Comunicado Técnico 12

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1 Comunicado Técnico 12 ISSN X Maio Uberaba - MG Controle Estatístico de Processo Responsáveis: MSc Alessandra Costa Vilaça Alessandra@fazu.br Mestre em Engenharia Química, Professora FAZU Roseane Cristina Barbosa de Oliveira roseoliveira85@hotmail.com Nutricionista, aluna de Engenharia de Alimentos FAZU.

2 INTRODUÇÃO A variação é inerente ao ser humano e aquilo que ele produz. Tudo na natureza possui variações, sejam elas pequenas ou grandes. É possível notar que todo processo, seja ele de manufatura ou prestação, varia. Naturalmente que os produtos ou serviços resultantes desse processo também irão apresentar uma variação. Quando a variação é muito grande, ela passa a influenciar de forma negativa na qualidade do produto ou serviço. Quem deseja consumir um produto que a cada dia proporciona um resultado diferente? A variação excessiva aumenta a sensação de risco do consumidor (MARTINS, 2002). O Quadro 1 apresenta as principais características das causas comuns e causas especiais de um processo. Quadro 1. Caracterização das Causas Comuns e Causas Especiais de um Processo. O CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSO (CEP) Hoje, mais do que uma ferramenta estatística, o CEP é entendido como uma filosofia de gerenciamento, isto é, um conjunto de técnicas e habilidades originárias da estatística e da engenharia de produção que visam garantir a estabilidade e a melhoria contínua de um processo de produção. Em resumo, o CEP visa o controle e a melhoria do processo. Um processo está operando sob controle estatístico (estável), quando a única fonte de variação é a de causas comuns. Esse controle não é uma condição natural do processo, mas ela é obtida pela eliminação das causas especiais de variação (COM ÊXITO, 2010). O CEP trabalha com gráficos ou cartas de controle que permitem avaliar se o processo está com o desempenho esperado ou se está fora de controle. O objetivo destas cartas é detectar desvios de

3 parâmetros representativos do processo, reduzindo a quantidade de produtos fora de especificações e os custos de produção. CARTAS DE CONTROLE As Cartas de Controle são gráficos, onde são plotados dados observados ao longo do tempo em que foram coletados. Possui uma linha central média (LC) que é a média da estatística que está sendo controlada, a partir da qual estabelecemos o Limite de Controle Superior (LCS) e Limite de Controle Inferior (LCI) que nos permite uma visualização da localização e dispersão do processo, conforme pode ser verificado na Figura 2. O limite superior de controle (LSC), a linha central (LC) e o limite inferior de controle (LIC) do gráfico de controle são características do processo, ou seja, é o limite de variação que o processo pode atender. Os Limites de Especificação (Superior - LSE e Inferior - LIE) são determinados com base em especificações do projeto do produto e podem ter origem dentro da empresa ou podem ser de origem externa, é aquilo que se deseja obter no resultado do processo em termos de variação para atender às expectativas do cliente/mercado. Na Figura 2 verifica-se a relação entre os limites de controle do processo e os limites de especificação. Figura 2 - Limites de Controle do Processo e os Limites de Especificação. Fonte: (COM ÊXITO, 2010). TIPOS DE CARTAS DE CONTROLE As cartas de controle são divididas em dois tipos: A. Atributos: são utilizadas quando a avaliação de uma característica da qualidade resulta numa classificação da característica da qualidade. B. Variáveis: são utilizadas quando a avaliação de uma característica da qualidade resulta numa mensuração expressa por valor numérico em uma escala qualquer. Na Figura 3 apresenta-se a classificação dos tipos de cartas de controle:

4 Figura 3 - Classificação dos Tipos de Cartas de Controle. Fonte: (COM ÊXITO, 2010). No Quadro 2 é apresentado um resumo das fórmulas utilizadas para construção das cartas de controle. Quadro 2. Resumo das fórmulas para construção das cartas de controle.

5 Onde: Fonte: (RAMOS, 2000). LSC = Limite Superior de Controle; LIC = Limite Inferior de Controle; x = média das médias amostrais; R = amplitude amostral média; s = desvio padrão médio; n = tamanho da amostra; R m = amplitude móvel média; p = fração de defeituosos; c = número médio de defeitos na amostra; u = número médio de defeitos por unidade; A2, A3,B3, B4, E2, D3 e D4 são valores obtidos de pesquisa em tabelas adequadas. Quadro 3 - Cálculo dos índices Cp e Cpk. Fonte: (RAMOS, 2000). O índice Cp leva em consideração a dispersão do processo em relação aos limites de especificação e o índice Cpk leva em consideração a dispersão e centragem do processo em relação aos mesmos limites. A classificação se o processo é Capaz é feita através da avaliação do índice Cp apresentado no Quadro 4. Quadro 4 - Classificação de Processos a partir do Índice Cp. Fonte: (SORAES, 2001). Os valores para avaliação do índice Cpk e a relação entre o valor nominal e a centragem do processo são apresentados no Quadro 5.

6 Quadro 5 - Interpretação do Índice Cpk. Fonte: (SORAES, 2001). A implantação do CEP não é uma tarefa fácil, mas desenvolve uma nova cultura na empresa/indústria que permite a motivação e cooperação de todos na melhoria de todo o processo, aproveitando o máximo a potencialidade das técnicas estatísticas visando a satisfação do cliente e conseqüente conquista do mercado.

7 REFERÊNCIAS COM ÊXITO. Curso e-learning: CEP Controle Estatístico de Processo [vídeo-aula]. São Paulo, [2009]. Disponível em: < Acesso em: 10 abr MARTINS, R. A.; Controle Estatístico de Processo. Universidade Federal de São Carlos; São Carlos - SP, RAMOS, A. W.; CEP para Processos Contínuos e em Bateladas. São Paulo; Editora Edgard Blucher, 2000; 130 p. SOARES, G. M. V. P. P.; Aplicação do controle estatístico de processos em indústria de bebidas: um estudo de caso. Dissertação (Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2001; 147 p. O sucesso do seu negócio depende de uma boa orientação técnica. CONSULTE UM ENGENHEIRO. Laboratório de Análise de Solo Laboratório de Análise de Nutrição Animal Laboratório de Análise Microbiológica de água e alimentos Laboratório de Análise Físico-Química de alimentos Av. do Tutuna. nº 720. Bairro Tutunas CEP: Uberaba-MG (34)