INTOXICAÇÃO POR ENXOFRE EM RUMINANTES: Revisão de Literatura

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - EVZ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina SEMINÁRIOS APLICADOS INTOXICAÇÃO POR ENXOFRE EM RUMINANTES: Revisão de Literatura Jordanna de Almeida e Silva Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Jorge da Cunha GOIÂNIA 2012

2 ii JORDANNA DE ALMEIDA E SILVA INTOXICAÇÃO POR ENXOFRE EM RUMINANTES: Revisão de Literatura Seminário apresentado junto à disciplina Seminários Aplicados do Programa de Pós Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás. Nível: Mestrado Área de Concentração: Patologia, Clínica e Cirurgia Animal Linha de pesquisa: Alterações clínicas, metabólicas e toxêmicas dos animais e meios auxiliares de diagnóstico. Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Jorge da Cunha EVZ - UFG Comitê de orientação: Prof. Dr. Juliano José de R. Fernandes EVZ - UFG Dr. Victor R. M. Couto- Bolsista DTI CNPq EVZ -UFG GOIÂNIA 2012

3 iii SUMÁRIO 1 Introdução Revisão de Literatura Definição Causas de polioencefalomalacia em ruminantes... Erro! Indicador não definido. 3 Epidemiologia Surtos Surtos internacionais em bovinos Surtos nacionais em bovinos... Erro! Indicador não definido Surtos internacionais em ovinos... Erro! Indicador não definido Surto nacional em ovinos... Erro! Indicador não definido. 3.2 Intoxicações experimentais... Erro! Indicador não definido Intoxicações experimentais internacionais em bovinoserro! Indicador não definido Intoxicação experimental nacional em bovinos Intoxicações experimentais internacionais em ovinos Erro! Indicador não definido Intoxicação experimental nacional em ovinoserro! Indicador não definido. 4 Fisiopatogenia da toxicose induzida pelo enxofre Sinais Clínicos Diagnóstico Diagnóstico diferencial Hematologia Líquido cefalorraquidiano (LCR) Dosagem de gás sulfídrico ruminal Dosagens de enxofre na dieta Diagnóstico por imagem Achados de necropsia e de histopatologia Prognóstico Tratamento... Erro! Indicador não definido. 9 Controle e prevenção... 26

4 iv 10 Considerações finais REFERÊNCIAS... 28

5 1 Introdução O rebanho bovino brasileiro no ano de 2010 foi totalizado em milhões de cabeças, sendo que 34,6% desses animais estão na região Centro-Oeste (PPM 2010). O Brasil possui o segundo maior rebanho bovino do mundo e, desde 2004, assumiu a liderança nas exportações, com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países (MAPA, 2012). A caprinocultura e a ovinocultura têm se destacado no agronegócio brasileiro. A criação de caprinos, com rebanho estimado em 14 milhões de animais, distribuído em 436 mil estabelecimentos agropecuários, colocou o Brasil em 18º lugar no ranking mundial de exportações (MAPA, 2012). O rebanho nacional de ovinos foi estimado em aproximadamente ,581 milhões de cabeças, sendo que a região Centro-Oeste teve aumento de 12,4% em relação ao ano de 2009 (PPM 2010). Nota-se que o produtor vem se especializando e preenchendo uma lacuna no mercado brasileiro de expansão da produção de ovinos, principalmente do tipo corte. A saúde do rebanho é fundamental para que as perdas econômicas sejam minimizadas e que o produto chegue ao consumidor sem colocar em risco à saúde humana (CUNHA et al., 2010). A saúde animal, em uma visão ampliada, envolve questões relacionadas a enfermidades dos animais, saúde pública e controle dos riscos em toda a cadeia alimentar, assegurando assim a oferta de alimentos seguros e o bem estar animal (MAPA, 2012). No Brasil, os programas de controle das diversas enfermidades dos ruminantes vêm se aprimorando. Prova disso foi a reclassificação do Brasil quando ao risco de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), que passou de controlado para insignificante (OIE, 2012). Mediante a Portaria n 516, de nove de dezembro de 1997, a EEB, a scrapie e as demais doenças nervosas de caráter progressivo em ruminantes foram incorporadas ao sistema de vigilância da raiva dos herbívoros domésticos, sendo também de notificação obrigatória a ocorrência ou a suspeição dessas enfermidades (MAPA, 2012).

6 2 As enfermidades do sistema nervoso central (SNC) são frequentemente relatadas em bovinos no Brasil, sendo causa importante de mortalidade em rebanhos e de grandes prejuízos econômicos (GALIZA et al., 2010). Desde a descrição da EEB no Reino Unido (WELLS et al., 1987), relacionada posteriormente com uma variante da doença de Creutzfeldt-Jacob no homem (TREVITT & SINGH, 2003), o diagnóstico definitivo das enfermidades que acometem o SNC de bovinos tornou-se ainda mais importante com intuito de cumprir as exigências sanitárias internacionais (BARROS & MARQUES, 2003). A raiva é a enfermidade neurológica de maior importância no Brasil e por se tratar de uma zoonose, é importante que o diagnóstico diferencial seja realizado com outras enfermidades que cursam com sintomatologia neurológica. Assim, as encefalopatias nos bovinos causadas por intoxicação por enxofre, chumbo e cloreto de sódio, além das infecções virais (meningoencefalite herpética bovina e febre catarral maligna) e bacterianas (listeriose), devem ser incluídas no diagnóstico diferencial da raiva. A mesma conduta deve ser estabelecida para os pequenos ruminantes, considerando principalmente a scrapie e a cenurose. A semelhança clínica das encefalopatias especialmente associadas à PEM exige a utilização de exames ante mortem e post mortem para o estabelecimento do diagnóstico diferencial. Desta forma, optou-se em realizar uma revisão de literatura abordando aspectos epidemiológicos, etiopatogênicos e principais exames complementares que devem ser solicitados para o estabelecimento do diagnóstico diferencial e definitivo da toxicose por enxofre em ruminantes.

