, veio definir que a comunicação do início e cessação de atividade Independente, passa a ser oficiosa por virtude da comunicação recebida da Administração Fiscal Cessação do enquadramento A cessação do exercício da atividade por conta própria determina a cessação do enquadramento no regime dos trabalhadores independentes. A cessação do enquadramento é efetuada oficiosamente com base na troca de informação com a administração fiscal relativa à participação de cessação do exercício de atividade. Sem prejuízo do disposto nos itens anteriores, o enquadramento pode ainda cessar a requerimento dos trabalhadores quando se tratar de enquadramento facultativo por rendimento reduzido ( igual ou inferior a 6 vezes o valor do IAS ). Neste caso a cessação do enquadramento no regime produz efeitos a partir do 1.º dia do mês seguinte àquele em que cesse a atividade. O enquadramento dos cônjuges dos trabalhadores independentes cessa quando se verifique qualquer das seguintes situações: Cessar a atividade do trabalhador independente; Cessar a sua atividade; Quando se verifique o início de atividade independente própria ( * ). O enquadramento dos cônjuges dos trabalhadores independentes cessa ainda pela: Dissolução do casamento( * ) ; Declaração de nulidade do casamento( * ) ; Anulação do casamento ( * ); Separação judicial de pessoas e bens( * ). A comunicação dos factos determinantes da cessação de enquadramento indicados com ( * ) é obrigatoriamente efetuada pelo cônjuge até ao final do mês em que os factos se verifiquem. 88

89 Comprovação de elementos Sempre que os elementos obtidos com base na troca de informação com a administração fiscal suscitem dúvidas, a instituição de segurança social competente deve solicitar aos trabalhadores os elementos necessários à sua comprovação. O incumprimento da solicitação prevista no número anterior constitui contraordenação leve ( Coima mínima 50 ), quando seja cumprida nos 10 dias subsequentes ao termo do prazo e constitui contraordenação grave ( Coima mínima 300 ) nas demais situações ( ver ponto ) Relação Jurídica Contributiva Facto constitutivo da obrigação contributiva A obrigação contributiva dos trabalhadores independentes constitui-se com o início dos efeitos do enquadramento e efetiva-se com o pagamento de contribuições, nos termos regulados no presente regime. Os trabalhadores independentes são, no que se refere à qualidade de contribuintes, equiparados às entidades empregadoras. A obrigação contributiva das entidades contratantes constitui-se no momento em que a Segurança Social apura oficiosamente o valor dos serviços que lhe foram prestados e efetiva-se com o pagamento da respetiva contribuição. Sempre que se verifique a situação atrás prevista, são notificados os serviços de inspeção da Autoridade para as Condições do Trabalho ou os serviços de fiscalização do Instituto da Segurança Social, I. P., com vista à averiguação da legalidade da situação, declarada da forma do exercício de actividade. Declaração da forma de exercício da atividade Os trabalhadores independentes que sejam empresários em nome individual ou titulares de estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada (EIRL), que exerçam em exclusivo qualquer atividade comercial ou industrial, devem declarar perante a Segurança Social o início ou a cessação dessa forma de exercício de atividade. Estes trabalhadores têm obrigatoriamente de declarar no sítio da Internet da Segurança Social, no mês em que se verifique, o início ou a cessação dessa forma de exercício de atividade, sendo que a aplicação da taxa contributiva de 34,75%, produz efeitos a partir do mês em que é entregue a declaração de mudança da forma do exercício de atividade e deixa de ser aplicável a partir do mês seguinte ao da declaração de mudança da forma do exercício de atividade Obrigação contributiva 89

90 A obrigação contributiva dos trabalhadores independentes compreende o pagamento de contribuições e a declaração anual dos valores correspondentes à atividade exercida ( 126 ). A obrigação contributiva das entidades contratantes compreende o pagamento das respetivas contribuições ( 127 ) Declaração anual da atividade Os trabalhadores independentes sujeitos ao cumprimento da obrigação contributiva são obrigados ( ), dentro do prazo legal, a apresentar através de modelo oficial ( Modelo 3 Mod. RC 3048-DGSS - designado Anexo SS ) e por referência ao ano civil anterior: O valor total das vendas realizadas; O valor total da prestação de serviços a pessoas singulares que não tenham atividade empresarial; O valor total da prestação de serviços por pessoa coletiva e por pessoa singular com atividade empresarial ( 129 ) ; Valores correspondentes a subsídios à exploração e Mais-valias: Valor correspondente ao lucro tributável; Rendimentos respeitantes à microprodução de energia elétrica; Rendimentos correspondentes ao regime de transparência fiscal. É ainda objeto da mesma declaração a identificação dos valores necessários ao apuramento do rendimento relevante dos trabalhadores independentes que não possam ser obtidos por interconexão ( 130 ) de dados com a autoridade tributária. A apresentação referida nos itens anteriores é feita por preenchimento de anexo ( ver footnote n.º 128 ) da Segurança Social ao modelo 3 da declaração do imposto sobre os rendimentos das pessoas singulares, efetuada no prazo legal para a entrega da declaração fiscal, cuja informação é remetida posteriormente aos serviços da segurança social pela entidade tributária competente. 126 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro. 127 As despesas que sejam elegíveis, por parte das Entidades que beneficiam da prestação do Programas de Estágios Profissionais, não podem contemplar a questão dos 5% ( se se viesse a considerar ser o caso ), já que elas só são considerados dos 60 dias anteriores à data da apresentação da candidatura e a data final de apresentação do saldo, o qual deve ser apresentado nos 45 dias subsequentes à conclusão dos projetos apoiados, e a obrigação contributiva das Entidades Contratantes se verifica até ao dia 20 do mês seguinte ao da comunicação feita pela Segurança Social, o que normalmente é num período que vai situar-se fora do período elegível. 128 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro e Portaria n.º 284/2014, de 31 de Dezembro. 129 No que respeita a estas situações deve ser obrigatoriamente indicado o Número de Identificação Fiscal (NIF) e, caso disponham dessa informação, também o Número de Identificação da Segurança Social (NISS). 130 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro 90

91 Quando esteja em causa o acesso a subsídio por cessação de atividade que ocorra em momento anterior à data da obrigação declarativa nos termos do item anterior, a declaração do valor da atividade é efetuada com o requerimento do subsídio, para efeitos de imediata emissão de documento de cobrança ( 131 ). A violação do disposto no item anterior constitui contraordenação leve ( Coima mínima 50, ( ver ponto ). Quem não é obrigado a entregar a declaração do valor da atividade Os trabalhadores que se encontrem excluídos, nomeadamente: sejam advogados ou solicitadores; exerçam em Portugal, com caráter temporário, atividade por conta própria e provem o seu enquadramento em regime de proteção social obrigatório de outro país; se encontrem excluídos do Regime ou isentos da obrigação de contribuir, nas situações atrás mencionadas trabalhadores independentes que não tenham obrigação de pagar contribuições por não ter ainda decorrido pelo menos 12 meses desde o início de atividade; os cônjuges e as pessoas que vivam em união de facto com os trabalhadores independentes De acordo com as alterações legislativas entretanto ocorridas, a declaração do valor de atividade é feita por preenchimento de Anexo da Segurança Social (Anexo SS) ao modelo 3 da declaração do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), efectuada no prazo legal para a entrega da declaração fiscal, o qual é remetido para os serviços da Segurança Social pela entidade tributária competente. Quando esteja em causa o acesso a subsídio por cessação de atividade que ocorra em momento anterior ao prazo referido, a declaração do valor de atividade é efetuada com o requerimento do subsídio Responsabilidade pelo cumprimento da obrigação contributiva Tanto os trabalhadores independentes, como as entidades contratantes são responsáveis pelo pagamento da contribuição que lhes é cometida nos termos do presente regime Pagamento de Contribuições A contribuição dos trabalhadores independentes é devida a partir da produção de efeitos do enquadramento ou da cessação da isenção da obrigação de contribuir. 131 Este e o item seguinte foram conforme a redação que lhe foi dada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de Maio e posteriormente renumerado pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro ). 91

92 O pagamento da contribuição prevista no item anterior é mensal e é efetuado até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que respeita. O pagamento das Contribuições mensais, pode ser feito em: Tesourarias da Segurança Social; Multibanco. Em termos de pagamento via internet por Pagamento via Homebanking, o mesmo também pode ser feito, nas Entidades Bancárias a seguir indicadas neste quadro e através das opções referidas. A violação do disposto constitui contraordenação leve quando seja cumprida nos 30 dias subsequentes ao termo do prazo e constitui contraordenação grave nas demais situações ( Coimas - ver ponto mais completo ). Instituição Bancária Pagamento via Homebanking ( TI TSD SSV ) CGD MILLENIUM BCP BPI SANTANDER TOTTA BANCO BEST NOVO BANCO MONTEPIO CCCAM BBVA BARCLAYS Caixa Direta online: Transferências e Pagamentos\Estado e Setor Público\Segurança Social\Opções: Trabalhadores Independentes; Trabalhadores do Serviço Doméstico; Seguro Social Voluntário Home Empresas: Operações Bancárias\Pagamentos ao Estado\Segurança Social\Opções: Trabalhadores Independentes; Trabalhadores do Serviço Doméstico; Seguro Social Voluntário BPI net particulares: Contas à Ordem\Pagamentos\Pagamentos à Segurança Social NET Particulares: Pagamentos\Pagamentos à Segurança Social por entidades Patronais ou Pagamento à Segurança Social\Opções: Trabalhadores Independentes; Trabalhadores do Serviço Doméstico; Seguro Social Voluntário Gestão Diária\Pagamentos e Carregamentos\Segurança Social Nbnetwork Particulares: Quotidiano\Pagamentos\Segurança Social Montepio Net24: Pagamentos\Estado e Setor Público\Pagamentos Seg. Social: Opções: Trabalhadores Independente; Trabalhadores do Serviço Doméstico; Seguro Social Voluntário Crédito Agrícola On-line: Pagamentos/Carregamentos\Estado e Setor Público\Pagamentos à Segurança Social Homebanking Particulares BBVA net -Outros Pagamentos\ Pagamentos Segurança Social Net Business: Pagamentos\Pagamentos Segurança Social, Opções: Trabalhadores Independentes; Serviço Doméstico; Seguro Social Voluntário Net Business: Pagamentos\Pagamentos Segurança Social, Opções: Trabalhadores Independentes; Serviço Doméstico; Seguro Social 92

93 Voluntário BANIF CAM LEIRIA CAM OLIVEIRA DE AZEMEIS CAM VILA FRANCA de XIRA CAM PINHAL CAM BOMBARRAL BANCO BEST Pagamentos\Estado/Setor Público\Segurança Social Homebanking - Pagamentos\Estado e Setor Público\Segurança Social\Opções: Trab. Independentes/Serviço Doméstico/Seguro Social Voluntário Crédito Agrícola On-line: Pagamentos/Carregamentos\Estado e Setor Público\Pagamento à Segurança Social Crédito Agrícola On-line: Pagamentos/Carregamentos\Estado e Setor Público\Pagamentos à Segurança Social Crédito Agrícola On-line: Pagamentos\Carregamentos\Estado e Setor Público \Pagamentos à Segurança Social cc@mbonline: Pagamentos\Seg. Social Ent. Pat\Pagamento DUC Gestão Diária\Pagamentos e Carregamentos\Segurança Social BANCO BIC Pagamentos de Serviços\ Pagamento Seg. Social Acumulação de atividade com registo de equivalência à entrada de contribuições Quando, no decurso do mesmo mês, se verificar, sucessivamente, o exercício de atividade independente e situação determinante do registo de remunerações por equivalência ( 132 ) à entrada de contribuições, a obrigação de contribuir reporta-se ao número de dias em que não haja lugar ao registo de remunerações por equivalência. Para efeitos do item anterior o valor diário das contribuições dos trabalhadores independentes é igual 1/30 do seu valor mensal resultante do cálculo efetuado nos termos deste regime Isenção da obrigação de contribuir Os trabalhadores independentes ( 133 ) estão isentos da obrigação de contribuir quando: acumulem atividade independente com atividade profissional por conta de outrem, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições: O exercício da atividade independente e a outra atividade sejam prestadas a entidades empregadoras distintas e que não tenham entre si uma relação de domínio ou de grupo ( 134 ); 132 Ver referência às diferentes situações correspondentes a equivalências à entrada de contribuições, constantes do ponto O direito à isenção é extensivo aos respetivos cônjuges 134 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, na subalínea ii) da alínea a) do Art.º 157.º; 93

94 O exercício de atividade por conta de outrem ( 135 ) determine o enquadramento obrigatório noutro regime de proteção social que cubra a totalidade das eventualidades abrangidas pelo regime dos trabalhadores independentes; O valor da remuneração anual considerada para o outro regime de proteção social seja igual ou superior a 12 vezes o valor do IAS; Quando seja simultaneamente pensionista (136 ) de invalidez relativa ( a geral ), invalidez Rural ou de velhice de regimes de proteção social, nacionais ou estrangeiros, e a atividade profissional seja legalmente cumulável com as respetivas pensões; Quando seja simultaneamente titular de pensão resultante da verificação de risco profissional que sofra de incapacidade para o trabalho igual ou superior a 70 %; Quando se tenha verificado a obrigação do pagamento de contribuições pelo período de um ano resultante de rendimento relevante igual ou inferior a seis vezes o valor do IAS ( 137 ); Equivalências de Desemprego parcial ou Desemprego Total; 135 A isenção é considerada a partir do dia 1 do mês seguinte ao do reconhecimento oficioso pelos serviços dos factos determinantes ou início a partir do mês seguinte ao do requerimento nas outras situações. Na situação do direito à isenção por estar abrangido por outro Regime, o beneficiário deve fazer acompanhar o requerimento de documento comprovativo dos descontos por esse Regime. Não o fazendo a Segurança Social notifica-o para no prazo de 10 dias fazer essa prova, sob pena de não lhe ser reconhecido o direito à isenção. O impresso de requerimento de Isenção de Contribuir no Regime dos T. Independentes é o Mod. RV 3001 DGSS. Prova da situação de isenção da obrigação de contribuir O requerimento ( n.º 2 do artigo 157.º - com as alterações introduzidas pela Lei n.º 83-C/2013 ) é apresentado em formulário do modelo indicado e deve ser instruído com os seguintes elementos de prova: a) Para efeitos do disposto na subalínea i) da alínea a), identificação da entidade empregadora e declaração sob compromisso de honra do próprio; b) Para efeitos do disposto na subalínea ii) da alínea a), documento comprovativo do respetivo enquadramento; c) Para efeitos do disposto na subalínea iii) da alínea a), declaração da entidade empregadora; d) Para efeitos do disposto na alínea b), documento comprovativo da situação de pensionista e declaração sob compromisso de honra de que cumpre o disposto na parte final da referida alínea; e) Para efeitos do disposto na alínea c), documento comprovativo da incapacidade aí prevista. 136 Prova da situação de isenção da obrigação de contribuir O requerimento ( n.º 2 do artigo 157.º ) é apresentado em formulário do modelo indicado e deve ser instruído com os seguintes elementos de prova: a) Para efeitos do disposto na alínea b), documento comprovativo da situação de pensionista e declaração sob compromisso de honra de que cumpre o disposto na parte final da referida alínea; b) Para efeitos do disposto na alínea c), documento comprovativo da incapacidade aí prevista. A isenção é considerada a partir da data do início da Pensão. 137 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro. 94

