2ª ETAPA ENCARTE 1 Contexto

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "2ª ETAPA ENCARTE 1 Contexto"

Transcrição

1 GOVERNO DO ESTADO DE SECRETARIA DE TURISMO SETUR UNIDADE EXECUTORA PRODETUR UEE/PE ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO FORTE DE TAMANDARÉ 2ª ETAPA ENCARTE 1 Contexto Agosto/2011 Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br

2 FICHA TÉCNICA GOVERNO DO ESTADO DE Governador: Eduardo Henrique Accioly Campos SECRETARIA DE TURISMO Secretário: Alberto Feitosa Secretária Executiva de Programas de Desenvolvimento do Turismo: Eugênio Morais Gerente Geral do PRODETUR: Stélio Cuentro Superintendente Técnico e de Gestão do PRODETUR: Mauro Pastick Superintendente de Meio Ambiente do PRODETUR: Raul Perrelli PREFEITURA MUNICIPAL DE TAMANDARÉ Prefeito: José Hildo Hacker Júnior Vice-prefeita: Maria da Conceição Cavalcanti do Nascimento Secretária de turismo: Julyanne Oliveira GEOSISTEMAS Engenharia e Planejamento Ltda Coordenação Geral: Eng Civil Roberto Lemos Muniz Eng Civil Henrique Pinto Silva Arq. Elaine Fernanda de Souza Coordenação Técnica: Clarisse Fraga - Turismóloga Coordenação de Articulação e Gestão: Arq. Telma Buarque Resp. Técnico Quadro Ambiental-Meio Físico: Geol. Margareth Alheiros Resp. Técnico Quadro Ambiental-Meio Biótico: Paula Braga Gomes - Bióloga Resp. Técnico Quadro Ambiental-Meio Socioeconômico: Elaine Fernanda Souza- Arquiteta e Urbanista Tatiana Ribeiro- Arquiteta e Urbanista Cobertura Vegetal: Ana Santos Engenheira Florestal Turismo e Ecoturismo: Geog. Vanice Selva Turism. Clarisse Fraga Cartografia e Geoprocessamento: Gustavo Sobral Especialista em Geoprocessamento Assessoria Jurídica: Adv. Fernanda Costa Processo Participativo e Educação Ambiental: Ass. Social Mª Socorro Cavalcanti Psic. Janaina Gabriel Gomes CÂMARA TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO DO PLANO DE MANEJO DO PNMFT Gestor do PNMFT: Julyanne Oliveira PRODETUR/UEE: Raul Perrelli APA Costa dos Corais: Eduardo Almeida APA de Guadalupe: João Oliveira Rebio de Saltinho: Walter Moura FUNDARPE: Nazaré Reis Representante do IRCOS: Edson Coimbra Fundação Gilberto Freyre: Gilberto Freyre Neto Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br

3 APRESENTAÇÃO A Geosistemas Engenharia e Planejamento apresenta, em conformidade com as orientações do Roteiro Metodológico de Planejamento de Parque Nacional, Reserva Biológica e Estação Ecológica (IBAMA 2002), o presente documento denominado ENCARTE 1 Contextualização da Unidade de Conservação, parte integrante de uma série de 04 Encartes que juntos vem a constituir o Plano de Manejo do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré (PNMFT). Plano de Manejo, segundo a Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, é definido como o documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da Unidade. A produção de Encartes, complementares e com especificidade crescente, atende à lógica processual que permeia a elaboração gradativa, participativa e multidisciplinar de Planos de Manejo de Unidades de Conservação, ainda mais necessária quando envolve diferentes atores sociais, como aqueles que interagem em uma Área de Proteção Ambiental. Recife, agosto de Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br

4 APRESENTAÇÃO SUMÁRIO 1. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Parques Municipais no contexto do Sistema Nacional de Unidade de Conservação Unidades de Conservação em Pernambuco CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO FORTE DE TAMANDARÉ (PNMFT) Histórico da criação do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré, instrumentos normativos e especificidades A importância cultural turística e ambiental Os programas de Desenvolvimento Turístico e de Gerenciamento Costeiro O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO FORTE DE TAMANDARÉ: ECOSSISTEMAS, BIODIVERSIDADE E HISTÓRIA Implicações ambientais Patrimônio Histórico O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO FORTE DE TAMANDARÉ: GESTÃO Relações institucionais de gestão Potencialidades de Cooperação (internacional, nacional e estadual) REFERÊNCIAS Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br

5 1. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 1.1 Parques Municipais no contexto do Sistema Nacional de Unidade de Conservação 1.2 Unidades de Conservação em Pernambuco Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 5

6 1. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A elevada degradação ambiental em todo o mundo tornou a preservação ambiental necessária e com grande relevância social e política. Desta forma, a gestão ambiental busca práticas que assegurem a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem de matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais (LAYRARGUES, 1998). A criação de áreas protegidas se insere neste contexto como uma das principais estratégias para a conservação da natureza (GODOY, 2000; MEDEIROS et al., 2004; FREITAS, 2004; HASSLER, 2005; RIBEIRO, 2007). A Declaração de Bali, elaborada durante o III Congresso Mundial de Parques, realizado em 1982, enfatiza a importância das unidades de conservação como elementos indispensáveis para a conservação de biodiversidade, já que assegurariam, se adequadamente distribuídas geograficamente e em extensão, a manutenção de amostras representativas de ambientes naturais, da diversidade de espécies e de sua variabilidade genética, além de promover oportunidades para pesquisa científica, educação ambiental, turismo e outras formas menos impactantes de geração de renda, juntamente com a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais à qualidade de vida. Essa premissa foi reforçada pela Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica, adotada pela Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento CNUMAD (Rio-92). No âmbito da convenção, assinada por 175 países, um sistema adequado de unidades de conservação é considerado o pilar central para o desenvolvimento de estratégias nacionais de preservação da diversidade biológica. De acordo com análise histórica sobre a criação de Unidades de Conservação, a criação do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, em 1872, serviu de inspiração a André Rebouças, em 1876, para propor a criação de dois parques no Brasil (HASSLER, 2005; RYLANDS; BRANDON, 2005). Apesar desta proposição, o primeiro Parque Nacional, o Itatiaia, localizado no Estado do Rio de Janeiro, surgiu apenas em 1937 (PEDLOWSKI et al., 1999; RYLANDS; BRANDON, 2005) em decorrência das ações do movimento ambientalista brasileiro. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 6

7 Em seguida (1939), foram criados o Parque Iguaçu, Serra dos Órgãos e Sete Quedas. No Brasil, entre 1930 e 1970, o governo iniciou a criação de áreas para proteger as belezas naturais e monumentos de valor histórico e artístico e, de 1980 até os dias de hoje, a preservação da biodiversidade passou a ser realizada sob critérios técnicos e científicos, mantendo ainda a preocupação com a beleza natural ou artificial, cultura humana, lazer, pesquisa, estudo ou investigação científica (MEDEIROS et al., 2004; HASSLER, 2005; TEIXEIRA,2005). De 1974 a 1989, unindo esforços do SEMA e IBDF, foram criados 22 Parques Nacionais, 20 reservas biológicas e 25 Estações Ecológicas. Em 1990, foram decretadas 6 unidades de conservação no Amazonas e, em 2003, foram decretadas mais sete, totalizando uma área de km 2. Ao longo dos anos, estas Unidades de Conservação se multiplicaram, tendo atingido seu ápice nas últimas três décadas. A visão preservacionista foi aos poucos sendo substituída por um olhar conservacionista, considerando que o homem faz parte da natureza. A partir dos anos de 1970, a perspectiva conservacionista foi sendo substituída pela possibilidade de manutenção da ocupação humana em áreas protegidas, mediante o controle do uso dos recursos naturais. Isso pode ser observado na mudança das diretrizes de organismos internacionais, particularmente da IUCN (International Union for Conservation of Nature), referência internacional das diretrizes das áreas protegidas, que condicionou a ocupação ao uso sustentável dos recursos naturais, garantindo assim a prioridade da conservação (DIEGUES, 2000). O Brasil incorporou as reflexões sobre ocupação humana em UC, seguindo o programa Man and Biosphere, a partir dos anos de 1980, e elaborou sua primeira proposta de criação de um Sistema Nacional de Unidades de Conservação, com categorias nas quais o uso sustentável era permitido (BRITO, 2000). Para regulamentar as Unidades de Conservação, foi sancionada a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 que regulamenta o art. 225, 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SNUC, constituído pelo conjunto das Unidades de Conservação Federais, Estaduais e Municipais, sendo regulamentado pelo Decreto 4340, de 22 de agosto Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 7

8 de Este sistema estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão de Unidades de Conservação, que compreendem, conforme a referida Lei: Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. O SNUC é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais (Art. 3º da Lei 9.985/200) e tem como objetivos: I. contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; II. proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; III. contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; IV. promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; V. promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; VI. proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; VII. proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; VIII. proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; IX. recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; X. proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; XI. valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; XII. favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; XIII. proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 8

9 O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) define e regulamenta as categorias de unidades de conservação nas instâncias federal, estadual e municipal, separando-as em dois grupos: de proteção integral, com a conservação da biodiversidade como principal objetivo, e áreas de uso sustentável, que permitem várias formas de utilização dos recursos naturais, com a proteção da biodiversidade como um objetivo secundário (MMA-SNUC, 2000). Elas correspondem aos termos unidades de conservação de uso indireto (proteção integral) e de uso direto (uso sustentável) utilizados anteriormente ao SNUC. São cinco tipos de Unidades de Conservação de Proteção Integral: 1) Estação ecológica, as áreas assim determinadas são de domínio público, ou seja, se alguma propriedade particular estiver incluída no projeto ela é desapropriada, sendo aberta somente a visitação com objetivo educacional desde que previstas em seu Plano de Manejo e, até mesmo as pesquisas científicas devem ser autorizadas; 2) Reserva Biológica, possui as mesmas características da Estação Ecológica, porém seu uso é mais restrito, a Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas, já a Reserva Biológica tem o objetivo único de proteger integralmente a biota sem qualquer interferência humana, a não ser para medidas de recuperação; 3) Parque Nacional, também é de domínio público (que também pode ser Estadual ou Municipal), mas ao contrário das UCs (Unidades de Conservação) anteriores podem ser utilizados para recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas desde que previstas no seu Plano de Manejo e, as pesquisas, autorizadas; 4) Monumento Natural é uma reserva que pode ser particular desde que o uso pelos seus proprietários corresponda ao objetivo da UC que é preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. ; 5) Refúgio da Vida Silvestre tem como objetivo proteger áreas naturais necessárias para a reprodução e manutenção de espécies. Da mesma forma que o Monumento Natural, o Refúgio da Vida Silvestre pode ser particular desde que respeitados os objetivos da UC, caso contrário a área pode ser desapropriada. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 9

10 Todas estas UCs são criadas através de legislação específica e necessitam de um Plano de Manejo, um regulamento baseado em estudo prévio da região que determinará os usos possíveis daquela reserva, além de medidas administrativas. O SNUC ainda define outra categoria de UC, as Unidades de Uso Sustentável constituídas por: 1) Área de Proteção Ambiental (APA), que pode ser tanto pública como privada e se constitui de regiões com certo grau de ocupação humana que apresentam aspectos importantes para a ( ) qualidade de vida e o bem-estar das populações ( ), para tanto deve ser criado um Conselho que irá administrar a APA e abri-la a visitação; 2) Área de Relevante Interesse Ecológico, em geral de pequena proporção e sem ocupação humana que abrigam alguma espécie rara ou características naturais extraordinárias que merecem ser preservadas; 3) Floresta Nacional, ou FLONA, como o nome já diz é uma floresta, mas que possui predominantemente espécies nativas. De domínio público, seu uso é garantir o uso sustentável dos recursos florestais; 4) Reserva Extrativista, área pública destinada às comunidades tradicionais extrativistas, sendo proibida a mineração e a caça amadora ou profissional; 5) Reserva da Fauna, unidade de domínio público que abriga espécies nativas, aqui não é permitida a caça, mas seus recursos naturais podem ser comercializados desde que obedecendo ao Plano de Manejo; 6) Reserva de Desenvolvimento Sustentável, criada para assegurar ao mesmo tempo a preservação da natureza e de comunidades tradicionais que já viviam ali, mas a ocupação e desenvolvimento da comunidade são controlados; 7) Reserva Particular do Patrimônio Natural, ou RPPN, área particular que uma vez convertida em RPPN não poderá mais deixar de sê-lo, mesmo que mude de dono e, é criada com o intuito de preservar a biodiversidade e onde só poderão ser realizadas atividades recreativas, educacionais, turísticas e científicas. Além das unidades de conservação federais e estaduais, existem muitos outros tipos de áreas que pertencem, ou são controladas por um grupo de interesse diverso e que fazem importantes contribuições ao sistema brasileiro de unidades de conservação. As mais importantes delas são as reservas indígenas, que em um aspecto a enorme área que cobrem estão entre as mais importantes áreas para Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 10

11 conservação, especialmente na Amazônia. Outras áreas formalmente manejadas para a conservação pertencem aos governos municipais, ONGs, instituições acadêmicas e setor privado. As circunstâncias e o contexto social para a criação de uma unidade de conservação influenciam o manejo da área, mesmo anos após a criação (BRANDON, 1998). As Unidades de Conservação exercem uma função ambiental de grande importância, quanto ao uso sustentável dos recursos, o que pode resultar em uma melhor qualidade de vida. Ao mesmo tempo, a gestão da unidade de conservação deve considerar a população local, buscando ações participativas e equilíbrio (CAVALCANTE, 2001). A existência destas áreas contribui para a preservação dos recursos naturais, pois incentiva um uso adequado desses espaços. Kinker (2002) ressalta os benefícios trazidos pela presença natural e participativa dos Parques para a sociedade, pois além da conservação da biodiversidade, a recreação, turismo, educação ambiental e pesquisas, são fundamentais para a proteção de valores culturais, históricos e existenciais para a população. Estas áreas servem como instrumento de aprendizagem ambiental, através de um saber pedagógico, prático, com desenvolvimento de estratégias e ações que irão necessitar ampla reflexão (VARGAS, 2003). Para Leff (2003), a educação ambiental ocupa cada vez mais os espaços de reflexão e de atuação, com o intuito de conhecer e compreender as mudanças globais de nosso tempo e deve estar contemplada em planos de manejo das unidades. A gestão das Unidades de Conservação federais brasileiras era efetuada apenas pelo IBAMA até de 28 de agosto de 2007, quando o governo federal criou por meio da Lei nº (BRASIL, 2007), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. A partir de então, estas duas autarquias passaram a ser os órgãos executores, em caráter supletivo, dos órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as Unidades de Conservação Federais, Estaduais e Municipais, nas respectivas esferas de atuação (art. 6º, III, da Lei nº 9.985, de 18/07/2000, conforme redação dada pelo art. 7º da Lei nº /2007) (SIRVINSKAS, 2008). De acordo com o último mapeamento realizado pelo ICMBio, o Brasil possui 319 UCs federais, sendo, 137 de Proteção Integral (com área total de ,15 Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 11

12 hectares); e 173 de Uso Sustentável (totalizando de km2). Existem ainda 545 UCs Estaduais (268 de Proteção integral e 277 de Uso sustentável) e 83 UCs Municipais (45 de Proteção Integral e 38 de Uso Sustentável) (Tabela 1). Tabela 1. Unidades de Conservação brasileiras Fonte: CNUC/MMA ( atualizado em 25/07/2011. A tabela 2 apresenta a representação dos Biomas brasileiros nas Unidades de Conservação. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 12

13 Tabela 2. Representação dos Biomas brasileiros nas Unidades de conservação Fonte: CNUC/MMA ( atualizado em 25/07/2011. Fone/Fax: (81) CNPJ: /