7 3 2 Revisão de Literatura 2.1 Definição e causas A intoxicação por enxofre é descrita como uma das causas de PEM em ruminantes, sendo que o referido termo indica um diagnóstico morfológico para necrose com amolecimento (malacia) da substância cinzenta (polio) do encéfalo. Além disso, é descrita como uma doença neurológica cerebrocortical degenerativa que atinge bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos (SANT ANA & BARROS, 2010; CUNHA et al., 2011). A PEM em ruminantes foi inicialmente atribuída somente à deficiência de tiamina (JENSEN et al.,1956) devido principalmente a resposta ao tratamento com a tiamina e à presença de tiaminases no rúmen dos animais afetados (GOULD, 2000). Anos após esse primeiro relato, outras causas de PEM foram observadas como a administração de análogos da tiamina, incluindo o amprólio (MARKSON et al., 1974), ingestão de melaço, provavelmente associada à intoxicação por enxofre (MELLA et al., 1976), intoxicação por sal associada à privação de água (LINDLEY, 1977), administração de anti-helmínticos como o tiabendazol (LINKLATER et al., 1977), a infecção por herpesvírus bovino (CARRILLO et al., 1983), intoxicação pela planta Phalaris spp. (ANDERTON et al., 1993), mudança brusca de pastos ruins para outros de boa qualidade (MORO et al., 1994), intoxicação por enxofre (GOULD, 2000) e por chumbo (LEMOS et al., 2004), e ingestão de plantas ricas em tiaminases (RAMOS et al., 2005). Os coprodutos de milho também são citados como desencadeadores de PEM. Durante a produção do etanol é necessário incrementar ácido sulfúrico para equilibrar o ph e manter a coloração característica durante o processo de destilação. Acredita-se que dessa forma, caso essa quantidade de ácido seja excessiva, os coprodutos poderão ser fontes contaminantes na alimentação dos ruminantes (ENSLEY, 2011).

8 4 2.2 Epidemiologia Surtos Surtos são relatados tanto em bovinos quanto em ovinos e, a partir deles, pode-se constatar que a intoxicação por enxofre ocorre por diferentes fontes e doses em ruminantes Intoxicação por enxofre em bovinos Natural RAISBECK (1982) analisou 72 rebanhos em um estudo retrospectivo. Animais desses rebanhos haviam sido necropsiados na Universidade de Missouri e tinham em comum o fornecimento na dieta de sais de sulfato ou gipso. Em 21 rebanhos que ingeriram rações com alta concentração de sulfato inorgânico (SO 4 ) como limitante de consumo, 18 (85,7%) foram diagnosticados com PEM. Por outro lado, nos outros 51 rebanhos que ingeriram dieta com níveis adequados de (SO 4 ) apenas em um foi diagnosticado PEM. HAMLEN et al. (1993) descreveram índice de mortalidade de 10% em um rebanho com 110 bovinos criados extensivamente. Os autores relataram que o surto ocorreu devido a ingestão de água com elevada quantidade de sulfato de sódio (7200 ppm). McALLISTER et al. (1997) realizaram estudo retrospectivo e avaliaram 14 animais com sinais agudos de PEM, 26 novilhos clinicamente normais e os registros de todos os bovinos diagnosticados com PEM mantidos em confinamento nos últimos seis anos anteriores a este estudo. Os pesquisadores concluíram que a água fornecida aos animais continha elevada quantidade de sulfato (2500 mg/l). Assim, correlacionaram que os casos de PEM foram

9 5 elevados quando os animais tiveram acesso a uma fonte de água com altas concentrações de enxofre. LONERAGAN et al. (1998) relataram óbito de 16 bovinos (10,7%) de um rebanho de 150 bezerros de corte recém desmamados e confinados. Análises de feno indicaram consumo excessivo de sulfato (9000 ppm de enxofre na matéria seca). HOOSER et al. (2000) relataram morte de 23 bovinos após adubação dos piquetes com esterco de suínos, que havia sido curtido sob piso ripado na propriedade. Após avaliações para diagnóstico diferencial os autores comprovaram que as mortes foram ocasionadas devido a toxicidade do gás sulfídrico (H 2 S) presente nos excrementos durante o processo de fermentação. NILES et al. (2000) descreveram três surtos em bezerros confinados que receberam farelo de glúten de milho e melaço como fonte de carboidrato de alta fermentação. No primeiro surto 11 de 150 bovinos morreram após ingestão de quantidade excessiva de glúten de milho (6800 ppm). No segundo surto 600 animais apresentaram sinais clínicos de PEM após a ingestão de glúten de milho (8200 ppm). O terceiro surto ocorreu em quatro animais após a ingestão de dieta com melaço rico em enxofre (8800 ppm). Nas três propriedades a PEM foi confirmada pelos elevados valores de enxofre na dieta e achados histopatológicos. HAYDOCK et al. (2003) relatam que após ingestão de água com altas concentrações de sulfato (3400ppm) dois bovinos vieram a óbito naturalmente. KUL et al. (2006) descreveram surto em duas fazendas após mudança brusca da dieta onde observaram óbito de 190 bezerros até oito meses de idade, 29 bovinos de corte e 77 vacas leiteiras. Após análise da dieta, comprovaram que a cevada de malte possuía 0,45% de enxofre e alguns animais apresentaram elevados valores de sulfeto de hidrogênio (H 2 S) ruminal (1.55 mg/dl). McKENZIE et al. (2009) relataram dois surtos de PEM. No primeiro, oito (40%) animais de um lote de 20 novilhas da raça Aberdeen Angus morreram enquanto pastavam em um piquete contendo 60% de Sisybrium irio e 40% de Capsella bursapastoris. No segundo surto, dois bovinos de um lote de 150 morreram após permanecer em pasto contendo exclusivamente Raphanus

10 6 raphanistrum. Os teores de enxofre na fonte de água e nas plantas foram estabelecidos, respectivamente, em 1,01% e 0,62% na matéria seca. TRAVERSO et al. (2001) descreveram surto de PEM por enxofre em dois bezerros (5,7%) de seis meses em uma propriedade com 35 vacas. Os animais recebiam silagem, pastagem e ração comercial. Além disso, foi informado pelo proprietário que o mesmo adicionava enxofre na alimentação duas vezes por semana em quantidade não especificada. A intenção era melhorar o desempenho dos animais e proteger do ataque de ectoparasitas. Ao exame histopatológico ficaram evidenciadas alterações sugestivas de PEM por enxofre. CUNHA et al. (2010) descreveram surto no Rio Grande do Sul onde em um lote de 30 bovinos Red Angus mantidos em piquete de azevém (Lolium multiflorum), seis (20%) animais morreram em um intervalo de 10 dias. Os bezerros ingeriram 0,38% de enxofre na dieta total e apresentaram valores de 1000 e 2500 ppm de gás sulfídrico ruminal quinze dias após o início da sintomatologia clínica Experimental MELLA et al. (1976) realizaram indução experimental em bovinos da raça holandesa, fornecendo dieta exclusiva de melaço e uréia. Os primeiros sinais neurológicos surgiram a partir do 16º dia. Ao final todos os animais foram eutanasiados e confirmaram por exames histopatológicos quadro de PEM. Esse pode ser considerado o primeiro relato sobre PEM ocasionada por enxofre, já que o melaço contém 0,45% de enxofre, teor considerado elevado para KLASING et al. (2005). GOONERATNE et al. (1989) desenvolveram um protocolo para monitorar os níveis de tiamina e de cobre sanguíneo e avaliar interações entre fatores nutricionais que poderiam favorecer a ocorrência da PEM. Os pesquisadores utilizaram dieta constituída por 0,38% de enxofre na matéria seca e premix com suplementação de macro e microminerais. No final do experimento os autores concluíram que o consumo elevado de enxofre associado a dieta pobre em macro e micromineirais, em especial o cobre, causaram depleção da tiamina no sangue.