95 Enquadramento no Serviço Doméstico - Salário real. O reconhecimento da isenção, prevista nos itens anteriores, é oficioso sempre que as condições que a determinam sejam do conhecimento direto da instituição de segurança social competente ( 138 ), dependendo da apresentação de requerimento do interessado nos demais casos, outras situações ou Instituições, como exemplo a C.G. Aposentações. O cálculo do valor da remuneração anual, pode ser feito em dois tempos: O beneficiário apresenta condições para o apuramento da remuneração anual do período anterior igual a 12 x IAS, ou seja, com base na formula VR x N/Meses, que representa a soma de todos os valores de remunerações vezes o número de meses considerados para o cálculo (12); ou Não se verifica esta possibilidade, então apura-se a remuneração média mensal, também com base numa fórmula, mas aqui seria, VR / N/Meses que representa a soma de todos os valores de remunerações a dividir pelos número de meses com remunerações considerados para o cálculo ( VR ). O valor da remuneração anual é considerada, neste exemplo seguinte, nos 12 meses anteriores ao Enquadramento no Regime de Independentes ( ou seja, no período de Abril 2014 a Março 2015 ). 138 São Regimes Obrigatórios de Proteção Social : - Trabalhadores por conta de Outrem (TCO); - Membro do Órgão Estatutário (MOE); - Praticantes Desportivos Profissionais; - Trabalhadores em situação de pré-reforma, com prestação de serviço; - Trabalhadores que exercem funções Públicas, nos termos dos art.ºs 91-A e 92.º B; - Trabalhadores em Regime de trabalho intermitente; - Trabalhadores de actividades agrícolas; - Trabalhadores da pesca local e costeira, apanhadores de espécies marinhas e pescadores apeados; - Trabalhadores do serviço doméstico, que descontem sobre a remuneração real, Armador (ARM); - Docente Proprietário de Estabelecimento de Ensino (DPEE); - Beneficiário de Desemprego Parcial (DESP, que mantem o enquadramento como TCO com equivalências); - Beneficiário de Desemprego Total (DES), idem ao anterior e ao abrigo do n.º 2 do art.º 2.º do D.L. n.º220/ Pensionistas de Invalidez ou de Velhice de Regimes de proteção social, nacionais ou estrangeiros, desde que a atividade seja cumulável com as respetivas pensões: - De Velhice do Regime Geral ( PVG); - P. de Invalidez Relativa do Regime Geral (PIG); - P. de Invalidez Rural (PIR); - P. de Velhice Rural (PVR); - P. de Invalidez Rural Transitório (PIRT); - P. de Velhice Rural Transitório (PVRT). Titular de Pensão resultante da verificação de risco profissional que sofra de incapacidade para o trabalho igual ou superior a 70%. 95

96 Não se tratando de um enquadramento, por rendimentos reduzidos, então o Requerimento de isenção entregue em Abril 2015 é para considerar o direito à isenção a partir de 1 de Maio de 2015 e até 31 de Outubro de 2015, verificando-se depois ( neste caso a partir de Novembro de 2015) a confirmação e/ou manutenção ou não do direito à isenção e em caso de se manter, renovado novamente em Novembro de No entanto e relativamente aos rendimentos dos 12 meses anteriores, como se apresenta no 2.º exemplo que se segue, na prática o que se aplica é que, o cálculo é a média mensal no apuramento dos valores do período anterior ao enquadramento, feito apenas em relação aos meses que existem com remunerações (de Agosto 2014 a Março 2015), neste caso também com isenção a partir de Abril 2015, do que resulta que se valoriza a média da remuneração mensal desses meses apenas, chegando ao ponto em que se pode até considerar esse apuramento em relação ao próprio mês de enquadramento ou do mês anterior, confirmando essa situação também em Outubro de 2015 e em caso de se manter, renovado novamente em Outubro de Apresenta-se agora a situação de um trabalhador que se encontra a descontar pelo Regime dos Independentes ( por qualquer escalão do 1º ao 11º ) e inicia actividade como TCO com remunerações iguais ou superiores ao valor do IAS, então este trabalhador começa a constar isento desde o início dos descontos como TCO, no caso concreto desde Maio de 2015, seguindo a confirmação em Outubro de 2015 e renovação das condições novamente em Outubro de 2016, com vigência sempre a partir de Novembro. 96

97 Como já tivémos ocasião de demonstrar no ponto 4.2, no período inicial, para além do segmento de qualificação, onde se encontram registadas todas as situações relativas às diferentes atividades e correspondentes enquadramentos, com inícios e fins de situação (se for caso disso), apresenta também referências correspondentes à Admissão e ao 1.º desconto para a Segurança Social e finalmente os registos sobre uma eventual reforma. No quadro seguinte, por outro lado, representa-se o segmento, onde estão identificadas as situações relativas à qualificação do trabalhador independente ( criação de segmentos inícios, cessações e reinícios ), com os registos da sua obrigatoriedade contributiva, bem como das eventuais situações de isenção ou suspensões. NISS PS Nome António José João Joaquim Passante Data Início Actividade 2011/05/01 Factor Progressividade Data Início 2011/06/01 Data Fim Qualificação Qualificação Data Fim Qualificação Descrição Escalã Valor de o Incidênci a Data Fim Data Início 2011/06/ /11/ /11/ /11/ /11/ /11/ /11/0 1 INDEPEND. 1 INDEPEND. 1 INDEPEND. 1 INDEPEND /10/ /10/ /10/3 1 Não Data Efeito GC ACUMULAÇÃO ENQUADRAMENTOS 2014/10/3 (... 1 ACUMULAÇÃO ENQUADRAMENTOS 2015/10/3 (... 1 ACUMULAÇÃO ENQUADRAMENTOS 2016/10/3 (... 1 Para melhor compreensão e clarificação verifique-se o quadro seguinte que retrata a situação do apuramento da média das remunerações, que define a data a partir de que mês passa ( um 97

98 trabalhador que está descontar como TCO e inicia como T.I. ) a ter direito à isenção ( se os descontos por TCO forem inferiores ao IAS ), como este exemplo contempla essa situação. Vemos neste exemplo que apesar de o trabalhador descontar como TCO, não o faz com remuneração igual ou superior ao valor do IAS, pelo que, em vez de ter direito à isenção logo desde Maio de 2014 ( mês seguinte ao enquadramento ), o mesmo só vem conferir direito a partir de Agosto de 2015, ou seja o mês seguinte ao que reune as condições. Nota importante nestes casos de apuramento da remuneração média, são aquelas situações em que o trabalhador começa a sua actividade na empresa apenas a meio do mês e apesar de ganhar remuneração igual ao valor do IAS, não consegue ter logo direito à isenção porque a 98

99 média de remunerações só a vem conseguir bem mais tarde e só se existir algum aumento de remuneração. São várias as remunerações que relevam para o apuramento do valor da remuneração para o reconhecimento da isenção: A - Ajudas de custo e transporte; B - Prémios, Bónus e outras prestações de caracter regular; C - Comissões; D - Compensação por cessação de contrato de trabalho; F - Subsídio de férias; M - Subsídios de caracter regular mensal; N - Subsídio de Natal; P - Remuneração base ( permanente ); R - Subsídio de refeição; S - Trabalho suplementar; R - Remuneração de trabalho noturno/ Subsídio de turno; X - Subsídios de caracter regular não mensal. Produção de efeitos da isenção de contribuir Situação em que o contribuinte ( beneficiário ) é Trabalhador Independente e inicia uma atividade profissional como TCO. A produção de efeitos tem início no 1.º dia do mês seguinte ao da ocorrência dos factos que a determinam ( ver exemplo seguinte enquadramento em Abril de 2015), face à existência de remuneração como TCO igual ou superior ao valor do IAS, com isenção desde Maio 2015 e até Outubro de Se a remuneração como TCO não for igual ou superior ao valor do IAS, não tem direito à isenção e só a terá a partir do 1.º dia do mês seguinte àquele em que isso se verifique e até Outubro de 2015, altura em que será feita novamente a verificação das condições de isenção, para renovar ou fazer cessar esse direito. 99

100 Início de atividade como T.I. ( Primeiro enquadramento ) Quando se inicia a atividade como T.I., pela primeira vez, este só vai ser enquadrado após o decurso mínimo de 12 meses e quando o Rendimento Relevante Anual ultrapasse 6 vezes o valor do IAS, nos termos do art.º 154.º do Código Contributivo. Se o RR ultrapassar 6 vezes o IAS, vai então aferir-se as condições de atribuição da isenção contributiva por acumulação de enquadramento. Reinício de atividade como T.I. O enquadramento como T.I. produz efeitos no 1.º dia do mês de reinício (Abril de 2015). Uma vez reunidas as condições legalmente previstas para a isenção, esta é atribuída desde Abril de 2015 até 31 de Outubro de 2015 ( seguinte ao mês de reinício ). 100

101 Neste mês, retroage-se 12 meses a partir de Setembro de 2015, para verificar as remunerações auferidas e assim considerar o direito à manutenção da isenção. O quadro seguinte representa o que atrás foi dito Acumulação com outro Regime de Proteção Social Obrigatório que não o da Segurança Social ( Ex: Caixa Geral de Aposentações ) Nestes casos o direito à isenção produz efeitos no mês seguinte ao da apresentação do requerimento, conforme consta do quadro seguinte. Cessação das condições para a isenção Os trabalhadores a quem seja reconhecida a isenção da obrigação de contribuir devem declarar à instituição da segurança social competente a cessação das condições (139) de 139 O trabalhador Independente pode fazer cessar voluntariamente o direito à isenção, mediante comunicação à instituição de segurança social competente, nos termos do art.º 61 do Dec. Regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/Janeiro. Anteriormente e ao abrigo do art.º 45º do Dec. Lei n.º 328/93, verificava-se a irreversibilidade da isenção. 101

102 que depende a referida isenção, salvo se as mesmas forem do conhecimento oficioso desta ( 140 ). A cessação das condições para a isenção constitui o trabalhador na obrigação de pagar as contribuições para o regime dos trabalhadores independentes a partir do mês seguinte ao da sua ocorrência, nos termos previstos no presente Código Inexistência da obrigação de contribuir Não existe obrigação contributiva do trabalhador independente quando: Haja reconhecimento do direito à respetiva isenção, atrás referido; Ocorra suspensão do exercício de atividade, devidamente justificada; Se verifique período de comprovada incapacidade ou indisponibilidade para o trabalho por parentalidade, ainda que não haja direito à atribuição ou ao pagamento dos respetivos subsídios; Se verifique situação de incapacidade temporária para o trabalho, independentemente de haver, ou não, direito ao subsídio de doença, nos termos estabelecidos neste regime. A inexistência da obrigação de contribuir quando se verifique situação de incapacidade temporária para o trabalho ( nesta última situação ) inicia-se a partir da verificação da incapacidade temporária, se a mesma conferir direito ao subsídio sem exigência do período de espera, e no 31.º dia posterior àquela verificação, nas demais situações Suspensão do exercício da atividade Para efeitos da suspensão do exercício de atividade indicado no 2.º item do ponto , os trabalhadores independentes que suspendam temporariamente, com carácter voluntário ou não, o exercício efetivo da sua atividade por conta própria, podem requerer à instituição de segurança social competente a suspensão da aplicação deste regime, sem prejuízo do disposto em matéria de enquadramento e vinculação, indicando para o efeito as causas da suspensão. Não se dá como verificada uma situação de suspensão de atividade, relevante para os efeitos do artigo anterior, designadamente quando a atividade do trabalhador independente possa continuar a ser exercida por trabalhador ao seu serviço ou pelo respetivo cônjuge enquadrado, nessa qualidade, por este regime Cessação da obrigação contributiva A obrigação contributiva cessa a partir do 1.º dia do mês seguinte àquele em que cesse a atividade. 140 A isenção por acumulação de atividade Independente com Pensão de Invalidez, cessa quando esta deixar de se verificar e em igualdade de circunstâncias quando uma situação de acumulação de T.I. com Incapacidade Profissional inferior a 70%. 102

103 Base de incidência contributiva dos trabalhadores independentes Determinação do rendimento relevante O rendimento relevante do trabalhador independente é determinado nos seguintes termos: 70 % do valor total de prestação de serviços no ano civil imediatamente anterior ao momento de fixação da base de incidência contributiva; 20 % dos rendimentos associados à produção e venda de bens no ano civil imediatamente anterior ao momento de fixação da base de incidência contributiva. A determinação do rendimento relevante dos trabalhadores independentes que prestem serviços no âmbito de atividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas, e que o declarem fiscalmente como tal, é feita, relativamente a esses rendimentos, nos termos do item anterior ( 141 ) 20 %. O trabalhador independente abrangido pelo regime de contabilidade organizada, previsto no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o rendimento relevante corresponde ao valor do lucro tributável, sempre que este seja de valor inferior ao obtido pela formula 70% do valor da prestação de serviços e/ou 20% do valor das vendas. Neste caso, o limite mínimo da base de incidência contributiva corresponde ao 2º escalão. Os rendimentos excluídos de tributação em IRS resultantes da produção de eletricidade por intermédio de unidades de microprodução, nos termos previstos no regime jurídico próprio, não são considerados para efeitos de determinação do rendimento relevante dos trabalhadores independentes. O rendimento referido nos itens anteriores é apurado pela instituição de segurança social competente com base nos valores declarados para efeitos fiscais ( 142 ) Base de incidência contributiva dos trabalhadores independentes Sem prejuízo do disposto nos itens seguintes, constitui base de incidência contributiva o escalão de remuneração determinado por referência ao duodécimo do rendimento relevante. Ao duodécimo do rendimento relevante, convertido em percentagem do IAS, corresponde o escalão de remuneração convencional. Constituem base de incidência contributiva os escalões de remuneração convencional determinados em função do valor do IAS, conforme quadro seguinte. Na determinação do rendimento relevante, o T.I. pode requerer ( 143 ) a dedução dos rendimentos provenientes de mais-valias apuradas no âmbito da atividade. 141 Este e os itens seguintes deste ponto sofreram alterações com a nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro. 142 O beneficiário T.I. pode requerer que seja feita a dedução dos rendimentos de mais-valias ( alínea c) do n.º 2 art.º 3º do CIRPS ( IRS ) e o pedido deve ser formulado em Setembro para vigorar na BIC a partir daí. 143 O requerimento deve ser entregue no mês de Setembro para fixação da BIC do período seguinte. 103

104 A atualização da base de incidência resultante da atualização do IAS produz efeitos a partir do 1.º dia do mês seguinte ao da publicação do diploma que proceda àquela atualização ( 144 ). Escalões Independentes - Remunerações Convencionais (Base = Percentagem do IAS) Percentagem Valor da Remuneração 1.º ( 1 x IAS ) 419,22 2.º ( 1,5 x IAS ) 628,83 3.º ( 2 x IAS ) 838,44 4.º ( 2,5 x IAS ) 1.048,05 5.º ( 3 x IAS ) 1.257,66 6.º ( 4 x IAS ) 1.676,88 7.º ( 5 x IAS ) 2.096,10 8.º ( 6 x IAS ) 2.515,32 9.º ( 8 x IAS ) 3.353,76 10.º ( 10 x IAS ) 4.192,20 11.º ( 12 x IAS ) 5.030,64 Escalão Reduzido ( 50% x IAS ) 209, Escolha da base de incidência contributiva Notificado do escalão de base de incidência contributiva que lhe é aplicável por força do disposto no item anterior, o trabalhador independente pode requerer, no prazo que for fixado na respetiva notificação e/ou Fevereiro e Julho, que lhe seja aplicado um escalão escolhido entre os dois escalões imediatamente inferiores ou imediatamente superiores, sem prejuízo dos limites mínimos previstos nos n.ºs 3 e 4 do mesmo articulado ( 145 ). Caso o trabalhador independente se encontre abrangido pelas regras transitórias do ajustamento progressivo da base de incidência contributiva, e pretender requerer que lhe seja aplicado outro escalão nos termos acima referidos, deverá apresentar pedido de renúncia às mesmas, dentro do prazo que lhe for afixado na respetiva notificação. Fica assim registado o modelo de apuramento do escalão face aos valores apurados do IRS ( neste caso o de 2014, a vigorar a partir de Novembro de 2015, uma vez que é considerado o mesmo escalão que vigorava antes e até Setembro de 2014, embora com a taxa atualizada ), para um beneficiário Independente com apenas uma atividade. 144 Legislação alterada e renumerada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio. 145 Os limites mínimos da base de incidência contributiva e o limite mínimo da base de incidência contributiva fixada pelo lucro tributável (o 2º escalão). 104

