AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE CULTIVARES DE CAFEEIRO (Coffea arabica L.) NO MUNICÍPIO DE INDIANÓPOLIS-MG

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1 AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE CULTIVARES DE CAFEEIRO (Coffea arabica L.) NO MUNICÍPIO DE INDIANÓPOLIS-MG Henrique Oliveira Cunha¹, Benjamim de Melo², Caio Eduardo Lazarini Garcia³ RESUMO: Com o objetivo de avaliar linhagens de cultivares de cafeeiro (Coffea arabica L.) submetidas a irrigação, o presente experimento foi conduzido na Fazenda Furnas no município de Indianópolis, Minas Gerais. Este foi instalado em 20 de dezembro de 2010, utilizando o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos de onze cultivares/linhagens de cafeeiro: Acaiá/474-19, Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo, Catiguá/MG2, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144, Mundo Novo/IAC , Oeiras, Topázio/MG 1190 e Tupi RN (IBC-12). Aos trinta meses após o plantio foram coletados dados de altura de plantas, diâmetro de caule, diâmetro de copa, número de nós no ramo ortotrópico, produtividade, rendimento e renda para determinação do desempenho de cada cultivar relacionada a cada característica. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas por meio do teste de Scott-Knott. As cultivares que apresentaram maior média de produtividade foram Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 e Topázio/MG O melhor rendimento foi alcançado pelas cultivares Bourbon Amarelo, Catiguá/MG2, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 e Topázio/MG 1190, enquanto que a melhor renda, pelas cultivares Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 e Topázio/MG A maior média de altura de plantas foi da cultivar Bourbon Amarelo. As cultivares Acaiá/474-19, Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo e Mundo Novo/IAC apresentaram maior média de diâmetro de caule. Para diâmetro de copa, Acaiá/ e Bourbon Amarelo apresentaram as maiores médias. 1,2 Universidade Federal de Uberlândia - Av. João Naves de Ávila, Santa Mônica Uberlândia - MG - henrique.ocunha@hotmail.com, benjamim@umuarama.ufu.br 3 Educampo Café Expocaccer - Av. Marciano Pires, Marciano Brandão Patrocínio - MG - caio-lazarini@hotmail.com

2 2 Termos para indexação: desenvolvimento vegetativo, produção, primeira safra, cerrado mineiro, café irrigado. EVALUATION OF LINES OF COFFEE CULTIVARS (Coffea arabica L.) IN INDIANÓPOLIS CITY-MG ABSTRACT: The aim of this research was to evaluate lines of coffee cultivars (Coffea arabica L.) subjected to irrigation, this experiment was conducted in the Furnas Farm in Indianópolis city, Minas Gerais. The experiment was set up in December 2010 in a randomized complete block design with four replicates. The treatments consisted of eleven cultivars/lines of coffee: Acaiá/474-19, Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo, Catiguá/MG2, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144, Mundo Novo/IAC , Oeiras, Topázio/MG 1190 and Tupi RN (IBC-12). At thirty months after planting day were collected data of plant height, stem diameter, top diameter, number of nodes on the orthotropic branch and production datas to determine the performance of each cultivar related to each feature. The results were subjected to analysis of variance and averages were compared by the Scott-Knott test. The cultivars that had higher average productivity were Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 and Topázio/MG The better yield was achieved by Bourbon Amarelo, Catiguá/MG2, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 and Topázio/MG 1190, while the best ratio in kg between coffee beans before being processed and processed coffee, was achieved by Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 and Topázio/MG The highest average plant height was Bourbon Amarelo. The Acaiá/474-19, Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo and Mundo Novo/IAC cultivars showed higher average stem diameter. To top diameter, Acaiá/ and Bourbon Amarelo had the highest averages.