11 7 SAGER et al. (1990) induziram PEM por enxofre em bezerros fornecendo ração com carboidrato de alta fermentação, baixa quantidade de fibra e aproximadamente 0,26% de enxofre na matéria seca. Duas rações foram formuladas, sendo uma com níveis normais e outra com baixos teores de cobre. Ambas induziram PEM, porém nos animais suplementados com dieta rica em enxofre foram detectadas elevadas concentrações de sulfeto ruminal e da tiamina plasmática e ruminal. GOULD et al. (1991) utilizaram nove novilhos para ensaio experimental com uma dieta contendo elevados níveis de enxofre, sendo que cinco (55,6%) desenvolveram PEM. Os valores de tiamina estavam dentro dos limites de referência, enquanto que os valores de H 2 S ruminal tiveram aumento progressivo conforme a inclusão da dieta na alimentação. GOULD et al. (1997) induziram PEM em oito novilhos divididos em dois grupos, sendo que na dieta dos animais do controle não havia adição de sulfato de sódio (Na 2 SO 4 ) e na do grupo tratado havia 1,8% de Na 2 SO 4. Três (75%) de quatro bovinos do grupo tratado desenvolveram quadro clínico neurológico a partir do nono dia. Observaram correlação positiva entre altos valores de H 2 S ruminal e sinais clínicos de PEM. LONERAGAN et al. (2001) forneceram para novilhas confinadas água com cinco diferentes teores de enxofre (125, 250, 500, e mg/l) com a finalidade de avaliar o desempenho, consumo de água e características de carcaça. O aumento da concentração de enxofre na água reduziu de forma significativa o ganho de peso diário, consumo de matéria seca, peso final e o rendimento de carcaça. NILES et al. (2002) utilizaram 14 novilhas para avaliar o efeito de três diferentes concentrações de enxofre da dieta. A alimentação fornecida era constituída por 30% de casca de algodão e 70% de farelo de glúten de milho. O sulfato de sódio foi escolhido como fonte de enxofre na dieta e estabeleceram os seguintes grupos experimentais: nível moderado (3.860 ppm de enxofre), moderadamente alto (5.540 ppm de enxofre) e alto (7.010 ppm de enxofre). Sinais clínicos foram observados nos grupos classificados como moderadamente alto. Em todos os bovinos, inclusive no grupo sem sinais clínicos, foram observadas lesões microscópicas compatíveis de PEM.

12 8 LONERAGAN et al. (2005) acrescentaram sulfato na fonte hídrica oferecida a novilhas confinadas em três diferentes concentrações: 125, 500 e mg/l. Durante período experimental observaram aumento da produção de gás sulfídrico, que foi associado com maior ocorrência de PEM. Uma novilha do grupo experimental que recebia 2000 mg/l de sulfato apresentou, ao décimo sétimo dia de confinamento cegueira e ataxia. A dosagem de H 2 S ruminal realizada alguns dias antes indicou valor de ppm. O animal respondeu bem ao tratamento com 30mg de dexametasona, por via intramuscular, e 2g de tiamina pela via intravenosa por uma semana. Ao final do período experimental de 113 dias, a novilha foi eutanasiada e foram observadas alterações macroscópicas e histopatológicas compatíveis com PEM. DREWNOSKI et al. (2012) utilizaram 16 novilhos divididos em dois grupos. Controle recebeu dieta com 0,24% de enxofre e o tratado com 0,68% de enxofre em pellets. Os pesquisadores observaram aumento nos níveis de H 2 S ruminal (>4000mg/l) a partir do 14º dia no grupo tratado. Apenas um animal apresentou, ao décimo sétimo dia, inapetência e cegueira e mg/L de H 2 S ruminal. CUNHA et al. (2008) inocularam, por via nasoesófagica, 0,7% de enxofre na dieta, em dois bovinos da raça Nelore. A fonte utilizada para um animal foi fertilizante de sulfato de amônio (grupo 1) e para o outro sulfato de amônio PA (grupo 2). O bovino do grupo 1 apresentou sinais clínicos cinco dias após o início do experimento e o animal do grupo 2 ao sexto dia. Ambos foram eutanasiados ao oitavo dia. Valores elevados de gás sulfídrico foram encontrados nos dois animais sendo 4800 ppm e 1660, respectivamente. O protocolo gerou alterações compatíveis com toxicose por enxofre no sistema nervoso, respiratório e digestório dos animais. CUNHA et al. (2011) induziram protocolo experimental utilizando dez bezerros mestiços leiteiros, utilizando quatro suplementados com ração sem sulfato de sódio (Grupo 1) e seis recebendo ração com sulfato de sódio (Grupo 2), sendo que no G2 era adicionado diariamente 0,52% de enxofre na matéria seca. Um animal (grupo 2) morreu espontaneamente cerca de 7 dias após o fornecimento da ração e de 10 horas após o início dos sinais clínicos. No histopatológico foram observadas lesões microscópicas características de PEM.

13 9 Ao final do período experimental quatro animais, dois de cada grupo, foram eutanasiados. Alterações histológicas sugestivas de PEM foram identificadas em animais que não apresentam alterações neurológicas, porém apresentaram elevados valores de sulfeto de hidrogênio ruminal Intoxicação por enxofre em ovinos Natural JEFREY et al. (1994) relataram um surto de PEM em 25 (21%) de 120 ovinos sendo que nove (36%) desses 25 animais morreram. O surto foi associado à ingestão de ração contendo sulfato de amônio, que foi inserido na dieta em substituição ao bicarbonato de amônio na tentativa de diminuir os custos da produção. BULGIN et al. (1996) relataram que em um rebanho de ovelhas, 206 morreram nas primeiras 24 horas e outras duas entre dois e 30 dias após serem colocadas em uma pastagem de alfafa. Após investigação descobriram que a pastagem havia sido aspergida para correção de ph, com uma solução aquosa com 35% enxofre, 16 horas antes dos animais serem colocados para pastejo. LOW et al. (1996) descreveram que em um lote com 71, 21 ovinos (29,6%) apresentaram sinais clínicos de PEM e nove (42,9%) morreram após a introdução de uma ração peletizada com 0,43% de enxofre na matéria seca da dieta. Os ovinos adoeceram entre o 12º e o 32º dias após consumo da dieta. Após esse período, suspendeu-se o fornecimento da ração e mais nenhum animal adoeceu. LIMA et al. (2005) em seu estudo retrospectivo e epidemiológico na Clínica de Ruminantes e no Laboratório de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, Paraíba, relataram três surtos de PEM em ovinos e sete em caprinos. Nove surtos tiveram sua etiopatogenia desconhecida, porém um desses foi relacionado aos altos níveis de enxofre na dieta onde a mistura múltipla era à base de 1,3% de flor de enxofre (96% de enxofre) e 30% de cama de frango (0,39% de enxofre). Concluíram que é

14 10 importante reavaliar a quantidade de enxofre nos suplementos fornecidos aos animais.