105 Apuramento da Base de Incidência Contributiva Situação Apuramento Prestação Serviços Taxa 29,6% Remuneração de Referência RR = x 70% = Duodécimo / 12 = 1.458,33 % do IAS 1.458,33 / 419,22 = 3.48 Escalão correspondente 3.48 do IAS = 5.º escalão Podendo não ser aceite pelo Beneficiário e escolher os dois escalões imediatamente inferiores ou os dois escalões imediatamente superiores ( neste caso em concreto seria o o 3.º ou 4.º escalões e/ou também o 6.º ou 7.º escalões ). Tomando agora o exemplo de uma situação mista, em que o mesmo beneficiário tem duas atividades independentes, o apuramento do escalão faz-se pelo somatório dos valores e das percentagens correspondentes a cada actividade, conforme consta do quadro seguinte. Situação Apuramento da Base de Incidência Contributiva Apuramento Prestação Serviços Taxa 29,6% Remuneração de Referência R.R. = x 70% = Duodécimo / 12 = 700,00 % do IAS 700,00 / 419,22 = 1.67 Escalão correspondente 1.67 do IAS = 2.º escalão Podendo não ser aceite pelo Beneficiário e escolher um dos dois escalões imediatamente inferiores ou um dos dois escalões imediatamente superiores ( neste caso em concreto seria apenas o 1.º escalão e/ou também o 3.º ou 4.º escalões ). Em fevereiro e junho de cada ano o trabalhador independente pode pedir a alteração da base de incidência contributiva aplicada, dentro dos limites previstos no item anterior, para produzir efeitos a partir do mês seguinte. Nos casos em que o rendimento relevante determinado nos termos do n.º 1 do artigo 162.º seja igual ou inferior a 12 vezes o valor do IAS, é fixado oficiosamente como base de incidência contributiva de 50% do valor do IAS. O trabalhador independente pode renunciar à fixação oficiosa da base de incidência contributiva determinada nos termos do número anterior, apresentando requerimento para o efeito, sendo posicionado no 1.º escalão ( 146 ). 146 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro. 105

106 Determinação da base de incidência contributiva em situações especiais Sempre que o trabalhador independente opte pela produção de efeitos do enquadramento em datas anteriores às previstas no n.º 2 do artigo 145.º (Setembro), é fixada, oficiosamente, como base de incidência contributiva o 1.º escalão, sem prejuízo do disposto no n.º 3 desse mesmo artigo Sem prejuízo do disposto nos itens seguintes, em caso de reinício de atividade, a base de incidência contributiva é determinada nos termos seguintes ( 147 ): Corresponde ao escalão obtido em outubro último se a cessação ocorrer no decurso de 12 meses de produção de efeitos do posicionamento referido no n.º 5 do artigo 163.º ( ponto ); Corresponde ao escalão que for determinado por aplicação das regras dos artigos 163.º e nºs 1 e 2 do artigo 164.º se se verificar a existência de rendimentos declarados que permitam tal apuramento; Corresponde a 50% do valor do IAS se não se verificar a existência de rendimentos declarados que permitam o apuramento de base de incidência contributiva. Nos casos dos itens anteriores, os trabalhadores que tenham estado abrangidos nos últimos 36 meses pelo regime geral de segurança social em todas as eventualidades, podem requerer que lhes seja considerada como base de incidência o escalão que for o correspondente à sua remuneração média nesse período desde que determine escalão superior. Os trabalhadores independentes que vão exercer a respetiva atividade em país estrangeiro e que optem por manter o seu enquadramento no regime geral dos trabalhadores independentes, nos termos do artigo 138.º ( limite de um ano, podendo em situação excecional ser prolongado ), permanecem no escalão em que se encontram. Nos casos previstos anteriormente ( situações em que não se verifica a existência de rendimentos declarados ), o trabalhador independente pode requerer a aplicação do 1.º escalão Manutenção das bases de incidência contributiva Os trabalhadores independentes que, à data da entrada em vigor do presente Código, estejam a contribuir sobre montante superior ao que resulte da aplicação do disposto no artigo 163.º, mantêm o direito à consideração da mesma base de incidência contributiva até que atinjam rendimento que determine posicionamento em escalão superior, sem prejuízo do direito de opção, a todo o tempo, pelo escalão correspondente ao seu rendimento ( 148 ) Determinação da base de incidência contributiva das entidades contratantes 147 Nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro. 148 Art.º 276, com a nova redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro 106

107 Constitui base de incidência contributiva, para efeitos de determinação do montante de contribuições a cargo da entidade contratante, o valor total dos serviços ( 149 ) que lhe foram prestados por trabalhador independente no ano civil a que respeitam Base de incidência dos cônjuges A base de incidência contributiva dos trabalhadores enquadrados exclusivamente por força da sua qualidade de cônjuges de trabalhadores independentes pode ser escolhida entre o 1.º escalão e aquele que for fixado ao trabalhador ( 150 ) independente. Quando haja lugar à redução da base de incidência contributiva de um trabalhador independente, devem os serviços competentes proceder, quando tal se mostre necessário, oficiosamente à correspondente redução da base de incidência do respetivo cônjuge ou a pessoa que viva em união de facto com o trabalhador independente pode escolher uma base de incidência contributiva entre o 1º escalão e o escalão que for fixado ao trabalhador independente Taxas contributivas A taxa contributiva a cargo dos trabalhadores independentes é fixada em 29,6 %. A taxa contributiva a cargo das Entidades Contratantes é de 5 %. É fixada em 28,3% a taxa contributiva a cargo dos produtores agrícolas e respetivos cônjuges cujos rendimentos provenham única e exclusivamente do exercício da atividade agrícola. O escalão é atribuído sobre 20% do total dos rendimentos da produção agrícola. É fixada em 34,75% a taxa contributiva a cargo dos empresários em nome individual e dos titulares de estabelecimento individual de responsabilidade limitada e respetivos cônjuges. A taxa anterior ao Código de 25,4% não contemplava a eventualidade de Doença, enquanto que atualmente todos os Beneficiários Independentes estão cobertos pela eventualidade de Doença. Em resumo, o quadro seguinte representa as diferentes categorias de trabalhadores Independentes e as respetivas taxas para Apenas naqueles casos em que se verifica uma prestação de serviços cujo volume é igual ou superior a 80% do valor total dos honorários recebidos. 150 Quando ao T.I. for reconhecido o direito à isenção, o Cônjuge mantém o direito de opção do escalão. 107

108 A taxa anterior ao Código de 25,4% não contemplava a eventualidade de Doença, enquanto que atualmente todos os Beneficiários Independentes estão cobertos pela eventualidade de Doença. Reproduz-se este quadro para um outro abaixo que, tomando como base o valor do IAS relativo a 2011 ( 419,22 e se mantém em 2016), se elaborou então o quadro que sintetiza, quer os valores em que se apresentam os escalões e o respetivo enquadramento pelas diferentes taxas, bem como os correspondentes valores de contribuição a pagar. Escalões Percentagem Independentes - Remunerações Convencionais (Base = Percentagem do IAS) Valor da Remuneração Contribuição a pagar 29,6 % a) 28,3 % b) 34,75 % c) 1.º ( 1 x IAS ) 419,22 124,09 118,64 145,68 2.º ( 1,5 x IAS ) 628,83 186,13 177,96 218,52 3.º ( 2 x IAS ) 838,44 248,18 237,28 291,36 4.º ( 2,5 x IAS ) 1.048,05 310,22 296,60 364,20 5.º ( 3 x IAS ) 1.257,66 372,27 355,92 437,04 6.º ( 4 x IAS ) 1.676,88 496,36 474,56 582,72 7.º ( 5 x IAS ) 2.096,10 620,45 593,20 728,39 8.º ( 6 x IAS ) 2.515,32 744,53 711,84 874,07 9.º ( 8 x IAS ) 3.353,76 992,71 949, ,43 10.º ( 10 x IAS ) 4.192, , , ,79 11.º ( 12 x IAS ) 5.030, , , ,15 Escalão Reduzido ( 50% x IAS ) 209,61 62,04 59,32 72,84 a) Percentagem de 29,6 % corresponde a Independentes Prestadores de Serviços; b) Percentagem de 28,3 % corresponde a Produtores Agrícolas (e respetivos Cônjuges), cujos rendimentos provenham única e exclusivamente do exercício da atividade agrícola c) Percentagem de 34,75 % corresponde a Empresários em Nome Individual e Titulares de Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada Manutenção de enquadramento no regime dos trabalhadores independentes 108

109 Podem manter o enquadramento no regime dos trabalhadores independentes ( 151 ) regulado no presente Código: Os advogados e solicitadores que se encontrem, à data da entrada em vigor do presente Código, facultativamente enquadrados naquele regime; Os gerentes de sociedades constituídas exclusivamente por antigos comerciantes em nome individual ou por estes e pelos respetivos cônjuges, parentes ou afins na linha reta ou até ao 2.º grau da linha colateral, que à data da entrada em vigor do presente Código, estivessem abrangidos pelo despacho n.º 9/82, de 25 de Março, até à data da sua revogação, pelo Decreto-Lei n.º 328/93, de 25 de Setembro; Os membros das cooperativas de produção e serviços que, à data da entrada em vigor do presente Código, estejam abrangidos pelo n.º 2 do artigo 10.º do Decreto Lei n.º 328/93, de 25 de Setembro 5.6. REGIME DE SEGURO SOCIAL VOLUNTÁRIO Âmbito de aplicação Âmbito pessoal Podem enquadrar-se no regime de seguro social voluntário os cidadãos nacionais, maiores, considerados aptos para o trabalho e que não estejam abrangidos por regime obrigatório de proteção social ou que, estando, os mesmos não relevem no âmbito do sistema de segurança social português ( 152 ). Os cidadãos nacionais que exerçam atividade profissional em território estrangeiro e que não estejam abrangidos por instrumento internacional a que Portugal se encontre vinculado podem igualmente enquadrar-se neste regime ( 153 ). Podem ainda enquadrar-se neste regime os estrangeiros ou apátridas, residentes em Portugal há mais de um ano, que se encontrem nas mesmas condições estabelecidas no 1.º item. Beneficiários anteriormente abrangidos pelo regime de continuação facultativa do pagamento de contribuições. Situações especiais abrangidas Podem enquadrar-se no seguro social voluntário os seguintes trabalhadores: Os trabalhadores marítimos e os vigias, nacionais, que se encontrem a exercer atividade profissional em navios de empresas estrangeiras ( 154 ); 151 Ao abrigo do Art.º 275.º do Código. 152 O impresso de requerimento de Enquadramento no Regime do Seguro Social Voluntário é o Mod. RV 1007 DGSS. 153 Estes Trabalhadores podem escolher a Instituição de Segurança Social pela qual pretendem ficar abrangidos. 154 São todos os marítimos portugueses tripulantes de navios estrangeiros ou de empresas mistas de pesca, que são todas as empresas pesqueiras constituídas em pais estrangeiro entre portugueses ou 109

110 Os trabalhadores marítimos nacionais que exerçam atividade a bordo de navios de empresas comuns de pesca constituídas ao abrigo dos Decretos -Lei n.ºs 1/81, de 7 de Janeiro, e 193/84, de 11 de Junho; Os tripulantes que se encontrem a exercer atividade profissional em navios inscritos no Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR). Podem ainda enquadrar-se no seguro social voluntário as pessoas que integrem grupos de atividades específicos que, de acordo com os respetivos estatutos, prevejam a inscrição no regime, designadamente: Os voluntários sociais que de forma organizada exerçam atividade de tipo profissional não remunerada em favor de instituições particulares de solidariedade social e de entidades detentoras de corpos de bombeiros ( 155 ), nomeadamente os bombeiros voluntários; Os bolseiros de investigação, integrados em projetos de investigação científica, que reúnam as condições definidas no Estatuto do Bolseiro de Investigação e não se encontrem enquadradas em regime de proteção social obrigatório; Os agentes da cooperação ( 156 ) que, reunindo as condições definidas no respetivo estatuto, se obriguem, mediante contrato, a prestar serviço no quadro das relações do cooperante, de que não resulte o seu enquadramento em regime de proteção social obrigatório de outro país; Os praticantes desportivos de alto rendimento; Trabalhadores em Estágios Profissionais ( 157 ). empresas nacionais e estrangeiros ou empresas estrangeiras, em que participação do capital portugueses nessas empresa mistas não pode ser inferior a 40% do capital social, 155 Os Bombeiros Voluntários também pagam sobre uma remuneração fixa 1 x IAS ( 419,22). Para os Bolseiros de Investigação é obrigatório o 1º escalão, mas podem escolher um escalão superior. 156 No caso dos Agentes de Cooperação, a contribuição para a Segurança Social é sempre calculada a partir do escalão de remuneração de 3 x IAS ( 1.257,66). 157 A Portaria n.º 99/2011, de 28/02, regula o Programa de Estágios Profissionais, que veio alterar a situação anterior e tornar possível o enquadramento no Regime do Seguro Social Voluntário ( embora as anteriores Portarias n.ºs 129/2009, de 30/01 e 127/2010, de 01/03, conferissem a possibilidade, querendo, de o Formando se enquadrar neste Regime ), contudo a relação jurídica do contrato é equiparada a Trabalho por conta de outrem, para trabalhadores com contratos de estágio profissional celebrados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 66/2011, de 1 de junho, Para efeitos desta portaria, entende-se por estágio profissional a etapa de transição para a vida ativa que visa complementar uma qualificação preexistente através de formação e experiência prática em contexto laboral e promover a inserção de jovens ou a reconversão profissional de desempregados. Não são abrangidos por esta portaria os estágios que tenham como objetivo o cumprimento de requisitos adicionais e específicos para acesso a títulos profissionais, nem os estágios curriculares de quaisquer cursos. Não são igualmente abrangidos pela presente portaria os estágios cujo plano requeira perfil de formação e competências nas áreas da medicina e da enfermagem. Impostos e segurança social Os estágios desenvolvidos ao abrigo do presente Programa estão sujeitos a tributação fiscal nos termos legais. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 8.º, a relação jurídica decorrente da celebração de um contrato de estágio ao abrigo desta portaria é equiparada, exclusivamente para efeitos de segurança social, a trabalho por conta de outrem. Fernando Silva Março

111 A definição dos requisitos específicos de enquadramento relativos a cada grupo de situações especiais é objeto de legislação própria. São excluídos do regime os pensionistas de invalidez e de velhice Âmbito material A proteção social conferida pelo regime do seguro social voluntário integra a proteção nas eventualidades de invalidez, velhice e morte. O âmbito material de proteção dos beneficiários abrangidos pelas situações especiais a que se refere o n.º 1 do artigo 170.º deste Código ( trabalhadores marítimos, vigias, etc... ) integra ainda as eventualidades de doença, doenças profissionais e parentalidade. O âmbito material de proteção dos beneficiários abrangidos pelas situações especiais a que se refere o n.º 2 do artigo 170.º deste Código ( voluntários sociais, bolseiros, agentes cooperação e praticantes desportivos de alto rendimento ) pode ainda integrar nos termos previstos em legislação própria, as eventualidades ( 158 ): Doença, doenças profissionais, parentalidade; ou apenas Doenças profissionais. Seguro Social Voluntário - Remunerações Convencionais (Base = Percentagem do IAS) Escalões Valor da Contribuição a pagar Percentagem Remuneração 26,9 % a) 29,6 % b) 27,4 % c) 1.º ( 1 x IAS ) 419,22 eventualidades de Doença, Doenças eventualidade de Para as Entidades beneficiárias dos Estágios Profissionais, e para efeitos contabilísticos, por período de elegibilidade das despesas, são considerados os 60 dias anteriores à data da apresentação da candidatura e a data final de apresentação do saldo, o qual deve ser apresentado nos 45 dias subsequentes à conclusão dos projetos apoiados. 158 Os beneficiários com esquemas de proteção mais alargados podem sempre optar pelo esquema mais restrito (Invalidez, Velhice e Morte ). Estes beneficiários não têm direito ao Subsídio de Doença nos primeiros 30 dias de incapacidade. Para ter acesso à proteção social nas situações de invalidez, velhice e morte, são precisos: Invalidez: 72 meses de contribuições Velhice: 144 meses de contribuições Morte: o Pensão de Sobrevivência: 72 meses de contribuições o Subsídio por Morte: 36 meses de contribuições Fernando Silva Março

