Aloenxerto de Cartilagem Auricular Conservada em Glicerina em Defeito Palatino Produzido Experimentalmente em Cães *

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aloenxerto de Cartilagem Auricular Conservada em Glicerina em Defeito Palatino Produzido Experimentalmente em Cães *"

Transcrição

1 Trabalho de Pesquisa Aloenxerto de Cartilagem Auricular Conservada em Glicerina em Defeito Palatino Produzido Experimentalmente em Cães * Implant of Allograft Auricular Cartilage Preserved in Glicerin, in Palatine Defect Experimentally Produced in Dogs Manoel Marcelo da Silva FRANCISCO 1 Carlos Roberto DALECK 2 Antonio Carlos ALESSI 3 Marcos Russomano MARTINS 4 Duvaldo EURIDES 5 FRANCISCO, M.M. da S.; DALECK, C.R.; ALESSI. A.C.; MARTINS, M.R.; EURIDES, D. Aloenxerto de cartilagem auricular conservada em glicerina em defeito palatino produzido experimentalmente em cães. MEDVEP Rev Cientif Med Vet Pequenos Anim Anim Estim, Curitiba, v.1, n.2, p.90-95, abr./jun Avaliou-se o aloenxerto de cartilagem auricular de cães, conservado em glicerina a 98% no reparo de defeito palatino experimental. Foram empregados 15 cães adultos, sem raça definida, divididos aleatoriamente em cinco grupos de três animais cada, nos quais foram produzidos cirurgicamente defeitos no palato secundário, seguidos da reparação com aloenxerto de cartilagem auricular. Os cães do grupo controle foram submetidos ao reparo sem emprego do aloenxerto. As observações clínicas e macroscópicas realizadas durante o período experimental demonstraram que não houve deiscência de sutura, edema ou necrose de tecidos. Avaliações histológicas realizadas aos 10, 30, 60 e 90 dias mostraram que a cartilagem apresentava-se preservada e facilmente identificável, conservando seus elementos celulares. Não houve diferenciação na coloração quando comparou-se o enxerto cartilaginoso com a cartilagem do septo nasal natural. Além disso, notou-se que, aos 90 dias, a integridade do implante era bastante visível, havendo fibroblastos proliferados e deposição de colágeno sobre o enxerto, não deixando espaços entre as estruturas. Notou-se, em um animal, ossificação da cartilagem após 90 dias. Os resultados obtidos permitem concluir que o aloenxerto da cartilagem auricular mostrou-se funcional, podendo ser viável no reparo de defeitos palatinos de cães, propiciando bom isolamento entre a cavidade nasal e oral. PALAVRAS-CHAVE: Transplante homólogo; Cartilagem/veterinária; Fissura palatina/terapia; Cirurgia veterinária; Cães. * Tese de Mestrado, programa de pós-graduação em Cirurgia Veterinária da FCAV (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias) UNESP, Jaboticabal, SP. 1 Médico Veterinário, Mestre em Medicina Veterinária, Área de Concentração Cirurgia Veterinária da FCAV UNESP, Campus de Jaboticabal, SP 2 Médico Veterinário, Professor-adjunto/FCAV UNESP, Campus de Jaboticabal, SP; Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellani, Rural CEP , Jaboticabal, SP; daleck@fcav.unesp.br 3 Médico Veterinário, Professor-adjunto/FCAV UNESP, Campus de Jaboticabal, SP 4 Médico Veterinário, Doutorando em Medicina Veterinária, Área de Concentração Cirurgia Veterinária/FCAV UNESP, Campus de Jaboticabal, SP 5 Médico Veterinário, Professor Titular/Universidade Federal de Uberlândia, MG INTRODUÇÃO Nos animais domésticos, particularmente em cães e gatos, são comuns as afecções congênitas dos palatos primário e secundário, cujo mecanismo etiopatogênico está ligado à herança multifatorial. Dentre os vários métodos de classificação para as fendas palatinas no homem, os critérios propostos por Fogh-Andersen (1971), tendo como base o forame incisivo para separar as lesões do palato primário daquelas

2 do palato secundário, têm sido freqüentemente aceitos. Howard et al. (1974) sugerem que, em cães, qualquer fenda rostral em direção ao forame incisivo que envolva o lábio seja considerada fenda palatina primária, enquanto uma fenda caudal em direção ao forame incisivo é considerada secundária. O tamanho da fenda pode variar desde uma pequena falha no palato mole, em forma de cunha, até uma fenda completa, estendendo-se do palato mole à papila incisiva, podendo ser ainda uni ou bilateral (THOLEN & HOYT, 1990). De acordo com os mesmos autores, as fendas do palato secundário são mais freqüentes e normalmente passam despercebidas até que demonstre sinais de crescimento deficiente, drenagem de leite pelas narinas externas durante ou depois de mamar, tosse, engasgamento e espirros durante a ingestão de alimentos associados às infecções do sistema respiratório. Diversas técnicas têm sido propostas para o fechamento primário de fenda palatina secundária, dentre as quais ressaltam-se a técnica de Von Langenbeck ou de deslizamento (HOWARD et al., 1974), flap em 180 (HOWARD et al., 1974; SINIBALDI, 1979; CAYWOOD & LIPIOWITZ, 1989; HEDLUND, 1997). Roehsig et al. (2001) relataram a oclusão de defeito palatino em um gato da raça Persa com resina acrílica autopolimerizável, não observando sinais clínicos locais ou sistêmicos que sugerissem a prótese. O tecido cartilaginoso tem sido amplamente utilizado em diferentes procedimentos cirúrgicos, podendo ser autógenos, alógenos ou xenógenos. Assim, Manganello-Souza & Livanin (1997) utilizaram aloenxerto de cartilagem conservada em álcool absoluto para cirurgias corretivas de nariz em humanos. Eurides (1996) utilizou cartilagem costal autógena e Bracciali (1997), xenoenxerto de cartilagem auricular para corrigir desvio de pavilhão auricular de cães. Krajnik et al. (1978) utilizaram placa de cartilagem liofilizada xenógena em fenda palatina experimentalmente induzida em cães, tendo como resultado o recobrimento da mesma por espessa camada de exsudato fibrilar, tanto do lado nasal como do lado oral, após seis dias de pós-operatório. No décimo quarto dia, houve formação de grande quantidade de tecido conjuntivo com fibras colágenas e vasos, expessando-se ainda mais aos 21 dias. A glicerina a 98% tem sido amplamente utilizada como meio de conservação para tecidos biológicos. Desta forma, são citados os trabalhos de Pigossi (1964) com dura-máter, seguido pelos de Andretto et al. (1976) e Alvarenga et al. (1982), com centro frênico de eqüino e saco pericárdio; de Daleck (1986), com peritônio; de Braccialli (1997) com cartilagem de bovino e de Daleck (1999) e Costa Neto (2000) com ligamento nucal de bovino. A principal vantagem da glicerina, segundo esses autores, é que há indícios de que ela reduz a antigenicidade e aumenta a resistência do tecido à tração sem alterar a elasticidade, sendo a mesma um agente fixador e desidratante de atuação rápida, com propriedades anti-sépticas de amplo espectro de ação, exceto nas formas bacterianas esporuladas. Para evitar complicações durante o período de pós-operatório, a faringostomia é um procedimento indicado pela maioria dos autores, concomitantemente ao reparo do defeito palatino (HOWARD et al., 1974; SINIBALDI, 1979, BAUER et al., 1988; NELSON, 1993; POPE & CONSTANTINESCU, 1998; MARRETA, 1998). Objetivou-se avaliar a praticidade do aloenxerto de cartilagem auricular, conservada em glicerina a 98%, em defeito palatino experimentalmente induzido em cães. Para tanto, foram realizados exames clínicos, radiográficos e histopatológicos da região do enxerto, em diferentes tempos de observação. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados 15 cães mestiços, machos ou fêmeas, adultos dolicocefálicos, pesando entre seis e 10 quilos, clinicamente sadios, fornecidos pelo Hospital Veterinário Governador Laudo Natel da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Unesp. Os cães, alocados aleatoriamente em cinco grupos de três animais cada, foram submetidos ao procedimento cirúrgico para criação de defeito no palato secundário com reparação imediata do mesmo com aloenxerto de cartilagem auricular. Em um dos grupos, o defeito no palato não foi reparado com o aloenxerto, deixando o mesmo com a fenda (Grupo 5= G5). Os demais grupos foram identificados como G1, G2, G3 e G4, de acordo com o período de observação, ou seja, 10, 30, 60 e 90 dias, respectivamente. O grupo G5 (controle) foi avaliado aos 30, 60 e 90 dias de pós-operatório. As cartilagens auriculares utilizadas para reparo foram obtidas de cães hígidos, com idade de três a quatro meses, submetidos a corte estético de orelhas. Após dissecção do segmento cartilaginoso, as mesmas foram lavadas em água corrente e acondicionadas em frasco estéril de boca larga, contento glicerina a 98%, e mantidas à temperatura ambiente por um período mínimo de 30 dias. Para implante das cartilagens no palato, as mesmas foram removidas do frasco com glicerina e recortadas em placas com cerca de 3 x 1,5 centímetros. Em seguida, procedeu-se à hidratação das mesmas em 91

