Qualidade de Serviço (QoS): Estudo de Caso de Otimização de Recursos na Rede

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1 Qualidade de Serviço (QoS): Estudo de Caso de Otimização de Recursos na Rede Este tutorial apresenta o estudo de uma solução baseada em problemas encontrados na rede de dados da empresa Eletrozema Ltda, que necessita de uma comunicação ágil, disponível, segura, e de qualidade, para auxiliar o funcionamento dos sistemas de informação existentes dentro da rede. A qualidade de serviço (QoS) oferece recursos para identificar e separar o fluxo de dados da rede, através de classes, políticas, e técnicas que tratam do tráfego da rede de acordo com as regras implantadas nas mesmas, proporcionando assim, um melhor suporte ao negócio da empresa. Foram abordados conceitos de redes locais, redes de longa distância, as sete camadas de interconexão de Sistemas Abertos (modelo OSI) e suas respectivas características e funcionalidades, conceitos, e serviços de qualidade de serviço. Como foco principal, foi levantado os problemas relacionados a interrupções do serviço de voz sobre IP (VoIP) que atrapalhavam a comunicação entre filiais e matriz, o congestionamento na rede causado por consumo de banda muito grande causados por alguns aplicativos, interferindo diretamente nas aplicações e serviços de missão critica tornando-as lentas e com falhas. Também foram descritos problemas e soluções relacionadas aos roteadores que travavam constantemente devido o baixo tamanho de memória, e software desatualizados. Os resultados obtidos por este trabalho demonstram que o uso destas técnicas de qualidade de serviço torna-se indispensável conforme vão crescendo as aplicações, serviços, e usuários dentro de uma rede. Portanto com a implementação de qualidade de serviço pode-se esperar num futuro próximo, uma grande busca por convergência de serviços dentro das redes. O tutorial foi preparado a partir da monografia Qualidade de Serviço (QoS) e Otimização de Recursos na Rede, elaborada pelo autor, e apresentada à banca examinadora do Curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário do Planalto de Araxá, como registro parcial para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação. Foi orientador da monográfica o Prof. Msc. Pedro Junior Ashidani. Rodiney Alen Ribeiro Bacharel em Ciência da Computação pelo Centro Universitário do Planalto de Araxá UNIARAXÁ (2009), e Técnico em Processamento de Dados/Informática pela ATENA (2002). Atualmente trabalha como Analista de Telecomunicações na Eletrozema, participando e elaborando de projetos de rede, configuração e manutenção de roteadores Cisco, análise e resolução de problemas em Rede LAN, análise e resolução de problemas em Rede WAN, pesquisa e aplicação de QoS em redes, Voz sobre IP em redes coorporativas, frame relay, MPLS, PPP, X.25, Ethernet, configuração de roteadores Cyclades para sistemas de cartão de credito (SITEF), segurança em redes, manutenção de computadores, e 1

2 manutenção de software, entre outras atividades. Categorias: Banda Larga, Redes de Dados Wireless, VoIP Nível: Introdutório Enfoque: Técnico Duração: 20 minutos Publicado em: 28/11/2011 2

3 Qualidade de Serviços (QoS): Introdução Com o crescimento da Internet houve um grande desenvolvimento e investimento na infra-estrutura das operadoras telefônicas e Empresas. Sendo que nos dias atuais a maioria das aplicações e programas desenvolvidos, utilizam recursos que são executados parcialmente ou totalmente na Internet, como: atualizações de sistemas operacionais, atualizações de antivírus, correio eletrônico, videoconferência, VoIP (Voz sobre IP), transações de dados, etc. Atualmente tem aumentado a busca por convergência de dados, voz, e vídeo, em um único link dedicado de dados, pois um dos principais objetivos das organizações é reduzir custos, aumentar a produtividade, segurança, disponibilidade e agilidade nos serviços. Com este intuito, foi implantado pela Empresa Eletrozema Ltda, a tecnologia VoIP. O sistema de telefonia VoIP na empresa é composto por um PABX, um roteador central Cisco, todos instalados na matriz, e roteadores Cisco em 200 filiais. PABX ou central telefônica de ramais privados é o dispositivo responsável por interligar os ramais da matriz e filiais, ou vice-versa, através de um cabo conectado a placa E1 do roteador Central. O roteador Central na matriz tem a funcionalidade de registrar e encaminhar as ligações VoIP aos seus devidos destinos. Os roteadores filiais são responsáveis por receberem e efetuarem ligações nas mesmas. Inicialmente o foco principal da empresa era de apenas facilitar a comunicação entre Filiais e Matriz, sem se preocupar com a qualidade dos pacotes de dados e voz trafegados. Porém, com o grande fluxo de dados na rede, o grande volume de aplicações utilizando o recurso da Internet, e o aumento gradativo de novas filiais, houve a necessidade de pesquisar e implementar técnicas de QoS (Qualidade de Serviço), para garantir melhor desempenho e qualidade em dados e voz sobre IP. Veja o que diz Gimenes: (...) as redes IP sempre forneceram um serviço do tipo melhor esforço (i.e. best effort). Neste tipo de serviço não existe qualquer garantia ou reserva de recursos para qualquer tipo de tráfego da rede. Existe apenas uma classe de serviços e os pacotes são enfileirados conforme vão chegando para a transmissão. Os diferentes fluxos de dados, provenientes dos diferentes pontos da rede, compartilham entre si a largura de banda disponível para transmissão. Se houver congestionamentos, pacotes são descartados sem distinção. Para atender os requisitos de aplicações variadas como vídeo streams, Voz sobre IP, e-commerce, ERP (i.e. Enterprise Resource Planning) e outros (GIMENES, 2003, p. 10). As redes em geral provêm de congestionamentos, atrasos, concorrência de tráfego, delay (atraso), e perda de pacotes. A motivação da aplicação de Qualidade de Serviço (QoS) é minimizar os efeitos de congestionamento nos links de acesso, tratando e otimizando as aplicações trafegadas na rede, ou seja, melhorar o desempenho dos aplicativos e serviços dentro da rede. Apesar de possuir várias pesquisas, artigos, teses, e livros sobre qualidade de serviço, muitas organizações desconhecem seus benéficos, e as que optam por convergir suas aplicações, não estão totalmente preparadas para adequar a rede conforme a arquitetura e interesse de tráfego. Portanto baseado nesse cenário foram abordadas às seguintes informações: A empresa utiliza-se de serviço de voz sobre IP, e aplicações de missão critica. Portanto serão estabelecidas prioridades, classificação, limites de consumo de banda, aos serviços que trafegam na rede; 3