112 2.º ( 1,5 x IAS ) 628,83 3.º ( 2 x IAS ) 838,44 Invalidez, Velhice Morte e Profissionais Parentalidade Invalidez Velhice e Morte Doenças Profissionais, Invalidez, Velhice e Morte 4.º ( 2,5 x IAS ) 1.048,05 5.º ( 3 x IAS ) 1.257,66 6.º ( 4 x IAS ) 1.676,88 7.º ( 5 x IAS ) 2.096,10 8.º ( 6 x IAS ) 2.515,32 9.º ( 7 x IAS ) 2.934,54 10.º ( 8 x IAS ) 3.353,76 generalidade dos cidadãos inscritos neste Regime a) Trabalhador Marítimos e Vigias (Navios estrangeiros ) Trabalhador Marítimos Nacionais e Tripulantes de Navios (Madeira) Trabalhador Voluntários Sociais, Agentes da Cooperação e Praticantes Desportivos de Alto Rendimento Percentagem de 26,9 % corresponde às eventualidades de Invalidez, Velhice e Morte e abrange a generalidade dos cidadãos inscritos neste Regime, como sejam por exemplo os Agentes de Coooperação, os Desportistas de alto rendimento, os Cidadãos nacionais que não estejam a trabalhar, mas aptos para o trabalho, os Estrangeiiros e Apátridas residentes em Portugal ou Cidadãos nacionais que residam no estrangeiro e estejam a trabalhar; b) Percentagem de 29,6 % corresponde eventualidades de Doença, Doenças Profissionais, Parentalidade, Invalidez, Velhice e Morte e abrange os Trabalhadores Maritimos e Vigias ( Navios estrangeiros ), os Trabalhadores Maritimos Nacionais e os Tripulantes de Navios ( Madeira ), Bolseiros de Investigação; c) Percentagem de 27,4 % corresponde às eventualidades de Doenças Profissionais, Invalidez, Velhice e Morte, e abrange os Trabalhadores Voluntários Sociais, - Os Beneficiários que anteriormente foram abrangidos pelo regime de continuação facultativa do pagamento de contribuições com a taxa de 26,9 % têm direito às eventualidades de Prestações Familiares, Invalidez, Velhice e Morte. Os Estagiários, com contratos de estágio profissional celebrados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 66/2011, de 1 de junho, que queiram facultativamente beneficiar deste regime, podem de acordo com as modalidades de event ualidades escolhidas descontar com uma das três taxas, de 26,9 %, 27,4% ou 29,6%. Os beneficiários com esquemas de proteção mais alargados podem sempre optar pelo esquema mais restrito (Invalidez, Velhice e Morte).. Nota Importante: No caso dos agentes de cooperação, praticantes desportivos de alto rendimento, cidadãos nacionais que não estejam a trabalhar e estejam aptos para o trabalho, estrangeiros e apátridas, residentes em Portugal há mais de um ano, cidadãos nacionais que residam e trabalhem no estrangeiro e não estejam abrangidos por instrumentos internacionais de Segurança Social, protegidos apenas nas eventualidades invalidez, velhice e morte, à taxa contributiva correspondente pode acrescer a percentagem de 0,5% para terem direito à proteção nas doenças profissionais. 112

113 Relação Jurídica de vinculação Inscrição e enquadramento O enquadramento no regime depende da manifestação de vontade do interessado através da apresentação de requerimento próprio. Com o primeiro enquadramento procedem os serviços competentes, quando necessário, à inscrição do beneficiário no sistema previdencial. No caso dos voluntários sociais, o enquadramento depende ainda da manifestação de vontade das entidades que beneficiam da atividade voluntária, cabendo-lhes a apresentação do requerimento do interessado. O deferimento do requerimento determina o enquadramento no regime de seguro social voluntário reportando-se os seus efeitos ao dia 1 do mês seguinte ao da apresentação do requerimento ( deferimento no prazo de 30 dias ) ( 159 ). A inscrição e o enquadramento dos beneficiários do seguro social voluntário compete aos serviços do ISS, I. P., ou aos serviços da segurança social das Regiões Autónomas em cujo âmbito territorial se situe a residência do trabalhador, sem prejuízo do estabelecido quanto ao âmbito pessoal de caixas de previdência social Cessação do enquadramento O beneficiário pode a todo o tempo requerer a cessação do enquadramento neste regime. A falta de pagamento atempado de contribuições faz presumir a vontade de fazer cessar o enquadramento, salvo se o mesmo pagamento for retomado antes de decorrido o prazo de um ano ( 160 ). O enquadramento cessa, ainda, se o beneficiário passar a estar abrangido por regime obrigatório de proteção social. As entidades ( que beneficiam da atividade voluntária ) devem indicar mensalmente às instituições competentes os voluntários sociais que deixaram de exercer a respetiva atividade de voluntariado. A cessação do enquadramento produz efeitos a partir do mês em que foi apresentado o respetivo requerimento ou, na falta deste, a partir do mês seguinte àquele a que se reporta a última contribuição paga Relação Jurídica Contributiva 159 A decisão que recair sobre o requerimento de enquadramento é comunicado ao interessado e, quando este for voluntário social, também à instituição que beneficie da atividade. 160 A falta de pagamento dentro do prazo leva a que deixe de estar enquadrado no seguro social voluntário, salvo nas situações em que o pagamento é retomado antes de decorrido 1 ano, desde o último pagamento, mas se retomar o pagamento das contribuições antes de ter decorrido o prazo de um ano, há lugar ao pagamento das contribuições em dívida, correspondentes ao período em causa acrescidos de juros de mora. 113

114 Obrigação contributiva Os beneficiários do regime de seguro social voluntário estão sujeitos ao pagamento de contribuições nos termos regulados no presente regime. Responsabilidade pelo cumprimento da obrigação contributiva Os beneficiários do regime do seguro social voluntário são os responsáveis pelo pagamento da respetiva contribuição. O pagamento das contribuições é efetuado nos termos definidos para os trabalhadores independentes, até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que diga respeito, salvo nas situações de retoma do pagamento de contribuições referidas no n.º 2 do artigo 174.º do presente Código ( falta de pagamento ), há lugar ao pagamento das contribuições devidas, correspondentes ao período em causa acrescido de juros de mora. Cessação da obrigação contributiva A obrigação contributiva cessa no mês seguinte àquele em que o beneficiário o tenha requerido ( 161 ). A falta de pagamento das contribuições, por período igual ou superior a 12 meses, faz cessar a obrigação contributiva a partir do mês seguinte ao do último pagamento. O enquadramento pode cessar ainda, se o Beneficiário passar a estar abrangido por um Regime de proteção social obrigatório. Assim o fim do enquadramento e bem assim da obrigação contributiva, termina: A pedido do interessado; Quando passar a estar abrangido por um regime de proteção social obrigatório; Quando não pagar as contribuições durante mais de 12 meses Base de incidência contributiva Sem prejuízo do disposto nos itens seguintes, a base de incidência contributiva corresponde a uma remuneração convencional e é escolhida pelo beneficiário, de acordo com os escalões, indexados ao valor do IAS, conforme se indica no quadro seguinte. Seguro Social Voluntário - Remunerações Convencionais (Base = Percentagem do IAS) Escalões Percentagem Valor da Remuneração 1.º ( 1 x IAS ) 419, As instituições que beneficiem da atividade de voluntários sociais, devem indicar às Instituições de Segurança Social, mensalmente, os nomes daqueles que deixaram de prestar atividade. 114

115 2.º ( 1,5 x IAS ) 628,83 3.º ( 2 x IAS ) 838,44 4.º ( 2,5 x IAS ) 1.048,05 5.º ( 3 x IAS ) 1.257,66 6.º ( 4 x IAS ) 1.676,88 7.º ( 5 x IAS ) 2.096,10 8.º ( 6 x IAS ) 2.515,32 9.º ( 7 x IAS ) 2.934,54 10.º ( 8 x IAS ) 3.353,76 Os beneficiários que sejam enquadrados no seguro social voluntário com idade igual ou superior à referida no mapa do anexo I ( para 2016 a idade será de 59 anos ) têm como limite da base de incidência o valor correspondente ao 5.º escalão, sem prejuízo do disposto no artigo 183.º do presente Código ( possibilidade de outro escalão superior por ter descontado para o Regime Geral em período superior a 12 meses média das remunerações ) Alteração da base de incidência contributiva Os beneficiários podem, nos termos dos itens seguintes, alterar o valor da base de incidência contributiva. A alteração do valor da base de incidência contributiva é sempre permitida para escalões inferiores. A alteração do valor da base de incidência contributiva só é permitida para escalão imediatamente superior desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições: Terem sido pagas contribuições em função do mesmo escalão durante pelo menos 12 meses consecutivos; O beneficiário ter idade inferior à prevista no mapa do anexo I do presente Código ( ou seja, para 2016 será de 59 anos ) ver quadro no final do ponto Base de incidência contributiva após período de cessação de enquadramento Nos casos em que tenha havido cessação de enquadramento seguido de novo enquadramento, o escalão da base de incidência contributiva mantém-se igual ao que vigorava anteriormente à cessação, salvo se o beneficiário optar por outro, verificados os requisitos exigidos para a alteração do escalão, atrá indicado no ponto O período entre a cessação e o novo enquadramento não é relevante para a contagem do período de 12 meses necessários para a contagem do tempo mínimo para mudança para escalão superior Base de incidência contributiva em situações especiais Os beneficiários que, no âmbito do regime geral de segurança dos trabalhadores por conta de outrem, tenham contribuído, por período superior a 12 meses, sobre 115

116 montantes superiores ao escalão mais elevado da base de incidência para o regime de seguro social voluntário podem optar pelo escalão mais elevado independentemente da idade. Os beneficiários que após cessação de enquadramento no seguro social voluntário tenham contribuído, por período superior a 12 meses, para um regime obrigatório de segurança social sobre uma base de incidência contributiva de valor superior à anteriormente considerada no seguro social voluntário, podem optar pelo escalão de valor igual ou imediatamente superior ao da base de incidência contributiva daquele regime ao retomarem o enquadramento no seguro social voluntário, independentemente da idade Taxas contributivas A taxa contributiva correspondente à cobertura das eventualidades de invalidez, velhice e morte é de 26,9 %. A taxa contributiva correspondente à proteção nas eventualidades doença, doenças profissionais e parentalidade, invalidez, velhice e morte é de 29,6 %. A taxa contributiva correspondente à cobertura das eventualidades de doença profissional, invalidez, velhice e morte é de 27,4 %. A taxa contributiva correspondente à cobertura da eventualidade de doenças profissionais é de 0,5 %. O pagamento das contribuições pode ser feito nas Instituições Bancárias,conforme indicadas no quadro do ponto Comparativamente às taxas praticadas anteriormente vemos que de facto existe uma significativa alteração de valores, conforme consta do primeiro quadro que se apresenta a seguir. Já no segundo quadro a seguir fixou-se para o ano de 2011 ( que resultou do adiamento por um ano da Lei n.º 119/2009 ), as percentagens que entraram em vigor a partir daí e que são adstritas de acordo com as eventualidades que cada uma contempla. Seguro Social Voluntário Situação face à legislação Nova com o Código Taxas Contributivas Eventualidades Cobertas Taxa Invalidez, Velhice e Morte 26,9% Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte e Doença, Parentalidade Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte 27,4% 29,6% Articulado de apoio Art.º 168.º Lei n.º 110/

117 Em 2016 Invalidez, Velhice e Morte 25 % Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte (Bombeiros Voluntários) Doença, Parentalidade Doenças Profissionais Invalidez, Velhice e Morte 25 % 27,4 % 29,6 % Art.º 281.º Lei n.º 110/ Seguro Social Voluntário Taxas Anos Nº.3 artº 184 Nº.1 artº 184 Nº.2 artº 184 Nº.3 artº 184 Bombeiros Voluntários ,5% 24,5% 17,5% 21,5% % 26% 19% 23% ,5% 27,5% 20,5% 24,5% % 29% 22% 26% ,5% 29,6% 23,5% 27,4% % 25% ,9% 26,5% ,4% Também no terceiro quadro que podemows observar a seguir, consta por sua vez a distribuição progressiva das diferentes situações de atividade integradas no Seguro Social Voluntário, aqui agrupadas de acordo com as eventualidades que cada uma cobre e ainda as correspondentes taxas contributivas. Escalõe s Percentag em Seguro Social Voluntário - Remunerações Convencionais (Base = Percentagem do IAS) Valor da Contribuição a pagar Remuneraç 26,9 % a) 29,6 % b) 27,4 % c) ão 1.º ( 1 x IAS ) 419,22 eventualidades de Invalidez, 2.º ( 1,5 x IAS ) 628,83 Velhice e Morte Doença, Doenças Profissionais Parentalidade Invalidez eventualidades de Doenças Profissionais, Invalidez, 117

118 3.º ( 2 x IAS ) 838,44 Velhice e Morte Velhice e Morte 4.º ( 2,5 x IAS ) 1.048,05 5.º ( 3 x IAS ) 1.257,66 6.º ( 4 x IAS ) 1.676,88 7.º ( 5 x IAS ) 2.096,10 8.º ( 6 x IAS ) 2.515,32 9.º ( 7 x IAS ) 2.934,54 10.º ( 8 x IAS ) 3.353,76 generalidade dos cidadãos inscritos neste Regime e Agentes da Cooperação e Praticantes Desportivos de Alto Rendimento Trabalhadores Marítimos e Vigias (Navios estrangeiros ) Trabalhadores Marítimos Nacionais e Tripulantes de Navios (Madeira) e Bolseiros Trabalhadores Voluntários Sociais, No entanto de acordo com o art.º 281 do presente Código estas novas taxas são gradualmente aplicadas até atingirem aquela percentagem global neste caso em 2016 ( n.º 2, art.º 184 e n.º 3 Bombeiros Voluntários ), 2017 ( n.º 1, art.º 184 ) e 2018 (n.º 3, art.º 184, com o necessário ajustamento anual face ao adiamento ), respetivamente conforme quadro a seguir. Estes últimos Trabalhadores também podem ter as eventualidades de Doença e Parentalidade, de acordo com a legislação própria que o defina. Tomando agora como base o valor do IAS relativo a 2011 ( 419,22 e que se mantém) elaborou-se o quadro seguinte que sintetiza, quer os valores dos escalões, quer os valores de contribuição a pagar por escalão, tendo em conta a percentagem de cada situação. Seguro Social Voluntário - Remunerações Convencionais (Base = Percentagem do IAS) Escalões Percentage m Valor da Remuneração Contribuição a pagar 29,6 % a) 24,6 % b) 28,3 % c) 1.º ( 1 x IAS ) 419,22 124,09 103,13 118,64 2.º ( 1,5 x IAS ) 628,83 186,13 154,69 177,96 3.º ( 2 x IAS ) 838,44 248,18 206,26 237,28 4.º ( 2,5 x IAS ) 1.048,05 310,22 257,82 296,60 5.º ( 3 x IAS ) 1.257,66 372,27 309,38 355,92 118