3 uma cuba estéril de aço inoxidável, contendo solução fisiológica a 0,9% e iodopovidona, por 15 minutos, até serem implantadas (COSTA NETO, 2000). Após avaliação clínica, os cães passaram por um período de jejum alimentar de 12 horas e hídrico de seis horas. Aplicou-se o metronidazol suspensão na dose de 25mg/kg de peso corpóreo, via oral (VO), a cada 12 horas, associado a ceftiofur sódico na dose de 2mg/kg de peso corpóreo, via subcutânea (SC), a cada 12 horas, profilaticamente, por 10 dias após o ato cirúrgico. Como medicação pré-anestésica, foi administrado cloridrato de clorpromazina na dose de 1mg/kg, por via intravenosa (IV), seguida da indução anestésica com tiletamina associado ao zolazepam na dose de 5mg/kg de peso corpóreo (IV). Os animais foram entubados e mantidos anestesiados com halotano e oxigênio em circuito fechado. Infiltrou-se cloridrato de lidocaína a 1% e adrenalina 1: no tecido mucoperiostal, cinco a sete minutos antes do procedimento cirúrgico (CARREIRÃO & PITANGUY, 1989; WIJDEVELD et al., 1991; IN DE BRAEKT et al., 1995). Os animais foram posicionados em decúbito dorsal, fixando-se a cabeça paralelamente à mesa. A anti-sepsia da cavidade oral foi realizada com solução aquosa de iodopovidona a 0,2%, após colocação de tampão de gaze na região da faringe. Uma incisão de aproximadamente três centímetros foi realizada no tecido mucoperiosteal em região da rafe palatina, seguida de divulsão e rebatimento do mesmo, tomando-se o devido cuidado para preservação da artéria palatina. Com auxílio de um elevador de periósteo, fez-se o descolamento do periósteo do osso maxilar. Seqüencialmente, brocas odontológicas cirúrgicas foram acopladas a um micromotor odontológico de baixa rotação, para realização da osteotomia de um centímetro de largura por três centímetros de comprimento, na linha média do palato (Figuras 1A e 1B). Nesse local, aplicou-se uma placa de cartilagem auricular de tamanho similar ao da osteotomia do palato, sendo a mesma introduzida subperiostealmente (Figuras 1C e 1D). Para melhor mimetização de uma fenda palatina, realizaram-se incisões de dois milímetros em cada borda mucoperiosteal. Em seguida, duas incisões opostas de relaxamento foram feitas, adjacentes aos FIGURA 1: Seqüência cirúrgica para a implantação de cartilagem auricular no reparo de defeito palatino experimentalmente induzido em cães. Em a, o maxilar osteotomizado. dentes caninos e ao quarto pré-molar. Ambos os lados do tecido foram tracionados para a linha média e suturados com fio náilon 4-0, deixando duas áreas de osso desnudas adjacentes aos dentes. Na seqüência, os animais foram colocados em decúbito lateral e, após realização da faringostomia, uma sonda de polipropileno foi introduzida no estômago para administração de água e ração balanceada em forma de pasta, de acordo com as necessidades hídricas e nutricionais. Foi administrado flunixin meglumine na dose de 1,1mg/kg de peso corpóreo (SC) a cada 24 horas, durante três dias. Foram realizados curativos locais a cada 12 horas, durante oito dias, com solução de digluconato 92

4 de clorhexidina a 20% (ROBINSON, 1995). Após 10 dias, os animais foram novamente anestesiados para retirada dos pontos do palato e remoção da sonda gástrica. Todos os animais foram avaliados diariamente nos primeiros 15 dias e, posteriormente, a cada sete dias, quanto ao aspecto da ferida cirúrgica. Os cães foram submetidos a exame radiográfico do palato no período pré-cirúrgico, imediatamente após o término do procedimento cirúrgico e também aos 10, 30, 60 e 90 dias do pós-operatório para se avaliar a evolução da calcificação. A região do enxerto foi avaliada macroscopicamente, com especial atenção à cicatrização da ferida, à formação de eventuais fístulas ou áreas de necrose tecidual. Foram colhidos fragmentos por biopsia da região do enxerto, constituído de mucosa oral, osso maxilar, palatino e mucosa nasal. Esse material foi descalcificado em solução ácida (ácido nítrico), seguida da inclusão em parafina. Cortes histológicos foram realizados com micrótomo comum em secções de cinco micra de espessura e corados pelos métodos de Hematoxilina e Eosina (HE) e do Tricrômio de Masson (TM). O exame histopatológico foi feito em microscópico óptico binocular com equipamento para fotomicrografia (Olympus BX50). RESULTADOS A cartilagem auricular obtida de cães submetidos a cirurgia estética das orelhas foi adequada para a confecção dos enxertos. Durante o procedimento cirúrgico, verificou-se relativa dificuldade de identificação da artéria palatina. O emprego da lidocaína a 1%, associado a adrenalina na proporção de 1: , cinco a sete minutos antes da cirurgia, foi insatisfatório, traduzindo-se em significativa hemorragia durante o transcirúrgico. O emprego de brocas cirúrgicas e aparelho odontológico de baixa rotação facilitou a realização do defeito palatino, delineando corretamente a porção osteotomizada. A técnica de Von Langenbeck, empregada para revestimento mucoperiosteal, recobriu e manteve o enxerto adequadamente sepultado, proporcionando em todos os animais o isolamento das cavidades oral e nasal, mesmo naqueles do grupo controle. A faringostomia realizada logo após o reparo do palato e a permanência da sonda durante 10 dias de pós-operatório facilitou a administração de líquidos e alimentos, evitando o contato mecânico e o acúmulo de restos alimentares na área operada. O animais apresentaram satisfatória evolução clínica, com os parâmetros fisiológicos dentro da normalidade. No local dos enxertos, não foi observado deiscência de sutura ou presença de infecções (Figura 2). Apenas três animais apresentaram, no período pósoperatório imediato, epistaxe e, conseqüentemente, certo grau de dispnéia. Após a retirada da sonda gástrica e a remoção da sutura do palato, todos os animais voltaram a se alimentar normalmente, sem qualquer sinal de disfagia durante todo o período de observação. Por ocasião do período pré-operatório e imediatamente após a cirurgia, as imagens radiográficas da região do palato, quando comparadas com aquelas obtidas aos 10, 30, 60 e 90 dias, não diferiram no que se refere à reação periosteal e crescimento ósseo em nenhum dos cinco grupos. Após 10 dias de pós-operatório, era possível evidenciar resquícios do processo cicatricial, sendo menos evidente após este período. Já aos 60 dias, tornavam-se imperceptíveis. A partir dos 30 dias, mediante palpação digital, observou-se que, nos animais do grupo controle, o local do defeito apresentava menor resistência quando comparado aos animais submetidos ao enxerto de cartilagem. Microscopicamente, verificaram-se áreas com infiltrado celular inflamatório na submucosa (Figura 3) que não se estendia até a cavidade nasal. O epitélio de revestimento da cavidade oral estava íntegro. A cartilagem implantada em todos os tempos analisados apresentava-se preservada e facilmente identificável (Figura 4). Microscopicamente, os elementos celulares estavam nítidos, não havendo diferença na coloração, principalmente quando comparados com cartilagem natural do animal, no septo nasal. Após 10 dias de enxerto, encontrou-se área de infiltrado celular inflamatório entre o enxerto e o epitélio da cavidade nasal. Um dos cães apresentou início de regeneração óssea já nesse tempo. O epitélio da mucosa oral apresentava-se totalmente restabelecido, embora ainda fosse possível notar o local da incisão. A partir dos 30 dias, e mais notavelmente aos 90 dias, a integração do enxerto era bastante visível. Havia fibroblastos proliferados e deposição de colágeno junto ao enxerto, não deixando espaços entre as estruturas. As extremidades ósseas mostravam pouco tecido ósseo regenerado, não preenchendo os espaços entre as extremidades. No entanto, um dos cães mostrou, aos 90 dias, ossificação na cartilagem implantada. O epitélio da cavidade oral mostravase íntegro, não sendo possível diferenciar a região submetida à cirurgia. Alguns enxertos atingiram a cavidade nasal. No entanto, estes apresentavam-se recobertos por epitélio respiratório, não mostrando sinais de contaminação. 93