15 Experimental GOONERATNE et al. (1989) utilizaram seis cordeiros, divididos em dois grupos de três animais. O grupo GI recebeu dieta à base de alfafa, cevada e soja contendo 0,63% de enxofre e suplementação de 13,7mg/kg de tiamina. O grupo GII recebeu mesma dieta, porém sem adição de tiamina. Foram identificados sinais clínicos sugestivos de PEM nos ovinos do grupo GI entre 14 e 21 dias de experimento. Os exames histopatológicos confirmaram a indução da PEM. ROUSSEAUX et al. (1991) utilizaram 56 ovinos divididos em quatro grupos (G). No grupo G1 nove animais receberam dieta com nível adequado de enxofre e baixa quantidade de tiamina. No grupo G2 nove ovinos consumiram nível adequado de enxofre e foram suplementados com tiamina (243mg/kg de ração). No grupo G3 22 ovinos receberam dieta com alto teor de enxofre (0,63% na MS) e baixa quantidade de tiamina. No grupo G4 16 animais ingeriram dieta com alto teor de enxofre (0,63% na MS) e foram suplementados com tiamina (243mg/Kg de ração). Apenas sete animais do grupo G3 apresentaram sintomatologia nervosa, sendo que cinco (71,4%) morreram e dois se recuperaram. Ao exame necroscópico 12 dos 22 ovinos deste grupo apresentaram alterações macroscópicas e histopatológicas compatíveis com PEM. No G4 apesar de nenhum animal ter apresentado quadro clínico de PEM, foram observadas, em oito ovinos (50%), lesões histopatológicas semelhantes às encontradas nos animais do G3. McALLISTER et al. (1992) administraram solução de hidrosulfeto de sódio por via esofágica, com intervalo de 20 minutos e por um período de 40 a 120 minutos, em quatro de 10 cordeiros. Todos os animais apresentaram sinais de amaurose e convulsões, e evoluíram ao óbito entre 75 minutos e quatro dias após a intoxicação, porém somente em quatro ovinos os achados de necropsia foram compatíveis com PEM. KRASICKA et al. (1999) induziram PEM em dez cordeiros divididos em dois grupos, sendo que o G1 continha cinco animais confinados que receberam dieta com 0,8% de sulfato de sódio e o G2 cinco cordeiros que ingeriram dieta

16 12 com 0,2% do mesmo composto. No G1 os sinais clínicos agudos surgiram a partir da 12ª semana de experimento e todos desenvolveram PEM. NEVILLE et al. (2010) utilizaram 240 ovinos divididos em quatro grupos de 60 animais. O grupo controle recebeu dieta com 0,73% enxofre; o grupo G2, 0,73% de enxofre e 50 mg/animal/dia de tiamina;o grupo G3 0,73% de enxofre e 100 mg/animal/dia de tiamina; e o grupo G4 0,73% de enxofre e 150 mg/animal/dia de tiamina. O experimento durou 110 dias e nenhum dos animais apresentou sinais clínicos. Em um segundo estudo, NEVILLE et al. (2010) utilizaram 55 animais divididos em cinco grupos, sendo que quatro grupos receberam tratamentos iguais ao do primeiro estudo e o grupo G5 recebeu dieta com 0,87% de enxofre suplementados com 150 mg/animal/dia de tiamina. O experimento durou 112 dias, nenhum animal desenvolveu PEM ou apresentou alterações histopatológicas do encéfalo. DELFIOL (2012) induziu intoxicação por enxofre em ovinos utilizando 18 animais divididos em três grupos: o grupo G1(controle), recebeu dieta com 0,2% de enxofre, enquanto os grupos G2 e G3 receberam, respectivamente, 0,9% e 1,2% de enxofre na matéria. Após 111 dias de experimento e depois de serem anestesiados para realização de tomografia computadorizada do encéfalo, os animais foram eutanasiados. Apesar de detectarem elevados valores de H 2 S ruminal, os animais foram assintomáticos e no histopatológico não foram observadas lesões compatíveis com PEM.

17 Fisiopatogenia da toxicose induzida pelo enxofre O enxofre é um elemento químico essencial para todos os organismos vivos, sendo importante na composição de aminoácidos como a cisteína, metionina, homocisteína e taurina e de vitaminas como a biotina e a tiamina. Na nutrição de ruminantes esses compostos são essenciais no crescimento adequado dos microrganismos do rúmen (ORTOLANI, 2001). A disponibilidade de fonte de enxofre deve estar associada a fatores como a disponibilidade de enxofre no solo, e a manutenção da relação nitrogênio: enxofre na dieta para garantir a síntese microbiana e o valor nutritivo do alimento (PERIPOLLI et al., 2012). Para bovinos, a necessidade de ingestão segura de enxofre descrita pelo NRC (2005) é de 0,15%, enquanto que para ovinos recomenda-se níveis de 0,15 a 0,26%, ambos em relação à matéria seca da dieta. Níveis adequados de enxofre na dieta devem ser obedecidos porque uma quantidade inadequada na dieta pode prejudicar o suprimento de aminoácidos para o metabolismo dos tecidos, prejudicar o metabolismo da microbiota ruminal e reduzir a digestão de carboidratos (CUNHA et al., 2011). No ciclo biológico do enxofre, este composto pode ser oxidado para sulfato ou reduzido para sulfeto, sendo que na oxidação para sulfato dois tipos de bactérias estão envolvidas, as assimilatórias e as dissimilatórias. Enquanto as assimilatórias reduzem o enxofre na tentativa de formar aminoácidos que contenham enxofre, as dissimilatórias usam o enxofre como receptor de elétrons e produzem sulfeto de hidrogênio (H 2 S) como produto metabólico final. Assim, de acordo com GOULD (2000), uma capacidade assimilatória insuficiente ou a predominância de bactérias dissimilatórias levam a produção e ao acúmulo excessivo de H 2 S no rúmen. As principais bactérias assimilatórias são Veillonella, Megasphaera, Wolinella, Selenomonas, Anaerovibrio, e Clostridium spp. Essas bactérias possuem cisteína desulfurase, uma enzima capaz de metabolizar proteínas que contêm enxofre para a produção de aminoácidos (ENSLEY, 2011).