4 Alguns dos roteadores nas filiais deveram ser atualizados, devido seus sistemas operacionais (IOS) estarem desatualizados e não suportarem QoS; A aplicação VoIP afeta diretamente o desempenho da rede sobre dados, portanto será especificado um valor em kbits de consumo de banda, a cada canal de voz utilizado pela filial; Alguns roteadores nas filiais travam constantemente, e precisam ser reinicializados. Portanto será analisada junto a Cisco Systems a capacidade de memória Flash (armazena o sistema operacional IOS) e DRAM (memória de trabalho) recomendada para que os equipamentos suportem as aplicações e novos protocolos de comutação. E em seguida, será feita a atualização (upgrade) da memória destes roteadores; A Empresa utiliza-se da tecnologia Frame relay (tecnologia de transmissão de dados entre redes geograficamente separadas) nas filiais e matriz, interligando-as entre si, porém é um recurso que requer um alto processamento dos roteadores, e de alto custo para a Empresa. Portanto será implantado juntamente com as operadoras telefônicas, nas filiais e matriz, o protocolo MPLS (Multiprotocol Label Switching), tecnologia de comunicação de dados que fornece vários recursos em IP, sendo um dos mais importantes a qualidade de serviço (QoS). Contudo, o objetivo deste trabalho é avaliar e mostrar técnicas e recursos já existentes sobre Qualidade de serviço e implementá-los a realidade da Empresa, a fim de agilizar e qualificar os recursos de rede e telecomunicação entre matriz e filiais, com o intuito de oferecer um serviço integro e confiável. Este trabalho apresenta soluções que foram adotadas para adequar aplicações VoIP, e outros serviços críticos trafegados entre os pontos da rede de dados da empresa Eletrozema Ltda, de acordo com as necessidades da empresa, sendo assim, com o propósito de otimizar os recursos da rede através de classificação do tráfego, determinação de prioridades das aplicações. Garantindo assim a convergência com qualidade de dados e voz sobre a rede. Com o alto fluxo de dados existentes em uma rede corporativa, e o custo elevado dos circuitos dedicados, a maioria das grandes Empresas adere por utilizar seus sistemas e processos em um único meio de comunicação, reunindo várias tecnologias e mecanismos que precisam ser tratados de acordo com a demanda da rede. O não tratamento de alguns aplicativos como: VoIP, vídeo conferência, aplicativos transacionais (Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados, exemplo: SQL Server, Oracle, Firebird) e outros, podem causar vários transtornos aos usuários como: interrupções na voz, atrasos, lentidão na base de dados, etc. Portanto o foco principal deste trabalho é aplicar QoS, a fim de tratar, otimizar, priorizar e classificar adequadamente as aplicações criticas trafegadas entre os pontos da rede da empresa. Com a meta de Garantir a qualidade na interação de dados, voz e vídeo. A metodologia de pesquisa utilizada para elaboração deste trabalho foram bibliografias e conceitos sobre QoS, VoIP, MPLS, encontrados em livros, artigos e Internet, e metodologias similares aplicadas em outras empresas e parceiros, dando ênfase a materiais fornecidos pela Cisco Systems. Sendo assim, aplicados e adaptados à infra-estrutura da rede da empresa Eletrozema Ltda. Tutorial A Introdução deste tutorial apresenta descreve os elementos motivadores para que a empresas passassem a se preocupar com a redução de custos e melhoria de processos, e também o cenário da rede antes da aplicabilidade da qualidade de serviço. Além de descrever os objetivos e justificativa deste trabalho. As seções seguintes apresentam: 4

5 Uma breve história das redes de computadores demonstrando o surgimento e funcionamento das redes LAN e WAN. Também é discutido o modelo de referencia OSI e suas camadas, mostrando a importância de cada uma dentro do modelo. A seguir são descritos os conceitos de qualidade de serviço, serviço, protocolos, e recursos que auxiliam no funcionamento da tecnologia. O estudo de caso de implementação de qualidade de serviço na rede de dados da empresa é apresentado descrevendo técnicas e recursos utilizados para na implantação. Também são demonstrados problemas e soluções apresentadas na implementação. Finalmente, são apresentadas as conclusões e citado os trabalhos futuros a serem desenvolvidos. 5

6 Qualidade de Serviços (QoS): Conceitos de Rede Apresentam-se neste capítulo o modelo de referência OSI (Open Systems Interconnection, que é um conjunto de padrões relativos à comunicação de dados), os padrões de garantia de compatibilidade e interoperabilidade entre vários tipos de tecnologias de rede, conceitos gerais sobre a técnica de qualidade de serviço (QoS), e ferramentas e recursos para obter uma solução eficaz através dos modelos básicos padronizados pelo órgão regulador da Internet (IETF). Histórico das Redes de Computadores Entre os anos de 1950 e 1970 os mainframes (computador de grande porte, dedicado ao processamento de grande volume de informações)dominavam o mercado coorporativo, trocando informações através de conexões interna entre eles. Eram maquinas que já pregavam uma idéia de conectividade, mas ainda não se tinha de fato as redes. As redes tiveram seu surgimento por consequência dos aplicativos de computador que foram criados para empresas, pois na época em que houve a criação dos aplicativos, os computadores que os possuíam eram totalmente dedicados a uma função, e operavam sem depender de outros computadores. Entretanto, foi percebido pelas empresas que a forma de administrar atual não era eficaz e nem econômica. Então buscaram uma solução que não proporcionava a duplicação de equipamentos e recursos que melhorava a comunicação entre os dispositivos, e principalmente trouxesse economia e aumento de produtividade. Surgindo assim, as redes de computadores. Em meados dos anos 80, foram notados vários problemas, pois, muitas das tecnologias de rede que surgiram não eram compatíveis com soluções criadas anteriormente, pelo fato de diferenças de hardware e software. Portanto para corrigir esta falha, foram criadas as redes locais. As LAN (Local Area Network - rede local) têm o objetivo de conectar equipamentos em uma área relativamente próxima (não geográfica dispersa), permitindo usuários dentro de um departamento transferir rapidamente arquivos eletrônicos pela rede (figura 1). Seguindo estes conceitos, as organizações corporativas começaram a investir alto em redes locais. Figura 1: Rede LAN Fonte: Cisco Systems, 1999 A idéia inicial de compartilhamento de recursos surgiu nesse tipo de rede, porque os recursos estavam distribuídos, dando sentido à necessidade de compartilhamento. Mas como tudo tende a evoluir, 6