5 FIGURA 2: Aspecto macroscópico do palato 90 dias após o enxerto de cartilagem. Notar que a região do enxerto não apresenta nenhum sinal de rejeição da cartilagem implantada. FIGURA 3: Fotomicrografia de palato de cão com reparação cirúrgica sem enxerto de membrana biológica. Observar ao centro área de necrose e infiltrado celular inflamatório (N). TM, obj. 4x. FIGURA 4: Fotomicrografia de palato de cão submetido a enxerto de cartilagem 10 dias após a cirurgia. Observar cartilagem implantada preservada, sem reação inflamatória. TM, obj. 10x. DISCUSSÃO A colheita da cartilagem auricular alógena canina foi realizada de forma criteriosa, não havendo necessidade de cuidados assépticos, conforme preconiza a literatura para obtenção de membranas biológicas (PIGOSSI, 1964; DALECK, 1986; ALVARENGA, 1982). Deve-se ressaltar a dificuldade na localização da artéria palatina durante o ato operatório, embora concordemos com as observações feitas por Howard et al. (1974) ao afirmarem que deve-se tomar extremo cuidado para que, durante o procedimento cirúrgico, não ocorra ruptura da mesma. A escolha do aparelho de baixa rotação e das brocas odontológicas facilitou a criação da lesão no palato, pois foi possível mimetizar uma fenda palatina de maneira uniforme em todos os animais. A utilização de lidocaína associada à adrenalina através da técnica de anestesia infiltrativa em palato para controlar a hemorragia não foi eficaz, sendo necessário a compressão digital durante o procedimento cirúrgico, para coibir a hemorragia. A técnica cirúrgica de Von Langenbeck utilizada neste experimento mostrou-se eficiente e rápida, entretanto, para fendas de grande extensão, pode não ser a melhor técnica, devido à limitação de tecido a ser tracionado. A ausência de complicações pós-operatórias e o sucesso em 100% dos procedimentos cirúrgicos foi diferente do estudo realizado por Howard et al. (1974), que obtiveram 42% de êxito na primeira reparação, ao empregarem a mesma técnica em cães com fenda palatina, fato que pode ser analisado sob diferentes aspectos, como: a) correta quimioprofilaxia preventiva controlando a proliferação bacteriana e conseqüente contaminação da região; b) flora bacteriana diferente daquela encontrada em uma fenda palatina congênita; c) isolamento total entre cavidade nasal e oral pela cartilagem implantada. Deve-se destacar que a sondagem gástrica através da fargingostomia durante o período pós-operatório, procedimento também citado por Howard et al. (1974), Sinibaldi (1979), Bauer et al. (1988), Nelson (1993), Pope & Constantinescu (1998) e Marreta (1988), facilitou que a administração de líquidos e alimentos interferisse na cicatrização, além de diminuir ou mesmo evitar uma possível contaminação da ferida cirúrgica. O tamanho da placa utilizada foi adequado para todos os animais, não havendo necessidade da fixação da mesma ao leito receptor. Macroscopicamente, aos 30 dias, pôde-se observar que a cartilagem estava aderida tanto em região de osso como de mucoperiósteo, o que demostra a perfeita adaptação da mesma. Neste mesmo período, observou-se, também, a reconstituição do tecido epitelial respiratório, acarretando um isolamento das cavidades respiratória e oral, necessidade primária para crescimento ósseo. 94