14 1.1 Parques Municipais no contexto do Sistema Nacional de Unidade de Conservação Segundo o Instituto Chico Mendes (ICMBio), os parques nacionais são a mais popular e antiga categoria de unidades de conservação. Seu objetivo, segundo a legislação brasileira, é preservar ecossistemas de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas, realização de atividades educacionais e de interpretação ambiental, recreação e turismo ecológico, por meio do contato com a natureza. O manejo dos parques, feito pelo Instituto Chico Mendes, leva em consideração a preservação dos ecossistemas naturais, a pesquisa científica, a educação, a recreação e o turismo. O regime de visitação pública é definido no Plano de Manejo da respectiva unidade. O Parque Natural Municipal é previsto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação, estabelecido pela Lei 9985/2000, no seu Artigo 11, Parágrafo 4º, no qual se define que as unidades dessa categoria (Parque Nacional), quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal. É, portanto, uma Unidade de Conservação de Proteção Integral com os objetivos e restrições de um Parque Nacional, diferindo apenas a denominação para evidenciar que se tratar de iniciativa municipal. Sendo o correspondente municipal do Parque Nacional, o Parque Natural Municipal tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento (Lei 9985/2000, Art.11, Parágrafo 2º. A visitação pública deve atender, portanto, às normas e restrições estabelecidas para garantir a consecução dos objetivos do Parque: pesquisa, educação e interpretação ambiental, recreação e turismo ecológico, aliados à preservação dos ecossistemas. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 14

15 Conforme previsto no Art. 22 da Lei 9985/2000, a criação de um Parque Natural Municipal deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública. Como Unidade de Conservação de Proteção Integral, o Parque Natural Municipal disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração (Art. 29 da Lei 9985/2000). Parques Naturais Municipais devem possuir uma zona de amortecimento, com limites e normas de ocupação e uso dos recursos naturais definidos no ato de criação ou posteriormente (Art. 25 da Lei 9985/2000). Como Unidade de Conservação de Proteção Integral, é proibida a introdução de espécies não autóctones (Art. 31 da Lei 9985/2000), a não ser aquelas espécies de animais e plantas necessárias à administração do Parque. Essa proibição é justificável diante do objetivo de preservação dos ecossistemas naturais. A área de um Parque Natural Municipal, como Unidade de Conservação do grupo de Proteção Integral, é considerada zona rural, para efeitos legais, bem como sua zona de amortecimento (Art. 49 da Lei 9985/2000). O Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) de Pernambuco foi estabelecido pela Lei 13787/2009 e, de forma semelhante ao SNUC, define Parque Natural Municipal (PMN) como a denominação a ser dada aos parques equivalentes ao Parque Estadual, quando os mesmos forem criados pelos municípios. Em todos os outros aspectos referentes à categoria Parque, o SEUC repete o SNUC, acrescentando que a proteção do patrimônio histórico, cultural e artístico também poderá ser incorporada aos objetivos do Parque, desde que seja possível compatibilizá-la com a conservação da biodiversidade existente em seu domínio. 1.2 Unidades de Conservação de Pernambuco No Estado de Pernambuco este processo, que se iniciou nos anos 70 e teve seu ápice nos anos 80, apresenta, ao contrário do que acontece no país, uma diminuição na criação de Unidades de Conservação, desde os anos 90 até a atualidade. Em Pernambuco, a Lei Estadual 13787/2009, institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação em Pernambuco. As Unidades de Conservação Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 15

16 Estaduais, em Pernambuco, são de competência da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Pernambuco (CPRH-PE), autarquia vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco (SECTMA). Embora a CPRH-PE tenha sido originalmente fundada em 1976, sua criação somente foi autorizada em A partir de consultas a diversas fontes, foi organizada a Tabela 3 que apresenta as Unidades de Conservação sob a responsabilidade federal e estadual em Pernambuco. São poucas as Unidades de Conservação municipais em Pernambuco e não existe cadastro dessas áreas; algumas são criadas por decreto sob nomes como Parque Ecológico ou Reserva Florestal, sem correspondência com categorias do SNUC nem, muito menos, limites, sistema de gestão e tipo de manejo definidos. Na Tabela não foram incluídas as Reservas Ecológicas da Região Metropolitana, estabelecidas pela Lei Estadual 9989/1987 a não ser aquelas que foram, posteriormente, efetivamente criadas como Unidades de Conservação. Não se trata simplesmente de discordância de nomenclatura ou indefinição de categorias, mas de inexistência de objetivos definidos e de regime especial de administração, assim como ausência de medidas adequadas de proteção. Essas áreas podem ser consideradas protegidas lato sensu, mas não atendem à definição de Unidade de Conservação do SNUC nem ao conceito adotado pela UICN para áreas protegidas : A clearly defined geographical space, recognised, dedicated and managed, through legal or other effective means, to achieve the long-term conservation of nature with associated ecosystem services and cultural values. Também não foram consideradas as áreas estuarinas cuja proteção se encontra prevista na Lei Estadual 9931/1986, não só pelo equívoco de sua redação define como área de proteção ambiental as reservas biológicas constituídas pelas áreas estuarinas do Estado de Pernambuco (...), como pela inexistência de regulamentação da lei e evidente mau uso da expressão área de proteção ambiental que, no caso, não parece ter correspondência com a definição de APA. Essas áreas podem ser consideradas, de acordo com Rodrigues (2005), unidades de conservação atípicas, consideradas pelo autor como extrasistema. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 16

17 Tabela 3: Unidades de Conservação sob as gestões federal e estadual, em Pernambuco Categoria / Nome da Unidade de Conservação Grupo Município Domínio Ecossistema Protegido Diploma Legal Área (ha) RPPN Fazenda Tabatinga US Goiana Particular Mata Atlântica: floresta e manguezal Portaria CPRH 093/97 19,39 RPPN Fazenda Bituri US Brejo da Madre de Deus Particular Brejo de Altitude Portaria CPRH 225/99 110,21 RPPN Pedra do Cachorro US São Caetano Privado Caatinga e vegetação rupestre. Portaria CPRH 88/01 18,00 RPPN Reserva Ecológica Mauricio Dantas US Betânia e Floresta Particular Caatinga Portaria IBAMA 104/97- N 1.485,00 RPPN Santa Beatriz do Carnijó US Jaboatão dos Guararapes/ Moreno Particular Mata Atlântica Portaria IBAMA 024/01 25,00 RPPN Nossa Senhora do Oiteiro de Mata Atlântica: restinga e US Ipojuca Particular Maracaípe manguezal Portaria IBAMA- 058/00 76,88 RPPN Reserva Cabanos US Altinho Particular Caatinga Portaria IBAMA - 092/02 6,00 RPPN Frei Caneca US Jaqueira Particular Mata Atlântica Portaria IBAMA - 091/02 630,43 RPPN Cantidiano Valgueiro Carvalho Barros US Floresta Particular Caatinga Portaria IBAMA - 117/02 285,00 RPPN Reserva Natural Brejo US Saloá Particular Brejo de altitude Portaria IBAMA 90/02 52,39 RPPN Siriema US Belém de São Francisco Particular Caatinga (sem informações) Portaria ICMBio 35/ ,93 RPPN Jurema US Belém de São Francisco Particular Caatinga (sem informações) Portaria ICMBio 33/ ,50 RPPN Umburana US Belém de São Francisco Particular Caatinga (sem informações) Portaria ICMBio 34/ ,02 RPPN Laje Bonita US Quipapá Particular Mata Atlântica: floresta Portaria CPRH 57/06 12,12 RPPN Jussaral US Catende Particular Mata Atlântica: floresta Portaria CPRH/ ombrófila SECTMA 08/06 331,0 RPPN Bicho Homem US Catende Particular Mata Atlântica: floresta Portaria CPRH/ ombrófila SECTMA 07/06 90,0 RPPN Fazenda Santa Rita US São Caetano Particular Mata Atlântica Portaria CPRH 71/06 122,71 RPPN - Calaça US Lajedo Particular Caatinga (sem informações) Portaria ICMBio 32/ ,63 RPPN Engenho Contestado US Maraial Particular Mata Atlântica: floresta Portaria ombrófila CPRH/SECTMA 02/08 87,0 RPPN Karawa-tã US Gravatá Particular Caatinga Portaria CPRH/SECTMA 01/09 101,58 Continua... Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 17

18 Tabela 3 continuação Categoria / Nome da Unidade de Conservação APA Costa dos Corais APA da Chapada do Araripe APA Fernando de Noronha, Rocas, S. Pedro e S. Paulo APA de Guadalupe Grupo Município Domínio Ecossistema Protegido Diploma Legal Área (ha) US US US US S.Jose da C. Grande, Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso e Público Municípios de AL Araripina, Trindade, Ouricuri, Ipubi, Exu, Santa Cruz, Bodocó, Público/Parti Cedro, Moreilândia, Granito, cular Serrita. Arquipélago de Fernando de Noronha, Ilhas de São Pedro e São Paulo Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré e Barreiros APA de Sirinhaém US Sirinhaém, Rio Formoso Público/Parti cular Público/Parti cular Público/Parti cular APA Santa Cruz US Itapissuma, Igarassu e Goiana Público/Parti cular Camaragibe, Recife, Paulista, APA Aldeia-Beberibe US Abreu e Lima, Igarassu, Público/Parti Araçoiaba, Paudalho e cular Tracunhaém Marinho Caatinga e cerrado (vegetação das chapadas) Ilhas oceânicas: ecossistemas marinho e vegetação terrestre. Mata Atlântica: fragmentos de floresta ombrófila, manguezais. Ecossistemas marinhos. Mata Atlântica: floresta ombrófila, manguezais. Ecossistemas marinhos. Mata Atlântica: Ambientes estuarinos; manguezais Mata Atlântica: fragmentos de floresta ombrófila Dec. Fed. S/N de Decreto Federal S/N de , ,57 em PE, do total de ,00 Dec. Fed / ,00 Decreto Estadual /97 Decreto Estadual nº21.229/98 Decreto Estadual 32488/ , , , ,00 sem Decreto Federal S/N de 6.668,0 RESEX Acaú-Goiana US Goiana e municípios da Paraíba Manguezais informações 26/11/2007 (total) (a) Dec. Fed. S/N de Floresta Nacional de Negreiros US Serrita Público Caatinga 3.000,40 11/10/2007), Público Mata Atlântica: floresta Estação Ecológica de Caetés PI Paulista Lei Estadual /98 157,00 Estadual ombrófila Parque Nacional Marinho de Fernando de Sem PI Fernando de Noronha Marinho ilhas oceânicas Dec. Fed / Noronha informações Mata Atlântica: floresta Reserva Biológica de Saltinho PI Tamandaré e Rio Formoso Público Dec. Fed / ,00 ombrófila Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 18

19 Continua... Tabela 3 continuação Categoria / Nome da Unidade de Conservação Grupo Município Domínio Ecossistema Protegido Diploma Legal Área (ha) Reserva Biológica de Serra Negra PI Floresta, Inajá e Tacaratu Público Caatinga: mata serrana Dec. Fed / ,00 Reserva Biológica Pedra Talhada PI Lagoa do Ouro (PE) e Quebrangulo (AL) em informações Parque Estadual Dois Irmãos PI Recife Público Mata Atlântica: floresta ombrófila Mata Atlântica: floresta ombrófila Dec. Fed /1989 Lei Estadual 11622/98, modificada pela Lei Estadual 13159/2006 Dec. Fed. S/N de 13/12/2002 Parque Nacional do Catimbau PI Buíque, Ibimirim e Tapanatinga Público/partic ular Caatinga ,00 Refúgio de Vida Silvestre Mata de Santa Cruz PI Itamaracá Particular Mata Atlântica Lei Estadual /08 54,28 Refúgio de Vida Silvestre Mata do Amparo PI Itamaracá Público Mata Atlântica Lei Estadual /08 172,9 Refúgio de Vida Silvestre Mata do Engenho São João PI Itamaracá Público Mata Atlântica Lei Estadual /08 34,0 Refúgio de Vida Silvestre Público/Parti PI Itamaracá Mata do Jaguaribe cular Mata Atlântica Lei Estadual /08 107,36 Refúgio de Vida Silvestre Mata Engenho Macaxeira PI Itamaracá Público Mata Atlântica Lei Estadual /08 60,84 Refúgio de Vida Silvestre Mata Lanço dos Cações PI Itamaracá Particular Mata Atlântica Lei Estadual /08 50,12 APA Aldeia Beberibe (a) Sem informações sobre extensão em Pernambuco. US Camaragibe, Recife, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Araçoiaba, São Lourenço da Mata, Paudalho Público /Particular Mata Atlântica Decreto Estadual 34692/ ,0 (total) (a) 384, ,00 Fontes: Site do Centro Nordestino de Informações sobre Plantas (CNIP). Disponível em da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) Disponível em: Site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Disponível em: Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 19

20 Duas outras Unidades de Conservação com diplomas legais não foram incluídas na Tabela 3: a APA Estadual de Fernando de Noronha, criada pelo Decreto estadual Nº /89 e o Parque Estadual de Fernando de Noronha, criado pela Lei Orgânica do Distrito Estadual de Fernando de Noronha (Lei Nº , de 28/12/1995). Compreende-se que o estabelecido por ambos os instrumentos legais não corresponde a Unidades de Conservação não só por não contar com o necessário regulamento, nem atender aos objetivos das respectivas categorias, mas principalmente por se sobrepor a Unidades de Conservação equivalentes, de gestão federal, consolidadas e regulamentadas (APA de Fernando de Noronha - Rocas - São Pedro e São Paulo e Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha). É interessante observar que, no site da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), aquelas duas áreas protegidas não são elencadas como unidades de conservação estaduais. Além disso, não há regulamento, zoneamento nem plano de gestão, constando do Decreto Nº /89 apenas as seguintes restrições de uso: Art. 2º - Na Área de Proteção Ambiental do Arquipélago de Fernando de Noronha ficam proibidas: I - a implantação de atividades potencialmente poluidoras ou que provoquem sensível alteração nas condições ecológicas locais; II - a utilização indiscriminada ou em desacordo com as normas e recomendações técnicas oficiais, de biocidas e fertilizantes; III - a implantação de projetos que, por suas características, possam provocar deslizamento de solos e outros processos erosivos. Encontram-se, portanto, na Tabela 3, 42 Unidades de Conservação em Pernambuco, sendo 13 de proteção integral e 29 de uso sustentável. A responsabilidade pela gestão se reparte de forma igualitária: 21 estão sob responsabilidade estadual e 21 sob a administração federal. A área total sob regime de proteção não pôde ser calculada porque de algumas unidades interestaduais não foi possível obter a informação sobre a fração em território pernambucano. Também se observaram algumas inconsistências entre Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 20