7 houve a percepção da necessidade de interconectar os computadores e dispositivos, em redes geograficamente separadas (figura 2). Alguns fatores importantes que contribuíram para a evolução das redes WAN (Wide Area Network - rede de longa distância) foi o crescimento das empresas, que por sua vez, tinham a necessidade de trafegar informações com maior agilidade e eficiência para suas filiais, empresas parceiras, fornecedores, etc. Veja o que diz Comer: O aspecto chave que separa as tecnologias de WAN de tecnologias LAN é a escalabilidade, uma WAN deve ser capaz de crescer o quanto for necessário para conectar muitos sites espalhados através de distâncias geograficamente grandes, com muitos computadores em cada site. (COMER, 2001, p. 162). Modelo OSI Figura 2: Rede WAN Fonte: Cisco Systems, 1999 Nas últimas duas décadas houve um grande aumento na quantidade e no tamanho das redes. Várias redes foram criadas, onde possuíam diferentes hardwares e softwares, tornando redes incompatíveis. Para tratar desse problema, a ISO (International Organization for Standardization, organização internacional de padronização e normas) realizou uma pesquisa sobre vários esquemas de rede. A ISO reconheceu a necessidade de se criar um modelo de rede para ajudar os desenvolvedores a implementar redes que poderiam comunicar-se e trabalhar juntas. Assim, a ISO lançou em 1984 o modelo de referência OSI. O modelo de referência OSI permite a visualização das funções de rede que acontece em cada camada. Sobretudo, o modelo de referência OSI que é uma estrutura usada para entendermos como as informações trafegam através de uma rede. Além disso, você pode usar o modelo de referência OSI para visualizar como as informações, ou pacotes de dados, trafegam desde os programas aplicativos (por exemplo: planilhas, documentos, etc.), através de um meio de rede (cabos, etc.), até outros programas aplicativos localizados em outro computador de uma rede, mesmo se o remetente e o destinatário tiverem tipos diferentes de rede. No modelo de referência OSI, existem sete camadas numeradas e cada uma ilustra uma função 7

8 particular da rede (figura 3). Essa separação das funções da rede é chamada divisão em camadas. Dividir a rede nessas sete camadas oferece as seguintes vantagens: Divide as comunicações de rede em partes menores e mais simples, facilitando sua compreensão. Padroniza os componentes de rede, permitindo o desenvolvimento e o suporte por parte de vários fabricantes. Possibilita a comunicação entre tipos diferentes de hardware e de software de rede. Evita que as modificações em uma camada afetem as outras, possibilitando maior rapidez no seu desenvolvimento. Figura 3: Camadas modelo OSI Fonte: Cisco Systems, 1999 A seguir será demonstrada a importância das camadas de aplicação, apresentação, sessão, transporte, rede, enlace, e física dentro do modelo OSI. Camada de aplicação A camada de aplicação é a camada do modelo OSI mais próxima do usuário. Esta camada é a porta de entrada para a rede ou o sistema de comunicação, da forma como é vista pelos aplicativos que usam este sistema, ou seja, fornece um conjunto de funções para serem usadas pelos aplicativos que operam sobre o modelo OSI. É a única camada que não fornece serviços para nenhuma das outras camadas OSI, com a sua ausência não haveria recursos suficientes para a comunicação entre os sistemas computacionais, pois, a mesma fornece uma interface ao resto das camadas do modelo, tendo como exemplo: Telnet (protocolo cliente-servidor usado para permitir a comunicação entre computadores ligados numa rede); Correio eletrônico ( ); FTP (File Transfer Protocol, protocolo de transferência de arquivos). Camada de apresentação A camada de apresentação garante que a informação seja divulgada pela camada de aplicação legivelmente para outro sistema, sendo assim, codifica e converte dados com o propósito de fazer com que os sistemas falem a mesma língua. Suas principais funcionalidades são: Formatação de dados; 8

9 Criptografia de dados; Compactação de dados. Antes de receber e enviar os dados, a camada 6 (apresentação) do modelo OSI executa uma ou todas suas funcionalidades sobre os dados antes de encaminhá-los a próxima camada (camada de sessão). Camada de sessão A camada de sessão é responsável pela inicialização, gerenciamento e finalização de sessões entre o transmissor e receptor. Suas funcionalidades são fornecer seus serviços à camada de apresentação, manter os dados de diferentes aplicações separados uns dos outros, ou seja, oferecer recursos e serviços eficientes nos diálogos e conversações sobre a camada de sessão. Camada de transporte Está camada segmenta os dados e reconstruí os fluxos de dados provenientes de camadas superiores. Também provêm de comunicação ponto a ponto, onde estabelece uma conexão lógica entre aplicações origem e destino em uma rede. A camada de transporte estabelece, mantém e termina corretamente os circuitos virtuais, e controle de fluxo de informação, detecção e recuperação de erros de transporte, garantindo qualidade nos serviços e confiabilidade. Ela oculta os detalhes das informações relacionadas às camadas superiores de rede, oferecendo transparência na transmissão dos dados. Dentro desta camada contém um conjunto de protocolos, mais conhecidos como pilha de protocolos ou TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol, é um conjunto de protocolos de comunicação). Os protocolos de referência dentro da pilha de protocolos são: TCP (Transmission Control Protocol) responsável por verificar se os dados estão sendo enviados corretamente, ou seja, sem erros e na sequência certa, é o protocolo de controle de transmissão que fornece um circuito virtual entre as aplicações e o usuário final, com as seguintes características: Orientado a conexão; Confiável a entrega de dados; Divide as mensagens enviadas em segmentos; Reagrupa as mensagens na estação de destino; Reenvia tudo o que não foi recebido; Organiza as mensagens a partir do segmento recebido. UDP (User Datagram Protocol) é o protocolo de datagramas (ou pacotes) que transporta dados sem confiabilidade entre receptor e transmissor, possuindo as seguintes características: Não orientado a conexão; Não confiável a entrega de dados; Transmite mensagens em datagramas; Não verifica conexão antes de enviar a mensagem; Não reagrupa as mensagens de entrada; Não fornece controle de fluxo. O TCP/IP possui uma arquitetura própria de camadas, onde possui quatro camadas (figura 4). O modelo TCP/IP é composto pelas camadas de aplicação, transporte, Internet, e interface com a rede. 9

