CONTABILIDADE PÚBLICA (NBCT 16) Objeto, Objetivo e Campo de Aplicação (NBCT 16.1)
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- Luiz Eduardo Carvalho Brás
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1 Conceito (NBCT 16.1) CONTABILIDADE PÚBLICA PROF THIAGO CONSTANTINO CONTABILIDADE PÚBLICA (NBCT 16) Ciência que estuda o patrimônio público e suas variações num determinado período de tempo para fornecer informações aos gestores públicos, auxiliando na tomada de decisão. Objeto, Objetivo e Campo de Aplicação (NBCT 16.1) "O Objetivo da CASP é fornecer informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações." (STN) As normas estabelecidas no MCASP são obrigatórias para todos os órgãos e entidades da Administração direta e da administração indireta dos entes da Federação, incluindo seus fundos, autarquias, fundações, e empresas estatais dependentes e facultativas para as empresas estatais independentes. (MCASP) Convergência entre a Contabilidade Pública e a Privada "Processo de adoção de regras e procedimentos contábeis sob uma mesma base conceitual, visando a comparabilidade da situação econômico-financeira de vários países ou de entidades do setor público nacionais e/ou internacionais." (STN) Com essa ideia, torna-se clara a importância do controle efetivo e da mensuração do patrimônio público, trazendo mais transparência, credibilidade, melhor gestão e racionalização dos custos para o País (externo) e para a sociedade (interno). Princípios de Contabilidade (Resoluções CFC 750/93;1111/07;1367/11) Princípio da Entidade O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 1
2 O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. Sobre o ponto de vista Público, afirma-se a autonomia patrimonial, baseada na destinação social do patrimônio e na obrigação da prestação de contas pelos agentes públicos. Princípio da Continuidade O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade quando criada, deve levar em consideração seu tempo de vida. Normalmente se cria uma entidade para operar por tempo infinito. Porém, em alguns casos, as Entidades são criadas para propósitos específicos e duram um tempo definido pelos seus sócios. Portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do Patrimônio levam em conta esta circunstância. Princípio da Oportunidade O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. Ou seja, os fatos contábeis devem ser registrados de forma integral (integridade) e no exato tempo que ocorrerem (tempestividade).a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. Princípio do Registro pelo Valor Original O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do Patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Para esse registro toma-se como base: O custo Histórico, suas variações ao longo do tempo. Sob a ótica do setor Público, será considerado o valor original do componente. Princípio da Competência O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Princípio da Prudência O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 2
3 O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores. Regime Contábil (lei 4320/64) Art. 50. Além de obedecer as demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: (...) II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa; NOTA: A partir deste momento, não podemos mais confundir a Contabilidade Pública com o Orçamento Público. O primeiro obedece as técnicas contábeis consagradas e será efetuado pelo regime de competência. O segundo, trata apenas do controle e execução da LOA e terá seu resultado apurado através do regime misto, ou seja, competência para as despesas e de caixa para as receitas. Disciplina Regime Reconhecimento Preceito Legal Contabilidade Pública COMPETÊNCIA tanto despesas Sempre FATO GERADOR Resolução 750 CFC quanto receitas Orçamento Público MISTO - receita usa regime de Caixa e despesa regime de Competência Fase da Arrecadação p/receitas Fase do Empenho p/despesas Lei 4320/64 Sistemas Contábeis (lei 4320/64): Orçamentário Patrimonial Financeiro Compensado Custos 3
4 CONTABILIDADE PÚBLICA PROF THIAGO CONSTANTINO Plano de Contas A partir de 2015, o planos de contas foi unificado para União, Estados, DF e Municípios Municípios. Com isso a Contabilidade Pública está padronizada e poderá ser objeto de consolidação. Estrutura básica do Plano de Contas: Contas Natureza das Informações Informações: 4
5 Contabilização dos Bens Públicos: Os bens de uso comum do povo (são aqueles como praias, praças, museus, ou seja, que qualquer do povo pode usufruir) devem ser contabilizados, segundo os novos conceitos da NBCT 16.10, somente os ativos de infraestrutura (estradas, viadutos, pontes, praças, etc) e os bens do patrimônio cultural (museus, prédios históricos, monumentos). Ou seja, toda vez que tivermos um investimento público nesse tipo de bem, devemos contabilizá-lo em Ativo Não Circulante. Os bens de uso especial, são aqueles utilizados pelos órgãos públicos para as suas atividades (Prédio da ANP, Prédio do Detran, etc) são parte do patrimônio administrativo. Estes já estão todos contabilizados em Ativo não Circulante/Imóveis Os bens dominicais ou dominiais são aqueles que não se encontram em utilização (terrenos, imóvel desocupados) no momento, mas pertencem ao poder público. Já se encontram contabilizados em Ativo não Circulante/Imóveis. Demonstrativos Contábeis (Balanços Públicos) - NBCT 16.6 Balanço Orçamentário "Evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, por categoria econômica, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstra o resultado orçamentário..." "O Balanço Orçamentário é estruturado de forma a evidenciar a integração entre o planejamento e a execução orçamentária." Receitas e Despesas Orçamentárias (corrente e de capital) Restos a pagar processados e não processados Excesso de arrecadação Déficit e Superávit Balanço Financeiro "Evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público no período a que se refere..." O Balanço Financeiro possibilita a apuração do resultado financeiro do exercício. Receitas e Despesas Orçamentárias por destinação Recebimentos e Pagamentos extraorçamentários Disponibilidades Resultado Positivo ou Negativo 5
6 Balanço Patrimonial "... estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, evidencia qualitativa e quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública, bem como os atos potenciais, que são registrados em contas de compensação (natureza de informação de controle)." Ativo/Passivo Circulante e Não Circulante Patrimônio Líquido Superávit/Déficit Financeiro Resultado Positivo ou Negativo Quadro Anexo Ativo/Passivo Financeiro e Permanente Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP "... evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, bem como indicará o resultado patrimonial do exercício." Mutações Variações Independentes VPA - aumentativas (receitas) VPD - diminutivas (despesas) Resultado Patrimonial Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC "...permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de manutenção do regular financiamento dos serviços públicos." Ingressos Desembolsos Geração Líquida e Caixa 6
7 Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido - DMPL Demonstrará a evolução do patrimônio líquido da entidade. A DMPL é obrigatória para as empresas estatais dependentes, desde que constituídas sob a forma de sociedades anônimas, e facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação. Reservas Ajustes Geração Líquida e Caixa Notas Explicativas As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Englobam informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas contábeis e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que não constam nas demonstrações. Seu objetivo é facilitar a compreensão das demonstrações contábeis a seus diversos usuários. Portanto, devem ser claras, sintéticas e objetivas. 7
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