119 6.º ( 4 x IAS ) 1.676,88 496,36 412,51 474,56 7.º ( 5 x IAS ) 2.096,10 620,45 515,64 593,20 8.º ( 6 x IAS ) 2.515,32 744,53 618,77 711,84 9.º ( 7 x IAS ) 2.934,54 992,71 825,02 949,11 10.º ( 8 x IAS ) 3.353, , , ,39 a) Percentagem de 26,9 % corresponde às eventualidades de Invalidez, Velhice e Morte e abrange a generalidade dos cidadãos inscritos neste Regime, como sejam por exemplo os Agentes de Coooperação, os Desportistas de alto rendimento, os Cidadãos nacionais que não estejam a trabalhar, mas aptos para o trabalho, os Estrangeiiros e Apátridas residentes em Portugal ou Cidadãos nacionais que residam no estrangeiro e estejam a trabalhar e não estejam abrangidos por instrumentos internacionais de Segurança Social; b) Percentagem de 29,6 % corresponde eventualidades de Doença, Doenças Profissionais, Parentalidade, Invalidez, Velhice e Morte e abrange os Trabalhadores Maritimos e Vigias ( Navios estrangeiros ), os Trabalhadores Maritimos Nacionais e os Tripulantes de Navios ( Madeira ), Bolseiros de Investigação; c) Percentagem de 27,4 % corresponde às eventualidades de Doenças Profissionais, Invalidez, Velhice e Morte, e abrange os Trabalhadores Voluntários Sociais,, Agentes da Cooperação e Praticantes Desportivos de Alto Rendimento O quadro anexo I, representa a progressividade das idades que têm que ser consideradas para obedecer a determinados requisitos de acesso. Quadro anexo I Anos Idade Anos Idade , , , , , , , , ,5 119

120 120

121 6. INCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA 6.1. DISPOSIÇÕES GERAIS O Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social (CRCSPSS, doravante Código), não introduziu muitas inovações nesta matéria, procedendo, fundamentalmente, à compilação, sistematização e clarificação de normativos que já se encontravam em vigor, embora dispersos por vários diplomas Dívida à segurança social Consideram-se dívidas à segurança social, todas as dívidas contraídas perante as instituições do sistema de segurança social pelas pessoas singulares, pelas pessoas coletivas e outras entidades a estas legalmente equiparadas, designadamente as relativas às contribuições, quotizações, taxas, incluindo as adicionais, os juros, as coimas e outras sanções pecuniárias relativas a contraordenações, custos e outros encargos legais, reembolsos, reposições e restituições de prestações, subsídios e financiamentos Regularização da dívida à segurança social O disposto na presente parte é aplicável à regularização da dívida à segurança social, sem prejuízo das regras aplicáveis no âmbito da execução fiscal, ou seja, o Código regula apenas a regularização da dívida à segurança social fora do processo de execução fiscal. No que respeita o processo de execução fiscal, este rege-se pelas normas especiais constantes do Decreto-Lei nº 42/2001, de 9 de Fevereiro alterado pelo Decreto-Lei nº 63/2014, de 28 de Abril, que procedeu também à sua republicação que criou as secções de processo executivo do sistema de segurança social, bem como pela Lei Geral Tributária e pelo Código de Procedimento e de Processo Tributário. No que concerne a execução cível, nos termos do nº 1 do artigo 806º do Código de Processo Civil, é admitido o pagamento em prestações da dívida exequenda, se exequente e executado, de comum acordo, requererem a suspensão da instância executiva. Trata-se de uma execução cível que não é instaurada pela segurança social mas em que esta reclama os respetivos créditos. Nesta situação, ocorrendo renovação da execução extinta ( 162 ), nos termos do artigo 850º do Código de Processo Civil, a segurança social passa a assumir a posição de exequente, ficando o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, IP, legalmente habilitado a celebrar acordos para pagamento em prestações da dívida exequenda, nos termos e ao abrigo dos artigos 806º e seguintes do Código de Processo Civil Prescrição da obrigação de pagamento à segurança social A obrigação do pagamento das contribuições e das quotizações, respetivos juros de mora e outros valores devidos à segurança social, no âmbito da relação jurídico-contributiva, 162 Trata-se da situação em que o exequente inicial foi ressarcido do seu crédito, passando a segurança social a assumir a posição de exequente. 121

122 prescreve no prazo de cinco anos ( 163 deveria ter sido cumprida. ) a contar da data em que aquela obrigação O prazo de prescrição interrompe-se pela ocorrência de qualquer diligência administrativa realizada, da qual tenha sido dado conhecimento ao responsável pelo pagamento, conducente à liquidação ou à cobrança da dívida e pela apresentação de requerimento do anterior procedimento extrajudicial de conciliação, atual SIREVE. São factos interruptivos de uma prescrição, por exemplo: Citação Reclamação Recurso hierárquico Impugnação Pedido de revisão oficiosa da liquidação do tributo Qualquer diligência administrativa, realizada com conhecimento do responsável pelo pagamento conducente à liquidação ou à cobrança da dívida A apresentação do requerimento de procedimento extrajudicial de conciliação, atual SIREVE, como causa interruptiva da prescrição é uma inovação do Código a qual traduz, no fundo, o reconhecimento da dívida pelo devedor. O prazo de prescrição suspende-se nos termos previstos no presente Código e na lei geral. São factos suspensivos de uma prescrição, por exemplo: Pagamento de prestações legalmente autorizado Enquanto não houver decisão definitiva ou passada em julgado, que puser termo ao processo, nos casos de reclamação, impugnação, recurso ou oposição, quando determinem a suspensão da cobrança da dívida Sentença de declaração da insolvência Prescrição do direito às prestações O direito às prestações pecuniárias vencidas prescreve a favor das instituições devedoras no prazo de cinco anos, contados a partir da data em que as mesmas são postas a pagamento, com conhecimento do credor ( 164 ). 163 Conforme artº 60º, nº 4, da Lei nº 4/2007, de 16 de janeiro. Em 2000, com o disposto no art.º 63.º, da Lei n.º 17/2000, de 8 de agosto, o legislador rompeu com o prazo prescricional de 10 anos. 164 Artigo 69º, da atual Lei de Bases da Segurança Social. 122

123 Prescrição do direito à restituição O direito à restituição de valores referentes a contribuições e a quotizações indevidamente pagas à segurança social prescreve no prazo de cinco anos a contar da data do pagamento Momento a partir do qual se inicia a contagem do prazo de prescrição: Contribuições Desde a data em que é devido o cumprimento ( 165 ) da obrigação, ou seja, o pagamento das contribuições; Prestações Desde a data em que são postas ( 166 ) a pagamento; Direito à restituição de valores indevidamente pagos Desde a data do pagamento. Como vemos pelo exemplo, a partir de 2006 apenas passaram a ser exigíveis as contribuições dos últimos 5 anos ( no caso das contribuições de 2010, em 2016 já não seriam exigíveis e de 2011 só o serão até ao mês correspondente Ex: Agosto/2011 Agosto/2016 ) Anos de Contribuição e Anos de prescrição O conhecimento da prescrição difere consoante a questão se coloque no âmbito do processo de execução fiscal ou fora dele. Nas situações em que a dívida ainda não se encontra em execução fiscal, para que os serviços conheçam a prescrição a mesma tem que ser invocada e, consoante a análise que seja efetuada, tal pedido culminará com um despacho a declarar, ou não, a prescrição. 165 A prescrição interrompe-se por qualquer diligência administrativa, realizada com conhecimento do responsável pelo pagamento. 166 Prescrevem a favor da instituição devedora. 123

124 Já no âmbito da execução fiscal trata-se de matéria de conhecimento oficioso e, como tal, não é necessária a sua invocação para que seja conhecida devendo o órgão de execução conhecer a mesma independentemente de alegação e declarar a prescrição caso conclua pela verificação dos respetivos pressupostos CAUSAS DE EXTINÇÃO DA DÍVIDA A dívida à segurança social extingue-se nos termos previstos no presente Código, sem prejuízo das regras aplicáveis ao processo de execução fiscal: Pelo pagamento a pronto Pelo respetivo pagamento em prestações: Execução Cível; Execução Fiscal; Processo Extrajudicial de Conciliação/SIREVE; Processo de Insolvência ou Recuperação. PER (Processo Especial de Revitalização) Pela dação em pagamento; Por compensação de créditos; Por retenção de valores por entidades públicas; Por conversão em participações sociais; Pela alienação de créditos Pagamento a Pronto É possível a qualquer entidade devedora da Segurança Social regularizar a sua dívida através do pagamento voluntário da totalidade das contribuições e juros de mora em débito. Para tal, terá que requerer o apuramento da sua dívida (capital e juros) ao Centro Distrital de Segurança Social e manifestar a sua vontade na liquidação do montante total da mesma, sendo o pagamento efetuado na Tesouraria do Centro Distrital ( 167 ). Se a dívida estiver participada à Secção de Processo, o contribuinte/executado deverá requerer o respetivo documento de cobrança (DUC), sendo devido, além do valor de capital e juros também as custas do processo executivo. 167 O pagamento de valores superiores a 150,00, tem que ser efetuado através de cheque visado. Nestas Tesourarias só poderão ser considerados pagamentos superiores, sem a exigência atrás citada, se forem pagamentos de DUC s ou de Juros de Mora. 124

125 O pagamento das custas é devido desde que exista processo executivo instaurado, ou seja, mesmo que pague na Tesouraria do Centro Distrital tem que se dirigir à Secção de Processo para efetuar o pagamento das custas sob pena da sua situação contributiva não ficar regularizada Pagamento em prestações O diferimento do pagamento da dívida à segurança social, incluindo os créditos por juros de mora vencidos e vincendos, assume a forma de pagamento em prestações. O prazo de prescrição das dívidas suspende se durante o período de pagamento em prestações. Neste momento, o pagamento em prestações pode ocorrer nas seguintes hipóteses: No âmbito de uma execução cível ( 168 ) referidos no ponto ; No âmbito da execução fiscal referidos no ponto No âmbito dos processos extraordinários mencionados no ponto ; No que respeita à execução fiscal, não obstante o Código não se aplicar a essa modalidade de regularização de dívida, apresentamos, sumariamente, o respetivo regime Situações para a regularização no âmbito da execução Cível Quando, por força da renovação da execução extinta, prevista no artigo 850.º do Código de Processo Civil, as instituições de segurança social passem a assumir a posição de exequente, o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., pode autorizar a regularização da dívida através de acordo prestacional, para efeitos do disposto nos artigos 806.º e seguintes do Código de Processo Civil. O pagamento em prestações ( 169 ) pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo exceder 36 prestações. O número de prestações atrás referido pode ser alargado até 60 se a dívida exequenda exceder 50 unidades de conta no momento da autorização. O número de prestações mensais inicias de 36 pode ser alargado até 120 desde que, cumulativamente, se verifiquem as seguintes condições: A dívida exequenda exceda 500 unidades de conta; O executado preste garantia idónea ou a mesma se encontre constituída; Seja demonstrada notória dificuldade financeira e previsíveis consequências económicas. 168 Cujos pressupostos passam por: existência de reclamação de créditos, de renovação da execução extinta e da suspensão da instância executiva. ( art.º 920.º do CPC ) 169 Quando por força da Renovação de execução extinta ( Processo Cível ) e a Segurança Social passe a assumir a posição de exequente, O IGF pode autorizar a regularização da dívida através de acordo prestacional. 125

126 Situações para a regularização no âmbito da execução Fiscal As fases determinantes de um Processo de Execução Fiscal, são: Instauração da dívida; Citação; Diligências para Penhora; Penhora de Bens; Convocação de Credores. Após a participação da dívida pelo respetivo Centro distrital, a Secção de Processo ( 170 ) executivo instaura o correspondente processo de execução fiscal, sendo o executado citado. A citação é sempre acompanhada de cópia do título executivo e da nota indicativa do prazo para oposição, para pagamento em prestações ou dação em pagamento, ou seja, 30 dias. No entanto, o Contribuinte pode até verificar, que a dívida citada ou parte dela se encontra regularizada ( 171 ), e se assim for, então deverá recorrer aos mecanismos legalmente previstos, nomeadamente requerer o pagamento em prestações ou deduzir oposição. O exemplo do quadro seguinte é de um extrato de uma conta corrente ( Contribuinte fictício ). Vemos ali que originalmente, no mês de Setembro de 2010 ( por via de uma correção de uma Declaração de Remunerações ), se verifica um débito ( saldo a vermelho ), no valor de 108,37. Ora no mês seguinte, também pelo mesmo motivo ( correções ) já se vai verificar um saldo credor de -135,41 ( que em conta corrente no saldo, o sinal negativo significa crédito ), o qual anula um débito anterior, e cujo juro (6,351 % ao ano) dessa dívida até ficaria coberto por esse valor. No mês seguinte volta a verificar-se novo crédito, mas apesar disso é executada a dívida do mês de Setembro ( e por aí fora, n meses em situações iguais, se for o caso ), obrigando o Contribuinte a uma reclamação sem sentido e a esperar meses por uma resolução, quando até pode estar em causa a emissão de uma Declaração de Situação Contributiva Regularizada ( DSCR ). 170 Criadas com a publicação do Dec. Lei n.º 42/2001, de 09/02, passando a ser uma Instância Executiva própria. 171 Existem neste momento na Segurança Social dois sistemas informáticos que debitam uma conta corrente dos Contribuintes, uma do ISS, IP e outra do IGFSS,IP, que na grande maioria dos casos ( para não dizer a totalidade ) não tem correspondência uma com a outra, pelo que o número de reclamações são aos milhares e têm uma pendência, que nalguns casos chega a ser de alguns anos. 126

127 Caso o executado requeira simplesmente o pagamento prestacional da dívida deverá indicar a forma como se propõe efetuar o pagamento e os fundamentos da proposta, devendo oferecer garantia idónea, a qual consistirá em garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer meio suscetível de assegurar os créditos do exequente. A garantia idónea poderá consistir, também, em penhor ou hipoteca voluntária, valendo como garantia a penhora já feita sobre os bens necessários para assegurar o pagamento da dívida exequenda e acrescido. O valor da garantia deverá corresponder ao valor da dívida exequenda, juros de mora até ao termo do prazo de pagamento limite de cinco anos e custas a contar até à data do pedido, acrescida de 25% da soma daqueles valores. A prestação de garantia pode ser dispensada desde que o executado o requeira e a sua prestação lhe cause prejuízo irreparável ou seja manifesta a falta de meios económicos revelada pela insuficiência de bens penhoráveis para o pagamento da dívida exequenda e acrescido. O diferimento do pagamento da dívida à segurança social, incluindo os créditos por juros de mora vencidos e vincendos, assume a forma de pagamento em prestações mensais, iguais e sucessivas, com o limite máximo de 150 para as pessoas singulares ( 172 ) e 120 para as pessoas coletivas. Também aqui o pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo exceder 36 prestações. O número de prestações atrás referido pode ser alargado até 60 se a dívida exequenda exceder 50 unidades de conta no momento da autorização ou, independentemente do valor da dívida exequenda, no caso de pessoas singulares. 172 Independentemente de estarem ou não num processo de reversão ( alteração considerada no Dec-Lei n.º 63/2014, de 28 de Abril, que veio alterar o Dec-Lei n.º 42/2001 que criou as Secções de Processo Executivo do Sistema de Segurança Social ). 127

128 O número de prestações mensais inicias de 36 pode ser alargado até 120 desde que, cumulativamente, se verifiquem as seguintes condições ( 173 ): A dívida exequenda exceda 500 unidades de conta; O executado preste garantia idónea ou requeira a sua isenção e a mesma seja concedida; Seja demonstrada notória dificuldade financeira e previsíveis consequências económicas. Para as pessoas singulares, o número de prestações pode ser alargado até 150, desde que, cumulativamente, se verifiquem as seguintes condições: A dívida exequenda exceda 50 unidades de conta no momento da autorização; O executado preste garantia idónea ou requeira a sua isenção e a mesma seja concedida. A taxa de juros de mora é reduzida a metade para as dívidas cobertas por garantias reais constituídas por iniciativa da entidade credora ou por ela aceites e para as dívidas cobertas por garantia bancária. O pagamento de cada prestação é efetuado até ao final do mês a que diz respeito Meios e locais de Pagamento Os pagamentos a efetuar por Emissão de DUC, são possíveis de efetuar em todos os serviços abaixo indicados, quando os DUC sejam emitidos centralmente, e apenas nos serviços assinalados, quando sejam emitidos pelas SPE ( Secção de Processo Executivos ) para regularização de Pronto Pagamento manual ou de Prestações em atraso: Tesourarias da Segurança Social; Multibanco; Serviços PAYSHOP; Estações dos CTT; Pronto Pag. e Pag. em Atraso Bancos Aderentes; Débito Direto. É ainda considerada a possibilidade de por remessa de meio de pagamento pelo correio, sob registo postal, à ordem do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., nos termos a fixar em despacho próprio. 173 Com a publicação no Dec-Lei n.º 63/2014, de 28 de Abril ( que veio alterar o Dec-Lei n.º 42/2001 que criou as Secções de Processo Executivo do Sistema de Segurança Social ), foi também considerada a possibilidadr de o executado requerer e de ser concedida a isenção de prestação de garantia em planos prestacionais com número de prestações superiores a