3 3 Index terms: vegetative development, production, first harvest, cerrado mineiro, irrigated coffee 1 INTRODUÇÃO Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB (2014), em sua terceira estimativa de safra de café, Minas Gerais possui a maior área cultivada do país, com hectares, onde 98,8% são compostos de Coffea arábica L. Esta área representa 54,2% de toda área cultivada no país. Isso ilustra a importância que a cafeicultura representa para a região, onde a prática contribui muito para a geração de receitas e empregos direta e indiretamente. Apesar de ser cultivado preferencialmente em locais onde não há falta de água nos períodos críticos da cultura, o cultivo de cafeeiro arábica na região do Triangulo Mineiro foi possível devido ao grande desenvolvimento de técnicas e tecnologias associadas à irrigação (SANTINATO; FERNANDES; FERNANDES, 2008). A espécie Coffea arabica é autógama. Entretanto, programas de melhoramento têm beneficiado muito a cafeicultura mundial, uma vez que atualmente existem cultivares com elevada capacidade produtiva disponíveis ao produtor. As opções para o plantio existentes hoje no Brasil produzem três a quatro vezes mais que as cultivares utilizadas no passado (Andrade et al., 2007). Sendo assim, superar as produtividades das melhores linhagens atuais representa um dos grandes desafios para os melhoristas (Carvalho et al., 2002). Hoje, existe mais de 100 cultivares de cafeeiro disponíveis para os produtores, porém, o conhecimento a respeito delas para que possam ser recomendadas para o plantio com base técnica ainda é limitado (Carvalho et al., 2010). As cultivares Mundo Novo e

4 4 Catuaí são as mais plantadas no país, representando cerca de 85% de toda área plantada. São cultivares que já existem a mais de 40 anos e mesmo assim estão entre as mais produtivas. A escolha da cultivar é um dos fatores mais importantes no cultivo do cafeeiro. Isso porque trata-se de uma planta perene, que demonstrará o efeito dessa escolha depois de um longo tempo. Segundo Matiello et al. (2005), deve-se considerar alguns fatores na escolha da cultivar. São eles: características específicas da cultivar, adaptação ao sistema de plantio e ao manejo aplicado, adaptação à região onde será cultivada e ao perfil do produtor. Segundo Fernandes et al. (2012), tanto cultivar quanto linhagem interagem com o ambiente de forma significativa, e por isso, a decisão da cultivar e da linhagem a ser plantada, deve ser feita juntamente com a definição do espaçamento, manejo planejado e de acordo com as condições climáticas do local. Uma cultivar que apresenta um desempenho superior em determinada região, pode não apresentar comportamento satisfatório quando submetido a outro ambiente, podendo contribuir para o fracasso da atividade (BOTELHO et al., 2010). Recentemente, a cafeicultura brasileira tem absorvido muitas informações provenientes de pesquisas realizadas por instituições destinadas a esse fim. A maioria dos estudos tem sido a respeito do desenvolvimento de novas cultivares obtidas através do melhoramento que buscam alcançar elevados níveis de produtividade (FREITAS et al., 2007). De acordo com Matiello et al. (2010), é importante que os resultados obtidos em trabalhos experimentais sejam levados em consideração no momento da escolha da cultivar a ser plantada. Dessa forma, é de grande importância avaliar o desempenho de cultivares e linhagens de cafeeiros nas condições do cerrado de Minas Gerais em lavoura irrigada, pois, trata-se de um assunto relevante deste cultivo e é uma atividade de grande importância para

5 5 a região onde foi instalado o experimento. Os resultados desse projeto, ao serem disponibilizados aos produtores, irão fornecer informações seguras com relação ao comportamento de cada cultivar nas condições do local, permitindo-lhes utilizar como base para decidir qual melhor se adapta à sua situação. Neste contexto, objetivou-se neste trabalho, avaliar dados de desenvolvimento vegetativo e produção de linhagens de cultivares de cafeeiro (Coffea arabica L.), submetidas a irrigação no município de Indianópolis-MG. 2 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado na Fazenda Furnas, localizada no município de Indianópolis, Minas Gerais a uma altitude média de 830 m, a 18º de latitude S e 47º de longitude W. O solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho distrófico de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA (2006). O experimento foi instalado em 20 de dezembro de 2010 com 11 cultivares. Os tratamentos foram constituídos pelas cultivares/linhagens de cafeeiro: Acaiá/474-19, Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo, Catiguá/MG2, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144, Mundo Novo/IAC , Oeiras, Topázio/MG 1190 e Tupi RN (IBC-12). Esses genótipos foram escolhidos por se julgar que são os que apresentam maior possibilidade de gerar bons resultados na região, além de possibilitar uma observação do desempenho de materiais resistentes a doenças como as cultivares Oeiras, Catiguá e Tupi RN, consideradas resistentes a ferrugem do cafeeiro. O experimento foi instalado segundo o delineamento estatístico de blocos casualizados, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas por oito plantas, sendo consideradas como área útil as seis plantas centrais. A área experimental foi preparada por meio de uma aração e duas gradagens. Os sulcos foram abertos com sulcador e aplicou-se:

6 6 esterco bovino (3kg m -1 ), calcário dolomítico (250g m -1 ), adubo (Serrana Classic 300g m -1 ) e em seguida o sulco foi fechado. Antes do plantio foi aplicado o herbicida glifosato em área total com o objetivo de eliminar plantas invasoras. O plantio foi realizado utilizandose mudas com 4 a 6 pares de folhas, no espaçamento de 3,8m entre linhas e 0,65m entre plantas. Após o plantio foram aplicados herbicidas, inseticidas e fungicidas para o controle de plantas invasoras, pragas e doenças, respectivamente, conforme monitoramento feito em campo. Também foram feitas adubações de pós-plantio, formação, produção e foliares seguindo as orientações da 5ª Aproximação da Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais CFSEMG (1999). A irrigação foi realizada de segunda a sexta-feira de cada semana, aplicando-se 120% da evaporação do tanque classe A por meio de sistema de gotejamento, com gotejadores tipo RAM, espaçados de 0,75 m, com vazão de 2,3 L hora -1. Aos 30 meses após o plantio foram avaliadas as seguintes características: Produtividade (sacas de café beneficiado por hectare), rendimento (litros de café colhido para obtenção de um saco de café beneficiado) e renda (relação em kg, entre café em coco e café beneficiado): imediatamente após a colheita foi medido o volume de frutos em litros e, a seguir, uma amostra de 5 litros foi pesada e colocada para secagem ao sol. Depois de seco, o café em coco foi pesado e medido em litros, depois, beneficiado e novamente pesado para obter os resultados. A umidade dos grãos foi corrigida para 12%. Altura de plantas (m): medida com uma régua a partir do colo até o ponto de inserção da gema terminal. Diâmetro de caule (mm): medido com o auxílio de um paquímetro, a cinco cm do colo da planta. Diâmetro de copa (m): medido com uma régua, tomando-se como padrão de medida os dois ramos no sentido das entrelinhas, que apresentavam o maior comprimento. Número de nós no ramo ortotrópico (n): foi contado o número de nós no ramo ortotrópico.

7 7 Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância com a aplicação do teste de F, utilizando-se o programa SISVAR (Sistema para Análise de Variância), desenvolvido por Ferreira (2000). Como foram constatadas diferenças significativas entre os tratamentos, foi aplicado o teste de Scott-Knott, a 5%, de acordo com metodologia proposta por Benzatto e Kronka (1995). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1 são apresentados os resultados médios das características agronômicas avaliadas submetidas ao teste de Scott-Knott com seus respectivos coeficientes de variação. Tabela 1 Cultivares e linhagens de cafeeiros e suas respectivas médias das características agronômicas avaliadas aos 30 meses de idade em Indianópolis-MG. Tratamento Altura de planta (m) Diâmetro de caule (mm) Diâmetro de copa (m) Número de nós no ramo ortotrópico Produtividade (sc ha -1 ) Rendimento (L sc -1 ) Renda (kg kg -1 ) Acaiá/ ,34 b 57,36 a 2,26 a 41,54 a 80,00 b 425,44 d 2,00 b Acaiá Cerrado 2,28 b 56,38 a 2,15 b 39,88 b 83,68 a 398,92 c 1,96 b Bourbon Amarelo 2,56 a 57,63 a 2,35 a 41,25 a 90,44 a 314,60 a 2,03 c Catiguá/MG2 1,67 d 43,92 b 1,60 e 36,42 c 69,15 b 323,17 a 1,96 b Catuaí Amarelo/IAC 62 1,72 c 44,37 b 1,95 c 37,67 c 87,48 a 308,97 a 1,92 a Catuaí Vermelho/IAC 99 1,65 d 43,72 b 1,97 c 37,55 c 93,89 a 309,59 a 1,89 a Catuaí Vermelho/IAC 144 1,76 c 44,27 b 1,91 c 39,08 b 94,19 a 310,53 a 1,87 a Mundo Novo/IAC ,28 b 56,24 a 2,20 b 42,29 a 76,61 b 428,68 d 1,98 b Oeiras 1,65 d 46,81 b 1,80 d 34,59 d 60,15 b 342,93 b 2,03 c Topázio/MG ,70 c 45,75 b 1,92 c 38,88 b 96,05 a 309,16 a 1,86 a Tupi RN (IBC-12) 1,55 e 45,25 b 1,80 d 34,21 d 73,50 b 340,09 b 2,06 c Coeficiente de variação (%) 2,92 4,12 4,17 3,79 12,41 4,56 2,52 Médias seguidas de mesma letra na mesma coluna pertencem a um mesmo grupo, pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Para a altura de plantas, as cultivares de porte alto (Acaiá/474-19, Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo e Mundo Novo/IAC ) se destacaram, sendo elas agrupadas nos dois primeiros grupos de maior média. A cultivar Bourbon Amarelo apresentou a maior média de altura, com 2,56 m. Carvalho et al. (2003) avaliando cafeeiros aos 18 meses de