18 14 As bactérias dissimilatórias incluem as do gênero Desulfovibrio e Desulfotomaculum, responsáveis pela produção de H 2 S ruminal. Estas bactérias são as responsáveis pela degradação do H 2 S ruminal, que será posteriormente eructado, utilizado na síntese de proteína microbiana ou absorvido. Após a absorção, o sulfeto de hidrogênio ruminal será oxidado em sulfato no fígado e distribuído para fluidos extracelulares. Já o sulfato é reciclado diretamente no intestino grosso ou no rúmen (ENSLEY 2011). O H 2 S ruminal quando absorvido pela corrente sanguínea na parede do rúmen inibe a função da anidrase carbônica, dopa oxidase, catalase, peroxidase, desidrogenase e dipeptidase (BULGIN 1996; CUNHA et al., 2011). Assim, o metabolismo oxidativo e a produção de ATP oxidase são afetados negativamente (BEAUCHAMP et al., 1984). Os neurônios são altamente dependentes da produção eficiente de ATP e quando ocorre diminuição na produção deste composto observa-se necrose da substância cinzenta cerebral (McALLISTER et al., 1997). O sulfeto reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio de duas formas, bloqueando a ação da enzima C oxidase e/ou se ligando a hemoglobina e formando a sulfa-hemoglobina. Além disso, o sulfeto também tem um efeito paralisante sobre o corpo carotídeo e, portanto, também pode inibir a respiração normal (BULGIN et al., 1996). Quando eructado, acredita-se que até 60% do H 2 S ruminal possa ser inalado e absorvido pelo trato respiratório (BULGIN et al., 1996). Inalação do H 2 S juntamente com sua absorção na parede do rúmen pela corrente sanguínea tem sido citada como uma das causas de PEM. Já o alto consumo de enxofre prejudica os ruminantes, acarretando aumento da capacidade dos microrganismos ruminais em produzir H 2 S, um gás tóxico que está relacionado com a patogenia da PEM (CUMMINGS et al., 1995; DELFIOL, 2012). Essa inalação pode ocasionar lesão no tecido pulmonar, predispondo o animal a infecções virais e bacterianas secundárias, o que gera queda de desempenho e até mesmo a morte do animal (KUNG JR 2008). As lesões no trato digestivo ocorrem a partir do momento que o gás de dióxido de enxofre se dissolve com líquidos presentes e produz gases sulfurosos, causando os quadros de enterite (KANDYLIS, 1984).

19 15 A utilização de zinco, cobre, ferro e molibdênio podem interferir na produção patológica do gás sulfídrico ruminal (CUNHA et al., 2011; DELFIOL, 2012). É conhecido que molibdênio, cobre e enxofre se combinam, formando o cobre-tiomolibdato, que é insolúvel (BURGUESS, 2008), enquanto que cobre, zinco e ferro formam sal insolúvel com o sulfeto. McDOWELL (1992) demonstraram que dietas com elevada concentração de molibdênio diminuíram o acúmulo de cobre hepático e que os sulfatos inorgânicos possuem efeito antagonista aos elementos cobre e molibdênio. A interação do enxofre com o molibdênio causa queda nos níveis de cobre, o que tem impacto direto sobre a diminuição dos animais em apresentar resposta a infecções virais (ARTHINGTON et al., 2002). Em casos de toxicose por enxofre é descrito que ocorre formação de tiosulfato, um metabólito originado da oxidação do sulfeto, sendo que a melhor forma de encontrar esse metabólito é por meio de sua dosagem na urina (DREWNOSKI et al., 2012).

20 Sinais Clínicos As alterações clínicas observadas nos surtos ou nas intoxicações experimentais por enxofre são semelhantes (CUNHA et al., 2011). Porém, quando a causa é o excesso de enxofre dietético, o início dos sinais clínicos geralmente coincide com a produção excessiva de H 2 S ruminal no fluido e na camada gasosa do rúmen (GOULD et al., 1997). Quadros de enterite e cólicas abdominais são observadas nas intoxicações por enxofre. GUNN et al. (1987) afirmaram que as anormalidades do trato gastrointestinal, como enterites, são observadas clinicamente, além de alterações necroscópicas ocasionadas pela ação tóxica do sulfeto de hidrogênio. WHITE (1964) também relatou enterite devido à intoxicação por enxofre em ovinos. Vale ressaltar que o sulfato de sódio, quando ingerido em excesso possui ação laxativa, o que pode desencadear quadros de diarreia. Os problemas do trato respiratório estão envolvidos devido à exposição ao H 2 S ruminal. Em longo prazo, baixos níveis de H 2 S podem causar problemas respiratórios crônicos e irritação ocular. Concentrações elevadas de ppm podem causar paralisia respiratória e levar a morte dentro de poucos minutos. Em concentrações acima de ppm, o H 2 S apresenta efeito direto sobre o centro respiratório, causando paralisia geralmente irreversível, seguida de convulsões generalizadas e morte (KUNG JR, 1998). GOULD (2000), RADOSTITIS et al. (2007) e DELFIOL (2012) citaram como sinal clínico a identificação do odor de ovo em putrefação exalado por animais intoxicados. Esse fato ocorre devido à produção excessiva de H 2 S. A PEM pode se apresentar de forma aguda ou subaguda. Na forma aguda observa-se decúbito, depressão, ranger de dentes, episódios de convulsões tônicoclônicos, pressão da cabeça em objetos, cegueira, opistótono, andar em círculos, incoordenação e ataxia. Os animais acometidos podem apresentar um ou vários sinais clínicos concomitantemente e seu quadro pode evoluir para estado comatoso ou o mesmo pode ser encontrado morto (ROUSSEAUX et al., 1991; McALLISTER et al., 1992; JEFFREY et al., 1994;

21 17 ALVES DE OLIVEIRA et al., 1996; LOW et al., 1996; SANT ANA et al., 2009; SANT ANA & BARROS, 2010; CUNHA et al., 2011; DELFIOL, 2012). Na forma subaguda o curso clínico inicia-se horas após a exposição do animal ao excesso de enxofre ou após alguns dias. Os principais sinais relatados foram isolamento do rebanho, movimentos involuntários das orelhas, tremores musculares, desvios da cabeça, incoordenação, compressão da cabeça contra obstáculos, estrabismo dorso medial, cegueira, opistótono e disfagia. A maioria dos animais responde de forma favorável à terapia quando apresentam esta forma clínica (OLKOWSKI, 1992; GOULD, 2000; RADOSTITIS et al., 2007; BURGESS, 2008; SANT ANA & BARROS 2010; CUNHA et al., 2011; DELFIOL, 2012). Muitas vezes, na PEM por enxofre os animais podem estar acometidos, mas não apresentam sintomatologia clínica. Assim, nota-se que os danos no cérebro nem sempre se manifestam com efeitos funcionais (OLKOWSKI et al., 1992; DELFIOL, 2012).