6 O processo de calcificação de cartilagem ocorrido em dois cães condiz com o experimento de Manganello-Souza & Livani (1997), apenas contrariando-os no que diz respeito à reabsorção lenta e progressiva da cartilagem, embora o tempo de observação tenha sido diferente, ou seja, 2 anos, o que provavelmente influenciou na reabsorção da cartilagem. A exemplo de outras membranas biológicas conservadas também em glicerina a 98%, o emprego da cartilagem alógena, mantida no mesmo meio, para reparar experimentalmente a fenda palatina de cães mostrou-se satisfatório. Assim sendo, segundo Pigossi (1964), Andretto et al. (1976); Alvarenga et al. (1982); Daleck (1986); Braccialli (1997); Daleck (1999); Costa Neto (2000), a glicerina a 98% tem um poder anti-séptico e antigênico, fatores que podem ter determinado ausência de complicações no referido experimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados clínicos, radiográficos, macroscópicos e histopatológicos obtidos permitem concluir que a cartilagem auricular alógena apresentou evolução clínico-cirúrgica satisfatória, podendo ser utilizada para reparação de defeitos palatinos, propiciando isolamento entre cavidade nasal e oral. FRANCISCO, M.M. da S.; DALECK, C.R.; ALESSI. A.C.; MARTINS, M.R.; EURIDES, D. Implant of allograft auricular cartilage preserved in glicerin, in palatine defect experimentally produced in dogs. MEDVEP Rev Cientif Med Vet Pequenos Anim Anim Estim, Curitiba, v.1, n.2, p.90-95, abr./jun The auricular allograft preserved in glicerine was evaluated in experimental palatine defects produced in dogs. Fifteen mongrel adult dogs were randomly divided in five groups with three animals each. A surgical procedure was done to produce a secondary palate defect, subsequently repaired with allograft auricular cartilage. The control group was operated without the use of allograft. The clinical and macroscopical observations during the experimental period demonstrated that there was not surgical wound dehiscence, edema or tissue necrosis. Histological analysis at 10, 30, 60 and 90 days showed that the cartilage presented itself preserved and easily identifiable, and its cellular elements were kept clear, with no color variations when compared whit the natural nasal septum cartilage. Besides, the implant integration was quite visible at 90 days, with fibroblasts proliferation and collagen accumulation in the implant, without gaps among the structures. It was also noticed the ossification of the implanted cartilage in some animals. It was concluded that the allograft auricular cartilage can be used to repair palatine defects, because it provides a good isolation between oral and nasal cavities. KEYWORDS: Transplantation, homologous; Cartilage/veterinary; Palatine cleft/therapy; Surgery veterinary; Dogs. REFERÊNCIAS ALVARENGA, J.; BARROS, P.S.M.; IWASAKI, M.; STOPIGLIA, A. J.; GUERRA, J.L. Reparo do esôfago de cães com retalho de pericárdio eqüino PSI. Conservado em glicerina. Esofagoplastia na retirada de nódulo parasitário. In: SEMANA DE VETERI- NÁRIA, 1., 1982, São Paulo. Anais... São Paulo: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, 1982, p.51. ANDRETTO, R. et al. Reparo da traquéia de cães com pericárdio eqüino conservado em glicerina. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2., JORNADA INTERNACIONAL DE PNEUMOLOGIA, 3., 1976, Salvador. Resumos... Salvador. BAUER, M.S. et al. Unsuccessful surgical repair of a short palate in a dog. J Am Vet Med Assoc, v.193, n.12, p , BRACCIALLI, C.S. Enxerto de cartilagem auricular de bovinos conservada em glicerina no pavilhão auricular de cães. Estudo experimental f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia Veterinária) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. CAYWOOD, D.D.; LIPOWITZ, A.J. Cleft palate repair mucoperiosteal flap. In: Atlas of general small animal surgery. St Louis: Mosby, COSTA NETO, J.M. Tenoplastia experimental do calcâneo em cães com ligamento nucal de bovino conservado em glicerina a 98% f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. DALECK, C.R. Esofagoplastia cervical no cão com peritônio autólogo e homólogo conservado em glicerina. Estudo experimental f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Botucatu. DALECK, C.R. Reparação cirúrgica da pars musculari do diafragma por ligamento nucal xenólogo conservado em glicerina a 98%. Estudo Experimental em cães f. Tese (Livre Docência em Medicina Veterinária) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. EURIDES, D. Transplante de cartilagem costal autóloga no reparo de desvio do pavilhão auricular de cães. Estudo experimental. Ciência Rural, Santa Maria, v.25, n.1, p , FOGH-ANDERSEN, P. Epidemiology and etiology of clefts. Birth Defects Orig Artic Ser, v.7, n.7. p.50-53, HEDLUND, C.S. Surgery of the digestive system surgery of the oral cavity and oropharynx. In Small animal surgery. Missouri: Mosby, HOWARD, D.R. et al. Mucoperiosteal flap technique for cleft palate repair in dogs. J Am Vet Med Assoc, v.165, n.4, p , KRAJNIK, J. et al. Healing of bone defect in the nasal cavity following application of cartilaginous plate. Acta Chir Plast, v.20, n.1, p.1-6, MANGANELLO-SOUZA, L.C.; LIVANI, F. Uso de cartilagem homógena preservada em álcool absoluto para correção de deformidades faciais. Estudo clínico e experimental. Vet Soc Brás Cir Plast, v.12, n.3, p.75-83, MARRETA, S.M. Orofaringe. In: Manual Saunders. São Paulo: Roca, NELSON, A.W. Upper respiratory system. In: Textbook of small animal surgery. [S.l.]: W.B. Sanders, PIGOSSI, N. Implantação de dura-mater homóloga conservada em glicerina. Estudo experimental em cães f. Tese (Doutorado em Cirurgia) Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo. POPE, E.R.; CONSTANTINESCU, G.M. Oral cavity repair of cleft palate. In: Current techniques in small animal surgery. Pennsylvania: Sanders, ROEHSIG, C. et al. Redução de fenda palatina com resina acrílica autopolimerizável em gato. A Hora Veterinária, n.121, p.50-52, SINIBALDI, K.R. Cleft palate. Vet Clin North Am, v.9, n.2, p , THOLEN, M.; HOYT JR., R.F. Oral pathology. In: Small animal oral surgery. Philadelphia: Lea & Febirger, Recebido para publicação em: 14/01/03 Enviado para análise em: 22/01/03 Aceito para publicação em: 17/02/03 95

REDUÇÃO DE FENDA PALATINA SECUNDÁRIA EM UM GATO REDUCTION OF SECONDARY CLEFT PALATE IN A CAT

REDUÇÃO DE FENDA PALATINA SECUNDÁRIA EM UM GATO REDUCTION OF SECONDARY CLEFT PALATE IN A CAT 97 Relato de caso REDUÇÃO DE FENDA PALATINA SECUNDÁRIA EM UM GATO Mariana Ramos da SILVA 1 *, Grazielle Anahy de Sousa ALEIXO 1, Fabrício Bezerra de SÁ 2, Maria Cristina de O. Cardoso COELHO 3 RESUMO:

Leia mais

O uso do substituto ósseo xenogênico em bloco OrthoGen em procedimento de enxertia intraoral. Avaliação clínica e histológica.

O uso do substituto ósseo xenogênico em bloco OrthoGen em procedimento de enxertia intraoral. Avaliação clínica e histológica. O uso do substituto ósseo xenogênico em bloco OrthoGen em procedimento de enxertia intraoral. Avaliação clínica e histológica. Fábio Gonçalves 1 Resumo O objetivo deste estudo é apresentar um caso clínico

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM MINICURSO: Assistência de enfermagem ao cliente com feridas Ferida cirúrgica 1º Semestre de 2013 Instrutora:

Leia mais

Dr. Athanase Christos Dontos

Dr. Athanase Christos Dontos 3. MATERIAL e MÉTODO Este trabalho foi realizado em três etapas. Na primeira, etapa experimental, realizamos implantes no dorso de camundongos com posterior análise histológica visando verificar o grau

Leia mais

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA)

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) Anualmente milhares de pessoas se submetem a rinoplastia. Algumas destas pessoas estão insatisfeitas com a aparência de seus narizes há muito tempo; outras não estão contentes

Leia mais

Manipulação de Tecido Mole ao Redor de Implantes na Zona Estética

Manipulação de Tecido Mole ao Redor de Implantes na Zona Estética Manipulação de Tecido Mole ao Redor de Implantes na Zona Estética Figura 9 1A Diagrama de secção transversal mostrando um implante no local do incisivo. A forma côncava do rebordo vestibular é evidenciada.

Leia mais

A UTILIZAÇÃO DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA RECOMBINANTE SINTÉTICA TIPO 2 PARA RECOSNTRUÇÃO DE MAXILA ATRÓFICA. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E RELATO DE UM CASO

A UTILIZAÇÃO DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA RECOMBINANTE SINTÉTICA TIPO 2 PARA RECOSNTRUÇÃO DE MAXILA ATRÓFICA. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E RELATO DE UM CASO A UTILIZAÇÃO DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA RECOMBINANTE SINTÉTICA TIPO 2 PARA RECOSNTRUÇÃO DE MAXILA ATRÓFICA. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E RELATO DE UM CASO AUTORES: André Zétola Rafaela Larson Introdução A procura

Leia mais

CIRURGIA DE RINOSSEPTOPLASTIA. Informações sobre a cirurgia

CIRURGIA DE RINOSSEPTOPLASTIA. Informações sobre a cirurgia CIRURGIA DE RINOSSEPTOPLASTIA Informações sobre a cirurgia P: A RINOSSEPTOPLASTIA DEIXA CICATRIZES? R: Certos narizes permitem que as cicatrizes fiquem escondidas dentro da cavidade nasal. Nestes casos,

Leia mais

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão DRENOS CONCEITO É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão ou podem estar ali presentes. OBJETIVOS DOS DRENOS Permitem

Leia mais

Marina ZIMMERMANN; Eugênio Gonçalves de ARAÚJO; Fernanda Figueiredo MENDES; Danilo Ferreira RODRIGUES

Marina ZIMMERMANN; Eugênio Gonçalves de ARAÚJO; Fernanda Figueiredo MENDES; Danilo Ferreira RODRIGUES Biocompatibilidade e mecanismos de angiogênese de implantes cutâneos de membrana de látex (Hevea brasiliensis) em bovinos e equinos (resultados parciais). Marina ZIMMERMANN; Eugênio Gonçalves de ARAÚJO;

Leia mais

Reabilitação cirúrgica dos Fissurados de lábio e palato. M.Sc.Viviane Marques

Reabilitação cirúrgica dos Fissurados de lábio e palato. M.Sc.Viviane Marques Reabilitação cirúrgica dos Fissurados de lábio e palato M.Sc.Viviane Marques DIAGNÓSTICO 1º diagnóstico: Através da ultrasonografia (Entre a 12ª e 14ª semana de gestação). O diagnóstico das fissuras submucosa

Leia mais

COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA.

COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA. COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA. CITOLOGIA CLÍNICA O exame citológico é uma das grandes ferramentas para auxiliar o médico veterinário no diagnóstico, prognóstico e na tomada de

Leia mais

Nefrolitotripsia Percutânea

Nefrolitotripsia Percutânea Nefrolitotripsia Percutânea A cirurgia renal percutânea é a forma menos agressiva de tratamento para cálculos renais grandes e que não podem ser tratados adequadamente pela fragmentação com os aparelhos

Leia mais

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR 1

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR 1 1 CURATIVO BIOCOMPATÍVEL COM GELATINA COMESTÍVEL PARA PREENCHIMENTO DE CAVIDADE ANOFTÁLMICA APÓS EXENTERAÇÃO DE BULBO OCULAR EM UM PUMA (Puma concolor) RELATO DE CASO BIOCOMPATIBLE DRESSING WITH EDIBLE

Leia mais

5 Discussão dos Resultados

5 Discussão dos Resultados 87 5 Discussão dos Resultados No procedimento de análises das imagens gráficas obtidas nas simulações pelo método de elementos finitos, comparou-se a distribuição das tensões nas restaurações com material

Leia mais

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO HOFFMANN, Martina L. 1 ; MARTINS, Danieli B. 2 ; FETT, Rochana R. 3 Palavras-chave: Carcinoma. Felino. Quimioterápico. Introdução O tumor

Leia mais

ANÁLISE HISTOMORFOMÉTRICA DAS ESTRUTURAS DA REGIÃO DA EPÍFISE DISTAL DA TÍBIA DE RATOS PÓS-IMOBILIZAÇÃO.

ANÁLISE HISTOMORFOMÉTRICA DAS ESTRUTURAS DA REGIÃO DA EPÍFISE DISTAL DA TÍBIA DE RATOS PÓS-IMOBILIZAÇÃO. NÁLISE HISTOMORFOMÉTRIC DS ESTRUTURS D REGIÃO D EPÍFISE DISTL D TÍI DE RTOS PÓS-IMOILIZÇÃO. Jéssica parecida Xavier (PIIC/CNPq-UEM), Evanilde uzzo Romano (Orientadora), e-mail: ebromano@uem.br. Universidade

Leia mais

O QUE É A TÃO FALADA CARGA IMEDIATA?

O QUE É A TÃO FALADA CARGA IMEDIATA? 1 O QUE É A TÃO FALADA CARGA IMEDIATA? A descoberta da Osseointegração pelo professor Brånemark, na década de 50, revolucionou a reabilitação dos pacientes com ausências dentárias, com a utilização dos

Leia mais

A Estética da Mama CLÍNICA FERNANDO BASTO

A Estética da Mama CLÍNICA FERNANDO BASTO A Estética da Mama A estética da mama responde a costumes étnicos, sociais e culturais. Há não muitos anos, no Brasil as mulheres solicitavam a diminuição do volume do seio, quando a aspiração do inconsciente

Leia mais

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) Enf.ª Cláudia Cristina Castro de Andrade SEC/SCIH devidos créditos! Plágio é Crime! UM POUCO DE HISTÓRIA... Até a metade do século XIX ISC= óbito Joseph Lister,

Leia mais

CORREÇÃO CIRURGICA DAS HIPERTROFIAS DO LÓBULO DA ORELHA

CORREÇÃO CIRURGICA DAS HIPERTROFIAS DO LÓBULO DA ORELHA CORREÇÃO CIRURGICA DAS HIPERTROFIAS DO LÓBULO DA ORELHA DR. LINNEU M. SILVEIRA Cirurgião do Asilo-Colonia Pirapitingui'. Assistente da cadeira de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Escola Paulista

Leia mais

Úlceras de pressão. Profº. Jorge Bins-Ely - MD - PhD

Úlceras de pressão. Profº. Jorge Bins-Ely - MD - PhD UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SERVIÇO DE CIRURGIA PLÁSTICA HU/UFSC DISCIPLINA DE TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL - TOCE Úlceras de pressão Profº. Jorge Bins-Ely

Leia mais

Doenças gengivais induzidas por placa

Doenças gengivais induzidas por placa Doenças gengivais induzidas por placa Definição Inflamação dos tecidos gengivais sem afetar irreversivelmente o aparato de inserção Classificação (AAP 1999) Doenças Gengivais Induzidas por placa Não

Leia mais

CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido

CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido Eu, RG n solicito e autorizo o Dr. Fausto A. de Paula Jr, CRM-SP 103073, medico otorrinolaringologista,

Leia mais

A respiração ocorre dia e noite, sem parar. Nós podemos sobreviver determinado tempo sem alimentação, mas não conseguimos ficar sem respirar por mais

A respiração ocorre dia e noite, sem parar. Nós podemos sobreviver determinado tempo sem alimentação, mas não conseguimos ficar sem respirar por mais PROFESSORA NAIANE A respiração ocorre dia e noite, sem parar. Nós podemos sobreviver determinado tempo sem alimentação, mas não conseguimos ficar sem respirar por mais de alguns poucos minutos. Você sabe

Leia mais

Colaboradores Acadêmicos Selene Círio Leite Diego Lunelli Marcelle Círio Leite

Colaboradores Acadêmicos Selene Círio Leite Diego Lunelli Marcelle Círio Leite 3267-4303 Orientações para Colheita e Remessa de Material para Exames Laboratoriais VOLUME 1 Histopatologia Citologia Necropsia www.petimagem.com PET IMAGEM - Diagnósticos Veterinários foi criado em abril

Leia mais

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO Aditivos alimentares são utilizados em dietas para bovinos de corte em confinamento com o objetivo

Leia mais

Técnicas Anestésicas Aplicadas à Cirurgia Oral

Técnicas Anestésicas Aplicadas à Cirurgia Oral Técnicas Anestésicas Aplicadas à Cirurgia Oral Anestesias Locais 1. Periférica, tópica ou de superfície 2. Infiltrativa terminal 3. Troncular, regional ou bloqueio de condução Aula de cirurgia Anestesia

Leia mais

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira Introdução A função do sistema respiratório é facilitar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas,

Leia mais

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE UNP-130408 1 de 6 INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS A vida útil das correntes transportadoras e elevadoras está diretamente ligada aos cuidados com a instalação, lubrificação

Leia mais

Aplicação da Terapia Fotodinâmica e Laserterapia em Implantodontia

Aplicação da Terapia Fotodinâmica e Laserterapia em Implantodontia Aplicação da Terapia Fotodinâmica e Laserterapia em Implantodontia Juliana Marotti 1, Pedro Tortamano Neto 2, Dieter Weingart 3 1 Doutoranda do Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia da USP,

Leia mais

PROGRAMA DE CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES E GATOS

PROGRAMA DE CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES E GATOS PROGRAMA DE CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES E GATOS O crescimento populacional de cães e gatos tem representado um problema de saúde pública, devido à possibilidade de transmissão de doenças entre animais

Leia mais

Essas duas questões serão estudadas nesta aula. Além delas, você vai ver quais erros podem ser cometidos na rebitagem e como poderá corrigi-los.