129 O impresso/modelo de requerimento de prestações que se deve apresentar na Secção de Processo para requerimento de acordo prestacional ( IMP.PN Revisão: 23 - Data: ) Situações excecionais para a regularização da dívida A autorização do pagamento prestacional de dívida à segurança social, a isenção ou redução dos respetivos juros vencidos e vincendos, só é permitida nos termos do Código, sem prejuízo das regras aplicáveis ao processo de execução fiscal. As condições excecionais ( 174 ) previstas no item anterior só podem ser autorizadas quando, cumulativamente, sejam requeridas pelo contribuinte, sejam indispensáveis para a viabilidade económica deste e desde que o contribuinte se encontre numa das seguintes situações: Processo de insolvência, de recuperação ou de revitalização( 175 ); 174 Para estas condições excecionais é preciso que: Fique provado que o pagamento da dívida em prestações é indispensável para a recuperação da empresa O acordo a ser feito não seja mais desvantajoso para a Segurança Social do que o que for acordado para o conjunto dos restantes credores A empresa apresente uma garantia idónea de valor suficiente A empresa retome o pagamento das contribuições para a segurança social desde a data do pedido para acordo extraordinário ( se estiver envolvida num Procedimento Extrajudicial de Conciliação ) ou da Acão judicial ( se estiver num Processo de Insolvência ). 175 Num acordo extraordinário o pedido da situação da empresa deve ser apresentado a: Processo de Insolvência - ao - Tribunal Competente. Procedimento Extrajudicial de Conciliação (PEC) ao - Gabinete PEC do IAPMEI ( Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento ). Contrato de Consolidação Financeira e de Reestruturação Empresarial ao - SIRME/IAPMEI ( Sistema de Incentivos à Revitalização e Modernização Empresarial/Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento ). Processo mediado pelo IAPMEI, com vista à facilitação de um acordo entre a Empresa em dificuldades e os seus credores ( Dec. Lei n,º 316/98 do IAPMEI ). O pedido à Segurança Social para a realização dum acordo extraordinário para pagamento das dívidas é feito junto com os pedidos indicados acima. Se tiver feito um acordo extraordinário, o valor das prestações depende das condições do acordo. Os juros de mora vencidos só podem ser reduzidos, no máximo, até 95% (ou seja, pelo menos 5% dos juros vencidos serão sempre devidos). Existe uma gradualização da redução de juros vencidos de acordo com a garantia constituída e/ou dos pagamentos por conta da dívida que sejam efetuados na pendência das negociações (com exceção do PIRE) Com a entrada do requerimento SIREVE ou do pedido de insolvência, cessa a contagem dos juros de mora, ou seja, consolida-se a dívida. A taxa de juro de mora foi de 5,535%, até ao final de Dezembro de 2014, passando a uma taxa anual de 5,476% a partir de Janeiro de 2015 ( conforme Aviso n.º 130/2015, de 07/01/2015, do Instituto de Gestão Tesourarias e de Crédito Público ), sendo reduzida a 0,5% para as dívidas cobertas por garantia real (hipoteca) ou garantia bancária ( Dec. Lei n.º 73/99 ). Quanto aos juros vincendos, a taxa dos mesmos encontra-se associada à idoneidade da garantia prestada para o acordo, nos seguintes termos: Garantia bancária: 1%; 129

130 SIREVE (Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial); sucedeu ao Procedimento extrajudicial de conciliação ( 176 ) ; Contratos de consolidação financeira e ou de reestruturação empresarial, conforme se encontram definidos no Decreto-Lei n.º 81/98, de 2 de Abril; Contratos de aquisição, total ou parcial, do capital social de uma empresa por parte de quadros técnicos, ou por trabalhadores, que tenham por finalidade a sua revitalização e modernização. Processo de insolvência ou de recuperação Órgãos da Insolvência São Órgãos de insolvência, envolvidos no processo, os seguintes: Administrador da Insolvência Comissão de Credores Assembleia de Credores Finalidade O processo de execução universal tem como finalidade a liquidação do património de um devedor insolvente e a repartição do produto obtido pelos credores Ou A satisfação dos credores pela forma prevista num plano de insolvência que se baseie na recuperação da empresa compreendida na massa insolvente. Vantagens Este procedimento tem como vantagens, o seguinte: A dilação temporal para a regularização; A possibilidade de entrada de investidores; A suspensão de processos executivos. Hipoteca voluntária, em 1º grau, sobre imóveis não afetos à exploração, ainda que de terceiros: 2,5%; Restantes hipotecas: 3%; Penhor: 4%; Outras situações: nas situações em que sejam prestadas duas ou mais garantias diversas, ou que a garantia não garanta a totalidade da dívida, ou ainda nas situações em que a idoneidade da garantia prestada é reduzida, o valor da taxa de juro vincendo será fixado casuisticamente, tendo como limite a taxa legalmente fixada. Os processos de insolvência, de recuperação ou de revitalização, encontram-se regulados pelo CIRE. 176 O número de prestações a considerar neste tipo de plano pode ir até às 150 Prestações mensais. É um procedimento, mediado pelo IAPMEI, com vista à facilitação de um acordo entre a Empresa em dificuldade e os seus credores. 130

131 Desvantagens Tem naturalmente como desvantagens, o facto de ter: A sede judicial (celeridade condicionada); A publicitação; A necessidade de concertação dos credores. Posicionamento da Segurança Social Para que a Segurança Social vote favoravelmente o plano de recuperação apresentado no âmbito de PIRE, é necessário que esteja assegurado o seguinte: Retoma do pagamento das contribuições mensais desde a data da declaração da insolvência; Amortização da dívida, no máximo, até 150 prestações mensais; A apresentação de garantias do bom cumprimento do plano prestacional; Possibilidade de renúncia até 95% dos juros vencidos. Esta possibilidade está dependente, por um lado, da segurança social não ficar em situação menos favorável do que o acordado para os restantes credores e, por outro lado, DA garantia constituída. No caso do PER e do SIREVE (mas não no PIRE) está dependente, também, dos pagamentos por conta da dívida que sejam efetuados na pendência das negociações. Taxa de juros vincendos consoante a garantia apresentada; 131

132 VP = Valor em dívida / nº de meses autorizado VPR = (Valor em dívida Valor pago em progressividade) / nº de meses remanescentes (sem progressividade). Possibilidade de atribuição de prestações progressivas ( conforme quadro supra ) em função da idoneidade da garantia, de acordo com o quadro infra, sendo a diferença de valor das prestações progressivas distribuída equitativamente no valor das prestações sem progressividade: As condições de participação suprarreferidas são idênticas às condições de participação da Segurança Social no PER e no SIREVE. Salienta-se que a regularização da dívida à segurança social em regime prestacional no âmbito de PIRE (tal como no âmbito do PER e do SIREVE) fica sujeita à condição resolutiva do cumprimento tempestivo das prestações autorizadas e das contribuições mensais vencidas no seu decurso. Relativamente à exoneração do passivo restante, a Segurança Social não se opõe desde que os seus créditos não sejam afetados. Nas situações em que não são contempladas as condições estabelecidas pela Segurança Social, considerando que se trata de créditos indisponíveis, caso o plano seja homologado a Segurança Social recorre da respetiva decisão (alt. Artº 30º, LGT; 125º, LOE/2011). PER (Processo Especial de Revitalização) Processo instituído na sequência da Resolução do Conselho de Ministros nº 11/2012, de 3 de fevereiro, que criou o Programa Revitalizar. Destina-se a «permitir a qualquer devedor que, comprovadamente, se encontre em situação económica difícil ou em situação de insolvência meramente iminente, mas que ainda seja suscetível de recuperação, estabelecer negociações com os respetivos credores de modo a concluir com estes acordo conducente à sua revitalização económica, facultando-lhe a possibilidade de se manter ativo no giro comercial». Condições de acesso: Devedor que se encontre em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente, iniciando-se com a manifestação de vontade do devedor e de, pelo menos, um dos credores, por meio de declaração escrita e assinada. A segurança social toma conhecimento de que determinado contribuinte requereu o PER através da consulta do portal Citius verificando a pendência de tal processo através da publicação do despacho de nomeação do administrador judicial provisório naquele portal. Perante tal verificação, o IGFSS, IP, envia uma comunicação ao contribuinte informando que se aguarda a respetiva comunicação a qual deverá ser dirigida ao IGFSS, IP. Posteriormente, o IGFSS, IP, informa o contribuinte devedor, através de carta registada, das condições de participação da segurança social no Processo Especial de Revitalização (sendo essas condições aquelas que foram referidas a propósito do PIRE). 132

133 SIREVE Requerentes Podem ser requerentes deste tipo de procedimento: As Empresas em condições de requerer judicialmente a sua insolvência; Condições de Acesso São condições de acesso, as seguintes: Os Credores que representem pelo menos 50% das dívidas; A Empresa deve ser economicamente viável; A Empresa deve encontrar-se em situação de insolvência, ainda que meramente eminente; Objetivos São objetivos deste procedimento, os seguintes: Concretizar o acordo de viabilização entre empresas em situação económica difícil ou em insolvência com alguns ou todos os seus credores públicos e/ou privados; Definir que o acordo seja estabelecido livremente entre as partes; Que o acordo seja confidencial; Pretender que o mesmo seja ágil e eficaz. Princípios Este procedimento tem como princípios, os seguintes: Promover a viabilização de sociedades, com efetiva capacidade, mediante reestruturação financeira do passivo; Gerir os processos de forma célere, num universo controlado de credores, sem que com isso se publicite a situação do devedor. Como aceder O SIREVE é requerido ao IAPMEI através de meios eletrónicos; O requerimento deve ser preenchido de acordo com o modelo disponibilizado no sítio na Internet do IAPMEI; O requerimento deve ser acompanhado dos documentos que devessem ser apresentados com a petição em PIRE; 133

134 Apresentar um plano de negócios Este requerimento deve conter o seguinte: Os fundamentos do recurso ao SIREVE; A identificação das partes a participar no SIREVE; A identificação do credor ou dos credores que representem, pelo menos, 50 % das dívidas da empresa constantes do balancete analítico, o qual deve reportar uma situação patrimonial com antiguidade não superior a três meses relativamente à data da apresentação do requerimento; O conteúdo do acordo que se pretende obter; O plano de negócios. Extinção do SIREVE Este procedimento pode ser extinto designadamente quando: Não há acordo entre as partes, quer da proposta original, quer das sucessivas tentativas de conciliação, o IAPMEI ( 177 ) procede à extinção do SIREVE; Se verificar a desistência por parte da empresa por ter conseguido o acordo dispensando a formalização em sede de SIREVE; Se verificar a desistência por iniciativa da empresa por não haver acordo entre as partes, quer da proposta original, quer das sucessivas tentativas de conciliação; For ultrapassado o prazo legal de vigência do SIREVE. Vantagens Este procedimento tem como vantagens, o seguinte: A ausência de publicitação; Os Credores serem indicados pela sociedade; A Sede ser extrajudicial; Existir uma celeridade e flexibilidade negocial; Haver uma dilação temporal na regularização; Ter a possibilidade de entrada de investidores. 177 O SIREVE reserva ao IAPMEI o papel de mediador e coordenador nas diligências extrajudiciais sempre no respeito da vontade das partes, não tendo quaisquer poderes sancionatórios ou coercivos O IAPMEI pode, em qualquer altura, declarar extinto o procedimento, nos casos previstos na lei 134

135 Desvantagens Tem naturalmente como desvantagens, o facto de ter: Posicionamento da Segurança Social (190º/2, CRCSPSS) O posicionamento da Segurança Social é idêntico ao mencionado a propósito do processo de insolvência para o qual se remete. Pode ainda ser autorizado o pagamento em prestações por pessoas singulares, desde que se verifique que estas, pela sua situação económica, não podem solver a dívida de uma só vez. A regularização da dívida à segurança social em prestações por parte de pessoas singulares só poderá ocorrer no âmbito de um processo de insolvência, de um PER, de um processo de execução cível ou de um processo de execução fiscal. No âmbito do SIREVE, tal regularização não é possível uma vez que tal procedimento se destina apenas a empresas. As instituições de segurança social competentes podem exigir complementarmente ao contribuinte, e a expensas deste, a realização de auditorias, estudos e avaliações por entidades que considere idóneas, sempre que tal se revele necessário para a análise da proposta de regularização. Sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas, a autorização do pagamento prestacional é concedida por deliberação do conselho diretivo do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P. (IGFSS, I. P.) Sem prejuízo do previsto no número anterior, quando sejam previstas por Resolução de Conselho de Ministros medidas de revitalização económica e recuperação e viabilização empresariais, pode o Instituto da Segurança Social, I.P. (ISS, I.P.), no âmbito da sua atribuição de assegurar o cumprimento das obrigações contributivas, celebrar acordos de regularização voluntária de dívida, nos termos definidos em Decreto-Lei ( 178 ) Condição especial da autorização As condições de regularização da dívida à segurança social não podem ser menos favoráveis do que o acordado para os restantes credores. Condições de vigência do acordo prestacional Constituem condições de vigência do acordo prestacional, o cumprimento tempestivo das prestações autorizadas e das contribuições mensais vencidas no seu decurso Efeitos do incumprimento do acordo prestacional 178 Com a nova redação dada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio. 135

136 O incumprimento das condições previstas no item anterior determina a resolução do acordo prestacional pela instituição de segurança social competente. No caso dos acordos prestacionais autorizados no âmbito da execução fiscal, a falta de pagamento sucessivo de três prestações, ou de seis interpoladas, importa o vencimento imediato das seguintes se, no prazo de 30 dias a contar da notificação para o efeito, o executado não proceder ao pagamento das prestações incumpridas, prosseguindo o processo de execução fiscal os seus normais termos até à extinção Fora do âmbito da execução fiscal, a resolução do acordo prestacional tem efeitos retractivos e determina a perda do direito de todos os benefícios concedidos ao contribuinte no seu âmbito, nomeadamente quanto à redução ou ao perdão de juros, sendo, o montante pago a título de prestações é por sua vez, imputado à dívida contributiva mais antiga de capital e juros. Com o pagamento integral o PEF ( processo de execução fiscal ) é declarado extinto e feito o cancelamento das penhoras e garantias existentes. Salvo pedido em contrário da entidade devedora, quando o pagamento for insuficiente para extinguir todas as dívidas, o respetivo montante é imputado à dívida mais antiga e respetivos juros, pela seguinte ordem: Dívida de quotizações; Dívida de contribuições; Juros de mora; Outros valores devidos nos termos do artigo 185.º do Código ( coimas e outras sanções pecuniárias, custos e outros encargos legais ) Suspensão de instância Sem prejuízo do disposto no artigo 809.º do Código do Processo Civil, a decisão de autorização do pagamento da dívida em prestações e a decisão de resolução do respetivo acordo determinam, respetivamente, a suspensão e o prosseguimento da instância de processo executivo pendente. A instituição de segurança social competente comunica oficiosamente ao órgão de execução ou ao tribunal, ou a ambos, consoante o caso, a autorização do pagamento prestacional da dívida, o seu cumprimento integral bem como a resolução do acordo quando esta ocorra Comissão de credores A segurança social só pode ser nomeada para a presidência da comissão de credores quando for junto aos autos deliberação do conselho diretivo do IGFSS, I. P., que autorize o exercício da função e indique o representante, sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas. A segurança social não é responsável por quaisquer encargos com as funções do administrador da insolvência. 136