21 dados de extensão territorial das unidades de conservação, provenientes de diferentes fontes, por vezes apresentados em um mesmo documento. A categoria com mais unidades é a das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), integrada por 20 unidades. O maior número de RPPN é encontrado no Domínio da Caatinga: onze, sendo duas das quais em áreas de brejo de altitude. O número de RPPN vem crescendo desde sua instituição em 1990, pelo Decreto /90, revogado pelo Decreto 1.922, de 5 de junho de 1996, que dispõe sobre o reconhecimento dessas áreas protegidas, consolidando-se com a aprovação do SNUC. As condições para criação e reconhecimento de RPPN em Pernambuco foram estabelecidas em 1997, por meio do Decreto Nº , de 02 de junho de De 1997 a 2000, quatro RPPN foram criadas, número que passou a seis, entre 2001 e 2005, e chegou a 10, entre 2006 e A despeito de não se contar com avaliações periódicas dos resultados obtidos em termos de conservação e de sustentabilidade socioeconômica dos projetos, pode-se concluir que a criação de RPPN mostra-se atrativa aos proprietários, cabendo aos órgãos estadual e federal competentes incentivar a ampliação do número de unidades. Publicada pelo Governo do Estado no diário oficial em 4 de junho de 2011, a Lei /2011 categoriza as 32 reservas ecológicas da Região Metropolitana do Recife instituídas pela Lei 9.989/1987 que estavam a quatro dias de deixarem a existir devido ao término do prazo de reclassificação estabelecido pela Lei /2009 que instituiu o SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservação. De acordo com o Art. 1º da Lei /2011, do total de Unidades de Conservação da RMR que careciam recategorização, 20 passam a ser Refúgio de Vida Silvestre, 08 Reservas de Florestas Urbanas e outras 02 Parques Estaduais. Com isto, Pernambuco passa a ter 66 Unidades estaduais reconhecidas pelo Governo, todas em Domínio de Mata Atlântica, divididas em 35 unidades sustentáveis como a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, que compreende oito municípios metropolitanos, e outras 31 unidades de proteção integral, a exemplo do Parque Estadual Horto de Dois Irmãos, no Recife, e a Estação Ecológica de Caetés, em Paulista. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 21

22 Além disso, no dia 8 de junho do corrente ano o Governador do Estado, Eduardo Campos, assinou um decreto que institui o Comitê Executivo de Gestão de Unidades Ambientais que pretende efetivar uma política pública voltada para a preservação ambiental. Este decreto irá permitir a implantação e implementação de 71 unidades de conservação ambiental nos próximos 36 meses, a começar pela criação das cinco primeiras unidades de preservação no Bioma da Caatinga. Os novos espaços de preservação da Caatinga ficam em Carnaíba (Serra da Matinha), Afrânio, Parnamirim, São Caetano (Pedra do Cachorro) e Serra Talhada (Fazenda Saco). Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 22

23 2. Criação e implantação do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré 2.1 Histórico da criação do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré e instrumentos normativos 2.2 A importância cultural, turística e ambiental e os programas de Desenvolvimento Turístico e de Gerenciamento Costeiro A importância cultural, turística e ambiental Os programas de Desenvolvimento Turístico e de Gerenciamento Costeiro Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 23

24 2. CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO FORTE DE TAMANDARÉ 2.1 Histórico da criação do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré e instrumentos normativos A proposta de criação de uma unidade de conservação do grupo de proteção integral no município de Tamandaré partiu do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Tamandaré COMDEMA, tendo como principal fator motivacional o início das obras do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste PRODETUR/NE, na área do Centro Turístico Guadalupe, que envolve os municípios de Tamandaré, Rio Formoso, Sirinhaém e Barreiros. O Programa, nesta sua primeira etapa baseava-se, especialmente, na dotação de infraestrutura viária para essa região, a fim de atrair investimentos para formação de um polo turístico no Litoral Sul. Estes investimentos, no entanto, ocasionaram diversos impactos nos ambientes costeiros e marinhos, que começaram a ser sentidos nas localidades. Em novembro de 2000, deu-se início a uma série de reuniões entre representantes do Governo do Estado de Pernambuco, da Unidade Executora Estadual (UEE) do PRODETUR e o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA) de Tamandaré, para discutir sobre os impactos causados e cobrar ações para mitigar e prevenir futuros impactos e conflitos gerados pelo Programa. Através da mobilização do COMDEMA, em parceria com a CPRH, o município de Tamandaré conseguiu paralisar as obras do PRODETUR devido à ausência de Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto no Meio Ambiente (EIA/RIMA), específicos para cada obra (figura 01). Com a intervenção do Ministério Público Estadual, por meio da abertura de um Inquérito Civil para apurar as responsabilidades dos danos ambientais, foram discutidas as bases para a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que mencionava as responsabilidades das partes envolvidas e as medidas mitigadoras, compensatórias e preventivas, relacionadas aos danos causados, entre elas estava a criação do Parque Natural Municipal de Tamandaré. Inicialmente, a proposta era a criação de um Parque Estadual na área da Praia dos Carneiros, em função desta região estar inserida na área afetada pelos Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 24

25 impactos das obras e, para conservação de sua biodiversidade e beleza paisagística. Todavia, a ideia foi descartada pela inviabilidade de desapropriação apontada pelo Governo de Pernambuco (Figura 02). Figura 01: Via de Penetração Sul e os impactos ambientais: erosão decorrente da paralisação da obra, impedindo o reestabelecimento da vegetação. Fonte: Geosistemas, 2005 Figura 02 : Vista da Mata de Carneiros em seu estado atual e das obras da ponte sobre o rio Ariquindá. Fonte: Geosistemas, 2010 Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 25

26 Como alternativa à área dos Carneiros, foi recomendada pela equipe técnica do Instituto Recifes Costeiros 1, uma nova área, para a qual foi elaborada uma Exposição de Motivos que justificava a criação de um Parque na área do Forte Santo Inácio de Loyola e seu entorno, e incluía a área marinha de exclusão de uso (área fechada para recuperação dos recifes de coral). Esta alternativa não incorria em desapropriações, por se tratar de área pública (FERREIRA & MAIDA, 2001 apud ESTIMA, 2004). A justificativa técnica consubstanciada no documento Exposição de Motivos, elenca, entre os vários fatores que influenciaram na escolha da área: 1) A importância histórica e ambiental da Bahia de Tamandaré, referenciada historicamente como o melhor porto natural de Pernambuco; 2) As pesquisas e atividades socioambientais desenvolvidas pelo Projeto Recifes Costeiros (UFPE/CEPENE-IBAMA/FMA/BID), desde 1998; 3) A proximidade do Centro de Pesquisas e Extensão Pesqueira do Nordeste (CEPENE/IBAMA); 4) A falta de integração do Forte Santo Inácio de Loyola com a comunidade local; 5) A existência de três Unidades de Conservação no município REBIO Saltinho, APA de Guadalupe e APA Costa dos Corais; e 6) A necessidade de recuperação e preservação do Forte Santo Inácio de Loyola (ESTIMA, 2004 e 2008). Em setembro de 2003, considerando a aprovação dessa área pelos conselheiros do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Tamandaré (COMDEMA), o Executivo Municipal de Tamandaré editou o decreto de criação do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré. O COMDEMA criado pela Lei Municipal nº 072/99, de 17 de maio de 1999, com modificação pela Lei Complementar nº 01/99, de 17 de junho de 1999 tratase de um Órgão Colegiado representativo da comunidade, de função deliberativa, consultiva, normativa e fiscalizadora. É composto por representantes de entidades governamentais e da sociedade civil organizada e é a instância superior de política ambiental do município e integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente. 1 O Instituto Recifes Costeiros foi criado em outubro de 2001 a partir do trabalho desenvolvido por um grupo de pesquisadores que atuavam no Projeto "Iniciativa de Manejo Integrado para o Sistema Recifal Costeiro entre Tamandará á PE e Paripueira à AL", conhecido como "Projeto Recifes Costeiros". Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 26

27 A proposta formulada pelo COMDEMA buscava garantir a aplicação de recursos decorrentes de compensação ambiental em uma unidade de conservação municipal, uma vez que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SNUC (Lei 9.985, de 18/07/00), em seu Cap. IV, artigo 36, determina que nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo Proteção Integral. O montante do recurso a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento. O Parque Natural Municipal de Tamandaré instituído pela Prefeitura, através do Decreto n.º 013, em 10 de setembro de 2003, possui 349 hectares e contempla uma área terrestre, que inclui o Forte Santo Inácio de Loyola, a Capela e o antigo cemitério; e uma área marinha, que engloba a Zona de Recuperação Recifal de Tamandaré (ESTIMA, 2004). A criação do Parque teve como objetivos: I manter a integridade do patrimônio histórico-cultural que o Forte de Tamandaré representa para o município; II ordenar o uso da área pública onde está inserido o Forte de Tamandaré; III preservar os ambientes naturais costeiros e marinhos da Baía de Tamandaré; IV incentivar as manifestações culturais e turísticas compatíveis com a preservação ambiental e do patrimônio histórico-cultural; V possibilitar o desenvolvimento de pesquisa científica e programas de educação ambiental. O artigo 4º determinou que o Parque Natural Municipal Forte de Tamandaré será administrado pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente COMDEMA, instituído pela Lei Municipal no. 072/99 de 17 de maio de 1999, o qual será responsável pela regulamentação do Parque. Já o artigo 5º estabelece que Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 27

28 o Poder Público Municipal poderá firmar convênios, acordos e contratos com órgãos de entidades públicas ou privadas para a gestão do Parque Natural Municipal Forte de Tamandaré. Em 2004, houve a edição do Decreto Municipal nº. 33/2004 que promoveu alterações no decreto anterior Decreto nº. 13/2003. O artigo 4º passou a ter a seguinte redação: O Parque Natural Municipal de Tamandaré será administrado pela Prefeitura de Tamandaré. Resta, facultada a mesma, solicitar ao conselho consultivo parecer sobre a regulamentação do referido Parque. O Decreto nº. 33/2004 também estabeleceu através dos artigos 2º o e 3º que o Parque Natural Municipal de Tamandaré é parte integrante da Diretoria de Turismo, Cultura, Comércio e Meio Ambiente e que o Parque terá como gestor nato o titular da Secretaria de Meio Ambiente e será ainda designado um coordenador administrativo, nomeado pelo prefeito municipal. Em 2007, foi editado o Decreto nº. 15/2007, o qual revogou o Decreto nº.13/2003. Já em 2008 foi editado novo decreto tratando sobre o assunto. Falamos do Decreto nº. 011/2008 que revogou o Decreto nº. 15/2007, e restabelece as regras contidas no Decreto nº. 13/2003, que criou o Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré. Esse novo instrumento determinou ainda que: O Poder Público Municipal, no prazo máximo de 12 (doze) meses, contados da assinatura deste Decreto, promoverá estudos técnicos que permitam identificar a categoria, a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a implantação de unidade de conservação ambiental no âmbito do Município de Tamandaré (Art. 3º). O Artigo 4º estabeleceu ainda que: Após a conclusão do competente estudo técnico, será realizada consulta pública, onde serão fornecidas por parte do Poder Público, informações adequadas e claras à população local e a outras partes interessadas, para que estas possam também determinar e identificar, a categoria, a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a implantação de unidade de conservação ambiental no âmbito do Município de Tamandaré. O artigo 5º atribui ao titular da Secretaria de Turismo Comércio, Cultura, Meioambiente a responsabilidade de coordenar os trabalhos da consulta popular, na qual será submetido o resultado da pesquisa científica encomendada para Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 28

29 identificar: a categoria, a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a implantação de unidade de conservação ambiental. Seria a consulta pública a instância máxima para a aprovação da criação de unidade de conservação no Município de Tamandaré (Art. 6º). Por fim, cabe um registro ao artigo 7º que determina que Por quanto durar a pesquisa técnica e a consulta pública, o Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré, terá o seu uso disciplinado pela Lei do uso e ocupação do solo urbano, consoante o que dispõe a Lei Municipal nº 188, de 27 de dezembro de O Decreto também determina que a utilização da área do entorno do Forte Santo Inácio, se dará mediante prévia licença, sendo permitido a sua utilização pela população como área de lazer, prática de esportes, eventos culturais e artísticos e que fica vetado por toda a área a edificação de caráter permanente, sendo admitida a instalação de equipamentos móveis de estruturação porquanto durar o evento ( 1º e 2º do artigo 7º). O Parque Natural Municipal de Tamandaré, como Unidade de Conservação de proteção integral, segue determinações semelhantes às dos Parques nacionais, de acordo com o artigo 11º da Lei do SNUC: Art. 11º O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 1o O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 2o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento. 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. 4o As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 29

30 Como pode ser apreendido do texto normativo, o parque nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, com permissão para a realização de pesquisas científicas. Os parques nacionais devem possuir esses dois requisitos especiais. A exigência da beleza cênica se relaciona com os objetivos de turismo e de recreação em contato com a natureza. Um sítio com tais qualificações certamente está mais apto a atrair as pessoas, sobretudo para o turismo contemplativo e de aventura. Nos parques a visitação pública é permitida, condicionada às restrições do plano de manejo e às normas do órgão gestor da unidade. A posse e o domínio devem ser públicos e a pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade, estando sujeita às condições e restrições por este estabelecidas. A criação do Parque Natural Municipal de Tamandaré, Unidade de Conservação de proteção integral, buscou conciliar interesses de preservação ambiental e preservação histórica. A baía de Tamandaré, região onde se encontra o Parque Natural Municipal de Tamandaré tem grande valor histórico, tendo sido citada desde a época da colonização como o melhor porto natural do estado de Pernambuco. Segundo o memorial justificativo da escolha da área do PNMFT, esta baía também tem um grande valor ambiental: Do ponto de vista ambiental, a Baía de Tamandaré também é muito importante. De acordo com o sistema de classificação citado por Guerra (1969), a Baía de Tamandaré é uma reentrância na costa formada em decorrência da estrutura de falhamento típico de litorais atlânticos. Morfologicamente apresenta-se de forma semicircular com concavidade e simetria quase perfeita. A perfeição de sua concavidade demonstra a forte ação regularizadora do mar em suas características geomorfológicas, modulada pelo efeito de fortes ondas, ventos e correntes de deriva litorânea e maré (MOURA, 1991). Em sua região central a Baia de Tamandaré apresenta uma praia estreita e de declive acentuado até a isóbata de 10 metros. A variação da amplitude de maré atinge suas variações extremas por ocasião dos equinócios e borrascas (REBOUÇAS, 1962 e 1966), com valores médios de 2,7 metros. Durante períodos de Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 30

31 preamar e em situações de ventos fortes, as águas avançam a berna da praia que se modifica sazonalmente em processos de retirada e deposição de sedimentos. Apesar da forte hidrodinâmica sazonal, a praia da Baia de Tamandaré até o momento se encontra estável em relação aos processos de erosão, devido à presença de um cinturão verde de vegetação fixadora do sedimento na região da berma e do pós-praia. Também contribuí para a proteção da praia a ocorrência de recifes de coral em frente à Baía. Considerados um dos ambientes mais ameaçados do Planeta, os recifes ecossistemas marinhos tropicais, formados pela deposição de carbonato de cálcio de organismos como corais, algas e moluscos, que abrigam uma grande diversidade de vida também são importantes para a proteção da costa, atividades de pesca e turismo (PROJETO RECIFES COSTEIROS, 2001). Pelo que se pode observar, o Parque Natural Municipal de Tamandaré possui funções ambientais e de preservação do patrimônio histórico. Ele também possui importantes funções urbanas considerando a sua localização e a relação que população desenvolve com ele. Tal análise poderá ser bem apreendida quando do diagnóstico. Em resumo, os instrumentos normativos que regulamentam o Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré, unidade de conservação de proteção integral, são os seguintes: Leis que estabelecem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) Lei 9985/ e Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) Lei Estadual 13787/2009 e Decreto Federal 4340/2002, que regulamenta o SNUC. Ofício do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Tamandaré ao Coordenador do PRODETUR, em 7 de fevereiro de Decretos Municipais Nº 013/2003 que cria o Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré e Nº 011/2008 que restabelece as regras contidas no Decreto Nº 013/2003. Termo de Ajustamento de Conduta MPF/PE/MC Nº002/2008. Subsídios para o Plano de Manejo do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré (documento não datado e sem autoria explícita, com identificado como procedente da pela Secretaria de Educação e Cultura de Pernambuco). Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 31