Essas duas questões serão estudadas nesta aula. Além delas, você vai ver quais erros podem ser cometidos na rebitagem e como poderá corrigi-los. A UU L AL A Rebites III Para rebitar peças, não basta você conhecer rebites e os processos de rebitagem. Se, por exemplo, você vai rebitar chapas é preciso saber que tipo de rebitagem vai ser usado - de

Leia mais

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Higienização das Mãos

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Higienização das Mãos COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR *Definição: Higienização das Mãos Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda superfície das mãos e punhos,

Leia mais

disponibilidade do proprietário. Em geral, a melhor forma de profilaxia consiste na escovação dentária diária em animais de pequeno porte e, três

disponibilidade do proprietário. Em geral, a melhor forma de profilaxia consiste na escovação dentária diária em animais de pequeno porte e, três Perfil do proprietário de cães e gatos da cidade de Jataí GO em relação aos cuidados odontológicos de seus animais RESENDE, Lara Gisele¹; PAIVA, Jacqueline de Brito¹; ARAÚJO, Diego Pereira¹; CARVALHO,

Leia mais

MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA

MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA MAMOPLASTIA REDUTORA E MASTOPEXIA A mastoplastia (mastoplastia) redutora é uma das cirurgias mais realizadas em nosso país, abrangendo uma faixa etária a mais variada possível, desde a adolescência até

Leia mais

Um olhar rumo ao futuro da oftalmologia veterinária

Um olhar rumo ao futuro da oftalmologia veterinária Um olhar rumo ao futuro da oftalmologia veterinária Linha Oftálmica Labyes Primeira Linha Oftálmica com Sulfato de Condroitina Labyes foi o primeiro laboratório do mundo a desenvolver uma linha oftálmica

Leia mais

É a etapa inicial do tratamento do canal, consiste em o dentista atingir a polpa dentária (nervinho do dente).

É a etapa inicial do tratamento do canal, consiste em o dentista atingir a polpa dentária (nervinho do dente). É a etapa inicial do tratamento do canal, consiste em o dentista atingir a polpa dentária (nervinho do dente). Consiste na regularização do alvéolo (local onde está inserido o dente), geralmente após a

Leia mais

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM. Radiografia simples e contrastada (sulfato de bário e iodinas) Endoscopia

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM. Radiografia simples e contrastada (sulfato de bário e iodinas) Endoscopia AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO ESÔFAGO Carmen Helena de Carvalho Vasconcellos DIAGNÓSTICO DA DOENÇA ESOFÁGICA SINAIS CLÍNICOS Regurgitação Disfagia, dificuldade de preensão Ptialismo Tosse, estertores Dispnéia

Leia mais

Corte e dobra. Nesta aula, você vai ter uma visão geral. Nossa aula. Princípios do corte e da dobra

Corte e dobra. Nesta aula, você vai ter uma visão geral. Nossa aula. Princípios do corte e da dobra A U A UL LA Corte e dobra Introdução Nesta aula, você vai ter uma visão geral de como são os processos de fabricação por conformação, por meio de estampos de corte e dobra. Inicialmente, veremos os princípios

Leia mais

Avaliação da Fisioterapia em Pré e Pós Cirurgia Plástica

Avaliação da Fisioterapia em Pré e Pós Cirurgia Plástica Avaliação da Fisioterapia em Pré e Pós Cirurgia Plástica Ms. Giovana B. Milani Mestre em Ciências pela FMUSP Pós- Graduada em Fisioterapia Dermatofuncional Pós- Graduada em Aparelho locomotor no esporte

Leia mais

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um 1 - Órteses de

Leia mais

ODONTOLOGIA ESTÉTICA

ODONTOLOGIA ESTÉTICA ODONTOLOGIA ESTÉTICA O sorriso enaltece os dentes que podem assim como outros elementos da face denunciar a idade cronológica do ser humano por meio de desgastes ou mesmo pela alteração da cor. Nesse contexto,

Leia mais

Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas

Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas Profª Drª Fabiana Flores Sperandio O que é câncer de mama? É uma doença que surge quando células da mama sofrem uma mutação e se

Leia mais

HIPOSPÁDIAS. Herick Bacelar Antonio Macedo Jr INTRODUÇÃO

HIPOSPÁDIAS. Herick Bacelar Antonio Macedo Jr INTRODUÇÃO HIPOSPÁDIAS Herick Bacelar Antonio Macedo Jr INTRODUÇÃO Hipospádia resulta de um desenvolvimento anormal do pênis que é definido como um meato uretral ectópico proximal a sua posição normal na glande,

Leia mais

ASPECTOS DE IMAGEM DAS ALTERAÇÕES DA RAIZ DENTAL

ASPECTOS DE IMAGEM DAS ALTERAÇÕES DA RAIZ DENTAL ASPECTOS DE IMAGEM DAS ALTERAÇÕES DA RAIZ DENTAL Vamos descrever a seguir as principais imagens das alterações da raiz dental. As ocorrências, em sua maioria, são provenientes de causas patológicas. FORMA

Leia mais

www.dentaladvisor.com Quick Up Editors Choice + + + + +

www.dentaladvisor.com Quick Up Editors Choice + + + + + www.dentaladvisor.com Material autopolimerizável para a fixação de attachments e elementos secundários em próteses Editors Choice + + + + + A SOLUÇÃO EM UM KIT É muito comum as próteses totais apresentarem

Leia mais

ORIENTAÇÕES PARA COLETA E TRANSPORTE DE SECREÇÃO RESPIRATÓRIA - 2015

ORIENTAÇÕES PARA COLETA E TRANSPORTE DE SECREÇÃO RESPIRATÓRIA - 2015 Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul Instituto de Pesquisas Biológicas Laboratório Central de Saúde Pública- IPB-LACEN/RS SEÇÃO DE VIROLOGIA - LABORATÓRIO DE VÍRUS RESPIRATÓRIOS INVESTIGAÇÃO DA INFLUENZA

Leia mais

EDITAL DO VI ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E IV JORNADA INTEGRADA DE ODONTOLOGIA E MEDICINA (JIOME) DA UNINCOR, CAMPUS BELO HORIZONTE

EDITAL DO VI ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E IV JORNADA INTEGRADA DE ODONTOLOGIA E MEDICINA (JIOME) DA UNINCOR, CAMPUS BELO HORIZONTE UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO EDITAL DO VI ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E IV JORNADA INTEGRADA DE ODONTOLOGIA E MEDICINA (JIOME) DA UNINCOR, CAMPUS

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Tratamento endodôntico em Gato Doméstico (Felis Catus): Relato de caso Jaime Sardá Aramburú Junior 1, Cristiano Gomes 2, Ney Luis Pippi 3, Paulo

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

ETAPA 2 Figura 11 Efeito da lesão bilateral pré-teste de estriado dorsal no condicionamento clássico de medo ao som. (A) (B)

ETAPA 2 Figura 11 Efeito da lesão bilateral pré-teste de estriado dorsal no condicionamento clássico de medo ao som. (A) (B) ETAPA 2 Figura 11 Efeito da lesão bilateral pré-teste de estriado dorsal no condicionamento clássico de medo ao som. ED = estriado dorsal. (A) Tempo de congelamento por minuto (média + erro padrão) dos

Leia mais

RINOPLASTIA Cirurgia Plástica no Nariz

RINOPLASTIA Cirurgia Plástica no Nariz RINOPLASTIA Cirurgia Plástica no Nariz O que é a Rinoplastia? A rinoplastia, ou cirurgia do nariz, é um procedimento estético que corrige a forma e a funcionalidade do nariz, melhorando tanto o aspecto

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO

SISTEMA RESPIRATÓRIO ANATOMIA HUMANA I SISTEMA RESPIRATÓRIO Prof. Me. Fabio Milioni Roteiro Sistema Respiratório Conceito Função Divisão Estruturas Nariz Faringe Laringe Traquéia e Brônquios Pulmão Bronquíolos e Alvéolos 1

Leia mais

Fraturas do Terço Médio da Face

Fraturas do Terço Médio da Face Fraturas do Terço Médio da Face Epidemiologia: Pico de incidência entre 15 e 30 anos Homens correspondem a 60-80% As principais causas são acidente automobilístico, agressão, esportes radicais e quedas

Leia mais

INTRODUÇÃO À PATOLOGIA Profª. Thais de A. Almeida

INTRODUÇÃO À PATOLOGIA Profª. Thais de A. Almeida INTRODUÇÃO À PATOLOGIA Profª. Thais de A. Almeida DEFINIÇÃO: Pathos: doença Logos: estudo Estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos visando explicar os mecanismos

Leia mais

PlanetaBio Resolução de Vestibulares UFRJ 2006 www.planetabio.com

PlanetaBio Resolução de Vestibulares UFRJ 2006 www.planetabio.com 1-No processo evolutivo, centenas de espécies podem ser criadas em um tempo relativamente curto. Esse fenômeno é conhecido como radiação adaptativa. No grupo dos répteis, ocorreu uma grande radiação adaptativa

Leia mais

RLN (regional lymphnode linfonodo regional) 53-74%(tamanho não esta alterado). Pacientes com Mandubulectomia e Maxilectomia o MST é acima de um ano.