137 Dação em pagamento Nos processos de execução fiscal o executado ou terceiro podem, no prazo de oposição, requerer ao ministro ou órgão executivo de quem dependa a administração tributária legalmente competente para a liquidação e cobrança da dívida a extinção da dívida exequenda e acrescido, com a dação em pagamento de bens móveis ou imóveis. A segurança social pode aceitar em pagamento a dação de bens móveis ou imóveis, por parte do contribuinte, para a extinção total ou parcial da dívida vencida, devendo descriminar pormenorizadamente dos bens dados em pagamento. Os bens móveis ou imóveis, objeto de dação em pagamento, são avaliados pelo IGFSS, I. P., pela instituição competente nas Regiões Autónomas ou por quem estes determinarem, a expensas do contribuinte. Só podem ser aceites bens avaliados por valor superior ao da dívida ( 179 ) no caso de se demonstrar a possibilidade da sua imediata utilização para fins de interesse público, ou no caso de a dação se efetuar no âmbito de uma das situações previstas no n.º 2 do artigo 190.º ( insolvência ou recuperação, SIREVE, PER, consolidação financeira, aquisição total ou parcial ). Em caso de aceitação da dação em pagamento de bens de valor superior à dívida, o despacho que a autoriza constitui, a favor do contribuinte, um crédito no montante desse excesso, a utilizar em futuros pagamentos de contribuições, quotizações ou pagamento de rendas. O contribuinte pode renunciar ao crédito que resulte do facto de ao bem dado em dação ter sido atribuído um valor superior ao valor da dívida à segurança social. Os bens móveis e imóveis adquiridos por dação integram o património do IGFSS, I. P., devendo ser transferidos para a sua titularidade, sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas ( 180 ). A dação em pagamento carece de autorização do membro do Governo responsável pela área da segurança social. A competência atribuída nos termos do item anterior é suscetível de delegação por decisão do órgão que a detém, nos termos do Código do Procedimento Administrativo Compensação de créditos Com a alteração introduzida pela Lei n.º 82-B/2014 ( Orçamento de Estado 2015 ) esta norma passou a prever a possibilidade do contribuinte requerer a compensação de créditos sempre que no âmbito do Sistema Previdencial de Segurança Social, sem prejuízo do disposto em legislação específica, seja simultaneamente credor e devedor. A compensação referida no item anterior pode ser efetuada oficiosamente. 179 Em situações excecionais pode ser aceite um bem para pagamento de parte da dívida, sendo o restante regularizado através de um acordo no âmbito do SPE ou do PEC/PIRE. 180 Em todo o caso as Empresas têm sempre a possibilidade de efetuar a recompra desse mesmo bem, no prazo de 5 anos a contar da dação. 137

138 A redação anterior exigia que a relação simultânea credor/devedor ocorresse no âmbito da relação jurídica contributiva Retenções O Estado, as outras pessoas coletivas de direito público e as entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos, só podem conceder algum subsídio ou proceder a pagamentos superiores a 5.000, líquido de IVA, a contribuintes da segurança social, mediante a apresentação de declaração comprovativa da situação contributiva destes perante a segurança social. A declaração prevista no item anterior é dispensada sempre que o contribuinte preste consentimento à entidade pagadora para consultar a sua situação contributiva perante a segurança social, no sítio da segurança social direta, nos termos legalmente estatuídos ( 181 ). No caso de resultar da declaração ou da consulta, referidas no item anterior, a existência de dívida à segurança social, é retido o montante em débito, nunca podendo a retenção total exceder o limite de 25 % do valor do pagamento a efetuar. O disposto no 1º.e 3.º itens, aplica-se igualmente a financiamentos a médio e longo prazos, exceto para aquisição de habitação própria e permanente, superiores a , concedidos por instituições públicas, particulares e cooperativas com capacidade de concessão de crédito. As retenções operadas nos termos do presente regime exoneram o contribuinte do pagamento das respetivas importâncias. O incumprimento do disposto neste 1º. item por entidades não públicas determina a obrigação de pagar ao IGFSS, I. P., o valor que não foi retido, acrescido dos respetivos juros legais, ficando por esta obrigação solidariamente responsáveis os administradores, gerentes, gestores ou equivalentes da entidade faltosa, sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas Participações sociais A dívida à segurança social pode ser transformada em capital social do contribuinte, quando haja acordo do IGFSS, I. P., e autorização do membro do Governo responsável pela área da segurança social. A transformação em capital social só pode ser autorizada depois de realizada uma avaliação ou auditoria por uma entidade que seja considerada idónea pelo IGFSS, I. P., sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas. As participações podem ser alienadas a todo o tempo pela entidade de segurança social competente, mediante prévia autorização do membro do Governo responsável pela área da segurança social. 138

139 Alienação de créditos A segurança social pode, excecionalmente, alienar os créditos de que seja titular correspondentes a dívidas de contribuições, quotizações e juros. A alienação pode ser efetuada pelo valor nominal ou pelo valor de mercado dos créditos, e neste caso segue um dos procedimentos previstos no Código dos Contratos Públicos. A alienação prevista no presente regime não pode fazer-se a favor: Do contribuinte devedor; Dos membros dos órgãos sociais do contribuinte devedor, quando respeite ao período de exercício do seu cargo; De entidades com interesse patrimonial equiparável TRANSMISSÃO DA DÍVIDA Assunção da dívida A assunção por terceiro de dívida à segurança social pode ser autorizada por despacho do membro do Governo responsável pela área da segurança social, podendo ser delegada nos termos do Código do Procedimento Administrativo. À assunção de dívida à segurança social é aplicável o disposto nos artigos 595.º e seguintes do Código Civil Transmissão de dívida e sub rogação Nas situações em que a segurança social autorize o pagamento da dívida por terceiro pode sub-rogá-lo nos seus direitos. A sub-rogação carece de autorização do membro do Governo responsável pela área da segurança social, podendo ser delegada no termos do Código do Procedimento Administrativo GARANTIAS Garantias gerais e especiais As dívidas à segurança social podem ser garantidas através de qualquer garantia idónea, geral ( 182 ) ou especial ( 183 ), nos termos dos artigos 601.º e seguintes do Código Civil ( 184 ). 182 Penhora de bens. 183 Privilégios creditórios, Hipoteca legal, Penhor e Direito de retenção. 184 Ficou isenta de imposto de selo a constituição, em 2010, de garantias a favor do Estado ou das instituições de segurança social, no âmbito de aplicação do artigo 196º do CPTT ou do DL n.º 124/96, de 10AGO, alterado pelo DL n.º 235-A/96, de 9DEZ e pela Lei n.º 127-B/97, de 20DEZ 139

140 A apresentação de garantias ou o seu pedido de Isenção deve ser feito no prazo de 15 dias a contar da notificação do Pronto Pagamento Privilégio mobiliário Os créditos da segurança social por contribuições, quotizações e respetivos juros de mora gozam de privilégio mobiliário geral, graduando-se nos termos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 747.º do Código Civil. Este privilégio prevalece sobre qualquer penhor, ainda que de constituição anterior Privilégio imobiliário Os créditos da segurança social por contribuições, quotizações e respetivos juros de mora gozam de privilégio imobiliário sobre os bens imóveis existentes no património do contribuinte à data da instauração do processo executivo, graduando-se logo após os créditos referidos no artigo 748.º do Código Civil Consignação de rendimentos O cumprimento das dívidas pode ser garantido mediante consignação de rendimentos feita pelo próprio contribuinte ou por terceiro e aceite por deliberação do conselho diretivo do IGFSS, I. P., sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas. Hipoteca legal O pagamento dos créditos da segurança social por contribuições, quotizações e respetivos juros de mora poderá ser garantido por hipoteca legal sobre os bens imóveis ou móveis sujeitos a registo, existentes no património do contribuinte. Os atos de registo predial no âmbito do registo de hipoteca legal para a garantia de contribuições, quotizações e juros de mora em dívida à segurança social, desde que requeridos pelas instituições de segurança social, são efetuados gratuitamente SITUAÇÃO CONTRIBUTIVA REGULARIZADA Para efeitos do presente Código, considera-se situação contributiva regularizada a inexistência de dívidas de contribuições, quotizações, juros de mora e de outros valores do contribuinte. 140

141 Integram, também, o conceito de situação contributiva regularizada: As situações de dívida, cujo pagamento em prestações tenha sido autorizado e enquanto estiverem a ser cumpridas as condições dessa autorização, designadamente o pagamento da primeira prestação e a constituição de garantias, quando aplicável, ainda que o pagamento prestacional tenha sido autorizado a terceiro ou a responsável subsidiário; As situações em que o contribuinte tenha reclamado, recorrido, deduzido oposição ou impugnado judicialmente a dívida, desde que tenha sido prestada garantia idónea. ou ainda tenha sido dispensada a sua prestação, nos termos legalmente previstos. Para efeitos do disposto no presente regime, considera-se ainda que têm a sua situação contributiva regularizada : Os agrupamentos de interesse económico e os agrupamentos complementares de empresas quando a situação referida nos itens atrás se verifique relativamente aos mesmos, bem como relativamente a cada uma das entidades agrupadas; As sociedades em relação de participação recíproca, em relação de domínio, ou em relação de grupo, quando os itens referidos, se verifiquem relativamente às mesmas bem como quanto a cada uma das sociedades que integram a coligação; As sociedades desportivas, independentemente da sua classificação, e os respetivos clubes desportivos, quando os itens referidos, se verifiquem em relação a ambos Exigência da Declaração de situação contributiva regularizada A certidão de situação contributiva regularizada é normalmente exigida nas seguintes situações : Quando os contribuintes são credores de algum subsídio ou de pagamentos a efetuar pelo Estado ou outras pessoas Coletivas, de valor superior a ( 185 ), como atrás foi citado nas retenções, ponto ; Quando os Contribuintes obtenham o financiamento a médio ou curto prazo, superior a , concedido por Instituições Públicas ou Cooperativas com capacidade de concessão de crédito; Quando se verifiquem alterações ao contrato social; Para instrução da documentação a apresentar em concursos ou obras públicas; Para instrução de processos de candidatura a incentivos ao emprego, promovidos por Entidades Públicas. 185 Conforme artº 11º, do Dec. Lei nº 411/91, agora revogado pela Lei 110/2009 artº 198º. 141

142 Responsabilidade solidária No momento da realização do registo de cessão de quota ou de quotas que signifique a alienação a novos sócios da maioria do capital social, o respetivo ato é instruído com declaração comprovativa da situação contributiva da empresa. Em caso de trespasse, cessão de exploração ou de posição contratual o cessionário responde solidariamente com o cedente pelas dívidas à segurança social existentes à data da celebração do negócio, sendo nula qualquer cláusula negocial em contrário Relatório da empresa O relatório de apreciação anual da situação das empresas privadas, públicas ou cooperativas deve indicar o valor da dívida vencida, caso exista. Os contribuintes a quem tenha sido autorizado o pagamento prestacional da dívida devem incluir no relatório referido no item anterior as condições do mesmo Requerimento da Certidão As matérias abordadas nos pontos nºs 6.5.4, e são matérias que constam, essencialmente, da regulamentação do Código publicado através do Decreto regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/01. Pode ser requerida a certidão ( 186 ) por: Contribuinte ( Pessoa Coletiva ou Singular ) ou seu representante legal, devidamente mandatado para o efeito; Iniciativa do Credor ou Ministério Público, nos termos e para os efeitos do disposto no artº 20º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas. No âmbito do CPEREF já não se justifica porque já não podem ser requeridos estes processos. Perante uma situação de dívida, no primeiro caso é passada com o valor da mesma (o qual inclui o valor das contribuições e dos juros ), mas já no segundo caso apenas se indicam os meses em dívida. 186 Quando o pedido é feito usando o formulário RC 3042 DGSS ou por carta, deve ser assinado pelo próprio ou pelo seu representante legal. Se fez o pedido usando o formulário RC3042 DGSS ou por carta, o prazo de entrega da declaração é de 10 dias úteis, após a entrada do pedido (com todos os elementos necessários), ou da notificação judicial (quando pedida pelo Ministério Público Pode pedir a declaração, na Segurança Social Direta ( cliente/beneficiário da Segurança Social) ou por carta, ou nos serviços da Segurança Social da zona onde reside ou é sede de empresa.. Renovação automática da declaração Os contribuintes que não tenham dívidas à segurança social podem pedir a renovação automática das declarações de 4 em 4 meses, até ao limite de 2 anos, através do formulário RC3042 DGSS, 142

143 Este documento não constitui instrumento de quitação e não prejudica ulteriores apuramentos; É emitida em duplicado, e podem ser extraídas cópias durante o prazo de validade; Quando existir dívida certificada na declaração, as Entidades a que a mesma for apresentada, deverão proceder à retenção até 25 % do total concedido ou a pagar, o qual deverá ser depositado à ordem do IGFSS I.P.. A declaração é passada no prazo máximo de 10 dias úteis e tem a validade de Quatro meses para todos os casos de situação ( 187 ) contributiva Competência para Emissão de Certidões É competente para a sua emissão: O Centro Distrital de Segurança Social em cujo âmbito se situa a sede da pessoa coletiva ou entidade equiparada; O Centro Distrital de Segurança Social em cujo âmbito se situa o domicílio profissional da pessoa singular; o Centro Distrital da área da residência no caso dos Trabalhadores Independentes. O pedido de declarações pode ser feito em qualquer serviço do Sistema de Solidariedade e Segurança Social, no entanto se não for o Centro Distrital da Sede do Contribuinte estes Serviços deverão remeter os pedidos ao Centro Distrital respetivo o mais urgente possível para respeitar o prazo de 10 dias úteis. Atualmente o mesmo pedido pode ( e de preferência ) ser feito via Internet, através do serviço Segurança Social Direta. O pedido de uma declaração de situação contributiva e a declaração de não aplicação de sanção pela utilização de mão-de-obra legalmente sujeita ao pagamento de contribuições para a Segurança Social, deve ser emitida pelos serviços do Centro Distrital. Os contribuintes que apresentem a sua situação contributiva regularizada gozam da faculdade de requerer a renovação automática das declarações por períodos correspondentes ao respetivo prazo de validade, até ao limite de dois anos, findo o qual deve apresentar novo requerimento Declarações negativas Para que seja passada uma certidão negativa, o mesmo é dizer uma declaração que indique a não inscrição do requerente como contribuinte da Segurança Social, tem que se considerar os seguintes requisitos: 187 Antes deste diploma a declaração era válida por Seis meses para os casos de situação contributiva regularizada e de Quatro meses para os casos de situação contributiva não regularizada e ainda relativa a situações de acordos prestacionais e situações de impugnações com garantia 143

144 Ver se o requerente consta como contribuinte no sistema da Segurança Social; Saber se o requerente está ou não coletado nas Finanças. Assim conforme se encontre ou não coletado nas Finanças deve apresentar os seguintes documentos: Está coletado nas Finanças Não está coletado nas Finanças Anexo B ou C do Mod. 3 do IRS (por forma a poder confirmar a existência de pessoal ao serviço) Prova da inscrição como Independente Fotocópia do número de Contribuinte Fiscal Declaração das Finanças em como não se encontra coletado por qualquer atividade que possa exercer como Independente ou Empresário em Nome Individual Fotocópia do número de Contribuinte Fiscal No caso dos Trabalhadores Independentes são ainda consideradas duas outras certidões, em que se atesta não existir dívida pelo que a situação é como regularizada (sem dívida): Quando no decurso do 1º ano de atividade e ainda sem obrigação de enquadramento, o beneficiário precisa de uma declaração que ateste a não existência de dívidas 188 ; Quando existindo uma situação de verificação de valores de rendimentos anuais inferiores a 6 vezes o I.A.S. e que não determinam o enquadramento, se pode atestar que não existem dívidas de contribuições, considerando-se como situação regularizada EFEITOS DO INCUMPRIMENTO Juros de mora Pelo não pagamento de contribuições e quotizações nos prazos legais, são devidos juros de mora por cada mês de calendário ou fração Taxa de juros de mora A taxa de juros de mora é igual à estabelecida no regime geral ( 189 ) dos juros de mora para as dívidas ao Estado e outras entidades públicas e é aplicada nos mesmos termos. 188 Esta situação é em muitos casos requerida também por Trabalhadores Estudantes que necessitam de comprovar nas Faculdades que estão inscritos nas Finanças para exercício de uma atividade, mas ainda não têm uma obrigação contributiva. 189 Decreto-Lei nº 73/99, de 16 de Março. 144