32 Exame técnico do Processo de Tombamento do Forte de Tamandaré, com parecer conclusivo da FUNDARPE, em Resolução 7/85 do Conselho Estadual de Cultura (Declara o tombamento do Forte e define o perímetro de tombamento), homologada pelo Decreto Nº20914/1998. Termo de Cessão de Uso em que a Capitania dos Portos de Pernambuco concede à Prefeitura de Tamandaré o uso do Forte Santo Inácio de Loyola, com o propósito de restauração do imóvel para preservação histórica e cultural da Marinha e do Município. 2.2 A importância cultural, turística e ambiental O município de Tamandaré, situado no litoral Sul de Pernambuco, segundo os dados da Secretaria de Turismo do Estado e pela Empresa Pernambucana de Turismo (EMPETUR), é considerado um dos principais destinos turísticos do litoral sul do Estado de Pernambuco. A inclusão do município no Polo Costa dos Arrecifes (PRODETUR/NE), em função dos diversos atrativos naturais e culturais, pela considerável demanda turística e pelo poder de atração de grandes investimentos, reforça o potencial e o grande interesse na região para o desenvolvimento da atividade turística. A área continental do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré é de grande relevância cultural por ter sido palco de fatos importantes da história local e, especialmente, pela presença do Forte Santo Inácio de Loyola, tombado em nível estadual em reconhecimento à importância histórica desse monumento. Visto o seu valor inestimável para a história de Pernambuco e seu potencial de atratividade turística, a FUNDARPE homologou o Tombamento da Fortaleza de Santo Inácio de Tamandaré, através do ofício n.º 970/99, enviado à Prefeitura Municipal de Tamandaré. Dessa forma, o imóvel e seu polígono de tombamento passou a ser amparado por legislação específica e incorporado ao Patrimônio Histórico do Estado de Pernambuco. O Forte foi tombado através do Decreto Estadual n.º , de 08 de outubro de 1998 e republicado em 08 de abril de A partir do tombamento, toda e Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 32

33 qualquer intervenção física no imóvel e em seu polígono de tombado deve passar por análise prévia da FUNDARPE e do Conselho Estadual de Cultura (FUNDARPE, 2005). Segundo Santos (2000), no território onde hoje se encontra o PNMFT funcionou o Porto de Tamandaré, da segunda metade do século XVI até o início do século XX, sendo considerado o melhor ancoradouro da região. O Porto serviu para transportar o açúcar dos engenhos e teve grande importância na época para o povoamento da região, tendo entrado em decadência com o surgimento das ferrovias e rodovias. Atestando a importância do Porto de Tamandaré, pode-se destacar a construção de um lazareto no período de 1897 a 1901 que, todavia, nunca funcionou como tal, tendo suas edificações adaptadas para a instalação de uma escola profissional, o Patronato João Coimbra, inaugurado em Sob vários aspectos, a origem da Vila de Tamandaré está bastante ligada ao antigo patronato, sendo inclusive a primeira rede de abastecimento de água (LIMA, 2006). Entre 1898 e 1902, construiu-se um farol metálico num dos baluartes da fortaleza que, então, já estava sem uso, pois com o declínio do porto, cuja função principal era exportar o açúcar fabricado na região, o forte também perde suas características de defesa e de importante ponto de convergência econômica de uma região (OLIVEIRA, s.d. apud FARIAS, 2002). Em 1932, o farol metálico foi substituído por outro em concreto e, em 1978, a Marinha inicia negociações para requisição da fortaleza, que até então pertencia ao Exército. Atualmente observa-se que a fortaleza, que fica a 500 metros do mar, encontra-se em precário estado de conservação, inclusive com perda de algumas características originais. Mesmo sendo um patrimônio tombado, nenhuma ação de proteção ou conservação foi realizada até o momento por parte do órgão competente (ESTIMA, 2008, p.128). Na Capela de Santo Inácio de Loyola, construída no interior do forte, em 1780, ainda são celebradas missas durante a Festa de Santo Inácio de Loyola. A capela em estilo colonial sofreu modificações na década de 1990, quando trocaram o piso de pedra por cerâmica (FUNDARPE, 2005), figuras 03 e 04. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 33

34 Figuras 03 e 04: Vista do interior da fortificação, apresentando a Capela de Santo Inácio de Loyola e seu altar(dir). Foto: Geosistemas, Alguns eventos são realizados na área do PNMFT, com instalação de infraestrutura provisória, como os shows realizados todos os anos no mês de janeiro, durante as comemorações em homenagem ao do Santo Inácio de Loyola. Essas comemorações envolvem a celebração de missa ao ar livre, feirinha de artesanato e comidas típicas, bem como eventos ligados à educação ambiental, como a Regata dos Jangadeiros de Tamandaré (Figuras 05 e 06). Figuras 05 e 06: Festa de Santo Inácio Loyola julho/2005, e Regata dos Jangadeiros de Tamandaré Fonte: (ESTIMA, 2008) e (COMDEMA, 2004). A realização desses eventos de menor porte tem sido incentivada pela Prefeitura e o COMDEMA, uma vez que se relaciona com um dos objetivos do Parque de incentivar as manifestações culturais e turísticas compatíveis com a preservação Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 34

35 ambiental e do patrimônio histórico-cultural" (PMT, Decreto nº 013/2003). Esses eventos têm proporcionado lazer e entretenimento para a comunidade e turistas que desejam vivenciar a cultura local. Além da área do Parque do Forte, outros atrativos turísticos naturais e culturais complementam a atratividade do município que propiciam no verão, período de alta estação, um fluxo de visitantes. Grande parte destes números corresponde a um turismo de segunda residência, advindo da Região Metropolitana do Recife e agreste pernambucano, a procura de sol e mar (ESTIMA, 2008). Todavia, grande parte dos atrativos turísticos não está em bom estado de conservação, nem adequada ao uso turístico, comprometendo a experiência vivenciada, como por exemplo, a Casa do Artesão, situada na Praça Almirante Tamandaré. Inaugurada em 2001, funciona como ponto de apoio e venda de peças confeccionadas pelos artesões da região, incluindo a Associação das Mulheres do Bairro Estrela do Mar, esposas de pescadores, que têm nesta atividade um complemento da renda familiar. A casa conta com um acervo criado com matéria prima proveniente do coqueiro, cipó, além de artesanato com forte referência aos animais marinhos, como peixes, crustáceos e estrela do mar, (Figura 07). Figura 07: Casa do Artesão de Tamandaré Fonte: Geosistemas, Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 35

36 As manifestações folclóricas no município estão ligadas às festividades relacionadas ao ciclo carnavalesco (trios elétricos e blocos de rua); da quaresma (encenação da Paixão de Cristo; e ao período junino (quadrilhas, concurso de sanfoneiros, shows com artistas regionais e a culinária a base de milho), Figuras 08 e 09). Figuras 08 e 09: Encenação da Paixão de Cristo em Tamandaré, em 1998 e 2003, respectivamente. Fonte: Arquivo Prefeitura Municipal de Tamandaré, De acordo com a PMT (2010) um folguedo tradicional do município é o samba do matuto, que havia desaparecido das festas do local, mas foi reavivado, num trabalho de resgate histórico cultural com jovens da cidade. O samba do matuto é considerado uma manifestação folclórica do município que sofreu diversas influências rítmicas e assim se fundou um ritmo novo e uma dança nova com particularidades impares. (...) teria surgido em Tamandaré quando o local ainda era uma vila de pescadores, por volta da segunda metade do século XX. O samba de matuto teria chegado a Tamandaré por influência de alguns mestres de Alagoas, que influenciaram o folguedo com ornamentos das roupas e chapéus, espelhos e muito brilho, como os que são usados nas roupas do reisado e do guerreiro. Em relação aos atrativos naturais, Tamandaré possui grande beleza paisagística, rico ecossistema e, notadamente por suas praias, dentre as quais se destacam: Praia de Tamandaré: formada por duas baías, com águas tranquilas e cristalinas ideais para o mergulho. Localiza-se ao sul da Praia de Campas (Figura 10). Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 36

37 Figura 10: Vista da praia de Tamandaré Fonte: Geosistemas, 2010 Praia Boca da Barra/Mamocabinha: também conhecida como praia Mamocabinha, está localizada ao sul da Praia de Tamandaré, nas imediações do Forte de Tamandaré e do Farol de Tamandaré. É uma praia urbanizada e bastante frequentada, com mar tranquilo e recifes de coral. Recifes de Corais: em todo o litoral de Tamandaré são estas formações, lugar onde se formam as piscinas naturais (Figuras 11 e 12). Figuras 11 e 12: vista dos recifes de corais e piscinas naturais a partir de passeio de jangada. Fonte: Geosistemas, Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 37

38 Piscinas Naturais: As piscinas naturais de Tamandaré são uma das grandes atrações e estão localizadas a poucos metros das margens da praia. Com águas cristalinas são ideais para a prática do mergulho, um dos esportes mais praticados graças à beleza de seus recifes de coral, onde vivem numerosas espécies de peixes. Passeios de barco e jangada: Uma das atrações mais frequentadas pelos turistas que visitam o município. As rotas mais freqüentes são as que vão até a Ilha de Santo Aleixo, a Ilha de Coqueiro solitário e os mangues do Rio Ariquindá (Figura12). Mirante do Oitizeiro: Localiza-se no ponto mais alto da cidade e serviu na segunda guerra mundial como observatório. No tronco do Oitizeiro encontra-se uma fenda natural onde foi colocada uma imagem de São Pedro. Reserva Biológica de Saltinho: Consiste em uma das poucas áreas de Mata Atlântica conservadas. Nos seus mais de 500 hectares convive uma grande variedade de espécies vegetais e da fauna nativa. Em seu interior encontra-se a cachoeira do Bulha, com 7,0m de altura e o Museu da Árvore (Figura 13). Figura 13: Reserva de Saltinho. Fonte: Geosistemas, 2010 Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 38

39 2.3 Os Programas de Desenvolvimento Turístico e de Gerenciamento Costeiro O Litoral Sul de Pernambuco tem ilustrado um processo intenso de urbanização turística em função dos investimentos do Estado em conjunção com investidores internacionais e nacionais. Observa-se que os programas e projetos direcionados para esta região e as oportunidades que se delineiam para a área litorânea, referem-se basicamente ao ordenamento do turismo e o incentivo ao dinamismo econômico regional associado à sustentabilidade ambiental. Dentre os programas destacam-se o Projeto Orla, o Programa de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR e o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata PROMATA. O Programa de Gerenciamento Costeiro de Pernambuco (GERCO/PE), coordenado pela Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), foi implantado em 1990 com o objetivo de orientar o processo de ocupação e uso do solo e de manejo dos recursos naturais na zona costeira. Emergiu da Lei Federal nº 7661/88, que instituiu o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), fundamentado na Política Nacional do Meio Ambiente e aprovado pelo CONAMA e CIRM (Comissão Interministerial para os Recursos do Mar). No âmbito da CPRH, o GERCO/PE está sendo desenvolvido na Diretoria de Recursos Hídricos e Florestais (DHF) e na Supervisão de Gestão Territorial - Urbana, Rural e Costeira, através da Coordenação Estadual do Projeto, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Em 2003, publicou o Diagnóstico Socioambiental do Litoral Sul, contendo Proposta de Zoneamento, com as diretrizes para gestão dessa zona costeira, onde o turismo vem desempenhando papel de destaque, tendo como um dos objetivos elaborar o Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro (ZEEC) do Estado de Pernambuco, a fim de estabelecer normas de uso e ocupação do solo e de manejo dos recursos naturais na zona costeira, visando promover o desenvolvimento sustentável da área e a melhoria da qualidade de vida das populações locais. O Projeto Orla, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), foi concebido com o objetivo de contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável, através da identificação e discussão dos conflitos existentes de usos da zona costeira a qual é Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 39

40 definida no Brasil na Lei nº (BRASIL, 1988), como o espaço geográfico de interação do ar, do mar e da terra, incluindo seus recursos renováveis ou não, abrangendo uma faixa marítima e outra terrestre. O Orla também objetivou a elaboração e implementação de propostas e ações coordenadas, com base na situação atual, que compatibilizem as políticas ambientais e patrimoniais, no nível federal, estadual e municipal. Embora não esteja ainda estruturado e em funcionamento, a implantação do Projeto Orla trará um impacto positivo na região uma vez que, em cada município, deve ser criado um comitê gestor da orla local, que foque o espaço e as ações definidas pelos planos de cada município. O Projeto Orla sugere que esse Comitê seja composto por integrantes do grupo de gestores local e de outras instituições integrantes dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente, que discutem e buscam soluções para os problemas e conflitos nos territórios municipais, havendo também um Conselho Gestor Regional para discussões mais abrangentes, ao nível de região. O Orla repassa a gestão da orla para o município, que assume a função de gerir e arrecadar impostos e multas da ocupação indevida desses espaços, favorecendo sua regularização. Já foi assinado o convênio com o município de Tamandaré, instalado um conselho composto pelos mesmos membros do COMDEMA e redigido o Regimento Interno para o Projeto. O Plano de Intervenção do Projeto Orla (PIO) de Tamandaré tem como objetivo apresentar diretrizes para promover o desenvolvimento sustentável desse espaço, através da identificação e discussão dos conflitos existentes e da elaboração e implementação de propostas e ações coordenadas que compatibilizem as políticas ambiental e patrimonial nos níveis federal, estadual e municipal. O Programa de Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata Promata vem sendo implantado na região desde O Promata teve como objetivo principal apoiar o desenvolvimento sustentável da Zona da Mata Pernambucana, através de três subprogramas básicos: melhoramento de serviços básicos, gestão e proteção ambientais e apoio à diversificação econômica. No contexto do turismo, o objetivo do Promata é estimular o desenvolvimento do turismo integrado às atividades produtivas locais, à Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 40

41 conservação ambiental e à valorização do patrimônio cultural, de modo a promover a dinamização econômica do território e agregar valor à sociedade local no tocante aos aspectos sociais, culturais e ambientais da região. Este programa abrange projetos capazes de contribuir para a gestão de problemas e conflitos referentes à conservação dos recursos ambientais por meio dos Planos de Investimento Municipal PIM, definidos para cada município. Mas a estratégia do Promata de atuar em diferentes frentes encontra dificuldades, ora na estrutura organizacional dos municípios, ora nas dificuldades inerentes à mobilização dos atores sociais participantes do programa, ou seja, população, administração municipal, empresários locais e governo estadual, enquanto fomentador do programa, assim como em relação à administração dos prazos de execução e financiamento das atividades. Por sua vez, o Prodetur (Programa de Desenvolvimento do Turismo) foi criado na década de 1990 para contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Nordeste do Brasil por meio do desenvolvimento da atividade turística. Este programa surgiu a partir do Plano Nacional de Turismo elaborado durante a gestão do Presidente Fernando Collor de Melo, no intuito de gerar empregos e divisas, distribuir a renda nacional, promover a proteção ambiental, fornecer subsídios às ações do setor privado no concernente ao planejamento e execução de suas atividades e, por fim, diversificar a oferta turística, que se concentrava nas regiões Sul e Sudeste. Dessa forma, emergiu como um instrumento de desenvolvimento regional, que objetivava, entre outras ações, dotar o litoral do Nordeste da infraestrutura necessária para a implantação de polos integrados de turismo. Dentre as propostas apresentadas pelos estados destacaram-se o Projeto Costa Dourada, em Pernambuco e Alagoas, o Projeto Linha Verde, na Bahia, o Projeto Costa do Sol, na Paraíba, o Projeto Orla, em Sergipe e o Projeto Rota do Sol no Rio Grande do Norte. Todos apresentavam características semelhantes, desde a idealização até a implantação do empreendimento; à extensão territorial das áreas abrangidas e ao volume de capital empregado. O Prodetur/NE foi delineado como um programa global de investimentos múltiplos, cujo objetivo era reforçar a capacidade da Região Nordeste em manter e expandir sua crescente indústria turística, contribuindo assim para o Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 41