22 Diagnóstico Diagnóstico diferencial As síndromes cerebrocorticais em bovinos, independente da etiologia, cursam com sinais semelhantes. Desta forma, para o estabelecimento do diagnóstico definitivo é importante realizar exames ante e post mortem (CUNHA et al., 2010). O diagnóstico diferencial da PEM ocasionada pelo consumo excessivo de enxofre deve incluir as demais causas de polioencefalomalácia, assim como outras enfermidades que causam sinais encefálicos, como a listeriose e a raiva (SANT ANA et al., 2009; CUNHA et al., 2011) Exames hematológico OLKOWSKI (1992) e RADOSTITIS et al. (2007) não observaram alterações nos hemogramas de animais que sofrem de PEM por toxicose de enxofre. CUNHA et al. (2011) avaliaram bovinos que receberam dieta com altos níveis de enxofre (0,51%) e conseguiram reproduzir PEM, mas também não encontraram alterações significativas relacionadas ao hemograma dos animais. Dosagens de tiamina sérica podem ser realizadas pelo método fluorimétrico no sangue e no fluido ruminal, porém, sabe-se que as atividades da trancetolase sanguínea e das tiaminases podem ser alteradas de forma inespecífica e em condições diversas além da PEM. Dessa forma, não é um exame específico para casos de PEM por enxofre (LOEW et al., 1969). O sulfeto absorvido pode converter a hemoglobina em sulfahemoglobina, que não é capaz de fazer o transporte de oxigênio. DRABKIN & AUSTIN (1935) foram pioneiros na dosagem quantitativa de sulfa-hemoglobina em cão. DREWNOSKI et al. (2012) em experimento com ruminantes dosaram sulfa-hemoglobina e encontraram aumento dos valores do grupo alimentado com

23 19 sulfato em doses elevadas em relação ao grupo controle. Porém, mesmo com essa elevação os níveis não foram suficientes para gerar quadro de PEM. BARRETO JÚNIOR (2008) afirmou que quanto maior a ingestão dietética de enxofre, maior a concentração de sulfato inorgânico no sangue. ORTOLANI et al. (2001) realizaram dosagem de sulfato inorgânico no sangue de 14 garrotes pela técnica turbidimétrica descrita por KRIJGSHELD et al. (1979). Os autores não observaram diferença entre os valores dosados no soro e no plasma e recomendaram que a técnica seja utilizada para monitorar os níveis de enxofre nos animais Líquido cefalorraquidiano (LCR) A análise do LCR é primordial para detectar componentes inflamatórios e até mesmo definir a etiologia da enfermidade do SNC, a exemplo do que ocorre nos casos de raiva, listeriose e meningites bacterianas (SCOTT, 2010). Nos casos de PEM por enxofre, a avaliação do LCR pode apresentar aumento marginal na contagem de células e na concentração das proteínas (SCOTT, 1992; CEBRA & CEBRA, 2004). LONERAGAN et al. (1998) detectaram aumento da concentração das proteínas (149mg/dL) e discreta pleocitose (12 leucócitos/μl) no LCR de um bovino que apresentava sintomatologia clínica. CUNHA et al. (2011) não observaram alterações nos parâmetros do LCR de bovinos intoxicados experimentalmente com enxofre. Em contrapartida, LISBÔA et al. (2009) identificaram no LCR de bovinos com meningoencefalite herpética, infectados naturalmente ou experimentalmente, pleocitose com predomínio de linfócitos. CUNHA et al. (2011) também encontraram no LCR de um bovino confinado com suspeita de meningoencefalite herpética por BoHV-5, pleocitose mononuclear com predomínio de linfócitos. Nessa mesma amostra foi realizada a reação em cadeia da polimerase (PCR) e detectaram a presença do DNA do herpesvírus bovino tipo 5. Para confirmar o diagnóstico o isolamento viral associado a técnicas de imunoistoquímica e a PCR, são ferramentas diagnósticas úteis que permitem o

24 20 diagnóstico da PEM por BoHV-5 (CAGNINI 2011) sendo importante para diferenciar de outras encefalopatias. Quanto aos pequenos ruminantes, TEOFILO et al. (2010) retaram que o LCR de animais acometidos com listeriose apresentam elevação dos valores de proteína e aumento na contagem de células (maior que 12 células mononucleares por microlito). Enquanto que em outras meningites bacterianas, SCOTT (2010) observou aumento de proteínas e na contagem total de células, evidenciando aumento de neutrófilos Dosagem de gás sulfídrico ruminal A dosagem de gás sulfídrico (H 2 S) ruminal é um método semiquantitativo desenvolvido por GOULD et al. (1997), que utiliza tubos colorimétricos e sua maior vantagem, além da facilidade, é que disponibiliza rapidamente os valores do H 2 S ruminal. O método consiste na punção do gás ruminal através do ponto médio da região mais dorsal da fossa paralombar esquerda com um cateter de 14G, sem a cânula de teflon, encaixado a um equipo médico de 13 a 15 cm sem o gotejador. Esse equipo se acopla a um tubo colorimétrico de dosagem de gás sulfídrico previamente acoplado a uma bomba de vácuo manual específica para essa finalidade. Os tubos colorimétricos são comercializados em diversas graduações, mas todos contêm o corante nitrato de prata que, ao entrar em contato com o gás sulfídrico, cora-se de preto, facilitando a leitura e estabelecendo a concentração do gás sulfídrico ruminal (CUNHA et al., 2011). A leitura é expressa em ppm e obtida após aspiração de 50 a 300ml de gás, de acordo com o manual do fabricante da bomba de vácuo. Padroniza-se 100mL de gás para valores entre 25 e ppm e entre e ppm de sulfeto de hidrogênio com tempo de amostragem de 1,5 minutos (CUNHA et al., 2011). Para GOULD et al. (1997), leituras de H 2 S acima de 500ppm são consideradas tóxicas para bovinos confinados. CUNHA et al. (2009) encontraram valores máximos de 100ppm de H 2 S ruminal em bovinos nelores saudáveis