10 Figura 4: Camadas modelo TCP/IP Fonte: Cisco Systems, 1999 Aplicação usada pelos programas para comunicação em rede, alguns protocolos pertencentes a camadas são: HTTP (HyperText Transfer Protocol Secure, protocolo de transferência de hipertexto), FTP, SMTP (Simple Mail Transfer Protocol protocolo de transferência de mensagens eletrônicas ), e outros. Transporte cria e faz manutenções de conexões realizando o controle de erros e fluxo de dados. A transmissão dos dados é feita através dos protocolos TCP e UDP. Internet responsável por entregar, endereçar e reconstruir os pacotes. Tendo o protocolo IP (Internet Protocol) como referencia. Todo host (dispositivo conectado em uma rede)recebe um endereço lógico de 32 bits, ou seja, um IP. Interface de rede interliga as camadas superiores com a rede. As principais funções executadas dentro desta camada são encapsulamento (proteção dos dados na rede), mapeamento, e endereçamento de endereços IP aos endereços físicos (endereços MAC, ex.: d0.cd65). Camada de rede A camada de rede é responsável pelo encaminhamento dos dados através da interligação de redes, endereçamento de pacotes de dados, e conversão de endereços lógicos (IP) em endereços físicos ou MAC. Dentro da mesma, a camada 3 (layer 3) do modelo OSI, é onde trabalham os roteadores, promovendo serviços relacionados ao processo de encaminhamento. Quando os pacotes são recebidos pelo roteador o dispositivo verifica o endereço IP de destino, caso o pacote não for destinado ao roteador citado, o roteador verifica em sua tabela de encaminhamento (base de dados armazenada em sua memória RAM). As principais funções da camada de rede são: Não orientada a conexão; Sem garantia de entrega; Endereçamento lógico (IP) de pacotes; Escolha do melhor caminhamento através do encaminhamento. 10

11 Dentro desta camada destaca-se o protocolo IP, por este motivo será descrito suas funcionalidades a seguir: IP - O protocolo de Internet (IP) é um endereço lógico de 32 bits com a função de endereçar, fragmentar, e reagrupar pacotes entre redes. É preciso que se descubra o endereço MACdo dispositivo para depois enviar o pacote endereçado para um IP (RFC 791). O ele possui um cabeçalho que contem varias informações detalhadas (figura 5) como: Versão (IPV4 atual, ou IPV6 nova versão) o IPV4 é a versão que é utilizada atualmente, e o IPV6 é uma versão atualizada. O IPV6 será utilizado quando houver o esgotamento de endereços IP válidos na Internet, ou seja, da versão 4 do protocolo IP. Comprimento do cabeçalho tem a finalidade de mostrar o tamanho do cabeçalho IP, que podem variar de acordo com as opções incluídas juntamente com o IP, como: criptografia, compressão, etc. Tipo de serviço (ToS) neste campo é onde acontece a definição de priorização de pacote e tratamento, se preocupando com a qualidade de serviço (QoS). Comprimento total totaliza o tamanho do pacote, incluído seu cabeçalho. Identificação identifica a fragmentação do pacote, caso o mesmo precisou ser fragmentado devido seu tamanho original ultrapassou a unidade máxima de transmissão (MTU), ou seja, o tamanho do pacote ser maior que o caminho a onde irá trafegar. Flags sinaliza como deve ser o tratamento a ser dado ao pacote, como exemplo: o pacote não deverá ser fragmentado, ou, o pacote não tem prioridades. Fragment Offset neste campo é onde acontece o reagrupamento dos fragmentos. TTL (Tempo de vida) está função existe dentro do cabeçalho IP, afim de, prevenir loops dentro da rede, ou seja, eliminá-lo da rede quando não encontrar o dispositivo de destino. Protocolo funcionalidade de identificar o protocolo que está sendo utilizado para a comunicação entre dois dispositivos na rede. Podemos exemplificar alguns protocolos como: IP, TCP, UDP, etc. Camada de enlace: Figura 5: Cabeçalho IP Fonte: Diógenes, 2004, p. 95 Está camada oferece aos dados segurança, conversão em bits dos pacotes vindos da camada de rede, realizando em seguida a transmissão através de um link físico (cabeamento). Os serviços prestados pela camada de enlace são dependentes dos protocolos que provêm entrega garantida entre enlaces, ou seja, desde o transmissor, passando por um único enlace, ate chegar ao receptor. Os protocolos que trabalham dentro da camada de enlace possuem características importantes, como: Encapsular datagramas da camada superior (camada de rede); 11

12 Enviar e receber quadros (unidades de dados); Detectar erros; Retransmissão dos dados; Controle de fluxo. Alguns exemplos de protocolos de enlace são: Ethernet (padrão de transmissão de redes locais), Frame Relay e PPP (protocolo ponto a ponto de comunicação entre redes WAN). Camada de física Nesta camada são definidas especificações elétricas, mecânicas, funcionais e de procedimentos. Onde é definida a transmissão de bitspor um canal de comunicação, nível de voltagem, taxas de dados físicos, distância máxima de transmissão, conectores físicos. A camada física do modelo OSI é a única que possui acesso físico ao meio de transmissão da rede, tendo como principal função adaptar o sinal lógico ao meio de transmissão. Outras características importantes da camada física são: Estabelecimento e encerramento de conexões: ativa e desativa conexões físicas de acordo com as solicitações feitas pela camada de enlace Transferência de dados: a transmissão dos dados é realizada em bits de acordo com a ordem de chegada dos dados vindos da camada de enlace, e são devolvidos a camada de enlace na mesma ordem que chegaram. Gerenciamento de conexões: verifica o nível de qualidade das conexões físicas estabelecidas, monitorando taxas de erro, disponibilidade de serviço, taxa de transmissão, etc. 12