145 O prazo máximo de pagamento de juros de mora ( 190 ) foi agora considerado pela Lei n.º 3-B/2010 ( Lei do Orçamento de Estado ), de 5 anos ( 191 ) para pagamentos em prestações e de 3 anos para outros tipos de pagamento. Com objeto também no mesmo diploma, e no O.E. de 2015 ( Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro ), o vencimento dos juros de mora ( 192 ) são considerados desta forma: Taxa normal 5,168% - ao ano, com base no aviso n.º 87/2016, de 06/01, do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P.( sem garantias reais ou com garantia, mas não real ou Bancária ) Taxa Especial 2,584% - ao ano ( 50% da normal ), com base no n.º 3 e 4, art.º 3º do Dec. Lei n.º 73/99 com apresentação voluntária de Garantia Bancária ou Garantias Reais, Penhor e Hipoteca Legal Limitações Além das limitações especialmente previstas noutros diplomas, os contribuintes que não tenham a situação contributiva regularizada não podem: Celebrar contratos, ou renovar o prazo dos já existentes, de fornecimentos, de empreitadas de obras públicas ou de prestação de serviços com o Estado, Regiões Autónomas, institutos públicos, autarquias locais e instituições particulares de solidariedade social comparticipadas pelo orçamento da segurança social; Explorar a concessão de serviços públicos; Fazer cotar em bolsa de valores os títulos representativos do seu capital social; Além das limitações especialmente indicadas atrás, os contribuintes que não tenham a situação contributiva regularizada não podem ainda: Lançar ofertas públicas de venda do seu capital e, em subscrição pública, títulos de participação, obrigações ou ações; Beneficiar dos apoios dos fundos comunitários ou da concessão de outros subsídios por parte das entidades mencionadas no n.º 1 do artigo 198.º, ou seja, o Estado, as outras pessoas coletivas de direito público e as entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos Divulgação de listas de contribuintes devedores A segurança social procede à divulgação de listas de contribuintes cuja situação contributiva não se encontre regularizada nos termos seguintes: 190 Conforme n.º 2, art.º 44º da LGT e art.º 4º do Dec. Lei n.º 73/ Caso em que os juros de mora são contados até ao termo do prazo do respetivo pagamento, sem exceder oito anos ( também de acordo com o n.º 2 do artigo 44º da LGT e artigo 4º do DL n.º 73/99 ). 192 Conforme n.º 1, art.º 44º da LGT e n.º 1, art.º 86º do CPPT. 145

146 A publicação é efetuada após o decurso de qualquer dos prazos legalmente previstos para a prestação da garantia ou em caso de dispensa desta. As listas são hierarquizadas em função do montante em dívida. A publicação das listas, nos termos dos itens anteriores, não contende com o dever de confidencialidade, consagrado na lei Anulação oficiosa de juros indevidos Quando, por motivos imputáveis aos serviços, tenham sido liquidados juros superiores aos devidos, procede-se à sua anulação oficiosa se ainda não tiverem decorrido cinco anos sobre o pagamento e desde que o seu quantitativo seja igual ou superior a 5. Verificando-se a anulação de juros nos termos do item anterior, sempre que o devedor os tenha pago, o serviço procede à sua restituição Arrematação em hasta pública Os bens adquiridos por arrematação em hasta pública integram o património do IGFSS, I. P., devendo ser transferidos para a sua titularidade, sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas. A segurança social, quando seja arrematante em hasta pública, não está sujeita à obrigação do depósito do preço nem à obrigação de pagar as despesas da praça Condição geral do pagamento das prestações aos trabalhadores independentes e beneficiários do seguro social voluntário É condição geral do pagamento das prestações aos trabalhadores independentes e aos beneficiários do seguro social voluntário que os mesmos tenham a sua situação contributiva regularizada até ao termo do 3.º mês imediatamente anterior ao do evento determinante da atribuição da prestação. Considera-se que a situação contributiva do trabalhador independente se encontra regularizada desde que se encontrem pagas as contribuições da sua responsabilidade. A não verificação do disposto no 1º. item determina a suspensão do pagamento das prestações a partir da data em que as mesmas sejam devidas. O exemplo a seguir é elucidativo das situações que se podem verificar quanto à regularização da situação contributiva e dos seus efeitos. 146

147 Exceções à condição geral do pagamento das prestações A atribuição de prestações por morte não se encontra sujeita à condição geral de pagamento fixada no ponto anterior, sendo o cálculo das pensões de sobrevivência efetuado sem tomar em conta os períodos com contribuições em dívida Efeitos da regularização da situação contributiva dos trabalhadores independentes e beneficiários do seguro social voluntário O beneficiário readquire o direito ao pagamento das prestações suspensas desde que regularize a sua situação contributiva nos três meses civis subsequentes ao mês em que tenha ocorrido a suspensão. Se a situação contributiva não for regularizada no prazo previsto no item anterior, o beneficiário perde o direito ao pagamento das prestações suspensas. No caso de a regularização da situação contributiva se verificar posteriormente ao decurso do prazo referido no 1º. item, o beneficiário retoma o direito às prestações a que houver lugar a partir do dia subsequente àquele em que ocorra a regularização Regularização da situação contributiva dos trabalhadores independentes e beneficiários do seguro social voluntário por compensação Nas eventualidades de invalidez e de velhice, se a regularização da situação contributiva não tiver sido realizada diretamente pelo beneficiário, é a mesma efetuada através instituto de compensação ( 193 ), com o valor das prestações a que haja direito em 193 A eventual dívida é apurada pelo Centro Distrital, onde o beneficiário apresenta os seus descontos finais, que corresponde ao valor das contribuições e correspondentes juros de mora até à data do requerimento de pensão. 147

148 função daquelas eventualidades ( 194 ), caso se encontrem cumpridas as restantes condições de atribuição das respetivas ( 195 ) prestações. Num exemplo de um Beneficiário ( consideremos Independente ), que no seu período de atividade ( e lembrar aqui que estamos a falar nesta fase pedido de Reforma ), só estarão em causa os períodos de atividade não regularizados ( entre os inícios e as cessações de atividade, a existirem ), dos últimos 5 anos, já que se poderão invocar a prescrição de períodos anteriores ( desde que não estejam objeto de uma regularização em sede de Secção de Processo ). Um caso de Beneficiário do S.S.Voluntário, não teria esta questão da Secção de Processo a considerar, já que é um Regime Voluntário. Assim e partindo do princípio que aquele Beneficiário tinha uma dívida no valor de 8.684, e que a sua Reforma com início em Julho de 2015, era de 480. Deste modo, não iria ter direito à sua prestação de Reforma até que aquela dívida estivesse completamente regularizada ( 196 ), o que no caso só viria a acontecer em Outubro de 2016, já tendo neste mês direito a algum valor remanescente. E, no pressuposto que a dívida ( de cerca de 5 anos de contribuições ) estava executada e a ser regularizada em acordo de 120 prestações e pretendesse manter este acordo na SPET, então colocavam-se duas questões ao CNPensões: Uma, se o Beneficiário não tiver carreira contributiva com prazo de garantia, a Pensão não será calculada e atribuída até que com outro período de contribuições esse prazo se venha a registar, sendo então o cálculo efetuado com início nessa data ( novo requerimento ); Outra, é quando o beneficiário tem carreira contributiva com prazo de garantia, então o cálculo é feito com os registos existentes e atribuída a Pensão a partir dessa data e com um determinado valor. A Pensão só será revista, quando o restante do período em dívida for concluído e disso for dado conhecimento ao CNPensões, para revisão do cálculo, no entanto o novo valor só terá efeitos a partir dessa data, não havendo retractivos à data de início da Pensão. Daí que é necessário o aconselhamento junto dos serviços da Segurança Social, porque cada caso é um caso Outros Meios para a Recuperação de Dívida Fiscalização 194 Antes do Dec. Lei n.º 187/2007, a dívida era compensada, deduzindo apenas 1/6 do valor da Pensão até à sua conclusão final. Agora todo o valor da dívida é deduzido desde as prestações iniciais até que se extinga a totalidade dessa dívida e só depois começa o processamento normal. 195 Designadamente os prazos de garantia, diferentes para Velhice e/ou Invalidez, bem como neste caso, a decisão favorável da Comissão de Incapacidades. 196 Antigamente apenas se descontava na Pensão o valor de 1/6 da mesma, mas agora é pela totalidade até à extinção da dívida. 148

149 Os serviços de fiscalização dos Centros Distritais de Segurança Social foram criados pelo Dec. Lei nº 388/82, de 16 de Setembro com o objetivo primordial de vigiar o cumprimento das obrigações relativas aos regimes de Segurança Social. Com o decorrer do tempo os desafios do dia a dia impuseram a reforma do sistema de solidariedade e de segurança social criando o Instituto de Solidariedade e Segurança Social, I.P. ao qual entre outras atribuições cabe a ação inspetiva e fiscalizadora do cumprimento dos direitos e obrigações dos beneficiários e das instituições particulares de solidariedade social e de outras entidades privadas que exerçam atividades de apoio social. Também o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P. por força do disposto no Dec. Lei nº 260/99, de 7 de Julho ( também pelo Dec. Lei nº 42/2001, de 9 de Fevereiro, este posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2014, de 28 de Abril e ainda Dec. Lei nº 8-B/2002, de 15 de Janeiro ), assume importantes responsabilidades e tarefas a nível da gestão dos contribuintes designadamente exercendo a Acão fiscalizadora junto daqueles e exigindo o cumprimento das respetivas obrigações, tendo em vista melhorar a gestão financeira do sistema e o combate à fraude e à evasão fiscal. Neste contexto surge também a Lei nº 15/2001, de 5 de Junho (Regime Geral das Infrações Tributárias - RGIT), que criou o quadro sancionatório das infrações contra a segurança social, e veio alargar aos beneficiários a possibilidade de serem indiciados como agentes da prática de crimes contra a segurança social. Os serviços de Fiscalização têm, dentro da orgânica do ISS, I.P., uma estrutura definida por Departamentos Regionais e Serviços Distritais Ilícitos e Contraordenações Os crimes contra a Segurança Social ( Lei nº 15/2001, de 5/6 ) podem configurar três tipos de situações: Fraude contra a Segurança Social; Fraude qualificada; Abuso de confiança. Sendo de considerar também outros designados genericamente por Crimes Tributários Comuns, como sejam: Burla Tributária; Frustração de créditos; Violação do segredo ou sigilo. Assim, Fraude contra a Segurança Social (artº 106º RGIT) 149

150 É considerada quando as condutas das entidades empregadoras, dos trabalhadores independentes e dos beneficiários que visem a não liquidação, entrega ou pagamento, total ou parcial, recebimento indevido, total ou parcial, de prestações de segurança social com intenção de obter para si ou para outrem vantagem patrimonial ilegítima de valor superior a Euros. E tem lugar nas seguintes situações: Ocultação ou alteração de factos ou valores que devam constar das declarações apresentadas ou prestadas a fim de que os serviços de segurança social fiscalizem, determinem, avaliem ou controlem a veracidade desses factos ou valores. Ocultação de factos ou valores não declarados e que devam ser revelados à segurança social. Celebração de negócio simulado, quer quanto ao valor, quer quanto à natureza, quer por interposição, omissão ou substituição de pessoas. Fraude qualificada (artº 104º RGIT) Ocorre por comportamento passivo, por comportamento ativo, por simulação. Verifica-se quando existe a acumulação de mais de uma das seguintes circunstâncias: Conluio com terceiros que estejam sujeitos a obrigações acessórias; Abuso grave das funções públicas do próprio ou de terceiro; Falsificação, viciação, ocultação, destruição, inutilização ou recusa de entrega, de exibição ou de apresentação de documentos, programas ou ficheiros informáticos e quaisquer outros elementos de prova exigidos (factos não puníveis autonomamente, salvo se pena mais grave lhes couber); Utilização consciente de documentos ou quaisquer outros elementos falsificados ou viciados por terceiro (factos não puníveis autonomamente, salvo se pena mais grave lhes couber); Utilização de interpostas pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território português e submetidos a um regime mais favorável; Conluio com terceiros com os quais estejam em situação de relações especiais; A utilização de faturas ou documentos equivalentes por operações inexistentes ou por valores diferentes, ou ainda, com a intervenção de pessoas ou entidades diversas das da operação subjacente. Abuso de confiança (artº 105º RGIT) é o mais comum Verifica-se quando as condutas das entidades empregadoras que, tendo deduzido ao valor das remunerações devidas a trabalhadores e membros dos órgãos estatutários, o montante das contribuições por estes legalmente devidas, não o entrega total ou parcialmente às instituições de segurança social. 150

151 Burla Tributária (artº 87º RGIT) Quando as condutas dos contribuintes e beneficiários que, por meio de falsas declarações, falsificação ou viciação de documentos fiscalmente relevantes ou outros meios fraudulentos que, determinem a administração da segurança social a efetuar atribuições patrimoniais das quais resulte enriquecimento do agente ou de terceiro. Pode acontecer quando o agente preste falsas declarações à segurança social, falsifique documentos ou utilize outros meios fraudulentos. É importante apurar o modus faciendi, os atos concretos praticados pelo agente que determinaram a atribuição indevida da prestação ou a acumulação de prestações não acumuláveis, entre outros. Por exemplo: desemprego / aposentação Frustração de créditos (artº 88º RGIT) Verifica-se quando as condutas das entidades empregadoras e trabalhadores consubstanciadas em aqueles, havendo dívidas à Segurança Social, (1) alienarem, danificarem, ocultarem, fizerem desaparecer, onerarem o seu património com intenção de frustrarem total ou parcialmente os créditos das instituições de segurança social, ou (2) outorgarem em atos ou contratos que importem a transferência ou oneração do património. Isto é, quem, sabendo que tem de entregar tributo já liquidado ou em processo de liquidação ou dívida às instituições de segurança social, adotar alguma das condutas acima descritas. Violação do segredo ou sigilo (artº 91º RGIT) Consiste (1) na revelação ou aproveitamento do conhecimento da situação contributiva com prejuízo ao sistema ou a terceiros, de agentes indefinidos, ou (2) revelação do segredo obtido no exercício de funções com benefício ilegítimo ou prejuízo ao sistema ou a terceiros por parte de funcionários. Nos quadros seguintes estão representadas as diferentes situações atrás descritas bem como as correspondentes penas aplicadas. Crimes contra a Segurança Social e Crimes Tributários Comuns 151

152 Situações Fraude contra a Segurança Social Fraude qualificada Pena Aplicável Prisão até 3 anos ou Multa até 360 dias Prisão de 1 a 5 anos ( pessoas singulares ) ou Multa de 240 a 1200 dias ( pess. coletivas ) Abuso de confiança Prisão até 3 anos ou Multa até 360 dias Burla Tributária Prisão até 3 anos ou Multa até 360 dias Frustração de créditos ( 1 ) Prisão até 2 anos ou Multa até 240 dias ou ( 2 ) Prisão até 1 ano ou Multa até 120 dias Violação do segredo ou sigilo ( 1 ) Prisão até 1 ano ou Multa até 240 dias ou ( 2 ) Prisão até 3 anos ou Multa até 360 dias 152

153 CRIMES CONTRA A SEGURANÇA SOCIAL 153

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