COMPETITIVIDADE DOS FRETES FERROVIÁRIOS: RIOS: OS CASOS DO AÇÚCAR E DO ETANOL COM DESTINO PARA O PORTO DE PARANAGUÁ
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1 COMPETITIVIDADE DOS FRETES FERROVIÁRIOS: RIOS: OS CASOS DO AÇÚCAR E DO ETANOL COM DESTINO PARA O PORTO DE PARANAGUÁ José Vicente Caixeta Filho Professor Titular Depart. de Economia, Administração e Sociologia ESALQ -UniversidadedeSãoPaulo jvcaixet@esalq.usp.br Piracicaba, 25 de março de 2011
2 ESTRUTURA DESTA APRESENTAÇÃ ÇÃO referencial teórico para a precificação de fretes comparativo de valores de fretes: o caso do açúcar comparativo de valores de fretes: o caso do etanol considerações / recomendações
3 MOTIVAÇÃ ÇÃO O DA APRESENTAÇÃ ÇÃOO reforçar os principais anseios dos agentes envolvidos com a movimentação ferroviária de cargas, particularmente daqueles relacionados com o segmento sucroalcooleiro, relacionados: ao aumento significativo da captação de cargas pela ferrovia; ao incremento da competitividade das ferrovias; à consolidação do esforço de resgate da credibilidade perdida pelas ferrovias a partir da prática de precificação de uma tarifa justa e de um nível de serviço eficiente.
4 REFERENCIAL TEÓRICO PARA A PRECIFICAÇÃ ÇÃO O DE FRETES
5 PRINCIPAIS VARIÁVEIS VEIS QUE TÊM T M IMPACTADO OS VALORES DE FRETES RODOVIÁRIOS RIOS DE CARGAS AGRÍCOLAS... distância percorrida muito importante!!! especificidade da carga transportada sazonalidade da demanda por transporte peculiaridades regionais (na origem e/ou destino do frete) possibilidade de carga de retorno custos operacionais (em função do veículo utilizado) concorrência ou complementaridade com outras modalidades de transporte estado de conservação das vias pedágios e balanças (funcionando) ao longo das vias prazo de entrega Fonte: Correa Jr. e Caixeta Filho (2003)
6 PRINCIPAIS VARIÁVEIS VEIS QUE TÊM T M IMPACTADO OS VALORES DE FRETES FERROVIÁRIOS RIOS DE CARGAS AGRÍCOLAS... distância percorrida volume/escala envolvidos muito importantes!!! regularidade do fluxo especificidade da carga transportada sazonalidade da demanda por transporte peculiaridades regionais (na origem e/ou destino do frete) possibilidade de carga de retorno custos operacionais concorrência ou complementaridade com outras modalidades de transporte estado de conservação da infraestrutura prazo de entrega
7 PRINCIPAIS DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS PARA A PRECIFICAÇÃ ÇÃO O DOS VALORES DE FRETES FERROVIÁRIOS RIOS vício em se aplicar descontos a valor de frete rodoviário semelhante falta de referência a planilhas de custos ferroviários predominância de contratos sobre a opção mercado spot
8 COMPORTAMENTO DE FRETES NO SEGMENTO SUCROALCOOLEIRO
9 - unidades produtoras de açúcar e álcool do Estado do Paraná, associadas à Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (ALCOPAR), separadas do porto de Paranaguá por distâncias que variam entre 400 e 700 km ÁREA DE ESTUDO PORTO DE PARANAGUÁ
10 PRINCIPAIS FLUXOS DE EXPORTAÇÃ ÇÃO O (RODO E FERROVIÁRIOS) RIOS) DE AÇÚA ÇÚCAR E ETANOL Fonte: Copersucar
11 COMPARATIVO DE VALORES DE FRETES: O CASO DO AÇÚA ÇÚCAR variação dos valores de fretes para a movimentação de açúcar, , faixa abrangente de distâncias 200,00 Frete (R$/t) 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0, Dist. (km) Rodo Ferro Rodo = valores médios obtidos a partir do banco de dados do Sifreca; Ferro = média dos valores máximos informados à ANTT pelas concessionárias ALL (malhas Oeste, Sul e Paulista), FCA, MRS, CFN e Valec.
12 COMPARATIVO DE VALORES DE FRETES: O CASO DO AÇÚA ÇÚCAR variação dos valores de fretes para a movimentação de açúcar a partir do estado do PR, , competitividade entre os fretes rodoviários e ferroviários para movimentações para exportação pelo porto de Paranaguá 70,00 65,00 Frete (R$/t) 60,00 55,00 50,00 Rodo (todas as fontes) Ferro (geral) 45,00 40, Dist. (km)
13 COMPARATIVO DE VALORES DE FRETES: O CASO DO AÇÚA ÇÚCAR variação dos valores de fretes para a movimentação de açúcar a partir do estado do PR, , movimentações para exportação pelo porto de Paranaguá, discriminando a variação decorrente da utilização do frete ferroviário 80,00 70,00 3% 3% 2% 60,00 1% 1% Frete (R$/t) 50,00 40,00 30,00 20,00-1% 0% -1% -2% -3% Dif. (Ferro-Rodo) Rodo (todas as fontes) Ferro (geral) Var. (%) 10,00 0,00-4% Dist. (km) -4% -5%
14 COMPARATIVO DE VALORES DE FRETES: O CASO DO AÇÚA ÇÚCAR variação dos valores de fretes para a movimentação de açúcar, , discriminando a variação decorrente da utilização do frete ferroviário (comparação entre ALL e FCA) 90,00 30% Frete (R$/m3) 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 13% 7% 19% 10% 23% 13% 26% 15% 25% 20% 15% 10% 5% Dif. pró-ferrovia (%) Rodo (todas as fontes) Ferro (ALL) Ferro (FCA) Dif. ALL (%) Dif. FCA (%) 0, Dist. (km) 0% Rodo = valores médios obtidos para movimentações até o porto de Paranaguá (fontes: Sifreca e Alcopar); Ferro = média dos valores máximos informados à ANTT pelas concessionárias ALL (malha Sul) e FCA.