13 Qualidade de Serviços (QoS): Serviços de QoS Qualidade de Serviço Qualidade de serviço (QoS) é a capacidade de melhorar os serviços trafegados na rede sobre tecnologias de comunicação de redes de dados, como, Frame Relay, MPLS, Ethernet, ATM (Asynchronous Tranfer Mode, também é um protocolo de comunicação entre redes WAN), e qualquer outra que utiliza do protocolo IP. Tem como sua principal característica, dar prioridade, reserva de banda, controle de jitter (variação de atraso) e latência (figura 6), garantindo um bom desempenho das aplicações. Veja o que diz Cisco Systems: Figura 6: Diagrama simplificado dos mecanismos de QoS Fonte: Cisco Systems O objetivo da QoS é fornecer serviço de rede melhor e mais previsível, fornecendo largura de banda dedicada, jitter controlado e latência, e perda de características melhoradas. QoS atinge esses objetivos, fornecendo ferramentas para gerenciar o congestionamento da rede, formação de rede tráfego, utilizando-se de maneira ampla área de links de forma mais eficiente, e definindo políticas de tráfego em toda a rede. QoS oferece serviços de rede inteligente que, quando corretamente aplicadas, ajudam a fornecer desempenho consistente e previsível. (CISCO SYSTEMS, 2006). O conceito de Qualidade de Serviço serve para mensurar a qualidade dos serviços oferecidos por uma rede de comunicações, ou seja, refletir o quanto ela é capaz de atender às expectativas de seus usuários através dos serviços que a mesma os oferecem. Esse conceito, inicialmente focado na rede, evoluiu para uma noção mais ampla, contemplando as múltiplas camadas da interação usuário-sistema. Os parâmetros de confiabilidade, retardo, flutuação (jitter) e largura de banda estão sendo mostrados na tabela 1 abaixo: Tabela 1: Rigidez dos requisitos de QoS Fonte: Tanenbaum, 2003, p. 307 APLICAÇÃO CONFIABILIDADE RETARDO FLUTUAÇÃO LARG. DE BANDA 13

14 Correio eletrônico Transf. de Arquivos Alta Baixa Baixa Baixa Alta Baixa Baixa Média Acesso a Web Alta Média Baixa Média Login remoto Alta Média Média Baixa Áudio por demanda Vídeo por demanda Baixa Baixa Alta Média Baixa Baixa Alta Alta Telefonia Baixa Alta Alta Baixa Videoconferência Baixa Alta Alta Alta Portanto QoS é o conjunto de regras que descrevem e determinam a qualidade de um aplicativo ou recurso, delimitando sua largura de banda, prioridade, utilização de CPU (unidade central de processamento), etc. Temos dois princípios básicos para aplicarmos uma política de qualidade de serviço adequada em redes IP, sendo eles: Serviços integrados (Intserv); Serviços diferenciados (Diffserv). Serviços integrados (Intserv) O Intserv é uma arquitetura de qualidade de serviço, que tem o propósito de garantir níveis de qualidade de serviço fim a fim, através de recursos reservados e estabelecimento de chamada. Ele utiliza-se do protocolo RSVP (Resource Reservation Protocol, protocolo de reserva de recursos) para sinalizar as necessidades de QoS para cada dispositivo ao longo da rede, permitindo que vários transmissores enviem os dados para vários grupos de receptores, eliminando o congestionamento da rede. Veja o que diz Tanenbaum: O principal protocolo da IETF (Internet Engeneering Task Force, é uma comunidade aberta a desenvolvedores de recursos para a Internet) para a arquitetura de serviços integrados é o RSVP, descrito na RFC 2205 e em outras. Esse protocolo é empregado para fazer as reservas; outros protocolos são usados para transmitir os dados. O RSVP permite que vários transmissores enviem os dados para vários grupos de receptores, torna possível receptores individuais mudarem livremente de canais e otimiza o uso da largura de banda ao mesmo tempo que elimina o congestionamento. (TANENBAUM, 2003, p. 317). 14

15 Figura 7: Estabelecimento de chamada RSVP Fonte: Kurose, 2006, p.492 Os serviços integrados (Intserv) possuem duas classes de serviços: serviço de carga garantido e serviço de carga controlada. Serviço de carga garantido: estabelece limites rígidos (que podem ser provados matematicamente) para atrasos de fila que um pacote sofrerá em um roteador, definida no RFC Serviço de rede de carga controlada: tem como foco as aplicações multimídia, permitindo com que pacotes com taxas muito altas passem pelo roteador sem que haja descarte de pacotes, por outro lado, não a garantias de desempenho. Portanto a um bom funcionamento apenas quando a rede está descongestionada, definida no RFC Serviços diferenciados (DiffServ) É baseado no tratamento diferenciado de classes, podendo manipular diferentes tipos de classes de varias maneiras dentro da rede. Este tratamento é repetido nó a nó, ou seja, os pacotes de uma aplicação prioritária quando chegam a um nó (roteador) são separados e recebem um tratamento diferenciado. Veja o que diz Falsarella: (...) tudo começa no byte ToS (Type of Service) que fica dentro do cabeçalho do IPv4. Como o ToS é um byte, ele é obviamente composto de 8 bits, sendo que apenas 6 bits são utilizados propriamente para formação do DS Field (Campo dos Serviços Diferenciados) e os outros dois bits são tidos como reservados. O DS Field é quem define o tal do DSCP que significa DiffServ Code Point. Como ele é composto de 6 bits, temos em decimal então uma permutação de 2 elevado a 6 que é 64 valores possíveis, variando portanto de 0 a 63. Essa faixa de valores é que define literalmente a marcação dos pacotes. De antemão, todo pacote BestEffort (BE) ou Melhor Esforço é tratado como DSCP 0 ou em binário (FALSARELLA, 2009, p. 1). Para obter serviços diferenciados, a rede tenta entregar um determinado tipo de serviço com base no QoS especificado por cada pacote, sendo assim, classificados, marcados, policiados, priorizados, descartados, e enviados pelo roteador de origem, até o roteador de destino (figura 8). 15

16 Classificações, Marcação, e Policiamento Figura 8: Classificação dos pacotes e policiamento Fonte: Kurose, 2006, p.496 A classificação identifica os grupos de pacotes que receberão um determinado tratamento. Eles podem ser classificados de acordo com critérios variados, onde os roteadores realizam a marcação dos pacotes, e separam os pacotes que entram na rede através de diversas classes de serviço (EF, AF, Default, etc.), onde são classificados com base nas portas TCP dos aplicativos (figura 9). Figura 9: Classes de serviço Fonte: Falsarella, 2009 O DiffServ também são identificados pelos roteadores através de valores decimais, onde cada valor representa uma classe de serviço (tabela 2). Estes valores são derivados dos 6 bits do campo do DiffServ. Tabela 2: Valores decimais DiffServ Fonte: Haden, 2009 DSCP BINARY DECIMAL DSCP BINARY DECIMAL Default CS