8 8 idade e Melo et al. (2006) avaliando cafeeiros aos 42 meses de idade relataram a superioridade de cultivares de porte alto em relação às demais. As cultivares ainda foram divididas em outros três grupos. As linhagens Catuaí Vermelho/IAC 144 e Catuaí Amarelo/IAC 62 apresentaram altura maior que o Catuaí Vermelho/IAC 99. Resultado semelhante foi encontrado por Carvalho et al. (2003) e Melo et al. (2006). Apenas uma cultivar foi agrupada no grupo de menor altura, Tupi RN (IBC-12), com média de 1,55 m. Apenas dois grupos foram formados para o diâmetro de caule. O grupo de maior média foi composto apenas pelas cultivares de porte alto. As demais cultivares ficaram agrupadas em outro grupo de menor média. Andrade et al. (2007) e Melo et al. (2006) avaliando cultivares de cafeeiros aos 66 e 42 meses, respectivamente, não encontraram diferença significativa entre as cultivares Catuaí, Topázio e Rubi. Bastos e Melo em 2008 relataram superioridade das cultivares de porte alto em relação às de porte baixo. A avaliação de diâmetro de copa dividiu as cultivares em cinco grupos. Mais uma vez, as cultivares de porte alto se destacaram, sendo agrupadas nos dois primeiros grupos da maior média. A cultivar Bourbon Amarelo e Acaiá/ apresentaram o maior diâmetro de copa. Melo et al. (2006), avaliando cafeeiros aos 42 meses de idade encontraram resultados em que a cultivar Catuaí Vermelho/IAC 144 foi agrupada junto com as cultivares de porte alto no grupo de maior média de diâmetro de copa. Bastos e Melo (2008), Andrade et al. (2007) e Melo et al. (2006) não encontraram diferença significativa entre a média de diâmetro de copa das cultivares Catuaí, Topázio e Rubi, o que corrobora o resultado do presente trabalho. Com relação ao número de nós no ramo ortotrópico, três cultivares de porte alto foram agrupadas no grupo de maior média, Mundo Novo/IAC , Acaiá/ e Bourbon Amarelo. As cultivares Catuaí Vermelho/IAC 144 e Topázio/MG 1190 foram agrupadas no segundo grupo de maior média junto com uma cultivar de porte alto, Acaiá