RLN (regional lymphnode linfonodo regional) 53-74%(tamanho não esta alterado). Pacientes com Mandubulectomia e Maxilectomia o MST é acima de um ano. Cirur.: Cirugia RLN:Regional Lynphonode/ Limfonodo regional Neoplasias Orais MST: Mean survive time/tempo médio de sobrevivência Leonel Rocha, DVM, MV DentalPet@gmail.com Melanoma maligno É o tumor oral

Leia mais

Estabelecer padrões para a realização de curativo nos diversos tipos de lesão ou ferida.

Estabelecer padrões para a realização de curativo nos diversos tipos de lesão ou ferida. 1/5 1. OBJETIVO Estabelecer padrões para a realização de curativo nos diversos tipos de lesão ou ferida. 2. DEFINIÇÃO E CONCEITO Curativo - Curativo ou penso é um material aplicado diretamente sobre feridas

Leia mais

ESTUDO RETROSPECTIVO DOS TUMORES MAMÁRIOS EM CANINOS E FELINOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA FAMED ENTRE 2003 A 2007.

ESTUDO RETROSPECTIVO DOS TUMORES MAMÁRIOS EM CANINOS E FELINOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA FAMED ENTRE 2003 A 2007. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA - ISSN 1679-7353 PUBLICAÇÃO CI ENTÍFICA DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DE GARÇA/FAMED ANO IV, NÚMERO, 08, JANEIRO DE 2007. PERIODICIDADE:

Leia mais

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo INTRODUÇÃO Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo Bursite do olécrano é a inflamação de uma pequena bolsa com líquido na ponta do cotovelo. Essa inflamação pode causar muitos problemas no cotovelo.

Leia mais

MANUAL DE COLETA DE AMOSTRAS

MANUAL DE COLETA DE AMOSTRAS MANUAL DE COLETA DE AMOSTRAS Rua: Victor Sopelsa, nº 3000 Bairro Salete E-mail: sac-lableite@uncnet.br Fone: (49) 3441-1086 Fax: (49) 3441-1084 Cep: 89.700-000 Concórdia Santa Catarina Responsável /Gerente

Leia mais

TECIDO CONJUNTIVO HISTOLOGIA

TECIDO CONJUNTIVO HISTOLOGIA TECIDO CONJUNTIVO HISTOLOGIA CARACTERÍSTICAS GERAIS: - Unem e sustentam outros tecidos - Não apresentam células justapostas - Possuem vários tipos de células - Possuem matriz intercelular material gelatinoso

Leia mais

II CONGRESSO INTERNACIONAL DE SAUDE DA UEM VI SEMINÁRIO CIENTÍFICO DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

II CONGRESSO INTERNACIONAL DE SAUDE DA UEM VI SEMINÁRIO CIENTÍFICO DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE II CONGRESSO INTERNACIONAL DE SAUDE DA UEM VI SEMINÁRIO CIENTÍFICO DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE TÍTULO: AVALIAÇÃO DA CELULARIDADE DE FERIDAS CUTÂNEAS TRATADAS COM AÇÚCAR ( SACAROSE ) E COMPOSTOS COM

Leia mais

FARINGE. Rinofaringe. Orofaringe. Hipofaringe. Esôfago. Laringe. Traquéia

FARINGE. Rinofaringe. Orofaringe. Hipofaringe. Esôfago. Laringe. Traquéia OROFARINGE Os tumores de cabeça e de pescoço totalizam 4,5% dos casos de diagnósticos de câncer. Uma importante fração dos tumores malignos da região da cabeça e pescoço se localiza primeiramente na orofaringe.

Leia mais

ASPECTO RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES DO PERIODONTO

ASPECTO RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES DO PERIODONTO ASPECTO RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES DO PERIODONTO ESTUDAR COM ATENÇÃO AMPLIAR AS IMAGENS PARA OBSERVAR OS DETALHES O periodonto (peri= em redor de; odontos = dente) compreende a gengiva, o ligamento periodontal,

Leia mais

ROTEIRO DE TÉCNICAS ANESTÉSICAS

ROTEIRO DE TÉCNICAS ANESTÉSICAS ROTEIRO DE TÉCNICAS ANESTÉSICAS Anestesia em anestésico o mais próximo possível do ápice do dente a ser anestesiado. Objetivo : Propiciar o conhecimento das técnicas anestésicas, principalmente as utilizadas

Leia mais

Cálculo de potência; Limites de confiança; Análise estatística (ANOVA).

Cálculo de potência; Limites de confiança; Análise estatística (ANOVA). CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO UNIFRA CURSO DE FARMÁCIA CONTROLE BIOLÓGICO DA QUALIDADE DE MEDICAMENTOS DELINEAMENTO: 3 x 3 3 doses do padrão Prof. Marcos R. dos Santos P2 A1 A3 A2 P1 A = amostra P=

Leia mais

LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ATENDIMENTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO HV/EVZ/UFG

LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ATENDIMENTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO HV/EVZ/UFG LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ATENDIMENTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO HV/EVZ/UFG BRAGATO, Nathália. 1 ; PÁDUA, Fernanda Maria Ozelim de 1 ; COSTA, Ana Paula Araújo.; SILVA,

Leia mais

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes Mecanismos da rejeição de transplantes Envolve várias reações de hipersensibilidade, tanto humoral quanto celular Habilidade cirúrgica dominada para vários

Leia mais

A- Estou sentindo as lentes confortáveis em meus olhos? B- Meus olhos estão claros e brilhantes como estavam antes de colocar as lentes?

A- Estou sentindo as lentes confortáveis em meus olhos? B- Meus olhos estão claros e brilhantes como estavam antes de colocar as lentes? COMO PREVENIR ACIDENTES COM LENTES DE CONTATO Por Luiz Alberto Perez Alves As lentes de contato modernas além de práticas são muito seguras, desde que você siga corretamente todas as orientações que seu

Leia mais

Dr. Felipe Groch CRO 101.353 Especialização em Implantes Dentários

Dr. Felipe Groch CRO 101.353 Especialização em Implantes Dentários Nosso consultório odontológico está equipado para oferecer ao produtor rural todos os tratamentos odontológicos disponíveis na atualidade. Segue abaixo uma discriminação detalhada de cada tratamento oferecido

Leia mais

Recebimento de pacientes na SRPA

Recebimento de pacientes na SRPA CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E Recebimento de pacientes na SRPA O circulante do CC conduz o paciente para a SRPA; 1.Após a chegada do paciente

Leia mais

Atividade de Guarda Responsável ( Cirurgia do Cachorro ) (Projeto Mini-hospital Veterinário UFPR)

Atividade de Guarda Responsável ( Cirurgia do Cachorro ) (Projeto Mini-hospital Veterinário UFPR) Atividade de Guarda Responsável ( Cirurgia do Cachorro ) (Projeto Mini-hospital Veterinário UFPR) Ana Bianca Ferreira Gusso 1, Bruna Natali da Costa 1, Simone Tostes de Oliveira Stedile 2 1 Graduandas