15 PREOCUPAÇÕ ÇÕES... alta variabilidade dos valores (máximos) de fretes ferroviários para a movimentação de açúcar, entre as diversas concessionárias, conforme vem sendo informado à ANTT; diferença muito pequena entre os valores de fretes rodoviários praticados no mercado para a movimentação de açúcar e os valores de fretes (máximos) ferroviários correspondentes informados pelas concessionárias à ANTT; frete ferroviário para a movimentação do açúcar ainda demonstra uma enorme dependência/relação com a distância percorrida (volumes/escala, regularidade de fluxos etc. devem ser contabilizados quando da negociação entre embarcadores e concessionárias ferroviárias).
16 COMPARATIVO DE VALORES DE FRETES: O CASO DO ETANOL variação dos valores de fretes para a movimentação de etanol a partir do estado do PR, , competitividade entre os fretes rodoviários e ferroviários para movimentações para exportação pelo porto de Paranaguá 80,00 75,00 70,00 Frete (R$/m3) 65,00 60,00 55,00 Rodo (todas as fontes) Ferro (ALL) 50,00 45, Dist. (km)
17 COMPARATIVO DE VALORES DE FRETES: O CASO DO ETANOL variação dos valores de fretes para a movimentação de etanol a partir do estado do PR, , movimentações para exportação pelo porto de Paranaguá, discriminando a economia decorrente da utilização do frete ferroviário Frete (R$/m3) 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 7% 10% 13% 15% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% Dif. (Ferro-Rodo) Rodo (todas as fontes) Ferro (ALL) Var. (%) 10,00 2% 0, Dist. (km) 0%
18 COMPARATIVO DE VALORES DE FRETES: O CASO DO ETANOL variação dos valores de fretes para a movimentação de etanol a partir do estado do PR, , movimentações para exportação pelo porto de Paranaguá, discriminando a economia decorrente da utilização do frete ferroviário (comparação entre ALL e FCA) 90,00 30% Frete (R$/m3) 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 13% 7% 19% 10% 23% 13% 26% 15% 25% 20% 15% 10% 5% Dif. pró-ferrovia (%) Rodo (todas as fontes) Ferro (ALL) Ferro (FCA) Dif. ALL (%) Dif. FCA (%) 0, Dist. (km) 0%
19 CONSIDERAÇÕ ÇÕES / RECOMENDAÇÕ ÇÕES recomenda-se que seja considerada mjetodologia de precificação mais específica para fretes ferroviários, idealmente incluindo outras variáveis (escala, regularidade, densidade da carga etc.) além da própria distância; seria de fundamental importância a referenciação desses valores de fretes ferroviários às planilhas de custos ferroviários correspondentes, o que também contribuiria para a aferição do limite mínimo das tarifas, o qual segundo o parág. 1º. da Cláusula 7ª. do Contrato de Concessão da Malha Sul não poderá ser inferior aos custos variáveis de longo prazo da concessionária ferroviária; da mesma forma, tomando como referência o parág. 4º. da mesma Cláusula 7ª. do Contrato de Concessão da Malha Sul, a maior visibilidade dessas planilhas de custos ferroviários auxiliará o usuário com elevado grau de dependência do transporte ferroviário na negociação/contratação de tarifa específica, que leve em consideração os custos operacionais envolvidos ;
20 CONSIDERAÇÕ ÇÕES / RECOMENDAÇÕ ÇÕES entende-se que, para os fretes ferroviários, a variável distância não necessariamente seja a única nem a mais representativa para explicar o valor do frete ferroviário; ao se adotar o valor de frete ferroviário como função da distância, praticamente se transforma o comportamento de tal valor de frete como algo muito semelhante àquilo que venha a ser observado para o comportamento do valor de frete rodoviário (ou seja, na prática, continua-se a ser aplicado algum tipo de desconto ao valor de frete observado para rota rodoviária semelhante); a consideração de outras variáveis de gestão, inclusive na metodologia de precificação do valor do frete ferroviário (envolvendo, por exemplo, a aquisição de vagões e locomotivas por embarcadores que detenham maiores escalas) poderiam implicar não somente a possibilidade de pagamento antecipado de valor de frete diferenciado às concessionárias como também colocaria em pauta a discussão de se operacionalizar modelo mais independente de administração de fluxos ferroviários por parte do próprio embarcador ferroviário;
21 Fontes de dados utilizadas: ALCOPAR - Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (alcopar.org.br) ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres (antt.gov.br) CONAB Companhia Nacional de Abastecimento (conab.gov.br) COPERSUCAR - Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (copersucar.com.br) ESALQ-LOG Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (log.esalq.usp.br) SIFRECA Sistema de Informações de Fretes (sifreca.esalq.usp.br)
22 José Vicente Caixeta Filho Prof. Jos Depto. de Economia, Administração e Sociologia - ESALQ/USP Av. Pádua Dias, Piracicaba - SP Tel: Fax: jvcaixet@esalq.usp.br Internet:
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