17 CS AF AF AF AF AF AF CS CS EF AF CS AF CS AF CS AF AF AF O policiamento analisa e gerencia a capacidade total de largura de banda na rede, sendo que, quando a ultrapassem do limite de tráfego contratado, ocorre o descarte ou remarcação dos pacotes não identificados em nem uma das classes (figura 10). Compressões de cabeçalho Figura 10: Policiamento de pacotes Fonte: Cisco Systems A tecnologia de compressão de cabeçalho possui características de otimizar a rede, diminuído congestionamentos ocorrentes. Este recurso tem a principal finalidade de comprimir cabeçalhos de protocolos em varias camadas do modelo OSI (Open Systems Interconnection), alguns exemplos são: TCP, RTP (Real-time Transport Protocol protocolo utilizado em aplicações de tempo real), IP, UDP, reduzindo o tamanho (frame) dos dados que circulam na rede. 17

18 Figura 11: Compressão de cabeçalho RTP Fonte: Silva, 2000 A compressão de cabeçalho é normalmente utilizada em redes que trafegam voz e vídeo, onde necessitam de largura de banda, e são serviços que utilizam protocolo de tempo real (figura 11). Portanto, o uso do crtp (compressão de cabeçalho) não é sugerido em enlaces de alta velocidade, uma vez que a relação custo versus benefício pode não compensar (SILVA, 2000, p. 1). Fragmentações e Interleaving Os pacotes de voz e vídeo são extremamente sensíveis a atraso, portanto devem ser intercalados, e fragmentados, dentro de uma rede de dados. Veja o que diz Cisco Systems: (...) um pacote VoIP pode precisar esperar até 187,5 ms antes de poder ser enviado se o atraso ocorrer atrás de um único pacote de 1500 bytes em uma ligação de 64 kbit/s. Os pacotes VoIP são normalmente enviados a cada 20 ms. Com um orçamento de atraso de ponta a ponta de 150 ms e requisitos de variação de sinal estrita, uma lacuna de mais de 180 ms é inaceitável. É necessário um mecanismo que garanta que o tamanho de uma unidade de transmissão seja menor que 10 ms. Qualquer pacote que tenha um atraso de serialização maior que 10 ms precisam ser fragmentado em blocos de 10 ms. Um bloco ou fragmento de 10 ms é o número de bytes que pode ser enviado pela ligação em 10 ms. (CISCO SYSTEMS, 2006). Para que haja a necessidade de fragmentar e intercalar um pacote, o mesmo deve ser maior do que o valor total de capacidade do link (tabela 3). Tabela 3: Velocidade do link e tamanho da fragmentação Fonte: Cisco Systems,

19 VELOCIDADE DO LINK (KBIT/S) Conformidades de tráfego (Traffic Shaping) TAMANHO DA FRAGMENTAÇÃO (BYTES) 1920 (Não é exigida fragmentação se o tamanho da fragmentação for maior do que o tamanho do link.) O Traffic Shaping tem o objetivo de adequar o tráfego da rede ao perfil contratado pelo cliente, através de buffers de saída que armazenam as maiores rajadas de trafego, e os transmitem dentro dos limites de capacidade do link. Figura 12: Conformidade de tráfego (Traffic Shape) Fonte: Cisco Systems Portanto o objetivo principal do recurso de QoS Traffic Shaping, é evitar que pacotes sejam descartados na rede, colocando os em uma fila de espera, até que possam ser enviados. Algoritmos de Enfileiramento de Pacotes Congestionamentos podem ocorrer em qualquer lugar dentro de uma rede, ocorrendo desigualdades de velocidade, falta de prioridades, etc. Portanto este fato é causado pelo alto fluxo de dados que às vezes ultrapassa a capacidade do canal de transmissão (link) por onde passa as aplicações (figura 13). Veja o que diz Mauricio: (...) em qualquer rede de comunicação, cada aplicação compete com outras pela largura de banda que ela precisa para obter uma ótima performance. Além de assegurar-se que há largura de banda suficiente, uma performance aceitável depende que os requisitos de largura de banda para cada aplicação também sejam satisfeitos. As soluções com esse fim 19

20 incluem segregar o tráfego em links individuais ou usar mecanismos de QoS para designar níveis de largura de banda variáveis para cada aplicação, dentro de um link. (MAURICIO, 2008). Figura 13: QoS em aplicações multimídia Fonte: Mauricio, 2008 Qualidade de serviço (QoS), é composta por vários componentes (algoritmos), que associados, trabalham em prol da administração e prevenção de congestionamento. Estes componentes foram projetados para servir necessidades diferentes de trafego, através de filas bem projetadas. Alguns exemplos de algoritmos de enfileiramento são: First In, First Out (FIFO) - armazena os pacotes em uma fila única de acordo com a ordem de chegada na fila (figura 14), até que o envio de dados seja disponibilizado nas interfaces de Roteadores e switches (equipamento responsável pelo encaminhamento de pacotes a diversos pontos dentro de uma rede local). Figura 14: Funcionamento filas FIFO Fonte: Silva, 2000 Priority Queuing (PQ) são atribuídos prioridades (baixa, normal, media, alta) aos pacotes, e em seguida, são adicionados as filas com suas respectivas características prioritárias (figura 15), onde os pacotes não marcados serão classificados como de prioridade normal (default). 20

21 Figura 15: Funcionamento filas Priority Queuing Fonte: Silva, 2000 Weighted Fair Queueing os pacotes são alocados a uma classe (voz, , etc.), e em seguida, após serem classificados de acordo com sua precedência, recursos, e indicadores, os mesmos são enviado à rede de destino. Este algoritmo proporciona uma justa distribuição de banda na rede, melhorando o seu desempenho. Este algoritmo tem a capacidade de fazer com que fluxos que estejam enfrentando congestionamento, por exemplo, possam ser atendidos com uma menor frequência em relação aos outros (figura18). Figura 16: Funcionamento filas Weighted Fair Queueing Fonte: Silva, 2000 Segundo Gimenes (2003) diferentes técnicas de escalonamento (redução ou compactação de processos) podem ser utilizadas conforme o tipo de tráfego a ser transmitido, de forma a suprir a necessidades específicas de diferentes usuários. Codecs 21