42 desenvolvimento socioeconômico regional (BNB, 2005). Este programa é fruto de negociações entre o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), a Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), a Comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI/NE) e os governos estaduais. Na sua operacionalização, foi dividido em duas etapas. Na primeira, o Prodetur/NE I, os estados deveriam apresentar projetos para áreas turísticas consideradas estratégicas, destinos já consolidados ou factíveis de consolidação em curto prazo, por se tratarem de áreas com demanda e investimentos comprovados. Nesta etapa, seriam financiadas ações nos seguintes componentes: obras múltiplas em infraestrutura básica e serviços públicos, incluindo melhoramento de aeroportos; e desenvolvimento institucional, a fim de ampliar a capacidade das entidades beneficiárias de executar suas respectivas funções, proporcionando assistência técnica nas áreas de reestruturação organizacional, desenvolvimento e implantação de sistemas de apoio administrativo, financeiro e instrumentos operacionais. As obras múltiplas em infraestrutura básica e em serviços públicos incluíam investimentos em cinco setores: saneamento, administração de resíduos sólidos, recuperação e proteção ambiental, transportes e recuperação do patrimônio histórico. Estas obras objetivavam a estruturação e diversificação dos produtos turísticos e a melhoria das condições ambientais e de saneamento. Nessa primeira fase, entre os anos de 1996 e 2002, foram aplicados mais de U$670 milhões, em cerca de 384 projetos, promovendo significativas melhorias na infraestrutura turística da Região. No exercício de 2003, ocorreram desembolsos da ordem de US$ 8,001 mil e foi prorrogado o prazo de execução para até dezembro de 2004 (BNB, 2006). Enquanto todos os estados seguiam as indicações dos financiadores do Prodetur/NE I e investiam em destinos consolidados, Pernambuco apresentava como principal projeto para financiamento no Estado, o Projeto Costa Dourada, situado numa região carente de investimentos privados e com demanda turística a ser criada. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 42

43 O objetivo principal deste projeto era criar uma região de exploração intensiva do turismo, por meio da concepção de pólos turísticos dotados da infraestrutura necessária à implantação de megaprojetos hoteleiros e de lazer. As diretrizes gerais do Projeto Costa Dourada, adequadas à sua concepção inicial, previam dois setores diferenciados de intervenções: o corredor turístico, delimitado espacialmente em cerca de 120 km de litoral entre as cidades de Recife e de Maceió (precisamente entre o município de Cabo de Santo Agostinho ao sul de Pernambuco e o município de Barra de Santo Antônio ao norte de Alagoas), e os centros integrados de turismo, espaços restritos cuja proposta era fundar áreas planejadas exclusivamente para a atividade turística (Figura 14). Cabe observar que o Centro Turístico de Guadalupe foi idealizado para ser o primeiro polo planejado de maneira integrada do Brasil e foi determinante na criação da APA. Em 1996, quando foi assinado o contrato de inclusão no PRODETUR/NE, o BID exigiu que fossem realizadas profundas modificações no Projeto do CT Guadalupe, acatando proposta do então Governo Estadual, às quais deveriam considerar como prioritárias obras de saneamento e de abastecimento de água para as cidades de Tamandaré e Rio Formoso, além de atender aos critérios impostos pela CPRH, responsável pelo processo de aprovação do EIA-RIMA. Desenvolvido para uma região inexplorada e com grande potencial para o desenvolvimento turístico, o projeto urbanístico do CT Guadalupe foi preparado de modo a ordenar a ocupação e a utilização dos espaços, a partir da delimitação de sete zonas e setores de atividades: Zona Turística de Carneiros, Zona Turística Gamela-Guadalupe, Zona Turística Campestre, Zona Marítima, Zona de Reserva Biológica, Zona Turística do Rio Formoso e Zona Rural. Este zoneamento propunha a preservação de ha, que compreendia regiões de coqueirais e de vegetação nativa representada pela Mata Atlântica e pelos mangues, totalizando cerca de 73% da área de todo o Centro. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 43

44 Figura 14: Extensão do Projeto Costa Dourada. Em Alagoas o local onde seria construído o Centro Turístico de Barra do Camaragibe, e em Pernambuco, o Centro Turístico de Guadalupe que se instalaria na região estuarina do Rio Formoso. Estes pólos seriam interligados por um eixo de serviços turísticos e de apoio, formado pelas cidades existentes ao longo das rodovias PE-60 e AL-101. Fonte: Jornal do Commercio, 1992, apud OLIVEIRA; SILVA & GALVÃO, Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 44

45 Para garantir as condições de acessibilidade a essas zonas foi proposta a construção de um sistema viário, formado por quatro importantes vias: a Via Litorânea de Guadalupe, com extensão de 9 km, que vai do entroncamento da PE- 61 até o píer sobre o Rio Formoso; a Via Litorânea de Carneiros; a Via de Contorno de Tamandaré (atualmente em construção); e a Via de Penetração Sul, com o objetivo de encurtar o acesso à Praia dos Carneiros, a partir do município de Rio Formoso, incluindo uma ponte sobre o Rio Ariquindá (Figura 15). Figura 15: Infraestrutura viária turística implantada na região da APA de Guadalupe. Fonte: Geosistemas, Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 45

46 A realização das obras para implantação da infraestrutura viária foi considerado o principal fator de degradação ambiental, com impactos significativos, muitos deles irreversíveis nos ecossistemas da região. Considerado o de maior envergadura e, por conseguinte, de maior impacto, o projeto da Via Litorânea de Guadalupe consumiu US$ 4 milhões, cerca de um terço de todos os recursos empregados em infraestrutura rodoviária. Entretanto, alguns desses investimentos não atingiram seus objetivos, como o caso das obras do Píer do CT Guadalupe e da Via de Penetração Sul, que objetivava ligar a PE-60 às Zonas Turísticas dos Carneiros e de Rio Formoso. A área do Píer nunca foi devidamente aproveitada (figuras 16 e 17) e a Via de Penetração Sul ainda está sendo concluída, por ter sido embargada em função dos diversos impactos ambientais causados quando da sua construção (figura 18). Figuras 16 e 17: Píer de Guadalupe. Fonte: Acervo Geosistemas, A complementação das obras da Via de Penetração Sul está em processo de finalização, em atendimento ao Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, para a implantação da Ponte sobre o Rio Ariquindá (figura 19). Um dos poucos financiamentos do PRODETUR/NE I que se efetivaram no Litoral Sul foi o que subsidiou a criação do Centro de Visitação da APA de Guadalupe para receber turistas, pesquisadores e alunos, além da comunidade local, com a assinatura do Decreto nº , de 16 de dezembro de 1998, que Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 46

47 aprovou o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) e criou o Conselho Gestor da APA de Guadalupe, estabelecendo os mecanismos de gestão ambiental. Figura 18: Trecho da Via de Penetração Sul no município de Rio Formoso. Fonte: Geosistemas, Figura 19: Vista das obras da ponte sobre o rio Ariquindá, em construção. Fonte: Geosistemas, Na atual fase do Prodetur II (final) tem havido o financiamento de projetos de apoio a instrumentos normativos necessários ao desenvolvimento municipal a exemplo de Planos Diretores municipais, da revisão do Plano de Manejo da APA de Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 47

48 Guadalupe e da elaboração do plano do PNMFT, ampliando as possibilidades de conservação dessa região, embora outros instrumentos como o licenciamento ambiental, se façam necessários tendo em vista a expansão de hotéis e venda de áreas de faixa de praia. As ações do Prodetur na região podem trazer inúmeros aspectos positivos além da simples elevação do número de turistas e aumento do número de hotéis. As obras de infraestrutura contribuem para a geração de emprego e renda, assim como representam um impacto positivo referente à melhoria das condições de saneamento ambiental, drenagem e ordenamento da orla. O PRODETUR/NE II previa ainda recursos para a restauração do Forte, mas em função do seu término previsto para agosto de 2011, o financiamento desse projeto tem a possibilidade de ser realizado via Prodetur Nacional, operacionalizado pelo Ministério do Turismo (MTur), que orienta tecnicamente as propostas estaduais e municipais; em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Andina de Fomento. No Programa de Regionalização do Turismo Roteiros do Brasil (PRT), o município de Tamandaré está representado no roteiro integrado Rota Costa dos Arrecifes, composta pelos municípios de Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros e São José da Coroa Grande, sendo direcionada para os mercados regional e nacional. Dentre as principais ações desenvolvidas pelo PRT destacam-se: a realização de oficinas de sensibilização em cada rota, a formação de uma Câmara Temática para estruturar os roteiros e prepará-los para os Salões do Turismo, desde 2005; e a instalação de Instâncias Regionais de Governança de cada rota. Entretanto, até o momento, é difícil apontar a repercussão da implementação do PRT no estado de Pernambuco, pois a única ferramenta posta em prática tem sido a promoção dos roteiros nos salões do turismo e a realização de rodadas de negócios entre agências de viagens e operadoras do Estado com empresas nacionais, mas das quais ainda não se possui dados estatísticos quanto à aceitação dos roteiros nos mercados supracitados, nem quanto ao incremento do turismo na região em função desse programa. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 48

49 3. O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO FORTE DE TAMANDARÉ: ECOSSISTEMAS, BIODIVERSIDADE E HISTÓRIA 3.1 Implicações ambientais 3.2 Patrimônio Histórico Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 49

50 3. O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO FORTE DE TAMANDARÉ: ECOSSISTEMAS, BIODIVERSIDADE E HISTÓRIA 3.1 Implicações ambientais O Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré, com 349 hectares, representa cerca de 0,03% da área do Estado de Pernambuco e 1,8% da área do Município de Tamandaré. Tem a peculiaridade de abranger uma área marinha e outra continental, sendo que a última é de domínio da Marinha do Brasil, que, em fevereiro de 2005, repassou à Prefeitura de Tamandaré a cessão de uso da área. A área marinha está inserida na APA Costa dos Corais cuja responsabilidade pela administração, fiscalização e gestão estão a cargo do IBAMA conforme art. 6º do Decreto Federal s/nº de 23 de outubro de 1997, que cria a referida unidade de conservação. Esta característica mista favorece o manejo do Parque uma vez que a proteção da área continental contribui com a minimização dos impactos no setor marinho adjacente, que constitui a maior parte da Unidade (cerca de 95,5% da sua área total) o que é fundamental em uma unidade de Proteção Integral. Outro aspecto de relevância é que a área do Parque também integra as Áreas de Proteção Ambiental Costa dos Corais (sob a administração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio) e de Guadalupe (sob a gestão da Agência Estadual de Meio Ambiente CPRH). Desta forma, a região no entorno, em especial, da parte marinha do Parque constitui área de uso sustentável, funcionando como excelente zona de amortecimento dos impactos e favorecendo estratégias conjuntas de manejo e gestão, envolvendo as três esferas da administração pública. A maior parte da área marinha do Parque abrange a zona de recuperação de recife de coral da APA Costa dos Corais Zona de Recuperação Recifal de Tamandaré (ESTIMA, 2004), estabelecida através de portaria do IBAMA. Nessa área, que ocupa um total de 270 ha, representando cerca de 10% do litoral do município de Tamandaré, foram proibidas atividades náuticas de pesca, exploração e turísticas. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 50

51 Inicialmente, essa ação foi uma iniciativa do Projeto Recifes Costeiros que obteve apoio de parte da comunidade de pescadores e posteriormente, o assunto foi discutido no âmbito do COMDEMA, com a participação de outros setores da sociedade, além daqueles ligados à pesca. Esta área foi delimitada por boias, sendo monitorada e patrulhada pelo Projeto Recifes Costeiros, para acompanhar o processo de recuperação do ambiente. Os estudos realizados na área fechada também são repetidos em áreas de livre acesso a fim de avaliar os resultados da medida adotada. Resultados recentes demonstraram a efetividade da medida para a recuperação ambiental. Em torno da área do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré é realizada, basicamente, a pesca artesanal de subsistência ou comercial de pequena escala. Na região da baía de Tamandaré a pesca mais frequente é a praticada com linha em catraias a remo ou a vela. A APA Costa dos Corais é a maior área de proteção marinha do país com km 2. Desde sua criação, em 1997, diversos estudos foram desenvolvidos na área através do Projeto Recifes Costeiros (parceria da Universidade Federal de Pernambuco UFPE, Centro de Pesquisa e Extensão Costeira do Nordeste CEPENE, IBAMA, Projeto Peixe-boi e apoio dos municípios contemplados pela APA) e, mais recentemente, através do Instituto Recifes Costeiros (IRCOS). Esta grande quantidade de informações geradas sobre a biota, impactos, características físicas e químicas, além de informações socioeconômicas da região subsidiaram a criação do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré e servirão como base para elaboração do Plano de Manejo desta unidade. Pernambuco possui importantes áreas de proteção tanto na esfera federal, como a APA Costa dos Corais, como estadual, como a APA de Guadalupe, ambas abrangendo o litoral Sul do estado. No entanto, estas duas UCs são de uso sustentável. A criação do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré somase às unidades citadas, acrescentando uma área marinha de Proteção Integral. A inserção de uma área de proteção integral dentro de unidades de uso sustentável poderá favorecer a conservação deste bioma e facilitar planos de manejo para a área. Para o estado é importante a ampliação das áreas costeiras protegidas. No estado de Pernambuco, a Zona Costeira abrange 21 municípios e corresponde a uma faixa de 187 km. De fato, é uma das menores extensões Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 51

52 litorâneas do país, mas a valorização no mercado imobiliário e a localização da capital trazem um complicador: dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que 56% da população urbana residem em área litorânea, que corresponde a apenas 4% do território estadual. É o maior índice nacional de ocupação costeira, com densidade demográfica de 913 hab/km, seguido pelo Rio de Janeiro (806 hab/km) e Paraíba (373 hab/km) (CPRH, 2010). Em todo o Brasil o cadastramento das Unidades de Conservação municipais ainda é falho, não permitindo comparações sobre a área real que cobrem. Em Pernambuco, a maior parte das UCs é de Uso sustentável e estão na esfera estadual. O Bioma mais protegido através de Unidades de Conservação é a Mata Atlântica que, segundo o Governo do Estado (CPRH, 2010) conta com 66 UCs. Dessas, 35 são unidades de uso sustentável (18 Áreas de Proteção Ambiental APA, 09 Reservas Particulares do Patrimônio Natural RPPN e 08 Reservas de Floresta Urbana FURB). Outras 31 unidades são de proteção integral (27 Refúgios da Vida Silvestre RVS, 03 Parques Estaduais PE, e 01 Estação Ecológica ESEC). Algumas destas unidades foram criadas como reservas ecológicas da Região Metropolitana do Recife (Lei 9.989/1987) e, seguindo o prazo de reclassificação determinado pela Lei /2009 que instituiu o SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservação, foram recentemente alteradas (Lei nº /2011). Dessas, 20 passaram a ser Refúgio de Vida Silvestre, 08 Reservas de Florestas Urbanas e outras 02 Parques Estaduais. O Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré soma-se as outras 31 Unidades de Conservação costeiras ou marinhas em Pernambuco, incluindo Fernando de Noronha, no esforço de conservação da área com maior impacto antrópico, devido ao histórico de ocupação humana na região litorânea do Nordeste. Os meios marinhos do Brasil representam um real interesse para a conservação e a criação de UCs (AMARAL & JABLONSKI, 2005). De fato, o Brasil sozinho representa quase inteiramente a biogeorregião do Atlântico Oeste (AMARAL & JABLONSKI, 2005). Essa é uma zona com grande endemismo, por exemplo, de peixes de recifes de coral (ROBERTS et al., 2002). Na área costeira e marinha, o Brasil tem 24 Unidades de Conservação de Proteção Integral sob jurisdição federal ( ha) e 14 sob jurisdição estadual Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 52