Leia mais

COTIP Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba (Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba)

COTIP Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba (Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba) 1 MOENDAS 1. Moendas Conjunto de 04 rolos de moenda dispostos de maneira a formar aberturas entre si, sendo que 03 rolos giram no sentido horário e apenas 01 no sentido antihorário. Sua função é forçar

Leia mais

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular Luxação da Articulação Acrômio Clavicular INTRODUÇÃO As Luxações do ombro são bem conhecidas especialmente durante a prática de alguns esportes. A maior incidencia de luxção do ombro são na verdade luxação

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS DE PALOTINA HOSPITAL VETERINÁRIO RELATÓRIO DE EXAME NECROSCÓPICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS DE PALOTINA HOSPITAL VETERINÁRIO RELATÓRIO DE EXAME NECROSCÓPICO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS DE PALOTINA HOSPITAL VETERINÁRIO RELATÓRIO DE EXAME NECROSCÓPICO Identificação do animal Nome/número RG do HV Espécie: Raça: Idade: Sexo: Peso: Cor: Data e hora do

Leia mais

Oxigenação tecidular Normotermia Antibioterapia profilática. Técnica cirúrgica Duração da cirurgia Hemorragia/Transfusão

Oxigenação tecidular Normotermia Antibioterapia profilática. Técnica cirúrgica Duração da cirurgia Hemorragia/Transfusão INFECÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO: DESTINO, AGOIRO?? José Polónia (CHP-HSA) HSA) Ignaz Semmelweis 1840 s Joseph Lister 1860 s William Halsted 1880 s John Burke 1960 s Oxigenação tecidular Normotermia Antibioterapia

Leia mais

RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ Ana Paula Sampaio Valera Damaris Lima de Oliveira.. RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Santo André Novembro/2011 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO

Leia mais

Qual o estado atual das reabilitações de maxilas atróficas com osseointegração?

Qual o estado atual das reabilitações de maxilas atróficas com osseointegração? Qual o estado atual das reabilitações de maxilas atróficas com osseointegração? Hugo Nary Filho responde O tratamento do edentulismo maxilar, com a utilização de implantes osseointegráveis, vem experimentando

Leia mais

MANTENEDORES DE ESPAÇO

MANTENEDORES DE ESPAÇO MANTENEDORES DE ESPAÇO Conceito São aparelhos ortodônticos usados para manter o espaço nas arcadas dentárias, por perda precoce de dentes decíduos. Classificação Quanto ao uso: fixos semifixos removíveis

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA CICATRICIAL À APLICAÇÃO TRANSDÉRMICA E INTRADÉRMICA DE SCAFFOLD

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA CICATRICIAL À APLICAÇÃO TRANSDÉRMICA E INTRADÉRMICA DE SCAFFOLD AVALIAÇÃO DA RESPOSTA CICATRICIAL À APLICAÇÃO TRANSDÉRMICA E INTRADÉRMICA DE SCAFFOLD A BASE DE AMIDO ADITIVADO EM FERIDAS CIRÚRGICAS DE Oryctolagus cuniculus Autores: Gisele SCHIOCHET¹, Débora Cristina

Leia mais

Observação com aumento total de 100x: Neste aumento poderemos observar os sistemas de Havers e os sistemas intermediários com facilidade.

Observação com aumento total de 100x: Neste aumento poderemos observar os sistemas de Havers e os sistemas intermediários com facilidade. 1. Tecido Ósseo Compacto desgastado Material: Diáfise de osso em corte transversal Técnica: Desgaste com a utilização de disco de Carborundum Observação com aumento total de 100x: Neste aumento poderemos

Leia mais

Para todos os casos! Implantes-ANKYLOS. Informação ao paciente. Degussa Dental

Para todos os casos! Implantes-ANKYLOS. Informação ao paciente. Degussa Dental Para todos os casos! Implantes-ANKYLOS Informação ao paciente Degussa Dental Fornecido pelo seu cirurgião-dentista: Prezado(a) paciente, Mais cedo ou mais tarde acontece com cada um de nós: os primeiros

Leia mais

PROCESSO SELETIVO EDITAL 23/2014

PROCESSO SELETIVO EDITAL 23/2014 PROCESSO SELETIVO EDITAL 23/2014 CARGO E UNIDADES: Odontólogo (Unidade Móvel) Atenção: NÃO ABRA este caderno antes do início da prova. Tempo total para resolução desta prova: 3 (três) horas. I N S T R

Leia mais

TRATAMENTO CONVENCIONAL ASSOCIADO À SUPLEMENTAÇÃO FITOTERÁPICA NA DERMATOFITOSE CANINA RELATO DE CASO CONRADO, N.S. 1

TRATAMENTO CONVENCIONAL ASSOCIADO À SUPLEMENTAÇÃO FITOTERÁPICA NA DERMATOFITOSE CANINA RELATO DE CASO CONRADO, N.S. 1 TRATAMENTO CONVENCIONAL ASSOCIADO À SUPLEMENTAÇÃO FITOTERÁPICA NA DERMATOFITOSE CANINA RELATO DE CASO CONRADO, N.S. 1 1 - Graduanda em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário de Rio Preto UNIRP

Leia mais

INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA MUSCULO-ESQUELÉTICA

INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA MUSCULO-ESQUELÉTICA INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA MUSCULO-ESQUELÉTICA Prof. Rodrigo Aguiar O sistema músculo-esquelético é formado por ossos, articulações, músculos, tendões, nervos periféricos e partes moles adjacentes. Em grande

Leia mais

EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA. 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo:

EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA. 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo: EXERCÄCIOS DE HISTOLOGIA 1- (PUC-2006) Associe o tipo de tecido animal Å sua correlaçéo: 1) Tecido Ñsseo compacto 2) Tecido Ñsseo esponjoso 3) Cartilagem hialina 4) Cartilagem elöstica 5) Cartilagem fibrosa

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Neoplasias de glândulas perianais em cães

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Neoplasias de glândulas perianais em cães PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Neoplasias de glândulas perianais em cães Ciro José Sousa de Carvalho 1, Sâmmya Roberta Barbosa 2, Francisco Assis Lima Costa 3, Silvana Maria Medeiros

Leia mais

JUN Revista Veja 2010

JUN Revista Veja 2010 2010 JUN Revista Veja 2010 JUN Revista Veja (continuação) 2010 JUN Revista Veja (continuação) Revista Muito - Salvador Revista Muito - Salvador (cont.) Revista Muito - Salvador (cont.) Revista Muito -

Leia mais

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0 EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0 1- Que órgão do sistema nervoso central controla nosso ritmo respiratório? Bulbo 2- Os alvéolos são formados por uma única camada de células muito finas. Explique como

Leia mais

RESPIRAÇÃO. Respiração é o mecanismo que permite aos seres vivos extrair a energia química nos alimentos.

RESPIRAÇÃO. Respiração é o mecanismo que permite aos seres vivos extrair a energia química nos alimentos. RESPIRAÇÃO Respiração é o mecanismo que permite aos seres vivos extrair a energia química nos alimentos. A respiração intracelular pode ser: Aeróbica: Ser vivo que depende do gás carbônico para obter energia

Leia mais

DEFEITOS PALATINOS CONGÊNITOS

DEFEITOS PALATINOS CONGÊNITOS UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇAO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU" EM CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS DEFEITOS PALATINOS

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

Princípios Gerais de Anatomia Veterinária

Princípios Gerais de Anatomia Veterinária Princípios Gerais de Anatomia Veterinária Profa Juliana Normando Pinheiro Morfofuncional I juliana.pinheiro@kroton.com.br DEFINIÇÃO A anatomia é a ciência que estuda o corpo animal no que se refere á sua

Leia mais

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Energia cinética das precipitações Na Figura 9 estão apresentadas as curvas de caracterização da energia cinética aplicada pelo simulador de chuvas e calculada para a chuva

Leia mais