22 Um componente de estrema importância para a transmissão de voz em uma rede de dados são os áudios codec. Eles possuem a função de codificar e decodificar um sinal (exemplo: voz, vídeo), ou seja, transformar sinal analógico em um sinal digital. Existem vários tipos de codec, onde cada um possui características diferentes de qualidade de voz (mos score), consumo de banda (bit rate), delay (tabela 4). Listas de Acesso (Access-Lists) Tabela 4: Lista de Codecs de áudio Fonte: Cisco Systems, 2009 BIT MOS RATE SCORE (KBIT/S) MÉTODO DE COMPRESSÃO DELAY (MS) G.711 PCM G.726 ADPCM G.728 LD-CELP a 5 G.729 CS-ACELP G.729 x Encodings G.729 x 3 Encodings G.729a CS-ACELP G MP-MLQ G ACELP As Listas de acesso ou lista de controle de acesso têm a finalidade de permitir, ou negar, um serviço, por exemplo, um determinado IP, servidores, impressora, aplicativo, ou seja, qualquer dispositivo na rede. Estes parâmetros de filtragem de pacotes são normalmente implementados em roteadores e switches, principalmente em grandes redes que utilizam qualidade de serviço. (QoS). IOS (Internet Operating System) O Internet Operating System (IOS) é um software proprietário da empresa Cisco Systems, utilizado em roteadores e switches para interpretar comandos e características básicas de protocolos de rede. O Cisco IOS é um software que contém instruções que controlam e gerenciam as atividades de um roteador e switch. Seus recursos são disponibilizados de acordo com suas versões operacionais, onde cada versão oferece serviços diferenciados, como: QoS, VoIP, Segurança, Correção de bugs, entre outros. Portando a escolha da melhor versão de IOS a ser utilizado nos roteadores e switches, irá depender da necessidade de cada rede. Protocolos de Enlace de Dados 22

23 As redes de comutação de pacotes pegam os dados e os quebram em pequenos segmentos chamados de pacotes, e logo em seguida, adicionam as informações de controle e transmitem os dados. Portanto os protocolos de enlace são responsáveis por conectar duas extremidades geograficamente separadas, possibilitando o tráfego de informações nos dois sentidos de transmissão. Serão abordados nesse trabalho dois protocolos utilizados no estudo de caso da empresa Eletrozema Ltda. Frame Relay O Frame Relay é um protocolo de comunicação de dados padronizado internacionalmente pelos órgãos: ITU-T - International Telecommunication Union ANSI - American National Standards Institute Figura 17: Rede Frame Relay Fonte: Cisco Systems Está Tecnologia opera na camada física e de enlace do modelo OSI, onde é definido dentro da rede um caminho lógico, que age como uma linha privada. Este caminho é chamado de circuito virtual (VC). Estes circuitos virtuais podem ser: Permanentes (PV) - caminhos fixos entre dois nós, que sempre estão com acesso disponível. Comutados (SVC) a conexão é feita de forma dinâmica baseada na requisição do usuário, ou seja, ele é baseado em chamadas. Um circuito virtual Frame Relay também é composto por um endereço chamado de DLCI (Data Link Connection Identifier). Este endereço é atribuído pela empresa de telecomunicações á qual é feito o aluguel do link. O DLCI possui um significado de endereçamento local na rede ou nuvem da operadora, onde é feito a leitura deste endereço, e em seguida o encaminhamento a rede de destino (figura 17). MPLS (Multi-Protocol Label Switching) O MPLS é uma tecnologia de comutação de dados padronizada pela IETF, funciona em um paradigma baseado em rotulo, rotulando pacotes conforme entrada e saída na rede, ou seja, os dados são processados e divididos em classes de serviço, e em seguida enviados através de caminhos que foram determinados pelas classes. O MPLS trabalha entre as camadas 2 (enlace) e 3 (rede) do modelo OSI, sendo determinando por alguns autores como camada 2,5 (dois e meio) do modelo OSI. 23

24 Figura 18: Rede MPLS Fonte: Mauricio, 2006 O protocolo possui vários componentes responsáveis pelo encaminhamento de pacotes, são eles: Label - seria uma abreviação do cabeçalho do pacote, de tamanho curto e significado local. Label Switch Path (LSP) - seria o caminho onde os pacotes irão percorrer em uma rede MPLS. Label Distribution (LDP) - protocolo responsável por distribuir os label entre os roteadores. Forwarding Equivalency Class (FEC) - conjunto de regras que irão determinar para qual caminho o pacote seguir para chegar a classe que ele pertence. Label Information Base (LIB) - tabela de encaminhamento, que adiciona ou remove um label a um pacote, direcionando o pacote ao caminho a qual deve ser enviado. Label Switch Router (LSR) - são os roteadores de comutação de rótulos, que ficam situados nas bordas, e no núcleo da rede MPLS. Veja o que diz Mauricio: O protocolo MPLS é definido pelo IETF (Internet Engineering Task Force) e consiste em uma tecnologia de chaveamento de pacotes que proporciona o encaminhamento e a comutação eficientes de fluxos de tráfego através da rede, apresentando-se como uma solução para diminuir o processamento nos equipamentos de rede e interligar com maior eficiência redes de tecnologias distintas. O termo "Multiprotocol" significa que esta tecnologia pode ser usada sob qualquer protocolo de rede. Considerando a Internet e a importância de seus protocolos nas varias WAN s publicas e privadas, tem-se aplicado o estudo e implementação do MPLS basicamente para redes. (MAURICIO, 2006). 24

25 Qualidade de Serviços (QoS): Implementação QoS Estudo de Caso Neste capítulo será demonstrado a implementação de QoS na rede de dados da empresa Eletrozema Ltda, onde foram feitos levantamentos de requisitos, experimentos, e analise, sendo assim, aplicado técnicas de qualidade de serviços (QoS), e implantado juntamente com a operadora de telefonia uma nova tecnologia de comutação de dados. Para preservar a segurança da empresa, não serão fornecidos nomes, configurações ou localidades reais. Requisitos da Rede A topologia de rede da empresa é formada por um roteador central (fabricante Cisco) interligado a um PABX, concentrados na matriz, e mais outros roteadores em 200 filiais, onde em cada roteador possuem dois telefones convencionais interligados as suas interfaces de voz (figura 19). Figura 19: Topologia rede Frame Relay Fonte: Eletrozema, 2009 A tecnologia de comunicação utilizada entre matriz e filial é a frame relay, a mesma demanda um alto custo, e não garante um desempenho satisfatório nas aplicações trafegadas na rede, pois mesmo a velocidade de conexão sendo de 128 K, a operadora garante apenas 96 k, pelo fator do valor garantido contratado pela empresa (Cir) junto à operadora de telefonia. Caso a empresa contratasse o serviço frame relay com banda cheia (full), o custo não era viável ao orçamento da filial. Figura 20: Rede congestionada Fonte: Eletrozema, 2009 Também não é aplicado QoS (Qualidade de serviço) sobre a tecnologia, sendo assim, apresenta lentidão nas aplicações, interrupções nos serviços VoIP (voz sobre IP) em momentos de congestionamento da rede (figura 20). 25