53 (8.800 ha), totalizando 38 UCs de Proteção Integral que cobrem ha (DIEGUES, 2008). Tem também 28 Unidades de Conservação Federal de Uso Sustentável ( ha) e 25 estaduais ( ha), que cobrem ha totalizando 53 (DIEGUES, 2008). Os problemas de implementação das unidades de conservação na zona costeira/marinha são originados por diferentes fatores. Como é a parte do país que possui a maior densidade demográfica, abrigando aproximadamente a metade da população, os problemas relacionados com o lixo, saneamento básico, especulação imobiliária, turismo desordenado, eliminação de vegetação fixadora de dunas, destruição de manguezais e aterramento de zonas úmidas estão sempre presentes (MMA/UFRJ/FUJB/LAGET,1996). Em estudo que avalia a conservação da biodiversidade marinha e costeira no Brasil, Amaral & Jablonski (2005) a consideram bastante inadequada, a despeito da legislação existente e das áreas protegidas marinhas implantadas. As unidades de conservação são insuficientes em número e extensão e, em alguns casos, não tiveram seus planos de manejo elaborados ou implementados ou carecem de infraestrutura para efetivá-los. Desta forma, são imperativas iniciativas de criação de Unidades de conservação neste setor e, principalmente, investimentos e esforços para a elaboração dos planos de manejo destas unidades. A elaboração dos Planos de Manejo para parques nacionais foi iniciada em 1979 com o decreto de sua regulamentação. Muitas unidades costeiras e marinhas não possuem plano de manejo, mas deve-se destacar que o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e o Parque Nacional Marinho de Abrolhos possuem planos elaborados em 1990 e 1991 respectivamente. Outra unidade costeira federal com plano de planejo é o Parque Nacional de Monte Pascoal. A exigência das instituições internacionais de financiamento fez com que novas metodologias para estabelecer as atividades em unidades de conservação fossem criadas. São os Planos de Ação Emergencial (PAE) e os Planos Operativos Anuais (POA). Eles se diferem do plano de manejo tanto na profundidade quanto no tempo de elaboração. O PAE é um instrumento que prevê a efetivação de medidas em 2 anos e visa planejar as atividades de modo participativo. O POA é o planejamento de um ano que detalha previsões Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 53

54 orçamentárias e o período de execução das metas do PAE (WWF, 1994 apud BRITO,1995). Na área marinha do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré predominam recifes de arenito (beach rocks) com presença também de recifes de corais. Os recifes de coral são verdadeiras joias do nosso planeta. O seu valor é inestimável devido às suas contribuições numerosas e diversificadas para as sociedades e para o planeta. Eles dão serviços ecossistêmicos numerosos (DIGHT & SHERL, 1997; MOBERG & FLOKE, 1999) e são, com as florestas tropicais úmidas, os sistemas biológicos mais produtivos (BIRKELAND, 1997; OSBORNE, 2000). Ele apoia uma biodiversidade excepcional e muito concentrada (CONNELL, 1978) cobrindo 0,5 % dos fundos oceânicos (MOBERG & FOLKE, 1999). Mais de 10 milhões de pessoas dependem dos recifes como fonte de comida ou renda (MOBERG & FOLKE, 1999). A suas contribuições abrangem as esferas econômicas, sociais e culturais, têm uma importância na proteção de costas, oportunidades econômicas interessantes, potencial de comida assim como benefícios estéticos (DIGHT & SCHERL, 1997). Apesar da grande importância dos recifes de corais, eles são muito frágeis e fortemente ameaçados. De fato, os recifes atualmente sofrem um declínio (WILKINSON, 2000) e várias causas parecem ser antropogênicas (BIRKELAND, 1997). A presença deste ecossistema dentro da área do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré reforça a importância desta Unidade de Conservação. No Brasil, os recifes ocorrem apenas na costa nordeste, do Maranhão ao sul da Bahia, representando as únicas formações recifais do Atlântico Sul. Das mais de 350 espécies de corais existentes no mundo, dezoito delas ocorrem no Brasil, sendo que destas, oito são endêmicas dos mares brasileiros (MAIDA & FERREIRA, 1997). Dos aproximadamente 3 mil Km de extensão dos recifes brasileiros, apenas uma pequena parte está protegida por lei através de unidades de conservação, como é o caso dos Parques Nacionais de Abrolhos (BA) e Fernando de Noronha (PE), Parque Estadual Parcel Manoel Luis (MA), Reserva Biológica de Atol das Rocas (RN) e da Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais. Os recifes brasileiros têm modelos de zonação atípico em comparação com recifes de outros lugares no mundo, até em comparação com o Mar do Caribe, o vizinho mais próximo. De um modo geral, a zonação depende de ondas e de direções de ventos (OSBORNE, 2000). Uma das suas características principais é a Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 54

55 contribuição de algas calcárias (KIKUCHI & LEÃO, 1997) e algumas espécies de gastrópodes a algumas construções, notavelmente na crista do recife intertidal (MAIDA & FERREIRA, 1997). Esta zona é imediatamente sucedida ao longo da encosta do recife por uma banda de Palythoa sp. e Millepora sp. (MAIDA & FERREIRA, 1997) que resistem à exposição ao ar e ondas. Então, um pouco mais longe ao longo da mesma encosta que se mergulha no oceano, há uma concentração alta de escleractínios que pertencem ao gênero Mussismilia (MAIDA & FERREIRA, 1997). As partes mais baixas da encosta do recife são ocupadas por outro gênero de escleractínio, Montastrea (MAIDA & FERREIRA, 1997). Esta zonação está presente para os recifes mais complexos que têm uma verdadeira encosta de recife. O planalto de recife e também as zonas intertidais, que é pouco profunda, muitas vezes é habitada por zoantideos, como P. caribaeorum (KAY & LIDDLE, 1989; MENDONÇA-NETO & DA GAMA, 2009). No Nordeste do Brasil, ocorre a formação de bancos de arenito de praias, geralmente estreitos, alongados e adjacentes às linhas de praias. Entre a região Sul de Pernambuco e Norte de Alagoas, são encontrados recifes de corais numerosos e bem desenvolvidos, região onde está localizado o complexo recifal de Tamandaré (LABOREL, 1969, MAIDA & FERREIRA, 1997). Nesta região são verificados 3 linhas recifais em formações paralelas a praia, formando uma espécie de lagoa rasa entre a linha de praia e a última linha de recifes (MAIDA & FERREIRA, 1997). Em outra parte da área marinha do Parque, em frente ao CEPENE-IBAMA, está proibida a pesca, normatização estabelecida pela antiga SUDEPE desde Adjacente à área marinha em frente ao CEPENE, em direção norte, tendo como referência o píer da instituição, localiza-se um área destinada à atração de embarcações de pesca, dos pescadores de Tamandaré, e por vezes de veleiros de viajantes. A área continental do Parque abrange apenas 4,5% da Unidade e é de Domínio da Marinha que passou ao Município a cessão de uso. Esta área inclui o Forte de Santo Inácio de Loyola e seu entorno. Nesta área predomina a vegetação típica de áreas costeiras urbanizadas, com predomínio de coqueiros, vegetação rasteira e outras espécies arbóreas formando ilhas. Destacam-se várias frutíferas como mangueira, mamoeiro, cajueiro, jamelão e coqueiros. Também há áreas de plantação de mandioca, feijão, milho (ROJAS, 2002). Estudos prévios mostraram o Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 55

56 predomínio das famílias Europhorbiacea, Fabaceae e Myrtaceae (CPRH/PRODETUR, 2000; CANTARELLI & ZICKEL, 2002). É necessário ainda considerar que o Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré pode integrar a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, uma vez que os ecossistemas costeiros são considerados como parte do Domínio de Mata Atlântica e, portanto, integrantes da Reserva. Isto amplia ainda mais as potencialidades desta Unidade de Conservação e sua relação com outras UCs do Estado e do país. 3.2 Patrimônio Histórico O Parque Natural Municipal de Tamandaré tem a peculiaridade de possuir em seu território um rico patrimônio histórico-cultural, formado pelo Forte Santo Inácio de Loyola, a Capela que se encontra no seu interior e o antigo cemitério da cidade, hoje desativado e em total estado de abandono (figura 20). Nesta área onde hoje se encontra o PNMFT funcionou o Porto de Tamandaré, da segunda metade do século XVI até o início do século XX, sendo considerado o melhor ancoradouro da região. O Forte, tombado pelo Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, teve sua construção iniciada em 1646, por João Fernandes Vieira, por intermédio dos movimentos em defesa do território brasileiro, objetivando guardar o porto contra as tentativas de ataque de invasores. Além de proteger, serviria também como abrigo às embarcações portuguesas, constantemente ameaçadas pelos inimigos. A fortificação, entretanto, foi abandonada após a invasão holandesa. A construção da fortificação foi finalizada em 1677, possuindo um formato quadrangular e baluartes em ponta nos quatros vértices, estes ligados entre si pelos terraplenos e pelo pavimento superior. O fosso e a rampa, dos quais não existe mais vestígio, circundavam o Forte Santo Inácio de Loyola. O Forte foi construído com blocos de arenito provenientes dos recifes de corais existentes na baía de Tamandaré, muito utilizado na época para construções (ESTIMA, 2004), Figuras 21 e 22. Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 56

57 Figura 20: Localização do Forte, do antigo cemitério e da Escola Municipal. Fonte: Geosistemas, Figuras 21 e 22: Vista frontal do Forte Santo Inácio de Loyola e da parte exterior, apresentando os canhões remanescentes. Fotos: Geosistemas, O Forte de Tamandaré foi cenário importante de diversos acontecimentos, a exemplo da Guerra dos Mascates, da Revolução Republicana de 1817 e da Guerra dos Cabanos, quando ficou ocupado durante cinco anos, de 1831 a 1836, funcionando como prisão e abrigo às tropas que partiam do Recife em direção ao interior. Entretanto, durante o período da Segunda Guerra Mundial, foi transformado Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 57

58 em alojamento para tropas do Exército que protegiam a costa brasileira e, que ali permaneceram até o ano de 1945 (FARIAS, 2002). Além destes bens culturais, existem no município outros bens de grande potencial, que podem ser aproveitados, de forma integrada e somados aos atrativos naturais, para o desenvolvimento do turismo cultural no município e na região, como alguns bens dos séculos XVII a XIX, como igrejas, capelas, e o casario das comunidades tradicionais de pescadores, além das festas tradicionais, o artesanato e a gastronomia (figura 23 e 24). Figuras 23 e 24 Vista frontal das igrejas de São Pedro (LIMA, 2006) e de São José de Botas de Ouro. Fonte: Geosistemas, Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 58

59 4. O PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO FORTE DE TAMANDARÉ: GESTÃO 4.1 Relações institucionais de gestão 4.2 Potencialidades de Cooperação (internacional, nacional e estadual) Fone/Fax: (81) CNPJ: / geosistemas@geosistemas.com.br 59

Sistema Nacional de Unidade de Conservação

Sistema Nacional de Unidade de Conservação Gestão Ambiental Sistema Nacional de Unidade de Conservação Curso Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio Profa: Joana Paixão Unidade de conservação Espaço territorial e seus recursos ambientais

Leia mais

SNUC - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

SNUC - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Prof. Dr. Thiago Leite Engenheiro Florestal (UnB-DF) Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais com ênfase em Educação Ambiental (UnB-DF) Doutorado em Ciências Florestais com ênfase em Agroecologia (UnB-DF)

Leia mais

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DE PERNAMBUCO. Categoria Categoria/Nome Municípios Ecossistema Diplomas Legais Área (ha)

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DE PERNAMBUCO. Categoria Categoria/Nome Municípios Ecossistema Diplomas Legais Área (ha) UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DE PERNAMBUCO Nº UCs /Nome Municípios Ecossistema Diplomas Legais Área (ha) USO SUSTENTÁVEL 1 1 APA de Guadalupe Tamandaré/ Rio Formoso/ Sirinhaém/ Barreiros 2 2 APA de

Leia mais

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida. SISEMA Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos POLÍCIA Unidades de Conservação: aspectos legais, importância, como funciona e outras experiências. Palestrante: Eduardo de Araujo Rodrigues

Leia mais

Definição Bio Diversidade Brasil Biomas Brasileiros Mata Atlântica

Definição Bio Diversidade Brasil Biomas Brasileiros Mata Atlântica UC, SNUC e o MoNa Marcelo Andrade Biólogo Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMAC Gestor do Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca Gestor do Parque Natural Municipal Paisagem Carioca

Leia mais

Política Nacional de Meio Ambiente: unidades de conservação. Biogeografia - aula 4 Prof. Raul

Política Nacional de Meio Ambiente: unidades de conservação. Biogeografia - aula 4 Prof. Raul Política Nacional de Meio Ambiente: unidades de conservação Biogeografia - aula 4 Prof. Raul leis aprovadas na década de 1990. Lei dos Recursos Hídricos. Lei de Crimes Ambientais. Sistema Nacional de Unidades

Leia mais

Lei n.º 4.771/1965 Institui o novo Código Florestal, ainda vigente.

Lei n.º 4.771/1965 Institui o novo Código Florestal, ainda vigente. CÓDIGO FLORESTAL 1934 Dec. 23.793/1934 Florestas e vegetação úteis às terras que revestem são declarados bens de interesse comum de todos; Objetivo: conservação da fonte de matéria-prima e da função hidrológica

Leia mais

ECOTURISMO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DO RIO GRANDE DO SUL. 1. Andressa Caroline Trautenmüller 2, Romário Trentin 3.

ECOTURISMO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DO RIO GRANDE DO SUL. 1. Andressa Caroline Trautenmüller 2, Romário Trentin 3. ECOTURISMO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DO RIO GRANDE DO SUL. 1 Andressa Caroline Trautenmüller 2, Romário Trentin 3. 1 Relatório técnico científico 2 Acadêmica do Curso de Formação de Professores

Leia mais

Resumo gratuito SNUC Prof. Rosenval Júnior. Olá, pessoal!

Resumo gratuito SNUC Prof. Rosenval Júnior. Olá, pessoal! Olá, pessoal! Passando rapidinho para disponibilizar gratuitamente esse breve resumo sobre um tópico muito cobrados pela FGV no Exame de Ordem. Aproveitem e bons estudos!!! Prof. Rosenval Instagram @profrosenval

Leia mais

COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 7 Nº 34 30 de maio de 2018 COMPENSAÇÃO AMBIENTAL Planalto altera leis no âmbito do IBAMA e ICMBio Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), de 29 de maio de 2018, a Lei Federal n 13.668/2018 que

Leia mais

quarta-feira, 31 de março de 2010 Diário Oficial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 120 (60)

quarta-feira, 31 de março de 2010 Diário Oficial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 120 (60) quarta-feira, 31 de março de 2010 Diário Oficial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 120 (60) DECRETO Nº 55.662, DE 30 DE MARÇO DE 2010 Cria o Parque Estadual de Itaberaba, o Parque Estadual de Itapetinga,

Leia mais

A APA DO ANHATOMIRIM NO CONTEXTO DO SNUC

A APA DO ANHATOMIRIM NO CONTEXTO DO SNUC As UCs têm a função de salvaguardar a representatividade de porções significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais,

Leia mais

SISNAMA MMA

SISNAMA MMA 18 de Março 2016 SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente Lei 6.938 1981. regulamentado em 1990. MMA - Órgão Central. CONAMA - CONSELHO IBAMA EXECUTOR das ações. Órgão Seccional Estado Projetos, fiscalização,

Leia mais

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO UNIDADES DE CONSERVAÇÃO As florestas e demais formas de vegetação são reconhecidas no Brasil como bens de interesse comum a todos os habitantes do país, sendo que algumas destas áreas, legalmente determinadas

Leia mais

TCE DIREITO AMBIENTAL

TCE DIREITO AMBIENTAL TCE DIREITO AMBIENTAL Política Nacional do Meio Ambiente Prof. Mateus Silveira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Ambiental POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)

Leia mais

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº Estado do Espírito Santo DECRETO Nº 11.824 Cria o Parque Natural Municipal da Pedra dos Olhos e dá outras providencias. O Prefeito Municipal de Vitória, Capital do Estado do Espirito Santo, usando de suas

Leia mais

Plano de Manejo do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica

Plano de Manejo do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica Plano de Manejo do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica Um parque no coração da Cidade Etapa 1 Criação do Parque O Parque Natural Municipal da Mata Atlântica foi criado pela prefeitura através do

Leia mais

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DE PERNAMBUCO

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DE PERNAMBUCO N º UCs Unidades de Conservação Estaduais Municípios Ecossistema Diplomas Legais Coordenadas Geográficas UNIDADE DE USO SUSTENTÁVEL 1 APA de Guadalupe Barreiros/ Rio Formoso/ Sirinhaém/ Tamandaré 2 APA

Leia mais

LEI Nº 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999

LEI Nº 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999 LEI Nº 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999 Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE SERTÃO SANTANA Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e Comércio

PREFEITURA MUNICIPAL DE SERTÃO SANTANA Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e Comércio PREFEITURA MUNICIPAL DE SERTÃO SANTANA Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente, Turismo, Indústria e Comércio Licenciamento Ambiental Local ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS IRRIGAÇÃO CÓDIGOS 111,30,

Leia mais

Define o Parque Florestal do Rio Vermelho como Parque Estadual do Rio Vermelho e dá outras providências.