9 9 Cerrado. Carvalho et al. (2003) não encontraram diferença significativa entre cultivares de porte alto e baixo. As médias de produtividade foram divididas em dois grupos. O grupo de maior média variou de 96,05 sc ha - ¹ (Topázio/MG 1190) a 83,68 sc ha - ¹ (Acaiá Cerrado). Foram agrupadas neste grupo também as cultivares: Catuaí Vermelho/IAC 144, Catuaí Vermelho/IAC 99, Bourbon Amarelo e Catuaí Amarelo/IAC 62. Bastos e Melo (2008), avaliando cultivares de cafeeiro, encontraram diferença significativa entre as cultivares Topázio e Catuaí, sendo a primeira, agrupada no grupo de melhor média. Andrade et al. (2007) não encontraram diferença significativa entre as médias de produtividade de Topázio e Catuaí. As cultivares resistentes a ferrugem (Catiguá/MG2, Oeiras e Tupi RN) foram todas agrupadas no grupo de menor média. Quanto ao rendimento, foram formados quatro grupos. O grupo de maior média foi composto pelas cultivares: Catuaí Amarelo/IAC 62, Topázio/MG 1190, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144, Bourbon Amarelo e Catiguá/MG2. Não houve diferença significativa entre as linhagens de Catuaí. Entre as cultivares de porte alto, apenas o Bourbon Amarelo ficou no grupo de melhor média. Andrade et al. (2007), avaliando linhagens de Catuaí, Topázio e Rubi não encontraram diferença significativa entre elas. Bastos e Melo (2008), ao avaliar cultivares de porte alto e baixo, não encontraram diferença significativa entre os tratamentos. As cultivares Mundo Novo/IAC e Acaiá/ apresentaram o pior rendimento. As mesmas cultivares agrupadas no grupo de melhor média de rendimento foram agrupadas no melhor grupo de renda, com exceção do Catiguá/MG2. Mais uma vez não houve diferença entre as cultivares Catuaí e Topázio, e o Bourbon Amarelo foi a única cultivar de porte alta agrupada no melhor grupo. Andrade et al. (2007) encontraram

10 10 resultado semelhante, onde não houve diferença significativa entre as cultivares Catuaí e Topázio. As cultivares de porte alto, apesar de apresentarem melhores resultados quanto a todos os dados de crescimento vegetativo, não conseguiram traduzir isto para os dados de produção com exceção da cultivar Bourbon Amarelo. O rendimento pode ter sido determinante neste resultado, uma vez que, as outras cultivares de porte alto como Acaiá/ e Mundo Novo/IAC apresentaram o pior resultado para esta avaliação. Cultivares como Catuaí e Topázio, mesmo não apresentando os melhores resultados quanto ao crescimento vegetativo, apresentaram os melhores resultados quanto aos dados de produção. 4 CONCLUSÕES A cultivar que apresentou maior altura de plantas foi a Bourbon Amarelo, com média de 2,56 m. As cultivares Acaiá/474-19, Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo e Mundo Novo/IAC apresentaram a maior média de diâmetro de caule. Já para a característica diâmetro de copa, Acaiá/ e Bourbon Amarelo apresentaram as maiores médias. Para o número de nós no ramo ortotrópico, as maiores médias foram das cultivares Acaiá/474-19, Bourbon Amarelo e Mundo Novo/IAC Com relação a produtividade, as cultivares Acaiá Cerrado, Bourbon Amarelo, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 e Topázio/MG 1190 apresentaram as maiores médias. As cultivares Bourbon Amarelo, Catiguá/MG2, Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 e Topázio/MG 1190 apresentaram o melhor

11 11 rendimento. Enquanto que a melhor renda foi obtida pelas cultivares Catuaí Amarelo/IAC 62, Catuaí Vermelho/IAC 99, Catuaí Vermelho/IAC 144 e Topázio/MG REFERÊNCIAS ANDRADE, A.C. de; MELO, B. de; PAULA, R.C. de. Avaliação de linhagens das cultivares de cafeeiro Catuaí Vermelho e Amarelo, em solos sob vegetação de cerrado, do município de Uberlândia-MG. Horizonte Científico, v.1, p.1-16, BANZATTO, D. A.; KRONKA, S. N. Experimentação Agrícola. 3. ed. Jaboticabal: FUNEP, p. BASTOS, F. R.; MELO, B. de. Avaliação de linhagens das cultivares de cafeeiro Topázio nas condições do município de Uberlândia MG (SAFRA 2007/2008). In: VIII ENCONTRO INTERNO: XII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Anais , Uberlândia. BOTELHO, C. E. et al. Adaptabilidade e estabilidade fenotípica de cultivares de café arábica em Minas Gerais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 45, n. 12, p , Dez CARVALHO, A. M. de. et al. Correlação entre crescimento e produtividade de cultivares de café em diferentes regiões de Minas Gerais, Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 45, n. 3, p , Mar

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