25 21 criados em sistema extensivo. Para ovinos ainda não foi estabelecido o limite tolerável de H 2 S ruminal, porém mesma metodologia foi utilizada por NEVILLE et al. (2010) e DELFIOL (2012), para detectar animais ingerindo dieta com alto teor de enxofre. Para a correta interpretação dos resultados dessa técnica é importante que seja realizado a dosagem em animais clinicamente normais que estejam recebendo a mesma dieta, já que animais enfermos podem apresentar valores baixos de H 2 S ruminal, devido o quadro de anorexia (CUNHA et al., 2011) Dosagens de enxofre na dieta Uma das formas de diagnóstico da quantidade de enxofre que os animais estão recebendo é por meio da determinação desse elemento na água, na pastagem, na ração e na mistura mineral. Isso porque o enxofre é encontrado no feno, milho, cana de açúcar, beterraba e agentes acidificantes utilizados no processamento de melaço, dos subprodutos do milho e em fertilizantes (BURGESS, 2008; CUNHA et al., 2011; ENSLEY, 2011; DELFIOL, 2012). É recomendado pelo NRC (2005) que na matéria seca da dieta de ovinos os níveis de enxofre não ultrapassem 0,14 a 0,26 %, sendo o limite máximo de 0,4%. Entretanto, para bovinos KANDYLIS (1984) e OLKOWSKI (1992) consideram que animais que ingerem dietas entre 0,3% e 0,4% de enxofre correm o risco de intoxicação. CEBRA & CEBRA (2004) e MORGAN (2011) recomendam que as concentrações de enxofre não devam ultrapassar ppm na água e ppm na dieta.

26 Diagnóstico por imagem Experimentalmente há relatos da utilização de exames complementares de diagnóstico por imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Mesmo sendo técnicas de alto custo quando se leva em consideração os animais de produção, essas demonstraram ser eficientes (DELFIOL, 2012). TSUKA et al. (2008) conseguiram detectar alterações no córtex cerebral de um bovino de dois meses de idade utilizando a ressonância magnética. As lesões entre os hemisférios eram relativamente simétricas e nenhuma alteração foi encontrada no lobo frontal. Posteriormente o exame histopatológico auxiliou na confirmação do diagnóstico de PEM por deficiência de tiamina. Em pequenos ruminantes, a Tomografia Computadorizada mostrou-se precisa para avaliar o tamanho e a localização dos cistos cerebrais em ovinos com cenurose (GONZALO ORDEN et al. 1999). Dessa forma essa técnica pode ser utilizada associada à conduta clínica. DELFIOL (2012) realizou avaliação cerebral através de tomografia computadorizada em ovinos que receberam dieta com níveis elevados de enxofre, porém não observou nenhuma lesão Achados anatomopatológicos As doenças do SNC frequentemente não apresentam lesões óbvias à necropsia. A coleta não criteriosa de amostras de encéfalo pode dificultar o exame neuropatológico no laboratório. O material para exames virológicos e bacteriológicos deve ser colhido antes da fixação do encéfalo. Por outro lado, o congelamento torna o encéfalo inadequado para o exame histológico. Como muitos casos necessitam da realização dos três tipos de exame, um meio-termo deve ser alcançado (RIET-CORREA et al., 2002). Dependendo da duração e severidade do quadro clínico, os achados de necropsia podem ou não ser identificados. Em evoluções agudas, muitas

27 23 vezes as lesões macroscópicas não são evidenciadas ou embora possíveis, acabam sendo negligenciadas (RISSI et al., 2007; SANT ANA et al., 2009). Na PEM por enxofre os principais achados macroscópicos são semelhantes aos de outras causas e são relacionados a lesões pelo edema, como herniação do bulbo e do cerebelo no sentido do forame magno, e insinuação caudal do telencéfalo ocipital no tentório do cerebelo. Alterações como achatamento das circunvoluções cerebrais, áreas amareladas, amolecidas, gelatinosas e deprimidas, hemorragias meníngeas e subcorticais, ou até mesmo cavitações preenchidas por líquido amarelo podem ser observadas em casos mais avançados da doença (MORO et al., 1994; SANT ANA et al., 2009). A fluorescência em lâmpada de 365nm pode ser observada no encéfalo, devido a presença de material semelhante a colágeno de alto peso molecular ou de metabólitos lipídicos, principalmente em casos crônicos da doença (SANT ANA et al., 2009; DELFIOL 2012). Os achados histopatológicos na PEM por toxicose por enxofre estão relacionados a alterações de espongiose e necrose neuronal nas estruturas mais profundas do encéfalo, como mesencéfalo, tálamo, núcleos basais e hipocampo (SANT ANA et al., 2009). Degeneração de veias e vênulas e necrose fibrinóide de pequenas arteríolas são encontradas e responsáveis por hemorragias focais no tálamo e mesencéfalo (HAMLEN et al., 1993). LONERAGAN et al. (1998), LIMA et al. (2005) e SANT ANA et al. (2009) mencionaram que a presença dessas lesões profundas podem diferenciar a intoxicação por enxofre, da PEM associada à tiamina, já que nesta não ocorrem lesões profundas. Em casos crônicos ou subagudos podem ser encontradas células de gitter e até mesmo ocorrer o desaparecimento segmentar do córtex telencefálico frontal, devido a formação de área cística entre as leptomeninges e a substância branca (RISSI et al., 2006). Porém, esse achado também pode ser encontrado nas PEM causadas por BoHV-5 em estágio avançado. Na PEM por BoHV-5 as lesões são mais acentuadas e encontradas nas partes rostrais do encéfalo. Em ordem decrescente, as lesões ocorrem principalmente na região cortical dos lobos frontais, tálamo, córtex occipital, bulbo, cerebelo e hipocampo. Além disso, apresenta aspecto de meningoencefalite não supurativa necrosante, infiltrado perivascular linfoplasmocitário, gliose difusa ou

28 24 focal e lesões residuais, como poucas células da glia e estruturas vasculares. A presença de corpúsculos de inclusão intranucleares (ICT) é considerada como achado característico de herpesvírus, mas nem todos os trabalhos relatam sua presença (RISSI et al., 2006; SANT ANA et al., 2009; CUNHA et al., 2011). Nas PEM causadas por intoxicações por chumbo os achados podem estar presentes ou não, e ainda ser semelhantes aos de outras causas. Porém, nota-se que as áreas de malácia ocorrem preferencialmente no topo dos giros cerebrais (LEMOS et al., 2005). Nos rins são geralmente encontrados corpúsculos de inclusões eosinofílicos intranucleares álcool-ácido dependentes. A dosagem de chumbo deve ser realizada no fígado e rins para a conclusão do caso (TRAVERSO et al., 2004). Em relação às PEM por ingestão de sal e privação de água é notada uma congestão de vasos meníngeos, hemorragia subdural e, por vezes, acúmulos de eosinófilos nos espaços perivasculares ou de Virchow-Robin e nas regiões submeníngeas, além de lesões semelhantes relacionadas ao edema cerebral (SANT ANA et al., 2010). Nos casos da raiva os principais achados microscópicos do cérebro se referem à presença de corpúsculo de Negri principalmente no citoplasma, identificação dos manguitos perivasculares com presença de linfócitos e nódulos gliais (LANGOHR, 2003), além de lesões principalmente no tronco encefálico, medula espinhal e gânglio trigêmio (PEDROSO, 2008).