Define o Parque Florestal do Rio Vermelho como Parque Estadual do Rio Vermelho e dá outras providências. DECRETO Nº 308, de 24 de maio de 2007 Define o Parque Florestal do Rio Vermelho como Parque Estadual do Rio Vermelho e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, em exercício, usando

Leia mais

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº Estado do Espírito Santo DECRETO Nº 11.505 Cria o Parque Natural Municipal do Vale do Mulembá-Conquista e dá outras providências. O Prefeito Municipal de Vitória, Capital do Estado do Espirito Santo, usando

Leia mais

Decreto Estadual Nº /10

Decreto Estadual Nº /10 Decreto Estadual Nº 34.692/10 Declara como Área de Proteção Ambiental APA a região que compreende parte dos Municípios de Camaragibe, Recife, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Araçoiaba, São Lourenço da

Leia mais

Proposta de Minuta de Decreto

Proposta de Minuta de Decreto Proposta de Minuta de Decreto Regulamenta o inciso II e o parágrafo único do art. 51 e o art. 53 da Lei Estadual nº 11.520, de 23 de agosto de 2000 e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO

Leia mais

SUMÁRIO CONSTITUIÇÃO FEDERAL

SUMÁRIO CONSTITUIÇÃO FEDERAL SUMÁRIO CONSTITUIÇÃO FEDERAL NORMAS CONSTITUCIONAIS SOBRE O MEIO AMBIENTE Art. 5.º Art. 21 Saneamento básico Atividades nucleares Art. 22 Art. 23 Art. 24 Interpretação das normas ambientais Art. 30 Art.

Leia mais

Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA

Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA Lei 3.938/ 81, Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC-Lei nº de 2000 e Decreto nº de 2002

DIREITO AMBIENTAL. Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC-Lei nº de 2000 e Decreto nº de 2002 DIREITO AMBIENTAL Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC-Lei nº 9.985 de 2000 e Decreto nº 4.340 de 2002 Outros temas de Sistema Nacional de Unidades de Conservação Parte 3 Prof. Rodrigo Mesquita

Leia mais

Bioma Unidades de Conservação Aspectos Legais e Institucionais

Bioma Unidades de Conservação Aspectos Legais e Institucionais PHD3334 - Exploração de Recursos Naturais Universidade de São Paulo Escola Politécnica Departamento de Eng. Hidráulica e Ambiental Bioma Unidades de Conservação Aspectos Legais e Institucionais Aula 2

Leia mais

Código Florestal - Lei /2012

Código Florestal - Lei /2012 CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 06 DATA 31/08/2016 DISCIPLINA Direito Ambiental PROFESSOR Romeu Thomé MONITOR Thaís da Mata AULA 06 - A Legislação Brasileira Florestal, blocos 2 e

Leia mais

BELÉM, 19 de maio de 2017

BELÉM, 19 de maio de 2017 SEMINÁRIO Poluição, acidentes e multiplicidade de conflitos no eixo Barcarena e Abaetetuba: proteção dos direitos das populações humanas e da biodiversidade em face dos impactos de atividades industriais

Leia mais

Política Nacional do Meio Ambiente LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

Política Nacional do Meio Ambiente LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 Prof. Dr. Thiago Leite Engenheiro Florestal (UnB-DF) Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais com ênfase em Educação Ambiental (UnB-DF) Doutorado em Ciências Florestais com ênfase em Agroecologia (UnB-DF)

Leia mais

PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PARQUE ESTADUAL SERRA DO AREAL E REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE RIACHO PONTAL PETROLINA/PE

PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PARQUE ESTADUAL SERRA DO AREAL E REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE RIACHO PONTAL PETROLINA/PE PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PARQUE ESTADUAL SERRA DO AREAL E REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE RIACHO PONTAL PETROLINA/PE ASPECTOS LEGAIS Lei Federal nº 9.985/2000 Institui o Sistema Nacional

Leia mais

INFORMAÇÕES GERAIS. 19/04/2018 *Pernambuco possui 184 municípios e Fernando de Noronha

INFORMAÇÕES GERAIS. 19/04/2018 *Pernambuco possui 184 municípios e Fernando de Noronha Conhecendo a CPRH INFORMAÇÕES GERAIS Agência Estadual de Meio Ambiente Autarquia Estadual de direito público 41 anos de existência Vinculada a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) Número

Leia mais

Manual para Elaboração dos Planos Municipais para a Mata Atlântica

Manual para Elaboração dos Planos Municipais para a Mata Atlântica Manual para Elaboração dos Planos Municipais para a Mata Atlântica Rede de ONGs da Mata Atlântica RMA Apoio: Funbio e MMA Papel do Município no meio ambiente Constituição Federal Art 23 Competência Comum,

Leia mais

Osvaldo Antonio R. dos Santos Gerente de Recursos Florestais - GRF. Instituto de Meio Ambiente de MS - IMASUL

Osvaldo Antonio R. dos Santos Gerente de Recursos Florestais - GRF. Instituto de Meio Ambiente de MS - IMASUL Osvaldo Antonio R. dos Santos Gerente de Recursos Florestais - GRF Instituto de Meio Ambiente de MS - IMASUL Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico - SEMADE Presidência da República Casa

Leia mais

I - promoção do desenvolvimento estadual sustentável, com valorização da inovação e da diversidade cultural da comunidade sul-mato-grossense;

I - promoção do desenvolvimento estadual sustentável, com valorização da inovação e da diversidade cultural da comunidade sul-mato-grossense; PROJETO DE LEI Institui o Programa de Gestão Territorial do Estado de Mato Grosso do Sul (PGT/MS); aprova a Primeira Aproximação do Zoneamento Ecológico- Econômico do Estado de Mato Grosso do Sul (ZEE/MS),

Leia mais

Proposta de Criação da APA da Serra de Santo Amaro e do Corredor Ecológico do Guarujá. projetos

Proposta de Criação da APA da Serra de Santo Amaro e do Corredor Ecológico do Guarujá. projetos Proposta de Criação da APA da Serra de Santo Amaro e do Corredor Ecológico do Guarujá projetos Histórico do Instituto de Segurança Socioambiental Criado no ano de 2010 para atribuir personalidade jurídica

Leia mais

Área de Proteção Ambiental das Lagoas e Dunas do Abaeté

Área de Proteção Ambiental das Lagoas e Dunas do Abaeté Área de Proteção Ambiental das Lagoas e Dunas do Abaeté ORGANOGRAMA SEMA ORGANOGRAMA INEMA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com

Leia mais

CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 155 DE 28 DE JUNHO DE 2018.

CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 155 DE 28 DE JUNHO DE 2018. Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado do Ambiente SEA Instituto Estadual do Ambiente INEA CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 155 DE 28 DE JUNHO DE 2018. CRIA

Leia mais

Cobertura de ERB no Brasil - Resultado da Consulta

Cobertura de ERB no Brasil - Resultado da Consulta http://sistemas.anatel.gov.br/stel/consultas/smp/erbcobertura/tela.asp 1 de 2 14/4/2011 15:31 Destaques do Governo STEL menu ajuda Tela Inicial Resultado da Consulta Cobertura de ERB no Brasil - Resultado

Leia mais

I - METOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO

I - METOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO I - METOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO O conceito de Plano de Manejo, segundo a definição da Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000 (institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza),

Leia mais

AVANÇOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO SNUC E DESAFIOS PARA O FUTURO

AVANÇOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO SNUC E DESAFIOS PARA O FUTURO AVANÇOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO SNUC E DESAFIOS PARA O FUTURO Maurício Mercadante Diretoria de Áreas Protegidas Secretaria de Biodiversidade e Florestas Ministério do Meio Ambiente - Brasil Em 1985 as Unidades

Leia mais

CÁLCULO DO VALOR DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL DE ACORDO COM O DECRETO 6.848

CÁLCULO DO VALOR DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL DE ACORDO COM O DECRETO 6.848 CÁLCULO DO VALOR DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL DE ACORDO COM O DECRETO 6.848 Gabriel Teixeira Silva Araújo CEPEMAR - Serviços de Consultoria em Meio Ambiente Ltda. SUMÁRIO 1 OBJETIVO 2 INTRODUÇÃO 3 VALOR DOS

Leia mais

Ecologia de Populações e Comunidades. Planos de manejo 29/11/2013. Tipos de Ucs (IUCN e SNUC) Permissões de uso são compatíveis com conservação?

Ecologia de Populações e Comunidades. Planos de manejo 29/11/2013. Tipos de Ucs (IUCN e SNUC) Permissões de uso são compatíveis com conservação? Ecologia de Populações e Comunidades Profa. Isabel Belloni Schmidt Dept. Ecologia UnB isabels@unb.br Por que se criam Unidades de Conservação? Proteger ambientes pristinos contra pressões antrópicas; Conservar

Leia mais

Panorama sobre as Unidades de Conservação do município de São Paulo.

Panorama sobre as Unidades de Conservação do município de São Paulo. Panorama sobre as Unidades de Conservação do município de São Paulo. Julia da Silva Vilela - Bióloga Divisão de Unidades de Conservação e Proteção da Biodiversidade e Herbário - DEPAVE-8/SVMA São Paulo,

Leia mais

CAVIDADES E MINERAÇÃO: QUESTÕES CONTROVERTIDAS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA. Ricardo Carneiro

CAVIDADES E MINERAÇÃO: QUESTÕES CONTROVERTIDAS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA. Ricardo Carneiro CAVIDADES E MINERAÇÃO: QUESTÕES CONTROVERTIDAS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Ricardo Carneiro NECESSIDADE DE MELHORIA NA GESTÃO PÚBLICA X INCERTEZAS E INSEGURANÇA JURÍDICA HISTÓRICO DO TRATAMENTO NORMATIVO

Leia mais

PROGRAMA DE MESTRADO EM DIREITO

PROGRAMA DE MESTRADO EM DIREITO PROGRAMA DE MESTRADO EM DIREITO disciplina: Função socioambiental da propriedade pública e privada docente: Wallace Paiva Martins Junior discente: Renata Sioufi Fagundes dos Santos 2016 TUTELA DO MEIO

Leia mais

ESTIMATIVA DO ADICIONAL DE 1% DO FPM PERNAMBUCO

ESTIMATIVA DO ADICIONAL DE 1% DO FPM PERNAMBUCO ESTIMATIVA DO ADICIONAL DE 1% DO FPM PERNAMBUCO François E. J. de Bremaeker Rio de Janeiro, dezembro de ESTIMATIVA DO ADICIONAL DE 1% DO FPM PERNAMBUCO François E. J. de Bremaeker Economista e Geógrafo

Leia mais

I.6. ÁREAS PROTEGIDAS POR LEI. I.6.1. Introdução

I.6. ÁREAS PROTEGIDAS POR LEI. I.6.1. Introdução 304 I.6. ÁREAS PROTEGIDAS POR LEI I.6.1. Introdução O conceito de área protegida ou Unidade de Conservação (UC), surgiu em 1872, nos Estados Unidos, com a criação do Parque Nacional de Yellowstone (primeiro

Leia mais

Atribuições da FATMA no município de Florianópolis

Atribuições da FATMA no município de Florianópolis Seminário de Condicionantes Ambientais e Capacidade de Suporte IPUF / Prefeitura Municipal de Florianópolis Atribuições da FATMA no município de Florianópolis ELAINE ZUCHIWSCHI Analista Técnica em Gestão

Leia mais

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL UNIDADES DE CONSERVAÇÃO LEGISLAÇÃO AMBIENTAL UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Igor Pinheiro da Rocha Engenheiro Florestal, M.Sc. RNP CREA 270649176-0 O QUE SÃO LEIS?! Palavra do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou

Leia mais

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO - SNUC

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO - SNUC Legislação CF, art. 225, 1, 1º, incisos I, II, III e VII. Lei 6.938/1981 art. 9, VI. Lei 9.985/2000. Decreto 4.340/2002. LC 38/95 (alterada pela LC 232/2005) - artigos 32 a 38. Lei 11.516, de 28/08/2007

Leia mais

COMPETÊNCIA JURISDICIONAL AMBIENTAL

COMPETÊNCIA JURISDICIONAL AMBIENTAL Curso/Disciplina: Direito Ambiental Aula: Direito Ambiental - 10 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): José Alisson Sousa dos Santos Aula 10 COMPETÊNCIA JURISDICIONAL AMBIENTAL Acontece um crime ambiental.