26 A ultrapassem da capacidade total dos links concentradores na matriz, e também nas filiais, foram identificados na rede através da utilização de ferramentas de analise de trafego (firewall) e estudos junto a Cisco Systems, onde foi verificado que algumas aplicações usavam mais banda do que realmente necessitavam para um bom funcionamento. Temos como exemplo as aplicações antivírus que necessitavam de atualizações mensalmente que ocupavam 40% da banda, sendo assim, definido após testes e analise 1% da banda total do link para este tipo de aplicação. Portanto também foi definido após testes, este mesmo procedimento para outros aplicativos de acordo com seu mínimo de banda requerido para um bom funcionamento, sendo eles: Atualizações de antivírus; Programas de conexão remota (WinVNC, PcAnyware); Streaming de vídeo; Fax por IP. Os aplicativos relacionados acima não são tratados na rede, ou seja, não há nenhuma regra que faça o controle dos mesmos, por este motivo interferem diretamente no desempenho de toda rede da empresa, conforme demonstra a figura 21, que mostra o ponto (link) concentrador em horários de maior trafego sendo utilizado sua capacidade máxima de banda, que é de 12 megabits. Figura 21: Tráfego da rede ponto concentrador sem QoS Fonte: Eletrozema, 2009 Os roteadores travam constantemente devido a pouca quantidade de memória DRAM, que é de 16 megabits, que não suporta o grande volume de roteamento. Um fato também que contribui no baixo desempenho dos dispositivos é o protocolo frame relay, que exige um alto custo de processamento nos roteadores, fatos estes analisados junto a Cisco Systems. Podemos visualizar na figura 22 que o eixo X demonstra em horas (exemplo: 0; 5; 10; 20) de processamento da CPU, e o eixo Y mostra em porcentagem (exemplo: 10; 20; 30; 40) o consumo de CPU do roteador. 26

27 Figura 22: Gráfico unidade central de processamento (CPU) do roteador (sem QoS) Fonte: Eletrozema, 2009 Alguns fatores impedem a implantação de qualidade de serviço (QoS) em alguns roteadores, pelo fato de seus sistemas operacionais não suportarem a implementação de prioridades, classificação, marcação, e controle de banda no tráfego dos pacotes de dados e voz na rede, ou seja, seus IOS(Internetwork Operating System) estarem desatualizados (figura 23). Implementação de QoS Figura 23: Versão IOS sem suporte QoS Fonte: Eletrozema, 2009 Será apresentado a configuração dos parâmetros de qualidade de serviço (QoS) que foram aplicados na rede de dados da empresa Eletrozema Ltda. Primeiramente houve a necessidade de migrar as redes de comunicação de dados entre matriz e filial para a tecnologia MPLS, pelo fato da mesma possuir recursos favoráveis a qualidade de serviço como encaminhamento rápido de pacotes, suporte a serviços diferenciados (DiffServ), e VPN (rede virtual privada). O método de serviço abordado e utilizado de acordo com as necessidades e perfil da rede da empresa após testes e analise, foi o Diffserv. O mesmo foi escolhido pelo fato de obter características que adaptam melhor cada classe de serviço dentro da rede, sendo assim, mais completo do que os serviços Intserv, conforme apresentado no capitulo 2. Depois de vários questionamentos junto a Cisco Systems, a técnica de escalonamento escolhida para a utilização foi a Weighted Fair Queueing por garantir diferentes tipos de prioridades dentro de um fluxo de dados, também discutido no capitulo 2. Ainda foram utilizados outros recursos para aprimorar a qualidade de serviço (QoS) na rede, tais como: Codecs - para menor consumo de banda pelos ramais VoIP, sem interferir na qualidade da voz. Traffic Shape impede a ocorrência de rajadas, atrasos e perdas de pacotes, oferecendo assim, um melhor desempenho no trafego dos dados. 27

28 Classificação e Marcação de Pacotes Após testes e análises, as marcações dos pacotes foram estipuladas em quatro classes de serviços que foram definidas com diferentes prioridades, e reserva de banda, dentro de uma política de marcação (policy-map) conforme figura 24. Figura 24: Políticas QoS Fonte: Eletrozema, 2009 As classes foram definidas em: Tráfego de voz (class voice-trafego): está classe é a responsável por classificar e marcar os pacotes de voz na rede. Os mesmos foram separados e marcados (figura 26) com Diffserv EF (46), ou seja, os dados de voz têm maior prioridade por não poder haver atrasos no envio e recebimento destes pacotes. Sinalização de voz (class voice-sinaling): está classe é responsável por marcar e classificar os pacotes de sinalização de voz (figura 24), ou seja, quando um ponto da rede (filial ou matriz) efetua uma chamada VoIP, essa solicitação é registrada por essa classe (figura 25), que oferece as devidas precedências aos pacotes. Tráfego internet (class trafego- ): nesta classe foram adicionados políticas para todos os serviços de Internet (figura 24), e de transações de arquivos. Sendo alguns deles: (pop3 e smtp); Transferência de arquivos (FTP); Navegação (www); Gerenciador de banco de dados (SQL). Classe default (class class-default): está classe foi definida com a política de tratar dados com menor prioridade na rede (figura 24), ou seja, se o serviço que entrar na rede não se enquadrar em nenhuma das classes anteriores, esses pacotes serão automaticamente classificados com nível de prioridade menor que todos outros pacotes na rede (figura 24). Dentro desta classe também é definido o algoritmo de escalonamento fair queue (figura 24), que oferece preferência aos dados com tamanho maior dentro da fila. A policy-map (política de marcação de pacotes) foi aplicada na porta Wan dos roteadores das filiais e matriz através de uma interface virtual associada a serial Wan, chamada de Multilink, marcando os dados de saída da mesma. Esta situação está sendo apresentada na figura 28. Figura 25: Aplicação de Policiamento Fonte: Eletrozema,

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