29 Prognóstico e tratamento O prognóstico é considerado reservado já que depende do início dos sinais clínicos, do nível de comprometimento do SNC e a resposta à terapia suporte (RADOSTITIS et al. 2007; DELFIOL, 2012). Vale ressaltar que não há tratamento específico para a PEM por enxofre. Assim, o protocolo inicial deve ser a retirada de fontes excessivas do composto, seja da alimentação ou da água (SANT`ANA et al., 2009). Além disso, recomenda-se tratamento da PEM independente da causa, com administração de tiamina e glicocorticoides (RADOSTITIS et al., 2007). RADOSTITIS et al. (2007) sugeriram administração de tiamina e dexametasona. A tiamina deve ser administrada na dose de 10 a 20 mg/kg/pv, via intramuscular, a cada 4 ou 6 h, durante três dias, por via intramuscular, o que inviabilizaria o tratamento à campo. A dexametasona deve ser aplicada na dose de 0,2 mg/kg/pv, via intravenosa, por três dias. MCKENZIE et al. (2009) recomendaram as mesmas doses descritas por RADOSTITIS et al. (2007), porém preconizaram repetir a dose de tiamina a cada oito horas no primeiro dia, seguindo-se de mesma dose, por via intramuscular, em uma aplicação ao dia por mais três dias. Uma das vantagens do uso da tiamina associado a outros exames complementares ante mortem para um diagnóstico terapêutico é que, caso o protocolo seja eficiente com a melhora dos sinais clínicos após a administração de tiamina e sem alteração em outros exames, o quadro é sugestivo de deficiência da vitamina. Porém, se o tratamento não causar efeito torna-se indicativo de intoxicação por outras causas (RADOSTITIS et al., 2007). OLKOWSKI et al. (1992) afirmaram que uma das vantagens do uso da tiamina é que durante a metabolização do enxofre, o sulfeto e o sulfito liberam radicais livres que, por peroxidação lipídica, geram lesões nas membranas celulares. Assim, a tiamina age na remoção desses radicais livres, protegendo o tecido cerebral, já que este tecido, devido a sua concentração lipídica, é altamente vulnerável aos danos causados por essa liberação.

30 Controle e prevenção Inicialmente preconiza-se fornecimento de fontes alimentares de qualidade com quantidades adequadas de enxofre. Sempre que possível analisar a quantidade de enxofre existente na água fornecida aos animais e na dieta que os mesmos recebem. Evitar privação de água e mudanças bruscas de dietas também são medidas corretas (GOULD 2000; RADOSTITIS et al., 2007). Como a dosagem de H 2 S ruminal é um exame diagnóstico definitivo e o mesmo é de fácil execução, é interessante que seja incluído como teste de triagem em animais de situações de risco em determinados momentos, para avaliação dos níveis de enxofre na dieta (NEVILLE et al., 2010; CUNHA et al., 2011; DELFIOL, 2012).

31 27 3 Considerações finais Os surtos e os protocolos experimentais relatados na literatura comprovam a importância de se incluir a intoxicação por enxofre no diagnóstico diferencial das encefalopatias nos ruminantes. A semelhança clínica das encefalopatias, principalmente das diferentes etiologias da polioencefalomalacia, dificulta o diagnóstico definitivo sem a solicitação de exames complementares. A detecção do gás sulfídrico ruminal associado às dosagens de enxofre na dieta e na água são exames complementares que permitem detectar se o animal está no grupo de risco da intoxicação por enxofre.

32 28 REFERÊNCIAS 1. ALVES DE OLIVEIRA, L.; BLAIN, C. J.; CORSO, V. B.; DURIX, A.; KOMISARCZUK BONY, S. Effect of a high sulfur diet on rumen microbial activity and rumen thiamine status in sheep receiving a semi-synthetic, thiamine-free diet. Reproduction Nutrition Development, Paris, v. 36, p , ANDERTON N., COCKRUM P. A., WALKER D. W.; EDGAR J. A. 4TH INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON POISONOUS PLANTS, 1993, Framantle. Proceedings Plant-Associated Toxins: Agricultural, Phytochemical and Ecological Aspects. Slough: CAB International, Farnham Royal, p. 3. ARTHINGTON, J. D.; RECHCIGL, J. E.; YOST, G. P.; MCDOWELL, L. R.; FANNING, M. D. Effect of ammonium sulfate fertilization on bahiagrass quality and copper metabolism in grazing beef cattle, Journal of Animal Science, Savoy, v. 80, n. 10, p , BARRETO JÚNIOR, R. A.; MINERVINO, A. H. H.; MORI, C. S.; SUCUPIRA, M. C. A.; ORTOLANI, E. L. Levantamento da concentração de enxofre em capins e de sulfato inorgânico sérico em bovinos criados em fazendas no estado de São Paulo. Acta Scientiarum Animal Science, Maringá, v. 30, n. 3, p , BARROS, C. S. L.; MARQUES, G. H. F. Procedimentos para o diagnóstico das doenças do sistema nervoso central de bovinos. Brasília: MAPA/DAS/DDA, p. 6. BEAUCHAMP, R. O.; BUS, J. S.; POPP, J. A.; BOREIKO, C. J.; ANDJELKOVICH, D. A.; LEBER, P. A critical review of the literature on hydrogen sulfide toxicity. Critical Reviews in Toxicology, Londres, v. 13, p , BULGIN, M. S.; STUART, S. D.; MATHER, G. Elemental sulfur toxicosis in a flock of sheep. Journal of the American Veterinary Medical Association, Schaumburg, v. 208, p , BURGESS, B. A. Polioencephalomalacia. Large Animal Veterinary Rounds, Phoenix, v. 8, p. 1-6, 2008.

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