Leia mais

VII.XIII: Legislação Ambiental relacionada ao PMMA

VII.XIII: Legislação Ambiental relacionada ao PMMA VII.XIII: Legislação Ambiental relacionada ao PMMA Legislação Federal NORMA EMENTA TEMA Constituição Federal 1988 Lei 6.938/1981 Lei 12.187/2009 7.390/2010 Lei 9.433/1997 Lei 10.257/2001 Constituição Federal

Leia mais

Edição Número 176 de 13/09/2004

Edição Número 176 de 13/09/2004 Edição Número 176 de 13/09/2004 RESOLUÇÃO Nº 347, DE 10 DE SETEMBRO DE 2004 Dispõe sobre a proteção do patrimônio espeleológico. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competências previstas

Leia mais

Lei de Política Nacional do Meio Ambiente - Lei 6.938/1981

Lei de Política Nacional do Meio Ambiente - Lei 6.938/1981 CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 02 DATA 25/08/2016 DISCIPLINA Direito Ambiental PROFESSOR Romeu Thomé MONITOR Thaís da Mata AULA 02 - Organizações dos Sistemas Nacionais de Meio Ambiente

Leia mais

Direito Ambiental. A política nacional do meio ambiente brasileira Lei 6.938/1981

Direito Ambiental. A política nacional do meio ambiente brasileira Lei 6.938/1981 Direito Ambiental A política nacional do meio ambiente brasileira Lei 6.938/1981 Plano de aula Objeto e objetivos da PNMA Princípios do D Ambiental na PNMA Diretrizes da PNMA Instrumentos p/ a execução

Leia mais

Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Criação Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007 Art. 1º Das finalidades do ICMBio I - executar ações da política nacional de unidades de conservação

Leia mais

ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BARREIRO RICO TANQUÃ-RIO PIRACICABA

ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BARREIRO RICO TANQUÃ-RIO PIRACICABA Proposta de Criação ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BARREIRO RICO TANQUÃ-RIO PIRACICABA 372ª REUNIÃO PLENÁRIA DO CONSEMA 13/11/18 Biota-Fapesp Biota-Fapesp Biota-Fapesp ESTAÇÃO ECOLÓGICA BARREIRO RICO, ASPE

Leia mais

Lei do Estado de Pernambuco nº , de

Lei do Estado de Pernambuco nº , de Lei do Estado de Pernambuco nº 13.490, de 01.07.2008 Cria o Conselho Estadual das Cidades do Estado de Pernambuco ConCidades-PE, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO: Faço saber

Leia mais

Planos de Manejo para Unidades de Conservação

Planos de Manejo para Unidades de Conservação Planos de Manejo para Unidades de Conservação Plano de Manejo O que é? Plano de Manejo O que é? documento, uso cf. potencialidades, fragilidades Para que serve? Plano de Manejo O que é? documento, uso

Leia mais

MÓDULO IV PLANO DE AÇÃO

MÓDULO IV PLANO DE AÇÃO MÓDULO IV PLANO DE AÇÃO Etapas do PMMA Organização do processo de elaboração do Plano Municipal da Mata Atlântica MOBILIZAÇÃO QUE CO SO ANÁLISE PRON CO VO Definição da Visão de Futuro DIAGNÓSTICO QUE CO

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS - SEMA GABINETE DO SECRETÁRIO

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS - SEMA GABINETE DO SECRETÁRIO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS - SEMA GABINETE DO SECRETÁRIO PORTARIA Nº 086, DE 18 DE SETEMBRO DE 2017. Institui Termo de Referência para elaboração

Leia mais

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010 Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010 Disciplina o procedimento para regularização ambiental e supressão de vegetação em empreendimentos de parcelamento de solo, inclusive dentro dos

Leia mais

Direito Ambiental OAB. Prof. Rosenval Júnior

Direito Ambiental OAB. Prof. Rosenval Júnior Direito Ambiental OAB Prof. Rosenval Júnior REVISÃO DE 30 MINUTOS 18 de novembro de 2017 Revisão de Direito Ambiental para o Exame de Ordem Prof. Rosenval Júnior Facebook -> Opção SEGUIR no perfil pessoal

Leia mais

Lei nº 6.938/81. Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Lei nº 6.938/81. Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos Lei nº 6.938/81 SINOPSE: a) Meio ambiente é PATRIMÔNIO PÚBLICO, devendo ser protegido, tendo em vista o uso coletivo; b) Planejar, fiscalizar e racionalizar o uso dos recursos ambientais; c) Proteger os

Leia mais

LEI N 7.804, DE 05 DE DEZEMBRO DE D.O

LEI N 7.804, DE 05 DE DEZEMBRO DE D.O LEI N 7.804, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2002 - D.O. 05.12.02. Autor: Deputado Humberto Bosaipo Cria a Área de Proteção Ambiental Chapada dos Guimarães. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em vista o

Leia mais

Cria o Refúgio de Vida Silvestre da Serra dos Montes Altos, no Estado da Bahia, e dá outras providências.

Cria o Refúgio de Vida Silvestre da Serra dos Montes Altos, no Estado da Bahia, e dá outras providências. Salvador, Bahia Terça-feira 30 de novembro de 2010 Ano XCV N o 20.426 DECRETO Nº 12.487 DE 29 DE NOVEMBRO DE 2010 Cria o Refúgio de Vida Silvestre da Serra dos Montes Altos, no Estado da Bahia, e dá outras

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARARI Praça Alfredo Viana, 02 Centro Jaguarari - BA CNPJ: /

PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARARI Praça Alfredo Viana, 02 Centro Jaguarari - BA CNPJ: / PROJETO DE LEI Nº. 28/2009 De 01 de Outubro de 2009 CRIA O FUNDO SÓCIO-AMBIENTAL MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE JAGUARARI FUSAMMA. O Prefeito Municipal de Jaguarari, Estado da Bahia, faz saber que a Câmara

Leia mais

A ECO-92 resultou na elaboração dos seguintes documentos oficiais: A Carta da Terra;

A ECO-92 resultou na elaboração dos seguintes documentos oficiais: A Carta da Terra; A ECO-92 resultou na elaboração dos seguintes documentos oficiais: A Carta da Terra; três convenções Biodiversidade, Desertificação e Mudanças climáticas; uma declaração de princípios sobre florestas;

Leia mais

MAPA DE COBERTURA 2016 COMPARATIVO DA COBERTURA TV TRIBUNA X PERNAMBUCO (%) RESUMO DA COBERTURA TV TRIBUNA E PERNAMBUCO

MAPA DE COBERTURA 2016 COMPARATIVO DA COBERTURA TV TRIBUNA X PERNAMBUCO (%) RESUMO DA COBERTURA TV TRIBUNA E PERNAMBUCO O QUE ACONTECE DE MAIS IMPORTANTE EM PERNAMBUCO, NO BRASIL E NO MUNDO VIRA PAUTA NA TV TRIBUNA/BAND. Há 24 anos, estamos no ar levando INFORMAÇÃO, ENTRETENIMENTO E CONTEÚDO DE GRANDE RELEVÂNCIA para milhares

Leia mais

DESEMPENHO DR-PE Janeiro a Novembro

DESEMPENHO DR-PE Janeiro a Novembro DESEMPENHO DR-PE 2016 Janeiro a Novembro (até novembro) Podemos afirmar que, apesar do cenário de crise política e econômica pelo qual passa o país, com reflexo em todos os estados da federação, o Senac

Leia mais

SNUC- SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA

SNUC- SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA SNUC- SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO LEI N o 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. Regulamenta o art. 225, 1 o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades

Leia mais

MÓDULO 1 CLASSES GERAIS

MÓDULO 1 CLASSES GERAIS MÓDULO 1 CLASSES GERAIS Professora: Bartira Brandão da Cunha Monitora: Laís Leal Classe 1 - ECOSSISTEMA NATURAL MADURO picasaweb.google.com/lh/photo/oftigdqe6ryxa1deq89ejg Floresta Amazônica Classe 2 -

Leia mais

Direito Ambiental noções gerais. Ana Maria de Oliveira Nusdeo Faculdade de Direito da USP

Direito Ambiental noções gerais. Ana Maria de Oliveira Nusdeo Faculdade de Direito da USP Direito Ambiental noções gerais Ana Maria de Oliveira Nusdeo Faculdade de Direito da USP ananusdeo@usp.br Conceitos básicos do sistema jurídico Tratamento constitucional Política Nacional do meio ambiente

Leia mais

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos ei nº 11.516 1 de 6 28/12/2015 00:13 Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.516, DE 28 DE AGOSTO DE 2007. Conversão da Medida Provisória nº 366, de 2007 Dispõe sobre a criação do Instituto

Leia mais

Figura 1 Corredor de Biodiversidade Miranda Serra da Bodoquena e suas unidades de conservação

Figura 1 Corredor de Biodiversidade Miranda Serra da Bodoquena e suas unidades de conservação Apresentação Os Corredores de Biodiversidade são grandes unidades de planejamento que têm como principal objetivo compatibilizar a conservação da natureza com um desenvolvimento econômico ambientalmente

Leia mais

MÓDULO IV PLANO DE AÇÃO

MÓDULO IV PLANO DE AÇÃO MÓDULO IV PLANO DE AÇÃO ETAPA I MÓDULO I: Organização do processo de elaboração e Mobilização PT/ MOBILIZAÇÃO quecoso Etapas do PMMA ETAPA II proncovo MÓDULO II: Elaboração do Diagnóstico da Situação Atual

Leia mais

GOVERNANÇA METROPOLITANA

GOVERNANÇA METROPOLITANA GOVERNANÇA METROPOLITANA Recife, 14 de agosto de 2009 REGIÕES METROPOLITANAS No Brasil, o processo de metropolização evidenciou-se a partir do século XX. 1973 A Lei Federal N.14 instituiu oito regiões

Leia mais

Conservação da Biodiversidade

Conservação da Biodiversidade Conservação da Biodiversidade I- Conservação in situ Estratégias para a conservação da biodiversidade: Conservação "ex-situ": proteção de espécies ou suas partes fora do ambiente natural, ou porque o ambiente

Leia mais

MINERAÇÃO EM ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

MINERAÇÃO EM ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MINERAÇÃO EM ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MINERAÇÃO NO CONTEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Constituição brasileira de 1988 1º do artigo 176: A pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuados

Leia mais

LEI Nº 6.745, DE

LEI Nº 6.745, DE LEI Nº 6.745, DE 06-05-2005 L E I Nº 6.745, DE 6 DE MAIO DE 2005. D.O. DE 06-05-2005 Institui o Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Pará e dá outras providências. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Leia mais

MINUTA DECRETO Nº, DE_ DE_ DE 2010. ALBERTO GOLDMAN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

MINUTA DECRETO Nº, DE_ DE_ DE 2010. ALBERTO GOLDMAN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, MINUTA DECRETO Nº, DE_ DE_ DE 2010. Cria o Parque Estadual Restinga de Bertioga, a Área de Relevante Interesse Ecológico Itaguaré e dá providências correlatas ALBERTO GOLDMAN, Governador do Estado de São

Leia mais

Gestão Turística do Patrimônio Mundial no Brasil

Gestão Turística do Patrimônio Mundial no Brasil Gestão Turística do Patrimônio Mundial no Brasil Histórico Acórdão nº 3.155/2016 - TCU Plenário Recomendou que a Casa Civil da Presidência da República elaborasse um Plano de Ação Para a Formulação de

Leia mais

LEI Nº 760 DE 18 DE ABRIL DE 2011

LEI Nº 760 DE 18 DE ABRIL DE 2011 LEI Nº 760 DE 18 DE ABRIL DE 2011 Dispõe sobre o Fundo Municipal de Meio Ambiente do Município de Paranatinga. CAPÍTULO I Do Fundo Municipal de Meio Ambiente Art. 1º Fica instituído o Fundo Municipal de

Leia mais

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEI Nº 1.789, DE 15 DE MAIO DE 2007. Publicado no Diário Oficial nº 2.407 Dispõe sobre o Conselho Estadual do Meio Ambiente do Tocantins - COEMA/TO. O Governador do Estado do Tocantins Faço saber que a

Leia mais

HISTÓRICO PRINCÍPIOS AMBIENTAIS CONSTITUIÇÃO FEDERAL LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

HISTÓRICO PRINCÍPIOS AMBIENTAIS CONSTITUIÇÃO FEDERAL LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DIREITO AMBIENTAL HISTÓRICO PRINCÍPIOS AMBIENTAIS CONSTITUIÇÃO FEDERAL LEGISLAÇÃO AMBIENTAL HISTÓRICO Período Pré-Colonial e Colonial 1500/1530 Exploração do Pau-Brasil e Tráfico de Animais Silvestres

Leia mais

Direito Ambiental. A política nacional do meio ambiente brasileira Lei 6.938/1981

Direito Ambiental. A política nacional do meio ambiente brasileira Lei 6.938/1981 Direito Ambiental A política nacional do meio ambiente brasileira Lei 6.938/1981 Plano de aula A PNMA no ordenamento jurídico brasileiro Objeto e objetivos da PNMA Princípios do D Ambiental na PNMA Diretrizes

Leia mais

FICHA PROJETO - nº 226-MA

FICHA PROJETO - nº 226-MA FICHA PROJETO - nº 226-MA Mata Atlântica Grande Projeto Chamada 03 1) TÍTULO: Apoio a criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco. 2) MUNICÍPIOS DE ATUAÇÃO DO PROJETO: Água Preta,

Leia mais

Conservação da Biodiversidade Conservação in situ

Conservação da Biodiversidade Conservação in situ Conservação da Biodiversidade Conservação in situ Estratégias para a conservação da biodiversidade: Políticas e ações institucionais: métodos que limitam ou disciplinam o uso dos recursos, através de zoneamentos,

Leia mais

COMPETÊNCIA. poder de polícia. material. legislativa. concorrente (art. 24, CF)

COMPETÊNCIA. poder de polícia. material. legislativa. concorrente (art. 24, CF) PRINCIPAIS TÓPICOS poder de polícia comum (art. 23, CF) material COMPETÊNCIA legislativa concorrente (art. 24, CF) LC 140/2011 Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme

Leia mais

DESMATAMENTO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA CAATINGA EM 2009

DESMATAMENTO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA CAATINGA EM 2009 DESMATAMENTO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA CAATINGA EM 2009 Mirella Basileu de Oliveira Lima 1,2, Thalline Rodrigues da Silva 1,2, Bianca Vigo Groetaers Vianna 1,2, Bruno Mariani Piana 1,2, Daniel Moraes

Leia mais

ESTUDOS PARA APLICAÇÃO DE RECURSOS DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ESTUDOS PARA APLICAÇÃO DE RECURSOS DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDOS PARA APLICAÇÃO DE RECURSOS DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Subsecretaria Adjunta de Planejamento BASE LEGAL Lei Federal 9.985/2000

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE SMAP SISTEMA MUNICIPAL DE ÁREAS PROTEGIDAS DE JOÃO PESSOA JANEIRO DE 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE SMAP SISTEMA MUNICIPAL DE ÁREAS PROTEGIDAS DE JOÃO PESSOA JANEIRO DE 2011 PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE SMAP SISTEMA MUNICIPAL DE ÁREAS PROTEGIDAS DE JOÃO PESSOA JANEIRO DE 2011 Minuta do Projeto de Lei que institui o Sistema Municipal

Leia mais

LEI COMPLEMENTAR Nº 165, DE 23 DE MAIO DE Projeto de lei de autoria do Poder Executivo

LEI COMPLEMENTAR Nº 165, DE 23 DE MAIO DE Projeto de lei de autoria do Poder Executivo O PREFEITO MUNICIPAL DE TAUBATÉ Projeto de lei de autoria do Poder Executivo Cria o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Taubaté COMDEMAT FAZ SABER que a Câmara Municipal aprova e ele sanciona e promulga

Leia mais

NOSSA NOITE. Unidades de Conservação; SNUC; MONA do Rio Formoso; Parceria Público Privada; Eco Park Porto da Ilha;

NOSSA NOITE. Unidades de Conservação; SNUC; MONA do Rio Formoso; Parceria Público Privada; Eco Park Porto da Ilha; NOSSA NOITE Unidades de Conservação; SNUC; MONA do Rio Formoso; Parceria Público Privada; Eco Park Porto da Ilha; MEIO AMBIENTE PARA TODOS Constituição Federal de 1988 no art. 225: "Todos têm direito ao

Leia mais

APA TIETÊ. 99ª Reunião Extraordinária. 04 de dezembro de Fotos: Plano de manejo

APA TIETÊ. 99ª Reunião Extraordinária. 04 de dezembro de Fotos: Plano de manejo APA TIETÊ 99ª Reunião Extraordinária do Plenário do CONSEMA 04 de dezembro de 2018 Fotos: Plano de manejo Categoria Área de Proteção Ambiental Pertence ao grupo das Unidades de Conservação de uso sustentável,

Leia mais

DECRETO Nº DE (D.O. de 26/03/02) Cria a Área de Proteção Ambiental da Tambaba, no Estado da Paraíba e dá outras Providências.

DECRETO Nº DE (D.O. de 26/03/02) Cria a Área de Proteção Ambiental da Tambaba, no Estado da Paraíba e dá outras Providências. DECRETO Nº 22.882 DE 25-03-2002 (D.O. de 26/03/02) Cria a Área de Proteção Ambiental da Tambaba, no Estado da Paraíba e dá outras Providências. O GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA, no uso das atribuições que

Leia mais

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA CEDOC 47.412 CONSULTA PÚBLICA AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA RESUMO EXECUTIVO 2018 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO... 2 2. DURATEX FLORESTAL LTDA... 2 3. CERTIFICAÇÃO

Leia mais

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão de Diretoria, nº 025/2014/C/I, de 29-01-2014 Dispõe sobre a disciplina para o licenciamento ambiental das atividades minerárias no território do Estado

Leia mais